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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

MARANHÃO - IFMA
CENTRO DE REFERÊNCIA TECNOLÓGICA- CERTEC
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL-UAB

JARLISSON SEBASTIÃO ARAUJO SILVA

O PROFESSOR COMO MEDIADOR TECNOLÓGICO: a inserção das


tecnologias no processo Educacional.

Itapecuru-Mirim/MA
2019
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
MARANHÃO - IFMA
CENTRO DE REFERÊNCIA TECNOLÓGICA- CERTEC
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL-UAB

JARLISSON SEBASTIÃO ARAUJO SILVA

O PROFESSOR COMO MEDIADOR TECNOLÓGICO: a inserção das


tecnologias no processo Educacional.

Artigo apresentado como requisito parcial para


obtenção do título de Especialista em
Informática na Educação pelo Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia do
Maranhão

Orientador (a): Prof. Esp. Gil Derlan Silva


Almeida

Itapecuru-Mirim/MA
2019
É necessário fazer outras perguntas, ir atrás das
indagações que produzem o novo saber, observar
com outros olhares através da história pessoal e
coletiva, evitando a empáfia daqueles e daquelas que
supõem já estar de posse do conhecimento e da
certeza
Mario Sergio Cortella
O PROFESSOR COMO MEDIADOR TECNOLÓGICO: A INSERÇÃO DAS
TECNOLOGIAS NO PROCESSO EDUCACIONAL.

Resumo

Objetivamos aqui relatar analisar o contexto educacional e histórico da sociedade para


refletir sobre a necessidade da inserção das tecnologias em sala de aula. Enumerando os
principais tipos de tecnologias utilizadas na conjuntura educacional, com foco nos seus
reflexos e relacionando fatores históricos e contributivos para a realidade atual dentro
desse contexto, citado nos indicadores educacionais sobre esta temática. Observar os
perfis dos educadores e relacioná-los com a sociedade atual. s métodos de pesquisa
utilizados e com respaldo no meio acadêmico e social relaciona as possibilidades de
analisar a problemática de fatores sobre diferentes abordagens teóricas, utilizando
pesquisas bibliográficas, através de livros e artigos já produzidos, que abordem a temática,
trazendo fatores relevantes para esta pesquisa, Alguns autores que já fizeram pesquisas
e publicaram livros, como Mello (2010), Napolitano (1999), Pallof e Pratt (2002), Perrenoud
(2000), que retratam o uso de diferentes tecnologias em salas de aula, fazendo uma
relação entre competências e desafios ao introduzir estas práticas metodológicas como
aprimoramento do ensino educacional, serão subsídios bibliográficos para o embasamento
desta pesquisa. Com a intuito de compreender a relevância do professor mediante o uso
de tecnologias em sua sala de aula e trazendo informações pertinentes ao atual cenário
educacional.

Palavras-chave: Professor.Metodologia. Tencnologia

Abstract
We aim here to mention and analyze the educational and historical context of
society, to reflect on the need for the insertion of technologies in the classroom.
Enumerating the main types of technologies used in the educational environment,
focusing on their reflexes and relating historical and contributory factors to the
current reality within this context, cited in the educational indicators on this theme.
Observe the profiles of educators and relate them to the current society. The
research methods used and supported in the academic and social environment
relate the possibilities of analyzing the problem of factors on different theoretical
approaches, using bibliographic research, through books and articles already
produced, that address the theme, bringing relevant factors to this research. Some
authors who have done research and published books, such as Mello (2010),
Napolitano (1999), Pallof and Pratt (2002), Perrenoud (2000), which portray the use
of different technologies in classrooms, making a relationship between
Competences and challenges in introducing these methodological practices as an
improvement of educational teaching will be bibliographic support for this research.
In order to understand the relevance of the teacher through the use of technologies
in his classroom and bringing relevant information to the current educational
scenario.

