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13/02/2022 18:36 A Menina dos Olhos de Deus: Guarda-me Como a Menina dos Teus Olhos

O Que é Ser Guardado Como a


Menina dos Olhos de Deus?
Daniel Conegero

A expressão “menina dos olhos de Deus” é baseada em alguns versículos bíblicos que fazem
referência à proteção especial do Senhor. Quando dizemos: “Guarda-me Senhor como a menina dos
olhos”, estamos pedindo que Deus nos proteja como algo extremamente sensível.

É fácil de entender isso quando conhecemos o significado da palavra original traduzida pela
expressão “menina dos olhos”. Nessa expressão a palavra “menina” traduz o termo
hebraico ‘iyshown que indica a pupila do olho. Então a expressão “menina dos olhos de Deus”
significa literalmente “pupila dos olhos de Deus”.

O povo santo é a menina dos olhos de Deus


Na Bíblia alguns versículos trazem a ideia de que o crente é a menina dos olhos de Deus. No cântico
de Moisés no livro de Deuteronômio, lemos sobre como Deus cuidava e protegia Israel como a
menina dos olhos: “Porque a porção do Senhor é o seu povo; Jacó é a parte da sua herança. Achou-o
numa terra deserta e num ermo solitário povoado de uivos; rodeou-o e cuidou dele, guardou-o como a
menina dos olhos” (Deuteronômio 32:9,10).

Na profecia do profeta Zacarias também lemos sobre a restauração do povo de Deus que havia sido
dispersado nos tempos de cativeiro, e nesse sentido o texto bíblico enfatiza o cuidado do Senhor
para com aqueles que são seus: “Pois assim diz o Senhor dos Exércitos: Para obter ele a glória,
enviou-me às nações que vos despojaram; porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu
olho” (Salmo 2:8).

Aqui é importante entender que quando o texto bíblico fala sobre “a menina dos olhos de Deus” o
que ocorre é o uso de um recurso de linguagem chamado de antropomorfismo. Isso significa que o
texto bíblico emprega características físicas a Deus para descrever alguma qualidade divina.

Por isso a Bíblia fala sobre as mãos de Deus, a boca de Deus, os ouvidos de Deus, os pés de Deus,
os olhos de Deus, as asas de Deus etc. Porém, sabemos que Deus é espírito e, portanto, ele não

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possui esses atributos físicos (João 4:19-24). Isso quer dizer que a forma de existência de Deus é
infinitamente superior e mais excelente do que podemos imaginar.

Deus é transcendente; Ele é totalmente outro. O ser de Deus é exclusivo seu, mas para que
pudéssemos entendê-lo de forma adequada, Ele se comunicou conosco em sua Palavra em termos
humanos que podemos compreender. Por isso o Deus transcendente é também imanente. Ele é
incalculavelmente superior ao mundo criado, mas mesmo assim Ele é tão pessoal a ponto de se
relacionar conosco e manifestar a nós sua proteção como se fossemos a menina dos seus olhos.

Guarda-me Senhor como a menina dos olhos


No livro de Salmo lemos a oração do rei Davi: “Guarda-me como à menina dos teus olhos; esconde-
me à sombra das tuas asas” (Salmo 17:8). Nessa oração Davi estava pedindo pela proteção de Deus.

Primeiro ele pediu que Deus o protegesse como a menina dos olhos. A pupila dos olhos sem dúvida
é uma das partes mais sensíveis do corpo humano. Qualquer cisco ou poeira pode irritá-la; qualquer
golpe, por menor que seja, pode feri-la. Tocar na pupila dos olhos é algo que causa um enorme
desconforto.

Davi sabia muito bem disso quando orou pedindo: “Guarda-me Senhor como a menina dos olhos”.
Ele tinha em mente as promessas de Deus de que Ele mesmo protegeria o seu povo escolhido como
se fosse a menina dos olhos (Deuteronômio 32:10). Então em outras palavras, Davi desejava que o
Senhor o protegesse da mesma forma como nós instintivamente protegemos nossos olhos de
qualquer agressão.

Em seguida o rei Davi pediu que Deus o escondesse à sombra das tuas asas. Essa é outra imagem
que expressa a ideia de proteção. Davi queria estar escondido como os filhotes de uma ave mãe
ficam protegidos debaixo de suas asas. Mais do que isso, Davi pede que o Senhor o refugie em sua
presença, no lugar mais intimo da manifestação de sua glória.

Hoje podemos repetir esses mesmos pedidos. Sem dúvida o cristão pode orar com
confiança: “Guarda-me Senhor como a menina dos teus olhos”. A certeza de que Deus ouvirá sua

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oração está na obra de Cristo. O Senhor Jesus Cristo não somente é Aquele que nos redimiu de
nossos pecados, mas também intercede por nós na sala do trono de Deus. Pelos méritos de Cristo
podemos entrar no Santuário Celestial e desfrutar da verdadeira comunhão com Deus. Sim, o
redimido pode desfrutar livremente dos privilégios de ser como a menina dos olhos de Deus.

Sem dúvida saber que somos como a menina dos olhos de Deus é algo extremamente
reconfortante. É algo que nos dá esperança a respeito do futuro, e confiança a respeito do presente.
Podemos viver nossas vidas sabendo que, independentemente das circunstâncias, por maior que
sejam as adversidades, os olhos do Senhor estão sobre nós; e esse cuidado é tão íntimo e pessoal
que sua presença protetora nos acolhe e nos protege como uma pessoa protege a pupila de seus
olhos.

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13/02/2022 18:37 Como Foi a Morte de Jesus? Como Jesus Morreu?

Como Foi a Morte de Jesus?


Daniel Conegero

A morte de Jesus se deu por crucificação, e foi terrivelmente dolorosa e agoniante. Os quatro
Evangelhos do Novo Testamento registram com muitos detalhes os eventos que estiveram
relacionados a esse momento. Porém, de forma muito clara, o testemunho bíblico destaca que a
morte de Jesus Cristo envolveu muito mais do que apenas sofrimentos físicos.

Apesar de existirem outras opiniões, é amplamente aceito pelos estudiosos que a morte de Jesus
ocorreu numa sexta-feira da semana de Páscoa. Isso provavelmente aconteceu após três anos do
início de seu ministério público. Então Jesus morreu com cerca de trinta e três anos.

Determinar o ano exato da morte de Jesus não é uma tarefa fácil, porque é sabido que há um erro
de cálculo no calendário que usamos atualmente. Esse erro implica numa diferença entre quatro e
seis anos. Isso significa que provavelmente Jesus nasceu entre 6 e 4 a.C., e, portanto, morreu entre
27 e 29 d.C.

Os acontecimentos antes da morte de Jesus


Antes de morrer na cruz, Jesus foi submetido a uma longa tortura. Primeiro, Ele foi preso na quinta-
feira, quando foi traído por um de seus discípulos enquanto orava no Getsêmani. Depois, Jesus foi
conduzido ao Sinédrio, que era um tipo de suprema corte judaica reunida em Jerusalém.

No Sinédrio, Jesus foi acusado de blasfêmia, e condenado através de falso testemunho. Mas o
Sinédrio não tinha autonomia para condenar alguém à morte. Apenas o governo romano da
província é que tinha essa autoridade. Então o Sinédrio formalizou a acusação contra Jesus e o
entregou ao governador romano da Judeia, que naquele tempo era Pôncio Pilatos.

Provavelmente temendo um desdobramento político indesejado, Pilatos mostrou certa resistência


em autorizar a morte de Jesus. Ele até enviou Jesus para o tetrarca da Galileia Herodes Antipas, mas
novamente Jesus foi devolvido a Pilatos e ele teve de atender ao pedido dos judeus pela morte de
Jesus.

Com a pena capital estabelecida, Jesus foi cruelmente açoitado. O instrumento usado era um açoite
feito de madeira e couro que trazia em suas pontas ossos afiados, ganchos e peças de metal. As
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13/02/2022 18:37 Como Foi a Morte de Jesus? Como Jesus Morreu?

ponteiras desse tipo de açoite cravavam no corpo da vítima e arrancavam pedaços de carne,
causando lesões tão profundas que comprometiam até mesmo os órgãos internos.

Além da tortura física, Jesus também sofreu tortura psicológica. Ele foi moralmente afrontado de
diversas formas. A Bíblia diz que os soldados romanos não perderam a oportunidade de zombar de
Jesus que foi identificado como o rei dos judeus.

Os soldados vestiram Jesus de modo a simular vestes reais, e colocaram sobre sua cabeça
uma coroa de espinhos que certamente causou um intenso sangramento. Alguns estudiosos
acreditam que o tipo de planta usada para confeccionar a coroa, possuía espinhos tão fortes e
afiados que eram capazes de atingir os nervos da cabeça, resultado em dores muito agudas. Não
satisfeitos, os soldados ainda cuspiram em Jesus e o espancaram na cabeça com um caniço.

A cruz como instrumento da morte de Jesus


Depois da seção de tortura, Jesus foi levado para sua morte. Naquele tempo a pena de morte devia
ser aplicada fora dos limites da cidade. E de acordo com os textos bíblicos, Jesus precisou carregar
seu próprio instrumento de execução. Geralmente os condenados à morte por crucificação
carregavam apenas a trave horizontal da cruz, que era uma viga de madeira que pesava cerca de
vinte quilos.

Mas parece que em alguns casos os condenados chegavam a arrastar a cruz completa que pesava
cerca de oitenta quilos. Não é possível saber qual foi o caso de Jesus, mas sabemos que devido à
flagelação que sofreu, Jesus não conseguiu carregar a cruz por todo o caminho e foi ajudado
por Simão Cireneu.

Chegando ao local de sua morte, Jesus teve suas mãos e pés fixados na cruz com pregos de metal
que tinham quase treze centímetros de comprimento. Isso causava grande sangramento e dor
muito forte na vítima, que logo em seguida era erguida na cruz. Pilatos ainda mandou colocar na
cruz de Jesus uma placa que o identificava publicamente como o rei dos judeus.

A morte na cruz era a mais humilhante e dolorosa que alguém podiam enfrentar naquele tempo.
Provavelmente esse método de execução surgiu entre os persas, mas acabou sendo adotado pelos
romanos. Inclusive, um cidadão romano jamais podia ser condenado à morte por crucificação. Na
verdade, apenas os escravos e os piores criminosos é que eram condenados à morte de cruz.

Na cruz, o condenado ficava despido e exposto publicamente. Ele sofria de câimbras muito fortes,
dor de cabeça intensa e muita sede, enquanto perdia sangue através dos ferimentos nas mãos, nos
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pés e no restante do corpo. Os estudiosos dizem que dependendo do local da execução, aves de
rapina podiam começar a arrancar partes do corpo da vítima ainda vida.

A morte por crucificação era lenta e podia durar horas e até dias, e geralmente ocorria por asfixia,
hemorragia ou ataque cardíaco devido à exaustão. Inclusive, em alguns casos os condenados
tinham suas pernas quebradas para acelerar o processo de morte — isso aconteceu com os dois
ladrões que foram crucificados com Jesus.

O momento da morte de Jesus


O Senhor Jesus foi levado à morte ao lado de dois criminosos. Ofereceram a Jesus uma mistura de
vinho e mirra, que foi recusada por Ele. Quando já estava crucificado, os soldados também
ofereceram a Jesus vinagre numa esponja. Jesus levou cerca de seis horas para morrer, das nove
horas da manhã até às três horas da tarde.

A morte de Jesus foi acompanhada por algumas pessoas próximas a Ele, como sua mãe e outras
mulheres que participaram de seu ministério. Dentre os discípulos, parece que o apóstolo João foi o
único que esteve perto de Jesus durante sua morte. Mas enquanto algumas pessoas sofriam por ver
Jesus morrer, outras continuavam proferindo insultos contra Ele.

Enquanto Jesus estava na cruz, Ele falou pelo menos sete frases que apontavam para sua plena
humanidade, sua plena divindade, e para o propósito de sua obra redentora. E durante a
crucificação, alguns fenômenos extraordinários aconteceram, como as densas trevas que duraram
cerca de três horas, um grande tremor de terra, e a partição do véu do templo de alto a baixo.

Fisiologicamente, não é possível determinar se Jesus morreu por asfixia, ataque cardíaco ou choque
hemorrágico. Mas o que sabemos é que isso aconteceu logo após Ele entregar seu espírito nas
mãos do Pai (Lucas 23:46). Além disso, algumas pessoas que acompanharam a crucificação
conseguiram entender que Jesus Cristo era mesmo o Filho de Deus (Mateus 27:54).

Para verificar a morte de Jesus, um soldado cravou uma lança em um dos lados de seu corpo,
fazendo sair do ferimento sangue e água. Como nenhum corpo devia estar na cruz durante o
sábado, o corpo de Jesus foi retirado dali na própria sexta-feira para ser sepultado.

Os corpos dos criminosos que morriam crucificados, muitas vezes eram jogados em valas ou
deixados no próprio local da morte para serem comidos por animais. Porém, diferentemente de
outros condenados, Jesus teve seu corpo preservado e sepultado num túmulo novo, de onde se
levantou ressuscitado ao terceiro dia.
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O significado da morte de Jesus


Sem dúvida a morte de Jesus foi terrível. Sua dor e agonia são difíceis de imaginar. Mas antes dele e
depois dele, outras pessoas também foram crucificadas. Inclusive, quando Jerusalém caiu diante dos
romanos décadas depois da morte de Jesus, muitos judeus acabaram sendo crucificados.

Isso indica que o sofrimento de Jesus significou muito mais do que simplesmente o tormento físico.
Em sua morte, Ele suportou algo que homem algum jamais poderia suportar. A morte de Jesus
revelou o furor da ira de Deus. A dor mais excruciante que Jesus teve de enfrentar durante sua
morte, foi a dor da separação e do abandono.

Fazendo-se maldito, Ele trocou um trono de glória por uma cruz de madeira. E ao receber sobre si
todo o nosso pecado, ali na cruz Ele foi abandonado pelo Pai; ali Ele experimentou o terror do
inferno em lugar da comunhão celeste. A pior dor que alguém pode sofrer é a dor de ser
abandonado por Deus, e na cruz Jesus experimentou essa dor em toda sua intensidade.

No entanto, ao mesmo tempo em que a morte de Jesus revelou a manifestação do juízo de Deus
contra o pecado, sua morte também revelou a extraordinária manifestação da graça de Deus e a
profundidade do amor divino. É incrível saber que a morte de Jesus não aconteceu para que Deus
pudesse nos amar. Ao contrário disso, a morte de Jesus aconteceu porque Deus, pelo beneplácito
de sua vontade, decidiu nos amar ainda antes que o mundo existisse.

É por isso que a morte de Jesus não foi apenas um incidente que aconteceu a quase dois mil anos,
mas foi o cumprimento de um decreto estabelecido na eternidade. Portanto, a morte de Jesus foi a
manifestação em nosso tempo do Cordeiro imaculado que foi conhecido antes da fundação do
mundo. E a boa notícia é que o seu precioso sangue foi derramado por amor de nós (cf. 1 Pedro
1:19,20).

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13/02/2022 18:45 Deus Abandonou Jesus na Cruz?

Deus Abandonou Jesus na Cruz?


Daniel Conegero

Muitas pessoas não entendem como Deus abandonou Jesus na cruz. A Bíblia registra que no
momento da crucificação, o próprio Jesus afirmou que se sentia abandonado pelo Pai ao
exclamar: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Marcos 15:34). Mas como podemos
entender essas palavras de Jesus? Será que esse abandono foi mesmo real?

A primeira coisa que precisamos considerar é que esse episódio que mostra que Deus abandonou
Jesus na cruz tem por base uma passagem do Antigo Testamento. Na verdade, ao pronunciar essas
palavras Jesus estava citando o Salmo 22. A declaração: “Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?” consiste nas palavras introdutórias desse salmo.

A palavra “desamparaste” traduz a palavra hebraica ìazab, que significa “desamparar” ou “deixar”.


Mas na cruz, provavelmente Jesus pronunciou essa frase em aramaico, e quando Marcos traduziu
essa declaração para o grego, ele empregou a palavra egkataleípo, que significa “desertar”,
“abandonar”, “deixar para trás”, ou “desamparar.

No tempo de Jesus, a Escritura ainda não tinha sido organizada em capítulos e versículos. Então
quando alguém queria se referir a algum texto sagrado, a pessoa citava as palavras iniciais desse
texto. É particularmente importante saber disso para entender que ao pronunciar essa frase, Jesus
estava apontando para o cumprimento do Salmo 22, e não apenas para sua frase inicial.

O abandono do Messias e o cumprimento da Escritura


O Salmo 22 é um salmo messiânico mencionado em várias passagens do Novo Testamento. Esse
salmo traz, de forma profética, várias cenas da obra da redenção. E quando analisamos esse salmo
atentamente, percebemos que ele explica de maneira clara o significado de Deus ter
abandonado Jesus na cruz. Inclusive, com base nesse salmo entendemos que o abandono do
Messias não foi poético ou figurado, mas foi real.

A angústia do salmista registrada nesse salmo prefigurava a angustia final do Messias. O grito
desesperado de abandono no verso 1 é seguido por uma reflexão no verso 2 em que o salmista
aprofunda o seu sentimento de desamparo dizendo que Deus não responde o seu pedido de

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13/02/2022 18:45 Deus Abandonou Jesus na Cruz?

socorro. Mas no verso 3, o salmista declara que Deus é santo, que Ele está entronizado nos louvores
de Israel, e que jamais Ele deixou desamparado o seu povo.

Mas diante dessa realidade surge a pergunta: Por que Deus o tinha desamparado então? O salmista
responde essa questão no verso 6 do mesmo salmo ao dizer: “Mas eu sou verme e não homem;
opróbrio dos homens e desprezado do povo”.

Isso quer dizer que o abandono descrito nesse salmo não era devido a uma falha em Deus, mas era
motivado pelo estado singular em que o aflito se encontrava. Nesse ponto, podemos então olhar
para o Novo Testamento e enxergar como todo esse cenário se cumpriu em Cristo quando Ele foi
moído na cruz por causa dos nossos pecados.

Ao se sentir abandonado por Deus, Jesus Cristo estava cumprindo as Escrituras e executando o
plano da redenção concebido ainda na eternidade, antes de o mundo ter sido criado. Então no
momento oportuno, conforme o decreto divino, o Filho de Deus, absolutamente puro e perfeito,
tomou sobre si todo o pecado do seu povo.

Jesus foi abandonado para que pudéssemos ter


comunhão com Deus
O apóstolo Paulo explica que Cristo se fez maldição por nós (Gálatas 3:13). Isso quer dizer que
Cristo, Aquele que jamais conheceu o pecado, se fez pecado por nós para que n’Ele fôssemos feitos
justiça de Deus (2 Coríntios 5:21).

Essa é a essência da expiação. O Deus encarnado ocupou o lugar do pecador diante do juízo divino.
Mas a Bíblia diz de forma muito clara que o pecado causa a separação de Deus. Então ao tomar
sobre si o nosso pecado, Cristo experimentou a separação do Pai em seu sentido mais real possível.
Por isso, na cruz Cristo experimentou o próprio inferno; Ele tomou até a última gota do cálice da ira
de Deus.

