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A Parábola da Candeia fala sobre como o ensino de Jesus tem o propósito de ser propagado. Essa
parábola de Jesus está registrada nos Evangelhos Sinóticos (Marcos 4:21-25; Lucas 8:16-18; cf.
Mateus 5:15).
Quando olhamos atentamente para a Parábola da Candeia, notamos que ela constitui uma coleção
de vários ditos de Jesus reproduzidos em outas partes dos Evangelhos Sinóticos. Isso significa que
provavelmente Jesus repetiu essas palavras em diferentes ocasiões de seu ministério.
O pano de fundo dessa parábola é uma típica casa da Galileia no primeiro século. As casas eram
iluminadas por candeias. Uma candeia basicamente era uma pequena vasilha feita de barro com
uma espécie de argola em um dos lados e uma formação na outra extremidade que acomodava um
pavio molhado numa porção de óleo de oliva que servia de combustível para que a candeia
permanecesse acesa.
Em outras palavras, as candeias eram as lâmpadas que iluminavam as casas no tempo de Jesus. As
casas mais ricas contavam com várias candeias, mas as casas mais pobres geralmente possuíam
apenas uma candeia.
O alqueire citado na parábola era um tipo de cesto comum que geralmente guardava cereais. A
cama mencionada na parábola era um colchão simples que quando não estava sendo usado podia
ser facilmente enrolado para não ocupar espaço nas pequenas casas.
Por último, o velador que aparece na parábola era o objeto sob o qual a candeia era colocada. O
velador podia ter diferentes formas dependendo do tipo de casa, mas no geral era um objeto muito
simples. Em algumas casas o velador era um tipo de concha no pilar central da casa. Em outras
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13/02/2022 18:08 A Parábola da Candeia: Explicação, Estudo e Significado
casas, o velador era um tipo de prateleira, ou até uma pedra saliente na parede. Nas casas de
famílias mais abastadas, o velador podia ser um pedestal de metal ornamentado.
Talvez na Parábola da Candeia a figura da candeia possua uma aplicação dupla. Essa parábola é
precedida pela Parábola do Semeador, e se há uma conexão entre as duas parábolas, então é
possível que num primeiro momento a candeia represente o coração frutífero cuja vida brilha diante
do mundo para a glória de Deus. Aqui vale lembrar que Jesus pronunciou o dito da candeia ao falar
que seus seguidores são “a luz do mundo” (cf. Mateus 5:15).
Mas é inegável que a figura da candeia também está relacionada à Palavra de Deus. Nós sabemos
que os cristãos não são luz em si mesmos, mas refletem o brilho d’Aquele que é a própria luz, o
Verbo de Deus (João 8:12). O que produz o brilho na vida do crente é a Palavra de Deus. O salmista
escreveu: “Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra, e luz para o meu caminho” (Salmo 119:105).
Nesse sentido, os cristãos devem ser instrumentos através dos quais a luz do Evangelho pode
iluminar os pecadores. Os verdadeiros seguidores de Cristo são aqueles que têm suas vidas
controladas pela Palavra de Deus e testemunham aos homens que, de fato, Cristo é a luz do mundo.
Abastecidos pela Palavra, os crentes podem fazer brilhar a verdade de Deus ao mundo.
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Em conexão com o raciocínio da candeia que deve ficar exposta para iluminar o ambiente, Jesus
disse: “Pois nada está oculto, se não para ser manifesto; e nada se faz escondido, senão para ser
revelado” (Marcos 4:22). Essa frase traz um paralelismo hebraico que indica que o proposito último
de algo que está escondido é que seja finalmente revelado.
Nos dias de Jesus, os líderes religiosos dos judeus estavam basicamente ocultando a verdade de
Deus debaixo de um amontoado de tradições humanas que moldavam uma religiosidade hipócrita.
Mas a verdade pura de Deus deve brilhar!
Então é possível que ao usar esse paralelismo, Jesus estivesse enfatizando a realidade de que o seu
ensino não tinha o propósito de ficar escondido. A progressão do ministério de Cristo deixou claro
que Ele não havia vindo ao mundo para ocultar a verdade, mas para torná-la conhecida àqueles que
ouvem. Daí a exortação: “Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça” (Marcos 4:23).
Num outro sentido, agora na esfera das articulações humanas, também é possível dizer que à luz da
verdade de Deus comunicada, nada permanecerá oculto para sempre. Há quem pense
enganosamente poder esconder seus pensamentos, planos, palavras e ações. Mas no dia do juízo,
todas as coisas serão reveladas e medidas sob o prumo da vontade de Deus revelada.
Jesus disse que se alguém tem ouvidos para ouvir, então que ouça. Mas não basta ouvir qualquer
coisa e de qualquer maneira. É preciso ouvir o ensino certo e da maneira correta. Nesse ponto Jesus
chamou os seus ouvintes a um exame de responsabilidade e conduta.
A resposta da pessoa à luz da candeia que a ilumina, é algo da mais alta importância e urgência. O
ouvir espiritual determina quanto temos para dar aos outros, e quanto mais ouvimos a Palavra de
Deus, mais capazes seremos de compartilhá-la com as outras pessoas (Wiersbe, 2001). Além disso,
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13/02/2022 18:08 A Parábola da Candeia: Explicação, Estudo e Significado
Mas também é preciso manter em mente que nas questões espirituais, sempre só há duas opções:
ganhar ou perder. Negligenciar a luz da Palavra de Deus é cair em profunda perda. Além disso, no
dia do juízo não haverá oportunidade de receber de bom grado a luz que foi rejeitada. Todos
aqueles que desprezam agora a luz do Evangelho, na eternidade perderão qualquer noção que um
dia já tiveram acerca dessa luz. O que lhes restará é somente trevas (Mateus 25:29,30).
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13/02/2022 18:19 A Parábola da Pérola de Grande Valor
A Parábola da Pérola de Grande Preço é muito semelhante à parábola que a antecede no versículo
anterior (vers. 44): A Parábola do Tesouro Escondido. Ambas as parábolas possuem o mesmo
assunto, e podemos perfeitamente interpretá-las juntas.
Essas duas parábolas são encontradas apenas no Evangelho de Mateus e, embora sejam
posicionadas uma sucedendo a outra, não sabemos se Jesus as contou em sequência ou se foi o
próprio Mateus que as agrupou pelo assunto ao organizar seu livro.
Nessa parábola, Jesus conta a história de um homem mercador que está à procura de pérolas.
Durante essa procura, ele encontra uma pérola de valor excepcional, porém, para comprá-la, esse
homem precisa vender tudo o que têm. Prontamente ele faz o que precisa ser feito, ele vende as
suas posses para poder adquirir a pérola de grande valor.
Nos dias de Jesus as pérolas eram muito procuradas, e seu valor já era conhecido. Geralmente as
pérolas de maior valor eram obtidas do Golfo Pérsico ou do Oceano Índico, sendo que os
mercadores podiam ir até a região da Índia em busca de boas pérolas. As pérolas mais baratas e
com qualidade inferior vinham quase sempre do Mar Vermelho. Tudo isso deixa claro que para que
alguém conseguisse as pérolas mais valiosas era preciso viajar muito.
O homem da história contada por Jesus estava buscando as melhores pérolas. Não sabemos para
onde ele viajou, sabemos apenas que sua busca foi bem sucedida. Note que o texto diz que esse
homem “busca boas pérolas”. Isso significa que, quando ele encontra a pérola que o surpreende, ele
está em plena atividade de seu trabalho. Ele estava buscando pérolas, mas, mesmo buscando, o que
ele encontra o surpreende. Ele encontrou a melhor pérola que já havia visto em toda sua vida. Aqui
podemos ver certa semelhança no tocante a “surpresa” tal como encontramos na Parábola do
Tesouro Escondido. Na Parábola do Tesouro Escondido o homem não está procurando tesouro
algum e é surpreendido, enquanto nessa, ele está procurando pérolas, mas é surpreendido com o
resultado de sua busca.
O ensino principal dessa parábola é o mesmo da Parábola do Tesouro Escondido. Essa parábola
trata da disposição de se entregar tudo em favor de um bem de valor incalculável, do próprio Cristo
e seu reino. Tal como na parábola anterior, aqui o mercador vende tudo o que têm para poder
comprá-la. É importante ressaltarmos que esse ensino não implica em um tipo de “compra” da
salvação. Sabemos que a salvação é um dom gratuito de Deus, e o ato de “comprá-la” é no sentido
de obtermos posse lícita sobre ela, e isso fazemos não pela nossa própria capacidade ou recursos,
mas pela graça, mediante a fé em Cristo, de modo que até mesmo a fé que exercemos é dom divino
(Ef 2:8).
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13/02/2022 18:19 A Parábola da Pérola de Grande Valor
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13/02/2022 18:20 A Parábola da Rede | Parábolas de Jesus
A Parábola da Rede
Daniel Conegero
Ainda no capítulo 13, somos informados de que Jesus, em um barco, ensinava uma multidão que
estava na praia. No decorrer do mesmo capítulo, podemos perceber que as quatro primeiras
parábolas citadas foram pronunciadas para a multidão. Já as três últimas (incluindo a Parábola da
Rede) foram pronunciadas apenas aos discípulos.
Um ponto que deve ser ressaltado é que a Parábola da Rede se assemelha muito à Parábola do Joio
e do Trigo; principalmente no que tange a sua interpretação.
Sabemos que entre os discípulos de Jesus havia pescadores de profissão. Mas mesmo os discípulos
que não eram pescadores estavam completamente familiarizados com a prática utilizada por Jesus
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13/02/2022 18:20 A Parábola da Rede | Parábolas de Jesus
descrita nessa parábola. Portanto, os discípulos foram capazes de compreender prontamente cada
detalhe da narrativa de Jesus. O Mestre havia se referido ao modo de vida que muitos deles levavam
antes de largar tudo para segui-lo.
Naquela época já existiam várias maneiras diferentes de se pescar. Mas sem dúvida uma das mais
eficientes era o uso do arrastão. O tipo de rede utilizada tinha cerca de dois metros de largura e
chegava até cem metros de comprimento.
Também era colocada cortiça na parte superior da rede para mantê-la no nível, enquanto pesos
eram acrescentados na parte inferior para que ela alcançasse o fundo. Às vezes os pescadores
utilizavam dois barcos paralelos com a rede entre eles para fazerem a pesca.
Quando havia apenas um barco, os pescadores prendiam uma ponta da rede na praia, enquanto a
outra ponta ficava presa ao barco que fazia um movimento circular retornando à praia. Esse era um
trabalho pesado que exigia pelo menos seis homens. Eles se dividiam entre remar, lançar e puxar a
rede e até mesmo bater na água para influenciar na direção dos cardumes.
Peixes sem barbatanas e sem escamas não podiam ser utilizados (Lucas 11:10). Então eles deveriam
ser lançados de volta à água. Os peixes comestíveis e comerciáveis eram separados em baldes e
barris, enquanto os demais eram descartados.
