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MÓDULO 1
1 - Conceitos e um pouquinho de história 5
1.1 - História do cooperativismo 10
1.2 - Princípios das cooperativas e associações 18
1.3 - Encerramento do módulo 1 24
MÓDULO 2
2 - Cooperativas e Associações 26
Encerramento do módulo 2 36
MÓDULO 3
3 - Operação e Cotidiano 38
3.2 - Atores da Governança 39
3.2.1 - Cooperados/Associados 39
3.2.2 - As Assembleias Gerais 40
3.2 - Atores da Governança 42
3.2.2.1 - Assembleia Geral Ordinária 42
3.2 - Atores da Governança 51
3.2.2.2 - Assembleia Geral Extraordinária 51
3.2 - Atores da Governança 52
3.2.3 - Assembleia Geral Extraordinária 52
3.2 - Atores da Governança 59
3.2.4 - Conselho de Administração/Diretoria 59
3.2.4.1 - Atividades e competências do Conselho de
Administração/Diretoria 61
Encerramento Módulo 3 67
MÓDULO 4
4 - Documentos 69
4.1 - Livro ou fichas de matrícula 70
4.2 - Livro de Atas da Assembleia Geral 73
4.3 - Edital de convocação das Assembleias Gerais 76
4.4 - Atas do Conselho Fiscal 77
4.5 - Livro de Atas do Órgão de Administração 79
4.6 - Documentação geral e arquivos 80
Encerramento do Curso 81
MÓDULO 1
Conceitos e um
pouquinho de história
1 - Conceitos e um pouquinho de história
TÉCNICA
Se você já fez algum dos outros cursos, deve ter me visto por lá.
Quero apresentar também a Rita, que concluiu os seus estudos e voltou para a
comunidade para trabalhar com os produtos extrativistas, e a Dona Bené, que além
de professora, trabalha com um grupo de mulheres que fazem o beneficiamento de
alguns produtos, entre eles, a castanha e a mandioca, com a finalidade de agregar
valor.
Claro, Bené! Daremos destaque aqui para organizações que atuam ou que
possuam alguma atividade com os produtos florestais, com ênfase na Amazônia
e como criar e manter uma destas entidades que representam legalmente os
chamados “Empreendimentos Coletivos”.
Rita, complementando sua fala, a evolução dos grupos sociais, com uma determinada
finalidade, trouxe a criação das organizações formais, com regulamentação própria,
descrição das funções, dos poderes e das atribuições dos participantes, regras para entrar
e sair e divisão dos resultados.
Assim, as pessoas jurídicas podem ser de direito privado – nas quais o Estado não tem
interesse direto na relação com elas, como associações e fundações, ou de direito público,
nas quais o Estado participa de alguma forma, por exemplo, empresa pública e autarquia.
As pessoas jurídicas podem ser sem fins lucrativos – como associações e partidos políticos,
ou com fins lucrativos, como empresas e sociedades anônimas. Portanto, as cooperativas
e associações são organizações formais, de direito privado, sem fins lucrativos.
Propriedade, gestão
e repartição dos recursos
TÉCNICA
Rita, a principal diferença entre elas é que as Associações têm por objetivo a realização de
atividades culturais, políticas, sociais, religiosas, dentre outras.
As Cooperativas são uma forma de associação entre indivíduos que têm como objetivo uma
atividade comercial comum, de forma a gerar benefícios iguais a todos os cooperados.
SAIBA MAIS
No Brasil, oficialmente,
o movimento
cooperativo teve
início em 1889, em
Minas Gerais,
com a fundação
da Cooperativa
Econômica dos
Funcionários Públicos de
Ouro Preto — cujo foco era o
consumo de produtos agrícolas. Depois dela, surgiram outras
cooperativas em Minas e também
nos estados de Pernambuco, Rio
de Janeiro, São Paulo e Rio Grande
do Sul.
A partir de 1906, foi a vez de surgirem as cooperativas agropecuárias, idealizadas por produtores
rurais e por imigrantes, especialmente de origem alemã e italiana. Eles trouxeram de seus países
de origem a bagagem cultural, o trabalho associativo e a experiência de atividades familiares
comunitárias, que os motivaram a se organizar em cooperativas.
Essa limitação
foi superada pela
Constituição de
1988, que proibiu
a interferência
do Estado nas
associações, dando
início efetivamente
à autogestão do
cooperativismo.
