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INTRODUҪÃO
No presente trabalho vamos definir o gestor, e identificar as suas competências e actividades no
seio de uma organização no que concerne ao ambiente organizacional, os tipos de organização e
os meios que à classificam do interno ao externo e suas envolventes.
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GESTOR – É uma pessoa responsável por gerir ou administrar um determinado local, empresa
ou qualquer ramo de negocio que exija um cargo de direcção secundaria

COMPETÊNCIAS DE UM GESTOR

Conceptuais – capacidade de ver (e agir na) a organização como um todo: as suas componentes
relações entre elas. Requer a capacidade de pensar estrategicamente. Fundamental na gestão de
topo.
Humanas – capacidade em trabalhar com outras pessoas quer individualmente quer e também
como um membro integrado de uma equipa. Fundamental na gestão de topo.
Técnicas – compreensão e proficiência de tarefas específicas (métodos, técnicas, outros
conhecimentos). Têm menor peso na gestão de topo.

ACTIVIDADES DE UM GESTOR

Variadas, complexas e, não raro, exercidas em ritmos elevados.


Henry Mintzberg sugere que as actividades podem ser organizadas em três
categorias:
- Informacional – criar e desenvolver uma rede de informação. Monitor,
disseminador, porta-voz (da organização). As competências conceptuais e humanas
são as mais solicitadas.
- Interpessoal – de relacionamento com as pessoas, líder e de representação
dentro da organização. As competências humanas são particularmente necessárias.
- Decisional – Sobre os acontecimentos para os quais o Gestor tem que fazer
uma escolha e tomar uma acção. Requerem competências conceptuais e humanas.
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OS TIPOS DE ORGANIZAÇÕES

Como já vimos, cria-se uma organização quando duas ou mais pessoas decidem juntar esforços
para fazer em conjunto aquilo que não conseguiriam fazer (ou fariam com dificuldade) sozinhas.
Há muitos tipos de organizações mas podemos classificá-las em:
 Organizações económicas – (empresas) - são as que produzem bens e serviços
com o objectivo de se ganhar dinheiro (lucro).
 Organizações religiosas
 Organizações governamentais
 Organizações sociais ou culturais
 Organizações não lucrativas
Que fornecem produtos e serviços sem fins lucrativos. As Organizações Não
Governamentais (ONG’s) são um exemplo disso.

As empresas são assim um caso especial de organizações.


A grande novidade nos dias de hoje é que os modernos métodos de gestão, desenvolvidos para
gerir empresas, começam também a ser aplicados a outros tipos de organizações que não têm
como objectivo o lucro mas que se preocupam quer com o objectivo no interior da organização
de bem aplicar os recursos (eficiência) quer com o objectivo externo de atingirem os fins e as
metas de serviço que constam do seu objectivo social (eficácia). Assim, as empresas (devido à
pressão competitiva do lucro), inovam nos novos métodos e ferramentas de gestão e depois essas
inovações são introduzidas nas outras organizações. O mesmo acontece com os automóveis em
que as inovações são desenvolvidas nas corridas (devido à pressão competitiva para vencer) e
depois são passadas para os nossos carros!
Por outro lado, as preocupações sociais que antigamente só existiam nas organizações sem fins
lucrativos começam hoje a ser crescentemente incorporadas nas empresas dos países
desenvolvidos. Assim, no mundo de hoje as empresas, não têm só o objectivo do lucro, têm
responsabilidade sociais perante a sociedade pois que se uma empresa existe é porque há um
contrato social implícito entre a empresa e a sociedade. È o conceito de responsabilidade social
das empresas, muito em voga nas sociedades desenvolvidas.
Neste contexto, assiste-se a uma convergência crescente entre empresas e organizações não
lucrativas no que toca aos métodos de gestão e à responsabilidade social.
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O COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

Cadeira que terão numa fase posterior, trata justamente da interacção entre a organização e os
seus colaboradores, estudando as formas de comportamento.

O “AMBIENTE” DAS ORGANIZAÇÕES

O ambiente duma organização é tudo o que está situado fora dele.


Hoje em dia nas nossas sociedades, uma organização (ou uma empresa) é cada vez mais um
sistema aberto ao exterior, ou seja ao ambiente que a rodeia.

O ambiente de uma organização afecta e condiciona o funcionamento da própria organização mas


também as organizações (sobretudo as de maior dimensão) influenciam e afectam o ambiente que
as rodeia.
Podemos ter o ambiente geral e o ambiente específico numa organização.
No que toca ao ambiente geral podemos considerar várias dimensões:
 Ambiente cultural – ideologias, valores, normas da sociedade, relações entre o
poder e a sociedade, o racionalismo.
 Ambiente tecnológico – nível de científico e tecnológico.
 Ambiente educativo – nível geral da alfabetização da população, nível
profissional e de especialização profissional e tecnológico.
 Ambiente político – clima político geral da sociedade, grau de concentração e
nível de autoridade do poder político, natureza da organização política, sistema
político-partidário.
 Ambiente legal - natureza das leis, forma e organização do poder judicial, sistema
fiscal.
 Ambiente dos recursos naturais – natureza, quantidade e disponibilidade dos
recursos naturais, condições climáticas.
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 Ambiente demográfico - natureza dos recursos humanos de que a sociedade


dispõe, pirâmide etária da população, sexo, concentração/urbanização da
população.
 Ambiente sociológico – estrutura e mobilidade das classes, definição dos papéis e
de representação dos “actores” (“players”) sociais, natureza da e nível de
desenvolvimento das organizações sociais.
 Ambiente económico – estrutura económica da sociedade, incluindo o tipo de
organização económica (sector público, privado ou cooperativo), sistema
financeiro e bancário; níveis de impostos e sistema fiscal; estrutura de mercado,
nível de investimento em recursos físicos e em intangíveis, características do
consumo e comportamento dos consumidores, abertura do sistema económico ao
exterior, participação em blocos económicos regionais e em instituições
económicas internacionais.

No que toca ao ambiente específico há a considerar o dos clientes e utilizadores da organização,


o dos fornecedores, o dos concorrentes, o político legal e o científico-tecnológico:
Numa empresa, caso específico duma organização é costume distinguir entre os accionistas
(share holders) e todos os outros que têm relações com a empresa (stake holders) tais como

 Clientes
 Fornecedores STAKE HOLDERS
 Trabalhadores
 Autoridades políticas como governo/autarquias

SHARE HOLDERS STAKE HOLDERS


Acionistas Os que têm interesse e
(“donos” do capital da empresa) Relacionamento com a empresa (têm
um “stake” na empresa)
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Conclusão
No presente trabalho podemos constatar que o gestor e uma pessoa incumbida de gerir uma
organização ou um sector no seio de uma organização, e que durante o seu percurso como gestor
este encontra-se condicionado a lidar com o ambiente das organizações que para alem do interno
que e mais restrito, tem o externo que e muito mais complexo devido as suas envolventes, o que
exigira do gestor boas competências para lidar com o comportamento organizacional.
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BIBLIOGRAFIA

Introdução à Gestão
Mário António Soares Madureira,
Publicações Dom Quixote

“A gestão e a evolução das teorias de gestão”


Folhas da cadeira horizontal de Gestão DEG-IST 2006/07

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