Essa ideia de seleção deve ser mantida em mente para entendermos o ensino principal dessa
parábola que claramente focaliza o dia do juízo final. Usando elementos do cotidiano de seus
discípulos, Jesus conseguiu ensinar e comunicar uma verdade espiritual de que devemos nos ocupar
com a tarefa que nos foi confiada. Devemos pescar homens com a pregação do Evangelho da
salvação. Devemos convidar todos ao arrependimento, sem distinção. Mas devemos apontar para a
forte realidade que o grande dia do juízo virá. Nesse dia, então, o ímpio e o justo serão separados.
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13/02/2022 18:20 A Parábola da Rede | Parábolas de Jesus
Como dissemos, essa parábola possui muitas semelhanças com a Parábola do Joio e do Trigo. Da
mesma forma como o joio e o trigo crescem juntos na lavoura, sem que sejam separados até o
tempo da colheita, também os peixes, bons e ruins, são apanhados na rede e permanecem juntos
até que a rede seja arrastada à praia.
Mateus 13:49 explica que esse dia ocorrerá no fim deste século. A função dos anjos também é
essencialmente a mesma em ambas as parábolas (Mateus 13:41,49). Por fim, o destino dos ímpios é
descrito em dois versículos idênticos:
Mas nem todos aqueles que são pescados por essa “rede”, ou seja, nem todos os que
aparentemente entram no Reino e pertencem a Igreja visível são verdadeiramente salvos. Embora a
rede esteja carregada de peixes, haverá o momento da separação. Jesus deixa claro que esse
momento ocorrerá no dia do juízo. Nesse dia os anjos separarão os ímpios dos justos.
A Parábola da Rede ensina que a rede é lançada a todos. A rede traz todos os peixes misturados, de
forma que os pescadores, no momento da pesca, não podem escolher quais peixes devem ser
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13/02/2022 18:20 A Parábola da Rede | Parábolas de Jesus
pescados. De modo semelhante, nós, os seguidores de Cristo, escolhidos para sermos pescadores
de homens, não podemos selecionar a quem o Evangelho deve ser anunciado. Isso significa que a
pregação do Evangelho é dirigida a todos, sem qualquer discriminação.
Esse princípio está diretamente ligado à outra parábola de Jesus: a Parábola das Bodas do Filho do
Rei (Mateus 22:1-14). Nessa parábola os servos saem pelas ruas e reúnem todas as pessoas que
encontram, tanto boas quanto más. Mas no final da parábola Jesus cita uma frase que também cabe
muito bem ao contexto da Parábola da Rede. Ele diz: “Porque muitos são chamados, mas poucos os
escolhidos”. A rede chama e carrega uma grande quantidade de peixes, mas na praia os escolhidos
são selecionados.
A Parábola da Rede ensina que só existem dois grupos. Sim, a rede reúne toda qualidade de peixes,
ou seja, peixes de várias espécies e tipos. Entretanto, quando chega a hora da seleção, todas essas
espécies se resumem em apenas dois grupos: os bons e os maus. Com isso aprendemos que, aos
olhos humanos, embora exista uma variedade de pessoas, cada uma com suas qualidades e
defeitos, de forma que uns se destacam mais do que outros e são reconhecidos como mais
importantes sobre os demais, aos olhos de Deus todos se resumem a dois grupos: justos e ímpios.
A Parábola da Rede ensina às vezes os ímpios podem ter aparência de piedade. É comum quando se
fala em ímpio logo vir em nossa mente a ideia de alguém nitidamente distante dos mandamentos
de Deus, afundado no costume do pecado e praticando as mais diversas perversidades. Mas o
termo “ímpio” é muito mais abrangente, de forma que existem ímpios até mesmo dentro da Igreja.
Às vezes olhamos para alguém e acreditamos fielmente estar diante de um justo, mas na verdade
estamos diante de um hipócrita. Muitas pessoas aparentemente fazem parte da Igreja, mas na
realidade, lá no íntimo onde só Deus conhece, elas não possuem qualquer ligação com a Igreja
verdadeira. Com a boca elas confessam a Cristo, mas em seus corações não creem genuinamente
n’Ele.
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13/02/2022 18:21 A Parábola da Semente Germinando Secretamente
Esse mesmo capítulo registra outras parábolas de Jesus. Uma delas é a Parábola do Semeador, que
possui uma relação muito próxima com a Parábola da Semente Germinando Secretamente.
De forma direta, é possível dizer que ambas as parábolas ensinam o mesmo princípio, porém de
ângulos diferentes. A Parábola do Semeador destaca a responsabilidade humana; isto é, a semente
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13/02/2022 18:21 A Parábola da Semente Germinando Secretamente
que cresceu e deu fruto foi aquela que caiu em um solo bom. O bom solo é uma representação de
um coração que responde de forma favorável à pregação do Evangelho.
Com isso Jesus enfatiza que o agricultor não sabe explicar como esse crescimento ocorre. Até é
possível descrever, documentar cientificamente, conhecer as etapas do processo de germinação;
porém entender completamente esse processo ninguém consegue. É o mistério da vida!
O homem tenta imitar artificialmente, mas não consegue, de fato, reproduzir a vida. Jesus então
ressalta que tudo o que o agricultor faz é confiar. Ele sabe que a semente germinará, crescerá,
amadurecerá e, por fim, chegará o momento certo da colheita.
Podemos notar esse mesmo princípio no Reino de Deus. Não sabemos exatamente como explicar a
germinação, o crescimento e a frutificação do Evangelho no coração do homem. Esse
desenvolvimento pertence somente a Deus. Sabemos apenas que ele ocorre de maneira perfeita,
preparando o homem para o “dia da colheita”. O apóstolo Paulo também fala sobre esse processo:
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13/02/2022 18:21 A Parábola da Semente Germinando Secretamente
parábola em questão, geralmente os pregadores identificam o homem agricultor como sendo Jesus,
que semeou e, na ocasião certa, virá para a ceifa.
Claro que existem fundamentos bíblicos para tentar supor esse significado. Um exemplo disso é
a Parábola do Joio e o Trigo. Nela, o próprio Jesus atribuiu o papel de semeador ao Filho do Homem
(Mateus 13:37). O mesmo ocorre no livro do Apocalipse, onde o Filho do Homem é descrito como
tomando a foice e ceifando (Apocalipse 14).
O problema com essa aplicação é que se Jesus for identificado como o agricultor desta parábola,
outros problemas incontornáveis acontecerão; como por exemplo, a implicação de que Jesus é o
homem que dorme noite após noite e acorda dia após dia, sem ter controle algum sobre a
germinação da semente. Claro que não faz sentido pensar que Jesus desconhece o processo de
germinação e crescimento a qual o desenvolvimento do Reino de Deus foi comparado.
Certamente essa ideia é completamente estranha ao texto bíblico. A melhor interpretação identifica
o agricultor como apenas um auxiliar, isto é, um operário que trabalha em prol do Reino de Deus.
João Calvino também propôs essa interpretação ao entender que o agricultor desta parábola é o
ministro do Evangelho. Essa interpretação também concorda com o que escreveu o apóstolo Paulo
em 1 Coríntios 3:6 e Filipenses 1:6.
Uma dica válida para quem quer aprender a interpretar as Parábolas de Jesus, é sempre se
concentrar no ensino principal da parábola, ao invés de tentar aplicar significados a cada elemento
dela, pois isso certamente provocará alegorias que desviarão o foco central do texto.
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13/02/2022 18:21 A Parábola da Semente Germinando Secretamente
Algumas pessoas acreditam que podem colaborar com Deus no processo de salvação. Mas perceba
a expressão “porque a terra por si mesma frutifica”. Essa declaração no original literalmente se traduz
como “automaticamente”, isto é, ela ocorre sem nenhuma influência externa.
Alguns tentam estabelecer métodos que supostamente possam manter as pessoas na Igreja. No
entanto, nosso papel é, no máximo, regar; pregando simplesmente a verdadeira Palavra, pois o
crescimento quem dá, de fato, é Deus.
Algumas pessoas se julgam estrategicamente importantes, como se pela sua capacidade de pregar
ou liderar uma igreja local, alguém fosse realmente salvo. Alguns dizem: “Esta igreja está lotada por
que eu prego aqui todos os domingos”; ou então: “Aquela pessoa só se converteu depois da minha
pregação evangelística”. Coitados!
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13/02/2022 18:21 A Parábola da Semente Germinando Secretamente
que “aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até o dia de Cristo Jesus” (Filipenses
1:6).
Em quinto lugar, a Parábola da Semente Germinando Secretamente ensina que o cristão deve ser
paciente como um agricultor. Para nós que pregamos a Palavra de Deus, a perseverança e a
paciência é algo essencial. Quando semeamos o Evangelho não devemos desanimar quando não
vemos resultados imediatos. Jesus nos ensinou que esse processo exige paciência.
O agricultor dorme e acorda, dia após dia, até que, de repente, de maneira maravilhosa, a semente
germina e desponta na terra. Assim como a semente amadurece no tempo certo, assim também o
fruto do trabalho do pregador aparecerá.
Tiago escreve: “Tende, pois, paciência, meus irmãos, até a vinda do Senhor. Vede o lavrador: ele
aguarda o precioso fruto da terra e tem paciência até receber a chuva do outono e a da primavera.
Tende também vós paciência e fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor está
próxima” (Tiago 5:7,8).
Como foi dito, apesar de a Parábola da Semente Germinando Secretamente ser uma das parábolas
mais curtas que Jesus ensinou, seu significado e suas lições são fundamentais para todos os
verdadeiros seguidores do Senhor.
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13/02/2022 18:22 A Parábola da Separação das Ovelhas e dos Bodes
A Parábola da Separação das Ovelhas e dos Bodes (ou do Grande Julgamento) pode ser encontrada
no Evangelho de Mateus, capítulo 25 e versículos 31 a 46. Existe uma discussão entre os intérpretes
bíblicos se essa passagem de fato pode ser considerada uma parábola.
Particularmente, creio que esse texto é muito mais uma descrição simbólica e profética acerca
do Juízo Final do que uma parábola, embora seja inegável a presença de elementos parabólicos nos
versículos que falam sobre as ovelhas e os bodes. De qualquer forma, parábola ou não, a definição
não irá alterar o ensinamento de Jesus nesse texto.
“Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham, benditos
de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado
desde a criação do mundo.
deram de comer; tive sede, e vocês me
Pois eu tive fome, e vocês me
deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram;
e vocês
necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo,
cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram’.
de roupas e te vestimos?
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13/02/2022 18:22 A Parábola da Separação das Ovelhas e dos Bodes
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13/02/2022 18:22 A Parábola da Separação das Ovelhas e dos Bodes
Jesus não foi por acaso, ao contrário, serviu com perfeição ao ensino de Jesus a respeito do Juízo
Final.
Embora que, para muitos de nós, uma referência sobre a vida no campo possa não parecer tão clara,
isso devido ao nosso estilo de vida urbano na atualidade, nos tempos de Jesus tais referências eram
facilmente entendidas. É comum em muitos rebanhos que os bodes fiquem junto com as ovelhas,
ou seja, no mesmo espaço de pastagem. Porém, ao entardecer, com o chamado do pastor do
rebanho, as ovelhas prontamente lhe obedecem, mas curiosamente os bodes o ignoram. Outro fato
importante é que as ovelhas valem mais do que os bodes, isto é, sua produção de lã proporciona
maiores resultados ao pastor.
