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Maputo, 2023
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Introdução
Outro conceito não menos importante é de empresa que podemos definir como: Empresa é uma
instituição jurídica despersonalizada, caracterizada pela atividade econômica organizada, ou
unitariamente estruturada, destinada à produção ou circulação de bens ou de serviços para o
mercado ou à intermediação deles no circuito econômico, pondo em funcionamento o
estabelecimento a que se vincula, por meio do empresário individual ou societário, ente
personalizado, que a representa no mundo negocial.
1. Conceito Organização
Por exemplo, a organização do lar refere-se ao modo como este está organizado, ou seja, como
os diversos elementos que o compõe estão coordenados e dispostos no espaço.
Organização é uma palavra originada do Grego "organon" que significa instrumento, utensílio,
órgão ou aquilo com que se trabalha.
Em Administração de Empresas, entende-se por organização uma entidade social formada por
duas ou mais pessoas que trabalham de forma coordenada em determinado ambiente
externo visando um objetivo coletivo. Envolve a divisão de tarefas e atribuição de
responsabilidades.
Dependendo do tipo de organização, há uma pessoa que exerce um papel fundamental nas
funções de liderança, planeamento e controle dos recursos humanos e de outros recursos
materiais, financeiros e tecnológicos disponíveis na empresa.
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A estrutura de uma organização pode ser formal ou informal. Uma organização formal é
planejada e estruturada seguindo um regulamento interno. Organização informal são as relações
geradas espontaneamente entre as pessoas, resultado do próprio funcionamento e evolução da
empresa.
No âmbito do Direito e com base nos conceitos sociológicos, consiste numa associação
particular, sem fins lucrativos, com personalidade jurídica e que recebe capital do Estado
para prestar serviços que sejam do interesse público.
Todas essas instituições sociais devem ser identificadas por um propósito social, abrangendo os
indivíduos de determinado grupo, seja de natureza humana ou animal, por exemplo.
Os objetivos das organizações variam de acordo com seu tipo, estrutura e cultura, e dentre eles
estão:
Lucro: muitas empresas comerciais têm como objetivo principal a maximização de lucros
para seus acionistas ou proprietários.
Satisfação do cliente: as organizações também podem ter como objetivo fornecer
produtos e serviços de alta qualidade para atender às necessidades e expectativas dos
clientes.
Crescimento e desenvolvimento: outro objetivo comum das organizações é expandir
sua base de clientes e ampliar sua participação no mercado.
Responsabilidade social: algumas organizações têm como objetivo contribuir para a
sociedade e para o bem-estar dos seus funcionários, clientes e comunidade em geral.
Assistência social: garantir a proteção social aos cidadãos, ou seja, apoio a indivíduos,
famílias e à comunidade no enfrentamento de suas dificuldades, por meio de serviços,
benefícios, programas e projetos.
Inovação: outras organizações buscam inovar em sua área de atuação, seja por meio de
novos produtos, processos ou tecnologias.
Finalidade definida: As organizações têm objetivos claros e bem definidos que orientam
suas atividades.
Estrutura formal: As organizações possuem uma estrutura hierárquica e formal que
define as relações de autoridade e responsabilidade.
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Coordenação de recursos: As organizações coordenam e alocam recursos, incluindo
pessoas, materiais, finanças e tecnologia, para alcançar seus objetivos.
Divisão do trabalho: As organizações tendem a especializar as tarefas entre seus
membros para aumentar a eficiência.
Comunicação: As organizações estabelecem canais de comunicação internos e
externos para garantir a troca de informações e a colaboração entre seus membros.
Controle: As organizações implementam processos de controle para monitorar seu
desempenho e avaliar se estão atingindo seus objetivos.
Cultura: as organizações têm sua própria cultura, que inclui valores, crenças e
comportamentos compartilhados pelos membros.
Algumas organizações têm como objetivo não apenas gerar lucro, mas também fazer
uma contribuição positiva para a sociedade e para o meio ambiente.
