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DNA MISSIONÁRIO

JUNTA DE MISSÕES MUNDIAIS

Módulo 1
Desenvolvendo a Visão

Ruy Oliveira Jr.

http://universidade-corporativa-jmm.eadbox.com/
Módulo 1

DNA MISSIONÁRIO
Desenvolvendo a Missão

Escrito por

Ruy Oliveira
Bacharel em Teologia
Técnico Químico Industrial
Graduando em Processos Gerenciais
Ruy Oliveira | Pastor, Missionario e Químico industrial. Diretor de Missões de
UBLA. Coordenador de Missões para as Américas e coordenador Global do
DNA Missionário da Junta de Missoes Mundiais. Anteriormente, trabalhou como
coordenador de missões para a África Subsaariana e como coordenador
interino do centro de treinamento da JMM. Com sua familia, vive em São Paulo -
Brasil. É membro da Igjeja Batista na Barra Funda, São Paulo - BR.
ÍNDICE

1. Objetivos de aprendizagem ...............................................04

2. Introdução ..............................................................................05

3. Desenvolvendo a Visão .......................................................08

4. O que é DNA missionário da JMM ....................................12

5. Os Pilares da Obra Missionária........................................ .. 15

6. O que é compartilhar o DNA Missionário da JMM ......... 22

7. Por que compartilhar o DNA Missionário? .....................25


Olá aluno, que bom que você está conosco para juntos
trilharmos juntos essa jornada. Este curso foi preparado
com muito carinho e cuidado para você

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final da nossa caminhada você compreenderá a
perspectiva do DNA Missionário da JMM.

O objetivo desse módulo é despertar a


compreensão do DNA Missionário para você se
tornar um agente formador desta visão que
desperta, capacita e envia outros.

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INTRODUÇÃO - Onde Estamos

A JMM é uma organização que tem centenas de


missionários brasileiros e milhares de missionários da
terra espalhados por dezenas de países em todo o
mundo. Celebramos muitos frutos ao longo destes mais
de 100 anos de história, entre conversões, batismos,
líderes formados, pessoas beneficiadas por projetos,
bíblias e novos testamentos distribuídos e milhares de
igrejas plantadas - em suas diferentes características e
expressões culturais.

Estes frutos foram alcançados através da atuação do


Espírito Santo na mobilização de sua igreja no Brasil, que
compreendendo sua vocação missionária trabalhou
ativamente para o despertamento, capacitação e envio
de missionários transculturais além de nossas fronteiras,
tanto para os lugares próximos quanto para os mais
distantes de nossa nação.

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Fica evidente que não apenas
recebemos um DNA missionário de
nossos missionários precursores, os
quais foram chamados por Deus para
virem ao Brasil, pois os campos estavam
brancos e os trabalhadores eram
poucos - muito poucos! Mas também,
passamos a reproduzir DNA missionário
em nossas igrejas. Este DNA nos
impulsionou a seguir o mesmo caminho
em direção ao nosso próprio campo e
também a outros que necessitavam de
trabalhadores.

Nas décadas de 80 e 90 houve um avivamento


missionário em nossa nação. Isso fez com que fôssemos
considerados “um celeiro” de missionários para o envio
de vocacionados brasileiros que alcançariam o mundo
para Jesus, colaborando diretamente com o objetivo da
Grande Comissão “fazendo discípulos de todas as
nações”. De fato, nas últimas décadas o hemisfério sul
passou a ganhar protagonismo no envio de missionários
além-fronteiras e o Brasil tem importante participação
neste cenário.

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Como vocacionados brasileiros, desejamos
anunciar o evangelho a todas as nações, mas
compreendemos que essa tarefa só será possível
através da formação de discípulos desses povos e
nações que também desenvolvam este DNA
missionário e possam chegar onde ainda não
chegamos ou poderemos chegar, formando novos
discípulos e se propagando até que a mensagem do
evangelho seja anunciada a todos os povos - e então
virá o fim (Mt 24.14).

