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Apostila de Administração
Assunto:
Autor:
Gustavo Arruda
e-mail: galves@intermega.com.br
Fone: (0xx81) 3428-2486
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Apostila: Dinâmica das Organizações – por Gustavo Arruda
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Apostila: Dinâmica das Organizações – por Gustavo Arruda
O QUE É ORGANIZAÇÃO
“Sistema” é “um conjunto de partes ou órgãos interdependentes que interagem entre si”.
Assim, uma pessoa, um grupo, um departamento dentro de uma organização, uma empresa,
uma comunidade, um país - são sistemas, pois se compõem de órgãos ou partes que devem
funcionar coordenada e integradamente. A Organização/Empresa é considerada como um
Sistema “Sócio-Técnico”:
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Essa mudança baseia-se na assertiva de que, apesar do visível sucesso obtido pelo sistema
capitalista, quando confrontamos seus resultados econômicos e monetários com outros
resultados sociais (tais como redução da pobreza, degradação de áreas urbanas, controle da
poluição, diminuição das iniqüidades sociais, entre outros), verificando que ainda há muito a
ser conseguido e que o crescimento do PNB - Produto Nacional Bruto não é e nunca será
uma medida adequada para avaliar a performance social.
Uma quantidade crescente de atenção, por parte das organizações, tem se voltado para
preocupações de caráter político-social, tais como proteção ao consumidor, controle da
poluição, segurança e qualidade de produção, assistência médica e social, defesa de grupos
minoritários, etc. Tem ocorrido uma proliferação de novas pressões por parte da sociedade
que resultam em novas leis e regulamentações que acabam, de certa forma, provocando
mudanças nas regras do jogo. Essas mudanças afetam de forma intensa o ambiente social e
político em que a empresa atua. A mudança no ambiente de negócios, obedecendo o
esquema descrito por Buchholz e outros (1985), pode ser verificada abaixo e compara a
visão tradicional da empresa dentro de uma concepção meramente econômica com uma
visão mais moderna e atualizada do ambiente de negócios que tem um espectro muito mais
complexo, exigindo por parte da empresa acompanhamento e atenção mais intensa.
EMPRESA X AMBIENTE
VISÃOTRADICIONAL VISÃO MODERMA (SOCIAL)
(ECONÔMICA) - Mudanças nos valores e ideologias sociais;
- Preço e qualidade do produto; - Ambiente Internacional;.
- Escolha de empregados; - Intervenção crescente da atuação do estado na
- Uso de recursos (incluindo uso economia;
de capital); - Aumento da influência de grupos sociais externos a
- Quantidade produzida. organização;
- Fortalecimento dos sindicatos e associação de classe;
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Em nosso país, a mais importante influência no ambiente dos negócios é derivada do próprio
governo. Essa mudança no ambiente dos negócios, do ponto de vista social e político, e o
resultado de seu impacto na administração das empresas têm mudado a forma pela qual os
administradores gerem seus negócios e provocado uma modificação no sentido de redefinir
qual é o verdadeiro papel que a sociedade espera que administradores desempenhem na
gerência das organizações. Assim, em adição às habilidades técnicas, administrativas e de
relacionamento humano, o administrador das corporações modernas deve desenvolver
habilidades que se evidenciem importantes para o entendimento do contexto social e político
do ambiente externo que envolve a tarefa de administrar.
- Percepção;
- Compromisso; e
- Ação.
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Em princípio, a adequação estrutural permite à organização ser capaz de realizar sua visão,
satisfazer as exigências conjunturais e as necessidades dos indivíduos. Porém, as
instituições que relutam em adotar iniciativas voltadas para esse conceito sócio-cultural e,
ainda, "(...) os administradores que tentem fazer com que suas organizações desempenhem
funções para as quais não foram projetadas fazem um convite de frustração e fracasso"
(David Nadler, 1994, pp.9-10). Como os executivos pretendem uma forma adequada para as
suas organizações, é muito importante que reavaliem, objetivamente, a sua finalidade
estratégica e missão básica. Portanto, a perspectiva sócio-cultural em si mesma é
incompleta, e criará, provavelmente, problemas para os administradores que pensam apenas
nesta perspectiva. Isto porque podem criar organizações nas quais muitas pessoas se
sentem satisfeitas, mas deixam de implementar as estratégias e desenvolver valores
econômicos, que também são fundamentais.
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Cultura é o termo genérico usado para significar duas acepções diferentes. De um lado, o
conjunto de costumes, civilização e realizações de uma época ou povo, e, de outro lado,
artes, erudição e demais manifestações mais sofisticadas do intelecto e da sensibilidade
humana, consideradas coletivamente. A cultura organizacional nada tem a ver com isto. No
estudo das organizações, a cultura eqüivale ao modo de vida da organização em todos os
seus aspectos, como idéias, crenças, costumes, regras, técnicas, etc. Neste sentido, todos
os seres humanos são dotados de cultura, pois fazem parte de algum sistema cultural. Em
função disso, toda pessoa tende a ver e julgar as outras culturas a partir do ponto de vista de
sua própria cultura. Daí o relativismo: As crenças e comportamentos só podem ser
compreendidos em relação ao seu contexto cultural.
Cada organização cultiva e mantém a sua própria cultura. É por este motivo que algumas
empresas são conhecidas por algumas peculiaridades próprias. Os administradores da
Procter & Gamble fazem memorandos que não ultrapassam uma página. Todas as reuniões
da Du Pont começam com um comentário obrigatório sobre segurança. O pessoal da Toyota
está concentrado em perfeição. A cultura representa o universo simbólico da organização e
proporciona um referencial de padrões de desempenho entre os funcionários, influenciando a
pontualidade, a produtividade e a preocupação com qualidade e serviço ao cliente.