A concorrência entre organizações incentiva a inovação e a melhoria contínua na
qualidade dos produtos e serviços oferecidos.
Sector Características
Organização privada
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São Organizações do Governo, que são administradas pelo
governo e têm como objetivo prestar serviços à comunidade em
geral, e são mantidas pela arrecadação de impostos, taxas e
contribuições. Exemplos:
Organizações Militares;
etc.
Organização da sociedade
As organizações civis são aqueles agrupamentos cidadãos criadas
civil
para cobrir alguma necessidade social, como os partidos políticos,
as ONGs, sindicatos, clubes, entre outras. É uma instituição privada
sem fins lucrativos, que presta um serviço com finalidade social. A
Lei nº 13.019 estabelece o regime jurídico das parcerias entre a
administração pública e as organizações da sociedade civil. Ela
define como organizações civis três diferentes tipos de estruturas.
Organizações religiosas.
Exemplo de Organizações
Empresas comerciais: são as empresas que visam obter lucro através da venda de
bens e serviços.
Organizações governamentais: são organizações controladas pelo governo, cujos
objetivos incluem fornecer serviços públicos e regular a economia.
Organizações sem fins lucrativos: são organizações que não visam lucro, mas sim
atender a uma necessidade social, cultural ou ambiental.
Cooperativas: são organizações controladas por seus membros, cujos objetivos incluem
fornecer bens e serviços aos membros a preços razoáveis.
Organizações de saúde: são organizações que prestam serviços de saúde aos
pacientes.
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Organizações educacionais: são organizações que fornecem ensino e formação.
Classificação Características
Regra geral:
1. A empresa é classificada de acordo com o número
de trabalhadores e o volume de negócios nos seguintes termos:
a) micro empresa - a que emprega até dez trabalhadores e cujo
volume de negócios, anual, não exceda 3.000.000,00 de meticais;
b) pequena empresa - a que emprega entre onze a trinta
trabalhadores e tenha um volume, anual, de negócios superior a
3.000.000,00 até 30.000.000,00 de meticais;
c) média empresa - a que emprega trinta e um até cem
trabalhadores e tenha um volume de negócios, anual, superior a
30.000.000,00 até 160.000.000,00
de meticais; d) grande empresa - a que emprega mais de cem
Quanto ao volume de trabalhadores e tenha um volume de negócios, anual, superior a
negócios – Decreto-Lei n.º 160.000.000,00 de meticais.
1/2022 de 25 de Maio 2. O número de trabalhadores a que se refere este artigo
(Código Comercial) corresponde à média dos existentes no ano civil antecedente.
3. Os dados considerados para a determinação do volume de
Artigo 5 negócios são calculados numa base anual entre as datas
de encerramento de contas.
4. Sempre que em dois exercícios consecutivos uma empresa
superar ou ficar abaixo dos limites indicados no número 1, fica
obrigado à mudança para a classificação correspondente.
5. Não é considerada micro, pequena ou média empresa a que,
apesar de se enquadrar nas categorias previstas no n.° 1, detenha
mais de vinte e cinco por cento de participação de grande empresa
ou do Estado.
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superior a 10 KvA e que empregue entre onze a trinta
trabalhadores;
c) média empresa – cujo investimento inicial seja igual ou superior
a 150.000.000,00 meticais, a potência instalada ou a instalar seja
igual ou superior a 500 KvA e que empregue entre trinta e um até
cem trabalhadores; e
d) grande empresa – cujo investimento inicial seja igual ou
superior a 600.000.000,00 Meticais, a
potência instalada ou a instalar seja igual ou superior
a 1.000 KvA e que empregue acima de cem trabalhadores.
a) Individual: Uma organização em nome individual é detida apenas por uma única pessoa.
É uma forma de constituir um negócio que fica a meio caminho entre os trabalhadores
independentes e uma sociedade unipessoal.