Mas o abandono de Cristo não foi definitivo! Tão logo ao consumar sua obra, Jesus Cristo entregou
seu espírito ao Pai (Lucas 23:46). Depois, ao terceiro dia, Ele foi ressuscitado dos mortos e tão logo

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13/02/2022 18:45 Deus Abandonou Jesus na Cruz?

foi exaltado à destra de Deus na glória celestial (Efésios 1:19-23).

Então sim, Cristo foi absolutamente sincero quando declarou ter sido abandonado pelo Pai. Negar
esse princípio é o mesmo que esvaziar o Evangelho. Dizer que Jesus não experimentou essa
separação é o mesmo que dizer que Ele não tomou sobre si o nosso pecado e, consequentemente,
não salvou ninguém, já que então não houve nenhuma expiação, nenhum sacrifício vicário.

Mas a boa notícia é que o abandono de Jesus foi real, para que hoje também pudéssemos ter uma
comunhão real com Deus. Portanto, quando falamos que Deus abandonou Jesus na cruz, essa
verdade deve ser tomada adequadamente à luz da doutrina bíblica da expiação que revela a forma
como o Deus triúno planejou, executou e aplicou a obra da redenção na vida do seu povo.

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13/02/2022 18:45 É Melhor Dar do Que Receber: O Que Esse Versículo Significa?

O Que Significa “É Melhor Dar do


Que Receber”?
Daniel Conegero

O versículo que ensina que é melhor dar do que receber significa que agir com generosidade é uma
grande bênção. O cristão que é generoso obedece ao mandamento do Senhor Jesus e experimenta
uma fonte de felicidade.

Na Bíblia, foi o apóstolo Paulo quem relembrou esse ensino de Jesus. Ao se despedir dos
presbíteros da igreja de Éfeso, Paulo recomendou: “Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando
assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-
aventurado é dar que receber” (Atos 20:35).

Curiosamente esse ensino do Senhor Jesus não está registrado em nenhum dos Evangelhos que
relatam os fatos e os discursos de seu ministério terreno. Portanto, esse versículo traz uma rara
citação direta de Jesus durante seu ministério terreno fora dos Evangelhos.

Jesus realmente disse que é melhor dar do que


receber?
Alguns críticos, inclusive, chegam a questionar se Jesus realmente disse que é melhor dar do que
receber, já que há provérbios em outras culturas que trazem afirmações semelhantes.

Mas sem dúvida o fato de esse dito de Jesus não ter sido registrado nos Evangelhos, não significa
que ele não seja um ensino genuíno do nosso Senhor. Provavelmente esse ensino fazia parte da
tradição oral que foi preservada e repassada por aqueles que conviveram com Jesus durante seu
ministério.

Então ao ser relembrado por Paulo e registrado por Lucas no livro de Atos dos Apóstolos, esse
ensino deve mesmo ser recebido como um ensino genuíno de Jesus aos seus seguidores. Além do
mais, os Evangelhos registram outros ensinos de Jesus que se harmonizam perfeitamente ao
princípio de é melhor dar do que receber.

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13/02/2022 18:45 É Melhor Dar do Que Receber: O Que Esse Versículo Significa?

Por exemplo: em certa ocasião Jesus ensinou como seus seguidores devem auxiliar os necessitados,
não com o intuito de serem reconhecido pelos homens, mas com o simples objetivo de honrar a
Deus demonstrando misericórdia aos que necessitam (Mateus 6:2-4).

Em outra ocasião, Jesus também ensinou que devemos ser generosos não apenas com quem
conhecemos, mas também com desconhecidos e pessoas que jamais poderão nos retribuir (Lucas
14:13,14). Mais do que isso, através da Parábola do Bom Samaritano Jesus ainda ensinou que
basicamente a generosidade deve ser estendida seja a quem for, até mesmo a alguém que,
supostamente, seja um desafeto nosso (Lucas 10:25-37).

Por fim, a própria pessoa do Senhor Jesus Cristo é o maior exemplo de generosidade. A Bíblia diz
que Jesus fez-se pobre para nos tornar ricos (2 Coríntios 8:9). Ele esvaziou-se de algumas de suas
prerrogativas como Deus para tornar-se servo e ser encontrado na forma de homem (Filipenses 2:6-
8).

É melhor dar
O ensino de Jesus começa afirmando o caráter abençoador da generosidade: “Mais bem-aventurado
é dar que receber” (Atos 20:35). Esse versículo também pode ser traduzido por: “Melhor coisa é dar
do que receber”; ou: “Há maior felicidade em dar do que em receber”; e ainda: “É mais abençoado dar
do que receber”.

Obviamente todas essas traduções enfatizam de forma clara que o ensino de Jesus exalta a virtude
da generosidade ao mesmo tempo em que reprova o egoísmo. O egoísta é aquela pessoa que não
vê proveito em compartilhar o que tem. Mas o exato oposto de ser egoísta é ser altruísta,
abnegado, generoso; é considerar as necessidades dos outros superiores às suas próprias
necessidades.

É justamente esse tipo de atitude humilde que os crentes são convidados a demonstrar. Ao fazerem
isso, eles se mostram imitadores de Cristo (Filipenses 2:5). Nesse sentido, é melhor dar do que
receber, pois ao exercitar a generosidade, os crentes experimentam o mesmo sentimento que houve
em Cristo, e repetem seu exemplo de humildade.

À luz do contexto em que Paulo relembra o ensino de Jesus de que melhor coisa é dar do que
receber, fica claro que ele próprio havia posto em prática esse mandamento. Ele havia trabalhado
arduamente em seu ministério, não por ganância, mas para suprir os necessitados tanto
materialmente quanto espiritualmente (Atos 20:33-35).

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13/02/2022 18:45 É Melhor Dar do Que Receber: O Que Esse Versículo Significa?

Do que receber
Mas aqui é preciso entender que o princípio de que é melhor dar do que receber não significa que
aqueles que dão são mais abençoados do que aqueles que recebem. Alguns comentaristas sugerem
a lógica de que se uma pessoa é capaz de doar é porque ela é mais abençoada do que aquela
pessoa que está necessitada da doação.

Mas esse não parece ser o sentido principal das palavras de Jesus relembradas pelo apóstolo Paulo.
O que Jesus nos ensina com essas palavras é que a grande bênção não consiste na oportunidade de
acumular nossos bens cada vez mais, mas na oportunidade de compartilhar o que temos com os
outros. Aqui, a Parábola do Rico Insensato fornece um bom comentário sobre isso. Nela, Jesus
reprovou a atitude egoísta daquele que só pensa em si mesmo e busca ajuntar mais e mais tesouros
para sua própria satisfação (Lucas 12:16-21).

Então quando alguém compartilha o que tem com aquele que necessita, tanto o doador quanto o
receptor são verdadeiramente abençoados. O doador é abençoado ao cumprir a vontade de Deus; é
abençoado ao se parecer cada vez mais com Cristo em suas atitudes; é abençoado ao servir de
instrumento para que a misericórdia e a provisão do Senhor alcance os necessitados. Isso porque
muitas vezes Deus cumpre os seus propósitos através de nós, em não somente apesar de nós.

Por outro lado, o receptor também é abençoado através do donativo, do auxílio e do socorro que
recebe das mãos daquele que dá com generosidade. Assim, Deus é glorificado tanto na vida
daquele que dá como na vida daquele que recebe.

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13/02/2022 18:38 Enchei-vos do Espírito! O Que Isso Significa?

O Que Significa “Enchei-vos do


Espírito”?
Daniel Conegero

A ordem: “enchei-vos do Espírito” significa que o cristão deve viver sob controle do Espírito Santo;
ele deve ser caracterizado pela plenitude do Espírito a fim de que possa experimentar a alegria
indivisível e gloriosa que provém do Senhor.

Mas o primeiro passo para entender o significado dessa ordem, é perceber que ela faz parte de um
contraste: “Não vos embriagueis com vinho, em que há contenta, mas enchei-vos do Espírito” (Efésios
5:18).

Esse contraste nos mostra pelo menos dois pontos importantes. Primeiro, a Bíblia não deixa
qualquer dúvida de que a embriaguez é pecado. Então por implicação, podemos entender que ao
escrever esse versículo, o apóstolo Paulo está afirmando que é incompatível uma vida marcada pela
prática do pecado e uma vida marcada pela plenitude do Espírito. É necessário que haja uma
ruptura; é necessário dizer não ao pecado e dizer sim ao Espírito de Deus; é necessário quebrar o
controle daquilo que nos domina; é necessário se despir do velho homem e se vestir do novo
homem (Efésios 4:22-24).

Segundo, uma pessoa embriagada tem todas as suas ações, atitudes, decisões e emoções
influenciados pelo álcool. A pessoa perde o controle, perde a razão. Mas de forma inversa, através
do contraste, ao dizer: “enchei-vos do Espírito”, Paulo indica que o crente que experimenta a
plenitude do Espírito também deve ter todas as suas ações, atitudes, decisões e sentimentos
controlados pelo Espírito.

E nesse ponto o contraste fica ainda mais agudo. Isso porque Paulo diz que na embriaguez há
contenda. A palavra grega traduzida por “contenda” ou “dissolução” inclui a ideia de “descontrole” e
“desperdício”. A pessoa embriagada perde o controle de sua vida para os efeitos do álcool em seu
corpo, ocorrendo um desperdício de palavras, atitudes, comportamentos, sentimentos, escolhas etc.
Muitas vezes a pessoa embriagada depois nem se lembra do que fez.

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13/02/2022 18:38 Enchei-vos do Espírito! O Que Isso Significa?

Por outro lado, a pessoa que vive a plenitude do Espírito passa a ser controlada por Deus.
Diferentemente do descontrole e do desperdício da embriaguez, ela experimenta um maravilhoso
domínio próprio. Quanto mais plenitude do Espírito mais autocontrole, mais razão, mais distância
daquilo que desagrada a Deus.

As implicações da ordem: “enchei-vos do Espírito”


Quando lemos a frase: “enchei-vos do Espírito”, podemos perceber que estamos diante de uma
ordem, não de uma opção. A frase está no modo imperativo. Não há outra alternativa ao crente a
não ser assumir a responsabilidade de encher-se do Espírito.

Outra coisa interessante é que na frase original o tempo verbal é o presente do imperativo. Isso
quer dizer que o “enchei-vos do Espírito” não é uma experiência isolada na vida cristã, algo que
acontece de uma vez por todas, mas é uma experiência contínua. O enchimento do Espírito Santo
na vida do crente deve ser algo constante e ininterrupto. É verdade que os crentes foram selados
com o Espírito Santo de uma vez por todas. Mas agora, dia após dia, eles devem experimentar o
poder desse mesmo Espírito permeando e controlando todas as áreas de suas vidas.

Também é importante enfatizar que o Espírito Santo é tanto o agente do enchimento quanto aquele
em quem os crentes experimentam esse enchimento. Por isso no texto grego a frase: “enchei-vos do
Espírito” está na voz passiva. A ideia é a de que os crentes devem deixar o Espírito enche-los. Nesse
ponto há uma certa sinergia. São os crentes que vivem, mas suas vidas devem ser dominadas pelo
Espírito Santo. A frase: “enchei-vos do Espírito” expressa a figura de um vasilhame que é
continuamente enchido por um líquido.

E diante dessa verdade ainda é importante que fique claro que Paulo não fala do Espírito Santo
como uma coisa, uma energia ou uma força que pode ser manipulada. Paulo fala do Espírito Santo
como uma pessoa, a terceira pessoa da Trindade. Isso implica no fato de que o Espírito Santo é
Deus. Nós não podemos controlá-lo, mas devemos ser controlados por Ele.

Por fim, a ordem é: “enchei-vos do Espírito”, no plural. Isso significa que essa ordem é para todos os
cristãos, sem exceção. Muitas pessoas pensam que apenas alguns crentes é que podem
experimentar a plenitude do Espírito. Mas a verdade é que o enchimento do Espírito Santo está
disponível a todo povo de Deus.

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13/02/2022 18:38 Enchei-vos do Espírito! O Que Isso Significa?

Como obedecer a ordem: “enchei-vos do Espírito”?


Logo após registrar a ordem: “enchei-vos do Espírito”, o apóstolo Paulo indicou como os crentes
podem obedecê-la. Ele explica que os crentes podem experimentar o enchimento do Espírito
conforme vão “falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e louvando ao
Senhor de coração; dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus
Cristo; sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus” (Efésios 5:19).

Em outras palavras, Paulo diz que o cristão repleto do Espírito Santo é alguém envolvido na
edificação mutua dentro do Corpo de Cristo, ministrando e sendo ministrado; alguém
comprometido com a verdadeira adoração ao Senhor; alguém agradecido a Deus em tudo; e
alguém disposto a estar em sujeição a outros no temor de Deus.

Além disso, é muito significativa a forma como o mesmo apóstolo registra a passagem paralela a
essa na Carta aos Colossenses. Ele escreve: “Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem
e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais
com gratidão a Deus em seus corações” (Colossenses 3:16).

À luz dessa passagem de Colossenses, é fácil perceber que para Paulo, a ordem: “enchei-vos do
Espírito” equivale a ter a palavra de Cristo habitando ricamente em nós. Isso significa que jamais
podemos separar o Espírito da Palavra. A relação “Palavra e Espírito” é inquebrável, pois o Espírito
inspirou a Palavra e age por meio dela.

É por meio da Palavra que o Espírito fala conosco, nos transforma, nos orienta, nos controla e nos
santifica. Inclusive, diante de tudo isso podemos afirmar com toda certeza que a santidade é a maior
marca de alguém que experimenta o enchimento constante do Espírito. Portanto, devemos manter
em mente todos os dias a ordem: “enchei-vos do Espírito”.

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13/02/2022 18:41 Não Saia da Vossa Boca Nenhuma Palavra Torpe: O Que Isso Significa?

O Que Significa “Não Saia da Vossa


Boca Nenhuma Palavra Torpe”?
Daniel Conegero

A declaração: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe” significa que o cristão não devem
adotar um linguajar corrompido, sujo e pecaminoso. Deus deve ser glorificado não apenas através
do que fazemos, mas também do que falamos. As palavras que saem da boca do crente devem
demonstrar que ele pertence a Deus. Por isso ao invés de falar palavras torpes, o povo de Deus deve
falar palavras boas que sirvam para a edificação.

A expressão “palavra torpe” aplicada na Bíblia, transmite o sentido de uma palavra suja ou
apodrecida. Isso quer dizer que usar palavras torpes significa usar um linguajar indecoroso e
pecaminoso. Por isso há várias recomendações bíblicas quanto ao modo de falar do povo de Deus.
O apóstolo Paulo, por exemplo, foi um escritor bíblico que tratou de maneira bem direta sobre esse
assunto. Inclusive, a declaração: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe” foi feita por ele em
sua Carta aos Efésios ao ensinar os crentes sobre como deve ser a vida cristã (Efésios 4:29).

Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe


Paulo explicou que os salvos não devem viver segundo o seu modo de vida antigo, mas devem viver
em conformidade com a nova posição que desfrutam em Cristo. Anteriormente, os redimidos
andavam segundo os seus próprios pensamentos e desejos desenfreados da carne. Eles eram
ignorantes, insensíveis, dissolutos e imorais. Mas após terem sido transformados por Cristo, os
crentes então devem viver em novidade de vida, despojando de sua velha natureza pecaminosa, e
se vestindo de Cristo dia após dia (Efésios 4:17-24).

Tendo assim explicado esse princípio, Paulo forneceu alguns exemplos práticos de como os crentes
devem rejeitar o modo de vida pecaminoso e andar à semelhança de Cristo. Uma dessas
recomendações diz respeito justamente ao modo de falar dos crentes.

Paulo exorta que os crentes jamais devem adotar uma comunicação corrupta. Então ele
adverte: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para
edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem” (Efésios 4:29).

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13/02/2022 18:41 Não Saia da Vossa Boca Nenhuma Palavra Torpe: O Que Isso Significa?

Fica claro no texto que o linguajar indecoroso, seja ele qual for, não pode estar nos lábios do cristão.
Discursos obscenos, expressões degradantes, gírias imorais, nada disso é compatível com uma vida
santa. O crente é chamado para mostrar ao mundo o seu testemunho cristão, e isso inclui todas as
partes de sua vida — até mesmo o seu modo de falar.

Isso explica por que na sequência da mesma epístola o apóstolo mais uma vez insistiu: “Mas a
impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém aos
santos; nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes,
pelo contrário, ações de graças” (Efésios 5:3,4). Também escrevendo aos Colossenses, Paulo
igualmente instruiu os seus leitores a despojar-se de, entre outros vícios, das palavras torpes de suas
bocas (Colossenses 3:8).

Falem palavras que edificam e transmitem graça aos


que ouvem
Após recomendar: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe”, o apóstolo completa dizendo
que os crentes devem usar unicamente aquele tipo de palavra que seja “boa para edificação,
conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem” (Efésios 4:29).

Algumas pessoas pensam que Deus não está preocupado com o que elas falam. Essas pessoas
infelizmente acreditam que podem combinar em suas bocas as expressões de adoração a Deus com
as palavras torpes que usam nas situações diárias. O problema é que esse tipo de entendimento é
completamente equivocado.

É fácil perceber que em sua exposição sobre o assunto, o apóstolo Paulo colocou a palavra torpe
como sendo diretamente oposta à palavra que é boa para a edificação. E isso é absolutamente
verdadeiro, visto que enquanto a palavra torpe comunica impurezas, a palavra de edificação
transmite graça aos que ouvem.

Então a verdade é que a Escritura nos convida examinar o conteúdo que sai dos nossos lábios. Será
que estamos deixando sair da nossa boca palavras torpes ou palavras de edificação? Será que

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13/02/2022 18:41 Não Saia da Vossa Boca Nenhuma Palavra Torpe: O Que Isso Significa?

estamos transmitindo graça em nosso linguajar aos que nos ouvem? Ou será que estamos
transmitindo impurezas através das coisas que falamos?

Não podemos nos esquecer jamais que não há como dissociar as palavras que saem da nossa boca
da nossa identidade como servos do Senhor, santificados em Cristo; visto que tudo o que fazemos
deve ter o propósito último de glorificar a Deus (1 Coríntios 10:31).

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13/02/2022 18:38 O Que a Bíblia Diz Sobre a Morte?

O Que a Bíblia Diz Sobre a Morte?


Daniel Conegero

A Bíblia diz que a morte é a cessação da existência física. Biblicamente o ser humano é uma unidade
complexa constituída por um lado material e outro espiritual. Então a morte é a quebra dessa
unidade à medida que a vida cessa no corpo físico.

A Bíblia fala da morte em várias passagens. Muitas vezes essas passagens destacam a morte como
simplesmente a perda da vida (cf. João 13:37,38). Mas um dos textos bíblicos mais emblemáticos
nesse sentido é aquele registrado no capítulo 12 do livro de Eclesiastes no Antigo Testamento. Nele,
o autor bíblico escreve: “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o
deu” (Eclesiastes 12:7).