Boa pergunta, Rita! Partimos para um próximo passo do nosso curso. Vamos falar
sobre os princípios destes empreendimentos, que foram criados pelo Pioneiros
de Rochdale e sistematizados em 1995, durante a realização do Congresso da
Aliança Cooperativa Internacional (ACI), em Manchester.
Isto mesmo, Seu Edvaldo. E agora vou detalhar estes sete princípios.
Autonomia e independência
Interação/Intercooperação
Agora que conhecemos um pouco do que são e para que servem as cooperativas e
associações, vamos tratar das leis que normatizam esses empreendimentos.
Prestar serviços de
Prestar serviços de interesse econômico e
interesse econômico, social aos cooperados,
Objetivos
técnico, legal, cultural e viabilizando e
político de seus associados. desenvolvendo sua
atividade produtiva.
20 pessoas, excetuando as
A lei não define o número cooperativas de trabalho,
Mínimo de pessoas para mínimo de pessoas (físicas para as quais se exige o
constituição e/ou jurídicas) para se mínimo de 7 (sete) pessoas.
constituir uma associação. Art. 6º e subsequentes da
Lei nº 5.764/1971.
Escrituração mais
complexa por causa do
maior valor dos negócios
Escrituração contábil
Contabilidade e da necessidade de
simplificada.
contabilidades separadas
para as operações com
sócios e com não sócios.
Olá! Vamos continuar nossos estudos. Neste módulo iremos aprender quais são os
requisitos para a criação de um empreendimento cooperativista ou associativista. Qualquer
empreendimento nasce da vontade de um grupo existente seguir um caminho burocrático
para atender suas necessidades. No caso de cooperativas, é importante que exista um
grupo de mais de 20 pessoas que não sejam aparentadas.
Pessoal, antes das reuniões, é preciso ter cuidado com a escolha do local e horário, com
boa divulgação e antecedência. Outro ponto a ser considerado é montar uma lista de
participantes da organização e de parceiros, como instituições de assistência técnica e da
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Vamos apresentar os fatores impeditivos para assumir o cargo de diretoria ou conselho fiscal.
• Impedidos por lei – ou seja, não podem ser vereadores, deputados, senador, governador ou
prefeito.
• Não podem ser menores de idade ou maiores de 70 anos.
• Não podem estar presos ou responder a processo criminal transitado e julgado culpado.
• Não podem ser parentes entre si até o segundo grau, em linha reta ou colateral, ou por
afinidade.
O Estatuto, por ser uma ferramenta de muita importância e trazer as regras da organização,
é um documento essencial para a criação da entidade. Tem que ser pensado nos propósitos,
direitos e deveres, o funcionamento e atender aos quesitos legais, entre outras coisas. É um
documento que após validado é difícil de ser alterado.
a denominação social
b prazo de duração
c sede: município
Caso não haja quórum, a Comissão terá que agendar uma nova data, publicar o edital de
convocação novamente, fazer um novo ofício de chamamento dos interessados.
TÉCNICA
SAIBA MAIS
TOME NOTA
Esses processos são feitos todos por meio eletrônico, e, para tanto, é necessário obter um
certificado digital que funciona como uma chave ou senha para o processo. Há uma certa
controvérsia jurídica sobre o Certificado Digital para Associações, mas de um modo geral, é
melhor tê-lo.
Verdade Rita!
Gostei bastante!
C. Canaisderecebimentodereclamaçõesesugestões
com retorno ao associado do andamento de suas
contribuições.
A Lei das Cooperativas exige um prazo mínimo de dez dias de antecedência para
publicidade da Assembleia Geral, mas é melhor que a data escolhida possibilite a
presença do maior número de associados (então é bom consultar o calendário de
atividades da comunidade, por exemplo), seja divulgada com mais antecedência,
perto de 30 dias, com a maior publicidade possível e por meios que alcancem os
participantes.
Nas Assembleias, cada cooperado e associado tem direito a apenas um voto, e não é
permitida a representação, mesmo por procuração. A única modalidade de representação
permitida na lei é quando os cooperados elegem delegados por grupos seccionais, seja
porque estão muito distantes da sede da entidade (mais de 50 km), seja porque a entidade
tenha um número muito grande de associados ou cooperados (mais de 3.000). Neste caso,
os cooperados participam da Assembleia como ouvintes, e o direito ao voto é dos delegados.
TÉCNICA
2
Ordem do dia: Lista que contém os assuntos, tópicos e quaisquer funções ou tarefas, a serem
discutidos e deliberados numa assembleia, conferência, ofício ou trabalho, indicando o que
deverá ocorrer.