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d) Mista: Uma sociedade de economia mista é uma estrutura societária de sociedade
anônima em que as ações são compartilhadas entre o Estado e o mercado, sendo o
Estado o maior detentor das ações com direito a voto.
Sector Características
O Setor Primário é o estágio no qual ocorre a
produção a partir dos recursos naturais existentes
para exploração.
Normalmente estão ligados à actividades de
agrícolas (lavoura permanente, lavoura temporária,
1. Primário horticultura, etc.), mineração, pesca e silvicultura,
pecuária, extrativismo vegetal, caça e obtenção de
outros produtos sejam eles renováveis ou não.
Neste setor da economia, as atividades econômicas
irão obter o produto primário por meio de extração
ou produção.
No setor primário serão obtidas as matéria-primas
para os outros setores. Apesar de ser fundamental,
possui pouco valor agregado e não gera muitas
riquezas aos países que exploram apenas
modalidade econômica.
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O Setor Terciário é o campo da economia capitalista que
mais cresce atualmente e onde se encontram os produtos
de maior valor agregado. Caracteriza-se pela inclusão
comercial de tudo aquilo que não abarca os outros setores,
onde o foco está nas relações interpessoais.
Este é também definido como o setor de comércio e
3. Terciário prestação de serviços. Aqui é onde se dá a comercialização
dos bens tangíveis e intangíveis (imateriais), como a oferta
de serviços prestados às empresas ou a particulares.
A maneira como essas pessoas estão alocadas dentro da empresa, com divisão de setores,
cargos e tarefas, é chamada de Estrutura Organizacional. Indo um pouco mais além, a
estrutura organizacional trabalha com níveis hierárquicos e determina a relação entre líderes e
seus liderados.
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A Estrutura Organizacional mostra a relação entre empregados e seus líderes, bem como
as responsabilidades de todos os recursos da empresa. Primeiro, quando falamos em
estrutura de uma organização pensamos em:
o Estrutura Vertical
o Estrutura Horizontal
Em uma organização vertical, o CEO encontra-se no topo e, abaixo dele, estão as divisões com
os respectivos diretores. Ou seja, a escada desce até chegar aos departamentos mais baixos.
Na verticalização, a relação líderes e liderados é bem definida. Neste caso, as decisões são
tomadas em níveis hierárquicos. Por ter uma estrutura mais rígida, a comunicação tende a ser
mais lenta.
i) Estrutura Funcional
A estrutura mais indicada para pequenas empresas, tem como “dono” o pai da Teoria Clássica
da Administração, Henri Fayol. Na estrutura funcional os recursos estão organizados em
departamentos. Por exemplo: administrativo, contábil, marketing, desenvolvimento, produção,
etc.
Os recursos alocados em cada departamento respondem a um único chefe. Além disso, cada
área tem pessoas que compartilham de conhecimentos e habilidades similares.
Vantagens
o Departamentos formados por pessoas que falam a mesma língua. Com isso, a
comunicação dentro de cada área (intradepartamental) é facilitada.
o A especialização é valorizada.
o Níveis hierárquicos são bem definidos. Desse modo, cada colaborador consegue
visualizar qual é o próximo degrau a atingir.
o Incentiva as especializações, pois dentro de cada área há os especialistas.
o Orientação de cada pessoa para atividades que utilizem sua capacidade com
eficácia.
Desvantagens
o Se a comunicação intradepartamental é rápida, o mesmo não ocorre entre as
diferentes áreas (interdepartamental). Por esse motivo, a empresa demora a dar uma
resposta rápida ao mercado. Essa é uma das razões pelas quais empresas
dinâmicas podem ter problema com a estrutura organizacional funcional.
o Não exista a preocupação da empresa com um todo. Cada área se preocupa em
cumprir seus objetivos e prioridades.
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As pequenas empresas tendem a se beneficiar dessa estrutura porque geralmente não têm
problemas de comunicação.