Esse versículo é interessante porque ele afirma de forma muito clara a natureza da morte como
sendo a separação do corpo e do espírito. O mesmo entendimento é reafirmado no Novo
Testamento por Tiago ao dizer que sem o espírito, o corpo está morto (Tiago 2:26). A questão da
morte é abordada dentro da teologia de forma sistemática na matéria de escatologia, dentro de sua
subdivisão geralmente denominada “escatologia individual”.

Os três tipos de morte na Bíblia


A Bíblia não fala apenas da morte física. Na verdade, além da morte física a Bíblia fala de outros dois
tipos de morte: a morte espiritual e a morte eterna. Então enquanto a morte física é a separação do
espírito e do corpo, a morte espiritual é a separação entre o homem e Deus.

A morte espiritual é uma realidade enquanto a pessoa ainda está viva fisicamente. Em seu estado de
morte espiritual, o homem é incapaz de fazer o bem espiritual. Inclusive, fora de Cristo a morte
espiritual é comum a todos os homens. Todos os que estão vivos espiritualmente têm vida espiritual
somente porque foram vivificados enquanto estavam mortos em seus delitos e pecados (Efésios
2:1,2).

Já a morte eterna é a separação permanente e irreversível da presença graciosa de Deus. A morte


eterna é decorrente da morte espiritual e subsequente à morte física. Em outras palavras, a pessoa
que morre fisicamente sem que seu estado de morte espiritual seja revertido, passa a experimentar

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13/02/2022 18:38 O Que a Bíblia Diz Sobre a Morte?

a morte eterna, que é a concretização de seu estado de perdição eterna. Esse tipo de morte é
chamado na Bíblia, no livro do Apocalipse, de “segunda morte” (Apocalipse 21:8).

A origem da morte
A Bíblia não deixa qualquer dúvida de que a origem da morte está no pecado, no sentido de que o
resultado direto do pecado trouxe a morte ao mundo. O apóstolo Paulo fala sobre isso ao escrever
que “por um só homem estrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte
passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12-14). O mesmo apóstolo também
escreve que o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23).

Até existe alguma discussão entre os estudiosos sobre se a morte fazia parte da condição humana
original. Em outras palavras, a questão levantada é se Adão e Eva foram criados mortais ou imortais.
E mais, se eles não tivessem pecado, mesmo assim eles teriam morrido?

A Bíblia diz que quando Deus falou ao primeiro casal sobre a proibição relacionada à árvore do
conhecimento do bem e do mal, Ele deixou muito claro: “no dia em que dela comeres, certamente
morrerás” (Gênesis 2:17). É óbvio que essa ameaça não inclui apenas a morte espiritual, mas
também a morte física, já que o caminho para a árvore da vida seria bloqueado (cf. Gênesis 3:22,23).

Então quando entendemos que a morte entrou no mundo por causa do pecado como um
julgamento de Deus, fica fácil perceber que a morte não fazia parte da condição original do homem.
Isso quer dizer que embora Adão e Eva não fossem inerentemente imortais, eles foram criados com
a possibilidade de viverem para sempre.

Portanto, a morte não era parte da intenção original de Deus para a humanidade; ela não fazia parte
da ordem natural da criação do ser humano, mas passou a fazer parte da ordem caída. Embora
Adão e Eva pudessem viver para sempre mediante à obediência, eles tinham potencial para a
mortalidade mediante a desobediência. E quando finalmente eles transgrediram a vontade de Deus,
essa possibilidade se tornou realidade dando origem à morte.

Os efeitos da morte
Todos os seres humanos estão sentenciados à morte, pois todos são pecadores. E para todos, a
morte é uma transição deste mundo para outro mundo. Mas o estado de existência no mundo
vindouro após a morte não é o mesmo para todos. Na verdade, ele é essencialmente diferente para
uns e para outros.

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13/02/2022 18:38 O Que a Bíblia Diz Sobre a Morte?

Nesse sentido, há uma diferença muito grande entre o significado da morte para o ímpio e para o
crente. Para o ímpio, a morte é uma maldição, uma penalidade. Apesar de a morte não significar a
extinção da pessoa, ela implica no fato de que a pessoa do ímpio jamais poderá desfrutar da bem-
aventurança eterna ao lado de Deus.

Já para o crente, a morte significa uma oportunidade de estar com o Senhor para sempre. Isso é
possível porque Cristo recebeu a maldição da morte no lugar daqueles a quem Ele redimiu (Gálatas
3:13). Na pessoa de Cristo, a penalidade da morte foi paga; seu poder destruidor foi destruído. Por
isso o questionamento do apóstolo Paulo: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno,
a tua vitória?” (1 Coríntios 15:55-57).

Mas nesse ponto algumas pessoas não entendem por que os crentes, que já foram libertados da
culpa do pecado, ainda precisam passar pelo maior símbolo da condenação do pecado, que é a
morte. Essa dificuldade é resultante da confusão entre os efeitos do perdão de Deus e
as consequências do pecado, em seus aspectos temporal e eterno.

Por exemplo: quando uma pessoa comete um crime, ela pode ser perdoada por Deus por seu
pecado, mas ainda assim precisará lidar com as consequências legais de seus atos. Seu pecado não
terá mais implicações eternas, mas as implicações temporais terão de ser enfrentadas. A morte física
pode ser enxergada sob esse aspecto.

Esperança na morte
Em Cristo, os crentes têm a garantia de que seus pecados foram perdoados e suas consequências
eternas foram removidas mediante a justificação. Por isso eles foram ressuscitados espiritualmente e
jamais passarão pela morte eterna (Apocalipse 20:6). Mas por outro lado, a morte física, dentro do
campo do sofrimento, passou a ser uma das regras da existência humana, ou seja, a morte faz parte
da vida terrena como uma consequência temporal do pecado — assim como outros tipos de
sofrimento.

Extraordinariamente Deus pode suspender essa regra como Ele fez com Enoque e o profeta Elias; e
também fará com os crentes que estiverem vivos na ocasião da volta do Senhor Jesus Cristo,

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13/02/2022 18:38 O Que a Bíblia Diz Sobre a Morte?

quando todos os efeitos do pecado serão definitivamente removidos. Mas até lá, a morte física
continuará sendo parte da experiência da vida terrena.

No entanto, mais uma vez é importante afirmar que os crentes verdadeiros veem a morte como um
inimigo vencido. Ela ainda pode lhes causar dor, mas não mais destruição. Nesse sentido, os crentes
não encaram a morte com desespero, mas com esperança; não encaram a morte como um
instrumento de maldição, mas como um meio de ser conduzido à presença do Senhor.

Por isso o apóstolo Paulo chegou a falar da morte como um lucro, ao expressar seu desejo de,
através dela, “partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (Filipenses 1:23). Além
disso, os crentes ainda são confortados com o fato de que a Palavra de Deus promete que seus
corpos jamais estarão definitivamente perdidos, pois haverá uma ressurreição final, garantida pela
própria ressurreição de Cristo (1 Coríntios 15:20-23; cf. Romanos 8:9-11).

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13/02/2022 18:38 O Que Acontece Depois da Morte Segundo a Bíblia?

O Que Acontece Depois da Morte


Segundo a Bíblia?
Daniel Conegero

A curiosidade sobre o que acontece depois da morte segundo a Bíblia deixa muita gente inquieta.
Algumas pessoas pensam que após a morte não há mais nada; enquanto outras acreditam que, de
alguma forma, a vida continua. Mas a Bíblia é suficientemente capaz de dar uma resposta definitiva
sobre essa questão.

Também é verdade que muita gente não recorre ao que a Bíblia diz sobre o que acontece depois da
morte. Algumas pessoas seguem uma filosofia materialista e acreditam apenas que a vida é aqui e
agora. Uma vez que não há mais vida no corpo, tudo acaba. Para essas pessoas, após a morte resta
apenas o absoluto vazio da inexistência.

Outras pessoas se apegam às suas mais variadas crenças. Cada religião tem suas próprias
impressões sobre o que acontece depois da morte. Alguns, por exemplo, acreditam que depois da
morte o espírito sobrevive, mas fica aguardando uma oportunidade para reencarnar novamente
num corpo físico; consistindo então num ciclo de existência sem fim de morte física e reencarnação.

Mas o que torna a resposta sobre o que acontece depois da morte segundo a Bíblia, diferente de
todas essas filosofias, crenças, convicções e percepções? Diferentemente de qualquer filosofia ou
religião, a Bíblia registra a história de alguém que venceu a morte. Jesus Cristo morreu, mas
ressuscitou. Então obviamente o seu ensino sobre o que acontece depois da morte é a fonte de
informação mais confiável que alguém pode encontrar sobre esse assunto.

Diferentes interpretações sobre o que acontece


depois da morte segundo a Bíblia
Também é verdade que entre os grupos que se denominam cristãos, há diferentes interpretações
sobre o que acontece depois da morte segundo a Bíblia. Isso não deixa de ser um problema, pois
essa disparidade acaba trazendo ainda mais confusão a um tema que movimenta grande tensão na
maioria das pessoas. Por isso também é particularmente importante saber identificar qual grupo
sustenta a posição mais coerente com o ensino bíblico.

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13/02/2022 18:38 O Que Acontece Depois da Morte Segundo a Bíblia?

Alguns círculos cristãos, por exemplo, dizem que após a morte o elemento espiritual que faz parte
da constituição do ser humano, entra num estado de adormecimento. Essa teoria geralmente é
chamada de “sono da alma”. A ideia é que após a interrupção da vida no corpo físico, a pessoa
passa existir num estado de inconsciência pessoal enquanto aguarda a ressurreição final.

Outros grupos levam a ideia do “sono da alma” ainda mais além, e afirmam a extinção da alma. Em
outras palavras, de acordo com essa teoria o que acontece depois da morte é o absoluto nada, pois
a pessoa que morre não experimenta nem mesmo um estado de existência inconsciente, mas
simplesmente deixa de existir até que ocorra a ressurreição do seu corpo.

Essas duas primeiras interpretações são comuns dentro da neo-ortodoxia que enxerga o ser
humano como uma unidade radical. Nessa visão, “existir” significa ter vida corporal, e não há
nenhuma existência consciente que sobrevive à morte do corpo.

Existe ainda a posição daqueles que abraçam o liberalismo teológico. Essas pessoas negam
qualquer possibilidade de uma ressurreição futura, mas afirmam a imortalidade da alma. Então
dentro dessa posição, o que acontece após a morte é o início da vida na eternidade numa dimensão
espiritual, e sem qualquer expectativa de um retorno ao corpo físico.

Por último, há também a posição mais ortodoxa dentro do Cristianismo que basicamente afirma que
o que acontece depois da morte segundo a Bíblia é a sobrevivência consciente e temporária da
pessoa do ser humano em caráter espiritual, enquanto o seu corpo se decompõe. Essa sobrevivência
é temporária porque há a expectativa da ressurreição futura do corpo.

O que a Bíblia diz sobre o que acontece depois da


morte
Diante das diferentes teorias defendidas por aí, qual é a melhor explicação sobre o que acontece
depois da morte segundo a Bíblia?

Um dos versículos mais claros acerca do que acontece depois da morte segundo a Bíblia é aquele
registrado pelo escritor da Carta aos Hebreus ao escrever que “aos homens está ordenado morrerem
uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hebreus 9:27).

Esse versículo é muito esclarecedor, pois reprova algumas concepções erradas sobre o que acontece
depois da morte segundo a Bíblia. Primeiro, o texto diz que ninguém pode morrer duas vezes ou
mais. Então daí qualquer ideia de reencarnação não faz nenhum sentido.

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13/02/2022 18:38 O Que Acontece Depois da Morte Segundo a Bíblia?

O texto também diz que depois da morte segue-se o juízo. Isso indica que após a morte não há
qualquer possibilidade de alteração no destino eterno de uma pessoa. A oportunidade de desfrutar
da bem-aventurança eterna é oferecida enquanto ainda há vida no corpo. Por isso que teorias que
sugestionem a possibilidade de purgar pecados depois da morte, não encontram qualquer base
bíblica — além de afrontarem a doutrina da salvação pela graça ao propor um modelo onde, pelo
menos em parte, a própria pessoa pode expiar seus pecados.

Mas à luz de outras passagens bíblicas, também podemos entender que o juízo ocorrerá após a
ressurreição dos mortos; quando uns ressuscitarão para a vida e outros para a perdição eterna
(Daniel 12:2). Então entre esse período que vai da morte à ressurreição, temos o que é chamado
na teologia de “estado intermediário”.

A vida depois da morte no estado intermediário


Engana-se quem pensa que no estado intermediário a pessoa do homem deixa de existir ou entra
num estado de existência inconsciente num suposto “sono da alma”. Realmente a Bíblia fala da
morte como um “sono”, mas isso é apenas uma figura de linguagem para falar que a pessoa
descansou de suas obras; ou então um eufemismo para se referir à cessação da vida (cf. João 11:11;
Atos 7:20; 13:36; 1 Coríntios 15; 1 Tessalonicenses 4:13-15).

Na história do rico e Lázaro, Jesus falou da existência consciente da pessoa entre a morte e a
ressurreição (Lucas 16:19-31). Na história, o piedoso Lázaro e o homem rico ímpio, experimentaram
situações diferentes. Lázaro foi conduzido pelos anjos do Senhor ao paraíso; enquanto que o ímpio
foi parar num lugar de tormento.

Mesmo que esse relato seja considerado uma parábola, todas as parábolas de Jesus expressam
conceitos reais. Então esse relato do Senhor Jesus é uma indicação válida de que depois da morte as
pessoas experimentam, de forma consciente, a presença ou a ausência de Deus (cf. Salmo 49:15).

Isso também está de acordo com a informação bíblica de que as almas dos mártires na presente era,
clamam na presença de Deus por justiça contra quem lhes martirizou (Apocalipse 9:9-11).
Obviamente essas almas estão conscientes.

A Bíblia ainda mostra pessoas entregando seu espírito ao Senhor no momento da morte (Atos 7:59).
Alguns argumentam que isso significa apenas a entrega do fôlego de vida a Deus, ou um tipo de
energia vital que deixa de energizar o corpo.

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13/02/2022 18:38 O Que Acontece Depois da Morte Segundo a Bíblia?

Mas é claro que esse tipo de entendimento força o texto e não encontra base bíblica alguma. Por
exemplo: o apóstolo Paulo falou de forma explicita que os crentes vão estar com Cristo quando a
vida em seus corpos físicos chega ao fim. Paulo disse que embora por um lado ele desejasse viver
no corpo por causa do ministério do Evangelho, por outro ele também desejava “partir e estar com
Cristo, o que é muito melhor” (Filipenses 1:23). Para Paulo, estar ausente no corpo implicava estar
presente de forma consciente na presença de Cristo no Céu.

A ressurreição como parte do que acontece depois da


morte segundo a Bíblia
Algumas pessoas têm muita dificuldade de entender o propósito da ressurreição dos mortos já que
depois da morte os crentes vão estar com Cristo; enquanto os ímpios vão a um lugar de castigo. O
erro dessas pessoas não é exatamente escatológico, mas antropológico e soteriológico.

Em primeiro lugar, essas pessoas não entendem que a pessoa do homem é uma unidade complexa.
A antropologia bíblica ensina que o ser humano é constituído de uma parte material e outra
imaterial. Portanto, os elementos material e imaterial formam essa unidade complexa que indica que
não há um ser humano completo sem o corpo ou sem o espírito/alma.

Então embora os crentes possam estar imediatamente com o Senhor depois da morte, por exemplo,
ainda assim eles estarão experimentando uma existência um tanto quanto incompleta. A
intensidade dessa experiência só alcançará sua plenitude depois da ressurreição, quando as almas
dos redimidos se unirão aos seus corpos ressuscitados formando novamente a unidade que
caracteriza um ser humano completo conforme originalmente criado por Deus.

Em segundo lugar, essas pessoas também não entendem que a Bíblia coloca a ressurreição como o
estágio final da obra da salvação. A soteriologia bíblica ensina que embora os redimidos já
experimentem as bênçãos da salvação durante suas vidas terrenas, essa obra só alcançará sua
plenitude na ocasião da ressurreição, quando os corpos daqueles que morreram em Cristo serão
ressuscitados de forma gloriosa.

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13/02/2022 18:38 O Que Acontece Depois da Morte Segundo a Bíblia?

Portanto, a redenção daqueles que foram regenerados, justificados e santificados só estará


completa quando seus corpos físicos também forem libertados dos efeitos do pecado e feitos
semelhantes ao corpo ressurreto de Cristo.

De forma inversa, o mesmo também pode ser dito sobre os ímpios. Depois da morte eles já
experimentam o castigo por seus pecados no estado intermediário. Mas a condenação final dos
ímpios só estará completa quando seus corpos forem ressuscitados para, de corpo e alma,
receberem com toda intensidade a recompensa por seus pecados.

Então diante de tudo isso, definitivamente podemos dizer que é possível ter uma boa ideia do que
acontece depois da morte segundo a Bíblia.

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13/02/2022 18:43 O Que é a Rosa de Sarom na Bíblia? Qual o Seu Significado?

Qual o Significado da Rosa de


Sarom na Bíblia?
Daniel Conegero

A rosa de Sarom era uma planta que crescia na Palestina nos tempos bíblicos do Antigo Testamento.
Embora sua identificação seja incerta atualmente, parece que essa planta era bem conhecida entre o
povo de Israel.

A rosa de Sarom, como seu nome indica, era proveniente de uma planície conhecida como Sarom.
Essa planície costeira se estendia por oitenta quilômetros, indo do sul do monte Carmelo até Jafa,
formando uma faixa estreita com cerca de quinze quilômetros de largura. Nos tempos bíblicos, em
Sarom havia várias áreas pantanosas que eram formadas em terrenos impermeáveis que resistiam à
drenagem das águas de alguns rios que corriam naquela planície.

Além disso, o tipo de solo de Sarom favorecia o crescimento de grandes carvalhos que formavam
uma verdadeira floresta. Então Sarom não era uma área densamente habitada pelos israelitas. Na
verdade, muitos deles usavam as terras de Sarom como pastagem para seus rebanhos.

Por isso o Sarom é citado em algumas passagens bíblicas de modo a destacar sua fertilidade e suas
características adequadas para a agricultura e o pastoreio (cf. 1 Crônicas 27:29; Isaías 33:9; 35:2;
65:10).

A rosa de Sarom
No meio das imensas árvores da região verde de Sarom, brotava uma delicada flor que é chamada
em nossas traduções da Bíblia em português como “rosa de Sarom”. Contudo, é amplamente aceito
entre os estudiosos que a rosa de Sarom não era exatamente uma rosa.

O que acontece é que a rosa de Sarom é citada uma única vez no texto bíblico. E nessa referência a
palavra “rosa” traduz um termo original que provavelmente tem a ver com um verbo hebraico que
significa “formar bulbos”, indicando assim que a rosa de Sarom era uma planta de raiz bulbosa ou
tuberosa.

https://estiloadoracao.com/significado-da-rosa-de-sarom-na-biblia/ 1/2
13/02/2022 18:43 O Que é a Rosa de Sarom na Bíblia? Qual o Seu Significado?