É exatamente sob esse conceito que Jesus Cristo insere essa comparação em Seu ensinamento. A lã
branca das ovelhas pode ser destacada como símbolo de pureza e justiça, ao contrário da pelagem
malhada e manchada dos bodes. Desde o Antigo Testamento a figura do bode é utilizada para se
referir ao ímpio, a conduta de pecado ou o mal. As ovelhas simbolizam os justos, os que seguem o
Salvador, com mansidão e obediência. Já os bodes simbolizam os ímpios, com seu comportamento
inconsequente, desobediente e destrutivo.
Jesus afirma que no dia do juízo todas as pessoas, de todas as nações, tanto os justos como os
ímpios, os bons e os maus, sem exceção, todos estarão diante do trono do grande Rei, a saber,
Cristo. Sendo assim, todas as pessoas que já viveram sobre essa terra são comparadas a ovelhas e
bodes.
Jesus prossegue o relato dizendo que as ovelhas serão colocadas à direita, enquanto os bodes serão
postos a esquerda. Com isso entendemos que a separação será clara, evidente e sem confusão. As
ovelhas e os bodes estarão de lados opostos.
Jesus também fornece algumas características sobre a conduta das ovelhas e dos bodes (dos justos
e dos ímpios) durante suas vidas. Jesus dá seis exemplos onde os justos agiram com piedade, e
utiliza os mesmos seis exemplos, porém de forma negativa, para descrever a conduta desprezível
dos ímpios.
Na parábola, os justos e os ímpios, perguntaram ao Rei quando foi que lhes fizeram o que o Rei
havia descrito. O Rei respondeu dizendo que quando fizeram ( justos), ou deixaram de fazer (ímpios)
a um de Seus “pequenos irmãos”, a Ele haviam feito. Estes “irmãos” descritos aqui, se tratam dos
seguidores de Cristo, dos eleitos de Deus, as ovelhas a quem o Pai deu ao Filho e que, de maneira
nenhuma, Ele, as lançará fora (Jo 10). Essa simples expressão “meus irmãos” demonstra de forma
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13/02/2022 18:22 A Parábola da Separação das Ovelhas e dos Bodes
solene a profundidade do relacionamento entre Cristo e seus seguidores, a ponto de que quando
fazemos algo para Seus discípulos neste mundo, estamos fazendo diretamente para o próprio Jesus,
da mesma forma que quando o ímpio ignora um dos mensageiros de Cristo, e não se compraz por
suas necessidades, rejeitando o Evangelho, particularmente e, diretamente, estão rejeitando o
próprio Rei que será o Juiz naquele grande dia. Jesus termina a parábola dizendo que os que foram
postos do lado esquerdo serão destinados ao castigo eterno, mas os justos, que foram postos do
lado direito, herdarão a vida eterna.
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13/02/2022 18:22 A Parábola da Separação das Ovelhas e dos Bodes
Apenas ovelhas e bodes, lado direito e esquerdo: de forma direta aprendemos que não existe
meio termo, ninguém ficará em cima do muro. No dia do juízo haverá ovelhas e haverá bodes,
uns ficaram do lado direito e outros do lado esquerdo. O mundo prega que Deus é amor, que
no final tudo dará certo, como se não existissem lados. Com certeza esse não é o ensinamento
dado por Jesus. Naquele dia, surpresos, os ímpios perguntarão: quando foi que lhe rejeitamos
Senhor? Será tarde demais.
Durante o dia todos convivem juntos, mas ao cair da noite a separação ocorrerá: durante
Seu ministério aqui na terra, Jesus, várias vezes, alertou sobre a separação que haverá no dia
do juízo. Ele ensinou que o joio será separado do trigo (Mt 13:30), o trigo será juntado no
seleiro enquanto a palha será queimada (Mt 3:12), os justos serão separados dos maus (Mt
13:49,50), as virgens prudentes serão separadas das loucas (Mt 25:12), o servo bom será
distinguido do servo mau (Mt 25:30), e, por fim, as ovelhas serão separas dos bodes. Da
mesma forma como o joio cresce no meio do trigo, mas no dia da ceifa ele é separado e
queimado no fogo, os bodes durante o dia pastam junto com as ovelhas. Esse ensinamento é
muito profundo. O joio recebe o mesmo adubo do trigo, é regado junto com o trigo e ambos
estão dentro da mesma plantação. Os bodes também estão no mesmo rebanho, sob a mesma
pastagem das ovelhas. A diferença é que ao final do dia o Pastor irá separar o rebanho. Nessa
hora, apenas as ovelhas atendem o chamado do Pastor.
Os detalhes serão lembrados: note que Jesus cita seis coisas que os justos fizeram e que os
ímpios deixaram de fazer. Dentre as seis coisas, não podemos encontrar nenhuma grande
realização. Na parábola, quando o Rei relata as obras que os justos praticaram, nem mesmo os
próprios justos se lembraram de as terem feito. Isso mostra que foram obras legitimas,
despretensiosas, sem objetivo de reconhecimento. Às vezes fazemos coisas que parecem ser
tão pequenas e sem importância, mas o justo Juiz não deixará com que nenhuma delas passe
despercebida. Da mesma forma, a negligência do ímpio, por menor que ela tenha sido, será
lembrada. Os justos demonstraram fidelidade e diligência nas pequenas coisas do dia a dia, e
os ímpios, também nas coisas comuns dessa vida, mostraram insensatez e loucura. Quem em
juízo perfeito negaria um copo de água ao juiz responsável por julgar a sua causa? Outro fato
importante aqui, é a ênfase que Jesus deu aos pecados de omissão. Note que nenhum pecado
como a idolatria, adultério e homicídio foi citado. Com isso, o que Jesus quis enfatizar, é o
tamanho da gravidade ao se negligenciar a mensagem do Evangelho anunciada pelos
mensageiros do Senhor.
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13/02/2022 18:22 A Parábola da Separação das Ovelhas e dos Bodes
O valor dos “pequenos” para Deus: quando o Rei se refere aos Seus seguidores como
“irmãos”, já fica evidente a importância destes para o reino. Porém, ao adicionar a expressão “o
que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram“, Jesus torna ainda mais
maravilhosa a certeza de que até mesmo os menores dentre os Seus irmãos, O representam
com tamanha importância e autoridade. Deus está atento aos pequeninos, àqueles a quem
muitos não dão o mínimo valor, aqueles que não são julgados como importantes pelos
homens, não são temas de revistas, não aparecem em websites, não possuem CD’s gravados,
nem livros publicados, não são pregadores renomados, nem presidentes de ministérios, às
vezes nem mesmo dentro de suas próprias congregações são reconhecidos, mas o Rei está
com Seus olhos postos neles, e o favor feito a estes pequeninos, embora esquecido por quem
o praticou, será lembrado pelo próprio Deus.
A herança não vem pelas obras: certamente no dia do juízo as obras serão reveladas, porém,
não serão elas que farão com que os justos herdem o Reino. Note que o Reino já está
preparado para o justo desde a fundação do mundo (vers. 34) e não em decorrência de suas
boas obras. O Reino preparado para o justo é unicamente um ato da vontade de Deus,
concebido ainda na eternidade, que elegeu este justo, por sua maravilhosa graça, para ser uma
das ovelhas de Seu rebanho (Ef 1:4). As obras praticadas pelo justo não servem como
fundamento para sua salvação, mas servem apenas para refletir o comportamento esperado
daquele a quem Deus escolheu, e preparou de antemão tais obras para que este justo as
praticasse (Ef 2:8-10). Se praticamos boas obras o mérito não é nosso, mas totalmente de
Cristo que nos escolheu para Seu Reino antes de tudo existir, antes de qualquer bem ou mal
ter sido praticado.
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13/02/2022 18:22 A Parábola das Dez Virgens: Estudo e Explicação da Parábola
A Parábola das Dez Virgens é uma das parábolas de Jesus mais conhecidas pelos cristãos. Embora
seja tema de muitos sermões, sem dúvida ela é uma das parábolas mais difíceis de interpretar. Essa
parábola encontra-se exclusivamente no Evangelho de Mateus, capítulo 25 e versículos 1 a 13.
Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando
as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.
E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.
lâmpadas.
E, tardando
o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram.
Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe
ao
encontro.
aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas
Então todas
lâmpadas.
E as loucas
disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque
as nossas lâmpadas se apagam.
Mas as prudentes responderam,
dizendo: Não seja caso que nos falte
a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.
E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam
Senhor, abre-nos.
E ele, respondendo,
disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.
Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do
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13/02/2022 18:22 A Parábola das Dez Virgens: Estudo e Explicação da Parábola
homem há de vir.
(Mateus 25:1-13)
Já no capítulo 25, tal separação é ainda mais detalhada em três parábolas: a Parábolas das Dez
Virgens (Mt 25:1-13), a Parábola dos Talentos (Mt 25:14-30) e a Parábola da Separação das Ovelhas
e dos Bodes (Mt 25:31-46).
Jesus utilizou a descrição de um típico casamento judaico da época nessa parábola. Era costume
que o noivo fosse, acompanhado de seus amigos, tarde da noite, à casa da noiva. Lá, a noiva o
esperava com suas damas de honra (as virgens), que, ao serem avisadas da aproximação do esposo,
deviam sair com suas lâmpadas para iluminar o caminho do noivo até a casa, onde haveria a
celebração das núpcias.
Sobre a escolha do número de dez virgens, acredita-se que, geralmente, esse cerimonial era
composto por dez damas, isso pelo fato de que as formalidades judaicas eram realizadas com o
comparecimento de ao menos dez pessoas, ou seja, a quantidade de “dez” era significativa em
certas ocasiões.
O principal argumento utilizado por quem defende a aplicação exclusiva aos judeus, é que a Igreja é
a noiva e não as madrinhas. Também defendem que a voz que anuncia o Noivo é a voz dos profetas
que proclamaram que o Messias viria.
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13/02/2022 18:22 A Parábola das Dez Virgens: Estudo e Explicação da Parábola
Sob este aspecto as virgens loucas são os judeus que acreditavam que sua religiosidade seria
suficiente e não se prepararam para Ele, enquanto as prudentes seriam os judeus que reconheceram
que Jesus é o Cristo e, estes, pertencem então aos remanescentes que serão salvos (Rm 9:27).
Ainda dentro da linha que defende ser esta uma parábola direcionada ao povo judeu, estão os que
acreditam que essa parábola será cumprida durante o período de Grande Tribulação, após um
arrebatamento secreto da Igreja, onde haverá “ausência” do Noivo que estará nas bodas juntamente
com a noiva (Igreja).
Dentre os que defendem que a parábola se aplica aos cristãos, existe uma grande variação de
interpretação que basicamente divergem entre si sobre o que representa os elementos principais da
parábola. Por exemplo: alguns acreditam que as virgens loucas são verdadeiros cristãos que perdem
a salvação pela apostasia, enquanto outros defendem que não se trata de cristãos verdadeiros, mas
de crentes nominais.
