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UFCD 0623 – Empresa e Produção

1
O QUE É UMA ORGANIZAÇÃO?

Formador: Ana Brás 2


3
Organização
 Conjunto de duas ou mais pessoas que
realizam tarefas, em grupo, seja
seja
individualmente mas de forma coordenada e
controlada, actuando num determinado
contexto ou ambiente com vista a atingir um
objectivo pré-determinado através da
afectação eficaz de diversos meios e
recursos, liderados ou não por alguém com
as funções de planear, organizar, liderar e
controlar
3
Organização

 Modo como estruturado, dividido e


executado
foi o trabalho

4
Organização
• Actuação coordenada:

Afectada por um líder mas encontram-se muitas


vezes organizações em que estas tarefas são
efectuadas por todos os membro em conjunto
através, por exemplo, de um órgão colegial.

5
Organização
• Recursos representam todos os
: meios
colocados à disposição da organização
e
necessários à realização das suas
actividades.
Neste incluem-se os recursos
imagem
recursos de mercado e credibilidade perante o
exterior.
humanos, os recursos materiais e
tecnológicos, recursos financeiros, a
os 6
ATIVIDADE

Que tipo
de organizações
conhece?

11
7
I

Tipos Organizações
Organizações Empresariais:

Têm como objectivo a maximização do lucro para os seus


proprietários conseguida através da produção e/ou
distribuição de bens materiais e serviços afim de
satisfazer as necessidades dos seus consumidores.

Ex: empresas de comércio, indústrias e outras


12
8
I

Tipos Organizações
Organizações não Empresariais:

Têm como objectivo a satisfação de necessidades ou


a defesa de interesses de um conjunto particular de
pessoas ou da sociedade em geral.
1 - Organizações de religiosos – que satisfazem as
necessidades de culto dos seus membros .

Ex: igrejas, sinagogas

12
9
I

Tipos Organizações
Organizações não Empresariais:

2 - Organizações de protecção – que protegem as


pessoas contra o risco da vida em sociedade.

Ex: polícia, forças militares e militarizadas,


bombeiros

12
1
0
I

Tipos Organizações
Organizações não Empresariais:

3 - Organizações governamentais – que prestam


serviços públicos diversos (são custeadas pelo
governo para atendimento dos membros da
comunidade).

Ex: escolas, hospitais, museu, bibliotecas

12
1
1
Organizações não Empresariais:

4 - Organizações sociais /Serviços– Fornecem


serviços sem fins lucrativos e satisfazem as
necessidades sociais experimentadas pelas
pessoas quanto à convivência, cultura, recreio e
apoio mútuo
Ex: clubes, associações de socorros mútuos;
sindicatos; Instituições particulares de
solidariedade social, museus, bibliotecas;
organizações de caridade; AMI; Banco alimentar
contra a fome; jardins zoológicos, ONG
12
1
2
EMPRESA

13
Empresa
“ Actividade Organizada com
carácter com fim de produzir
económico e profissional
lucro. O titular da empresa poderá ser um
comerciante em nome individual ou uma
sociedade. ”
Código Comercial

14
es

Empresa
Consiste numa sociedade organizada composta
de meios humanos, técnicos e financeiros,
reunidos tendo em vista a produção de bens
e/ou serviços destinados à venda, satisfazendo
as necessidades das comunidades onde se
encontra inserida

15
Empresa

A empresa é ainda uma entidade com


enquadramento jurídico, económico
e social.

16
Empresa
O enquadramento jurídico define a forma de
constituição e funcionamento do ponto de vista
legal.
O enquadramento económico garante que a
empresa cumpre os seus objectivos de criação de
riqueza.
O enquadramento social garante que a empresa
cumpre com os objectivos de desenvolvimento da
sociedade em que se insere
.

17
IN

Empresa
Objectivo
O objectivo último das empresas é: garantir a
sua continuidade através da criação de
riqueza. Só as empresas que conseguem criar
riqueza estão em condições de contribuir para
o desenvolvimento da sociedade, quer do
ponto de vista económico, quer social.