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Quanto mais conformidade existir entre os dois tipos de normas, mais desenvolvida e
eficaz será uma organização;
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b) Valores: O conjunto daquilo que a força de trabalho julga positivo ou negativo numa
organização constitui o sistema de valores da organização. Normas e valores inter-
relacionam-se, existindo, consequentemente, uma interdependência entre eles; os valores
podem estar refletidos nas normas, mas pressupõem se a norma é boa ou ruim, uma vez
que há avaliação. Refletem esses valores a sociedade onde se insere a organização;
d) Poder: Quem tem poder na organização? Até que ponto esse poder é distribuído? Qual o
grau de centralização ou descentralização da autoridade? Quem determina as
recompensas?
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Os três elementos culturais são interdependentes, isto é, cada um tem efeito sobre os outros
dois. Uma inovação tecnológica pode acarretar mudança nas diretrizes organizacionais, com
efeito conseqüente no seu caráter. A interdependência mais estreita e direta ocorre entre
preceitos e caráter. As normas são responsáveis pela segurança e expressão das
necessidades psicológicas dos indivíduos. O abuso das manifestações pessoais ameaça a
disciplina e a segurança da organização.
A empresa familiar caracteriza-se por uma cultura que reforça os preceitos e tende a ser
resistente às demandas externas. Está mais empenhada na preservação dos seus valores
do que em abertura e renovação. A organização brasileira também revela cultura patriarcal.
O estilo gerencial mais aceito é o autocrático benevolente. Existe uma cultura organizacional
típica das grandes organizações que transcende as culturas sociais locais. Em outras
palavras: As grandes organizações, em diversas partes do mundo, são mais semelhantes
entre si do que as grandes e pequenas empresas no mesmo país.
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- Líderes que têm comprometimento maior com princípios perpétuos do negócio e com
depositários organizacionais;
- Membros do grupo que são respectivos ao risco, à experimentação, à inovação e à
mudança de estratégias e práticas, sempre que for necessário para satisfazer os
legítimos interesses dos depositários.
c) Culturas fortes: Seus valores são compartilhados intensamente pela maioria dos
funcionários e influencia comportamentos e expectativas. Empresas como IBM, 3M, Merk,
Sony, Honda, estão entre aquelas que ostentam culturas fortes. As empresas com cultura
forte tipicamente têm declaração de valor e os executivos encorajam as pessoas a segui-
los de maneira regular e seriamente;
d) Culturas fracas: São culturas mais facilmente mudadas. Como exemplo, seria uma
empresa pequena e jovem. Como está no início, é mais fácil para a administração
comunicar os novos valores, isto explica a dificuldade que as grandes corporações tem
para mudar sua cultura. A cultura de uma empresa pode ser fraca e fragmentada no
sentido de que existem muitas subculturas, poucos valores e normas comportamentais
são vastamente compartilhados e existem poucas tradições fortes.
As crenças, objetivos e práticas adequados para a estratégia podem ou não ser compatíveis
com a cultura da empresa. Quando não são compatíveis a empresa encontra dificuldades
para implementar a estratégia com sucesso. Quando a cultura da empresa está sincronizada
com que o que é necessário para o sucesso estratégico, a cultura precisa ser mudada tão
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rapidamente quanto possível; quanto mais entrincheirada for a cultura, maior a dificuldade de
implementação de estratégias novas ou diferentes.
Existem algumas características culturais que são hostis, insalubres, e tendem a minar o
desempenho de uma empresa em crescimento rápido.
a) Ambiente interno politizado: que permite que os gerentes influentes operam seus feudos
de maneira autônoma e resistam às mudanças necessárias;
O Clima é um fenômeno que resulta do jogo das variáveis culturais. É como a melodia,
resultante das notas e compassos. O clima, portanto é decorrente da maior ou menor
permissividade dos preceitos, da maior ou menor exigência tecnológica. O equilíbrio entre
preceitos e caráter resulta em coesão, moral elevada, segurança e satisfação.
Revelou-se possível caracterizar clima organizacional por meio do modelo dos três motivos
sociais básicos, de Mc.Clelland:
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Embora o clima seja uma resultante da cultura, tem também sobre ela efeito. Climas tensos
provocam revisão do binômio preceitos-caráter. Há, portanto, uma causalidade circular entre
cultura e clima. Embora um clima de harmonia seja mais confortável nem sempre é o mais
criativo, pois tensão e conflito levam a inovação de mudanças necessárias. A diferenciação é
tão necessária quanto a integração.
Cultura e clima têm efeito também sobre a produtividade organizacional, pois podem facilitar
ou entravar a eficiência organizacional. Cultura e clima não só se alteram por agitações
internas, como sofrem mudanças por fatores externos: Legislação governamental, pressões
políticas, demandas de clientes, recursos de mão-de-obra, matéria-prima, etc. - mudanças
essas nem sempre planejadas.
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O QUE É MOTIVAÇÃO
Tanto quanto emoção provém de um mesmo verbo latino “movere” que significa mover-se.
Ambas indicam um estado de despertar do organismo. “Convencionalmente, temos
denominado emocionais os estados intensos e imediatos do despertar, e motivacionais os
estados emocionais mais prolongados e dirigidos” (Telford e Sarwrey, 1973). Motivo ou
Motivação, refere-se a um estado interno que resulta de uma necessidade e que ativa ou
desperta comportamento usualmente dirigido ao cumprimento da necessidade ativante. A
Motivação é algo que não se pode observar diretamente, inferimos a existência de motivação
observando o comportamento. Um comportamento motivado se caracteriza pela energia
relativamente forte nele dispensada e por estar dirigido para um objetivo ou meta.
