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CADEIRA DE
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE EMPRESAS
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INTRODUÇÃO
Na sociedade moderna em que vivemos, quase todo o processo produtivo é realizado
através de organizações. O homem moderno passa a maior parte de seu tempo em
organizações, das quais depende para nascer, viver, aprender, trabalhar, ganhar seu
salário, curar suas doenças, obter todos os produtos e serviços de que necessita. Mas
porque temos organizações? Porque são mais eficientes do que indivíduos agindo
independentemente.
Uma organização pode também ser definida como uma combinação intencional de
pessoas e de tecnologia para atingir um determinado objectivo. Uma empresa é uma
organização.
Organizações são entidades que surgem para operar tecnologias que são impossíveis ou
inviáveis de serem utilizadas por individuos ou por outras organizações – Thompson
(1967)
Outro ponto fundamental sobre organizações é que elas existem dentro de um meio
ambiente. Hoje em dia não vivemos sem as organizações. Tanto nós precisamos das
organizações como elas precisam de nós para sobreviver.
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Todas operam dentro de um ambiente que inclui fornecedores, clientes e concorrentes,
bem como uma grande variedade de condições legais económicas , sociais e
tecnologicas.
Nas nossas vidas, podemos concluir que as organizações invandem tanto a sociedade
como a nossa vida particular. No nosso dia dia estamos em contacto directo com as
organizações. Desde o nosso nascimento até a morte estamos em contacto com as
organizações ou como utilizadores das organizações, ou como fornecedores ou como
ainda trabalhadores dessas organizações. ( maternidade, hospital, igreja, escolas,
seguradoras, bancos, empresas, bar restaurantes, museus, supermercados, livrarias,
discotecas . etc)
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1.1.1.2.Características Comuns das Organizações
São três as características comuns a todas as organizações: Comportamento, estrutura e
processos.
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1.1.1.3. As Empresas. Conceito
Empresa é uma organização, que difere de outras organizações como: escolas, hospitais,
bancos, livrarias etc, porque a empresa tem características e objectivos diferentes.
Empresa é um conjunto de recursos (financeiros, humanos, materiais e tecnológicos)
reunidos para atingir um determinado objectivo: produzir e vender bens e serviços.
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Para que a empresa atinja os seus objectivos (maximizar os proveitos e minimizar os
custos) é indispensável que todos os seus recursos (materiais, humanos, tecnológicos e
financeiros) funcionem em perfeita coordenação.
No nosso país, a criação de empresa é regulada pela Lei nº 1/04, de 13 de Fevereiro, Lei
das Sociedades Comerciais e do Livro Primeiro do Comercio em Geral, do Código
Civil, Capitulo II Artigo 13º - Quem é Comerciante- São comerciantes: (1) As pessoas
que, tendo capacidade para praticar actos de comércio, fazem desta profissão; (2) As
sociedades; (3) ou sujeitos dotados de personalidade jurídica quando exercem uma
actividade mercantil.
Segundo o Artigo 18º da lei acima mencionada, são obrigações especiais dos
comerciantes: - Os comerciantes são especialmente obrigados: (1) A adoptar uma firma;
(2) A ter escrituração mercantil; (3) a fazer inscrever no registo comercial os actos a
ele sujeitos; (4) A dar balanço e a prestar contas:
Queremos salientar que aqui está incluindo o comerciante em nome individual.
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1.1.1.5. Classificação das Empresas
Grandes
Medias
De acordo com a
Dimensão Pequenas
Micro
Económicas
De acordo com os Serviços
Religiosas
objectivos Governamentais
Não governamentais
Formais
Informais
De acordo com a estruturação
Públicas
Privadas
Quanto à Forma de Propriedade Mistas
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1.1.1. 6. Características das Empresas
3.- São dirigidas por uma filosofia de negócios: A Administração de cúpula toma
decisões que se relacionam com mercados, custos, preços, concorrência, planos e
regulamentos do governo, legislação, além de assuntos internos relativos à estrutura e
ao comportamento da empresa;
5.- São reconhecidas como negócios pelas demais organizações e pelas autoridades
governamentais: São consideradas como produtoras de bens ou de serviços e como tal
passam a ser solicitadas pelas outras empresas, que lhes fornecem inputs, consomem
seus outputs ou, ainda, concorrem com elas ou lhes aplicam taxas e impostos.
6.- Constituem uma propriedade que deve ser controlada e administrada pelos
respectivos proprietários ou accionistas ou por administradores profissionais.