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Empresa
Objectivos económicos gerar uma quantidade
de dinheiro, proveniente das receitas, superior
ao dinheiro necessário para pagar as despesas.
A aplicação desse diferencial – “lucro”, deverá:
• Garantir a sobrevivência da empresa;
• Ser investido no crescimento da empresa;
• Remunerar os accionistas.
19
Empresa
Objectivos sociais: a empresa deverá
contribuir
para que seja garantida a
económica estabilidade e social da região
insere. em que se
Naturalmente que deverá existir um equilíbrio
na distribuição da riqueza criada,
contemplando os objectivos económicos e
sociais

20
2
0
Papel da Empresa na Sociedade

A empresa, tal como a família é uma Célula da


Sociedade, e por isso, para viver tem de interagir
com os outros elementos dessa sociedade.

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Papel da Empresa na Sociedade
Mercado Capitais
Mercado Trabalho
Clientes
Fornecedores
Estado
Entidade
Sociais/Politicas/C
entíficas/
Culturais 22
Papel da Empresa na Sociedade
• Mercado de capitais: ao mercado de capitais,
a empresa recorre quer para a obtenção de
financiamentos, quer para a aplicação dos
seus excedentes monetários. O “Custo do
dinheiro” e a variedade dos instrumentos
financeiros existentes conferem a esta relação
uma enorme importância.

23
Ce

Papel da Empresa na Sociedade


• Mercado de trabalho: ao mercado de trabalho
vai a empresa recrutar os Recursos Humanos
dispõe de várias Também
de que necessita. alternativas,
aqui a o empresa
pessoal
próprio ou utilizar a subcontratação
empresasdede cedência de pessoal.

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Papel da Empresa na Sociedade
• Clientes: a relação fornecedor-cliente
desenvolve-se
em
– Atrês fasesédistintas
venda o acto mas
físicotodas elas importantes.
da troca do produto pelo
– pagamento
A pré-venda, o fornecedor
do valor acordado.procura conhecer o
– mercado e criar-lhe
Na pós-venda expectativas.
assume cada vez maior importância a
segurança oferecida ao cliente, através de um serviço pós-
venda eficaz.

25
Papel da Empresa na Sociedade
Fornecedores: uma gestão eficiente, passa
muito por uma política correcta de selecção
de fornecedores. Destacam-se alguns aspectos
a ter em consideração: nível de
cooperação,
continuidade no fornecimento, garantia
confidencialidade.

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Papel da Empresa na Sociedade
• Estado: do Estado as empresas têm de
obter: segurança, infra-estruturas, garantia de
igualdade de tratamento face à lei. Para com o
Estado as empresas devem cumprir as suas
obrigações legais, nomeadamente pelo
pagamento dos seus impostos. A gestão fiscal
assume hoje uma enorme importância nos
custos das empresas, pelo que se justifica o
recurso a especialistas.
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Papel da Empresa na Sociedade
• Entid. sociais/políticas/científicas/culturais:
A acção da empresa não pode ficar delimitada ao
espaço físico que ocupa. À empresa cabe um
papel importante no desenvolvimento da
sociedade em que se insere. As formas de isso ser
conseguido diferem, sendo óbvio que uma
empresa inserida num meio rural, naturalmente
desenvolverá acções diversas duma situada num
meio urbano.

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Empresa na Sociedade
• Mercado a existência do
paralelo:
mercado paralelo
assume níveis é uma realidade
de importância que
diferentes
quando se vive em épocas de crise, ou épocas
de crescimento. É por isso uma variável que as
empresas têm de considerar nas suas
estratégias.

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Relembrando
O que é uma organização?

a) Uma associação empresarial que luta pelos seus


interesses e não luta pelos interesses dos seus associados.
b) Uma organização é um conjunto de atividades
coordenadas envolvendo várias pessoas para atingirem
um objetivo determinado.
c) Uma organização é uma empresa sem fins lucrativos.
d) Nenhuma das anteriores.

30
Elementos constituintes da
Empresa

Terra
Capital Trabalho

Empresa

Administrativo Comerciais

30
3
1
Elementos constituintes da
Empresa

Capital

Financeiros Financiamento

(Capital) Auto-financiamento
Crédito

32
Elementos constituintes da
Empresa

Terreno
Edifícios
Físicos/Materiais Equipamento
Maquinaria
(Terra)
Tecnologia
Matérias-Primas

33
C

Elementos constituintes da
Empresa

Direcção (Nível Institucional)


Executivos (Nível Intermédio)
Pessoal/Humano
Técnicos (Nível Intermédio)
(Trabalho)
Operacionais (Nível Operacional)

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Elementos constituintes da
Empresa

Pesquisa de mercado
Promoção
Organização de vendas
Comerciais
Força de vendas
Canais de distribuição

35
, I. P. 