A figura do azeite também é discutida, sendo que há os que acreditam representar o Espírito Santo,
outros o amor e ainda outros a Graça de Deus. O sono que acometeu as virgens, para alguns se
trata da morte física, para outros momentos de fraqueza espiritual, e ainda outros, defendem que o
sono representa simplesmente a demora da volta de Cristo provando os que o esperam.
Creio que das interpretações citadas acima, a que mais causa problemas e, para mim, trata-se de um
erro teológico, é a interpretação que defende que tal parábola se aplica aos judeus no período de
Grande Tribulação, após a Igreja não estar mais na terra. Esse tipo de ensino é fundamentado por
uma interpretação bíblica profundamente confusa e equivocada.
Embora seja possível nessa parábola fazer alguns paralelos com os judeus em relação à primeira
vinda de Cristo na terra, penso que se considerarmos o capítulo anterior (capítulo 24), e
naturalmente percebermos a continuação dos ensinos apresentados nele ainda na composição do
capítulo 25, será impossível não aplicá-la sob as verdades do dia do Juízo de Deus, da separação
entre os bons e os maus, dos cristãos verdadeiros e dos hipócritas.
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13/02/2022 18:22 A Parábola das Dez Virgens: Estudo e Explicação da Parábola
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13/02/2022 18:22 A Parábola das Dez Virgens: Estudo e Explicação da Parábola
As aparências enganam: as dez eram virgens, possuíam lâmpadas e, pelo que o versículo 8
nos diz, saíram ao encontro do esposo com as lâmpadas acessas. Nesse momento talvez fosse
praticamente impossível humanamente separá-las, pois aparentemente eram idênticas.
Realmente é muito difícil conseguir separar alguns crentes nominais dos crentes verdadeiros.
Eles frequentam as mesmas igrejas, ouvem os mesmos sermões e cantam os mesmos louvores.
Alguns se destacam e acabam fazendo grandes prodígios. Eles oram fervorosamente, pregam
eloquentemente, curam doentes, expulsam demônios e dizem levar o nome de Cristo. Eles
enganam os homens, mas não enganam a Deus. Curiosamente na Parábola das Dez Virgens
(vers. 12) Jesus usa praticamente a mesma expressão que Ele já havia utilizado em Mateus
7, “[…] Nunca vos conheci; apartai-vos de mim […]” (Mt 7:23). Nosso Deus é justo, e naquele dia
não haverá intruso (cf. Mt 22:1-14).
As lâmpadas apagaram: se por um lado inicialmente é muito difícil perceber quem são os
prudentes e quem são os insensatos, há um momento em que essa diferença se torna
duramente visível: ao apagar das lâmpadas. O cristão nominal, com sua fé histórica, não
conseguirá manter sua lâmpada acessa no momento em que o Noivo vier. Sua hipocrisia, sua
religiosidade e sua aparência podem até iluminar o caminho de sua vida por um tempo, e de
maneira tal que há quem o siga. Quando olhamos para a lua durante a noite ficamos
admirados por sua luz, mas logo de manhã a verdade de que ela não possui luz alguma vem à
tona. Ela reflete uma luz que não é dela. A fé histórica é assim, brilha por um tempo, mas
nunca terá o brilho definitivo da verdadeira fé salvadora.
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13/02/2022 18:22 A Parábola das Dez Virgens: Estudo e Explicação da Parábola
O azeite não pode ser obtido por esforço humano: talvez as virgens loucas da parábola não
levaram consigo azeite porque acharam que o noivo viria rapidamente. Quando perceberam
que o noivo tardou em vir, então desesperadamente tentaram comprar o azeite que lhes
faltava. A parábola termina com as virgens loucas batendo à porta do Noivo, e sendo por Ele
rejeitadas. Pode ser que elas queriam mostrar que se “esforçaram” para estarem ali, correram
em busca de azeite para que pudessem participar das bodas, mas seus esforços nada puderam
fazer por elas.
Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do
homem há de vir.
(Mateus 25:13)
Meu desejo sincero é que possamos, naquele dia, desfrutar do óleo, ao invés de tentar compra-lo
em sinal de loucura. A Parábola das Dez Virgens certamente é um alerta importante para todos nós.
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13/02/2022 18:16 A Parábola do Fariseu e o Publicano: Explicação e Significado
A Parábola do Fariseu e o Publicano é uma parábola contada por Jesus durante seu ministério
terreno (Lucas 18:8-14). O significado da Parábola do Fariseu e o Publicano fala sobre qual deve ser
a atitude correta na oração. Neste estudo vamos conhecer o contexto, explicação, significado e as
lições dessa que é uma parábola de Jesus muito conhecida entre os cristãos.
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13/02/2022 18:16 A Parábola do Fariseu e o Publicano: Explicação e Significado
Grande parte dos fariseus rejeitava o ensino de Jesus. Muitos deles demonstravam exatamente o
comportamento descrito por Jesus nessa parábola. Mas também é verdade que havia algumas
exceções, como Nicodemos e José de Arimatéia.
Seja como for, ambas as parábolas estão relacionadas e se completam. Enquanto a Parábola do Juiz
Iníquo enfatiza a importância da perseverança na oração, a Parábola do Fariseu e o Publicano
destaca a motivação e o comportamento correto ao orar.
O fariseu
Os fariseus consistiam em um partido religioso dos judeus que era radicalmente conservador. Seus
integrantes se orgulhavam por se acharem cumpridores da Lei e das tradições. Em diversas ocasiões,
Jesus confrontou e repreendeu representantes desse grupo pela religiosidade hipócrita.
Era comum que os fariseus fossem ao Templo para orar. Pela fama de piedosos que ostentavam, eles
gostavam de exibir sua condição de religiosos fazendo orações em lugares públicos (cf. Lucas 20:47).
O publicano
Os publicanos formavam um grupo profissional da época de Jesus que era empregado dos
romanos. Eles exerciam a função de cobrar os impostos e taxas alfandegárias. Os publicanos eram
desprezados pelos demais judeus, especialmente pelos fariseus. O motivo disso é que eles eram
considerados traidores e corruptos.
Diferentemente dos fariseus, os publicanos não andavam pelas sinagogas. Quando desejavam orar,
eles procuravam a área externa do Templo a qual tinham acesso por serem judeus. Foi exatamente
isto que fez o publicano da parábola de Jesus.
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13/02/2022 18:16 A Parábola do Fariseu e o Publicano: Explicação e Significado
A oração do fariseu
O fariseu e o publicano estavam no Templo no mesmo período e com o mesmo objetivo: orar. O
fariseu muito provavelmente procurou um lugar de destaque; talvez o mais próximo possível do
santuário real no Templo.
No Templo, o fariseu orou em pé, olhando para o céu. Aparentemente ele orava a Deus, mas Jesus é
claro ao dizer que ele “dirigia uma oração a si mesmo” (Lucas 18:11). Em outras palavras, o fariseu
estava falando de si consigo mesmo. Seus elogios eram dirigidos ao seu próprio ego.
Em sua oração, em momento algum ele confessou seus pecados e mostrou arrependimento. Ao
contrário disso, o fariseu parecia tentar mostrar para Deus o quanto ele era bom, e como Deus era
privilegiado por ter alguém daquela qualidade orando diante dele.
O fariseu focava em se comparar com às outras pessoas. Mas ele não fazia no sentido positivo,
como por exemplo, se comparando a homens íntegros como Jó, o profeta Elias, o profeta Jeremias,
o profeta Daniel e tantos outros. Na verdade ele se comparava aos demais no sentido negativo, ou
seja, ele afirmava não ser um ladrão, um injusto e um adúltero. Quando viu o publicano orando,
também o incluiu em sua lista de desprezados. Sua auto-glorificação era à custa da miséria alheia.
Após se comparar com outras pessoas, o fariseu começou a exibir seus grandes feitos como
cumpridor da Lei. Na verdade, como um bom fariseu, ele se esforçou para enfatizar que ele fazia
ainda mais do que a Lei mandava.
Ele dizia jejuar duas vezes por semana, enquanto a Lei exigia apenas um dia de jejum por ano,
apesar de permitir o jejum voluntário em qualquer ocasião (Levítico 16:29). Os fariseus, por sua vez,
instituíram a segunda-feira e a quinta-feira como dias de jejum. Muito provavelmente era disso que
ele estava falando.
O fariseu da parábola também se orgulhava de pagar o dizimo de tudo o que possuía. A forma com
que a frase está construída no grego indica que ele pagava o dízimo até mesmo daquilo que não
era exigido, como por exemplo, o dizimo dos produtos que ele comprava de um produtor, o qual já
havia sido pago pelo próprio produtor. Ele era tão presunçoso em suas intenções que basicamente
tentava cumprir a Lei pelos outros.
A oração do publicano
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13/02/2022 18:16 A Parábola do Fariseu e o Publicano: Explicação e Significado
A oração do publicano foi muito diferente da oração do fariseu. Ele se postou à distância. Ao
contrário do fariseu, ele não queria ser visto, apenas desejava desesperadamente o perdão de Deus.
O peso e a vergonha por seus pecados fizeram com que ele nem mesmo se atrevesse a olhar para o
céu. A Palavra de Deus havia esmiuçado seu ego e o convencido de seus pecados.
Ao invés de se auto-elogiar, ele reconheceu o estado de miséria em que se encontra, e bateu contra
o peito se auto-acusando, clamando a Deus por misericórdia: “Ó Deus, sê misericordioso para
comigo, o pecador”. As palavras do publicano foram as mesmas do salmista Davi quando
disse: “Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões,
segundo a multidão das tuas misericórdias” (Salmo 51:1). O único pedido do publicano era para que
a ira de Deus fosse removida sobre si. Ele queria simplesmente ser perdoado.
Jesus então declarou que foi o publicano, e não o fariseu, que voltou para a casa justificado. Ele
conseguiu o que tanto desejava, a paz repousou sobre ele. O Senhor concluiu essa parábola com
uma frase muito apropriada, cujo princípio também presente em várias outras passagens
bíblicas: “Porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se
humilha será exaltado” (Lucas 18:14).
Isso significa que o homem que se considerava justificado, voltou para casa como um pecador. Já o
homem que admitiu ser um grande pecador, voltou para casa justificado.
Assim, o significado central da mensagem formada por ambas as parábolas é o de que devemos
orar constantemente e com humildade de espírito, pois é a verdadeira humildade que leva à
exaltação.
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13/02/2022 18:16 A Parábola do Fariseu e o Publicano: Explicação e Significado
Em primeiro lugar, a Parábola do Fariseu e o Publicano ensina que Deus perdoa erros e não
justificativa. Em si mesmo, o fariseu considerava que não tinha do que se arrepender. Logo, ele
também não tinha do que ser perdoado. Quando alguém não consegue reconhecer seu próprio
pecado, isso pode ser o sinal de algo muito mais grave do que simplesmente o orgulho; isso pode
até significar a ausência da genuína regeneração (cf. 1 João 1:8-10).
Em segundo lugar, a Parábola do Fariseu e o Publicano ensina que não se pode impressionar a Deus.