Mais indicada para empresas que trabalham com diferentes mercados e uma carteira de clientes
variada. É formada por divisões separadas e autossuficientes. Cada divisão é responsável por
um produto ou serviço de acordo com os objetivos organizacionais.
A estrutura pode ser por: clientes, produtos ou serviços, localização geográfica, por projetos ou
por processos.
Vantagens
oMaior autonomia para cada unidade.
oMarketing é pensado de acordo com o mercado de atuação de cada unidade.
oTomadas de decisão mais independentes, que permitem uma resposta mais rápida
ao cliente.
Desvantagens
o Aumento de custos, pois como cada unidade é uma operação, precisará de recursos
próprios.
o Portas abertas para desculpas. Como as divisões são autossuficientes, há o risco de
a culpa pelo baixo número de vendas de um produto ser atribuído à região, por
exemplo.
Lembra da estrutura funcional? Na matricial a regra de Fayol cai por terra e cada colaborador
tem dois chefes: o do departamento ao qual se encontra e o chefe do projeto em que está
alocado.
Portanto, a Estrutura Matricial envolve um pouco da estrutura funcional (chefe do
departamento) e um pouco da divisional (chefe do projeto).
Como cada departamento possui dupla subordinação, aqui o princípio de comando deixa de
existir. Por esse motivo, a matriz destaca a interdependência entre as áreas e apresenta para a
empresa a necessidade de lidar com ambientes mais complexos.
A Estrutura Matricial tem como proposta satisfazer ambas as necessidades: de coordenação e
de especialização. Seu objetivo é o de obter o maior rendimento possível. Esta é a forma mais
utilizada especialmente em grandes empresas, pois cada área tem o tipo de estrutura que melhor
se adapta à execução de suas tarefas.
Inclusive, quando falamos de Gestão Orçamentária, temos uma das principais Metodologias
Orçamentárias que é 100% embasada pelo conceito de Estrutura Matricial. Estamos falando aqui
do Orçamento Matricial.
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Vantagens
o Possibilita um ambiente mais participativo, pois depende da colaboração de muitas
pessoas diferentes.
o Colaboradores têm mais participação ao tomar decisões nos níveis mais baixos da
hierarquia.
o Enfatiza a interdependência entre os departamentos, proporcionando oportunidades
de delegação, maior contribuição pessoal e participação na tomada de decisão nos
níveis mais baixos da hierarquia.
o Mais facilidade em controlar os resultados.
Desvantagens
o A dupla subordinação (chefes funcionais e divisionais) pode criar conflito de
interesses.
o Rixas entre chefes de departamentos.
o Dificuldade de adaptação por parte de alguns funcionários.
o Comunicação deficitária.
Desvantagens
o Sem uma cultura corporativa corre-se o risco dos profissionais não terem o
comprometimento desejado.
o Falhas eletrônicas podem interferir com o andamento do projeto.
o Organização não tem controle imediato de todas as operações da empresa.
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oGerente de Projetos tem total autonomia.
oMelhor visão holística do projeto.
oDemandas do projeto são rapidamente atendidas.
oO diferente número de especialidades na equipe aumenta a possibilidade de
resultados positivos.
Desvantagens
o Ociosidade dos recursos, considerando que em alguns momentos haverá um menor
grau de exigência de algumas áreas.
o Insegurança na equipe ao término do projeto.
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O principal objectivo do organograma é ajudar a esclarecer dúvidas sobre a organização da
empresa, seja para os próprios membros da empresa, para parceiros, fornecedores ou clientes.
Tipos de organogramas
Organograma horizontal: é igual ao modelo vertical, mas com a diferença de ter os núcleos
hierárquicos mais importantes no lado esquerdo, seguindo uma linha horizontal em direção ao
lado direito.