Elementos constituintes da
Empresa

Organização
Administrativo Planeamento
Controlo

36
CLASSIFICAR A ORGANIZAÇÃO

140
3
7
Dimensão
O critério da dimensão não é uniforme embora
o mais utilizado seja o número de trabalhadores
ao serviço da empresa. Assim teremos:

•Micro empresas : menos de 10 Trabalhadores


•Pequenas empresas: Menos de 50 Trabalhadores.
•Médias empresas: Entre 50 e 250 Trabalhadores
efetivos.
•Grandes empresas: Mais de 250trabalhadores. 38
Dimensão
É no grupo das pequenas empresas que se
insere a maior parte do tecido empresarial
português.

81,3% das empresas não empregam mais que 9


pessoas e somente 0,15% se podem considerar
grandes empresas.

39
A empresa individual

 Proprietário gestor são uma e a pessoa, que é pessoalmente


e mesma
responsável por todas as atividades da empresa.

Nem sempre estas empresas individuais assumem uma forma jurídica regular e
raras as vezes têm contabilidade organizada.

Apesar da sua muito pequena dimensão e aparente fragilidade, as empresas em


nome individual são muito numerosas, mesmo nas economias consideradas mais
desenvolvidas.

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MORFOLOGIA DA EMPRESA
Sociedade por quotas

Constitui-se quando duas ou mais pessoas (ou duas ou mais empresas ou entidades
coletivas) põem em comum os seus recursos para formar uma nova empresa.

 Os sócios podem limitar a sua responsabilidade no negócio à quota-parte dos


recursos com que entraram na constituição da empresa (caso mais frequente).

 Uma das características mais importantes da sociedade por quotas é cada sócio ser
pessoalmente responsável por todas as atividades da empresa.

Em Portugal, os sócios são por lei solidariamente responsáveis por todas as atividades da
empresa e seus efeitos (incluindo dívidas e outros encargos contraídos pela empresa),
até ao limite do capital social com que entraram na constituição da sociedade.

Na vida real, no universo das sociedades por quotas predominam unidades de pequena
e média dimensão

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MORFOLOGIA DA EMPRESA C

Sociedade anónima
A participação no capital social da empresa realiza-se através da compra de um
título (ação) com determinado valor facial (por vezes “flutuante”, no caso de o título
ser cotado em Bolsa de Valores).
A responsabilidade dos acionistas limita-se à proporção ou valor das ações que
subscrevem.
Cada ação detida dá direito a um voto na Assembleia Geral (constituída por todos
os acionistas e que reúne, pelo monos, uma vez por ano) e também à receção de um
dividendo (parcela dos lucros apurados no ano anterior).
A sociedade chama-se anónima porque estas ações (sendo títulos representativos
de participação no capital da empresa) podem mudar frequentemente de mãos e, a
cada momento, nem sempre se sabe muito bem quem é que as possui. A
esmagadora maioria das empresas de grande dimensão assumem esta forma jurídica.

42
Propriedade
Este de classificação das
considera
critério a propriedade dos empresas
meios de
produção.

As empresas pertencem aos sócios, isto é, os


meios necessários à sua atividade surgem em
boa parte pelo investimento que aqueles fazem.

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Propriedade
Privada

Pertencem a particulares que gerem um património


com o objectivo de repartirem entre si os lucros que
resultarem dessa gestão.

Exemplo: Sonae; Zara Portugal; Delta; BPI; Securitas;


etc…  

44
Pública:

•São propriedade do Estado ou outros entes


públicos sendo dirigidas por intermédio de
gestores por eles nomeados.

Exemplo: Ana Aeroportos; Refer; CP; CGD; etc…

4
5
orte

Empresas públicas

 São possuídas pelo Estado (Administração Central, Regional ou Local), podendo ser
o resultado de nacionalizações de uma ou mais empresas anteriormente privadas.

 São geridas por um conselho de administração, com maior ou menor


autonomia, nomeado pelo Governo.

Regra geral são empresas de grande dimensão, em sectores de atividade de


grande peso no conjunto da economia da região ou país.