O fariseu tentou impressionar a Deus; ele fez isso se comparando à outras pessoas e mostrando o
quanto era superior a elas. Ele se julgava diferente e acima de todos! O publicano, por sua vez,
também se comparou às outras pessoas, mas ele se julgou inferior a todas elas. Ele classificou-se a si
mesmo como “o pecador”. O apóstolo Paulo também fez o mesmo quando escreveu: “Cristo Jesus
veio ao mundo para salvar pecadores, dos quais eu sou o principal” (1 Timóteo 1:15).
Em terceiro lugar, a Parábola do Fariseu e o Publicano ensina que a glória pertence somente a Deus.
A oração do publicano expressa uma verdade presente em toda a Bíblia, declarando que a salvação,
do início ao fim, pertence a Deus e é atribuída à sua misericórdia e graça (cf. Salmo 51:1; Lucas
18:13; Efésios 2:8; Tito 3:5). O homem é incapaz de justificar-se a si mesmo. A oração do fariseu
aparentemente parecia ser uma oração de gratidão. Aos olhos humanos, tal oração poderia
realmente representar as palavras de alguém justo e distinto por sua religiosidade. Porém, aos olhos
de Deus, tal oração era uma afronta, uma ofensa, pois na verdade ela atacava a glória de Deus, e
tentava prover complementos humanos a perfeita obra da redenção.
Em quarto lugar, a Parábola do Fariseu e o Publicano ensina que elogio humano pode ser perverso e
enganoso. Quando o fariseu começou a se auto-congratular, ele disse que não era um ladrão, um
desonesto e um adúltero. William Hendriksen, em seu comentário do Evangelho de Lucas, faz uma
observação muito apropriada sobre isso. Ele percebe que tudo o que o fariseu dizia não ser, na
verdade, ele era. O fariseu era o ladrão que naquele exato momento roubava a glória de Deus nas
palavras de sua oração. Ele era o homem desonesto que defraudava a si mesmo. Por último, ele era
o adúltero culpado do pior de todos os adultérios, ao apostatar do verdadeiro Deus (cf. Oseias 1:2;
5:3).
A Parábola do Fariseu e o Publicano nos convida a fazer um importante auto-exame. Devemos olhar
para nossas vidas e avaliar nossa conduta diante da Palavra de Deus, afinal, fariseus e publicanos
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13/02/2022 18:16 A Parábola do Fariseu e o Publicano: Explicação e Significado
continuam espalhados por todos os lugares. Que possamos apontar nossos olhos somente para
Cristo; que possamos reconhecer que apenas por seus méritos somos justificados diante de Deus. É
em Cristo que encontramos descanso para nossa alma.
Aqui algumas perguntas devem ser feitas: No dia de hoje, você se parece com o homem que foi
para casa justificado ou com aquele que não alcançou perdão? Quando você olha para sua própria
vida através do espelho das Escrituras quem você vê: o fariseu ou o publicano?
Certamente todos nós podemos nos ver de alguma forma através das palavras de Jesus na Parábola
do Fariseu e o Publicano.
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13/02/2022 18:20 A Parábola do Fermento | Parábolas de Jesus
A Parábola do Fermento
Daniel Conegero
Nesse capítulo Jesus contou uma série de sete parábolas sobre o Reino, sendo elas: O Semeador, O
Joio, A Semente de Mostarda, O Fermento, O Tesouro Escondido, A Pérola de Grande Preço e A
Rede. As quatro primeiras parábolas foram pronunciadas à multidão (Mt 13:1,2,36), e as três últimas
foram acrescentadas particularmente aos discípulos após Jesus já ter se despedido da multidão (Mt
13:36).
atenção no poder interior do reino, que, de forma invisível, exerce influência sobre tudo. Esse é o
ensino principal dessa parábola. Sobre isso, o pastor William Hendriksen, em seu Comentário do
Novo Testamento, explica que é por causa do princípio invisível de vida eterna, que pelo Espírito
Santo é plantado no coração dos cidadãos do reino e que exerce crescente influência aqui (Parábola
do Fermento), que este reino também se expande visível e exteriormente, conquistando território
após território (Parábola da Semente de Mostarda).
Meu conselho para quem pretende preparar um sermão sobre essa parábola é que não separe as
duas parábolas citadas, pois certamente a mensagem do seu sermão ficará mais completa.
Jesus utilizou uma mensagem simples e objetiva nessa parábola, algo que facilmente pode ser
compreendido. Ele descreveu uma situação corriqueira na vida de qualquer dona de casa da época:
o processo de se fazer pão. Nesse processo, a mulher pegou uma pequena quantidade de fermento,
misturou em uma grande quantidade de farinha. Embora a parábola não descreva, juntamente à
farinha e ao fermento, também era utilizada a água e o sal na típica receita de pão daquela época.
Estes outros ingredientes não aparecem na narrativa, pois não são importantes para o ensino que
estava sendo transmitido. Após fazer toda essa mistura, restava à mulher apenas deixar a massa
descansar, esperando com que o fermento fizesse a massa crescer.
Tanto Mateus quanto Lucas deixam claro que a mulher utilizou três medidas de farinha. Essa medida
(sata) equivale a, mais ou menos, 13 litros. Logo, três medidas representam algo em torno de 39
litros de farinha de trigo. Alguns estudiosos contestam essa grande quantidade de farinha,
argumentando que nenhuma dona de casa faria uma massa tão grande. Realmente parece uma
quantidade exagerada, porém não podemos afirmar ser algo tão incomum, pois Sara, esposa
de Abraão, fez uma quantidade semelhante em Gênesis 18:6.
Outra discussão entre os intérpretes é sobre a questão da levedura. Alguns defendem que o
fermento (ou levedo), simboliza algo ruim e corrupto, prejudicando a comunhão com Deus. Quem
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13/02/2022 18:20 A Parábola do Fermento | Parábolas de Jesus
defende essa ideia argumenta que em toda Bíblia o levedo indica algo mau. Porém, essa posição
não pode ser sustentada, pois contradiz totalmente o contexto da parábola. Podemos usar como
exemplo a palavra “serpente”. Geralmente essa palavra é associada ao mal nos textos bíblicos (Gn
3:13; Sl 58:4; 140:3; Pv 23:32; Is 27:1; Mt 23:33; 2Co 11:3; Ap 12:9; 20:2), entretanto, em Números 21:8
e João 3:14, a serpente claramente está representando o Filho do homem. Outra referência que
pode ser utilizada é Mateus 10:16, onde somos aconselhados a ser “prudentes como as serpentes”.
Uma regra básica para interpretar textos bíblicos é se atentar ao contexto, pois será ele que decidirá
o sentido simbólico empregado no texto, caso haja algum. No caso dessa parábola o contexto deixa
óbvio que o fermento representa o reino do céu, e em nada está relacionado ao mal ou ao pecado.
O mesmo também serve para o excesso de interpretação, que fatalmente culmina em alegorias que
distorcem a mensagem principal do texto. Querer aplicar significados as três medidas de farinha, ou
descobrir quem é a mulher que está fazendo a massa é entrar por um estilo interpretativo sem
propósito, além de tirar o foco do verdadeiro ensino de Jesus nessa parábola.
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13/02/2022 18:20 A Parábola do Fermento | Parábolas de Jesus
1. O invisível demonstra resultados visíveis: o fermento fica invisível na massa, mas todos
podem ver o seu efeito. Da mesma forma o reino de Deus, reconhecido no coração e vida dos
cidadãos desse reino, ainda que pareça invisível no mundo de hoje, ele está presente, agindo
ativamente, e, em resultados visíveis, podemos perceber seu poder e sua presença.
3. Essa lição integra a missão da Igreja: a conduta que é esperada de nós, seguidores de Cristo,
em cada segmento das nossas vidas, não é algo à parte da evangelização do mundo, ao
contrário, nossa conduta diante da sociedade está diretamente conectada ao “evangelizar”, de
modo que é parte integrante da nossa missão.
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam
as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
(Mateus 5:16)
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13/02/2022 18:20 A Parábola do Grão de Mostarda
A Parábola do Grão de Mostarda é uma parábola de Jesus registrada nos Evangelhos Sinóticos
(Mateus 13:31,32; Marcos 4:30-32; Lucas 13:18,19). Esta parábola também é conhecida como
Parábola da Semente de Mostarda. Vejamos como Mateus registra a Parábola do Grão de Mostarda:
As quatro primeiras parábolas foram pronunciadas por Jesus diante da multidão (Mateus 13:1,2,36).
Já as três últimas parábolas foram acrescentadas particularmente aos discípulos. Isso aconteceu
após Jesus ter se despedido da multidão (Mateus 13:36). Portanto, a Parábola do Grão de Mostarda
foi contada à multidão.
Comparando os textos de Mateus, Marcos e Lucas notamos poucas diferenças. Em Mateus e Lucas o
texto se refere a um homem plantando. Já em Marcos temos a descrição direta e especifica do
momento do plantio. Em Mateus a semente é plantada no campo. Em Marcos a semente é plantada
na terra, e em Lucas a semente é plantada na horta.
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13/02/2022 18:20 A Parábola do Grão de Mostarda
Lucas coloca ênfase no tamanho da planta já adulta, enquanto Mateus e Marcos enfatizam o
contraste entre a pequena semente e o tamanho que a planta adulta atinge. Essas pequenas
diferenças na narrativa em nada alteram o sentido da parábola. Isso significa que o ensino da
Parábola do Grão de Mostarda permanece o mesmo nos três Evangelhos.
Na Parábola do Grão de Mostarda Jesus fala de um homem que semeia em sua lavoura.
Obviamente ele semeia a semente de mostarda. Essa era uma situação comum e corriqueira naquela
época. Dentre todas as sementes semeadas numa horta, a semente de mostarda era, geralmente, a
menor de todas. Contudo, em seu estágio adulto, a pequena semente se tornava a maior das
plantas da horta. Ela atingia o tamanho de uma árvore, com no mínimo três metros de altura e
podendo alcançar até cinco metros.
Essa planta se tornava tão imponente que até mesmo as aves do céu se aninhavam em seus ramos.
Principalmente no outono, quando os ramos estão mais consistentes, várias espécies de aves
preferem a planta da mostarda para fazerem seus ninhos, pois, além de se protegerem das
tempestades ou do calor do sol, elas encontram alimento nas pequenas sementes presentes nas
vagens.
Mas essa interpretação está equivocada, pois não se harmoniza com ensino principal transmitido
por Jesus na parábola. Quem defende esse tipo de interpretação cai no erro básico de tentar atribuir
significados específicos a todos os elementos de uma parábola. Isso tipo de coisa resulta numa
alegorização que distorce o verdadeiro ensino de Jesus Cristo.
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13/02/2022 18:20 A Parábola do Grão de Mostarda
O que Jesus esta ensinando na Parábola do Grão de Mostarda é uma clara comparação entre a
pequena semente de mostarda e o reino dos céus. Olhando para o pequeno grão de mostarda
parece que ele jamais atingirá tamanha robustez. Foi assim também com o reino dos céus na terra.
Ainda que muitas vezes ele parecesse insignificante, principalmente em seu início, certamente ele
haveria produzir grandes resultados.
É até possível classificar a Parábola do Grão de Mostarda como uma profecia. Essa parábola possui
grande semelhança com algumas passagens do Antigo Testamento (cf. Daniel 4:12; Ezequiel 17:23).