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DESENVOLVENDO A VISÃO
Por que o exemplo do DNA?

De uma maneira simplificada, o DNA (ácido


desoxirribonucleico) é um composto orgânico onde suas
moléculas têm a função de armazenar e replicar as
informações de funcionamento e características de um
ser vivo. Quando há a replicação destas informações,
novas células passam a carregar uma parte das mesmas
características do DNA original.

08
Como discípulos de Jesus, fomos alcançados por
sua graça e salvos mediante a fé no Cristo
ressurreto (Ef 2.8).
A partir de então, o Espírito Santo passou a habitar em
nós e fomos transformados em nova criatura (Jo
14.23; 2Co 5.17). Agora, geramos frutos que são
características do DNA do Espírito (Gl 5.22-23) e que
fortalecem a comunidade das novas criaturas, a saber
dos novos filhos de Deus. Assim, passamos a ter em
nossa nova natureza as características de Jesus e do
próprio Pai (Jo 17.22-23; 1Co 2.16).

Juntamente com este DNA do Espírito, também fomos


capacitados com o poder de transmitir este DNA para
novos discípulos, através do testemunho de Cristo pela
proclamação do evangelho (At 1.8). Esta capacitação
acontece em função do chamado que recebemos de
Cristo e por causa da nossa vocação que éfazer
discípulos em todas as nações ou etnias (Mt 28.19-20).

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A fim de colocar esta
vocação em prática e
fazê-la cumprir seu
verdadeiro propósito,
se faz necessário o
conhecimento e o
desenvolvimento dos
princípios espirituais
que nos capacitam a
cumprir a grande
comissão.
Consideramos então
que o DNA
missionário contém
estes princípios e que
são compartilhados
de um discípulo para
outro, em forma de
testemunho e ensino.

Paulo nos aponta este caminho ao afirmar para Timóteo


“o que ouviste de mim diante de muitas testemunhas,
transmite a homens fiéis e capacitados a fim de que
possam igualmente discipular outros”
2 Timóteo 2.2).

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Seguindo esta analogia, cada missionário da JMM atua
de maneira a duplicar o DNA missionário seja através de
um processo de discipulado, através da mobilização ou
pela atuação em uma organização missionária já
existente. Consequentemente, a duplicação seguirá
ocorrendo pelos próprios locais e alimentada pelos
resultados colhidos através da mobilização das igrejas
locais e do trabalho de seus vocacionados no campo

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O que é o DNA missionário da JMM?

O Senhor Jesus não apenas nos comissionou para a


Missio Dei, mas também nos ensinou sobre como realizá-
la. Em diferentes momentos com seus discípulos,
demonstrou quais as “estratégias” ou “ações” que
deveriam tomar como base fundamental para que a
mensagem das Boas Novas alcançasse todos os povos.

Seus discípulos reproduziram essas ações. O apóstolo


Paulo exemplifica a prática de compartilhar o DNA de
maneira eficaz, resultando na plantação de novas igrejas,
formação de líderes e a proclamação do evangelho do
reino em lugares próximos e distantes.

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Assim, o DNA Missionário da JMM é o conjunto de ações
que contém os princípios espirituais que impulsionam e
orientam o desenvolvimento de uma vida missional de
todos os discípulos de Jesus.

De uma maneira objetiva e prática, estas ações são


caracterizadas em quatro pilares que sustentam
integralmente as ações missionárias: orar, ofertar,
mobilizar e ir.

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Estes pilares atuam como uma sustentação das ações
missionárias, de modo a proporcionar a eficácia ou o
sucesso da missão, pois cada um desses pilares têm
importância fundamental pois expressam nossa
dependência de Deus e ao mesmo tempo a nossa
disposição para agir em resposta ao chamado
vocacional. Portanto, estes pilares possuem igual
importância e devem estar igualmente presentes no
planejamento e nas ações da obra missionária, tanto
local quanto global.