É claro que é possível que na Palestina crescesse algumas espécies de rosa, e que o arbusto da
roseira também produz um tipo de bulbo. Mas as características da região de Sarom parecem
favorecer outro tipo de planta. Por isso a maioria dos estudiosos sugere que talvez a rosa de Sarom
fosse o açafrão, ou o narciso, ou ainda a anêmona, etc.

Também vale saber que a planta chamada de “rosa de Sarom” atualmente é um hibisco que tem
origem na China e nada tem a ver com a planta que crescia na Palestina nos dias em que os textos
bíblicos foram escritos.

O significado da rosa de Sarom


Como já foi dito, a rosa de Sarom é citada uma única vez em toda a Bíblia. Isso ocorre no livro
poético de Cantares de Salomão, que descreve, em poesia, a bênção do amor conjugal. E num
diálogo entre o esposo e sua amada no capítulo 2, a esposa declara: “Eu sou a rosa de Sarom, o lírio
dos vales” (Cantares 2:1).

Ao fazer essa declaração, de forma modesta a esposa estava se comparando a flores silvestres. Mas
o esposo também responde de forma figurada dizendo que de fato a esposa pode ser comparada a
uma flor, mas sua beleza supera todos os arbustos espinhosos que estão ao seu redor, indicando
que ela se destaca entre outras donzelas (Cantares 2:2).

Com o tempo, tornou-se popular entre os cristãos o costume de atribuir ao Senhor Jesus Cristo a
referência da rosa de Sarom. No entanto, em nenhuma parte da Bíblia há essa conexão entre Jesus e
a rosa de Sarom. Em outras palavras, Jesus não é a rosa de Sarom na Bíblia.

Mesmo que o livro de Cantares também seja considerado por muitos estudiosos como uma
referência alegórica do relacionamento de Cristo com a sua Igreja, ainda assim a rosa de Sarom é
uma descrição da esposa e não do esposo.

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13/02/2022 18:43 O Que é Exortar? Significado de Exortação na Bíblia

O Que é Exortação? Significado de


Exortar na Bíblia
Daniel Conegero

Exortar significa incentivar ou encorajar alguém. O significado de exortação na Bíblia possui o


sentido de motivar ou insistir que uma pessoa faça algo. No contexto bíblico, a exortação
geralmente é direcionada aos crentes para que eles vivam de acordo com a vontade de Deus, de
modo condizente a sua nova posição em Cristo.

O significado de exortar na Bíblia também inclui conceitos mais amplos, como: ensinar, corrigir,
consolar, apelar, inspirar, etc. Isso porque na Bíblia, o verbo “exortar” frequentemente traduz a
palavra grega paraklesis. Essa palavra comunica as ideias de convocação, aproximação — no sentido
de ajudar —, solicitação, admoestação, consolação, encorajamento, discurso persuasivo, repreender,
instruir, conciliar e suplicar.

Então, a exortação é uma prática que deve fazer parte da vida do cristão, pois como membros
da Igreja de Cristo, os crentes devem exortar uns aos outros. Inclusive, nesse sentido o exercício da
exortação é identificado como um tipo de dom espiritual que é dado, segundo a graça, aos
membros do Corpo de Cristo (Romanos 12:8). Por isso não é estranho saber que o texto bíblico
também identifica a exortação como parte do propósito das profecias que trazem instrução,
edificação e consolo aos homens (1 Coríntios 14:3).

O que é exortar de acordo com a Bíblia?


Sem dúvida a exortação é parte importante do ministério cristão. O apóstolo Paulo escreveu em
uma de suas cartas que os crentes devem se exortar e se edificar mutuamente (1 Tessalonicenses
5:11). Então é essencial que os cristãos saibam como exortar corretamente um irmão na fé.

Primeiro, é necessário deixar claro que a base da exortação deve ser sempre a Palavra de Deus. Os
crentes devem exortar uns aos outros mediante os princípios bíblicos. Assim, os cristãos podem
incentivar aqueles que estão desanimados; corrigir aqueles que estão errantes; aconselhar quem
está precisando de orientação; ensinar aqueles que são novos na fé a seguir os preceitos do Senhor;
e consolar aqueles que sofrem.

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13/02/2022 18:43 O Que é Exortar? Significado de Exortação na Bíblia

Segundo, os crentes devem saber que na prática da exortação o amor, a humildade e a sabedoria
são qualidades indispensáveis. Inclusive, em certo sentido o termo grego que é traduzido pelo
verbo “exortar” também implica na condição de alguém se esforçar por satisfazer de forma humilde
e sem orgulho (Strong).

Especialmente quando o significado de exortação tem mais a ver com repreender ou corrigir
alguém, algumas pessoas parecem não entender o que de fato é a exortação. Exortar não é insultar,
menosprezar ou humilhar alguém. Mesmo quando uma pessoa está errada, a exortação se mostra
ser um pedido fervoroso e amoroso para que essa pessoa corrija o seu curso.

A responsabilidade dos líderes na exortação


De acordo com a Bíblia, as pessoas que foram chamadas para o ministério de liderança na Igreja do
Senhor, também possuem uma responsabilidade maior de exortar os demais membros das
comunidades locais. O apóstolo Paulo falou sobre isso quando escreveu
a Timóteo dizendo: “Pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas,
exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2 Timóteo 2:4).

No livro de Atos dos Apóstolos, também lemos que os que foram chamados para a liderança da
Igreja, devem cuidar não apenas de si mesmos, mas de todo o rebanho sobre o qual o Espírito
Santo os colocou como bispos (Atos 20:28). Certamente a exortação faz desse cuidado que os
líderes devem ter ao pastorearem a Igreja de Deus. Mas Tiago também alerta para a verdade de que
todos aqueles que ensinam — e o ensino está incluso no conceito de exortação —, também serão
julgados com maior rigor (Tiago 3:1).

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13/02/2022 18:45 O Que é Graça? Estudo Sobre a Graça de Deus

O Que é Graça de Deus?


Daniel Conegero

Graça é um favor ou uma benevolência que não merecemos. Por isso a teologia apresenta a
definição clássica de graça como “favor imerecido”. Isso quer dizer que a graça de Deus é algo que
recebemos d’Ele sem que tivéssemos o direito de receber.

Quando falamos sobre o que é graça e o seu significado bíblico, geralmente temos em mente a
salvação. A Bíblia ensina a salvação pela graça mediante a fé. Essa graça que salva normalmente é
chamada na teologia de graça salvadora.

Mas o favor de Deus para com os homens também pode ser visto em outras instâncias e não
somente nas questões da salvação. Esse tipo de favor mais geral de Deus estendido à humanidade é
chamado de graça comum. Em todos esses sentidos, porém, a graça de Deus jamais é o
cumprimento de uma exigência, mas sempre é uma prerrogativa divina.

O significado da graça na Bíblia


Na Bíblia, a palavra “graça” traduz alguns termos originais hebraicos e gregos. Por exemplo: no
Antigo Testamento a palavra hen indica um favor não merecido recebido de alguém que está numa
posição superior. Ainda no Antigo Testamento, o termo hesed é outro termo usado no texto
hebraico para falar da benevolência distribuída entre pessoas que estão num relacionamento.

Já no Novo Testamento o termo mais usual para “graça” é o grego charis. Esse termo era usado com
um significado muito amplo na literatura grega, mas sua aplicação mais básica geralmente
enfatizava os sentidos de favor, perdão, consideração favorável e gratidão. Mais raramente o Novo
Testamento também usa a palavra eleos, que possui o sentido de “misericórdia”, mas geralmente é
traduzido pela palavra “graça” por se ajustar melhor ao sentido pretendido no texto.

Mas sem dúvida, nenhuma palavra é capaz de transmitir de forma completa o que de fato significa a
graça. Na verdade, o significado de graça só pode ser compreendido adequadamente à luz da obra
de Cristo.

Graça e justiça
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13/02/2022 18:45 O Que é Graça? Estudo Sobre a Graça de Deus

Já falamos que a definição de graça é “favor imerecido”. De acordo com esse conceito, o significado
de graça se distingue radicalmente do significado de justiça. Isso porque a justiça é essencialmente
algo merecido. A justiça fala de uma retribuição sob um padrão de mérito. Em outras palavras, a
justiça é merecida ou conquistada através de obras e condutas que foram observadas previamente
por alguém.

Mas por outro lado, a graça é algo ofertado a alguém que não merece receber nada. Enquanto a
justiça é devida, a graça é simplesmente dada espontaneamente. Isso quer dizer que a graça não é
uma retribuição justa por algo realizado, mas é um presente; é um favor não conquistado com base
em méritos prévios. Esse contraste nos ajuda a entender o contexto bíblico da graça de Deus.

Muita gente questiona a existência do sofrimento no mundo, ou o fato de nem todas as pessoas
serem salvas. Infelizmente algumas vezes essas pessoas ficam inclinadas a duvidar do caráter de
Deus. O erro dessas pessoas está justamente em não compreender o que é graça. Essas pessoas
pensam que Deus deve algo ao homem.

Mas a verdade é que Deus não está numa posição em que Ele seja obrigado a agir de forma
favorável à humanidade. Se Ele derrama do seu favor sobre o homem, isso é graça, não dívida. O
que de fato o homem merece receber de Deus é a sua justiça.

Porém, sabemos que a justiça recompensa o inocente e castiga o culpado. O problema é que a
Bíblia diz que não há um único homem justo, pois todos pecaram e estão destituídos da glória de
Deus (Romanos 3). Então diante de Deus todos os homens são transgressores que merecem receber
o peso da justiça divina.

Mas engana-se quem pensa que a graça de Deus anula a sua justiça. O fato de Deus agir
graciosamente para conosco não significa que sua justiça fica insatisfeita. Para entendermos isso
precisamos olhar para como a graça de Deus é revelada em Cristo.

A graça de Deus revelada em Cristo

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13/02/2022 18:45 O Que é Graça? Estudo Sobre a Graça de Deus

Soberanamente Deus resolveu agir de forma favorável para aqueles que mereciam o castigo. Ele
resolveu declarar inocentes aqueles que mereciam ser condenados. Mas Ele não fez isso apenas
ignorando o erro dessas pessoas, pois se fosse assim Ele não seria justo.

Então nesse ponto encontramos Cristo nos mostrando o que de fato é a graça de Deus. O que
aconteceu foi que o erro dessas pessoas culpadas foi punido na pessoa de Cristo; a dívida dessas
pessoas alienadas foi colocada na conta de Cristo e quitada integralmente por Ele. Nesse sentido, a
obra expiatória de Cristo é a maior expressão da graça de Deus.

Por isso é muito apropriado que a Bíblia fale da salvação em termos econômicos, ou seja, ela fala
que o crente foi redimido por Cristo. Redenção diz respeito a um pagamento. Ser redimido significa
basicamente ser comprado. Nos tempos antigos esse termo às vezes era empregado para se referir
à libertação de um escravo mediante um pagamento oferecido por um redentor.

Essa era justamente a nossa situação. Éramos escravos do pecado e não tínhamos como pagar a
nossa dívida. Então quando Cristo veio ao mundo para resgatar pecadores miseráveis que mereciam
o inferno, a palavra graça assumiu o seu significado mais pleno.

Dessa forma, a salvação é um dom de Deus para nós, e sendo um dom, ela não vem em resposta às
nossas boas obras ou em recompensa aos nossos méritos. A salvação é graça, e graça é justamente
aquilo que não temos direito algum de receber. Então como diz o antigo hino de Jonh Newton, o
que podemos dizer é: “Graça maravilhosa, quão doce é o som que salvou um desgraçado como eu”.

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13/02/2022 18:41 O Que Era a Torre de Siloé? Como Foi a Queda da Torre de Siloé?

O Que Era a Torre de Siloé na Bíblia?


Daniel Conegero

A Torre de Siloé era uma torre que ficava em Jerusalém, e que foi citada na Bíblia no Evangelho de
Lucas no Novo Testamento (Lucas 13:4). Em nenhuma outra parte da Bíblia essa torre é mencionada.
Mas no versículo em que é citada, a Torre de Siloé aparece em conexão com uma conhecida
tragédia no tempo de Jesus. A Torre de Siloé caiu e matou dezoito pessoas.

Pela falta de referências, não há qualquer detalhe disponível sobre como era a Torre de Siloé. Alguns
estudiosos apenas sugerem que provavelmente essa torre ficava na parte sudeste na antiga
Jerusalém, próxima ao conhecido Tanque de Siloé. Esse tanque era um reservatório de águas que
ficava localizado em Jerusalém, no lado sul do Templo, e que provavelmente tenha sido construído
no tempo do rei Ezequias.

Inclusive, as águas de Siloé são citadas desde o Antigo Testamento (Isaías 8:7; cf. Ezequiel 47:1). O
reservatório de Siloé foi muito importante durante o cerco de Jerusalém, pois garantia o
abastecimento de água na cidade. Já no Novo Testamento, as águas de Siloé são mencionadas no
episódio em que Jesus curou um cego de nascença e pediu que ele fosse lavar os olhos no Tanque
de Siloé (João 9:1-7).

Considerando tudo isso, muitos comentaristas acreditam que talvez a Torre de Siloé ficasse próxima
a esse complexo, e fazia parte de um antigo sistema de fortificação dos muros da cidade de
Jerusalém. Mas outros comentaristas sugerem que essa torre ficava na área onde atualmente é o
bairro de Silwân, nas proximidades do vale de Cedrom. Seja como for, enquanto ainda estava em pé
a Torre de Siloé era um ponto de referência muito conhecido nos tempos bíblicos.

A queda da Torre de Siloé


O Senhor Jesus Cristo mencionou uma tragédia que ainda estava viva na memória de seus ouvintes,
e que aconteceu justamente na Torre de Siloé. A torre desmoronou e acabou matando dezoito
pessoas.

Há muitas especulações sobre a identidade dessas pessoas. Alguns comentaristas conjecturam que
talvez essas pessoas estavam trabalhando na torre. Já outros sugerem que talvez essas pessoas não
estivessem exatamente na torre, mas próximo a ela, e acabaram sendo atingidas por seus
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13/02/2022 18:41 O Que Era a Torre de Siloé? Como Foi a Queda da Torre de Siloé?

escombros. Por fim, há ainda quem defenda que os dezoito mortos eram, na verdade, prisioneiros
que estavam presos na Torre de Siloé. Seja como for, fica claro no texto bíblico que essas pessoas
eram habitantes de Jerusalém (Lucas 13:4).

Os mortos na Torre de Siloé não eram mais pecadores


que os demais
O mais importante é entender o princípio espiritual que Jesus extraiu desse episódio. Jesus se
referiu à queda da Torre de Siloé ao corrigir o pensamento de alguns de seus ouvintes que
aparentemente acreditavam que pessoas envolvidas em tragédias eram mais pecadoras que as
demais.

Os ouvintes de Jesus começaram falando sobre o massacre dos galileus promovido por Pôncio
Pilatos. Parece que eles pensavam que aqueles galileus mortos tinham sido alvos do castigo divino
por causa de seus pecados (Lucas 12:1-3). Na verdade, esse tipo de pensamento que estabelecia
uma ligação direta entre o sofrimento e o pecado, era muito comum entre os judeus. O conceito era
que todo sofrimento consistia, necessariamente, numa retribuição da justiça divina pelo pecado
cometido por alguém.

Também vale lembrar que no tempo de Jesus havia certo preconceito contra os galileus. Mas não é
possível saber se esse preconceito estava em vista quando os ouvintes de Jesus falaram sobre o
massacre dos galileus. De qualquer forma, logo em seguida, ao mencionar a queda da Torre de
Siloé, Jesus apontou que tragédias também aconteciam com os moradores de Jerusalém, e que os
dezoito mortos não eram necessariamente mais pecadores que o restante dos habitantes da cidade.

Com isso, Jesus enfatizou aos seus ouvintes a necessidade do arrependimento e da conversão. Jesus
ensinou que todos precisam se arrepender de seus pecados e se voltar para Deus. O impenitente
que confia em sua justiça própria, independentemente de quem for, haverá de perecer, pois apesar
de Deus ser longânime e misericordioso, o dia do juízo virá (Lucas 13:5).

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13/02/2022 18:45 O Que São e Quais São os Dons Espírituais? - Estudo Bíblico

O Que São e Quais São os Dons


Espirituais?
Daniel Conegero

Os dons espirituais são habilidades especiais que o Espírito Santo concede aos crentes com a
finalidade de equipá-los para o serviço na obra de Deus. Através do uso dos dons espirituais, os
cristãos são mutuamente edificados e o Evangelho de Cristo é proclamado.

Sempre há alguma dúvida sobre quais são os dons espirituais, porque a Bíblia traz diferentes listas
de dons. Na verdade, no Novo Testamento encontramos pelo menos quatro listas de dons do
Espírito Santo para a Igreja.

As listas de dons espirituais


O apóstolo Paulo foi quem mais escreveu sobre os dons espirituais na Bíblia. Na Carta aos Romanos,
Paulo fornece uma lista na qual ele destaca os dons de profecia, ministério, ensino, exortação,
contribuição, liderança e misericórdia (Romanos 12:6-8).

Escrevendo aos coríntios, Paulo registrou uma lista mais completa de dons espirituais, incluindo os
dons de sabedoria, ciência, fé, cura, operação de milagres, profecia, discernimento de espíritos,
variedades de línguas e interpretação de línguas (1 Coríntios 12:4-11).

Na sequência do mesmo capítulo, Paulo repete alguns desses mesmos dons, mas também adiciona
outros dons que ele ainda não tinha citado — dons de prestar ajuda e de administrar — juntamente
com o que talvez podemos chamar de “dons de ofício” — apóstolo, profeta e mestre — (1 Coríntios
12:28).

Falando em dons de ofício para a Igreja, o mesmo apóstolo ainda fornece outra lista de dons dessa
categoria em sua Carta aos Efésios, na qual ele destaca: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e
mestres (Efésios 4:11). Paulo fala desses ofícios como dons no sentido de que as pessoas que os
exercem são, elas mesmas, dons de Deus para a Igreja.

Por fim, o apóstolo Pedro também traz a lista mais breve do Novo Testamento sobre os dons
espirituais. Na realidade, parece que a lista de Pedro é mais uma lista de categorias de dons
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13/02/2022 18:45 O Que São e Quais São os Dons Espírituais? - Estudo Bíblico

espirituais, pois ele resume os dons apenas em “dons de falar” e “dons de servir” (1 Pedro 4:11).

Considerando tudo isso, talvez seja preferível entender que quando a Bíblia fala em “dons
espirituais” ou “dons do Espírito”, o seu significado pretendido é muito amplo, podendo ser aplicado
em diferentes sentidos. Por isso é difícil reduzir essas expressões a uma única definição ou conceito.

Quantos dons espirituais existem?