Na verdade, ao contar essa parábola, muito provavelmente Jesus tinha em mente uma profecia
do profeta Ezequiel que traz uma parábola messiânica:
O ensino principal dessa parábola é descrever o começo humilde e pequeno do reino dos céus na
terra, e mostrar que seu impacto grandioso estava garantido. Tão certo quanto o crescimento da
pequena semente de mostarda ao ser plantada, assim também era certo o desenvolvimento do
reino dos céus. Isso faz todo sentido quando analisamos o ministério de Jesus e o início da
pregação do Evangelho por seus discípulos.
A maioria de seus discípulos era formada por galileus, pessoas sem muito prestigio. Esses
seguidores acompanhavam um carpinteiro desprezado e rejeitado entre os homens (cf. Isaías 53:3).
Diante dessas características, a Parábola do Grão de Mostarda foi uma maravilhosa profecia para
trazer alento aos seus seguidores. É como se Jesus estivesse dizendo: “Calma! Fiquem tranquilos,
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13/02/2022 18:20 A Parábola do Grão de Mostarda
tenham fé e perseverem. Aos olhos de vocês até pode parecer impossível que essa obra prospere; mas
saibam que os planos de Deus não fracassarão, e o reino crescerá e se tornará notável”.
Aquele pequeno grupo recebeu uma missão: pregar o Evangelho a toda criatura. Aquelas poucas
pessoas obedeceram essa ordem e incendiaram o mundo com a Palavra de salvação. Quarenta anos
depois da ascensão de Cristo ao céu, o Evangelho já havia alcançado desde os grandes centros do
Império Romano até os lugares mais afastados.
A planta parecia que iria morrer, mas os propósitos de Deus nunca são frustrados. O Império
Romano caiu, enquanto a planta continuou crescendo e servindo de benção para homens de toda
raça, tribo, língua e nação. Assim como as aves do céu encontram abrigo nas grandes árvores,
pessoas de todas as partes do mundo encontram também refúgio e descanso sob as sombras
oferecidas pelo reino dos céus.
Ainda hoje essa planta cresce e continuará a crescer. Isso permanecerá até que o último eleito seja
selado; até que o último mártir tenha seu sangue derramado (Apocalipse 6:11; 7:3); até que Cristo
venha novamente, de forma gloriosa, para a grande colheita.
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13/02/2022 18:20 A Parábola do Grão de Mostarda
ter tido resultado, pode ser que amanhã se revele como o veículo pelo qual Deus chamou um
grande pregador do Evangelho.
Em segundo lugar, a Parábola do Grão de Mostarda ensina que a planta crescerá. Às vezes diante
das dificuldades que nos confrontam, nossas ações parecem insignificantes. O evangelismo parece
que não está dando resultado. A Escola Bíblica parece que não está sendo eficiente. O plantio da
nova congregação parece que não irá para frente. Porém, a promessa que foi feita diz que a planta
continuará crescendo, mesmo que nossos olhos não percebam. Por mais que somos bem-
aventurados em participar e trabalhar na expansão do reino, o crescimento, de fato, quem dá é o
próprio Deus (Marcos 4:26-29).
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13/02/2022 18:17 A Parábola do Rico e Lázaro: Explicação e Significado
O Rico e Lázaro é um relato de Jesus registrado apenas no Evangelho de Lucas 16:19-31. Alguns
consideram essa narrativa como sendo uma das parábolas de Jesus. Outros entendem que a
história do rico e o mendigo é um relato verídico.
Havia também um mendigo, um homem que vivia de forma completamente oposta ao rico. Esse
mendigo “desejava se alimentar das migalhas que caíam da mesa do rico” (Lucas 19:21). Talvez por
conta da condição precária em que vivia, ele era portador de uma doença de pele. Seu corpo era
coberto de feridas, as quais os cães vinham lambê-las.
Num determinado momento, o rico e o mendigo morreram. A alma do mendigo foi amparada
pelos anjos do Senhor e conduzida ao céu para estar junto de Abraão. Já o rico foi sepultado e sua
alma foi para o Hades, onde estava em constante tormento.
Então o rico clamou a Abraão pedindo que o mendigo molhasse pelo menos a ponta do dedo na
água e lhe refrescasse a língua. No entanto, Abraão lhe advertiu que isso não seria possível. Ele lhe
fez lembrar-se do tipo de vida que ele teve enquanto estava vivo na Terra. Além do mais, Abraão
também lhe informou que havia um grande abismo entre eles, de modo que o mendigo não podia
ir até onde ele estava e vice e versa.
O rico também suplicou para que Abraão mandasse o mendigo à casa de seu pai. Ele queria que
Lázaro avisasse seus irmãos sobre aquele lugar de tormento, a fim de que pudessem se arrepender
e evitar ter o mesmo fim que ele estava experimentando.
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13/02/2022 18:17 A Parábola do Rico e Lázaro: Explicação e Significado
Todavia, Abraão lhe respondeu que eles tinham acesso a Moisés e os profetas, ou seja, as Escrituras.
Se eles não ouviam os mandamentos do Senhor claramente expressos em sua Palavra, também não
iriam ouvir alguém que ressuscitasse dos mortos.
Esse é o único relato de Jesus registrado nos Evangelhos em que Ele atribui um nome para um dos
personagens. Portanto, caso se trate de uma parábola, o rico e o Lázaro é a única parábola onde o
nome de um dos personagens fictícios foi revelado.
Uma coisa que precisa ser ressaltada é que o relato do rico e Lázaro transmite ensinamentos
importantíssimos independentemente de ser ou não uma parábola. Devemos nos lembrar de que
as parábolas de Jesus transmitem, por meio de ilustrações, ensinamentos e princípios reais.
Isso é importante porque algumas pessoas tentam anular verdades fundamentais do ensino do
Senhor nesse relato. Por exemplo, alguns negam a realidade do inferno e a consciência após a
morte. Eles tentam se apoiar na desculpa de que o relato é uma parábola.
Há indícios de que esse relato realmente não seja uma parábola, porém é impossível resolvermos
definitivamente essa questão. Como a posição mais amplamente aceita é a de que a história do rico
e Lázaro deve ser classificada como uma parábola, então neste texto iremos nos referir a ela desta
maneira.
Indo ainda mais além, também podemos identificar um tipo de sequência dos ensinamentos
abordados ainda no capítulo anterior (15).
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13/02/2022 18:17 A Parábola do Rico e Lázaro: Explicação e Significado
No capítulo 15, encontramos advertências do Senhor Jesus sobre a atitude incorreta no trato com as
pessoas. Os perdidos que eram desprezados pelos escribas e fariseus, eram muito importantes para
Deus, de modo que Ele mesmo busca ativamente tais pecadores e se alegra quando um destes se
arrepende. Esse é um ensino presente nas três parábolas do capítulo: Parábola da Ovelha
Perdida, Parábola da Dracma Perdida e a Parábola do Filho Pródigo.
Com base nesse ensino, é possível entendermos que a Parábola do Rico e Lázaro é um tipo de
clímax do ensino de Jesus presente nestes dois capítulos. Nela, ele adverte, de uma só vez, sobre o
uso indevido das riquezas e sobre o modo desprezível de se tratar o próximo.
O homem rico dessa parábola cometeu todos os erros descritos por Jesus nos versículos
anteriores. Ele fatalmente serviu às suas riquezas e desprezou os mandamentos de Deus. Seu modo
de vida era egoísta, de modo que ele era “repugnante aos olhos de Deus” (Lucas 16:15).
Como os escribas e fariseus estavam ouvindo as palavras de Jesus registradas nos versículos
anteriores. Eles questionaram Jesus por estar cercado por publicanos e pecadores. Depois,
começaram a zombar dele diante de sua censura ao amor às posses materiais. Portanto, é claro que
essa parábola foi direcionada a eles. Assim, a figura do rico é uma representação perfeita destes
religiosos.
O rico
Jesus fornece dados suficientes para entendermos que aquele homem era muito rico. Ele se vestia
de “púrpura e linho fino”. Essa tintura púrpura era bastante cara, e era obtida de um molusco. Uma
túnica de púrpura era um traje digno de realeza.
Embaixo da túnica de púrpura ele usava linho fino. Além das roupas, aquele homem vivia uma vida
de ostentação, participando de festas e banquetes diários. Ele não se importava nenhum pouco
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13/02/2022 18:17 A Parábola do Rico e Lázaro: Explicação e Significado
Quando o rico morreu, Jesus mencionou seu sepultamento. Aqui devemos entender como uma
referência a um funeral propício a toda ostentação que aquele homem esbanjou em vida. Ele viveu
de forma luxuosa, e sem dúvida seu sepultamento fez jus a sua importância.
Apesar de toda sua riqueza, curiosamente não sabemos seu nome. Jesus não se preocupou em
nos informar esse detalhe. Para nosso Mestre, o nome do rico não tinha qualquer importância. Por
outro lado, o nome do mendigo que desejava comer as migalhas de sua mesa ficou marcado na
História: Lázaro. Jesus se preocupou em revelar o nome daquele pobre homem.
Após a morte, o rico foi para um lugar de tormento. A palavra que aparece originalmente é o
grego Hades. Esse termo possui diferentes significados que dependem do contexto. Neste caso
específico, a tradução correta é inferno, ou seja, o inferno em seu estado intermediário. A referência
é a um lugar de tormento onde a alma do ímpio é atormentada enquanto aguarda a ressurreição do
corpo para, após o juízo final, ser lançado no lago de fogo, isto é, o inferno em seu estado final.
Saiba mais sobre o significado de Hades.
Você consegue perceber que mesmo após a morte o rico continuou com seu comportamento
egoísta? Você percebe que ele continuava tratando Lázaro como um servo, um garoto de recado?
Outra coisa interessante é que o rico sabia muito bem quem era Lázaro. Ele admite conhecer pelo
nome o mendigo que ficava jogado à sua porta esperando por compaixão. Suas palavras no além
apenas confirmaram o quanto ele negligenciou a Palavra de Deus. Ele não amou a Deus sobre todas
as coisas, muito menos seu próximo como a si mesmo.
Lázaro, o mendigo
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13/02/2022 18:17 A Parábola do Rico e Lázaro: Explicação e Significado
Lázaro é um nome latino que deriva do grego Lazaros, que, por sua vez, é uma transliteração do
nome hebraico Eleazar, que significa “Deus tem socorrido” ou “Deus ajuda”. Se caso esse relato
realmente for uma parábola, então existe a possibilidade de Jesus ter utilizado esse nome
justamente para indicar que aquele mendigo, mesmo com todos os problemas e provações que
enfrentou durante a vida, tinha depositado toda sua confiança em Deus.
Lázaro morreu, e diferentemente do rico, nada é dito sobre seu sepultamento. Ele não recebeu
nenhuma honra terrena, nem mesmo de maneira póstuma. Todavia, algo muito mais importante e
glorioso do que isto é dito sobre sua alma: Lázaro foi levado pelos anjos para estar na companhia
de Abraão no Paraíso.