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1.1.1.8. Outras entidades
As instituições por sua vez, são organizações que incorporam normas e valores
considerados valiosos para seus membros e para a sociedade. São produto de
necessidades e pressões sociais valorizadas pelos seus membros e pelo ambiente,
preocupados não apenas com lucros ou resultados, mas com a sua sobrevivência e
perenidade. São guiadas pelo senso de missão. Nas Instituições as forças e pressões
sociais atuam como vectores que moldam o comportamento das pessoas. Procuram ser
eternas e procuram formas de evitar sua extinção, por meio de uma espécie de fusão de
interesses individuais com os objectivos institucionais.
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DIFERENÇAS ENTRE ORGANIZAÇÃO E INSTITUIÇÃO
ORGANIZAÇÃO INSTITUIÇÃO
Sistema sociotécnico destinado a Sistema organizacional
optimizar meios para alcançar objectivos com funções sociais consideradas
relevantes pela sociedade e pelos
seus membros
Organizações (lucrativas ou não Organização infundida de
lucrativas) baseadas na divisão racional e valor intrínseco( mística,
económica do trabalho. identidade, carácter).
Instrumento perecível e descartável, Organismo vivo, perene,
voltado para a realização de tarefas, adaptável, receptivo, produto de
optimização de meios e uso racional de pressões e necessidades sociais
tecnologias ,destinadas ao alcance de metas relevantes.
estabelecidas.
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FUNÇÕES DE GESTÃO
Gestão é um processo de se conseguir obter resultados (bens ou serviços) com
esforço dos outros. São várias pessoas que desenvolvem uma actividade em conjunto
para melhor atingirem objectivos comuns.
Na maior parte dos casos a gestão implica orientação, coordenação de pessoas,
afectação e o controlo de recursos financeiros e materiais. Podemos dizer que a tarefa de
gestão é interpretar os objectivos propostos e transformá-los em acção empresarial
através de planeamento, organização, direcção e controlo de todos esforços realizados.
Organização
Controlo
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1.1.1.10. Organização, consiste em estabelecer relações formais entre as pessoas e
entre estas e os recursos para atingir os objectivos propostos. Um dos objectivos
fundamentais é assegurar que a pessoa certa com as qualificações certas, está no local e
no tempo certos para que melhor sejam cumpridos os objectivos.
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OS PRINCIPAIS COMPONENTES DAS EMPRESAS
RECURSOS OBJECTIVOS
- HUMANOS
-MATERIAIS
-PROCESSOS DE
-FINANCEIROS TRANSFORMAÇÃO -PRODUTOS
-TEMPO
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1.2 OBJECTIVOS DAS EMPRESAS
As empresas como organizações sociais que são, não fogem à regra. Constituem-se par
atingir determinados objectivos, destacando-se o lucro e a sobrevivência, que por sua
vez implicam outros objectivos de menor prioridade mas coerentes com os
fundamentais
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Os objectivos de uma empresa são anunciados normalmente nos seus estatutos ou
termos da sua constituição, nas actas das assembleias, nos relatórios de balanço e de
contas ou ainda pronunciamento público de seus dirigentes. Os objectivos da empresa
não são estáticos e encontram-se em constante interacção com o meio ambiente
- Objectivos da Sociedade
- Objectivos da Produção
- Objectivos de sistemas
- Objectivos de produtos
Categoria de Objectivos - Objectivos derivados
Organizacionais
Objectivos de Produção: aqui tem-se o público como ponto de referência, visão que são
eles que entram em contacto com a organização.
Ex: bens de consumo, serviços à empresas, educação (tudo isso é definido em
função do consumidor)
Objectivo Derivados: cujo ponto de referência são os usos que a organização faz do
poder originados na execução de outros objectivos. Objectivos que derivam de outros
objectivos.
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Ex: metas políticas, serviços comunitários, políticas de investimento e
localização das instalações.
Ex. Mão-de-obra. Também podemos dizer ainda que eficiência é a relação proporcional
entre a qualidade e a quantidade de imputs e a qualidade e a quantidade de outputs
produzidos. Assim quanto maior for o volume da produção conseguido com o mínimo
de factores produtivos, maior é o grau de eficiência do gestor responsável.
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1.3 Recursos das Empresas
As pessoas são o principal recurso que as empresas utilizam para realizar seus
objectivos. De facto, as organizações são principalmente grupos de pessoas que utilizam
recursos. Além das pessoas, as empresas empregam dinheiro, tempo, espaço, e recursos
materiais, como: instalações, máquinas, móveis e equipamentos
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3.- Recursos Humanos: são as pessoas que participam da empresa, qualquer que seja o
seu nível hierárquico ou sua tarefa.