Os novos discípulos devem ser capacitados e


mobilizados a desenvolverem com igual intensidade e
importância cada um destes pilares, assim também com
os “maduros na fé”, que ainda não tenham desenvolvido
uma vida missional.

Além disso, nossa atuação entre igrejas, instituições


denominacionais e organizações missionárias deve
intencionalmente facilitar o despertamento e o
desenvolvimento destes pilares nos planos, processos e
agenda ministerial de cada uma delas.

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Os Pilares da Obra Missionária

Orar

A oração é a base para qualquer tipo de planejamento e


tomada de ações no cumprimento da Missão. Jesus nos
apresenta a oração como uma atitude de pleno
reconhecimento que Deus é o Senhor da Missão, dos
campos, da colheita e principalmente dos trabalhadores.
Através da oração novos vocacionados são despertados,
os obreiros são fortalecidos e os futuros campos são
preparados para a chegada da mensagem de Cristo.
Orar é expressar dependência e confiança na ação
direta de Deus na vida do missionário e daqueles que
estão sendo alcançados por suas ações. A oração nos
aproxima de Deus e faz com que experimentemos sua
provisão diária diante de desafios, pois manifesta o
poder de Deus nas ações missionárias. Orar sustenta
espiritualmente e fisicamente os obreiros nos campos.
Orar prepara o coração daqueles que ouvirão as boas
novas de Deus.

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A seguir, alguns destaques na bíblia sobre
este pilar:

Orar pelo envio de mais trabalhadores para a


colheita (Lc 10.2).
Orar pelas necessidades confiantes de que somos
atendidos (Lc 11.9-13).
Orar porque há poder na oração feita pelos filhos de
Deus (At 12.1-7; Tg 5.16-17).
Orar pelo sustento da obra e dos obreiros nos
campos (Ef 6.19-20).
Orar pelos que ainda crerão (Jo 17.20).

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Ofertar

Ofertar é materializar a vocação. Através da ação de


ofertar, colocamos à disposição de Deus de uma
maneira prática e concreta nossos dons, talentos e todo
o tipo de recurso que temos disponível e aqueles que
planejamos alcançar. Ofertar vai de encontro à urgência
e necessidade de se levar a mensagem do evangelho
aos que mais necessitam. Leva ao campo missionário a
representatividade de cada discípulo e da igreja,
expressando sua paixão e compreensão quanto ao seu
chamado e vocação em Cristo.
A seguir, alguns destaques na bíblia sobre este pilar:

Ofertar para o sustento da obra e dos obreiros


(Lc 8.1-3).
Ofertar com intencionalidade e planejamento
(1Co 16.1-4).
Ofertar como resposta às necessidades
apresentadas (Fl 4.14-16).
Ofertar com os recursos já disponíveis na igreja
(2Co 8.1-5).
Ofertar o que é precioso (Lc 21.1-4).
Ofertar crendo na multiplicação dos recursos
(Mc 6.30-44).

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Mobilizar

Mobilizar é mover algo ou alguém para uma direção ou


propósito. Também representa a força empregada para
mover um grupo de pessoas para se alcançar um
propósito ou objetivo comum. Mobilizar produz a ideia
de que não estamos e não devemos estar sozinhos na
Missão. Jesus foi um mobilizador. Mobilizou seus
discípulos ao objetivo de seu ministério em anunciar as
boas novas de Deus. Os apóstolos foram mobilizadores.
Paulo mobilizava seus discípulos e os líderes das igrejas
as quais plantou e pastoreava. Cada discípulo é um
mobilizador aonde quer que esteja ou vá. Mobilizar
requer de nós sair da zona de conforto e colocar os pés
na estrada. Mobilizar é investir recursos para o
engajamento de outros discípulos na obra missionária.