Note o contraste impressionante: o mendigo que aqui na terra desejava comer migalhas e tinha
por companhia os cães que lambiam suas feridas, agora estava no céu, reclinado à mesa celestial
juntamente com Abraão (cf. Mateus 8:11).
Também devemos ressaltar que Abraão é considerado na Bíblia como o grande patriarca do povo
judeu. Mas não apenas isto, ele também é considerado como o pai de todos os redimidos que
creem em Jesus (Rm 4:11).
Outra coisa interessante é o fato de que no relato, Lázaro não pronuncia uma única palavra, nem
enquanto estava vivo, nem mesmo após a morte. Diferentemente do rico, Lázaro em nenhum
momento precisa tentar se auto-justificar.
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13/02/2022 18:17 A Parábola do Rico e Lázaro: Explicação e Significado
Estabelecido esse ensino principal, agora podemos pontuar algumas lições derivadas desse
princípio:
1. O problema não é ser rico: não existe nenhuma passagem bíblica que ensina que é pecado ser
rico. O que a Palavra de Deus condena é o amor ao dinheiro. Não se pode servir a Deus e as
riquezas.
Muitos personagens bíblicos foram ricos, como por exemplo, José de Arimateia, um homem que
viveu nos dias de Jesus. O ensino bíblico é de que alguém é verdadeiramente rico quando
compartilha suas bênçãos materiais e espirituais com os necessitados.
2. A auto-justificação não pode livrar ninguém: como vimos, essa parábola foi direcionada aos
fariseus, pessoas que achavam que poderiam se apoiar na justiça própria. Eles chamavam Abraão de
pai, assim como o rico, e pensavam que por sua linhagem tinham um lugar garantido no Paraíso.
A Palavra de Deus nos revela que é somente através da justificação pela fé em Jesus Cristo que
poderemos desfrutar da bem-aventurança eterna (Romanos 5:1)
3. Após a morte, nada mais poderá ser feito: mesmo que o relato do rico e Lázaro for identificado
como sendo uma parábola, não podemos negar, de forma alguma, que verdades definitivas acerca
da vida por vir são reveladas muito claramente.
Esse texto nos ensina que não existe qualquer possibilidade de comunicação entre vivos e mortos.
Nem mesmo é possível alterar a condição de condenação eterna após a morte. A condição de bem-
aventurança, como a de Lázaro, ou a de condenação, como a do rico, está fixada para sempre. A
oportunidade de vivermos uma vida de acordo com a vontade de Deus deve ser aproveitada agora.
4. O sofrimento é eterno e sem alívio: o ensino que a morte é um sono, e que a pessoa fica
completamente inconsciente não encontra sustentação bíblica. Esse ensino se equivale de
interpretações equivocadas de algumas passagens do Antigo Testamento.
Na Parábola do Rico e Lázaro Jesus deixou muito claro que os que já partiram estão plenamente
acordados e conscientes. Alguns aguardam o dia do juízo na bem-aventurança, enquanto outros
aguardam em sofrimento.
5. A salvação é uma obra inteiramente divina: se Espírito Santo não regenerar o pecador, nem
mesmo o maior dos milagres poderá fazer com que ele se convença de seu pecado. O rico pediu
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13/02/2022 18:17 A Parábola do Rico e Lázaro: Explicação e Significado
para que Abraão envia-se Lázaro, e depois qualquer um dos mortos, para que fosse ter com seus
irmãos para que estes pudessem se converter.
É claro que o rico mais uma vez estava completamente equivocado. O Evangelho de João nos fala
de outro Lázaro, aquele que ressuscitou dos mortos. O resultado dessa ressurreição não foi a
conversão dos incrédulos, ao contrário, eles começaram a planejar a morte do próprio Lázaro que
acabará de ser ressuscitado (Jo 11).
Por fim, a própria ressurreição de Jesus nos mostra que, se Deus não chamar soberanamente o
pecador em sua graça, nunca tal pecador será salvo, ainda que alguém ressuscite dentre os mortos.
O homem, morto em delitos e pecados, jamais abandona sua obstinação em ser inimigo da Palavra
de Deus.
O rico, mesmo após a morte, não demonstrou arrependimento. Ele apenas lamentou seu
sofrimento, mas em nenhum momento indicou que compreendeu os mandamentos do Senhor.
O caráter do rico continuou o mesmo. Ele enxergou Lázaro como um simples servo. Tentou se
aproveitar de sua condição de descendente de Abraão ao chamá-lo de “pai”. No final, ele ainda
pensou que, até mesmo na eternidade, seus caprichos poderiam ser atendidos.
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13/02/2022 18:26 A Parábola do Servo Vigilante: Estudo, Explicação e Significado
A Parábola do Servo Vigilante fala sobre a importância da vigilância. Os servos de Cristo devem
estar sempre preparados para o retorno do seu Senhor. A Parábola do Servo Vigilante está
registrada em Lucas 12:35-40. Também há um texto paralelo no Evangelho de Marcos que se
harmoniza ao significado dessa parábola de Jesus (Marcos 13:33-37).
O Senhor Jesus Cristo exorta os seus seguidores a estar com seus lombos cingidos, e com suas
lâmpadas acessas. Na Parábola do Servo Vigilante Jesus diz que os crentes devem ser como os
servos que esperam por seu senhor que foi a uma festa de casamento. Atentos, esses servos
rapidamente abrirão a porta quando o senhor voltar da festa (Lucas 12:35).
Então Jesus também diz que aqueles que agem assim, como servos vigilantes, são bem-
aventurados. Sobre estes, o Senhor Jesus faz a maravilhosa promessa: “Em verdade vos digo que Ele
[o Senhor] se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-se, os servirá. E, se vier na segunda
vigília, e se vier na terceira vigília, e os achar assim; bem-aventurados são os tais servos” (Lucas
12:37,38).
Inclusive, nesse mesmo discurso Jesus contou outras duas conhecidas parábolas: a Parábola do Rico
Insensato (Lucas 12:16:21); e a Parábola dos Dois Servos (Lucas 12:42-46).
A primeira parábola fala sobre a tolice de depositar toda sua confiança nas coisas passageiras deste
mundo. Nesse sentido, encontramos um contraste entre o homem rico e tolo dessa primeira
parábola e o servo vigilante. Enquanto o homem tolo está com seu coração na terra, o servo
vigilante está com seu coração no céu.
https://estiloadoracao.com/parabola-do-servo-vigilante/ 1/3
13/02/2022 18:26 A Parábola do Servo Vigilante: Estudo, Explicação e Significado
Já a segunda parábola enfatiza o mesmo ponto da Parábola do Servo Vigilante. Ela destaca que o
servo bom é aquele que age com vigilância, comprometimento e prudência.
Em primeiro lugar, Jesus diz que o servo vigilante tem o seu “lombo cingido”. Essa expressão faz
referência ao costume da época. As pessoas naquele tempo usavam longas túnicas que dificultavam
seus movimentos. Então elas usavam um cinto que mantinham suas vestes acima dos joelhos para
possibilitar agilidade na execução de seu trabalho. Portanto, estar com o lombo cingido significa
estar vestido de modo adequado para poder agir prontamente.
Aplicando essa metáfora à vida espiritual, o servo vigilante é aquele que está sempre preparado
para receber o Senhor. É aquele que está sempre pronto para agir pela causa do Reino de Deus e
servir ao Senhor de forma adequada aguardando diligentemente sua volta.
Em segundo lugar, Jesus diz que o servo vigilante mantém sua “candeia acessa”. Naquele tempo não
havia luz elétrica, e as candeias eram essenciais para enxergar durante a noite. Se um servo não
estivesse com sua túnica cingida e com sua candeia acessa, ele jamais poderia abrir a porta para o
seu senhor de madrugada, pois certamente ele iria tropeçar no escuro.
Em ambos os casos, tanto em relação às vestes como em relação às lâmpadas acessas, a parábola
indica a necessidade do compromisso em servir; a necessidade de preparação para receber o
Senhor. Nesse ponto há o mesmo princípio ensinado na Parábola das Dez Virgens (Mateus 25:1-13).
Em terceiro lugar, na parábola Jesus diz que o servo vigilante será graciosamente recompensado
pelo Senhor, no sentido de que o próprio Senhor servirá os seus servos. A inversão de papéis é
impressionante. Essa é uma cena impensável do ponto de vista humano.
Mas durante seu ministério terreno o Senhor Jesus deu uma verdadeira aula sobre o significado de
servir (Lucas 22:27). O Senhor tomou o lugar de servo e as implicações finais de sua obra poderão
ser vistas em toda plenitude na ocasião de seu retorno, quando Ele acolherá seus servos bem-
aventurados nas bodas celestiais.
https://estiloadoracao.com/parabola-do-servo-vigilante/ 2/3
13/02/2022 18:26 A Parábola do Servo Vigilante: Estudo, Explicação e Significado
Mas os servos vigilantes estão sempre prontos em seus postos a qualquer vigília da noite enquanto
aguardam o retorno de seu Senhor. Por isso eles são verdadeiramente bem-aventurados. E aqui
Jesus conclui a parábola trazendo uma lógica semelhante à mensagem de outra de suas parábolas,
a Parábola do Ladrão (Mateus 24:42-44).
A ideia e que se o dono da casa soubesse a que hora o ladrão viria, ele conseguiria proteger sua
casa. Da mesma forma, os servos de Cristo não sabem a que horas o seu Senhor chegará. Então
como bons servos vigilantes, eles devem estar sempre preparados.
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13/02/2022 18:19 A Parábola do Tesouro Escondido
A Parábola do Tesouro Escondido é uma pequena parábola de Jesus que encontramos no capítulo
13 do Evangelho de Mateus. Os outros Evangelhos não registraram essa parábola. Vejamos o texto
abaixo:
A parábola não esclarece quem enterrou o tesouro, nem mesmo por quanto tempo ele ficou
enterrado no campo. O problema dessa prática é que muitas vezes o chefe de família não contava a
ninguém onde havia enterrado o tesouro. Logo, quando um proprietário morria, a localização de
seu tesouro permanecia um segredo. Nesta parábola, o caso parece ser este.
https://estiloadoracao.com/parabola-do-tesouro-escondido/ 1/4
13/02/2022 18:19 A Parábola do Tesouro Escondido
Também não sabemos a identidade do homem que encontrou o tesouro, nem mesmo com direito
ele cavava ali. O homem poderia ser um empregado ou mesmo um arrendatário daquele campo.
Sabemos apenas que ele estava cavando no campo, o significava que ele tinha direito para tal. A
parábola também mostra de forma implícita o fator “surpresa”, isto é, seja qual fosse o motivo que
levara o homem a cavar àquele campo, certamente ele não o fazia em busca de um tesouro. Foi
algo inesperado.
A parábola mostra também a honestidade daquele homem que, ao invés de fugir com o tesouro
encontrado, o enterrou novamente a fim de adquirir legalmente o direito sobre ele ao comprar o
campo. Para adquirir o campo, o homem precisou vender tudo o que tinha, mas ele não se
importou com isso, pois a alegria em possuir o tesouro era muito maior. Pelo fato de o campo estar
à venda, isso também nos leva a concluir que não havia sido o atual proprietário que enterrou tal
tesouro.
