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Relato de Campo: 2022_04_09_Centralidade Comercial de SP

Local: Teatro Municipal


Pesquisadores: Alex Sander, Enrico, Gustavo, Karina, Paulo e Yuri.
Data: 09/04/2022
Horário: das 8:30h às 12h
Dia Semana: Sabádo
Palavras-Chave: Centro, comercio, São Paulo

Relato:
Começamos a caminhada em frente ao Teatro Municipal, localizado no centro de
São Paulo. Haviam 5 pessoas presentes na caminhada, contando comigo. Apesar de ter
nascido no estado de São Paulo e morado boa parte da minha vida nele, alguns espaços
não são tão familiares a mim, são apenas espaços de raras ou curtas passagens. Quando
chegamos por ali a maioria das lojas estavam abrindo, podia até se ver algumas pessoas
transitando com café em mãos. Ao redor do Teatro além de trabalhadores e transeuntes
haviam também alguns moradores em situação de rua.
Saindo dali seguimos em direção ao vale do Anhangabaú, fomos pela lateral do
teatro, nunca havia andado por aquela parte, muito bonita inclusive, mas havia um claro
contraste onde pode se notar um grande cuidado com o patrimônio, mas as vezes um
descaso com as pessoas, pois ali também haviam moradores em situação de rua. Já no
vale temos um grande espaço, que dá uma sensação de vazio, pois poucas pessoas
circulam por ali, não sei se por conta da segurança ou devido a toda circunstancia da
pandemia. Podia se notar muitas pessoas andando de skate, sua grande maioria
concentrada por jovens.
Seguindo a direção da rua São João o que me chamou a atenção foi um engraçado
contraste que notei, a maioria dos jovens ali presentes estavam andando de skate e um
pouco mais acima havia um grupo de pessoas mais velhas vendendo e trocando cd’s, o
que nos tempos atuais é uma coisa muito curiosa de se ver.
Dali a próxima parada foi a galeria do rock, que apesar do nome não é o único
estilo ali presente, ali se encontram vários estúdios de piercings e tatuagens, lojas de
discos, cd’s, roupas, acessórios, sapatos. O prédio se entende por vários andares e
curiosamente subindo em um dos últimos andares ao olhar para baixo pude notar os
diferentes formatos das cerâmicas usadas em cada andar. Ao lado da galeria encontra se
outra galeria um pouco menor, a galeria do reggae, onde se encontram muitas lojas de
perucas e cabelos. Fora das duas galerias se encontram alguns funcionários que ficam
ali tentando atrair clientes para as lojas.
A caminho da região da Santa Efigênia nota se a presença de muitos ambulantes,
vendendo coisas em geral, inclusive comida. Na região da santa Efigênia,
principalmente na rua central há um grande fluxo de pessoas, sons, cores, cheiros, tudo
é muito confuso e misturado, lá se encontra de tudo que pode se imaginar ligado a
eletroeletrônicos e tecnologia em geral, além da rua principal o comercio continua nas
ruas adjacentes, onde algumas se dividem por categorias de produtos.
Uma coisa curiosa que me chamou a atenção tanto nessa região quanto na seguinte
a que fomos (25 de março) é como a comida é vendida na rua, se encontram em
carrinhos ou barracas pequenas e na maioria das vezes é uma comida bem pratica, nada
muito elaborado, algo fácil e rápido que você só compra e come, sem muito trabalho ou
sem precisar parar e sentar para conseguir comer, acredito que tudo isso devido ao fato
das ruas sempre serem cheias e se notar uma certa pressa nas pessoas. Nessas duas ruas
também o que se nota muito parecido é o assédio dos vendedores com os clientes, como
os preços são geralmente muito parecidos é como se precisassem atrair o cliente de uma
outra forma, dependendo do ponto de vista podendo ser considerada uma atividade
chata ou até cômica, pois para atrair o cliente tentam ser o mais próximo e mais
amigável possível, criando uma possível conexão e familiaridade com o potencial
cliente.
Na 25 de março a diferença maior entre a Santa Efigênia são os produtos, porque o
fluxo de pessoas é intensamente igual, com muitos sons, cheiros, cores, informações,
muitos ambulantes. E entre esses ambulantes se encontram os ambulantes “legalizados”
e os “ilegais”, que sempre na presença de agentes governamentais se escondem, pois se
são “pegos” suas mercadorias são tomadas, pois se trata de um comercio “ilegal”.
Dali fomos em direção ao Mercado Municipal, conhecido como mercadão, Ali
também vemos um grande contraste, enquanto o mercado demonstra riqueza e poder
com seu tamanho, seus produtos caros e belíssimos, seus pasteis grandes e seu famoso
sanduiche com literalmente meio kilo de mortadela, fora vemos outra realidade
totalmente diferente, onde muitas pessoas em situação de rua retiram sua comida do lixo
e se tentam se virar da melhor maneira.
Pelos preços exorbitantes e pelo que é oferecido nota se que o mercado é um local
bem turístico e isso se provou quando saímos de la e uns 2 quarteirões depois
encontramos um pastel igualmente bom e a um preço muito mais acessível.

Figura 1 – Vale do Anhangabaú Figura 2 – Vale do Anhangabaú


Figura 3 – Vale do Anhangabaú Figura 4 – Galeria do Rock

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