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A seguir, alguns destaques na bíblia sobre
este pilar:

Mobilizar pois não podemos realizar a missão


sozinhos (Lc 6.13).
Mobilizar pois todos os recursos estão na igreja:
Espirituais (Ef 6.19-20).
Humanos (At 13.1-3).
Financeiros (1Co 16.1-4; 2Co 8.1-5).
Mobilizar, assim como Jesus o fez, para:
Orar por obreiros (Lc 10.2).
Ofertar como a viúva pobre (Lc 21.1-4).
Prosseguir com o seu ministério (Mt 28.19-20).

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Ir

As boas novas precisam ser ouvidas por aqueles que


nunca as ouviram: “… E como crerão, se não houver
quem pregue? E como pregarão, se não forem
enviados?” (Rm 10.14-15). Ir é ser um agente
proclamador do evangelho. Orar, ofertar e mobilizar são
maneiras de se fazer presente em um campo
missionário. Ao mesmo tempo, estas três ações devem
trabalhar juntas a fim de que os vocacionados aceitem o
desafio de ir. A oração, a oferta e a mobilização
trabalham juntas para que o vocacionado vá. Ir é
atender ao chamado da Grande Comissão. Ir é
materializar o amor de Deus e sua resposta ao
sofrimento humano. Ir é apresentar a imagem de Jesus
Cristo e dar sentido aos seus ensinamentos às pessoas e
comunidades. Ir é ser um agente de transformação,
como um portador das boas novas da salvação.

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A seguir, alguns destaques na bíblia sobre
este pilar:

Ir pois todos somos chamados para fazer discípulos


(Mt 28.19-20).
Ir pois todos somos empoderados para testemunhar
(At 1.8).
Ir em diferentes lugares, ao mais próximo e ao mais
distante (At 1.8).
Ir em direção a diferentes povos (Mt 4.14; Mt 28.19).
Ir pois os vocacionados saem das igrejas (At 13.1-3).
Ir para auxiliar outros obreiros (At 19.22; Fl 2.19-30).

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O que é o Compartilhar o DNA
Missionário da JMM?

É um conjunto de ações desenvolvidas intencionalmente


para compartilhar nossos pilares da obra missionária,
conhecimento e experiências, bem como ferramentas e
estratégias, através do discipulado, mobilização e apoio
para criar ou fortalecer o engajamento na obra
missionária global.

Jesus foi intencional quando compartilhava com seus


discípulos o seu DNA missionário. Por exemplo, quando
chamou Pedro e André, seus primeiros discípulos
conforme Mt 4.18, revelou o propósito do seu chamado:
“Sigam-me e eu os farei pescadores de homens” (4.19).
Quando preparava seus discípulos para enviá-los em
uma missão, conforme Lc 10.1-24, mostrou-lhes os
campos e os orientou a pedir primeiramente ao Senhor
da colheita que enviasse mais trabalhadores (10.2), os
enviou sob sua autoridade (10.3, 19) e os ensinou a
confiar na providência de Deus quanto às suas
necessidades básicas (10.4-7).

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Isso foi o que aconteceu também através do ministério
de Paulo, que possuía a característica de desbravar
novos campos e ao mesmo tempo formar líderes que
pudessem não apenas assumir os projetos locais, mas
também serem enviados em outras missões. Timóteo,
Áquila e Priscila são exemplos deste discipulado de
Paulo, dentre outros.

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Estas ações de compartilhamento ocorrem desde a fase
de despertamento para uma vida missional de um
discípulo ou de uma comunidade, até o envio de
vocacionados a outros povos e localidades.

O Compartilhar o DNA Missionário JMM consiste em


mobilizar, capacitar e apoiar líderes, igrejas, organizações
missionárias e instituições denominacionais para se
engajarem na obra missionária global.

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Por que compartilhar o DNA Missionário?

Compartilhar nosso DNA missionário é um dos


desdobramentos da compreensão de nossa vocação e
definição de nossa missão que é fazer discípulos de
todas as nações (Mt 28.19-20).

A JMM tem como missão fazer discípulos de


Cristo de todos os povos e lugares não alcançados,
através da mobilização das igrejas para conectar
pessoas a Jesus, transformando comunidades e
impactando nações com o evangelho.

