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Nº2:
A CRP não adianta de todo o modo uma definição de cooperativa; mas exige reiteradamente
às empresas cooperativas a observância dos princípios cooperativos internacionalmente
consagrados, sob pena de não poderem beneficiar os seus titulares da tutela da norma
consagradora do artigo 61o/2, assim como das vantagens objetivas decorrentes da inclusão
neste específico sector de propriedade de meios de produção. Nas palavras de MC,
cooperativas que o sejam apenas formalmente, desviando-se dos princípios cooperativos e
atuando como entidades privadas comuns, saem “do sector cooperativo, para cair no sector
privado”.
Princípios Cooperativos:
- O princípio da adesão voluntária e livre: Na prática, significa que uma cooperativa está
aberta a acolher a todos, sendo que quem decide ingressar e usufruir dos serviços de uma
cooperativa deve estar ciente das responsabilidades inerentes.
GOMES CANOTILHO e VITAL MOREIRA consideram que «As “cooperativas” que não respeitem
estes princípios cooperativos não são verdadeiras cooperativas no sentido constitucional, não
podendo gozar, portanto, das respetivas garantias»
Em Portugal, o direito legal que as pessoas têm para criar cooperativas está estabelecido na Lei
das Cooperativas, que define o quadro regulatório para a constituição e funcionamento das
cooperativas no país, sendo que qualquer grupo de pessoas em Portugal tem o direito de
livremente se organizar e criar uma cooperativa, desde que respeitem os princípios
cooperativos e atendam aos requisitos legais.
Em termos dos requisitos legais, para criar uma cooperativa em Portugal, os fundadores
devem atender à elaboração de estatutos que estejam em conformidade com a legislação
vigente, e a realização de uma assembleia constituinte para aprovar os estatutos e eleger os
órgãos sociais da cooperativa.
Após este processo, é necessário proceder ao seu registo legal nas entidades competentes.
Isso envolve o registo na Conservatória do Registo Comercial e, se aplicável, em outras
autoridades regulatórias específicas, dependendo do tipo de cooperativa (por exemplo,
cooperativas de crédito podem requerer autorização do Banco de Portugal).
Nº4
- Objetivos de interesse público: Estas cooperativas são muitas vezes criadas para atender a
objetivos de interesse público, como a prestação de serviços de saúde, educação, ou outras
áreas estratégicas.
- Regulação Específica: As cooperativas com participação pública estão sujeitas a
regulamentações específicas que podem variar de acordo com o setor em que atuam. Por
exemplo, cooperativas de crédito com participação pública são regulamentadas pelo Banco de
Portugal.