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Economia Mista

São empresas cuja propriedade pertence ao


estado e a particulares, sendo a gestão repartida
por estas entidades.

Exemplo: Galp, EDP, Hospitais público-privados..

4
7
Cooperativa

Pertencem a pessoas que se juntaram com o


objectivo de produzir, distribuir ou consumir bens e
serviços, não com o objectivo de obterem ganhos
monetários mas de prestarem o máximo de
serviços aos seus associados.

Exemplo: Vinícolas; etc…

4
8
Cooperativas

Estas empresas são possuídas pelo coletivo de todos


quantos nela trabalham (cooperativas de produção) ou pelo
coletivo dos seus utentes (cooperativas de consumo e de
habitação, por exemplo).
Regra geral, são pequenas ou médias empresas.
O caso mais frequente é o de algumas atividades ligadas à
agricultura, como sejam os lacticínios, o vinho e o azeite.

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Ramo de actividade
A classificação mais utilizada é da autoria de Colin
Clark que considera existirem três sectores de
atividade diferenciados. Que são:
Sector Primário - Este sector integra as atividades
extrativas, isto é, aquelas em que se retiram
produtos do mar, do solo ou subsolo. Exemplo:
pesca, agricultura, pecuária, minas, etc..

50
I

Ramo de actividade

Sector Secundário - Neste sector incluem-se as


atividades de transformação, isto é, aquelas que
utilizando as matérias primas extraídas da natureza
produzem bens necessários no nosso dia a dia.
Exemplo: metalúrgicas, cimento, construção
naval, vestuário, calçado, construção civil e
obras públicas, etc.. É comum subdividi-las em
indústrias pesadas e ligeiras.

51
Ramo de actividade

Sector Terciário - Finalmente, este sector engloba


todas as restantes atividades, adquirindo maior
ênfase, os serviços.

Exemplo: escolas, os bancos, as empresas de seguros,


os hospitais, os estabelecimentos comerciais, os
operadores telefónicos, etc..

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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

53
Conceito de Estrutura organizacional

• Forma pela qual as atividades e recursos de


uma organização são divididas, organizadas e
coordenadas (Stoner, 1992, p.230).

É o esqueleto da Organização

54
Conceito de Estrutura organizacional

Estruturas:
•Conjunto dos elementos constituintes da empresa e das relações
formais, quer horizontais, quer verticais, que entre esses elementos se
estabelecem.

•Existe para assegurar a coordenação das actividades.

55
Conceito de Estrutura organizacional

A estrutura organizacional pode ser definida


como :
•Forma como a autoridade é atribuída através
das relações de hierarquia,
• Forma como as actividades são especificadas
e distribuídas;
• Forma como são estabelecidos os sistemas de
comunicação no interior das organizações.

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A estrutura organizacional pode ser dividida em :
macroestrutura - está relacionada com a totalidade das
divisões da organização,

microestrutura - está relacionada com a organização


das actividades e das relações hierárquicas dentro de um
determinado departamento da organização.

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Objectivos da Estrutura Organizacional

•Promover a eficiência organizacional;

•Proporcionar um sentido de direcção;

•Fornecer um sistema de coordenação;

•Servir de rede de informação;

•Dar estabilidade organizacional.

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A Edificação de uma estrutura Organizacional deve apoiar-se em
algumas regras gerais :

•Unidade de comando – Segundo este príncipio, para uma


determinada acção, todo e qualquer indivíduo deve receber
ordens exclusivamente de uma única chefia.

•.
•A pluralidade de comando dificulta e impede a acção e quebra a
disciplina.

59
A Edificação de uma estrutura Organizacional deve apoiar-se em
algumas regras gerais :

•Unidade de comunicação – Corresponde ao emprego de uma


linguagem comum na organização, de forma a que os elementos de
uma unidade de trabalho pensem no mesmo universo simbólico e
possuam os mesmos quadros de referência.

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A Edificação de uma estrutura Organizacional deve apoiar-se em
algumas regras gerais :

•Unidade de comunicação – Corresponde ao emprego de uma


linguagem comum na organização, de forma a que os elementos de
uma unidade de trabalho pensem no mesmo universo simbólico e
possuam os mesmos quadros de referência.

61
A Edificação de uma estrutura Organizacional deve apoiar-se em
algumas regras gerais :

•Unidade de Controle – Estabelecimento de um sistema que permita


assegurar que o trabalho das diferentes unidades se desenvolva de modo
uniforme.