Dona Bené, um dos assuntos que obrigatoriamente devem ser debatidos na AGO é a prestação de
contas da instituição. O relatório de gestão e planejamento também deve ser apresentado, devendo
ter sido aprovado antes pelo Conselho de Administração e/ou Diretoria. O relatório anual de gestão,
o balanço, o demonstrativo de sobras apuradas ou das perdas decorrentes por insuficiência das
contribuições para a cobertura das despesas da sociedade são de grande relevância. A prestação
de contas deve ser acompanhada do parecer do Conselho Fiscal, que deve analisá-la antes da
Assembleia Geral e apresentar sua recomendação de aprovação ou não das contas.
Tudo isto precisa estar registrado em Ata, constando a quantidade de votos a favor,
contra e abstenções, incluindo registros em separado, caso algum cooperado discorde da
resolução da maioria. É bom evitar o voto por aclamação, porque fica difícil o controle do
número de votos.
A lei, no caso das cooperativas, destina parte das sobras, quando houver, da seguinte
forma: pelo menos 10% para o fundo de reserva, pelo menos 5% para o Fundo de
Assistência Técnica Educacional e Social (FATES) e, se houver previsão estatutária, o
percentual destinado aos outros fundos.
Massehouverperdas,ouseja,prejuízoparaacooperativadurantedeterminado
ano fiscal, o fundo de reserva pode ser usado para cobrir estes prejuízos?
Sim! Entretanto, pode ocorrer de o saldo do fundo de reserva não ser suficiente. Neste
caso, os cooperados devem pagar a diferença. Esta decisão deve ser tomada na Assembleia
Geral e registrada em ata.
3
Cédula de presença é uma remuneração baseada na presença da pessoa/cooperada/
dirigente eleito quando o mesmo participa de uma reunião de trabalho na cooperativa ou para
a cooperativa, é como se fosse uma diária e serve como ajuda de custos ou recompensa pelo
trabalho com base na presença em uma reunião. É muito comum para conselheiros fiscais e
conselheiros administrativos, onde os membros possuem uma reunião ordinária prevista por
lei e registrado em Ata. Essa remuneração é definida exclusivamente pela Assembleia Geral da
cooperativa, e é pauta obrigatória de Assembleia Geral Ordinária segunda a Lei 5764/71.
Rita, neste caso, deverá ser feito um encaminhamento da AGE no sentido de resolver o
problema que gerou essa decisão. A assembleia pode ficar em ”aberto” até que se resolva o
problema – isso reduz os custos de convocação da AGO – ou pode-se decidir encerrar a AGO
com essa decisão e realizar outra assembleia, ou seja, uma extraordinária para apreciar as
contas e realizar nova decisão. O mais importante é que tudo fique registrado na Ata da
Assembleia Geral e que se respeite as previsões estatutárias e legais.
Regras de
Ordem do Dia votação
Edital de Regimento
Pré-assembleias Convocação Eleitoral
Estas reuniões têm como objetivos: discutir, socializar as possíveis pautas e elaborar as
prestações de contas.
• Local, data e hora: observar a distância para possibilitar a presença do maior número
de cooperados.
• Pauta de discussão: garantir a divulgação prévia da pauta, com intervalo de tempo
suficiente para que os associados possam analisar e refletir sobre os pontos que serão
discutidos no evento.
É recomendável que a convocação da assembleia ocorra com tempo superior aos 10 (dez)
dias e que se aproxime aos 30 (trinta) dias, assim como previstos na Lei nº 5.764/1971,
conhecida como Lei das cooperativas.
A divulgação do edital deve ser feita nos meios de comunicação com ampla escala, com o
objetivo de alcançar o maior número de associados.
Regras de
A elaboração de manuais visa facilitar e estimular a participação
votação
dos associados nas assembleias. Esses manuais podem
tratar tanto das regras de convocação quanto das regras de
funcionamento e formalização das assembleias.
As regras de votação devem ser claras, objetivas e definidas com o propósito de facilitar a
votação, além de estarem disponíveis desde a publicação do edital.
Odiretorouassociadoque,emqualqueroperação,tenhainteresseopostoaodaorganização
associativa, não pode participar das deliberações referentes a essa operação, cumprindo-
lhe acusar tal impedimento.