Keywords: Professor.Technology.Methodology.Educational
1 INTRODUÇÃO

Esta pesquisa de cunho bibliográfico, pretende fazer uma abordagem


fundamentada sobre a relação dos docentes com as tecnologias no processo de
ensino nas salas de aulas brasileiras, considerando diversos fatores para esta
abordagem. Questões relacionadas a formação profissional destes, a realidade
cultural e social na qual estão inseridos, além de fatores problematizadores, tais
como: recursos financeiros, consciência sobre a necessidade do uso destas
tecnologias para abordagem de conteúdos curriculares que impossibilitam que
essas sejam inseridas para aprimoramento do ensino educativo no ambiente
escolar.
Enfatizando principalmente sobre como o uso de tecnologias no contexto
educacional pode melhorar a interpretação dos dados informativos, pode reduzir a
evasão escolar, dentre outros benefícios educacionais.
Afim de que este estudo possa orientar em dias posteriores a publicação desta
pesquisa, acadêmicos, professores e sociedade, sobre a utilização de tecnologias,
como mecanismos de ações que assegurem um ensino de qualidade e que fique
claro a necessidade de incorporar tecnologias nas metodologias aplicadas no
contexto educacional. Em pleno século XXI, este, ainda é considerado um desafio,
tanto por parte de governantes, discentes e muitos professores que ainda resistem
a essas inovações tecnológicas, insistindo em permanecer em um modelo de
ensino tradicionalista.
Um dos motivos de recusa destes profissionais, seria a falta de capacitação
desta mediação tecnológica, pois não adianta somente aplicar e inserir em sala de
aula, é necessário entender que o processo mediador é considerado como uma
das grandes eficácias desta metodologia.
Ao engendrar reflexões e discussões sobre esta temática, vale ressaltar
que, é imprescindível considerar a formação deste educador, e seu processo
histórico na Universidade, compreender estes e outros fatores, pode ser
determinante para a elucidação do assunto. Somente assim poderá fica claro os
motivos de tantos desabonos por partes de educadores neste país em aplicar novas
tecnologias que visem facilitar a mediação escolar.
A experiência obtida como, profissional, estudante e acadêmico durante
muitos anos, nos leva a constatar uma acentuada ausência da abordagem do uso
de novas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem nas Universidades. Isto
consequentemente se refletiu nas salas de aulas brasileiras, pois os docentes não
estavam conseguindo acompanhar a evolução do fenômeno da globalização.
No entanto, nas últimas décadas, observa-se que os cursos, principalmente
os de licenciatura, estão sofrendo uma reformulação em seu currículo com a
inserção, por exemplo, de disciplinas como Informática, multimeios aplicados a
Educação e metodologia de ensino, que envolvem a utilização de novas
tecnologias em sala de aula, afim de facilitar este processo e garantir qualidade
à educação no país, melhorando e ampliando indicadores de boa qualidade e
contribuindo na formação do cidadão.

Importante ressaltar que a pesquisa sobre esta temática e as possíveis


considerações que serão aqui abordadas, em incentivo ao uso de novas
tecnologias, não pretende desmerecer as metodologias do ensino tradicionalista,
como por exemplo, a utilização de aulas expositivas, mas cabe demonstrar que a
incorporação de ambos os processos de ensino, poderá propiciar tanto para
educandos como discentes uma nova forma de aprendizagem. Sempre com muita
atenção para as peculiaridades de cada instituição escolar e cultura local, onde a
metodologia adequada vai depender de uma série de fatores subjetivos ou
objetivos, portanto, sendo aplicável àquela que melhor atender a todos.

Quando esta temática é enfatizada em uma pesquisa desta natureza, é para


que se possa refletir com bastante clareza sobre fatos relevantes a respeito do
professor neste processo de mediação, mostrando principalmente as vantagens e
problemáticas que impedem que tal fato ocorra nas salas de aulas, ou seja, a
pesquisa pretende abrir a oportunidade de reformular estratégias que podem
colaborar para a inserção das tecnologias no sistema educacional.

Esta pesquisa de cunho bibliográfico, constitui um aporte teórico evidenciado


em autores como, Napolitano (1999), CUNHA (2009), LIMA (2010), MELLO (2010
e outros que abordam sobre a temática em questão, trazendo contribuições de
pesquisas e dados que subsidiarão este trabalho
Dentre algumas das especificidades deste, deve-se enumerar os principais
tipos de tecnologias utilizadas na conjuntura educacional, com foco nos seus
reflexos, principalmente de maneira contributiva para a evolução da educação no
país. Observar os perfis dos educadores e relacioná-los com a sociedade atual,
neste sentido, é necessário que este profissional se sinta parte integrante dessa
nova sociedade que é chamada de “era tecnológica”, que acima de tudo ele
assimile essas metodologias, para somente então transmiti-las para os discentes.
O trabalho vai incialmente discorrer no primeiro tópico sobre a inserção das
tecnologias em sala de aula, dando continuidade abordando sobre o papel do
professor formador e sua relevância neste contexto e sua função dentro das salas
de aulas e a prática tecnológica.
2. INSERÇÃO DAS TECNOLOGIAS EM SALA