3. MICRO-ENVOLVENTE e MACRO-ENVOLVENTE
Qualquer empresa que pretenda entrar num novo mercado, seja ao nível de produtos ou
geográfico, deve fazer uma análise profunda do sector de actividade, ou indústria, de forma a
avaliar as suas condicionantes e a sua atractividade. Ainda que muitos empreendedores tenham
uma sensibilidade particular para a detecção de oportunidades de negócio, um estudo formal só
pode ser benéfico para a futura empresa ou negócio. Por outro lado, mesmo para empresas já
estabelecidas no mercado, um estudo deste tipo é importante por duas ordens de razões:
3.1. Macro-envolvente
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A envolvente conjuntural global tem impacto num grande número de sectores de actividade.
Estas forças devem também ser analisadas porque condicionam a posição presente da empresa
e a sua evolução futura. É também de referir que não há nenhuma força que tenha exactamente
o mesmo impacto em todas as indústrias, ou sectores de actividade: mesmo aquelas que
parecem consensuais, serão positivas para alguns sectores, sub-sectores ou mesmo empresas
e prejudiciais para outros. Alguns exemplos:
Um grande aumento das taxas de juro será prejudicial para a maioria das empresas que
pretendem investir mas para as instituições financeiras e também para aquelas que assentam
numa mão-de-obra intensiva é uma boa notícia já que dificulta a vida a empresas concorrentes.
Um abrandamento económico global traz graves inconvenientes à grande maioria dos sectores;
no entanto, é provável que aquelas empresas que se especializam no fornecimento de bens
essenciais não sejam afectados e até possam beneficiar os fabricantes ou os distribuidores de
produtos mais baratos, já que o poder de compra geral diminui.
Existem seis variáveis na envolvente macroeconómica que é importante considerar:
Demografia
São as pessoas que fazem os mercados. É portanto essencial recolher o maior número de
informações possível sobre a população em geral, de forma a avaliar como se distribuem os
clientes reais e potenciais dos produtos e serviços da empresa. Não basta conhecer o número
mas também é útil saber a evolução prevista, tanto ao nível do saldo de nascimentos /
falecimentos como também ao nível da imigração.
Alguns elementos a considerar:
Envolvente económica
O clima económico do país é um dos factores principais que afecta a actividade económica e,
como tal, deve ser objecto de análise profunda. Os elementos a considerar não são só os
tradicionais: crescimento do PIB e valor da inflação mas também o grau de endividamento das
famílias e as mudanças na estrutura do consumo. Assim, os indicadores relevantes, tanto o valor
actual como sobretudo as sua evolução previsível, são:
Meio ambiente
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Nesta rubrica podem-se incluir duas preocupações principais. Por um lado, o recurso às matérias
primas de que a empresa necessita. É preciso avaliar qual a probabilidade de estas virem a sofrer
alterações significativas no preço e quais os instrumentos financeiros (como futuros e opções)
que a empresa pode utilizar para diminuir o seu risco. Ligado a isto há sempre a variável dos
preços do petróleo que é preciso tentar estimar.
Por outro lado, a preocupação cada vez maior com o meio ambiente pode levar a novas regras
impostas pelo Estado ou a União Europeia ou a maiores exigências por parte dos clientes finais
e até da sociedade em geral. Ignorar essas exigências pode sair muito caro pois desfazer uma
má imagem no mercado pode ser muito longo e dispendioso.
Envolvente tecnológica
É ao nível da informática que a taxa de desenvolvimento tecnológico tem sido mais espectacular.
A empresa tem que se manter atenta a qualquer evolução neste campo e tem que avaliar a sua
capacidade de manter um equipamento que lhe permita eficácia e compatibilidade com os
sistemas dos fornecedores e clientes. Cada vez mais transacções vão ser feitas online e a
empresa tem de estar preparada para lidar com o aumento de tecnologia. São de considerar,
neste ponto quais os vários tipos de acordo que se podem fazer com os fornecedores de
tecnologia (não só tecnologia informática), incluindo actualização de software ou de hardware,
assistência técnica, etc. Por outro lado, a envolvente tecnológica do país ou da região pode
influenciar decisivamente o desempenho da empresa fornecendo-lhe com facilidade, ou não, os
recursos tecnológicos de que necessita.