Simplificando: motivação é colocar os atores certos no palco, ajustar seus pontos de vista e
dar-lhes liberdade para improvisar quando acharem necessário. Significa entender que a
rigidez de devoção com respeito a uma ideologia de fato permite que uma empresa deixe as
pessoas livres para tentar, mudar, se adaptar e - acima de tudo - agir.
Técnicas De Motivação
Já está mais do que provado que funcionário descontente não produz a sua capacidade
máxima. Então a estratégia é utilizar ferramentas adequadas, através das quais chegaremos
mais facilmente aos nossos objetivos:
Do ponto de vista daqueles que são motivados, observa-se outras perspectivas também
importantes. Analisadas as opiniões de 150 profissionais de diferentes níveis hierárquicos,
escolhidos a dedo pelas organizações sobre o que os fariam lançar “olhares apaixonados”
por uma empresa, cinco fatores apareceram como essenciais para despertar essa atração.
São eles:
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a) O status da empresa: A companhia tem de ter uma imagem arrojada e sólida no meio
empresarial;
c) Permissibilidade à visibilidade externa: A empresa tem que permitir que seus empregados
apareçam no mercado, que possam fazer sucesso também do lado de fora dos muros da
organização. Funcionários talentosos querem desenvolver suas habilidades e competências
continuamente. A idéia é cuidar da sua empregabilidade externa sem que isso lhes crie
problemas internos;
e) A empresa tem de ter um líder visível e avaliável: Um presidente capaz, só, não basta. Ele
tem que ser também conhecido dentro e fora da empresa. Tem que circular, fazer sucesso,
despertar o orgulho dos funcionários. E, principalmente, precisa ser uma pessoa cujas ações
sejam reconhecidamente avaliadas como positivas.
Esses cinco fatores se destacaram em todas as entrevistas, com mais de 90% de freqüência.
O salário foi o item que apareceu imediatamente após a eles. Para os profissionais
talentosos é essencial que a empresa utilize mecanismos de remuneração por performance
individual.
b) Outro conceito importante é o de necessidade, que gera impulso nos seres vivos. Este
impulso está muito ligado a motivo:
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c) Há muitas tendências nas pessoas, capazes de levá-las à ação. Por exemplo, a tendência
para o poder, para a realização, para buscar companhia de outras pessoas (afiliação),
para a independência, para a satisfação sensorial (prazer), para a segurança pessoal e
familiar, para a auto-realização, para conhecer coisas novas (curiosidade), para destruir
obstáculos que impedem a satisfação de necessidades (agressão), etc. Estas
apresentam-se em maior ou menor intensidade, em cada pessoa. Podem elas
transformar-se em força de ação e por isso, certamente, em motivo;
d) E, por fim, relacionamos a diferença entre Incentivo e Motivo: No primeiro (Incentivo), não
há envolvimento do “eu”. O indivíduo age levado por pressões externas: ganhar comissão,
levar certa vantagem, evitar punições, etc. No Motivo, ao contrário, o “eu” está envolvido,
isto é, o indivíduo age impelido por força interna, porque gosta e quer. Recorrendo aos
incentivos, pode-se fazer com que as pessoas ajam, mas sob condições limitadas. Uma
ação duradoura, entretanto, só pode emanar de uma motivação verdadeira, que ocorrerá
quando o indivíduo tiver seu próprio gerador instalado dentro de si, não havendo maior
necessidade de impulso externo; neste caso, o indivíduo terá vontade de executar as
tarefas:
- Motivo: Pode ser definido como “uma condição interna relativamente duradoura que leva
o indivíduo ou que o predispõe a persistir num comportamento ou a permanência da
situação” (Sawrey e Telford). A identificação de um motivo auxilia na compreensão do
comportamento humano, ou seja, faz-nos entender melhor as ações dos indivíduos, no
entanto, como se sabe, há muitos outros fatores, além dos motivos, que influem sobre o
comportamento, como a percepção, as emoções, a aprendizagem, etc.
b) Teoria Cognitiva: Procuram negar que o efeito dos estímulos sobre o comportamento seja
automático (colocando-se contra a behaviorista). Acredita que nós escolhemos, por meio
da percepção, pensamento e raciocínio, os valores, as crenças, as opiniões e as
expectativas que regularão a conduta para uma tarefa almejada. Mas, reconhece que o
comportamento e seu resultado dependerão tanto das escolhas conscientes do indivíduo,
como dos acontecimentos do meio sobre os quais não tem controle e que atuam sobre
ele;
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O exame dos mecanismos da motivação gerou, nas última décadas, um volume muito
grande de pesquisas, escritos e teorias, de modo que tem sido necessário, aos que se
preocupam em rever de maneira ordenada o campo existente de conhecimento sobre
motivação, criar uma classificação sobre as teorias principais que investigam a motivação
humana.
Há uma série universal de necessidades fundamentais inerentes ao homem, que têm seus
próprios atributos, os quais não são determinados pelas estruturas sociais, pelos modelos
culturais ou por processo de socialização. O que difere é a ênfase e os meios de satisfazê-
los, o que varia de cultura de um grupo ao outro. Estudando o comportamento humano, os
psicólogos em geral concluem que todo comportamento é motivado, isto é provocado de
alguma necessidade dentro do homem e não lhe pode ser imposto. Defini-se o
comportamento, como sendo uma tentativa de satisfazer uma necessidade.
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Como é possível observar, estão ali dispostos em termo em que se manifestam, desde o
nível mais elementar de sobrevivência até a auto-realização, o apogeu da existência
humana:
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A satisfação dessa necessidade requer uma real segurança física e ainda uma sensação
de estar protegido dos males e danos, tanto físico quanto emocional (potencialmente
“gratificáveis” por salários, benefícios marginais e um sentimento de segurança na
capacidade pessoal de ganhar o sustento pelo trabalho realizado).