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1.3 As empresas como sistemas
Sistema é um conjunto de elementos dinamicamente interligados com fronteiras e
limites, desenvolvendo uma actividade ou função para atingir um ou mais objectivos.
Também se pode definir um sistema como:
Um conjunto de elementos, partes ou órgãos componentes do sistema, isto é,
os subsistemas;
Dinamicamente interrelacionados formando uma rede de comunicações e
relações, em função da dependência recíproca entre eles;
Desenvolvendo uma actividade ou função que é a operação, actividade ou
processo do sistema;
Para atingir um ou mais objectivos ou propósitos que constituem a própria
finalidade para qual o sistema foi criado.
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Os sistemas podem ser Abertos ou fechados
Sistemas abertos têm muitíssimas entradas e saídas em relação ao ambiente, como por
exemplo uma organização (ou um conjunto de coisas que afecta e é afectada por
factores externos ao próprio sistema).
Sistemas Fechados têm pouquíssimas entradas e saídas como por exemplo os sistemas
mecânicos – o motor de um carro – ou as organizações que não afectam nem são
afectadas por factores externos. Na prática há poucos sistemas completamente fechados.
De acordo com estas definições podemos chegar á conclusão que as empresas são
sistemas abertos porque:
Engaja-se em transacções com a sociedade
Existem entradas, absorvências na forma de pessoas, materiais, dinheiro, forças
politicas e económicas, vindas do sistema maior, a sociedade;
Existem resultados na forma de produtos, serviços, recompensa aos membros.
Rockber, refere que as empresas são sistemas fechados porque são obedientes as suas
regras e leis, mas são sistemas abertos porque estão sensíveis e disponíveis as
mudanças.
Também podemos dizer que as empresas podem ser sistemas abertos porque:
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Quanto a interacção com o ambiente, as empresas podem ser exógenas ou endógenas
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O AMBIENTE DAS EMPRESAS
Ambiente das empresas também é chamado envolvente ou contexto, é, por assim dizer,
o terreno onde as empresas actuam, e costuma dividir-se em ambiente geral e de tarefas.
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Ambiente de tarefa corresponde ao segmento do ambiente geral mais imediato e
próximo da empresa. É constituído por 4 sectores principais:
a) Consumidores/clientes
b) Fornecedores (de recursos), capitais, mão-de-obra, equipamento
c) Concorrentes;
d) Grupos regulamentadores: Governo, sindicatos, associação de empresas, etc..
AMBIENTE
GERAL
Variáveis
Tecnológicas Variáveis
Politicas
AMBIENTE DE
TAREFAS
Fornecedores
Variáveis
Económicas Clientes EMPRESA
Grupos
Concorrentes Reguladores
Variáveis
Legais
Variáveis
Sociais
Variáveis
Variáveis Demográficas
Ecológicas
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1.4. OS NÍVEIS DAS EMPRESAS
Quando ás vezes fala de gestão pensamos também no conselho de administração, o
Presidente do Conselho de Administração que são as pessoas que levam a cabo a
gerencia da empresa. No entanto nem todos os gestores têm responsabilidade pela
empresa no mesmo tamanho e medida. Gestores são todos aqueles que numa
organização, conseguem coisas feitas com trabalho dos outros, planeando, organizando,
dirigindo e controlando.
INSTITUCIONAL
INTERMÉDIO
OPERACIONAL
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presidentes, directores, accionistas membros do Conselho de Administração e dos altos
executivos.
É responsável por:
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a) Verifica e analisa alternativas operacionais;
b) Analisa, planeja e replaneia a acção diária;
c) Implementa a operação do dia-a-dia;
d) Avalia os resultados diários, comparando-os com os padrões estabelecidos.
A importância relativa das funções de gestão não é exactamente a mesma dos diversos
níveis de gestão. Certamente os administradores porão maior enfâse no planeamento
(sobretudo no planeamento global) do que os supervisores. Provavelmente passar-se-á o
inverso com a direcção e até com o controlo.
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1.5 ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES
Mas o comércio nem sempre foi visto como uma actividade fundamental e respeitável,
tal como acontece nas sociedades modernas, e a perspectiva ética sobre o comércio ao
longo da maior parte da história tem sido quase totalmente negativa.