As pessoas costumam perguntar quantos dons do Espírito Santo existem, ou quais são os dons
espirituais na Bíblia. Mas a verdade é que com base nas listas bíblicas de dons espirituais que os
crentes recebem de Deus, é fácil perceber que nenhuma delas é exaustiva. Isso significa que essas
listas são apenas representativas, ou seja, elas apenas trazem exemplos dos mais variados dons que
o Espírito Santo concede à Igreja de Cristo.

Por isso nenhuma dessas listas são exatamente iguais. Nenhuma das listas inclui todos os dons
registrados nas outras listas. Inclusive, em outras passagens bíblicas mais dons são mencionados.
Por exemplo: apesar de 1 Coríntios 12 ser o capítulo da Bíblia que traz a lista mais detalhada de
dons espirituais, em outra parte da mesma epístola o apóstolo Paulo menciona o casamento e o
celibato como dons que as pessoas recebem da parte de Deus (1 Coríntios 7:7).

Então o correto é entendermos que o Espírito Santo dá inúmeros dons ao povo de Deus. Portanto,
antes de tentarmos estipular uma lista fechada de quantos dons espirituais existem, o melhor é
entendermos que a Bíblia simplesmente ensina a diversidade dos dons.

A classificação dos dons espirituais


Tendo em vista essa variedade de dons, os estudiosos têm procurado classificar os diferentes dons
espirituais mencionados na Bíblia em categorias. Nesse ponto, também não há unanimidade entre
os estudiosos.

Alguns preferem organizar os dons em duas categorias: dons relacionados a capacidades naturais
(ensino, misericórdia, administração, etc.) e dons relacionados a capacidades espirituais (profecias,

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13/02/2022 18:45 O Que São e Quais São os Dons Espírituais? - Estudo Bíblico

curas, línguas, discernimento de espíritos, etc.). Com base nesse tipo de classificação, muitos
comentaristas observam que há dons espirituais que são dados desde o nascimento como
habilidades naturais que depois acabam sendo ainda mais desenvolvidas pelo Espírito Santo no
exercício do ministério cristão, enquanto outros dons são capacitações dadas aos crentes em algum
momento posterior.

Outros preferem adotar a mesma classificação apresentada pelo apóstolo Pedro: dons de falar
(profecia, ensino, línguas, etc.) e dons de servir (misericórdia, administração, contribuição, etc.). De
fato, todos os mais variados dons espirituais se enquadram numa dessas duas categorias.

Outra classificação muito popular dos dons do Espírito Santo é aquela que organiza os dons em três
categorias: dons de conhecimento (discernimento de espíritos, palavra da sabedoria, palavra da
ciência, etc.), dons de poder (operação de maravilhas, curas, fé, etc.) e dons de falar (variedade de
línguas, interpretação, profecia, etc.). E há ainda a categoria dos dons de ofícios para o ministério
(apóstolo, profeta, evangelista, mestre e pastor).

Quando falamos em diferentes classificações dos dons espirituais, também precisamos admitir que
não é tão fácil identificar os limites entre um dom e outro. É possível que alguns dons se
sobreponham uns aos outros. Por exemplo: o dom de curar provavelmente tem a ver com o dom de
operação de milagres.

Qual é o dom espiritual mais importante?


As listas de dons espirituais no Novo Testamento não possuem a finalidade de estabelecer uma
hierarquia de dons, visto que todos os dons espirituais são notáveis, já que são concedidos e
energizados pelo Espírito de Deus.

Mas embora todos os dons espirituais sejam importantes e igualmente tenham o seu valor como
dádivas do Espírito para a Igreja, parece que certos dons possuem algum tipo de primazia, pois seu
impacto na edificação da Igreja é maior.

Por exemplo: Paulo inicia suas listas de dons em 1 Coríntios 12:8 e Efésios 4:11, citando,
primeiramente, o ofício apostólico. Isso faz sentido, já que o apostolado era o principal ofício de
autoridade no período do Novo Testamento.

Outro exemplo é a comparação que Paulo faz dos dons de profecia e de línguas. Paulo indica que o
dom de profecia é mais elevado que o dom de línguas. Inclusive ele coloca o dom de línguas em
último lugar em sua lista.
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13/02/2022 18:45 O Que São e Quais São os Dons Espírituais? - Estudo Bíblico

Com isso, o Paulo não está dizendo, por exemplo, que o dom de profecia é bom e o dom de línguas
é ruim. Na verdade, ele está fazendo uma classificação entre o que é bom e o que é melhor; entre o
que é elevado e o que é mais elevado. Para Paulo, o dom de línguas é bom, mas o dom de profecia
é melhor, pois tem uma aplicação mais efetiva na edificação da Igreja e na proclamação da verdade
de Deus ao mundo.

O significado dos dons espirituais


Não é uma tarefa fácil determinar o caráter específico de cada dom espiritual. Isso porque o Novo
Testamento não traz uma descrição detalha de cada um deles. Mas em termos gerais, podemos
certamente ter uma ideia do que cada um deles significam na vida prática da Igreja.

Dons de ministério
Começando com os dons de ofício ou ministério, primeiro temos apóstolos, depois profetas,
evangelistas, pastores e mestres. Esses dons ministeriais dizem respeito ao governo e liderança da
Igreja. Os apóstolos foram escolhidos e comissionados por Jesus para lançarem os fundamentos da
Igreja servindo como agentes da revelação de Deus nos tempos em que a Escritura do Novo
Testamento estava sendo produzida (Efésios 2:20).

Os profetas são aqueles que proclamam a verdade de Deus com autoridade para exortar, encorajar
e advertir os crentes. Os evangelistas são pessoas que recebem um dom especial para anunciar o
Evangelho. Já os pastores e mestres são aqueles que pastoreiam e instruem o povo de Deus.
Obviamente aqueles que exercem esses ofícios também são capacitados com outros dons
espirituais como os dons de liderança, ensino, sabedoria, conhecimento, governo etc.

Dons miraculosos, de fala e de conhecimento


Falando dos dons espirituais mais miraculosos, temos os dons da fé, cura e operação de milagres.
Não sabemos por que Paulo faz essa distinção, já que uma cura sobrenatural também é uma
operação milagrosa e implica no exercício do dom da fé. É possível que dentro do dom de operação
de milagres, Paulo tivesse em mente outras manifestações extraordinárias do poder de Deus além
da cura.

Em seguida, temos os dons de variedade de línguas e interpretação. Há muita controvérsia sobre o


caráter do dom de línguas. Alguns defendem que esse dom se refere a habilidade especial de falar
em idiomas estrangeiros de forma sobrenatural como aconteceu no Pentecostes (Atos 2:4-11).

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13/02/2022 18:45 O Que São e Quais São os Dons Espírituais? - Estudo Bíblico

Outros defendem que se trata de uma habilidade para desenvolver uma fala estática que pode ser
usada na oração e adoração.

O dom de profecia é outro dom espiritual sempre muito debatido. Basicamente profetizar é falar a
Palavra de Deus. Mas o Novo Testamento não apresenta uma definição clara sobre a natureza do
exercício desse dom.

Por isso alguns entendem que esse dom seja uma habilidade de predizer o futuro ou comunicar
algo revelado por Deus de forma sobrenatural. Já outros entendem que o dom de profecia tem mais
a ver com a habilidade de proclamar a vontade de Deus através da interpretação e aplicação da
verdade já revelada na Escritura. Seja como for, é certo que a profecia resultante do exercício desse
dom jamais pode ser equipara à Escritura.

Também é difícil saber o significado dos dons que Paulo chama de “palavra de sabedoria” e “palavra
de conhecimento”. Alguns estudiosos têm sugerido que a “palavra de sabedoria” seja o dom de se
pronunciar sabiamente e poder resolver questões espirituais difíceis; enquanto que a “palavra de
conhecimento” talvez seja a habilidade de comunicar de forma especial o conhecimento de Deus.

Por fim, o dom de discernimento de espíritos significa a habilidade de julgar e identificar, à luz da


Escritura, aquilo que procede de Deus e aquilo que é falso e contrário a Deus. Esse é um dom
espiritual importante para proteger a Igreja do erro e do engano.

Dons de socorro, misericórdia, governo, liderança e


contribuição
O dom de socorro é uma capacitação espiritual para o crente exercer a habilidade prestar ajuda aos
outros. É claro que esse dom está diretamente ligado ao dom de misericórdia, pois aquele que
socorre é aquele que se compadece da necessidade do próximo.

O dom de governo é um dom para a administração. Provavelmente esse dom também está
relacionado ao dom de liderança. Já o dom de contribuição é também um dom de serviço à medida
que o crente dispõe os seus recursos para o bom andamento da obra de Deus na terra.

Qual é o propósito dos dons espirituais?


Os dons espirituais possuem o propósito de equipar a Igreja para o serviço de proclamar
o Evangelho e trazer glória a Deus até o retorno de Cristo (1 Coríntios 1:7). Nesse sentido, os dons

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13/02/2022 18:45 O Que São e Quais São os Dons Espírituais? - Estudo Bíblico

espirituais servem para a edificação da Igreja como o Corpo de Cristo. Isso quer dizer que o
propósito dos dons espirituais não é identificar qual dos crentes é o mais espiritual.

Os dons do Espírito possuem uma finalidade coletiva, e não uma finalidade individualista para
enriquecer os indivíduos que os possuem. Por isso nenhum crente possui todos os dons; bem como
todos os crente sempre possuem algum dom (1 Coríntios 12:14-21). Então fica claro que dessa
forma, os dons espirituais também servem para revelar que os membros da Igreja precisam uns dos
outros.

Outro ponto importante é que o Espírito Santo distribui os dons espirituais conforme a sua vontade
(1 Coríntios 12:11). Por esse motivo não é correto eleger um determinado dom como sendo o sinal
da operação do Espírito Santo na vida de uma pessoa. Partindo do princípio que os dons espirituais
são habilidades especiais dadas aos crentes soberanamente pelo Espírito Santo, é injusta e
incoerente qualquer abordagem nesse sentido.

Por exemplo: não podemos dizer que apenas aqueles que profetizam ou falam em línguas são os
que possuem o poder do Espírito em suas vidas, pois a Bíblia fala que nem todos os crentes
profetizam ou falam línguas; mas ainda assim ela diz que todos os crentes são batizados no mesmo
Espírito (1 Coríntios 12:13-31).

Por fim, em certo sentido os dons espirituais também prenunciam o poder e as maravilhas que
desfrutaremos na eternidade. A Bíblia diz que o Espírito Santo é o selo garantidor da nossa herança.
Então os dons que ele concede aos crentes certamente dão uma amostra da realidade superior da
bem-aventurança eterna na presença de Deus.

Por exemplo: através do dom da cura, Deus restaura a saúde de alguém, e isso nos faz vislumbrar o
dia em que teremos um corpo glorificado não mais sujeito a qualquer enfermidade. Portanto, cabe
a nós identificar, desenvolver e usar os dons espirituais que o Espírito Santo nos concede.

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13/02/2022 18:41 O Que Significa "Lírio dos Vales" na Bíblia? Jesus é o Lírio dos Vales?

Qual o Significado do Lírio dos


Vales na Bíblia?
Daniel Conegero

O lírio dos vales era uma flor silvestre comum que crescia nos vales férteis da Palestina nos tempos
bíblicos. Apesar de os lírios serem frequentemente citados na Bíblia, a expressão “lírio dos vales”
ocorre apenas uma vez no texto bíblico, no livro de Cântico dos Cânticos de Salomão (Cântico 2:1).

Mas é importante saber que o lírio dos vales citado nesse texto bíblico nada tem a ver com o lírio
que conhecemos atualmente como uma flor branca em formato de sino. Na verdade, essa flor nem
mesmo é encontrada na Palestina.

Mas que flor era o lírio dos vales? Esta é uma pergunta um tanto quanto complicada de responder.
Isso porque o termo hebraico traduzido frequentemente como “lírio” em nossas traduções da
Bíblia em português, pode se referir a uma variedade grande flores. Inclusive, muitas vezes as
diferentes passagens bíblicas que trazem essa palavra referem-se a diferentes flores.

Por exemplo: no livro do profeta Oseias lemos sobre o lírio que florescia na água (Oseias 14:5).
Muitos estudiosos defendem que provavelmente essa planta era a íris de cor amarela que crescia
em águas rasas na Palestina. Os comentaristas bíblicos também estão convencidos que o lótus era
outra planta que foi identificada em algumas passagens bíblicas como um tipo de lírio.

No livro de Cantares de Salomão há diversas referências a diferentes espécies de lírio. No capítulo 5


desse livro, um tipo de lírio é comparado aos lábios vermelhos da esposa amada (Cântico 5:13). Para
alguns estudiosos, essa referência pode indicar o Lilium Chalcedonicum, um tipo de lírio raro na
Palestina.

Mas no capítulo 2, que traz a referência ao lírio dos vales, o escritor bíblico tinha em mente outra
espécie de lírio ou qualquer flor de aspecto semelhante ao lírio, e que provavelmente crescia de
forma abundante nos vales férteis da Palestina. Algumas flores como a violeta, o jasmim, o jacinto e
o lírio do oriente, são exemplos de plantas que já foram sugeridas como sendo o provável lírio dos
vales citado na Bíblia.

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13/02/2022 18:41 O Que Significa "Lírio dos Vales" na Bíblia? Jesus é o Lírio dos Vales?

Jesus é o lírio dos vales?


Como já foi dito, a expressão “lírio dos vales” aparece na Bíblia em apenas um versículo no livro de
Cântico dos Cânticos de Salomão. O contexto desse versículo mostra um diálogo entre o marido e a
esposa, já que o tema principal do livro trata sobre a dádiva do amor romântico dentro do
matrimônio.

Nesse sentido, a esposa amada faz a seguinte declaração: “Eu sou a rosa de Sarom; o lírio dos
vales” (Cântico 2:1). A maioria dos estudiosos do Antigo Testamento concorda que essa foi uma
declaração modesta. Em outras palavras, a esposa estava se comparado a flores silvestres comuns
na Palestina.

Mas o esposo apaixonado responde dizendo: “Qual o lírio entre os epinhos, tal é a minha querida
entre as donzelas” (Cantares 2:2). Com essa declaração o esposo estava afirmando que ao contrário
de outras jovens, a sua amada se destacava como uma flor entre os espinhos. Isso quer dizer que
para o marido, a beleza de sua esposa superava todas as outras moças ao seu redor.

Diante de tudo isso é muito fácil entender que de forma alguma esse texto bíblico relaciona a
expressão “lírio dos vales” a Jesus Cristo. É verdade que existe uma longa tradição dentro do
Cristianismo de relacionar, através de analogia, Cristo com o marido e a Igreja com a esposa que
aparecem nesse livro.

Mesmo assim, não é correto afirmar que Cristo é o lírio dos vales à luz desse texto, já que “lírio dos
vales” é uma autodesignação da esposa, não do marido. Portanto, fica claro que o Senhor Jesus
Cristo recebe muitos títulos na Bíblia, mas definitivamente lírio dos vales não é um deles.

No entanto, a maioria dos cristãos, principalmente em canções, fala de Cristo como o lírio dos vales
não com modéstia como a esposa amada do livro de Cantares, mas com o objetivo de destacar sua
exuberância e beleza. É claro que isso não é errado, mas também não é possível dizer que esse tipo
de associação é extraído da Escritura.

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13/02/2022 18:42 O Que Significa "Não Entristeçais o Espírito Santo de Deus"?

Não Entristeçais o Espírito Santo de


Deus: O Que Isso Significa?
Daniel Conegero

A ordem: “Não entristeçais o Espírito Santo de Deus” significa que Deus se entristece quando os


redimidos não andam em conformidade com sua nova posição em Cristo Jesus. O crente é chamado
para uma nova vida oposta à sua velha vida de pecado. Ele é chamado a se despojar do velho
homem e se revestir do novo homem, ou seja, é chamado a se despir de si mesmo para ser vestido
de Cristo (Efésios 4:22-24).

Mas uma vez que os cristãos falhem em viver de acordo com essa nova realidade abraçando os
velhos vícios de sua natureza pecaminosa, o Espírito Santo de Deus fica entristecido. Entristecer o
Espírito Santo deve ser sempre visto como algo terrível, pois significa ir contra àquele que é a
garantia da nossa salvação. Por isso o apóstolo Paulo adverte: “Não entristeçais o Espírito Santo de
Deus, no qual estais selados para o dia da redenção” (Efésios 4:30).

Um ponto muito interessante na declaração: “Não entristeçais o Espírito Santo de Deus”, é o modo


como ela comunica de forma clara um importante tema da Pneumatologia Bíblica. Ao falar que é
possível que o Espírito Santo fique entristecido, Paulo não deixa dúvida de que o Espírito Santo é
uma pessoa.

Diferentemente do que ensinam algumas falsas doutrinas que afirmam que o Espírito Santo é
apenas uma energia, um poder ou uma força abstrata, a verdadeira doutrina bíblica aponta para o
fato de que o Espírito Santo é mesmo uma pessoa que tem intelecto, vontades, sentimentos e
responsabilidades (cf. João 14:17-26; 16:8-14; Romanos 8:27; 1 Coríntios 2:11; etc.).

Inclusive, ao afirmar a pessoalidade do Espírito Santo, o apóstolo do Paulo não estava trazendo uma
ideia nova e desconhecida da Escritura. Na verdade, ao escrever: “Não entristeçais o Espírito Santo”,
o apóstolo fez uso de uma profecia do profeta Isaías que já no Antigo Testamento mostrava a
possibilidade de alguém entristecer o Espírito Santo de Deus (Isaías 63:10).

Não entristeçais o Espírito Santo

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13/02/2022 18:42 O Que Significa "Não Entristeçais o Espírito Santo de Deus"?

A observação: “Não entristeçais o Espírito Santo de Deus” foi registrada pelo apóstolo Paulo em


sua Carta aos Efésios. Essa frase faz parte de uma seção da epístola onde Paulo traz uma série de
recomendações práticas concernentes à vida cristã.

O apóstolo dos gentios enfatiza que os crentes jamais devem andar conforme o seu velho modo de
vida. Antes, os crentes devem viver de forma apropriada como filhos de Deus, o que de fato são em
Cristo.

Nesse sentido, é necessário dizer “não” para o pecado, e “sim” para Cristo; é necessário rejeitar os
vícios da natureza caída, e abraçar os bons frutos da nova vida de santidade em Cristo. Isso envolve
todas as áreas da nossa vida! Sempre que contaminamos a nossa alma, abrindo espaço a quaisquer
pensamentos ou sugestões de engano, de vingança, de cobiça ou de imoralidade, estamos
entristecendo o Espírito Santo (Hendriksen; W. 1968).

Portanto, precisamos ter consciência de que não devemos entristecer o Espírito Santo de Deus, seja
com nossas atitudes, nossas palavras ou nossos pensamentos. A advertência: “Não entristeçais o
Espírito Santo de Deus” deve cobrir nossa vida por completo.

Todos os dias devemos nos perguntar: Será que há algo em meu coração, em meus pensamentos,
em minhas palavras ou em minhas ações que esteja injuriando e, consequentemente, entristecendo
o Espírito Santo?