A seguir, apresentamos a importância do


compartilhamento do DNA missionário em nossas ações
missionárias:

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1. Todos somos vocacionados

Conforme nosso Pacto de Missiologia, compreendemos


também que todos somos vocacionados. De todos os
povos e nações Deus desperta e chama homens e
mulheres para colocarem sua vocação à disposição de
sua Missão. E em resposta à palavra do próprio Jesus,
que ao subir aos céus após sua ressurreição disse que
ao recebermos o Espírito Santo receberíamos o poder
de ser suas testemunhas desde Jerusalém até os confins
da terra, compreendemos também que cada novo
discípulo é capacitado para levar a mensagem a
diferentes regiões geográficas. Em outras palavras:
“todos enviam para todos”.

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2. O campo é um celeiro

Cada campo missionário é um potencial celeiro de


missionários, seja para o amplo alcance de seu próprio
povo ou local, seja para ser o ponto de partida para a
respectiva Judéia, Samaria e até os lugares mais
distantes.

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3. Aumentando o alcance da Mensagem

Quando compartilhamos o DNA missionário desde o


início de um processo de discipulado, de ensino ou de
colaboração com outros missionários, aumentamos o
alcance da mensagem.

Jesus nos ensinou sobre como o evangelho tem seu


alcance potencializado quando compartilhamos o DNA
missionário com os novos discípulos, desde sua primeira
experiência com Deus.

Quando o homem endemoniado de Gadara se


encontrou com Jesus e foi liberto, quis segui-lo em sua
jornada. Jesus não hesitou em enviá-lo para dar
testemunho a seus parentes. Este homem não apenas o
fez, como também compartilhou sua experiência com
Cristo nas Dez Cidades. Jesus intencionalmente estava
compartilhando o DNA missionário ao enviar seu mais
novo discípulo para evangelizar com seu próprio
testemunho - para falar à sua própria comunidade.

Um novo discípulo é um novo missionário. Investir na


vida de um vocacionado local facilita a propagação da
mensagem na mesma cultura ou semelhante.

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4. Está implícito no processo de discipulado

Jesus, ao chamar seus primeiros discípulos, foi claro:


“Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens” (Mc
4.18-19).

Durante todo o seu processo de discipulado Jesus


sempre apresentou a necessidade de se levar as boas
novas entre os judeus, mas também a outros povos.

O apóstolo Paulo também nos ensina o


compartilhamento do DNA missionário em seu processo
de discipulado e formação de novos líderes com o DNA
missionário. Timóteo, Áquila e Priscila, entre outros,
foram líderes discipulados por Paulo e que se engajaram
no projeto missionário em plantar novas igrejas e
também em fortalecê-las.

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5. Levanta cooperadores para alcançar os
objetivos missionários

Paulo sempre estava acompanhado de outros obreiros


sendo liderado ou sendo o líder, de diferentes níveis
teológicos e/ou de liderança:

Na primeira viagem missionária, estavam Barnabé e


João Marcos (At 13.2-5).
Na segunda, estavam Silas e Timóteo (At 15.40; 16.3).
Outros líderes o acompanharam, como Sópatro, filho
de Pirro, de Beréia; Aristarco e Secundo, de
Tessalônica; Gaio, de Derbe; e Timóteo, além de
Tíquico e Trófimo, da província da Ásia. Sem nos
esquecermos de Lucas (At 20.4).

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O apóstolo Paulo era grande formador de obreiros. Três
de suas treze cartas consistem em instruções e
conselhos aos obreiros Timóteo e Tito, seus filhos na fé.
Em sua primeira carta a Timóteo, Paulo o orienta
claramente como liderar e pastorear a jovem
comunidade cristã de Éfeso (1Tm 1.4; 4.6; 5).

Também se destaca o casal Áquila e Priscila, o qual


acompanhou Paulo em Corinto, Éfeso e Roma (At 18).
Seu ministério se desenvolvia como um ministério de
mobilização e mentoria de seus discípulos missionários.