•Simbolicamente, corresponde a todas as pessoas acertarem os relógios.

62
A Edificação de uma estrutura Organizacional deve apoiar-se em
algumas regras gerais :

•Princípio escalar e cadeia de comando –

•A autoridade da chefia deve passar na cadeia de comando


através da linha hierárquica de modo claro e ininterrupto (contínuo,
constante).

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A Edificação de uma estrutura Organizacional deve apoiar-se em
algumas regras gerais :

A linha hierárquica, do escalão mais elevado até aos


executantes, não deve ter um número demasiado de escalões ( o
nível de decisão deve estar tão próximo quanto possível do local onde
se elaboram as informações que o justificam de forma a evitar
deformação na transmissão de informação).

64
A Edificação de uma estrutura Organizacional deve apoiar-se em
algumas regras gerais :

•Equilíbrio entre autoridade e responsabilidade –


Segundo este principio a responsabilidade exigida a um membro
da organização não deve ser superior à que está implícita no
grau de autoridade atribuída ao cargo. É um principio importante
de forma a contribuir para a eficiência, o desenvolvimento e
empenhamento dos titulares do cargo.

65
A Edificação de uma estrutura Organizacional deve apoiar-se em
algumas regras gerais :

•Princípio escalar e cadeia de comando – A autoridade


da chefia deve passar na cadeia de comando através da linha
hierárquica de modo claro e ininterrupto (contínuo, constante).

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A Edificação de uma estrutura Organizacional deve apoiar-se em
algumas regras gerais :

•Esfera de controle ou amplitude de subordinação

Refere-se ao número de subordinados que um chefe


pode supervisionar, pessoalmente, de maneira efetiva e
adequada. O número de subordinados não deve ser
demasiado grande para uma chefia.

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Em termos metodológicos apontam-se quatro fases
para a construção da estrutura da organização:
1.Determinar as grandes actividades necessárias para atingir os
objectivos;

•Reagrupar as actividades em grandes funções estritamente ligadas


(produção, aprovisionamento, comercial, financeira etc.) numa
hierarquia de responsabilidades e de funções directas e precisas;

•Definir por escrito os objectivos desejados para a empresa;

•Unificar sistematicamente as grandes funções com um único


responsável por cada actividade, nomeando as pessoas para os
respectivos cargos.

68
Organigrama

Gráfico estático, constituído por rectângulos,


quadrados ou círculos, ligados entre si por linhas
horizontais e/ou verticais, que permite ver
rapidamente a posição de cada sector e/ou
indivíduo dentro da empresa.

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Organigrama

O organigrama é uma representação gráfica da


estrutura organizacional, através da qual é possível
identificar o tipo de departamentalização e as
relações de hierarquia estabelecidas na
organização.

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7
1
Regras para elaboração de Organigramas

•No plano superior devem ser colocadas as


autoridades deliberativas.
•No plano intermédio são colocados os órgãos de
gestão.
•No plano inferior são colocados os órgãos
executivos/operacionais.

7
2
•Órgãos que tenham a mesma responsabilidade devem ser
colocados ao mesmo nível.

•A ligação entre os órgãos é feita por linhas rectas ou curvas.

7
3
Tipos de estruturas

Estrutura Simples

Características:

•Geralmente adoptada por pequenas empresas geridas pelo próprio


empresário fundador ou por um só gestor, que supervisiona directamente
as actividades de todos os funcionários e trabalhadores;

•É uma estrutura de gestão doméstica, com pouco planeamento e


controlo;

74
Tipos de estruturas

Estrutura Simples
•Especialização reduzida;

•É funcional quando o número de efectivos é reduzido

•Com o crescimento da organização mostra-se inadequado, por ser difícil


manter a supervisão directa como mecanismo de coordenação.

