[1] Estudo avaliou a presença de dor musculoesquelética e sua interferência na vida de 30 músicos de orquestra usando a versão brasileira do questionário MPIIQ.
[2] A maioria dos músicos (93,3%) relatou dor nos últimos 12 meses, principalmente nas costas, ombros e pescoço, com intensidade mediana de 4 na escala.
[3] A dor interferiu moderadamente na vida dos músicos, com nota mediana 3 para humor e capacidade de tocar, e 2 para técnica, sem dificuldades
[1] Estudo avaliou a presença de dor musculoesquelética e sua interferência na vida de 30 músicos de orquestra usando a versão brasileira do questionário MPIIQ.
[2] A maioria dos músicos (93,3%) relatou dor nos últimos 12 meses, principalmente nas costas, ombros e pescoço, com intensidade mediana de 4 na escala.
[3] A dor interferiu moderadamente na vida dos músicos, com nota mediana 3 para humor e capacidade de tocar, e 2 para técnica, sem dificuldades
[1] Estudo avaliou a presença de dor musculoesquelética e sua interferência na vida de 30 músicos de orquestra usando a versão brasileira do questionário MPIIQ.
[2] A maioria dos músicos (93,3%) relatou dor nos últimos 12 meses, principalmente nas costas, ombros e pescoço, com intensidade mediana de 4 na escala.
[3] A dor interferiu moderadamente na vida dos músicos, com nota mediana 3 para humor e capacidade de tocar, e 2 para técnica, sem dificuldades
VERSÃO BRASILEIRA DO INSTRUMENTO “MUSCULOSKELETAL PAIN INTENSITY AND
INTERFERENCE QUESTIONNAIRE FOR PROFESSIONAL ORCHESTRA MUSICIANS”
– resultados do pré-teste – Frederico Barreto 1 Kochem , Márcia Santos de 1 Almeida , Julio Guilherme Silva 1,2 1 UNISUAM, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências da Reabilitação, Rio de Janeiro, RJ 2 UFRJ, Departamento de Fisioterapia, Rio de Janeiro, RJ
INTRODUÇÃO RESULTADOS PRELIMINARES
A carreira de um músico é marcada pela prática extenuante em Participaram da etapa pré-teste 30 músicos profissionais de orquestra, instrumentos não ergonômicos aliada a fortes pressões exercidas pelos sendo 17 deles do sexo masculino, com idade média de 27,2 anos (±3,1) e maestros e pelo público. Estas características tornam os musicistas tempo médio de experiência musical de 10,2 anos (±4,6). Quanto à prática trabalhadores com risco elevado para o desenvolvimento de disfunções orquestral, os instrumentistas apresentaram em média 7,9 anos (±2,6) de musculoesqueléticas (KOCHEM & SILVA, 2017; KOK et al., 2013). Apesar do atividade em conjunto e atuavam em média 16,4 horas (±6,9) por semana. evidente crescimento científico na área da saúde do músico, muitos A dor fez-se presente em 93,3% dos músicos participantes, sendo que estudos ainda são conduzidos sem critérios metodológicos definidos, 73,3% referiram dores nos últimos 12 meses bem como no último mês. especialmente a utilização de instrumentos de coleta de dados não Acerca de sua intensidade, a mediana da pior dor na última semana foi validados e inconsistentes (BERQUE et al., 2014). Assim, o objetivo deste classificada com nota 5, enquanto a menor dor neste mesmo período trabalho é relatar os resultados preliminares encontrados em uma obteve nota 2. A dor média referida por esses artistas foi 4. As principais população de músicos de orquestra utilizando-se a versão brasileira do regiões dolorosas são mostradas abaixo (Fig. 2). instrumento “Musculoskeletal Pain Intensity and Interference Quanto à interferência que a dor causou Questionnaire for Professional Orchestra Musicians” (MPIIQ). em suas vidas, os musicistas atribuíram 20% 3,3% uma nota 3 (mediana) para a influência 3,3% MATERIAIS E MÉTODOS no humor, nota 2 para implicações na 20% técnica instrumental e na habilidade de Trata-se de um estudo transversal que compõe uma das cinco etapas do tocar, e nota 3 para a interferência da dor processo tradução e adaptação transcultural, segundo as diretrizes de 16,7% na capacidade de tocar tão bem quanto 3,3% 3,3% Guillemin et al. (1993) e Beaton et al. (2000) (Fig. 1). O instrumento MPIIQ gostariam. No que diz respeito ao prazer é composto por 22 itens que avaliam desde aspectos sociodemográficos e de viver, a nota mediana encontrada para musicais, até a presença de dor musculoesquelética relacionada à essa interferência foi zero. Nenhum Figura 2. Principal região dolorosa performance musical, sua localização, intensidade e interferência na vida instrumentista marcou a opção de relatada pelos musicistas sintomáticos social e laboral de músicos profissionais de orquestra (BERQUE et al., nos últimos 12 meses ou 7 dias (n = 22). resposta “não entendi esse item”. 2014). Nesta fase de pré-teste foram incluídos músicos profissionais de orquestra e excluídos instrumentistas estrangeiros, que não fossem membros permanentes da orquestra e/ou que relatassem histórico prévio CONSIDERAÇÕES FINAIS de cirurgias ortopédicas. Esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo Os músicos profissionais de orquestra apresentaram uma elevada Comitê de Ética em Pesquisa da UNISUAM (número do parecer: 1.444.640 prevalência de dor musculoesquelética e esta foi responsável por / CAAE: 51947215.6.0000.5235). interferir no seu humor, na técnica instrumental e na capacidade de tocar tão bem o quanto gostariam. A versão brasileira do MPIIQ aplicada neste Versão Original Versão Brasileira 1 pré-teste mostrou-se de fácil compreensão, uma vez que nenhum Tradução 1 (T1) Tradução 2 (T2) instrumentista marcou a opção de resposta “não entendi esse item”. Pré-Teste REFERÊNCIAS: Consenso (T12) BEATON, D. E.; BOMBARDIER, C.; GUILLEMIN, F.; FERRAZ, M. B. Guidelines for the Process of Cross-Cultural Adaptation of Self-Reports Measures. SPINE, v. 25, n. 24, p. 3186 – 3191, 2000. Avaliação da Semântica e Equivalência BERQUE, P.; GRAY, H.; MCFADYEN, A. Development and Psychometric Evaluation of the Musculoskeletal Pain Intensity and Retrotradução 1 (RT1) Retrotradução 2 (RT2) Interference Questionnaire for Professional Orchestra Musicians. Manual Therapy, v. 19, p. 575 – 588, 2014. GUILLEMIN, F.; BOMBARDIER, C.; BEATON, D. E. Cross-cultural Adaptation of Health-related Quality of Life Measures: literature review and proposed guidelines. J Clin Epidemiol., v. 46, n. 12, p. 1417 – 1432, 1993. Avaliação do Comitê de Especialistas Versão Brasileira do MPIIQ KOCHEM, F. B.; SILVA, J. G. Prevalence and Associated Factors of Playing-Related Musculoskeletal Disorders in Brazilian Violin Players. Medical Problems of Performing Artists, v. 32, n. 1, p. 27 – 32, 2017 Figura 1. Etapas de tradução e adaptação transcultural segundo Guillemin et al. (1993) e Beaton et al. (2000). KOK, Laura; VLIELAND, Theodora; FIOCCO, Marta; NELISSEN, Rob. A comparative study on the prevalence of musculoskeletal complaints among musicians and non-musicians. BMC Musculoskeletal Disorders, v. 14, n. 9, 2013.