No qual estais selados para o dia da redenção


Nas Epístolas Paulinas podemos encontrar pelo menos trinta repetições dos designativos “Espírito
Santo”, “Espírito de Deus”, “Espírito de Cristo”, etc. Isso é compreensível à luz da verdade de que é
impossível alguém ser salvo à parte da obra do Espírito Santo.

O Espírito Santo aplica na vida do homem a obra da redenção planejada pelo Pai e executada pelo
Filho. Da regeneração à santificação diária, o Espírito Santo está presente na vida do crente. Isso
significa que o Espírito Santo não é apenas Aquele que nos concede a vida, mas também é Aquele
que nos sustenta. Se há algo de bom e valioso em nós, sua origem está no Espírito Santo. As

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13/02/2022 18:42 O Que Significa "Não Entristeçais o Espírito Santo de Deus"?

virtudes através das quais podemos agradar a Deus, são, na verdade, partes do fruto do
Espírito (Gálatas 5).

O papel do Espírito Santo em nossas vidas é tão grande, que podemos afirmar que é n’Ele que
experimentamos de forma pessoal o nosso relacionamento com Deus. Por isso a Bíblia diz que o
Espírito Santo habita na vida do remido, fazendo dele o templo de Deus (1 Coríntios 3:16). Então se
o Espírito que habita em nós é “Santo”, obviamente isso implica que também devemos ser santos; e
a boa notícia é que no próprio Espírito Santo encontramos a fonte de toda santidade que
precisamos.

Portanto, considerando o caráter fundamental da pessoa do Espírito Santo para o crente, não é
estranho que logo após advertir os seus leitores a não entristecer o Espírito Santo de Deus, Paulo
completou dizendo que n’Ele, isto é, no Espírito, os crentes estão selados para o dia da redenção.

O dia da redenção é o grande dia do retorno de Cristo; é o dia em que todas as coisas serão
consumadas para a glória de Deus conforme o seu propósito eterno. O dia da redenção é o dia em
que nossos corpos humilhados se levantarão transformados e incorruptíveis à semelhança do corpo
glorioso do Cristo ressurreto.

Alguém pode perguntar: Qual a garantia de que esse dia chegará? A garantia é o próprio Espírito
Santo de Deus. Ele não apenas nos salva, mas nos concede a alegria e a segurança da nossa
salvação; Ele nos concede a certeza de que nossa herança é inviolável. Então é loucura
negligenciarmos a ordem: “Não entristeçais o Espírito Santo de Deus”.

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13/02/2022 18:38 O Que Significa "Não Vos Embriagueis Com Vinho"?

O Que Significa “Não Vos


Embriagueis Com Vinho”?
Daniel Conegero

A declaração: “não vos embriagueis com vinho, onde há contenda” é uma ordem bíblica que não
apenas mostra o perigo e o malefício da embriaguez, mas também contrasta o modo de vida
terreno com o modo de vida segundo à vontade de Deus. Por isso logo após essa ordem o versículo
bíblico também traz a ordem contrastante: “enchei-vos do Espírito” (Efésios 5:18).

Sem dúvida a ordem: “não vos embriagueis com vinho” está de acordo com os conhecidos efeitos do
álcool. Inclusive a Bíblia reprova a embriaguez (Provérbios 31:4-7; 23:35-39; Isaías 5:11; Lucas 21:34;
1 Pedro 4:2,3; etc.).

Muitas pessoas procuram as bebidas alcoólicas para fugirem de seus problemas e se sentirem
alegres, desinibidos e confiantes. No começo, tudo parece promissor. Mas no final a alegria dá lugar
ao pesar, a desinibição dá lugar à vergonha, e a confiança dá lugar à dissolução. Por fim, os
problemas permanecem. Mas os verdadeiros cristãos, por outro lado, jamais devem procurar no
vinho sua fonte de contentamento. Para eles, o segredo para a verdadeira alegria é encher-se do
Espírito.

Então a ordem: “enchei-vos do Espírito” implica na verdade de que a alegria do Espírito não é


superficial e momentânea como alegria da embriaguez. A desinibição promovida pelo Espírito na
vida do crente não o conduz à vergonha. A confiança resultante do enchimento do Espírito jamais
resulta em contenda. Diferentemente dos efeitos do álcool com sua alegria passageira, a presença
do Espírito Santo faz com que os crentes sejam exultantes mesmo em meio à dor e o sofrimento.

Por que Paulo escreveu: “não vos embriagueis com


vinho”?
O apóstolo Paulo escreveu a frase: “não vos embriagueis com vinho” em sua Carta aos Efésios numa
seção em que ele fala sobre a necessidade de os crentes viverem de forma compatível à sua nova
posição em Cristo. Os crentes formam a gloriosa Igreja de Cristo; eles foram eleitos desde a
fundação do mundo; foram ressuscitados de seu estado de morte espiritual e feitos herdeiros da

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13/02/2022 18:38 O Que Significa "Não Vos Embriagueis Com Vinho"?

bênçãos espirituais em Cristo para a glória de Deus. Então eles devem andar de forma adequada a
essa realidade.

Mas parece que o abuso do álcool era um perigo na Igreja Primitiva. Inclusive, a igreja de Corinto
chegou a levar esse perigo para dentro das reuniões cristãs (1 Coríntios 11). Não por acaso há várias
restrições claras quanto ao abuso de bebidas alcoólicas no Novo Testamento (1 Timóteo 3:3-8; Tito
1:7; 2:3; etc.).

Além disso, naquele tempo a embriaguez estava muito associada à vida religiosa. Na cultura pagã
do mundo greco-romano, frequentemente as pessoas usavam o vinho para entrar num estado de
êxtase no qual supostamente podiam ter comunhão com os deuses e receber um tipo de
conhecimento estático que era inalcançável num estado de sobriedade.

Também é interessante notar que imediatamente após dizer: “não vos embriagueis com vinho”, o
apóstolo completa: “onde há contenda”. A palavra “contenda” traduz um termo grego que indica um
comportamento dissoluto, incluindo as ideias de “falta de controle” e “desperdício”.

O contentamento trazido pelo álcool é apenas momentâneo e não vale o descontrole e o


desperdício que o acompanham. Não há nada de proveitoso naquilo que uma pessoa embriagada
faz. Essa pessoa perde o controle de sua razão e desperdiça sua dignidade. O consolo do álcool não
é real! Por tudo isso a embriaguez jamais deve estar presente na vida cristã.

Um caminho mais excelente em lugar da embriaguez


O mundo oferece muitas formas de alegria, mas todas elas são superficiais e passageiras. O álcool é
só mais um instrumento para alcançar esse tipo de alegria sem valor. Mas a Palavra de Deus oferece
uma alternativa apropriada que conduz à verdadeira alegria: a plenitude do Espírito Santo.

A alegria provida pelo Espírito Santo que habita na vida do crente é indizível e gloriosa (1 Pedro 1:8).
A fonte da verdadeira alegria não está no vinho, mas no Espírito de Deus que enche a vida dos
redimidos. Essa alegria é tão imbatível que ela não significa ausência de problemas, mas significa
contentamento mesmo em meio ao sofrimento.

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13/02/2022 18:38 O Que Significa "Não Vos Embriagueis Com Vinho"?

O teólogo Warren Wiersbe faz uma aplicação interessante ao dizer que a pessoa embriagada está
sob o controle de outra força — o álcool. Ele experimenta uma sensação de alívio e não tem
vergonha de se expressar. Mas o cristão, pleno do Espírito, tem sua vida controlada por Deus. Ele
experimenta uma alegria profunda e não tem medo de se expressar para a glória de Deus.
Diferentemente do embriagado que faz papel de tolo e causa embaraço para si mesmo, o cristão
experimenta um maravilhoso domínio próprio.

Wiersbe ainda observa que a pessoa embriagada chama a atenção para si mesma, enquanto o
cristão pleno do Espírito Santo dá testemunho de Cristo. Os bêbados costumam cantar, mas suas
canções revelam o estado corrompido de seus corações. Já o cântico do cristão vem de Deus e não
pode ser entoado sem o poder do Espírito (Comentário Expositivo do Novo Testamento).

Portanto, a exortação: “não vos embriagueis com vinho” indica que esse tipo de prática não pode
nos levar a nada de positivo. Como diz William Hendriksen, a embriaguez não pode colocar o crente
de posse dos prazeres concretos e duráveis, nem do conhecimento aproveitável e nem da alegria
perfeita (Comentário do Novo Testamento — Efésios e Filipenses). E de fato os crentes não precisam
da embriaguez ou de qualquer artifício do mundo para encontrar conforto e contentamento, pois o
Espírito de Deus é tudo o que eles precisam.

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13/02/2022 18:36 O Que Significa "Terra Que Mana Leite e Mel" na Bíblia?

O Que é a “Terra Que Mana Leite e


Mel” na Bíblia?
Daniel Conegero

A expressão “terra que mana leite e mel” significa na Bíblia a riqueza e produtividade da terra de


Canaã, o território que Deus prometeu a Israel. Embora estivesse cercada por regiões desérticas,
Canaã era uma terra fértil, com terreno propício para produção abundante de mantimento.

Então a “terra que mana leite e mel” é uma descrição bíblica usual para a Terra Prometida. De fato,
essa é uma expressão frequente, principalmente no Pentateuco. Somente no livro de Deuteronômio,
por exemplo, essa mesma expressão aparece pelo menos seis vezes. Mas essa designação também
aparece nos livros históricos e proféticos (cf. Josué 5:6; Jeremias 32:22; Ezequiel 20:6-15).

A expressão “terra que mana leite e mel” aparece pela primeira vez na Bíblia no livro de Êxodo, no
contexto do chamamento de Moisés. Naquele tempo o povo de Israel estava havia vários séculos
escravizado no Egito. Moisés embora fosse um hebreu, tinha sido criado na corte egípcia, mas
acabou precisando fugir do Egito por ter matado um egípcio (Êxodo 2).

Então após ter fugido do Egito, Moisés foi para Midiã, na península do Sinai. Ali Deus o convocou
para liderar a libertação dos israelitas do Egito. Deus prometeu livrar o seu povo da mão dos
egípcios, numa terra de servidão, e leva-lo a uma terra boa e vasta, “uma terra que mana leite e mel;
ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do perizeu, e do heveu, e do jebuseu” (Êxodo 3:8).

Uma terra que mana leite e mel


Ao usar a expressão “terra que mana leite e mel”, Deus estava afirmando que levaria Israel a um bom
lugar. Ele não tiraria os israelitas do Egito para conduzi-los a uma terra estéril, mas os conduziria a
uma terra fértil e abundante. O verbo “manar” que é empregado nessa expressão traduz um termo
hebraico que transmite o sentido de “brotar” ou “correr” no sentido de “ter um fluxo”.

Em outras palavras, a Terra Prometida era uma terra que brotava, que “corria” abundância. Isso fica
evidente na sequência da frase que indica que a terra manava “leite e mel”. A palavra “leite”
frequentemente era empregada nos tempos antigos justamente como uma metáfora para a
abundância da terra. Uma terra que produz leite é uma terra fértil, pois possui pastagem para o
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13/02/2022 18:36 O Que Significa "Terra Que Mana Leite e Mel" na Bíblia?

gado. Pelas características da região e da época, aqui não se deve pensar apenas no leite de vaca,
mas principalmente no leite de cabra e ovelha.

Já a palavra “mel” traduz uma palavra hebraica que vem de uma raiz que traz a ideia de “ser
grudento” ou “melado”. Alguns estudiosos defendem que provavelmente a principal referência nesse
ponto não é ao mel de abelhas especificamente, mas ao mel de tâmara. Então na expressão “terra
que mana leite e mel” a ideia é a de que a terra de Canaã não apenas era boa para a criação de
gado, mas também para o cultivo e para obtenção de produtos naturais.

Tudo isso indica o caráter benevolente da promessa do Senhor. Os israelitas tinham crescido muito
em número durante o tempo que ficaram no Egito. Mas por muitos anos eles acabaram sendo
submetidos ao trabalho forçado e a situações precárias.

Porém, Deus havia providenciado uma terra que poderia acolhe-los com fartura; uma terra onde
eles poderiam se estabelecer e desfrutar das bênçãos da aliança. Na terra haveria pastagem para o
gado e plantas nos campos, e desse modo a “terra que mana leite e mel” proveria tudo o que povo
necessitasse.

A realização da promessa de Deus na terra que mana


leite e mel
Sendo obedientes ao Senhor, em Canaã os israelitas teriam sustento e doçura ao seu paladar. Em
Canaã eles poderiam descansar de sua servidão. Mas antes de entrarem na Terra Prometida, espias
israelitas foram analisar a terra. Eles verificaram que realmente a terra manava leite e mel, e
trouxeram um exemplo do fruto da terra (Números 13:27).

No entanto, tão logo o entusiasmo deu lugar ao ceticismo. Os espias disseram que a terra era
ocupada por povos poderosos com os quais Israel não poderia lidar. Mesmo apesar do testemunho
fiel de Calebe – um dos espias – de que os israelitas triunfariam em Canaã porque aquela era a terra
de sua herança, os outros espias falaram muito mal daquela terra. Então na boca deles a
expressão: “terra que mana leite e mel” deu lugar a outra expressão: “terra que consome os seus
moradores” (Números 13:32).

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13/02/2022 18:36 O Que Significa "Terra Que Mana Leite e Mel" na Bíblia?

Deus não conduziria o povo de Israel a um lugar de ruína; não conduziria o povo a uma terra em
que eles ficariam desprovidos da graça e da proteção do Senhor. Além disso, Deus havia avisado
Moisés que aquela terra estava ocupada por outros povos (Êxodo 3:8). Mas aquela era a terra da
herança que Deus prometeu a Abraão, Isaque e Jacó. Então o Senhor haveria de prover tudo para
que Israel pudesse conquistar aquela terra.

Porém, a falta de confiança dos israelitas no Senhor foi tão grande, e sua rebeldia, tão aguda, que
eles chegaram ao ponto de inverter a situação e afirmar que o Egito era a terra que manava leite e
mel (Números 16:13; cf. Números 14).

O resultado final disso tudo foi que toda aquela geração, com exceção de Josué e Calebe, pereceu
no deserto e não entrou na Terra Prometida (Josué 5:6). Mas Deus levantou uma nova geração de
israelitas, e sob a liderança de Josué, Israel entrou e conquistou milagrosamente “a terra que mana
leite e mel”.

O cristão e a terra que mana leite e mel


Podemos dizer que a realidade de uma terra que mana leite e mel, onde não há falta de nada,
aponta para a abundância das riquezas espirituais que o crente desfruta em Cristo (Efésios 3:8). Em
Cristo os cristãos encontram tudo o que precisam! Eles encontram abundância de graça, de
misericórdia e de tudo mais que necessitam para viver uma vida cristã plena e realizada para a glória
de Deus. Em Cristo Jesus os redimidos são completos (Colossenses 2:10).

Além disso, no Novo Testamento o escritor de Hebreus usa Canaã como figura da pátria celestial
que aguarda os crentes (Hebreus 4). Nesse sentido, pela obra de Cristo a promessa divina sobre
uma terra que mana leite e mel alcança seu cumprimento final no lar celestial, o verdadeiro
descanso de Deus para o seu povo, de quem a Canaã terrena apenas prefigurava.

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13/02/2022 18:36 O Verbo se Fez Carne e Habitou Entre Nós: Estudo Bíblico

O Verbo se Fez Carne e Habitou


Entre Nós: O Que Isso Significa?
Daniel Conegero

A declaração: “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” significa uma afirmação a respeito da
encarnação divina. Essa frase expressa o princípio de que Aquele que é eterno foi conformado ao
tempo; Aquele que jamais foi criado assumiu a humanidade; o infinito tornou-se finito e por mais
que nossa mente não consiga explorar plenamente a profundidade de tudo isso, a verdade é que
Deus foi visto em carne e osso habitando entre os homens.

O termo “verbo” nessa declaração traduz o grego logos, que significa “palavra”. Mas o Logos a que
João se refere não é um conceito abstrato de razão, mente ou sabedoria, e muito menos uma
filosofia.

Embora esse termo fosse amplamente usado na filosofia grega, ao escrever que “o Verbo se fez
carne e habitou entre nós” João usou esse mesmo termo para mostrar a seus leitores que o
verdadeiro Logos não era algo impessoal, mas uma Pessoa real que revelava corporalmente a
divindade e que podia ser ouvida, vista e tocada. Isso fica muito claro quando tomamos o versículo
inteiro: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, repleto de graça e de verdade, e vimos a sua
glória, como do Unigênito do Pai” (João 1:14).

E o verbo se fez carne


A doutrina da encarnação sem dúvida está no centro da Fé Cristã. Se alguém nega a encarnação de
Deus na pessoa de Jesus Cristo não pode ser considerado um cristão. Mas nos primeiros anos do
Cristianismo, nos tempos do apóstolo João, falsos mestres começaram a atacar a pessoa de Cristo.

Alguns negavam a divindade de Cristo e afirmavam que Ele era simplesmente uma criatura de Deus,
ou mesmo uma pessoa comum que supostamente teria recebido uma virtude especial que o elevou
a um grau superior ou divino ao supostamente ser adotado por Deus. Já outros negavam a
humanidade de Cristo afirmando que seu corpo era simplesmente uma ilusão.

Mas João combateu essa ideia afirmando que “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus,
e o Verbo era Deus” (João 1:1). Com isso João deixou claro que Cristo não era uma criatura, mas uma
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13/02/2022 18:36 O Verbo se Fez Carne e Habitou Entre Nós: Estudo Bíblico

Pessoa divina e eterna. Em seguida, João reprovou qualquer dúvida a respeito do corpo de Cristo
escrevendo que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. Dessa forma João testificou que Jesus não
era um espírito, um corpo ilusório ou um fantasma. Ele era de carne e osso, isto é, plenamente
humano como qualquer um de nós.

Alguém pode até perguntar: Como foi que o Verbo se fez carne? A Bíblia responde esta pergunta ao
registrar o milagre do nascimento virginal de Jesus. Conforme havia previamente sido anunciado na
Escritura, Jesus Cristo foi concebido de forma miraculosa no ventre de uma virgem, Maria, sem
qualquer pai humano, mas exclusivamente por obra do Espírito Santo (Mateus 1:18-20; cf. Isaías
7:14). Então o Verbo se fez carne, ou seja, Ele assumiu a natureza humana – esta sem pecado.

E o Verbo habitou entre nós


Após escrever que o Verbo se fez carne, João completou: “e habitou entre nós”. A palavra “habitou”
significa literalmente “tabernaculou”, ou seja, “armou sua tenda”. Em outras palavras, ao escrever
que “o Verbo habitou entre nós” João afirmou que Deus habitou entre nós como que numa tenda.

É incrível pensar que o Verbo eterno, por um tempo, estabeleceu sua morada e viveu entre os seres
humanos. Os textos bíblicos que registram a vida e o ministério do Senhor Jesus não deixam
qualquer de que sua encarnação foi completa. Ele esteve sujeito a todas as limitações que os
homens experimentam. Jesus sentiu cansaço, sede, fome e dor. Ele se alegrou, se entristeceu e
também chorou. Ele nasceu, cresceu e morreu. Diferentemente de nós, no entanto, Ele não pecou.
Nenhuma falha foi achada no Verbo de Deus. Cristo foi absolutamente perfeito em tudo (2 Coríntios
5:21; Hebreus 4:15; 7:26).