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Cada pessoa é uma entidade singular e “única” e precisa procurar sua fórmula própria de
realização. Trata-se, pois, quase que inteiramente, de um processo interno, e a
gratificação da necessidade, o sentimento de realização, advêm da experiência de
executar coisas que realizam o potencial da pessoa. A auto-realização é uma necessidade
de crescimento por ser, em sua essência, um processo permanente de
autodesenvolvimento. Cada novo desenvolvimento do ser constitui prospecção para um
desenvolvimento posterior.
Embora Maslow defendesse a relativa integridade da ordem de sua hierarquia, ele não
acreditava que uma necessidade tivesse 100% satisfeita, antes que surgisse a
necessidade mais elevada. Pelo contrário, ele afirmou que a maior parte dos integrantes
de nossa sociedade se acha, ao mesmo tempo, parcialmente satisfeita e parcialmente
insatisfeita, quanto a todas as suas necessidades básicas.
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Ciclo Motivacional
A partir da Teoria das Relações Humanas, todo acervo de teorias psicológicas acerca da
motivação humana passou a ser aplicado dentro da empresa. Verificou-se que todo
comportamento humano é motivado. Que a motivação, no sentido psicológico, é a tensão
persistente que leva o indivíduo a alguma forma de comportamento visando à satisfação
de uma ou mais determinadas necessidades. Daí o conceito de Ciclo Motivacional.
Nem sempre a satisfação das necessidades é obtida. Pode existir alguma barreira ou
obstáculo ao alcance da satisfação de alguma necessidade. Toda vez que alguma
satisfação é bloqueada por alguma barreira, ocorre a frustração. Havendo frustração a
tensão existente não é liberada através da descarga provocada pela satisfação. Essa
tensão acumulada no organismo mantém o estado de desequilíbrio.
Por outro lado, o Ciclo Motivacional pode ter outra solução além da satisfação da
necessidade ou da sua frustração: a Compensação ou Transferência. Ocorre a
compensação (ou transferência) quando o indivíduo tenta satisfazer alguma necessidade
impossível de ser satisfeita, através da satisfação de outra necessidade complementar ou
substitutiva. Assim, a satisfação de outra necessidade aplaca a necessidade mais
importante e reduz ou evita a Frustração. Desta forma, toda necessidade humana pode
ser satisfeita, frustrada ou compensada. Cada uma dessas soluções envolve uma
infinidade de nuances e de variações intermediárias.
Para as necessidades fisiológicas, os objetivos são relativamente fixados e quase não tem
compensações ou substitutivos: a fome só se satisfaz com alimentação, a sede somente
com a ingestão de líquidos, se estes são os motivos a serem satisfeitos. Para as
necessidades psicológicas e de auto-realização os objetivos são mais flexíveis e
possibilitam transferências e compensações. A necessidade de prestígio, por exemplo,
pode ser satisfeita pela premência social, pelo sucesso profissional, pelo poder do dinheiro
ou ainda pela conduta atlética.
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- Reações à frustração
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- Vantagens adicionais: Podem ser desde melhorias no ambiente físico de trabalho até
seguro de vida, colônia de férias, etc. Esses benefícios logo deixam de ser
considerados como recompensas, passando a ser vistos como direito. São fatores
higiênicos e não motivadores, segundo Herzberg;
Há uma pergunta implícita na mente de todo administrador: o que fazer para melhorar o
comportamento dos funcionários? Em outros termos, como motivá-los? Muitas
empresas acharam que a melhor resposta era: aumento de salário, melhoria nas
condições de trabalho, vantagens adicionais, seguros, participação nos lucros, etc.
Herzberg chamou esses elementos de Fatores Higiênicos ou Incentivadores e não
Motivadores. Servem para criar um clima empresarial saudável, sem insatisfação.
Somente com as pesquisas de Herzberg é que se soube que todas essas práticas,
muito úteis, não são em sua essência motivadoras. Servem, na expressão do autor
citado, para eliminar a insatisfação nos funcionários e “higienizar” o ambiente de
trabalho.
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Por que as práticas de que falamos não são motivadoras? Vamos encontrar uma
resposta na análise da natureza humana. O homem possui uma natureza biológica e
outra psíquica; cujas necessidades e objetivos se encontram num plano diferente e
mais elevado. Os incentivos tradicionais e os que descrevemos acima giram em torno
da natureza biológica do homem, atendendo às necessidades que surgem nessa área.
Bom salário, vantagens adicionais, colônia de férias, tratamento adequado à pessoa,
etc., deixam o ser humano biologicamente satisfeito e atendido em suas necessidades
fisiológicas, de conforto, de segurança e de saúde. Contudo, essas práticas pouco têm
haver com a natureza psíquica que possui outras necessidades: De realização, de
crescer como pessoa (auto-realização), de reconhecimento e estima, e fazer alguma
coisa que lhe agrade e de fazê-la bem feito, de ascensão social, etc.
Motivar é mobilizar esta área psíquica (superior) da pessoa. É implantar nessa parte da
personalidade um móvel ou “motor” de ação. Numa empresa, o indivíduo gosta de
sentir-se solicitado como pessoa, de receber responsabilidade, de aceitar um trabalho
que o desafie. Partindo desta premissa, pode-se motivar alguém com estas palavras:
“Tenho uma tarefa difícil para você. Mas sei que está à altura dela”. Tais palavras
podem tornar-se um gerador de ação dentro da pessoa. Sabendo-se digno de
confiança, o funcionário passa a ver e a sentir a tarefa de modo diferente. Sendo
responsável pelo trabalho e estando pessoalmente envolvido, quer mostrar que tem
capacidade para realizá-lo. É diferente do que alguém dizer: “Faça isto, e você ganhará
uma comissão de 10% “ ou “se não fizer isto, você será punido” ou simplesmente “faça
isto”.