Diante de um contexto social e político na qual muito se influencia na


educação, com suas multiplicidades de fatores desencadeados por crises, quer
sejam estas políticas, financeiras, culturais, estruturais ou sociais, muito se tem
pensado de forma estratégica sobre a utilização da inserção de tecnologias em
salas de aulas, como um mecanismo facilitador do processo de ensino e
aprendizagem.
Embora muitos sejam os desafios enfrentados por escolas e profissionais da
educação, vale ressaltar a necessidade de se adequar e inserir como metodologias
de ensino no contexto educacional, as tecnologias, com o intuito de agregar novos
saberes para os discentes e comunidade escolar.

2.1 Contexto Histórico


Considera-se a origem do termo “tecnologia”, é do grego "tekhne" que signfica
"técnica, arte, ofício", o sufixo "logia" que significa "estudo". Retratar sobre o
histórico do uso das tecnologias, remete a era medieval e a utilização das grandes
navegações, que já denotavam um grande avanço tecnológico, por proporcionar as
expansões marítimas, mas o século XVIII, fica marcado com o advento da
revolução industrial, com a criação e utilização de grandes máquinas.
Com o encabeçamento do uso das tecnologias e apesar de existir,
computadores desde a década de oitenta, foi somente a partir dos 90, que a
possibilidade de incorporação desta tecnologia no ambiente escolar começou a ter
notoriedade prática, ainda que a abordagem deste assunto fosse uma perspectiva
desde os anos

A Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico


Científica, ocorrida no início do século XX, impulsionou um grande avanço na
tecnologia, transformando as relações sociais. Mais recentemente, a criação dos
smartphones é resultado desse avanço, sendo utilizado diariamente pelos alunos
e tornando-se um elemento importante em suas rotinas eletrônicas. A
acessibilidade à internet via smartphones permite que os jovens explorem vários
aplicativos como o WhatsApp, Facebook, Skype, Instagram dentre outros.
Não muito diferente deste acontecimento, foram diversas outras tecnologias
que surgiram nos anos e séculos posteriores a isto. O ser humano considera
qualquer tipo de inovação, como algo que precisa ser desvendado, e essa
característica de buscar por explicações, aprovações ou engajamento em algo
referente ao meio na qual se vive, nem todos praticam. É necessário que exista
comunicação.

Segundo Díaz, (2011):


É necessário compreender que a comunicação não inclui apenas
as mensagens que as pessoas trocam deliberadamente entre sim. Além
das mensagens trocadas conscientemente, com efeito, muitas outras são
trocadas sem querer, numa espécie de paracomunicação ou
paralinguagem. O tom das palavras faladas, os movimentos do corpo, a
roupa que se veste, os olhares e a maneira de estreitar a mão do
interlocutor, tudo tem algum significado, tudo comunica. Quer dizer que,
praticamente, é impossível não se comunicar. Quando um pai diz para um
de seus filhos: “Tenha cuidado com o martelo porque você pode se
machucar”, e para o outro diz: “Veja se não faz as mesmas besteiras e
sempre com o martelo! ”. (Díaz, 2011, p. 50)

As duas mensagens que deixam claro a intenção de quem está se


comunicando, no caso, o pai dos meninos, a utilização de vocábulos denota, para
sentimentos diferentes, tudo fica evidente com a utilização das palavras escolhidas
pelo pai para transmitir a mesma mensagem. O mesmo ocorre, também, no que
concerne a utilização de tecnologias, principalmente quando esta vai ser utilizada
em sala de aula. A formação do profissional sobre a ferramenta em questão é
extremamente necessária, para que a informação que por este será repassado, não
sejam subtraídas do seu sentido original
Quanto a este questionamento, segundo os PCN’s, no quesito das
tecnologias informa que, incorporar a informática como componente do processo
de ensino-aprendizagem ou apenas instrumentalizar o aluno para o uso da
máquina? A chegada do computador às escolas necessita ser precedida de uma
discussão sobre os paradigmas e processos em vigor. Alguns destes
questionamentos devem fazer parte de pesquisas como esta, pois ao adentrar no
quesito aprendizagem, verifica que existe uma lacuna quanto ao entendimento do
funcionamento deste processo.
O uso de tecnologias visa inserir os alunos e professores no mundo digital,
onde o acesso a tecnologias como celulares, lousas digitais, aplicativos, jogos e
outros, devem ajudar no sentido de promover o acesso ao conhecimento em suas
múltiplas e variadas formas de existência.