Mas ao dizer que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós”, sendo que a palavra “habitou” significa
basicamente “armou sua tenda”, João também enfatizou o elemento temporário dessa habitação. A
habitação em tendas sempre transmitiu a ideia de uma habitação temporária num determinado
lugar. Por exemplo: o Tabernáculo – que era uma tenda – era o santuário móvel no Antigo
Testamento.

Mas em que sentido essa habitação foi temporária? Ela foi temporária no sentido de que o Verbo
assumiu a natureza humana em sua condição enfraquecida apenas por um tempo, isto é, de seu
nascimento até sua morte.

Mas jamais devemos pensar que depois disso Ele abandonou a natureza humana. Na verdade o
Verbo eterno assumiu a natureza humana permanentemente. Quando Cristo ressuscitou, Ele
continuou sendo humano, porém num corpo glorificado. Inclusive, Ele provou ao incrédulo
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13/02/2022 18:36 O Verbo se Fez Carne e Habitou Entre Nós: Estudo Bíblico

Tomé que seu corpo era real e podia ser tocado. E ainda mais, Ele não deixou de ser plenamente
humano quando ascendeu ao Céu.

Isso é realmente extraordinário, pois é a garantia de que temos um de nós no Céu, dentro do
Santuário Celestial. Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Verbo que se fez carne e habitou entre nós, Ele
mesmo é o representante perfeito que necessitamos, que Ele se compadece das nossas fraquezas e
intercede por nós (Hebreus 4:14; 9:11-25).

E vimos a sua glória


É interessante notar a progressão no texto de João. Primeiro ele afirmou a plena divindade de Cristo
– “No princípio era o Verbo, e o verbo estava com Deus e o Verbo era Deus” – e depois afirmou a
plena humanidade de Cristo – “E o verbo se fez carne e habitou entre nós”.

Mas antes que alguém pudesse pensar que Aquele que é Deus por toda a eternidade deixou de ser
Deus para tornar-se homem, João concluiu que embora o Verbo tenha se feito carne e habitado
entre nós, Ele assim o fez “repleto de graça e de verdade, e vimos a sua glória como do unigênito do
Pai” (João 1:14).

Deus, o Filho, não abriu mão de sua divindade para tornar-se homem. Ele não abandonou seus
atributos para assumir os atributos humanos. Sua natureza humana não absorveu sua natureza
divina, e nem sua natureza divina absorveu sua natureza humana. Na verdade a doutrina bíblica
correta é a de que as duas naturezas, humana e divina, na encarnação do Verbo tornaram-se unidas
e indivisíveis; no entanto, sem mistura ou confusão, de modo que cada natureza retém seus
próprios atributos.

Então no Verbo encarnado, mesmo durante seu período de humilhação, o brilho da graça, da
majestade e da verdade divina, podia ser contemplado através de suas obras e palavras. Os
atributos da divindade do Filho de Deus podiam ser vistos brilhando através do véu de sua natureza
humana (Hendriksen, W. Comentário do Novo Testamento, 1953).

https://estiloadoracao.com/o-verbo-se-fez-carne/ 3/4
13/02/2022 18:36 O Verbo se Fez Carne e Habitou Entre Nós: Estudo Bíblico

Isso está de acordo com o que o apóstolo Paulo escreveu na Carta aos Colossenses: “Porque nele
habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Colossenses 2:9). Quando o Verbo se fez carne,
Ele colocou de lado algumas de suas prerrogativas como Deus, mas jamais deixou de ser “o
resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas pela palavra
do seu poder” (Hebreus 1:3).

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13/02/2022 18:44 Por Que "Ninguém Subiu ao Céu, Senão Aquele que Desceu do Céu"?

Por Que “Ninguém Subiu ao Céu,


Senão Aquele que Desceu do Céu”?
Daniel Conegero

O versículo que diz que “ninguém subiu ao céu, senão aquele que desceu do céu” indica a autoridade
do Senhor Jesus a respeito da obra da salvação. O significado desse versículo é uma declaração da
divindade de Cristo.

Algumas pessoas, no entanto, usam esse versículo de forma equivocada e fora de seu contexto para
contestar algumas doutrinas bíblicas importantes, como por exemplo, a doutrina da imortalidade da
alma que afirma que os salvos quando morrem vão estar com Cristo. O apóstolo Paulo, por
exemplo, diz que desejava partir para estar com Cristo (Filipenses 1:20-23). Então as pessoas
questionam como ele poderia dizer isso se o próprio Jesus havia afirmado que “ninguém subiu ao
céu, senão aquele que desceu do céu”.

Outras pessoas, por sua vez, usam esse mesmo versículo para rejeitar as passagens bíblicas que
afirmam que, na história da humanidade, duas pessoas foram levadas por Deus sem terem provado
a morte: Enoque e Elias (Gênesis 5:24; Hebreus 11:5). A ideia é que Enoque e o profeta Elias jamais
poderiam ter sido arrebatados, porque ninguém subiu ao céu, senão aquele que desceu do céu.

Mas é claro que não há qualquer contradição bíblica nesse tema. Inclusive, o próprio Senhor Jesus
na ocasião da crucificação, prometeu que o ladrão arrependido ao seu lado estaria juntamente com
Ele no paraíso (Lucas 23:43). Na verdade, é preciso apenas interpretar a declaração de Jesus de
que “ninguém subiu ao céu, senão aquele que desceu do céu”, à luz do seu contexto.

Quando Jesus disse: “ninguém subiu ao céu, senão


aquele que desceu do céu”?
A frase: “ninguém subiu ao céu, senão aquele que desceu do céu” está registrada num versículo que
faz parte do discurso de Jesus a Nicodemos, um fariseu estudioso da Lei que era membro
do Sinédrio (João 3:1).

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13/02/2022 18:44 Por Que "Ninguém Subiu ao Céu, Senão Aquele que Desceu do Céu"?

O texto informa que Nicodemos tinha algumas inquietações sobre a pessoa de Jesus, pois ele havia
percebido que era impossível que Jesus realizasse tantos sinais se Ele não fosse da parte de Deus.
Então Nicodemos procurou Jesus durante a noite para tentar encontrar respostas para os seus
questionamentos.

Mas talvez para a surpresa de Nicodemos, a resposta de Jesus foi a de que “ninguém pode ver
o Reino de Deus, se não nascer de novo” (João 3:3). Parece até que Jesus estava mudando de assunto,
mas não estava. Nicodemos queria saber mais sobre a pessoa e a obra de Cristo, e Jesus estava
simplesmente afirmando que a compreensão sobre essas coisas dependia de uma mudança radical
no homem; tão radical que Jesus diz que o homem precisa nascer de novo.

Mas nesse ponto Nicodemos não conseguiu compreender o ensino de Jesus, mesmo sendo um
mestre em Israel. Por mais que ele fosse um estudioso dedicado e tivesse contato com os rabinos
mais influentes de sua época, ele jamais tinha ouvido algo semelhante. Para ele, não fazia qualquer
sentido um homem já velho entrar novamente no ventre de sua mãe e renascer.

Foi então que Jesus se propôs a explicar a Nicodemos o que de fato Ele estava ensinando, e foi no
meio de sua explicação que Jesus falou que “ninguém subiu ao céu, senão aquele que desceu do céu”.

Por que Jesus disse: “ninguém subiu ao céu, senão


aquele que desceu do céu”?
O texto bíblico mostra de forma muito clara que o fariseu Nicodemos não estava conseguindo
processar o ensino de Jesus sobre o novo nascimento. Parece que ele estava interpretando esse
ensino da perspectiva humana, quando na verdade sua verdadeira compreensão só podia ser obtida
da perspectiva espiritual.

Inclusive, a expressão “nascer de novo” no grego também pode significar “nascer do alto” ou “nascer
de cima”. E esse era o sentido pretendido por Jesus, visto que Ele mesmo esclarece na sequência de
seu ensino que “nascer de novo” ou “nascer do alto” significa ser “nascido do Espírito” (João 3:7,8).

Mas mesmo assim Nicodemos ainda não estava conseguindo compreender essa questão, por isso
ele perguntou a Jesus: “Como pode ser isso?” (João 3:9). Diante da pergunta de Nicodemos Jesus
também lhe fez uma pergunta: “Tu és mestre de Israel e não sabes isso?” (João 3:10). Então na
sequência Jesus deixou muito claro a Nicodemos que ele e os demais membros do Sinédrio não
aceitavam nem mesmo as coisas que acontecem na esfera da experiência humana na terra das quais
Jesus falava, então obviamente também não podiam aceitar as coisas celestiais (João 3:12).

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13/02/2022 18:44 Por Que "Ninguém Subiu ao Céu, Senão Aquele que Desceu do Céu"?

Nicodemos podia até pensar em questionar sob qual autoridade Jesus podia falar das coisas
celestiais. Mas antes de mais nada, Jesus tratou de colocar diante de Nicodemos a sua verdadeira
autoridade. E foi nesse ponto que Ele declarou: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do
céu, o Filho do Homem, que está no céu” (João 3:13).

Uma declaração da divindade de Cristo


É fácil entender a declaração: “ninguém subiu ao céu, senão aquele que desceu do céu”, quando
percebemos que Jesus estava ensinando sobre a necessidade de o homem nascer de novo, isto é,
nascer do alto. Esse nascimento do alto não é obra humana, mas é obra divina. O novo nascimento
não tem origem na terra, mas tem origem no céu. Nascer de novo é nascer do Espírito, ou seja, é
nascer de Deus (cf. 1 João 3:9; 5:4).

Então ao falar a Nicodemos que “ninguém subiu ao céu, senão aquele que desceu do céu”, Jesus
estava mostrando abertamente a Nicodemos que Ele podia falar de coisas tão elevadas porque Ele
próprio vinha de onde o novo nascimento procede. Isso quer dizer que Jesus estava declarando sua
divindade a Nicodemos.

Em outras palavras, Jesus estava dizendo a Nicodemos que Ele tinha total autoridade para ensinar
aquelas coisas, visto que Ele próprio havia estado no céu numa posição que homem algum jamais
esteve.

É como se basicamente Jesus estivesse dizendo: “Nicodemos, vou te falar que o homem precisa
nascer do alto, precisa nascer de Deus. Você pode ser mestre em Israel, mas não sabe dessas coisas. Eu,
por outro lado, tenho autoridade para falar isso porque eu vim do alto; eu vim da sala do trono de
Deus, do lugar de onde as deliberações celestiais acontecem e de onde emana a obra da redenção; um
lugar que mestre algum de Israel jamais esteve. Mas eu estive presente ali, quando o decreto divino
concernente à salvação foi expedido ainda na eternidade. Por isso tenho autoridade para falar o que
estou falando a você hoje”.

Portanto, o versículo que diz que “ninguém subiu ao céu, senão aquele que desceu do céu” deve
sempre ser interpretado à luz de seu contexto. Dessa forma, ele não contradiz de modo algum a

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13/02/2022 18:44 Por Que "Ninguém Subiu ao Céu, Senão Aquele que Desceu do Céu"?

doutrina bíblica de que os redimidos podem estar com Cristo após a morte; nem mesmo tem
qualquer coisa a ver com o fato de a Bíblia dizer que Enoque e Elias foram arrebatados sem terem
provado a morte.

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13/02/2022 18:37 Por Que Jesus Morreu na Cruz?

Por Que Jesus Morreu na Cruz?


Daniel Conegero

Basicamente podemos dizer que Jesus morreu para redimir os pecadores de seus pecados. Logo, a
morte de Jesus foi expiatória. O significado da expiação provida por Cristo inclui as ideias de
sacrifício, propiciação, substituição e reconciliação.

Podemos entender melhor por que Jesus morreu quando olhamos para o significado original da
palavra “expiação”. Em seu sentido mais básico, essa palavra traz a ideia de “pagamento”, indicando
um tipo de transação comercial em que uma pessoa compra algo de outra pessoa.

Então quando falamos que Cristo expiou o nosso pecado ou que Ele nos redimiu, no sentido mais
básico estamos dizendo que Cristo pagou o nosso pecado diante de Deus e nos comprou. Isto está
em harmonia com o testemunho bíblico que mostra que nossa redenção custou um alto preço, isto
é, o próprio sangue de Jesus Cristo.

Inclusive, o próprio Senhor Jesus indica que foi isso mesmo que aconteceu quando Ele esteve na
cruz. Já no final de seu período de sofrimento durante a crucificação, Jesus exclamou: “Está
consumado” (João 19:30). Essa expressão traduz justamente um termo comercial que naquele tempo
indicava a quitação total de uma dívida.

Mas à luz dessa verdade bíblica que mostra que de fato a redenção foi um pagamento, uma
compra, surgiram várias teorias ao longo da história da Igreja na tentativa de explicar o significado
da morte de Jesus e responder de forma mais profunda por que Jesus morreu na cruz.

Explicações erradas sobre por que Jesus morreu na


cruz
Algumas pessoas tentam explicar por que Jesus morreu na cruz defendendo que a morte expiatória
de Cristo foi apenas um exemplo para a humanidade; e que a ideia de expiação é simplesmente um
conceito metafórico. De acordo com essas pessoas, a obra de Jesus simplesmente inspira o homem
e lhe serve como um bom exemplo de fé, amor e obediência a Deus. Em outras palavras, o homem
pode ter seu relacionamento com Deus restaurado ao adotar a mesma conduta de Jesus.

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13/02/2022 18:37 Por Que Jesus Morreu na Cruz?

De forma semelhante, outras pessoas ignoram completamente o testemunho bíblico a respeito da


santidade, retidão e justiça de Deus, e adotam uma visão de que a morte de Jesus foi unicamente
para mostrar o amor de Deus e nos influenciar moralmente. A ideia é a de que quando tomamos
consciência do amor de Deus, somos curados da ignorância e deixamos de sentir medo de Deus.
Nesse caso, podemos ser reconciliados com Deus não exatamente pela obra de Cristo, mas por
entendermos o seu amor e mudarmos a nossa atitude.

Há também quem defenda que Jesus morreu unicamente com a finalidade de exibir aos homens a
justiça de Deus. Essas pessoas acreditam que Jesus não morreu para pagar efetivamente o preço
real pelo pecado dos homens, mas que sua morte serviu apenas como uma substituição penal,
fornecendo então um fundamento para o perdão divino e ao mesmo tempo mostrando que Deus
não aprova o pecado, preservando assim o governo moral de Deus. Então nessa teoria a morte de
qualquer pessoa teria cumprido o mesmo propósito da morte de Jesus Cristo, desde que os
pecadores fossem convencidos das implicações penais de seus pecados.

Por fim, há também muitas pessoas que acreditam que Jesus morreu para pagar um resgate
a Satanás com a finalidade de libertar o homem do poder das forças das trevas. Essas pessoas
pensam que Satanás tinha controle total sobre a humanidade, mantendo os homens como reféns.
Então a morte de Jesus foi como o pagamento de um resgate pago a um sequestrador.

O motivo correto do porquê Jesus morreu na cruz


Sem dúvida a morte expiatória de Jesus Cristo envolveu muitos aspectos que tornam o seu
significado muito profundo. A obra da expiação definitivamente foi uma obra complexa.

Isso quer dizer que não podemos cair no erro de enfatizar um único aspecto da expiação em
detrimento de outros. As pessoas que explicam de forma equivocada por que Jesus morreu, caem
exatamente nesse tipo de erro. É por isso que das teorias que apresentamos aqui, todas elas
possuem alguma dimensão de verdade; mas, por outro lado, elas erram ao desprezar o ensino
bíblico completo sobre o assunto.

Então podemos dizer que de fato a morte de Jesus na cruz mostrou a imensidão do amor de Deus
ao entregar seu Filho por nós; bem como não deixou qualquer dúvida sobre a gravidade do pecado,
assim como revelou a inescapável justiça de Deus que requer a punição desse pecado. Em sua
morte Jesus também nos deu um exemplo insuperável de obediência e dedicação a Deus. Além
disso, em sua morte expiatória Jesus também triunfou sobre o império do mal e libertou aqueles
que estavam cativos sob as forças da impiedade.

https://estiloadoracao.com/por-que-jesus-morreu-na-cruz/ 2/3
13/02/2022 18:37 Por Que Jesus Morreu na Cruz?

Mas isso não significa que a obra da expiação pode ser reduzida a um mero exemplo, a uma simples
influência moral ou a uma lógica governamental. Além disso, de fato a expiação fala sobre o
pagamento de um resgate, mas obviamente esse pagamento não foi pago a Satanás.

A verdade é que Jesus morreu para quitar a dívida do pecador; uma divida devida a Deus, porque
o pecado é a transgressão da Lei de Deus. Em outras palavras, a verdade que fundamenta todos os
outros aspectos da expiação é a de que Jesus morreu para satisfazer a justiça divina ao substituir
efetivamente o lugar do pecador e quitar sua dívida que, de outra forma, jamais seria paga.

Dessa forma, Cristo cumpriu o plano de redenção que foi concebido ainda na eternidade. Antes de
o mundo existir, Deus, o Pai, já havia decidido enviar seu Filho para pagar o preço por nossa culpa
moral (Efésios 1). A morte de Jesus mostra que o Pai aceitou o pagamento do Filho em favor de
pessoas culpadas que jamais poderiam pagar sua dívida (Somos Todos Teólogos, Sproul, R. C., 2014).

Essa teoria que considera corretamente o efeito principal da morte de Jesus Cristo tem sido
chamada na teologia de “teoria da satisfação”. Isso porque ela enxerga que Jesus morreu para
satisfazer um princípio na própria natureza de Deus (Teologia Sistemática, Erickson, M., 1992).

Então a morte de Jesus mostra que Deus é tão amoroso que enviou seu próprio Filho para tomar o
lugar de pecadores; mas também mostra que Deus é tão justo que não poupou nem mesmo seu
próprio Filho que tomou o lugar de pecadores (Romanos 8:32). Por isso a Bíblia deixa claro que
Deus é tanto justo quanto justificador (Romanos 3:26).

Como resultado, agora os redimidos são propriedade do próprio Deus (1 Pedro 2:9). Isso está de
acordo com o que escreveu o apóstolo Paulo ao explicar que os crentes não pertencem a si
mesmos, pois “foram comprados por alto preço” (1 Coríntios 6:20). Então Jesus morreu na cruz para
que tudo isso fosse possível, e o centro de sua obra expiatória substitutiva enfatiza o seu sacrifício
propiciatório, a substituição efetiva dos pecadores diante da justiça de Deus, e, com base em seus
méritos, a reconciliação com Deus dos pecadores redimidos.

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13/02/2022 18:37 Por Que Jesus Ressuscitou ao Terceiro Dia se Ele Morreu na Sexta-Feira?