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d.2) Outro ponto em que Alderfer discorda de Maslow é que, para o primeiro, quando ocorre
uma frustração quanto ao atendimento das necessidades mais elevadas, há uma
regressão para um nível inferior dentro da hierarquia, ou seja,
Finalmente, todos os três modelos indicam que antes de um administrador tentar aplicar uma
recompensa, seria útil descobrir qual a necessidade particular do empregado naquele
momento.
b) Prof. Kurt Lewin: Até 1950 pouco se desenvolveram as teorias motivacionais de processo.
Em 1951 o Prof. Kurt Lewin, se constituiu no primeiro teórico a criar um modelo explicativo
sobre o comportamento humano, com sua "teoria de campo", que diz: O indivíduo possui
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- A força com que o indivíduo se lança a uma tarefa ou para atingir um objetivo é resultante
de uma combinação da necessidade de reduzir tensões com a atratividade ou valência
daquele caminho;
- A ação passada e os dados anteriores acumulados pelo indivíduo servem de reforço
positivo ou negativo ao comportamento do indivíduo apenas através de sua percepção
de cada caminho, ou seja, através da "valência".
d) Vroom: Após tais antecedentes (Lewin e Skinner), o principal trabalho surgido sobre as
teorias motivacionais de processo foi o de Vroom. Segundo o qual, a força que leva uma
pessoa a escolher um caminho ou a exercer uma tarefa é uma função de duas variáveis:
Por sua vez, a valência de um dado caminho é função do produto de todos os resultados
decorrentes desse caminho pelas instrumentalidades, sendo a instrumentalidade uma
medida de que um certo objetivo "meio" conduza ao objetivo seguinte, visto como "fim".
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O QUE É LIDERANÇA
- A importância da Liderança sobretudo nas empresas, é bastante visível nos dias de hoje,
pois se a liderança é uma influência interpessoal, que modifica o comportamento, esta,
deve ser dirigida à aumentar a satisfação na conquista de determinada meta e na
diminuição dos riscos.
Tipos De Liderança
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O líder é aquele que possui alguns traços específicos de personalidade que os distingue das
demais pessoas, dando-lhe poder de influenciação. Porém, as teorias de traços apresentam
aspectos falhos, como não ponderar a importância de cada traço e a reação dos
subordinados, bem como não distinguir traços para alcance de objetivos diferentes. Devemos
memorizar os traços mais comumente apontados foram os seguinte:
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Um líder deve inspirar confiança, ser inteligente, perceptivo e decisivo para ter melhores
condições de liderar com sucesso. Exemplos de certos reis, militares, heróis. Mas, nem todas
as pessoas podem ser lideres, pois para ser um líder, o indivíduo tem que cativar as pessoas
com habilidade pessoal, passando para elas confiança, sinceridade, conhecimento,
exercendo influencia sobre o grupo ou pessoa. Uma pessoa pode ser um grande líder em
uma empresa ou escola, no entanto na comunidade ou até mesmo em seu lar ao menos
consegue dar uma opinião. O próprio Stogdill, em 1948, já verificava que "torna-se claro que
uma análise adequada da liderança envolve não apenas o estudo dos líderes em si, mas
também das situações em que estão envolvidas.
Ë importante ressaltar, que este poder atribuído aos líderes deve ser orientado, e voltado a
satisfação daqueles que são subordinados, pois é crescente o número de casos de chefes
que humilham seus subordinados, como forma de mostrar o seu poder, e tornam o que
deveria ser uma conquista, um motivo de orgulho, uma rotina de humilhações, que segundo
a Organização Internacional do Trabalho (OIT) é um dos principais fatores de aposentadoria
precoce. Uma Liderança inadequada, por tiranos ou incompetentes, traz prejuízos drásticos
não só à empresa, mas principalmente aos indivíduos que dela fazem parte. Há relatos
impressionantes de pessoas que sofrem verdadeira tortura cotidiana, causando problemas
emocionais, físicos e conseqüências irreversíveis à carreira (“assédio psicológico”).
Como última análise, é fundamental ao Líder ter habilidade para lidar com gente, para não
perder a contribuição que cada um pode dar a qualquer projeto.
A principal teoria que explica a liderança por meio de estilos de comportamento, sem se
preocupar com características de personalidade é a que se refere a três estilos de liderança:
Autoritária, democrática e liberal. O quadro a seguir dá uma idéia das principais
características de cada um desses estilos de liderança:
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White e Lippitt fizeram um estudo em 1939 para verificar o impacto causado por esses três
diferentes estilos de liderança em meninos de dez anos, orientados para a execução de
tarefas. Os meninos foram divididos em quatro grupos e, de seis em seis semanas, a direção
de cada grupo era desenvolvida por líderes que utilizavam os três estilos diferentes. Os
resultados dessa experiência tiveram uma entusiástica repercussão nos Estados Unidos,
pois os meninos se comportaram da seguinte forma aos diferentes tipos de liderança a que
foram submetidos:
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* Liderança Liberal (laissez-faire): Embora a atividade dos grupos fosse intensa, a produção
foi simplesmente medíocre. As tarefas se desenvolviam ao acaso, com muitas oscilações
perdendo-se muito tempo com discussões mais voltadas para motivos pessoais do que
relacionadas com o trabalho em si. Notou-se forte individualismo agressivo e pouco respeito
com relação ao líder;
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A teoria da liderança situacional gerou interesse porque recomenda uma liderança mais
dinâmica e flexível, em vez de estática. A motivação, a capacidade e a experiência dos
subordinados podem ser constantemente avaliadas para determinar que combinação de
estilos é mais apropriada sob condições flexíveis e mutáveis. Segundo Hersey e Blanchard,
se o estilo for apropriado ele não apenas motivará os subordinados: Também irá ajudá-los a
amadurecer. Assim, o administrador que queira desenvolver os subordinados, aumentar sua
confiança e ajudá-los a aprender seu trabalho terá de mudar constantemente de estilo.