• Os trabalhos relativos à eleição (da instalação até o encerramento, que deve ocorrer
em Assembleia Geral);
• Inscrições e elegibilidade de candidatos e chapas registradas nos processos eleitorais,
direitoeautonomiadosvotantes,assimcomorestrições,impedimentos,impugnações
e modificações vinculadas;
• Designação das mesas coletoras e apuradoras de votos;
• Aplicação e respeito aos princípios e às diretrizes eleitorais;
• Prazosetemposparainscrição,recontagens,deliberações,votações,recursoseoutros
atos pertinentes ao processo eleitoral deflagrados por quaisquer partes envolvidas ou
exigíveis para o bom andamento dos trabalhos;
• Definição, organização e aplicação de recursos necessários ao processo eleitoral;
• Registros em atas e outros documentos aplicáveis, assim como a manutenção de
arquivos necessários.
SAIBA MAIS
Esses temas, além de serem exclusivos da AGE, precisam ser aprovados por 2/3 dos
associados presentes, e deve ser registrada na ata a quantidade de votos contra, a
favor e os votos em separado4.
4
Voto em separado é quando um associado ou cooperado vota contra a decisão da Assembleia,
mas pede que seu voto e motivações sejam registrados em ATA de forma separada.
Embora nem sempre seja possível, é recomendável que o Conselho seja composto por
membros com capacidade técnica para analisar assuntos financeiros e contábeis, além
de entender dos assuntos relativos ao campo de atuação da Cooperativa. Além disso, não
devem ser empregados ou ter outros negócios com a cooperativa.
IMPORTANTE
É importante que, logo depois de eleito, o Conselho Fiscal estabeleça uma agenda
mínima de trabalho, com as reuniões ordinárias e as informações que eles precisam
para estas reuniões, bem como a forma de divulgação de seus trabalhos. O trabalho
do Conselho deve sempre ser registrado e, idealmente, devem possuir um regimento
interno. Caso os integrantes sejam remunerados, essa remuneração deve ser aprovada
pela AGO e registrada em ata.
A lei determina, ainda, que 2/3 (dois terços) dos membros do Conselho Fiscal devem
ser substituídos anualmente. Como o Conselho Fiscal é composto, obrigatoriamente,
de 6 (seis) membros, sendo 3 (três) efetivos e 3 (três) suplentes, pelo menos 4 (quatro)
devem ser trocados. É importante notar que, em cooperativas com poucos cooperados,
é bom que não haja muitas pessoas no Conselho Fiscal, para não dificultar a renovação
mínima obrigatória.
e
efetue correções nos setores contábil, financeiro e orçamentário. Também pode,
e em alguns casos deve, recomendar alterações com base dos resultados de suas
análises ou auditoria.
f
O Conselho fiscal pode solicitar o comparecimento de qualquer cooperado ou
empregado para prestar os esclarecimentos necessários.
K
Atender às solicitações dos cooperados que tenham por objeto a verificação das
operações, atividades e serviços da cooperativa.
O Conselho Fiscal deve ter o direito de fazer consultas a profissionais externos habilitados e
independentes, pagos pela organização, para obter subsídios em matérias de relevância, tais
como:
É o profissional que lida com a Este profissional oferece assessoria É um profissional que
área financeira, econômica e jurídica em situações que realiza uma auditoria em
patrimonial.Eleéresponsável necessitam de maior segurança conformidade com as leis ou
técnico pela elaboração das jurídica nas atividades praticadas regras específicas sobre as
demonstrações contábeis e pela organização. Segurança de que demonstrações contábeis
pelo estudo dos elementos sejam praticados de modo a não de uma organização, e que
que compõem o patrimônio acarretar penalidades pelo Poder é independente da entidade
monetário das organizações. Público e prejuízos frente a terceiros. que está sendo auditada.
O Conselho Fiscal deve ter uma agenda mínima de trabalho, que inclua o foco de suas
atividades no exercício. Essa agenda deve conter uma relação das reuniões ordinárias,
assim como as informações que serão enviadas periodicamente aos conselheiros.
Este Conselho deve buscar uma assessoria técnica para elaborar seu próprio Regimento
Interno que discipline o funcionamento do órgão e o planejamento das atividades. O
regimento deve conter plano de trabalho e a forma de divulgação dos resultados de sua
atuação, que poderá ser por pareceres, opiniões, recomendações e encaminhamento de
denúncias recebidas.
IMPORTANTE
O mandato do órgão de administração não pode ser superior a quatro anos, ou inferior,
se estiver definido no estatuto. No entanto, mandatos muito pequenos podem se tornar
complicados, principalmente para cooperativas e associações pequenas, que precisam
renovar os membros da administração.