As tecnologias que nas últimas décadas foram introduzidas na educação, mas


que, ainda é motivo de análise e cautela, sendo necessário que estes componentes
auxiliem no processo de aquisição da aprendizagem, facilitando e dando autonomia
ao discente. Para isto, o primordial é que o mediador deste processo, saiba
transmitir a mensagem com vocábulos e metodologias adequadas que não tornem
esta jornada como algo que queira apenas instrumentalizá-los.

Segundo NAPOLITANO, (2018):

Nos últimos anos tem sido cada vez mais frequente o uso de novas
linguagens não somente para motivar os alunos, como também para
atualizar a concepção de fonte (de aprendizado), incluindo-se neste campo
as imagens, paradas ou em movimento, produzidas por uma determinada
sociedade e veiculada por um meio específico. O problema é que, em
muitos casos, o uso escolar das imagens requer um tipo de abordagem
diferente da reservada ao documento escrito. (Napolitano, 2018, p.13)

Pode-se inferir, que estas novas linguagens que estão sendo introduzidas na
sociedade, precisam ser compreendidas como formas de aquisição e assimilação
de conteúdo, que externem mais dinamicidade no processo educativo. Segundo
NAPOLITANO (2018), todo cuidado com a incorporação das novas linguagens é
pouco, principalmente numa época de desvalorização do conteúdo socialmente
acumulado pelo conhecimento científico.

A partir de então surge um marco na educação, pois esta ferramenta será de


grande ajuda para docentes e discentes, com a facilidade da pesquisa e
participação em cursos de aperfeiçoamento e oportunizando o ensino para todos.
Segundo as DCN”s, referentes ao uso de tecnologias em sala de aula, “ a
tecnologia é conceituada como a transformação da ciência em força produtiva ou
mediação do conhecimento científico e a produção, marcada, desde sua origem,
pelas relações sociais que a levaram a ser produzida”.

Segundo Lima, (2001):

Com a disseminação da informática, o computador chega também às


escolas e passa a ser absorvido não só pela administração, mas também
no processo ensino aprendizagem, revestido de uma modernidade que
exerce grande fascínio sobre os educandos, pois vem acompanhado da
explosão da multimídia, dos programas que misturam jogos e informações
educativas, das enciclopédias virtuais e outras oportunidades que
possibilitam uma forma diferente de acesso a informações e ao
conhecimento (LIMA, 2011, p. 10).

Atualmente professores, gestão escolar e alunos, possuem uma diversidades


de objetos digitais que podem ser trabalhados dentro da sala de aula, em prol do
processo de ensino-aprendizagem, com o advento da internet que chegou para
revolucionar a maneira como as pessoas se comunicam e agregam sua
metodologias de ensino, é comum o uso da gamificação, a dinâmica dos games,
que proporciona interatividade, aprendizagem, noções de responsabilidade e
trabalho em equipe, dentre outros benefícios, outra tecnologia que pode ser
utilizada em sala de aula, são os livros digitais, e plataformas de acesso online,
que permitem pesquisas tanto para docentes e discentes no processo educacional,
por exemplo; Geekie Lab, Geekie Teste, Kahoot, Google Forms, Socrative, Prezi,
GoConqr, Escola Digital.

2.2 O PROFESSOR MEDIADOR

A Lei de Diretrizes e bases da educação brasileira, faz referência ao marco


inicial da educação, a básica, é neste período da vida escolar do estudante, onde
se ressalta, que deve existir uma formação profissional do docente, com qualidade.

Segundo a Lei 9394/96:

A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível


superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades
e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima
para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras
séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade
normal (BRASIL,1996).
Este direcionamento que a LDB, estabelece como critério mínimo para o
ensino, tem sido motivo de muitos debates, visto que nos cursos de licenciatura
existe uma preocupação e uma inserção cada vez mais frequente sobre, a
utilização de tecnologias em sala de aula. O questionamento de muitos estudiosos
sobre este assunto, seria o de que, será se este profissional capacitado somente
com a modalidade normal de ensino e conhecido como “magistério”, seriam
igualmente aptos a introduzirem metodologias eficazes de ensino?