No entanto, permanece uma questão prática: Até que ponto os administradores são capazes
de escolher entre estilos de liderança em diferentes situações? Essa questão é importante
porque afeta a seleção, a colocação e a promoção dos administradores. Se os
administradores forem flexíveis em termos de estilo de liderança, ou se puderam ser
treinados para variar seu estilo, presumivelmente serão eficazes em várias situações de
liderança diferentes. Se, por outro lado, forem relativamente inflexíveis em termos de estilo
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Apostila: Dinâmica das Organizações – por Gustavo Arruda
de liderança, os administradores irão operar com eficácia apenas nas situações que melhor
se adaptem ou que possam ser ajustadas ao seu estilo. Uma inflexibilidade assim
prejudicaria a carreira dos gerentes individualmente e complicaria a tarefa da organização de
preencher com eficácia seus cargos de gerência.
Para maturidade baixa. Pessoas que não tem nem capacidade nem
vontade de assumir a responsabilidade de fazer algo, não são seguras
Determin de si. Este estilo caracteriza-se pelo fato de o líder definir as funções e
ar especificar o que as pessoas devem fazer, como, quando e onde devem
executar vá rias tarefas.
Estilo apropriado: Comportamento de tarefa alta e relacionamento baixo.
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Levando em consideração que o estilo de liderança a ser adotado por determinado líder
depende do nível de maturidade das pessoas que o mesmo deseja influenciar, devemos
então definir o que significa “ Maturidade ”. Em termos de capacidade e de disposição,
dizemos que o conceito de maturidade divide-se em duas dimensões:
Na Liderança Situacional está implícita a idéia de que o líder deve ajudar os liderados a
amadurecer até o ponto em que sejam capazes e estejam dispostos a fazê-lo, esse
desenvolvimento deve ser realizado ajustando-se o comportamento de liderança.
Independente do nível de maturidade do indivíduo ou grupo, podem ocorrer algumas
mudanças. Sempre que, por qualquer razão, o desempenho de um liderado começar a
regredir e sua capacidade ou motivação diminuir, o líder deverá fazer uma reavaliação do
nível de maturidade e dar o apoio sócio-emocional e a direção apropriada que o(s)
liderado(s) necessitarem.
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AUMENTO DA AUTORIDADE DO
ADMINISTRADOR
__
AUMENTO DA LIBERDADE DO SUBORDINADO
_____
A B C D E F G
1. Forças no administrador
a) Seu sistema de valores e convicções pessoais;
b) Sua confiança nos subordinados;
c) Suas inclinações pessoais a respeito de como liderar;
d) Seus sentimentos de segurança em situações incertas.
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3. Forças na situação
a) O tipo de empresa, seus valores e tradições, suas políticas e diretrizes;
b) A eficiência do grupo de subordinados;
c) O problema a ser resolvido ou a complexidade do trabalho;
d) A premência de tempo.
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1.4 – Comunicação
O QUE É COMUNICAÇÃO
A palavra comunicação (do latim, communis = comum) refere-se ao processo total da vida do
homem em relação ao grupo social. Cobre um vasto e variado campo da ação humana.
"Comunicação é o intercurso feito por palavras, letras ou meios similares e envolve o
intercâmbio de pensamentos e opiniões. Ela também envolve o conceito de sistemas de
comunicação: os termos são parte da mesma família. Enfim, a comunicação significa a
transmissão da informação para outro, o compartilhamento da informação com outra. A
informação é a substância dos sistemas de comunicação em suas várias formas impulsos
eletrônicos, palavras faladas ou escritas, relatórios formais ou informais etc., permitindo o
ingrediente básico para a tomada de decisões. Comunicação é a troca de informações entre
indivíduos. Constitui um dos processos fundamentais da experiência humana e da
organização social. Os empresários normalmente apontam a comunicação e o
relacionamento humano como sendo os maiores de todos os problemas de fornecimento,
produção ou venda.
OBETIVO DA COMUNICAÇÃO
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a) Comunicação E Liderança
Para um liderança eficaz, é necessário um bom fluxo de comunicação dos superiores para os
subordinados (para que entendam seus objetivos e sejam motivados) e dos subordinados
para os superiores (a fim de avaliarem aqueles).
b) Comunicação E Planejamento
Planejamento e comunicação andam de mãos dadas. Pode-se ter os planos mais bem
elaborados, mas se ninguém souber e investir neles, resultam inúteis. De forma semelhante,
os canais de comunicação, tanto formais quanto informais, são apenas isso, dutos.