Motivos de impedimento: são inelegíveis, por lei, os condenados à pena que vede o
acesso a cargos públicos, os condenados por crime falimentar de prevaricação, peita
ou suborno, concussão, peculato, ou crime contra a economia popular, a fé pública
ou a propriedade. Ainda não podem compor uma mesma diretoria ou conselho de
administração os parentes entre si até 2º (segundo) grau, em linha reta ou colateral.
Como, às vezes, é difícil para a cooperativa verificar tudo isto, os eleitos devem assinar
declaração de que não se enquadram em nenhum dos casos de impedimento, sob pena
de, além de perderem o cargo, serem processados por crime.
Propor à Assembleia Geral as políticas e metas para orientação geral das atividades
a da cooperativa, apresentando programas de trabalho e orçamento, além de sugerir
as medidas a serem tomadas.
e
Deliberar sobre a admissão, desligamento, eliminação e exclusão de cooperados e
suas implicações, bem como sobre a aplicação ou elevação de multas.
IMPORTANTE
IMPORTANTE
IMPORTANTE
obrigações.
Aguardamos vocês no
próximo módulo!
IMPORTANTE
O registro dos associados deve respeitar a ordem de admissão. Não pode haver um cooperado
mais antigo registrado no livro depois de outro mais novo na sociedade. As datas devem
ser compatíveis com o número de registro, que deve ser sequencial e jamais reaproveitado.
Quando é adotado o próprio livro, as páginas são numeradas, o que torna este controle mais
fácil, entretanto, com a adoção das fichas, é mais fácil ocorrer erro. Assim, recomenda-se
numerar as fichas também, podendo este número ser o mesmo do registro do cooperado.
Assim, além de dados gerais de cadastro, como nome, idade, estado civil, nacionalidade,
profissão, residência, o livro deve conter campos para as assinaturas do associado e
do presidente ou diretor da cooperativa, também para admissão, desligamento, com
identificação do motivo (demissão, eliminação ou exclusão), e também campos para
informar a quantidade e o valor das quotas na admissão e as posteriores movimentações,
por transferências ou novas integralizações.
Além destes dados, algumas juntas comerciais têm solicitado que se coloque o regime de
casamento, para os casos de falecimento do sócio e de eventuais transferências de quotas
partes.
5
Lavrar um documento é um jargão jurídico comum para registrar por escrito um ato ou
decisão, com assinatura dos presentes ou seus representantes
Por lei, a ata de cooperativas deve ser acompanhada de um documento atestando que foram
conferidas as assinaturas de presença dos associados, assinada pelo presidente ou secretário
da assembleia ou administradores.
6
As regras das juntas comerciais podem variar de estado para estado, portanto é bom verificar
no seu Estado o que a Junta requer que seja registrado.
Sim, Rita. O livro de atas do Conselho Fiscal também é obrigatório para cooperativas, sendo
considerado boa prática de governança tê-lo em associações. Embora a lei não determine
a frequência com que o Conselho Fiscal deve se reunir, é bom que as reuniões aconteçam
mensalmente, para não correr o risco de alguma irregularidade importante perdurar e causar
danos irreparáveis à entidade. A periodicidade pode estar prevista no Estatuto da entidade, ou
no Regimento interno do Conselho Fiscal.
As deliberações do Conselho devem ser detalhadamente registradas em ata, para a segurança
dos seus integrantes, porque é obrigação estatutária dos conselheiros.
• a pauta da reunião;
Vejo que teremos muitos documentos para organizar no nosso empreendimento. Como sou
professora, estou acostumada com toda esta papelada. Espero colaborar!
Que coisa boa, Dona Bené. Em geral, muitos documentos de uma pessoa jurídica são
arquivados por toda a vida. Alguns são extremamente importantes, como os Livros de Atas,
que devem ser mantidos para sempre, outros nem tanto, como comprovante de pagamento
de contas de luz, que se pode conseguir uma segunda via facilmente.
Encerramento do curso
Estou muito
satisfeita com tudo o
que foi apresentado.
Como já tenho
Tudo isto irá nos um pouco mais
ajudar demais daqui de vivência com
pra frente. empreendimentos
comunitários,
vocês podem
contar com o meu
apoio.
TÉCNICA
Espero que todos os conceitos e métodos apresentados
neste curso contribuam para o desenvolvimento local.
Participe também do curso de Gestão de Empreendimentos
Comunitários.
E não se esqueça de concluir os exercícios, a avaliação de
reação e de gerar o seu certificado.