No exercício da docência, a ação do profissional do magistério da educação


básica é permeada por dimensões técnicas, políticas, éticas e estéticas por meio
de sólida formação, envolvendo o domínio e manejo de conteúdos e metodologias,
diversas linguagens, tecnologias e inovações, contribuindo para ampliar a visão e
a atuação desse profissional (BRASIL, 2015, p. 3).

É notório que a cada dia vem surgindo novas formas de adequar o conteúdo
cientifico a realidade local, quanto a isto existe uma flexibilidade que pode ser
instituída pelo currículo escolar. Segundo a LDB, Art. 26. Os currículos da
educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base
nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos.
(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

Essa implementação que fica diversificado, de acordo com a realidade local,


e as condições para que esta possa desincumbir-se a contento de uma autonomia
participativa, coloca em ênfase a utilização de ferramentas educativas,
incorporando-as, como metodologias. Segundo os PCN”s, (2000):
As novas tecnologias da comunicação e da informação permeiam o
cotidiano, independente do espaço físico e criam necessidades de vida e
convivência que precisam ser analisadas no espaço escolar. A televisão,
o rádio, a informática, entre outras, fizeram com que os homens se
aproximassem por imagens e sons de mundos antes inimagináveis, [....]
Os sistemas tecnológicos, na sociedade contemporânea, fazem parte do
mundo produtivo e da prática social de todos os cidadãos, exercendo um
poder de onipresença, uma vez que criam formas de organização e
transformação de processos e procedimentos. (PCN’s, 2000, p.11-12).
E cabe ressaltar sobre a formação deste profissional que vai repassar estas
informações, ela precisa ser sempre atualizada e com qualidade, quanto a isto a
LDB, faz menção ao aperfeiçoamento com a formação continuada, que precisa ser
colocada em prática.

É necessário um compromisso por parte destes profissionais, a compreensão


quanto a sua relevância no processo de aprendizagem dos alunos, portanto, cabe
as instituições escolares oferecer cursos de aperfeiçoamento, mas também, os
próprios docentes devem estar buscando meios de se atualizarem quanto ao uso
de tecnologias que possam ser utilizadas em sala de aula. Os educadores devem
saber que o modo como o meio eletrônico é utilizado depende em grande parte das
necessidades humanas, e que essas necessidades são a razão primeira por que
se formam as comunidades educacionais eletrônicas (PALLOF; PRATT, 2002, p.
47)

O que precisa ser estipulado, para melhorias dos indicadores em termos de


educação no país, basicamente está bem mais relacionado com a conscientização
que cada profissional precisa ter sobre a sua responsabilidade perante a
sociedade.

Segundo Mello, (2010):

Entender as condições e limites da participação dos


intelectuais em geral, especialmente dos educadores, na
construção de consensos que possam dar sustentação ás decisões
de políticas educacionais é fundamental, já que eles constituem
sem dúvida, interlocutores privilegiados da sociedade em matéria
de educação, sua posição de “especialistas” lhes dá legitimidade e
acesso aos meios formadores de opinião pública. Dentro do campo
educacional, os educadores mantêm inúmeras articulações, tanto
com a “base” do sistema de ensino, como com seus dirigentes
dentro e fora do governo. (MELLO, 2010, pag.112)

Portanto, são eles os responsáveis pela educação de forma geral, quer seja,
organizando palestras, escrevendo livros, dando aulas, fazendo treinamentos e
outros, esta responsabilidade de inserir com qualidade, dinamismo e eficácia, a
tecnologia em sala de aula.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais: Cabe à escola, em parceria
com o mercado, o Estado e a sociedade, fazer do jovem um cidadão e um
trabalhador mais flexível e adaptável às rápidas mudanças que a tecnologia vem
impondo à vida moderna. A educação permanente será uma das formas de
promover o contínuo aperfeiçoamento e as adequações necessárias às novas
alternativas de ocupação profissional.