PRINCÍPIOS DA COMUNICAÇÃO
Dimensionamentos Da Comunicação
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SIGNIFICADO DA COMUNICAÇÃO
REDES DE COMUNICAÇÃO
Leavitt fez uma experiência para verificar qual a melhor estrutura de redes ou cadeias de
comunicações em um grupo de cinco pessoas. Tentou três tipos de rede: em forma de roda,
de cadeia e de circulo. Nas tarefas simples, a roda é muito mais eficiente do que a cadeia a
qual, por sua vez é mais eficiente do que o círculo. Noutras palavras, os grupos de indivíduos
colocados na roda, ao cabo de alguns poucos ensaios, resolvem os problemas de maneira,
ordenada, nítida, rápida, clara e bem estruturada, com o mínimo de mensagens. No círculo,
grupos comparáveis resolvem o mesmo problema menos rapidamente, menos nitidamente,
com menos ordem e com menor clareza com relação às tarefas individuais e à estrutura da
organização e gastam também mais papel. Além disso, observou que quando se introduz
uma nova idéia brilhante em cada uma desses tipos é mais provável haver rápida aceitação
no circulo do que na roda. Se uma nova idéia e introduzida na roda, é provável que seja
rejeitada, com a desculpa de que estão todos ocupados. Para certas atividades industriais
que envolvam velocidade, clareza de organização e classe de tarefa, uso parcimonioso de
papel etc., a roda, por funcionar melhor. Mas, se os critérios de eficiência envolver aspectos
mais efêmeros como aceitação da criatividade, flexibilidade no trato com novos problemas,
moral geralmente alto, o circulo, por se mais igualitário e descentralizado, parece funcionar
melhor.
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Cerca de quatro em cada cinco pessoas relatam que os problemas de comunicação de maior
relevância para elas se relacionavam com a comunicação descendente. Somente cerca de 1
em 10 registram que seu problema principal dizia respeito a comunicação ascendente. A
maioria das empresas se preocupa em levar as informações da alta administração para
empregados. Restando às vezes as famosas caixas de sugestão e "políticas de porta aberta
do gerente". A vista da comunicação ascendente sobre a sensibilidade da administração aos
problemas existentes na organização, e sobre as informações corretas ou erradas utilizadas
na tomada de decisões, a deficiência na comunicação de baixo para cima é provavelmente a
mais grave do que as deficiências na comunicação descendente.
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Dados revelam que a maioria dos superiores deixam de tornar claro aos subordinados qual é
sua tarefa e o que espera deles. Contribuindo ainda mais para esses fracassos nas
comunicações encontramos a pouca vontade dos subordinados em trazer seus problemas à
presença do homem que detêm o controle supremo de seus destinos. A influência deste
sobre suas promoções e seus futuros na companhia é tão grande que não pode permitir-se a
deixá-lo ver as suas fraquezas. Partilham os êxitos com o chefe, mas não as falhas. No
entanto, há uma grande possibilidade do aumento de freqüência e extensão dos
subordinados em comunicar problemas e insucessos a um “treinador”, que não faz
avaliações sobre os mesmos ou sobre desempenhos. No processo de comunicação, a ação
fala mais alto que as palavras. Os subordinados avaliam os superiores em função não
daquilo que eles falam, mas muito mais naquilo que eles fazem. "As palavras convencem, os
exemplos arrastam".
Líderes de alta produção têm processos de comunicação, onde se valoriza e há uma intenso
processo de interação entre os subordinados. A capacidade para exercer influência em uma
organização depende, em parte, da eficácia de seus processos de comunicação. Por
conseguinte, não é surpreendente a constatação de que a influência tem uma relação com
desempenho, comparável à da comunicação. A experiência mostra que a parcela de
influência sobre o departamento depende não somente da autoridade que lhe é delegada
mas também das principais práticas gerenciais e motivacionais que ele utiliza. Obviamente
os métodos de comunicação e a capacidade de exercer influência de baixo para cima,
afetam a quantidade de autoridade que o líder efetivamente tem.
COMUNCAÇÃO E CONTROLE
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Some a isto as atitudes desfavoráveis por parte dos membros da organização que criam
sérias barreiras à transmissão e aceitação das informações. Estudos tem mostrado que a
pressão dos supervisores para melhor desempenho, acarretará dificuldades de comunicação
- na medida direta da pressão "descabida" sentido pelos operários. A relutância em seguir
normas e regras, bem como em participar e sugerir melhorias nos processos e no trabalho
será evidente. Hostilidade, medo, desconfiança e atitudes similares tendem não só a reduzir
o fluxo e aceitação de informações relevantes como também a gerar motivos para distorcer
informações tantos ascendentes como descendentes.
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Apostila: Dinâmica das Organizações – por Gustavo Arruda
Decidir consiste em escolher uma linha de ação que possibilite o resultado esperado. Tomar
uma decisão significa, portanto, selecionar a variável que otimiza o resultado esperado. É
claro que o resultado de uma tomada de decisão dependerá tanto de fatores controlados,
como também de fatores que não estão sobre controle. A tomada de decisões é o núcleo da
responsabilidade administrativa. O administrador deve continuamente decidir o que fazer,
quem deve fazer, quando, onde e muitas vezes, como fazer. Seja ao estabelecer objetivos ou
alocar recursos ou resolver problemas que surgem pelo caminho, o administrador deve
ponderar o efeito da decisão de hoje sobre as oportunidades de amanhã.
TIPOS DE DECISÃO
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a) Incerteza: Nas situações de decisão sob incerteza, o tomador de decisão tem pouco ou
nenhum conhecimento ou informação para utilizar como base para atribuir probabilidades
a cada estado de natureza ou evento futuro;
A primeira decisão que um administrador precisa tomar é decidir quem vai decidir. Se um
administrador trabalha sozinho usa com eficácia o modelo racional, a decisão resultante deve
ter grande qualidade objetiva. È comum um administrador enfrentar um dilema quando
considerações de qualidade entram em conflito com considerações de aceitação.