75
Tipos de estruturas

7
6
Tipos de estruturas

Estrutura Funcional
Características:
 

•Adequada a médias empresas com uma gama de produtos mais


extensa (do que a estrutura simples);

•As actividades são agrupadas por função;

•Institucionaliza a comunicação vertical;

77
Tipos de estruturas

Características:

•Inexistência de comunicação interdepartamental;

•Os gestores individuais responsabilizam-se pela execução de


funções específicas como a produção, vendas, etc;

•Centralização dos processos de controlo e decisão

7
8
Tipos de estruturas

Estrutura Funcional

7
9
FUNCIONAL

Gerente de
Produção

Chefe de Chefe de
Manutenção Manutenção
Hidráulica Elétrica

Setor 1 Setor 2 Setor 3 Setor 4

80
8
1
Tipos de estruturas

Estrutura Divisional
Características:
  Adequada a empresas de grandes dimensões, com uma extensa
gama de produtos ou uma grande variedade de mercados
(Multinacionais);

As divisões são relativamente independentes/autónomos; podem


ser feitas por produto (ex. Pode ser utilizada num departamento
comercial, através da criação de divisões comerciais para cada
grupo de produtos), área geográfica (ex. Norte, centro e sul) ou por
cliente (ex. criação de departamentos comerciais por tipo de
cliente, grandes empresas, pequenas empresas e médias
empresas);

82
Tipos de estruturas

Estrutura Divisional
Características:
 

 Permite decisões mais rápidas, visto que as linhas de


autoridade convergem para um nível hierárquico inferior;
(descentraliza a tomada de decisões)

Cada divisão tem os seus próprios especialistas funcionais,


que geralmente estão organizados em departamentos e que são
responsáveis pelos seus lucros ou prejuízos.

Implica uma forte coordenação interdepartamental.

83
8
4
Tipos de estruturas

Estrutura Matricial

Características:
 

•Tende a ser adoptada por empresas de grande


dimensão, que oferecem um grande conjunto de produtos
similares, em muitos mercados;

•Combinação da Estrutura Funcional com a Estrutura


Divisional, tornando-se por isso uma estrutura complexa e
ambígua; (desenvolvimento funcional e por produto)

•Visa um estado de eficiência elástica, usando para o


efeito um sistema múltiplo de comandos;
85
Tipos de estruturas

Estrutura Matricial

Características:
 
•Autoridade dual (Funcionários com 2 superiores
hierárquicos) e equilíbrio de poder (o poder dos 2
supervisores deve ser semelhante);

•Se for bem implementado permite a existência,


de comunicação lateral, circulação de informação e
níveis de coordenação superiores à estrutura
divisional e funcional;

86
87
8
8
8
9
9
0
9
1
Tipos de estruturas

Relembrando…

9
2
Tipos de estruturas

Estrutura Em Rede

Características:

•Adequada a grandes empresas, com uma grande


variedade de operações integradas em muitos mercados;

•Desaparece a lógica hierárquica tradicional;

9
3
Tipos de estruturas

Estrutura Em Rede
Características:
•A Estrutura em Rede, ou Organização em Rede, é um tipo
de macro-estrutura organizacional que funciona segundo
uma lógica de organigrama circular ou em forma de estrela,
no centro da qual está a organização principal

•Em torno desta organização principal estão diversas


outras entidades que prestam serviços à primeira: por
exemplo, determinadas fases da produção,
distribuição, sistemas de informação, etc..

9
4
Tipos de estruturas

Estrutura Em Rede

Características:

•organização passa a ser um pequeno centro atuando ligado a divisões


próprias ou subsidiárias detidas parcialmente, outras empresas
independentes, através de um sistema de informação que permite o
Design, produção e marketing dos produtos e serviços.

9
5
9
6
ATIVIDADE

97
FUNÇÕES

98
Produção
Produção, é a atividade que cria ou transforma a
utilidade das coisas.
Toda a atividade produtiva consiste na
combinação da força de trabalho com os meios
de produção ou capital, isto é, da habilidade e
inteligência do homem com os instrumentos e
os recursos que utiliza. Os meios de produção
incluem os objetos de trabalho e os meios de
trabalho.

99
100
Produçã
o
Todos estes são facilmente
identificados nasconceitos
empresas onde exista
transformaçã de bens. Nas empresas a não
o industriais sector de produção não é tão
o
nítido, ou pode mesmo não existir. São
empresas que compram e vendem os bens, sem
que haja transformação

101
Produção
Objetivos da Função Produção
A missão da função produção é a satisfação das
necessidades dos clientes.

As necessidades dos clientes ou


internos
externos, porque
produtos (saídas são os destinatários dos
ou outputs);
Os interesses e as dificuldades dos
fornecedores, que disponibilizam os meios
necessários (entradas ou inputs);
102
Produção
Os concorrentes, que disputam os clientes e os
fornecedores;
O Estado, que regulamenta a atividade económica;
A gestão adequada dos fatores de produção, por
forma a garantir uma produção de qualidade e a
custos competitivos.