2.2 SALAS DE AULAS E A PRÁTICA TECNOLÓGICA

As novas relações tecnológicas deixam claro que é quase impossível nos


dias atuais, o professor ou aluno não fazer uso das inovações deste setor. O
professor possui, uma série de objetos a sua disposição, e os alunos também.
Embora o professor se depare com diversos meios de informações, o estudo deve
ser precedido para a aplicação correta de um meio tecnológico em suas salas de
aulas, pois vai depender de outras situações, como cultura, condições financeiras
e objeto tecnológico adequado para o tipo de aula que vai ser ministrado.
Segundo Savazoni e Cohn, (2009):
O barateamento do computador pessoal e do telefone celular, aliado à
rápida evolução das aplicações em software livre e dos serviços gratuitos
na rede, promoveu uma radical democratização no acesso a novos meios
de produção e de acesso ao conhecimento. A digitalização da cultura,
somada à corrida global para conectar todos a tudo, o tempo todo, torna o
fato histórico das redes abertas algo demasiadamente importante, o que
demanda uma reflexão específica. (SAVAZONI e COHN, 2009, p.09)

Atualmente, o mundo vive a era, conhecida como o Século da Internet, no


qual a maioria dos campos da vida do ser humano está relacionado a comunicação
e interação oferecidos por esta. E quando se educa utilizando este meio, está se
oferecendo oportunidades singulares de inserção no cenário dos negócios, pode-
se concluir que a preparação do indivíduo para a convivência em sociedade, requer
um manejo nesta tecnologia digital.
Segundo Schmidt e Rosenberg, (2015).
Três poderosas vertentes tecnológicas convergiram para mudar de
maneira drástica o campo de jogo na maioria das indústrias.
Primeiro, a internet tornou a informação gratuita, abundante e
onipresente — quase tudo está on-line. Segundo, os dispositivos
móveis e as redes tornaram o alcance global e a conectividade
contínua amplamente disponíveis. Por fim, a computação em
nuvem proporcionou um poder computacional e de armazenamento
quase infinitos e disponibilizou inúmeros aplicativos e ferramentas
sofisticadas de forma barata e pré-paga. Hoje, o acesso a essas
tecnologias ainda não está disponível para grande parte da
população mundial, mas não vai demorar até que essa situação
mude e os próximos cinco bilhões de pessoas se conectem. (
Schmidt e Rosenberg, 2015, p.28)

O educador da atualidade, precisa compreender que estas ferramentas estão


à disposição dos alunos, muito além das paredes de salas de aulas. Ensinar com
novas tecnologias é um grande desafio e, de acordo com o autor Perrenoud (2000),
a escola não pode ignorar o que se passa no mundo, já que as novas Tecnologias
da Informação e Comunicação transformam espetacularmente não só as maneiras
de comunicar, mas também de estudar, de trabalhar, de decidir e de pensar.

Segundo Moran (2013), as tecnologias móveis que chegam às mãos de


alunos e professores trazem enormes desafios de como organizar os processos de
aprendizagem de forma interessante, atraente e eficiente dentro e fora da sala de
aula, aproveitando o melhor de cada ambiente, o presencial e o digital. Muitos
docentes atribuem ao uso de redes sociais, o desestímulo e falta de atenção dos
alunos em sala de aula, no entanto cabe ao professor inverter esta realidade de
milhares de estudantes, levando-os a conscientização sobre o uso destas redes,
pois quando utilizada de forma adequado, tende a se transformar em uma
ferramenta de grande utilidade, tornando as aulas ministradas muito mais
prazerosas e interativas.

Rambe e Bere (2013) conduziram um estudo na África do Sul com o objetivo


de investigar os potenciais pedagógicos do emprego do envio de mensagens
eletrônicas através do WhatsApp para criar espaços dialógicos alternativos
propensos ao engajamento e à colaboração entre estudantes em um ambiente
informal.

Os criadores deste aplicativo foram Jan Koun e Brian Acton no intuito de


oferecer um serviço de mensagens que é chamado de “WhatsApp Messenger”, ele
está disponível para aparelhos celulares, como iphone, android, smartphones,
Blackberry e outros, permite a troca de mensagens instantâneas sem custos
adicionais, ou seja se o aparelho estiver conectado no wi-fi ou possuir um pacote
de dados de internet, é possível que a pessoa envie mensagens na proporção que
desejar. Algumas operadoras já oferecem serviços de pacotes de dados, onde
mesmo que cesse o plano, as mensagens ainda podem ser enviadas e recebidas.