Qualquer sector de actividade é regulado por uma série de leis e regulamentos cujo número
tende sempre a aumentar. É preciso analisar muito bem todos os textos legais nacionais e no
quadro da União Europeia. Mas isto não chega. O mais importante é antecipar alterações na
própria legislação que regula a actividade e algumas delas são relativamente previsíveis, tais
como a protecção do meio-ambiente ou a protecção dos consumidores, por exemplo. Desta
forma se pode ganhar alguns pontos de vantagem sobre os concorrentes. Além disso, é
importante avaliar a forma como vai evoluir a legislação global em assuntos como:
a fiscalidade,
a legislação laboral,
as restrições ao comércio externo.
Envolvente socio-cultural
Apesar de haver semelhanças entre os vários países do chamado mundo ocidental em termos
de crenças, valores e normas, existem algumas diferenças nacionais ou regionais que devem
ser tidas em conta. Por um lado, é preciso considerar os valores e práticas de determinada região
e, por outro, saber analisar as alterações no comportamento dos actores sociais: os indivíduos,
as famílias, etc. Saber antecipar, também neste caso, é essencial ainda que ir depressa demais
em questões sociais ou culturais pode ser um erro grave que pode levar a sérios dissabores.
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3.2. Micro-envolvente
Fornecedores
Intermediários
Muitas empresas não vendem directamente ao cliente final. Assim, é necessário conhecer os
canais de distribuição dos produtos. É sabido que as grandes cadeias de distribuição têm ganho
um peso considerável na economia. Também aqui, ficar dependente de uma só cadeia de
distribuição pode ser perigoso mas frequentemente a empresa não dispõe de muita margem de
manobra neste campo.
Clientes
Uma análise fina da clientela dos produtos ou serviços fornecidos pela empresa é um prerequisito
obrigatório para qualquer empresa que pretenda lançar um novo produto ou serviço no mercado.
É preciso estimar a dimensão do mercado assim como algumas características específicas, tais
como a sazonalidade. No entanto, mesmo para aquelas empresas que já estão a operar há algum
tempo, existe a necessidade de reavaliar constantemente a sua base de clientes. Esta pode
alterar-se devido a múltiplos factores como sejam:
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Seria errado, no entanto, limitar-se à análise de um só destes mercados já que estão intimamente
interligados. Por exemplo, uma empresa que só venda para revendedores não pode deixar de
analisar todas as alterações do mercado dos consumidores finais.
Concorrentes
A análise da concorrência deve ser feita com extremo cuidado e reflectir não só as características
das empresas que fornecem bens e serviços no mesmo sector de actividade mas também as
possibilidades de entrada de novos concorrentes.
Por outro lado, uma questão crucial é a do modo de definir o mercado onde a empresa opera. O
facto de definir o mercado numa perspectiva restrita ou abrangente pode dar resultados
completamente diferentes. Assim, partindo do mais específico para o mais genérico, a empresa
deverá analisar:
Para cada concorrente, será assim preciso obter um máximo de informações como o seu
posicionamento no mercado, a sua estrutura financeira, os seus clientes mais importantes, etc.,
Nomeadamente:
Sociedade
O impacte que cada empresa tem na sociedade em geral é um factor que ganha peso de dia
para dia. É óbvio que os grupos de pressão estão mais atentos a determinados sectores de
actividade do que a outros mas seria errado ignorá-los, já que existem sempre questões que
podem influenciar a maneira como o público em geral vê a empresa. Recordemos algumas
questões que marcam decisivamente a opinião pública:
Questões ambientais,
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Questões morais,
Relacionamento com o poder político,
Relacionamento com a envolvente geográfica local,
Relações com outras empresas nacionais ou estrangeiras,
Questões de funcionamento interno (forma de remunerar os sócios ou accionistas, forma
de tratar os empregados, etc.),
Outras.