Aristóteles, que merece ser reconhecido como o primeiro economista (dois mil anos
antes de Adam Smith) distinguia dois sentidos diferentes daquilo a que chamava
«economia»; o oikonomikos ou economia doméstica, que ele aprovava e considerava
essencial para o funcionamento de qualquer sociedade ainda que pouco complexa, e a
chrematisike, a troca que tem como objectivo o lucro.
Mas se a ética empresarial como condenação foi levada a cabo pela filosofia e pela
religião, o mesmo aconteceu com a dramática viragem em relação ao comércio que teve
lugar no início da idade moderna.
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por exemplo, tinham estabelecido os seus próprios códigos de "ética empresarial",
específicos para cada ofício, muito antes de o comércio se tornar a instituição
fundamental da sociedade.
Podemos facilmente compreender como a liberdade do mercado pode sempre ser uma
ameaça aos valores tradicionais e hostil ao controlo governamental, mas já não
concluímos de forma tão sofística que o próprio mercado não tem valores ou que os
governos servem melhor o bem público do que os mercados.
O mais famoso será talvez a diatribe do prémio Nobel da Economia Milton Friedman,
no New York Times (13 de Setembro de 1970), intitulada "A responsabilidade social dos
negócios é aumentar os seus lucros".
Neste artigo, Friedman chamava aos homens de negócios que defendiam a ideia de
responsabilidade social da empresa "fantoches involuntários das forças intelectuais que
estão a minar as bases de uma sociedade livre" e acusava-os de "pregar um socialismo
puro e duro".
Dar dinheiro para caridade ou outras causas sociais (excepto enquanto actividades de
relações públicas visando aumentar os negócios) e envolver-se em projectos
comunitários (que não aumentem os negócios da empresa) é equivalente a roubar os
accionistas.
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Algumas das falácias presentes neste raciocínio têm a ver com a perspectiva redutora do
comércio como se estivesse orientado para o lucro, e com o retrato unidimensional e
muito pouco lisonjeiro do accionista que foi mencionado anteriormente; outras
("socialismo puro e duro" e "roubar") são simplesmente excessos retóricos.
A vantagem deste conceito é que ele permite expandir muito o enfoque das
preocupações empresariais sem perder de vista as virtudes e capacidades particulares da
própria empresa. Considerada deste modo, a responsabilidade social não é um fardo
adicional sobre a empresa, mas uma parte integrante das suas preocupações essenciais,
servir as necessidades e ser justo não apenas para com os seus investidores ou
proprietários, mas também para com aqueles que trabalham, compram, vendem, vivem
perto ou são de qualquer outro modo afectados pelas actividades que são exigidas e
recompensados pelo sistema de mercado livre.
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1.5.3. Como é que as empresas podem assumir a sua responsabilidade social
Uma solução é o respeito pela legalidade. As empresas devem remeter-se para o estrito
cumprimento do que o Governo enquanto representante da sociedade organizada lhes
exige. O pagamento das contribuições para a segurança social e a manutenção da
poluição dentro dos níveis exigidos são exemplos disto.
Em suma, a responsabilidade social da empresa deve ser por esta encarada como o meio
de que dispõe para actuar face às pressões e potenciais do seu meio envolvente e, cada
vez mais, tem de ser encarada não só como a assunção de custos que de outra forma
poderiam ser evitados mas como um elemento estratégico do seu posicionamento face
envolvente.
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ESTUDO DE CASO: Os MISERÁVEIS
Operário X., 50 anos de idade, foi detido pelos guardas de segurança da Forjaria São
Bernardo, do grupo SIFCO, Levava dois pãezinhos, que , segundo a empresa eram “três
ou quatro” , furtados da lanchonete. X, foi chamado no dia seguinte ao departamento de
pessoal, para ser demitido. Fazia tempo que se suspeitava de X., o qual, uma vez
apanhado, confessara que sempre levava oa pães , para comer durante o horário de
trabalho, porque sofria de gastrite e a comida do refeitório lhe fazia mal. O facto, havia
muito tempo, era de conhecimento de seus coligas e de seu chefe.
Numa reunião, os directores decidiram voltar atrás, por causa da publicidade negativa.
Alguns dias depois, novo comunicado nos jornais informava que a SIFCO considerava a
demissão do agora sr. X. “um fato isolado, lamentável e equivocado”. Ele estava sendo
reabilitado e chamado de volta ao emprego.