Este é com certeza umas das ferramentas mais utilizadas por jovens e
adultos, Rambe e Bere (2013) conduziram um estudo na África do Sul com o
objetivo de investigar os potenciais pedagógicos do emprego do envio de
mensagens eletrônicas através do WhatsApp para criar espaços dialógicos
alternativos propensos ao engajamento e à colaboração entre estudantes em um
ambiente informal. Existem os chamados “grupos de WhatsApp” que podem tratar
sobre qualquer temática, a facilidade de comunicação é possível pela rapidez, por
possuir serviços de chamadas de voz e vídeo.

De acordo com Capron, 2004, os computadores invadiram cada canto de


nossa vida cotidiana. Quer tenha ou não, particularmente, algum conhecimento a
respeito, você utiliza computadores quando saca dinheiro no caixa eletrônico,
quando faz compras no supermercado e até mesmo quando dirige seu carro.

Em outros períodos da nossa história era comum o professor pedir aos alunos
que fizessem pesquisas sobre determinado assunto, eles costumavam fazer este
tipo de pesquisa nas bibliotecas escolares ou que estivesse à disposição do
município, atualmente é praticamente unânime que isso ocorra através das redes
de internet, muitas coisas eles fazem em seus próprios aparelhos, recorrem a
gravação de mídias para apresentação de seminários escolares, digitação dentre
outros.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As novas tecnologias trouxeram importantes mudanças na vida cotidiana, das


pessoas não apenas pela comodidade e conforto, mas pela facilidade de
comunicação e no desenvolvimento do ensino/aprendizagem. Valendo-se dessa
importante transformação, vê-se a importância da implantação dessas novas
estruturas de conhecimento no trabalho desenvolvido em sala de aula, focando,
assim, nos diversos benefícios advindos destas ferramentas que podem contribuir
de forma significativa para a construção do conhecimento e formação do indivíduo
como cidadão participativo e consciente de sua ação como agente transformador.
É possível observar através de pesquisas bibliográficas e prática educacionais
que se vive em uma era tecnológica, onde a interação educacional é muito presente
através das redes sociais, de objetos digitais que necessitam passar por um
processo de aceitação ainda por parte de muitos educadores neste país.
Infelizmente esta resistência pode acabar interferindo na prática pedagógica dos
docentes.

Muitos fatores ainda precisam serem analisados, como por exemplo o


aparelhamento de instituições escolares que ainda não possuem suporte para
trabalhar muitos recursos, por falta de equipamentos e condições financeiras. Cabe
aos governos federais, estaduais e municipais assegurarem que estas crianças,
adolescentes e jovens do nosso país terão uma educação de qualidade, que
envolva todos os aparatos necessários para seu desenvolvimento tecnológico.

Ou seja, está em todos os meios e todos os setores, portanto, não tem como
negar a existência e benefícios advindos da tecnologia. Dentro da sala de aula é
um dos principais aliados no processo de ensino-aprendizagem, cabe ressaltar a
importância de uma formação de qualidade do profissional que vai trabalhar todas
estas vertentes em sala de aula.

Os cursos de Licenciatura precisam abordar esta temática com mais


relevância, trazendo o maior número de objetos digitais que podem ser levados
para o contexto escolar. A falta de uma formação adequada para os docentes,
implica que este não vai compreender, que seu papel é de fundamental importância
para que os alunos compreendam e saibam usar as tecnologias com
responsabilidade e em função de agregar informações sobre a aquisição de
aprendizagem dos conteúdos das disciplinas escolares.

Vale ressaltar a importância que os profissionais que trabalham em sala de


aula necessitam ter quanto a uma formação de qualidade que vise o engajamento
de seus conteúdos curriculares à realidade de seus alunos, pois quando se fala em
uso de tecnologias, muitas situações envolvem este meio, que muitas vezes vão
além da vontade do professor em querer fazer uso de meios tecnológicos, mas
analisar fatores que podem interferir nessa inserção tecnológica.

Percebe-se que ao analisar esta temática constata-se que embora o uso de


tecnologias seja crescente em diversos meios da sociedade, ainda falta a inserção
de políticas públicas que visem a inserção de tecnologias em salas de aulas, assim
como uma capacitação adequada, para estes profissionais.

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