Deve-se avaliar qual é a facilidade ou dificuldade com que novas empresas podem entrar neste
mercado. Esta ideia está ligada à existência ou não de barreiras à entrada. Podem definir-se
algumas das mais correntes:
Ainda que não se trate de bens ou serviços semelhantes, os produtos substitutos, pelo facto de
satisfazer as mesmas necessidades, são um factor a ter em conta. Se a pressão e a diversidade
destes for elevada, a atractividade de um sector pode ficar seriamente afectada. Nomeadamente,
a pressão dos produtos substitutos vai colocar constrangimentos à política de preços da empresa
já que os clientes estarão mais dispostos a comprar produtos substitutos se o diferencial de
preços for maior.
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Poder negocial dos fornecedores
Quanto maior for o poder dos fornecedores de uma determinada indústria, menos margem de
manobra têm as empresas desse sector. É óbvio que o número de empresas fornecedoras é um
factor que determina o seu poder: um fornecedor que detenha um monopólio tem um poder quase
total sobre os seus clientes. A importância que representa o cliente para o fornecedor é também
importante para definir o poder deste. O poder de negociação do fornecedor vê-se igualmente
aumentado se o cliente tiver que enfrentar custos de mudança elevados, no caso de escolher
outro fornecedor.
Da mesma forma que os fornecedores aumentam o seu poder negocial se o seu número for
reduzido, os clientes também podem afectar a atractividade da empresa - nomeadamentre
afectando a sua capacidade de impor os preços - se a empresa estiver fortemente dependente
de um pequeno número de clientes. Os factores onde os clientes podem exercer o seu poder
são:
O preço de compra,
As condições de pagamento,
A qualidade dos produtos,
Os serviços associados.
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que as empresas podem seguir para examinar suas atividades e analisar a conexão entre elas
(chamados de elos).
De acordo com a Cadeia de Valor a maneira como as atividades da cadeia são realizadas
determina os custos e afeta os lucros. Este é o principal motivo pelo qual a ferramenta pode
ajudar a empresa a entender quais são suas fontes de valor.
Quando falamos em custos, temos que lembrar que são todos e quaisquer gastos relativos
à aquisição ou produção de mercadorias. Entram na lista matéria-prima, mão-de-obra e
gastos gerais de fabricação (GGF), bem como depreciação de máquinas e equipamentos,
energia elétrica, manutenção, materiais de conservação e limpeza para fábrica, viagens de
pessoas ligadas a fábrica etc.
Para iniciar, um dos maiores pontos positivos da Cadeia de Valor de Porter é por ela ser
uma ferramenta de estratégia muito flexível para analisar o negócio, seus concorrentes e
os respectivos locais no sistema de valores da empresa. Além disso, pode ser utilizada para
diagnosticar e criar vantagens competitivas tanto no custo quanto na diferenciação (mais adiante
falamos sobre isso). Isso faz com que a empresa inteira foque sua atenção nas atividades
necessárias para entregar a criação de valor.
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o Logística Externa ou de saída: atividades associadas com a entrega do
produto/serviço ao cliente;
o Marketing e vendas: processos utilizados para convencer os clientes a comprarem
os seus produtos/serviços;
o Serviços: atividades que mantêm e aumentam o valor dos produtos/serviços após a
compra.
Já as atividades de apoio dão suporte às atividades primárias. Sua classificação genérica é
feita em quatro categorias.
o Infraestrutura: sistemas de apoio para manter as operações diárias. Inclui a gestão
geral, administrativa, legal, financeira, contábil, entre outras;
o Gestão de Recursos Humanos: atividades associadas ao recrutamento,
desenvolvimento, retenção de talentos e compensação de colaboradores e gestores.