Norman Maier isolou dois critérios para se prever a eficácia potencial de uma decisão:
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- A aceitação é determinada pela natureza da decisão e por quem a toma. As pessoas têm
que aprender a reconhecer e a superar as barreiras da abstenção relaxada, da mudança
relaxada, da abstenção defensiva e do pânico. Ao tomar decisões que precisem da
aceitação por parte dos outros, os administradores eficazes compartilham as
responsabilidades da tomada de decisão com os subordinados quando as prováveis
melhoras da qualidade e do moral do pessoal ultrapassem os prováveis custos em tempo e
dinheiro, sabendo que os administradores continuam com a responsabilidade final pela
tomada e pela aplicação das decisões.
As pesquisas sobre decisão nas duas últimas décadas têm mostrado que as pessoas, em
diversos campos, tendem a cometer os mesmos tipos de erros. Assim, qualquer que seja a
decisão que você tem de tomar, é provável que possa ter os erros mais comuns nas dez
seguintes “armadilhas à decisão”. Esses erros (e outros, a ele relacionados) infestam partes
diversas do seu processo de tomada de decisões. As dez armadilhas mais perigosas para a
decisão são:
b) Cegueira estrutural: Partir para resolver o problema errado, pois você criou uma estrutura
mental para decisão sem refletir muito, o que faz com que passe pelas melhores opções
ou perca de vista objetivos importantes;
e) Atalhos míopes: Basear-se de modo indevido em “regras práticas”, tais como confiar de
maneira implícita nas informações mais prontamente disponíveis ou basear-se em
demasia em fatos que lhe convêm;
f) Atirar da linha de cintura: Acreditar que pode ter em mente todas as informações que
dispõe “improvisando” em vez de seguir um procedimento sistemático ao fazer a escolha
final;
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g) Fracasso em grupo: Assumir que, com tantas pessoas inteligentes envolvidas, as boas
escolhas seguirão automaticamente, deixando assim de gerenciar o processo de tomada
de decisões do grupo;
j) Deixar de conferir seu processo de decisão: Não elaborar uma abordagem organizada
para compreender sua própria tomada de decisões, ficando assim constantemente
exposto a todas as outras nove armadilhas.
Em decisões simples você, talvez, não precise se preocupar com essas armadilhas. Mas, em
grandes decisões, aquelas que determinam o sucesso da sua vida e das vidas daqueles à
sua volta, as armadilhas com freqüência mostram-se devastadoras. Com a prática se
aprende as regras para tomar as grandes decisões. Um tomador de decisões bem treinado
às vezes comete erros. Porém, se você ministrar a si mesmo um excelente processo de
tomada de decisão e praticá-lo, deverá alcançar sucesso de forma consistente.
PROGRAMAÇÃO DINÂMICA
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a) Definição e diagnóstico do problema: Essa fase envolve a obtenção dos dados e dos
fatos a respeito do problema., suas relações com o contexto mais amplo, suas causas,
definição e diagnostico;
b) Processo de soluções alternativas mais promissoras: Esta fase envolve a busca de cursos
alternativos de ação possíveis e que se mostrem mais promissoras para a solução do
problema, satisfação da necessidade ou alcance do objetivo;
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O processo de tomada de decisão pode ser dividido em quatro elementos principais. Todo
bom tomador de decisões deve, consciente ou inconscientemente, passar por cada um
deles. São eles:
Essas quatro fases provêem a espinha dorsal de quase todos os processos de decisão.
Porém, as fases desse processo não precisam ser efetuadas uma depois da outra. Na
verdade, as informações obtidas na fase de coleta devem, muitas vezes, inspira-lo a voltar e
reformular sua decisão. Além disso, um problema, complexo pode exigir uma série de
decisões menores, cada uma das quais envolverá várias decisões de estruturação, vários
esforços de coleta de informações e varias etapas de chegada a conclusões.
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O QUE É DELEGAÇÃO
PRINCÍPIOS DA DELEGAÇÃO
a) A autoridade deve ser delegada até o ponto e na medida necessária para a realização
dos resultados esperados;
A autoridade deve ser proporcional ao nível de responsabilidade alocada no cargo e/ou
funcionário;
A responsabilidade não pode ser delegada., pois nem o chefe nem o subordinado podem
livrar-se completamente de suas obrigações, designando outros para realizá-las;
A clareza é fundamental, com designação precisa, entendida e aceita.
TÉCNICAS DE DELEGAÇÃO
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Para saber o modo certo de delegar, deve-se conhecer alguns princípios da delegação de
tarefas:
a) Sempre acompanhar o progresso de uma tarefa que tenham delegado, pois caso
contrário, alguns erros caros poderão ser cometidos;
b) O gerente precisa ter certeza de que o subordinado é capaz de concluir a tarefa;
c) Um subordinado nunca deve poder sub-delegar uma tarefa sem permissão;
d) Cuidado com o subordinado super entusiasmado, que sempre pede tarefas, mas
raramente as termina;
e) Coloque recursos à disposição dos subordinados, não apenas dinheiro, mas também o
direito de agir adequadamente;
f) Quando uma tarefa delegada for satisfatoriamente concluída, não se esqueça de dar o
devido reconhecimento ao subordinado;
g) Se uma tarefa não for satisfatoriamente concluída, investigue os motivos, antes de atribuir
a culpa;
h) Pergunte a si mesmo, em intervalos regulares, “por que eu faço isso? Por que eu faço
aquilo?”. A resposta poderá ser que você não precisa fazer “isso ou aquilo”, e que seria um
grande prazer para um subordinado ter a oportunidade de assumir a tarefa, bem como a
autoridade que ela incorpora;
i) Mesmo que possamos realizar uma tarefa melhor que um subordinado, devemos deixar
que ele a faça uma vez ou outra. Esta é a única maneira em que ele poderá se desenvolver e
adquirir experiência.
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