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- Eu gosto da empresa. Tudo o que tenho foi dela que recebi. Não quero que ela seja
prejudicada.
Questões:
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2 – ANÁLISE DO CONTEXTO EM QUE AS EMPRESAS OPERAM
2.1 Conceito
O meio ambiente representa todo o universo que envolve extremamente uma empresa
tomada como ponto de referência: é tudo aquilo que está situado fora da empresa
Ambiente de Tarefas
Ambiente
Ambiente Geral
suas funções.
intermediários; estes, por sua vez, fazem coisas diferentes dos gestores de primeiro
nível.
Enfrentar as exigências da gestão no ambiente interno, requer que aos gestores tenham
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As exigências de aptidões e o desempenho de papéis são forças importantes no
ambiente interno, como se vê na abordagem que se segue.
2.2.2 O ambiente externo- inclui todas as forças vindas de fora que actuam sobre a
organização. Clientes, concorrentes, fornecedores e recursos humanos são algumas das
forças óbvias do ambiente externo da organização.
Outras forças Externas não tão óbvias são designadamente as tecnologias, económicas,
políticas, legais, reguladoras, culturais, sociais e internacionais.
A principal força do ambiente externo de uma organização são os clientes que ela tem
de satisfazer, - os concorrentes com os quais tem de competir eficazmente pelos
clientes, - os fornecedores que lhe proporcionam os recursos essenciais e os recursos
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humanos – as pessoas do ambiente externo a partir das quais a organização tem de criar
uma força de trabalho com desempenhos eficazes.
Variáveis Variáveis
POLITICO LEGAIS ECONOMICAS
Estabilidade do Governo PIB
Legislação Comercial Tx de Juros
Leis de protecção ambiental Tx de inflação
Legislação laboral Nível de desemprego
Custo (e disponibilidade) de
energia
Variáveis Variáveis
SOCIOCULTURAIS TECNOLOGICAS
Distribuição do rendimento Investimento do Governo
Tx de crescimento da população Foco no esforço tecnológico
Distribuição etária da população Velocidade de transferência da
Estilo de vida (e actuação) tecnologia
Tipo de consumo Protecção de patentes
Mobilidade social Aumento das produtividades
(através da automação)
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2.3 Modelo SWOT e Modelo das Cinco Froças de Porter
Uma coisa é perceber que o ambiente externo está mudando, outra, é ter competência
para adaptar-se a estas mudanças (aproveitando as oportunidades e/ou enfrentando as
ameaças).
Da mesma maneira que ocorre em relação ao ambiente externo, o ambiente interno deve
ser monitorado permanentemente.
Em primeiro lugar é importante fazer uma relação de quais são as variáveis que devem
ser monitoradas, por exemplo: capacidade de atendimento, demanda pelos serviços
prestados, satisfação do público-alvo com o atendimento, crescimento do número de
contribuintes, nível de renovações das contribuições, dedicação dos funcionários,
capacidade de gestão das lideranças da organização, flexibilidade da organização, etc.
Em seguida, devemos criar uma escala para avaliar cada um destes tópicos, como no
exemplo abaixo:
Pode ser interessante avaliar também os seus principais “concorrentes” em relação aos
mesmos tópicos, para que se possa ter clareza de quais são os diferenciais competitivos
que cada organização tem em relação às outras com as quais compete por recursos e/ou
no atendimento ao público alvo.
O próximo passo é determinar qual é a importância que cada um destes itens tem em
relação aos objectivos da organização. Na mesma tabela pode-se colocar avaliações em
relação à importância de cada item, como neste exemplo hipotético:
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O diagnóstico estratégico efectuado deve estar organizado em termos funcionais. É útil
associar a cada ponto forte ou fraco um departamento ou área da empresa, tipicamente
as áreas funcionais seguintes:
Produção
Financeira
Recursos Humanos
Marketing / comercial
FORÇAS
Correspondem aos recursos e capacidades da empresa que podem ser combinados para
gerar vantagens competitivas com relação a seus competidores. Incluem:
Marcas de Produtos
Conceito da Empresa
Participação de Mercado
Vantagens de Custos
Localização
Fontes Exclusivas de Matérias-Primas
Grau de Controlo Sobre a Rede de Distribuição
FRAQUEZAS
Os pontos mais vulneráveis da empresa em comparação com os mesmos pontos de
competidores actuais ou em potencial:
Pouca Força de Marca
Baixo Conceito Junto ao Mercado
Custos Elevados
Localização Não Favorável
Falta de Acesso a Fontes de Matérias-Primas
Pouco Controle Sobre a Rede de Distribuição
De qualquer modo, deve-se atentar que muitas vezes Forças e Fraquezas se confundem.