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6. Permite ao missionário estrangeiro uma
atuação de maior amplitude geográfica

Paulo investia boa parte de seu ministério na formação


de obreiros que pudessem assumir as igrejas
estabelecidas, assim como mobilizá-las em favor do
fortalecimento mútuo e da propagação do evangelho.

Paulo esteve com muitos de seus discípulos (Sópatro,


Aristarco, Secundo, Gaio, Timóteo, Tíquico, Trófemo e
outros) em suas viagens, cada um deles de uma origem,
cidade ou região diferente (Beréia, Tessalônica, Derbe,
Listra e Ásia). Ao longo de 15 anos, em suas 3 viagens,
Paulo trabalhou na Galácia, na Ásia, na Macedônia e na
Grécia e ao final deste tempo estava certo que os líderes
e a igreja seriam capazes de manter o trabalho.

O aumento desta amplitude colabora diretamente para


potencializar a propagação da mensagem do evangelho
em diferentes lugares e contextos, contribuindo para o
alcance de povos e lugares não alcançados

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7. Estimula e desenvolve o protagonismo local

Quem melhor que um discípulo de Cristo


que conhece seu próprio povo, história e
cultura, para proclamar a mensagem do evangelho aos
seus conterrâneos e a possíveis povos próximos? Jesus
nos traz alguns exemplos importantes dentro deste
tema.

Com a prerrogativa de que o início de seu ministério era


entre os judeus, Jesus chama inicialmente doze
discípulos judeus. Todos com diferentes personalidades,
alguns com diferentes profissões e de diferentes
famílias, porém todos judeus (Mc 3.13-19). Mais adiante
comissiona a outros 72 discípulos para levarem as Boas
Novas (Lc 10.1).

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Jesus também já nos ensinava que sua mensagem chegaria
primeiramente aos judeus, mas que alcançaria diferentes
povos e nações quando salvou homem gadareno (ou
gesareno) e o enviou para testemunhar entre os seus
parentes (Mc 5.18-20).

Aquela região era considerada uma região de gentios e


em sua passagem por ali, teve a oportunidade de
realizar apenas um milagre na vida de uma pessoa.
Mesmo sem um processo de discipulado, aquele
homem foi enviado a testemunhar e seu testemunho fez
com que as pessoas ficassem “admiradas” com o que
Jesus havia feito.

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8. Ajuda no desenvolvimento de futuros
parceiros estratégicos da obra missionária.

Paulo tinha o compartilhamento do DNA missionário no


escopo de seus objetivos e estratégias.


Ele proclamou o evangelho onde não havia sido
anunciado até então.

Discipulou líderes que vieram depois a assumir a


liderança local.

Ele seguiu mentoreando seus discípulos e animando


as igrejas então estabelecidas por onde passou.

As comunidades foram crescendo e passaram a ser


colaboradoras frente às necessidades de outras igrejas,
participando ativamente das ações de Paulo, se
tornando “parceiras" estratégicas quanto a recursos
espirituais (orações), humanos (no envio de seus
líderes) e também financeiro. É o caso das igrejas da
Macedônia e Acaia, de Continto e Filipos (2Co 8.1-5; 1Co
16.15-17; Fl 4.14-16).

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Chegamos ao final do nosso material.

No próximo ebook vamos continuar falando sobre os


pilares do DNA. Daremos orientação de como construir
um plano de ação para vivenciar os 4 pilares em seu
campo de atuação missional (relações pessoais, igreja,
trabalho/ministério);

Até a próxima aula!

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Produção desse Ebook

Este material faz parte do curso de DNA


Missionário produzido pela Universidade
Corporativa da Junta de Missões Mundiais.

Crédito de Imagens: Canva


Autor: Ruy Oliveira Jr
Organizado por: Universidade Corporativa
da Junta de Missões Mundiais

Todos os direitos reservados a Junta de Missões Mundiais

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