Vejamos como exemplo, uma empresa produtora


de veículos automóveis:

103
Formador: Ana Brás 104
Produção
Devido a toda esta complexidade de entradas e
saídas, existe a necessidade de organizar o trabalho
dos diferentes sectores da produção, de maneira a
não haver “engarrafamentos ou estrangulamentos”.
Tem de existir uma eficiente gestão dos recursos
humanos (horários, turnos, horas extras, número
de pessoas em cada sector, definição de funções de
cada trabalhador), uma gestão adequada das
matérias primas e subsidiárias, e dos meios de
trabalho necessários.

105
Comercial
Incorpora o conjunto de atividades conducentes
à venda de produtos ou serviços.
Porém, em empresas onde não existam
individualizadas as de
aprovisionamento, funções produção,
nomeadamente nas marketing
não industriais,
ou pode ser
definida como o conjunto de operações de
compra e venda de bens ou serviços.

106
Comercial
Qualquer empresa visa atingir objetivos que,
como já referimos, passam por vender os bens

que produzem ou os serviços que prestam,


gerando, assim, os recursos financeiros
necessários para, não só manter e desenvolver a
sua atividade, mas também continuar a
satisfazer clientes, empregados, proprietários,
etc..

107
Comercial
 Pont crítico de vendas: é o nível de
faturação
o para o qual os proveitos das vendas
realizadas pela empresa são iguais aos custos da
atividade, não se registando, portanto, lucros
nem prejuízos.
Mas o que são os custos das empresas?

108
Comercial
Custos São aqueles que a
Fixos:
suporta independentementeempresa
produzir de estar
. a
Exemplo: Os salários dos empregados, o aluguer
do contador da electricidade, a renda das
instalações, etc..

109
s

Comercial
 Custos Variáveis: São aqueles que só se verificam
quando a empresa está a produzir, isto é, serão
maiores quando a atividade é mais intensa e menores
ou nulos se a atividade diminuir ou parar.

Exemplo: A farinha para fabricar o pão, a energia eléctrica


gasta na produção, etc..
A partir daquele ponto a empresa começa a ter lucro, isto
é, começa a haver uma diferença positiva
receitas das entre as dos seus produtos custos
e
necessários
vendas à sua produçãoose venda.

110
Comercial
Previsão de vendas:
A função comercial é, assim, de importância
primordial na organização interna das empresas.
As de são suporte da
previsões vendas, o
tomada de decisão das outras funções da
empresa.

111
Comercial
A previsão de vendas é, assim, o “motor” da
actividade da empresa, pelo que deve ser o mais
objectiva possível. As empresas devem recorrer à
análise da informação que possuem e que consta
nos:
 Registos de Encomendas;
 Registos de Facturas;
 Conta Corrente de Clientes;
 Relatórios dos Vendedores;
 Consulta periódica de publicações.

112
Comercial
Objetivos da Função Comercial
Em síntese, pode dizer-se que o
principal da função comercial é o de atingir o
objetivo
volume de vendas planeado pela empresa.
Além do objetivo principal, a função
comercial tem outros objetivos:
• Prospeção do mercado - a deteção de novos
clientes é essencial para o aumento das
vendas da empresa.
113
Comercial
•Informação e comunicação - o vendedor é o principal meio de
comunicação entre a empresa e o exterior. O vendedor tem a tarefa de
receber e transmitir mensagens do cliente e ao cliente.
•Preparação e execução de propostas - a função comercial deve
contribuir para a identificação das necessidades do cliente e apresentar
propostas que visem satisfazê-las.
•Apoio à revenda - por vezes, as empresas não vendem os seus
produtos diretamente aos consumidores finais.

114
Pessoal
As empresas utilizam, qualquer que seja a sua
atividade, um conjunto de recursos para
concretizar os seus objetivos.
De entre todos eles, as pessoas assumem-se
como o mais decisivo porque são elas com a sua
imaginação, vontade, inteligência e saber que
fazem a diferença entre o sucesso e o não
sucesso das empresas.