Uma Força actual pode se transformar em Fraqueza no futuro, pela dificuldade de
mudança que a mesma provoca.
OPORTUNIDADES
Correspondem às oportunidades para crescimento, lucro e fortalecimento da empresa,
tais como:
Necessidades Não Satisfeitas do Consumidor
Aumento do Poder de Compra do Mercado
Disponibilidade de Linhas de Crédito
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AMEAÇAS
Correspondem a mudanças no ambiente que apresentam ameaças à sobrevivência da
empresa, tais como:
Mudanças nos Padrões de Consumo
Lançamento de Produtos Substitutivos no Mercado
Redução no Poder de Compra dos Consumidores
Formulação de metas
Depois de ter realizado uma análise SWOT, a organização pode:
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Ameaça de novos concorrentes (Barreiras à Entrada) ; Economia de escala,
Diferenciação do Produto, Imagem da marca, Necessidade de Fundos, custos de
mudança, acesso aos canais de distribuição, Know-how (patentes), acesso favorável a
matérias – Primas, curva de experiência, Política do Governo, retaliação esperada.
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3. ESTRATEGIA, PLANEAMENTO E CONTROLO DA
ACTIVIDADE EMPRESARIAL
3.1.1 Conceitos
O planeamento pode ser vista portanto como a primeira função do nascimento duma
empresa e tende a reduzir as incertezas (e os riscos) que caracterizam o seu ambiente,
nomeadamente em tempos de grandes e constantes mudanças como aquele que
actualmente vivemos.
3.1.1.1. Missão
A missão duma organização consiste na definição dos seus fins estratégicos gerais. É o
enunciado dos propósitos gerais e permanentes (contínuos) que expressam as intenções
fundamentais da gestão global – de nível superior –da empresa, proporcionando
orientações para o seu desenvolvimento futuro.
Quando se traduz numa declaração explícita, esta deve ser: breve e simples, para mais
fácil entendimento, flexível, para durar mais tempo, e distintiva, para diferenciar das
outras organizações similares. Habitualmente contém informações sobre:
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O tipo de produtos ou serviços a que a empresa se dedica;
Os mercados a que se dirige;
A sua filosofia de actuação;
A visão que tem de si própria (autoconceito);
A imagem pública que pretende transmitir.
COMUNICAÇÃO DA MISSÃO
Naturalmente que não deve ser apenas quando a empresa está em crise, pelo contrário,
deve ser posta quando a empresa foi bem-sucedida, pois há que estar atento às
mudanças mais profundas do ambiente que podem introduzir alterações estratégicas
mesmo nas empresas bem-sucedidas que não podem ou não devem adormecer à sombra
dos louros conquistados.
Mas acima de tudo, a questão deve pôr-se quando se pretende definir objectivos. A
definição básica do seu negócio e do seu objectivo fundamental ou missão tem de ser
traduzida em objectivos específicos.
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3.1.2
Como falamos em outros capítulos, objectivos são resultados desejados numa qualquer
actividade. Quando não forem expressamente definidos de forma diferente,
entenderemos que “metas” e alvos são sinónimos de objectivos.
Hierarquia
Características
Consistência
Dos
Objectivos
Mensuralidade
Calendarização
Desafios atingíveis
Económicos
Serviço
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Muitas vezes a melhor forma da empresa competir no mercado é atingir uma
determinada dimensão que lhe permita obter determinadas vantagens, nomeadamente as
que resultam directamente das economias de escala. Deve observar-se que crescimento
só por si, o crescimento pelo crescimento, pode não ser um bom objectivo estratégico,
pois há circunstâncias na vida das empresas em que as pequenas têm vantagens sobre as
grandes.
Muitas empresas vêem aproximar-se a sua morte por deixarem de produzir bens ou
serviços desejados pela sociedade. Por outro lado, as organizações são constituídas por
pessoas que têm personalidade, experiencia e objectivos diferentes. Mesmo dentro do
grupo que é a empresa, ou relacionado
GRUPOS OBJECTIVOS
Organização Maximizar os lucros
Gestores Promoções, vencimentos mais elevados, bónus
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BIBLIOGRAFIA
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TEMAS
3. MARKETING E VENDAS
TEMA:
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RECOMENDAÇÕES SOBRE OS TRABALHOS DE PESQUISA
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