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LEI COMPLEMENTAR Nº 109, DE 24 DE AGOSTO DE 2011.


(Regulamentada pelo Decreto nº 1311/2011)

INSTITUI A CRIAÇÃO DO SOLO CRIADO,


ALTERANDO OS GABARITOS PRÉ-
ESTABELECIDOS POR LEI E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE PALHOÇA, Estado de Santa Catarina, Faço Saber a


todos os habitantes deste Município que a Câmara aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1ºSolo criado é toda área edificável além do coeficiente de aproveitamento do terreno
previsto no Plano Diretor.

Art. 2º O direito de aplicação do solo criado dar-se-á por lote ou gleba, não sendo
permitido a transferência de índices para outros lotes ou glebas do município.

O solo criado somente poderá ser adquirido do Município, até o percentual máximo
Art. 3º
de 50% (cinqüenta por cento) do índice de aproveitamento previsto na legislação, da
seguinte forma: (Regulamentado pelo Decreto nº 1385/2012 nº 1437/2012 nº 1443/2012)

I - na forma onerosa até o limite mínimo de 20% (vinte por cento) e máximo de 40%
(quarenta por cento) do índice de aproveitamento previsto na legislação;

II - na forma não onerosa até o limite máximo de 10% (dez por cento) do índice de
aproveitamento previsto na legislação, da seguinte forma:

a) 5,0 % (cinco por cento) de acréscimo para empreendimentos que apresentarem a


implantação de sistemas de aproveitamento de água da chuva ou reaproveitamento de
águas servidas;
b) 5,0% (cinco por cento) de acréscimo para empreendimentos que apresentarem a
implantação de melhorias de infra-estrutura urbana.

Parágrafo Único - Na forma do inciso I, do presente artigo, será aplicado o percentual de


6,0% do CUB médio, conforme tabela da grande Florianópolis/SC, por metro quadrado de
área acrescida como solo criado sob o índice de aproveitamento.

Art. 4ºFica instituída uma Comissão específica formada por servidores designados por ato
do Chefe do Poder Executivo a qual deverá analisar e deferir ou não as solicitações
referentes a aquisição de solo criado, na forma não onerosa, após o parecer emitido pelo
Departamento de Análise Técnica da Prefeitura

Art. 5ºAs edificações que desta Lei se beneficiarão, deverão apresentar anteprojeto
provido de Memoriais Descritivos e Estudo de Impacto de Vizinhança, nos termos da Lei
Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, para aprovação e definição dos índices a aplicar
no empreendimento.

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§ 1º O Departamento de Análise Técnica de Projetos de Engenharia da Prefeitura Municipal


de Palhoça deverá emitir parecer técnico acerca da somatória e os critérios de aplicação e
aprovação dos índices apresentados pelo empreendedor.

§ 2º O Departamento de Análise Técnica de Projetos de Engenharia poderá aceitar ou não


a apresentação de novas tecnologias construtivas ou ambientais que possam gerar direitos
previsto na presente Lei, sempre submetendo sua decisão a Comissão instituída na forma
do artigo 4º.

§ 3º O Setor de Fiscalização deverá, no momento anterior a liberação do Habite-se, realizar


a vistoria de funcionamento dos sistemas e/ou melhorias, ficando condicionado a liberação
do referido alvará, mediante expressa confirmação da implantação dos itens citados no
artigo 3º da presente Lei.

Art. 6ºFica criado o Fundo Contábil de Mobilidade Urbana para aplicação dos recursos
provenientes da alienação de Solo Criado.

Art. 7ºPara fins de aquisição do Solo Criado, fica ampliado para 04 (quatro) o número de
pavimentos garagens em Áreas Mistas, incluindo o "pilotis", sem prejuízo do gabarito já
definido, seguindo todos os critérios de acessibilidade, ocupação e determinação de vagas
de estacionamento já previstos em Lei, ou solicitados pelo Setor de Análise Técnica.
(Regulamentado pelo Decreto nº 1385/2012 nº 1437/2012 nº 1443/2012)

Art. 8º Os projetos que utilizarem as regras da presente Lei computarão o afastamento da


torre a partir da face superior do último pavimento garagem.

Art. 9º Para as ARP- Áreas Residenciais Predominante ficam estabelecidos os seguintes


critérios:

I - As regras de afastamentos correspondentes a laterais e de fundos ficam determinados


conforme a seguinte fórmula: h/10, sendo h a altura da face superior do ultimo pavimento
garagem até a altura da platibanda, quando da aquisição do solo criado, com o mínimo de
1,50m.

II - Fica facultado a utilização de 01 (um) pavimento garagem com Taxa de Ocupação de


80%, sem as exigências dos afastamentos laterais e de fundos.

Art. 10Quando da aquisição do Solo Criado perde-se o direito do uso do pavimento


designado como ático em qualquer zoneamento.

Art. 11 Para todos os zoneamentos do Município o afastamento frontal fica designado


conforme a Lei Municipal nº 2.850 de 23 de Abril de 2008, sendo computado a partir do
nível natural do solo.

Parágrafo Único - Fica obrigatório a definição de área não inferior a 5% (cinco por cento) da
área do lote, podendo ser fracionado dentro do perímetro do terreno, para infiltração de

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águas pluviais no solo.

Art. 12Os pavimentos em subsolo seguirão as mesmas regras utilizadas para os


pavimentos garagens, sendo vedado a utilização do subsolo para atividades destinadas à
permanência humana.

Parágrafo Único - Os pavimentos em subsolo quando utilizados para garagem não serão
computados para fins do disposto no art. 7º, da presente Lei.

Art. 13As especificações técnicas da presente lei aplicam-se exclusivamente para fins de
aquisição de solo criado, ressalvando a vigência das demais leis municipais.

Art. 14 Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a regulamentar dispositivo desta Lei
que se fizer necessário para a sua melhor execução.

Art. 15 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palhoça, em 24 de agosto de 2011.

RONÉRIO HEIDERSCHEIDT
Prefeito Municipal

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