230
1
1
5
Pessoal
Como se consegue tudo isto?
Através de gestores inovadores e bem preparados que
se rodeiam de colaboradores qualificados, dotados das
competências e das atitudes necessárias à concretização
dos objetivos das empresas;
Garantindo um clima onde a comunicação seja aberta,
os valores e as práticas sejam coerentes e alinhadas com
os objetivos da empresa.
Porém, no que diz respeito às pessoas, as empresas estão
obrigadas a um conjunto de formalismos de caracter
administrativo que resultam de imposições legais e que
não podem ignorar.

116
Pessoal
Aspetos administrativos da função recursos
humanos
Principais aspetos administrativos:
• Pagamento de salários;
• Imposto sobre o Rendimento das pessoas
Singulares;
• Taxa Social Única;
• Outras obrigações legais;
• Ficheiro de pessoal.
117
Pessoal
A gestão técnica dos recursos humanos
Fases do processo de recrutamento e seleção;
• Identificar se de facto existe a necessidade de proceder a
uma admissão;
• Definir as tarefas que constituem o posto de trabalho, bem
como as competências necessárias para as executar e o
perfil desejável do indivíduo a ocupar o posto;
• Definir o pacote salarial e de benefícios que a empresa está
predisposta a oferecer;

• Tomada de decisão se o posto será


internamente
preenchido (promoção/transferência) ou a necessidade
de publicar externamente a necessidade de admitir alguém
(anúncio);

118
Pessoal
•Proceder à identificação dos candidatos que
reúnam os requisitos pré-definidos;
•Implementação de um processo de seleção que
permita objetivamente suportar a decisão de
escolha de um candidato através de técnicas

como: análise curricular, testes


profissionais/psicológicos, entrevistas, centros
de avaliação (simulação de situações reais), etc..

119
Pessoal
Compensação e benefícios:
Após dotar a empresa com os melhores recursos
humanos atendendo às preocupações
evidenciadas no ponto anterior, outra
importante tarefa se coloca aos profissionais
desta função empresarial: mantê-los na
organização, motivá-los e criar as condições
necessárias para que atinjam excelentes níveis
de desempenho, contribuindo, assim, para o
sucesso da empresa.
120
Pessoal
A função recursos humanos, como se verifica pelo
exposto nos pontos anteriores, assume-se como um
apoio a toda a organização, isto é, a todas as
restantes funções.
Para que este apoio seja efetivo é necessário que
ela seja parte integrante na formulação dos
objetivos da empresa e das estratégias desenhadas
para os alcançar.
Estes objetivos devem ser partilhados pelas
diferentes funções e pelos diferentes atores na
organização, de forma clara e objetiva, para que
cada um saiba o que se espera dele.

121
es

Financeira
A função Financeira tem a seu cargo conseguir o equilíbrio entre a obtenção
dos recursos financeiros necessários à atividade da empresa e a sua aplicação,
pelo que lhe cabe um papel privilegiado na análise do desempenho da
empresa.

A função financeira necessita de informação, que permita ter uma visão


global e particular da situação financeira da empresa. A contabilidade surge
como um apoio da função financeira, pois é da sua responsabilidade a
elaboração das demonstrações financeiras fundamentais - O Balanço e a
Demonstração de Resultados, entre outros.

122
Financeira
Objetivos da Função Financeira

A função financeira tem como finalidade a maximização da rentabilidade dos ativos e a


minimização do custo dos passivos, proporcionando aos detentores do capital
acréscimo de valor.

Para atingirem estes propósitos, os responsáveis pela função financeira das empresas
devem prestar especial atenção aos seguintes aspetos:
Prever os movimentos financeiros a curto prazo para a determinação do grau de
liquidez da empresa;

Escolher os projetos de investimento para os excedentes financeiros;

Elaborar planos financeiros de curto, médio e longo prazo.

123
Planeamento estratégico
É um processo que os gestores utilizam para identificar e
selecionar objetivos adequados e planos de ação.
Existem três fases no processo de planeamento:
(1) Decidir que objetivos a organização irá prosseguir;
(2) Decidir qual a maneira como irá alcançar
esses
objetivos;
(3) escolher os recursos que irá utilizar para
alcançar esses objetivos.
A forma como os gestores planeiam determina a
eficiência e a eficácia na gestão da empresa.

124
ATIVIDADE

240
1
2
5
DÚVIDAS

241
1
2
6

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