Por Que Jesus Ressuscitou ao


Terceiro Dia?
Daniel Conegero

A Bíblia afirma que Jesus ressuscitou ao terceiro dia (Lucas 18:33). Esse “terceiro dia”, à luz dos textos
bíblicos, foi o primeiro dia da semana, isto é, o domingo (Marcos 16:2). Mas muitas pessoas ficam
em dúvida sobre como Jesus ressuscitou ao terceiro dia se ele morreu na sexta-feira.

Aqui é preciso admitir que a cronologia do ministério de Jesus sempre é tema de debates
acadêmicos. Especialmente com relação à sua morte, alguns poucos estudiosos sugerem que talvez
a crucificação tenha acontecido na quarta-feira ou na quinta-feira, ao invés da sexta-feira. Então
algumas pessoas que ficam em dificuldade diante da informação bíblica de que Jesus ressuscitou ao
terceiro dia, acabam preferindo adotar uma dessas alternativas.

Além disso, essas pessoas ainda apontam uma passagem bíblica em particular para tentarem
afirmar que jamais Jesus poderia ter sido crucificado numa sexta-feira e ressuscitar num domingo. A
passagem em questão é aquela em que o Senhor Jesus recorre ao sinal do profeta Jonas e diz: “Pois
como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do monstro marinho, assim também o Filho do
homem estará três dias e três noites no coração da terra” (Mateus 12:40).

Mas essas alternativas que sugerem que Jesus morreu numa quarta-feira ou numa quinta-feira,
esbarram em vários problemas de falta de evidências, e são facilmente refutadas por uma
consideração mais apurada da cronologia do ministério de Jesus. Além disso, a grande fraqueza
desse tipo de interpretação é que a Bíblia é muito clara ao dizer que os eventos relacionados à
crucificação de Jesus se deram na sexta-feira.

Para tanto, os textos bíblicos aplicam uma palavra grega que significa literalmente “o dia antes do
sábado” ou “véspera do sábado” (Marcos 15:42; cf. Lucas 23:54; João 19:14,30,42). Inclusive, essa
mesma palavra ainda é usada no grego moderno para indicar a sexta-feira. Então se é evidente que
Jesus morreu na sexta-feira, como Ele pode ter ressuscitado no terceiro dia, sendo esse terceiro dia
o domingo?

Jesus ressuscitou ao terceiro dia


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13/02/2022 18:37 Por Que Jesus Ressuscitou ao Terceiro Dia se Ele Morreu na Sexta-Feira?

Em primeiro lugar, é preciso entender que os judeus contavam o tempo de uma forma um tanto
quanto diferente à forma que usamos atualmente. Basicamente o dia começava e terminava com o
pôr do sol — por volta das 18:00 horas. Esse período de aproximadamente 24 horas formava o que
era chamado entre os judeus de onah — que incluía um dia e uma noite.

No entanto, para os judeus, uma vez que um onah era iniciados, considerava-se um onah inteiro. Em
outras palavras, uma parte de um dia era como o total dele para fins de contabilização.

Isso ajuda a entender a declaração de Jesus de que Ele ficaria no coração da terra durante três dias e
três noites. Nesse sentido, a expressão “três dias e três noites” era uma expressão idiomática usada
pelos judeus não com o objetivo de se referir ao período exato de 72 horas — três dias e três noites
inteiros —, mas com o objetivo de se referir a três unidades de tempo.

Por isso podemos dizer que expressões como: “ao terceiro dia”, “no terceiro dia”, “depois de três
dias” e “três dias e três noites”, significam a mesma coisa e são usadas na Bíblia de forma
intercambiável.

Por exemplo: em certa ocasião Jesus disse que “depois de três dias” ressuscitaria (Marcos 8:31). Em
outra ocasião Ele disse que ressuscitaria “ao terceiro dia” (Mateus 17:23). Quando os líderes judeus
falaram a Pilatos sobre a promessa da ressurreição, eles disseram que Jesus tinha prometido
ressuscitar “depois de três dias”, e pediram que o sepulcro fosse guardado até “ao terceiro dia”
(Mateus 27:62-64).

O erro de muitas pessoas é entender as expressões “ao terceiro dia”, “no terceiro dia” ou “depois de
três dias” como que significando “após o terceiro dia”. De fato, “após o terceiro dia” equivale ao
quarto dia, e não mais ao terceiro dia. Inclusive, no Antigo Testamento há várias referências que
indicam que nem sempre o terceiro dia era um dia inteiro (Ester 4:16; cf. Gênesis 42:17-18; 1 Samuel
30:12,13; 2 Crônicas 10:5,12).

A cronologia da ressureição

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13/02/2022 18:37 Por Que Jesus Ressuscitou ao Terceiro Dia se Ele Morreu na Sexta-Feira?

Voltando ao fato de que Jesus ressuscitou ao terceiro dia, podemos perceber a seguinte lógica.
Jesus morreu na sexta-feira (primeiro dia), permaneceu morto no sábado (segundo dia) e
ressuscitou no domingo (terceiro dia).

Sendo ainda mais detalhado, temos a seguinte lógica: Jesus morreu e foi sepultado na sexta-feira
antes do pôr do sol. Como para os judeus uma parte de um dia — período aproximado de 24 horas
que separava um pôr do sol de outro — contava como um dia inteiro, então já na sexta-feira
idiomaticamente era possível falar que Jesus esteve morto um dia e uma noite, já que a sexta-feira
começava com o pôr do sol da quinta.

No sábado, que começava com o pôr do sol da sexta, Jesus permaneceu morto. Nesse caso, de
acordo com a expressão idiomática, Jesus já estava sepultado durante dois dias e duas noites. Em
algum momento do domingo pela manhã Jesus ressuscitou. Como o domingo começava com o pôr
do sol do sábado, então nos termos judaicos de contagem do tempo, Jesus permaneceu três dias e
três noites morto e sepultado, ainda que isso não significava que Ele havia estado morto por 72
horas.

Portanto, Jesus ressuscitou ao terceiro dia. Usando a expressão idiomática judaica, de fato Ele ficou
morto e sepultado três dias e três noites, e isso não significa uma contradição com a informação
bíblica de que a crucificação ocorreu na véspera do sábado.

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13/02/2022 18:38 Qual a Missão da Igreja? Estudo e Pregação Sobre Missão

Qual a Missão da Igreja?


Daniel Conegero

A grande missão da Igreja é ser testemunha do Senhor Jesus Cristo, proclamando o seu Evangelho a
todas as pessoas e tornando conhecido o Reino de Deus no mundo. Em outras palavras, no centro
da missão da Igreja está o Evangelho.

O último assunto que o Senhor Jesus tratou com seus discípulos antes de subir ao Céu, foi
justamente com relação à missão da Igreja. Nesse sentido, Ele disse: “Ide, portanto, fazei discípulos
de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28:19). Essa
declaração de Jesus é uma ordem muita clara quanto ao compromisso da Igreja com a proclamação
do Evangelho.

No livro de Atos dos Apóstolos, temos mais uma declaração do Senhor Jesus sobre a missão da
Igreja: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto
em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra” (Atos 1:8).

Esses dois versículos, embora sejam breves, são muito profundos quanto ao esclarecimento da
missão da Igreja. Podemos destacar alguns pontos importantes nesse sentido.

O centro da missão da Igreja é o Evangelho


Quando Jesus ordenou: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações […]”, Ele colocou a ênfase
principal dessa ordem na tarefa da proclamação e ensino. O imperativo que dá o tom à ordem de
Jesus é o “fazei discípulos”. Obviamente o verbo anteposto, o particípio grego traduzido por “ide”, é
a condição necessária que viabiliza a tarefa de fazer discípulos, ou seja, a ordem de Jesus é “fazei
discípulos de todas as nações”, e é claro que para isso é preciso se deslocar, ou seja, ir às nações.

Mas algumas pessoas se esquecem que o “ide” não é um fim em si mesmo. Muitas vezes essas
pessoas estão dispostas a ir, mas não estão dispostas a fazer discípulos. Só que Jesus não chamou
os seus discípulos simplesmente para serem viajantes. Jesus os chamou para serem missionários
compromissados com a tarefa de fazer crescer o número de discípulos batizados em nome do Pai,
do Filho e do Espírito Santo; Jesus os chamou para serem professores empenhados na tarefa de
fazer com que cada vez mais pessoas conheçam e guardem todas as coisas que Ele ensinou.

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13/02/2022 18:38 Qual a Missão da Igreja? Estudo e Pregação Sobre Missão

A missão da Igreja é abrangente


Também é interessante notar que Jesus ordenou que seus discípulos fossem a “todas as
nações” (Mateus 28:19). No texto de Atos dos Apóstolos, Ele foi ainda mais específico dizendo que
os crentes tinham de ser suas testemunhas “tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e
até os confins da terra” (Atos 1:8).

Isso significa que não há limitação geográfica para a missão da Igreja. A ordem de Jesus é que o
Evangelho seja proclamado a todos os lugares, a todos os povos da terra. Escrevendo a Tito,
o apóstolo Paulo explica que “a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (Tito
2:11). Essa não é uma declaração universalista como alguns pensam, mas é uma declaração
inclusivista. Ou seja, o que Paulo diz é que pessoas de todos os tipos são alcançadas pela graça de
Deus. No contexto de sua epístola, isso incluía homens e mulheres, jovens e velhos, senhores e
escravos.

Isso implica no fato de que faz parte da missão da Igreja levar o Evangelho a todo tipo de pessoa,
sem distinção. Às vezes queremos apenas levar o Evangelho a quem gostamos, mas também
devemos levar o Evangelho com o mesmo empenho a quem não temos qualquer afinidade pessoal.
Durante seu ministério terreno, Jesus frequentemente anunciou as boas novas às pessoas mais
detestáveis perante os olhos da sociedade judaica. Isso nos serve de alerta para jamais cairmos no
erro de desprezar àqueles a quem Deus está buscando.

A autoridade, o poder e a garantia da missão da


Igreja
Outro ponto importante sobre a missão da Igreja é que os crentes não são missionários por sua
própria autoridade e poder. Algumas pessoas têm a pretensão de pensar que são elas próprias que
possuem a capacidade fazer e acontecer. Mas a verdadeira Igreja sabe que sua missão repousa na
autoridade de Cristo e no poder do Espírito Santo.

Imediatamente antes de Jesus dizer: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações”, Ele
disse: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mateus 28:18). Isso quer dizer que a Igreja
opera sob a autoridade de Cristo. O Senhor Jesus recebeu toda a autoridade e então comissionou a
sua Igreja.

Em outras palavras, os cristãos têm o direito conferido por Cristo de cumprir sua missão. Nesse
sentido, podemos dizer que a missão da Igreja é apostólica. A palavra “apóstolo” tem origem grega

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13/02/2022 18:38 Qual a Missão da Igreja? Estudo e Pregação Sobre Missão

e significa “aquele que é enviado”. No mundo grego, um apóstolo era um tipo de delegado enviado
sob a autoridade de um superior. Então o apóstolo na cultura grega não carregava consigo sua
própria autoridade, mas a autoridade daquele que o enviou.

E além de contar com a autoridade divina, a Igreja também conta com o poder divino para realizar
sua missão. No texto do livro de Atos, lemos que Jesus prometeu que o Espírito Santo seria
derramado sobre os seus seguidores, e consequentemente eles receberiam poder divino. Isso
implica no fato de que a Igreja não apenas possui a autoridade para sua missão, mas também
possui a capacidade dada pelo Espírito Santo para desempenhá-la.

Mas qual a garantia do sucesso da missão da Igreja? Após esclarecer qual é a principal missão da
Igreja, Jesus garantiu que jamais o seu povo estaria abandona à própria sorte nessa tarefa. Antes de
subir ao céu Ele prometeu: “E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos
séculos” (Mateus 28:20). Por tudo isso a missão da Igreja é infalível!

Outras funções da Igreja decorrentes de sua missão


Considerando que a base de tudo o que a Igreja faz é o Evangelho, podemos entender que a missão
da Igreja também implica em vários desdobramentos que decorrem dessa missão principal. Por
exemplo: a missão de anunciar o Evangelho que resulta em novos discípulos convertidos a Cristo,
também exige o compromisso com o discipulado. Além disso, sendo a Igreja a comunidade dos
redimidos, é obvio que a edificação mútua dos membros dessa corporação, e a união deles na
adoração, são funções requeridas da Igreja.

Mas ainda há outro aspecto mais externo da função da Igreja neste mundo. É fácil perceber isso
quando nos atentamos para o fato de que Jesus disse que seus discípulos seriam as suas
testemunhas (Atos 1:8). Aqui não podemos nos esquecer que testemunhar significa tornar
conhecido ou revelar algo que está escondido. Por isso o reformador João Calvino disse que a
grande tarefa de Igreja é tornar visível o Reino invisível.

É claro que proclamar o Evangelho é a parte principal de ser testemunha de Cristo. Mas a Igreja
também tem a oportunidade de testemunhar através de outras atividades. Por exemplo: a Igreja

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13/02/2022 18:38 Qual a Missão da Igreja? Estudo e Pregação Sobre Missão

pode ser testemunha de Cristo revelando ao mundo como é o Reino de Deus através de


demonstrações de obras de justiça e misericórdia.

Apesar de a preocupação social não consistir no centro da missão da Igreja como algumas pessoas
pensam, sem dúvida a responsabilidade de praticar atos de retidão, amor e compaixão também faz
parte da tarefa da Igreja neste mundo. Jesus demonstrou essa preocupação enquanto esteve aqui
na terra, e indicou que esperava o mesmo de seus seguidores, conforme aprendemos com
a Parábola do Bom Samaritano (Lucas 10:25-37).

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13/02/2022 18:46 Qual o Significado de Primícias na Bíblia?

O Que Significa “Primícias” na


Bíblia?
Daniel Conegero

As primícias significam os primeiros representantes de alguma coisa. Na Bíblia, as primícias se


referem, por exemplo, aos primeiros frutos de uma colheita, os primeiros animais de uma cria ou o
primeiro filho de um casal. Inclusive, as primícias faziam parte das ofertas regulares individuais dos
judeus nos tempos bíblicos.

A Lei Mosaica exigia que os israelitas levassem ao santuário do Senhor suas primícias, ou seja, uma
oferta contendo o melhor dos primeiros frutos de suas colheitas (Êxodo 23:19). Isso incluía grãos,
vinho e azeite (Números 18:12). As ofertas das primícias também eram utilizadas para o sustento
dos sacerdotes (Deuteronômio 18:1-5).

O texto bíblico também fornece as instruções específicas a respeito da maneira como os israelitas
deveriam trazer suas primícias à casa do Senhor (Deuteronômio 26). Mas curiosamente em
nenhuma parte a Bíblia determina qual a quantidade exata deveria ser ofertada.

No Talmude, por exemplo, havia uma indicação de que deveria ser dada pelo menos a sexagésima
parte de uma produção; mas os israelitas podiam oferecer uma parte maior como oferta voluntária.

A Bíblia mostra que principalmente nos tempos de avivamento, havia abundância de ofertas de
primícias em Israel (2 Crônicas 31:5). Embora as primícias eram essencialmente ofertas de gratidão,
o texto bíblico informa que aqueles que honravam ao Senhor com suas primícias eram abençoados
(Provérbios 3:9).

Os primogênitos em Israel também eram considerados primícias para o Senhor. Em memorial ao


livramento que Deus deu aos israelitas quando os primogênitos do Egito foram mortos durante
a décima praga enviada ao Egito, todo primogênito era dedicado ao Senhor (Êxodo 13:11-16).
Inclusive, os levitas eram a tribo que foi separada para o serviço sagrado representando a
consagração de todos os primogênitos de Israel (Números 8:18).

Também é interessante notar que o compromisso de ofertar as primícias ao Senhor antecede o


advento da Lei. Na primeira oferta ao Senhor que foi registrada na Bíblia, o texto descreve
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13/02/2022 18:46 Qual o Significado de Primícias na Bíblia?

que Abel ofereceu ao Senhor uma oferta das primícias do seu rebanho (Gênesis 4:4).

A Festa das Primícias


Em Israel havia também a Festa das Primícias. Essa festa era celebrada no início da colheita de
cevada, logo que os primeiros grãos aparecessem. Então era oferecido ao Senhor o primeiro feixe da
colheita, junto com um sacrifício, no primeiro dia após o sábado de Páscoa.

Através desse cerimonial, o povo de Israel reconhecia que tudo pertencia ao Senhor. O crente
israelita devia saber que seu sustento e seus bens eram de propriedade de Deus que, em sua
providência, concedia como dádivas aos seus servos. Por isso, antes que os frutos de uma colheita
pudessem ser usados numa refeição, primeiro suas primícias eram apresentadas ao Senhor.

Depois de oferecer ao Senhor o primeiro molho de sua colheita, os israelitas tinham de contar
cinquenta dias e apresentar uma nova oferta ao Senhor com as primícias da colheita do trigo
assadas em dois pães (Levítico 23:9-21). Por isso essa festividade era chamada também de Festa das
Semanas, Festa das Colheitas e Pentecostes.

O significado espiritual das primícias


As primícias também são mencionadas na Bíblia com um significado figurativo e espiritual. No
Antigo Testamento, por exemplo, a nação de Israel é identificada como as primícias de Deus
(Jeremias 2:3). Essa designação, obviamente, indicava que aquele era o povo que pertencia ao
Senhor.

Significativamente, a ressurreição de Jesus ocorreu no dia em que o molho das primícias da colheita


deveria ser oferecido a Deus, isto é, no dia seguinte ao sábado de Pascoa (Mateus 16:1-6). De certa
forma isso coloca ênfase na verdade bíblica de que Cristo foi feito as primícias dos que dormem, e
isso é um motivo de grande esperança para todo crente que, a semelhança dele, também
ressuscitará (1 Coríntios 15:20-23).

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Inclusive, cinquenta dias depois, sabemos que o Espírito Santo foi derramado no dia de Pentecostes
(Atos 2:1). A Bíblia ainda diz que os crentes possuem “as primícias do Espírito” (Romanos 8:23). E
simbolicamente, os primeiros convertidos a Cristo de um determinado lugar são chamados de
primícias (Romanos 16:5; 1 Coríntios 16:15).

Tiago, em sua epístola, fala que os crentes em geral foram gerados pela palavra da verdade,
segundo a vontade de Deus, para serem como primícias das suas criaturas (Tiago 1:18). O livro do
Apocalipse também fala dos crentes fieis como primícias para Deus e para o Cordeiro (Apocalipse
14:4).

Na Nova Aliança em Cristo os cerimoniais da Lei Mosaica não são mais observados. Isso significa
que as primícias segundo os moldes do Antigo Testamento não são mais ofertadas ao Senhor. No
entanto, o principio de que o cristão deve apresentar ao Senhor as suas primícias continua válido. O
crente deve reconhecer que tudo que ele possui, sejam bens, dons, ou quaisquer outras coisas,
tudo, absolutamente tudo, pertence ao Senhor. Portanto, o cristão deve sempre priorizar a causa do
Reino de Deus oferecendo ao Senhor a primazia dos seus recursos (Mateus 6:33).

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