Como as pessoas são uma fonte de valor importantíssima para qualquer negócio,
empresas podem criar grandes vantagens ao utilizarem boas práticas de RH;
o Desenvolvimento tecnológico: atividades que apoiam as atividades da cadeia de
valor, como automação de processos, por exemplo;
o Aquisição/compras: processos realizados com o objetivo de adquirir os recursos
necessários para manter a empresa em operação: aquisição de matérias-primas,
serviços etc. Aqui também inclui a busca por fornecedores e a negociação dos
melhores preços.
Para fazer uso desta ferramenta, é preciso seguir algumas etapas, conforme definimos
a seguir:
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4 - Procure por oportunidades para aumentar o valor: aqui é importante rever cada
uma das subatividades e ligações identificadas (os elos) e analisar como elas podem ser
mudadas ou melhoradas a fim de maximizar o valor aos clientes. Lembre-se que o
valor percebido pelo consumidor é a qualidade, utilidade e a satisfação que o
produto/serviço proporciona. Em outras palavras: vai muito além do preço. Como
sabemos que a definição do valor do produto é algo essencial nessa estratégia de gerar
valor, elaboramos um artigo intitulado O que é Markup, por que é importante conhecer
sobre precificação e como realizar a formação do preço de venda de produtos e
serviços? falamos melhor sobre isso. Também elaboramos um Guia completo para o
cálculo do Preço Ideal de Venda dos produtos, mercadorias e serviços de sua empresa.
A Análise da Cadeia de Valor pode ser realizada de duas maneiras, de acordo com o tipo de
vantagem competitiva que a empresa deseja criar: vantagem competitiva de
custo ou vantagem competitiva de diferenciação. A escolha por uma opção em detrimento da
outra deve basear-se nas estratégias da empresa, suas metas e planejamento estratégico.
Vantagem Competitiva de custo: como você deve imaginar, esta abordagem é utilizada
quando as empresas tentam competir em custos e precisam entender as fontes da vantagem de
custo (ou desvantagem) e quais fatores geram esses custos. Cinco etapas devem ser seguidas:
1. Identifique as atividades primárias e de apoio da empresa;
2. Estabeleça a importância relativa de cada atividade no custo total do produto/serviço;
3. Identifique fatores geradores de custo para cada atividade;
4. Identifique os elos de ligação entre atividades (lembre-se que a redução de custos
em uma atividade pode levar a novas reduções de custos nas atividades
subsequentes);
5. Identifique oportunidades de redução de custos.
Esta abordagem é utilizada por empresas que se esforçam para criar produtos ou serviços
superiores. As etapas seguem conforme abaixo:
1. Identifique as atividades de criação de valor para os clientes (por exemplo, o sucesso
dos produtos da Apple não é pelos recursos de seus produtos, pois outras empresas
também possuem ofertas de alta qualidade também, mas sim de bem-sucedidas
estratégias de marketing);
2. Avalie as estratégias de diferenciação para melhorar o valor do cliente (aqui podem
ser utilizadas estratégias como adicionar mais features ao produto, aumentar a
personalização ou melhorar o atendimento ao consumidor);
3. Identifique a melhor diferenciação sustentável.
Para operar de forma eficaz e buscar melhorias na Cadeia de Valor as empresas devem
estabelecer metas de rentabilidade e lucratividade. O orçamento empresarial é fundamental
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nessa definição, bem como a Margem de Contribuição, que representa o quanto o lucro
da venda de cada produto contribuirá para a empresa cobrir todos os seus custos e
despesas fixas e ainda gerar lucro.
Conclusão
Por meio da Cadeia de Valor é possível avaliar a rentabilidade das operações. A partir dessa
avaliação mudanças são propostas a fim de que custos sejam diminuídos e o lucro aumentado.
O controller exerce um papel importante, já que ele é o profissional indicado para analisar como
o orçamento empresarial está sendo impactado por cada etapa do processo produtivo. Com essa
informação, a empresa tem uma maneira muito mais certeira de atuar na Cadeia de Valor.
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