O significado desta parábola pode ser encontrado nas palavras do apóstolo Paulo:
Tal como o homem que cavou no campo, o Apóstolo Paulo também havia se deparado
inesperadamente com esse tesouro no caminho para Damasco (At 9:1-19). Como acontece com
todas as Parábolas de Jesus, nesta, as pessoas também insistem em aplicar significados alegóricos
aos elementos descritos, dentre os quais, o mais conhecido é aquele que defende que o campo é a
Palavra. Porém, o exemplo de Paulo mostra que não devemos restringir dessa forma a aplicação
desta parábola, já que o Apóstolo não estava lendo as Escrituras quando se deparou com o tesouro.
O mesmo aconteceu com Natanael (Jo 1:46-51), com a mulher samaritana (Jo 4:1-44) e com tantos
outros.
https://estiloadoracao.com/parabola-do-tesouro-escondido/ 2/4
13/02/2022 18:19 A Parábola do Tesouro Escondido
Certamente o ensino principal da parábola consiste em que o tesouro escondido é o próprio Cristo
e seu reino, inclusive a salvação, que nos proporciona o grande privilégio de assim sermos
transformados definitivamente. A parábola não está ensinando que devemos comprar a salvação, ao
contrário, o recurso utilizado por Jesus Cristo tem o objetivo de mostrar a tamanha preciosidade e
seu valor incalculável na vida daquele que a encontra sem ao menos ter procurado por ela, a ponto
de renunciar tudo o que possui apenas pelo prazer de desfrutar de sua posse.
Tudo entregarei!
Tudo entregarei!
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13/02/2022 18:19 A Parábola do Tesouro Escondido
https://estiloadoracao.com/parabola-do-tesouro-escondido/ 4/4
13/02/2022 18:26 A Parábola dos Dois Servos: O Servo Bom e o Servo Mau
Parábola dos Dois Servos é uma parábola de Jesus registrada nos Evangelhos de Mateus e Lucas
(Mateus 24:45-51; Lucas 12:42-46). A Parábola dos Dois Servos também é conhecida como a
Parábola do Servo Bom e o Servo Mau.
Na parábola Jesus diz que o servo bom e fiel é aquele a quem o seu senhor encarrega dos bens de
sua casa para dar aos seus outros servos alimento no tempo devido; e voltando o senhor, encontra
esse servo cumprindo diligentemente sua ordem. Por causa de sua fidelidade, Jesus diz que
certamente o senhor daquele servo haverá de encarregá-lo de todos os seus bens.
Mas se aquele servo for mau e pensar que o seu senhor tarde virá; e começar a espancar os seus
conservos, e a comer, e a beber com os bêbados; então virá o senhor daquele servo num dia em
que ele não espera e numa hora que ele não sabe. Assim, o senhor do servo mau irá separá-lo de
sua casa, e destinará sua parte com os hipócritas. O servo mau será expulso a um lugar onde haverá
pranto e ranger de dentes.
No Evangelho de Mateus, Jesus contou essa parábola quando estava exortando os seus discípulos
acerca dos acontecimentos que se sucederiam até o fim dos tempos. No Evangelho de Lucas essa
parábola também aparece num contexto em que Jesus ensina sobre a vigilância e a prudência
diante da realidade de seu retorno no fim dos tempos.
a viajar. Antes de partir, porém, o homem rico colocou seu empregado de maior confiança como
responsável por todos os demais empregados.
Esse empregado que foi colocado como administrador da casa, deveria não apenas supervisionar o
trabalho dos demais, mas também garantir que nada lhes faltasse. O servo que se atenta à tarefa
delegada por seu senhor e a cumpre diligentemente, é um servo bom e fiel. Mas o servo que age
com descaso e inconsequência diante da responsabilidade que recebeu, é um servo mau e infiel.
A narrativa da Parábola dos Dois Servos registrada em Lucas possui uma conclusão adicional que
não aparece no texto de Mateus. Nessa conclusão Jesus diz: “E o servo que soube a vontade do seu
senhor e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites. Mas o
que a não soube e fez coisas dignas de açoites com poucos açoites será castigado. E a qualquer que
muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá” (Lucas
12:47,48).
Os servos bons representam os verdadeiros cristãos que cuidam de administrar com zelo e a favor
dos outros os tesouros espirituais que Deus lhes confiou. Os servos bons fazem a vontade do
Senhor e cuidam daqueles que se acham necessitados, tanto espiritualmente quanto materialmente.
Os servos bons, que são os crentes genuínos, aguardam a volta de Cristo com comprometimento e
fidelidade. Tal como o senhor da parábola, quando Jesus voltar Ele colocará todos os seus servos
fieis num grau eterno de glória e honra.
Já os servos maus representam pessoas iníquas e hipócritas que serão severamente castigadas
no dia do juízo. Essas pessoas se mostram despreocupadas com as coisas de Deus. Ao invés de
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13/02/2022 18:26 A Parábola dos Dois Servos: O Servo Bom e o Servo Mau
cuidarem dos necessitados, os servos maus fazem crueldades contra eles. Os servos maus não agem
com prudência, ao contrário, se comportam de forma leviana e inconsequente. Por isso eles serão
lançados num lugar de eterna desgraça e desesperança.
A conclusão adicional da Parábola dos Dois Servos no Evangelho de Lucas ainda ensina que a
revelação de Deus ao mundo torna todas as pessoas indesculpáveis; mesmo que em diferentes
graus. Então nenhum servo mau poderá se justificar apelando para uma suposta ignorância; isso
porque a ignorância nunca é absoluta (Romanos 1:20,21; 2:14-16).
W. Hendriksen resume o significado da Parábola dos Dois Servos de uma forma muito interessante.
Ele diz que a mensagem desta parábola nos ensina a permanecer ativamente leais ao Senhor;
desempenhando de forma prudente e alegre a tarefa designada por Ele, no interesse daqueles que
lhe são preciosos.
Você gostou da explicação da Parábola dos Dois Servos? Temos um material com a interpretação de
todas as parábolas de Jesus. Conheça aqui!
https://estiloadoracao.com/parabola-dos-dois-servos/ 3/3
13/02/2022 18:22 A Parábola dos Talentos: Explicação e Significado
A Parábola dos Talentos está registrada no Evangelho de Mateus (Mateus 25:14-30). O significado
da Parábola dos Talentos fala sobre responsabilidade e prestação de contas no juízo. Algumas
pessoa confundem essa parábola com a Parábola das Dez Minas registrada em Lucas 19:12-27. Mas
as duas parábolas não são idênticas e foram pronunciadas por Jesus em ocasiões diferentes de seu
ministério.
Esse “talento” confiado aos servos era uma unidade monetária em uso na época. Estima-se que o
talento equivalia a seis mil denários; sendo que um denário era o salário pago pela diária de um
trabalhador comum. Logo, um talento equivalia a quase 20 anos de trabalho para a maioria dos
trabalhadores da época. Saiba o que é um denário na Bíblia.
https://estiloadoracao.com/a-parabola-dos-talentos/ 1/6
13/02/2022 18:22 A Parábola dos Talentos: Explicação e Significado
Naturalmente esse proprietário era um homem muito rico, e em sua ausência ele esperava que seu
dinheiro não ficasse parado. Quando ele confiou tais quantias a seus servos, obviamente ele
esperava por rendimentos.
Outra característica interessante é que esse senhor confiou quantidades diferentes de talentos a
cada servo. Isso significa que ele sabia muito bem que uns possuíam mais habilidades para os
negócios que outros. Sob essa lógica, cada servo recebeu uma quantidade adequada de talentos
para administrar.
O servo que recebeu cinco talentos conseguiu dobrar esse patrimônio. O mesmo também fez o
servo que recebeu dois talentos. Já o servo que recebeu apenas um talento, enterrou esse talento e
ficou aguardando a volta de seu senhor. O costume de enterrar no chão quantias de dinheiro ou
tesouros diversos, era uma prática comum da época.
Quando o patrão retornou de sua viajem, os servos que multiplicaram os talentos apresentaram
seus resultados. O proprietário aprovou os resultados obtidos, e ainda prometeu confiar aos servos
bons bens ainda maiores. Além disso, ele também convidou os servos a participar de sua alegria, ou
seja, comemorar com ele. Essa expressão remonta a uma ideia de confraternização; uma espécie de
festa onde os servos sentariam à mesa com seu senhor para juntos se alegrarem por causa dos
resultados.
Já o servo que recebeu um talento e o enterrou, foi chamado pelo proprietário de mau, negligente e
inútil. Diferentemente dos outros, ele não foi convidado à participar da confraternização com seu
senhor. Ao contrário disso, ele perdeu qualquer privilégio que tinha, restando-lhe apenas um terrível
lamento. Conheça também a explicação de outras Parábolas de Jesus.
Claro que esta parábola foi dirigida primeiramente aos discípulos de Jesus; e provavelmente eles
conseguiram estabelecer paralelos claros entre o significado da parábola e as características
históricas do ambiente em que viviam. Porém, obviamente o significado da Parábola dos Talentos
não ficou limitado aos discípulos, mas alcança a todos os cristãos de todas as épocas.
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13/02/2022 18:22 A Parábola dos Talentos: Explicação e Significado
Também muitas interpretações erradas e alegóricas foram feitas sobre esta parábola. No geral, essas
interpretações buscam atribuir significados específicos para cada elemento descrito por Jesus
(senhor, servos e talentos). Seja como for, o mais importante é estar atento para não ignorar a
mensagem principal da parábola. Na maioria das vezes o excesso de alegorias acaba distorcendo o
ensino fundamental transmitido por Jesus.
Seja qual for a interpretação, nenhuma delas pode ignorar que o grande significado da Parábola dos
Talentos enfatiza o princípio de que cada um recebe dons e oportunidades. O servo fiel é aquele
que, independentemente da quantidade de talentos recebida, age com responsabilidade e
diligência. O servo fiel valoriza os bens do seu Senhor.
1. A Parábola dos Talentos ensina que Deus não é injusto. Nosso Deus nos concede talentos (dons,
habilidades, oportunidades) de acordo com nossa capacidade. Ele seria injusto se confiasse a nós
algo que não pudéssemos administrar.
Por exemplo: uma pessoa sem o preparo necessário jamais pode ser coloca na presidência de uma
grande empresa em crise com a finalidade de salvá-la. Seria injusto colocar uma pessoa numa
situação tão difícil sem que ela tenha a capacitação necessária. Da mesma forma Deus nos colocaria
em situação muito complicada se confiasse a nós uma quantidade de talentos que não pudéssemos
administrar com propriedade.
2. A Parábola dos Talentos ensina que o pouco é muito. Algumas pessoas enfatizam o fato de que
o servo inútil recebeu apenas um talento. Mas aquele único talento já representava um montante
equivalente a vinte anos de salários acumulados de um trabalhador de sua época. Acredite, isso era
mais que o suficiente para realizar muitas aplicações a fim de que aquele dinheiro rendesse.
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13/02/2022 18:22 A Parábola dos Talentos: Explicação e Significado
Com isto, aprendemos que o que parece pouco na verdade é muito. Alguns intérpretes defendem
que aqueles servos da parábola eram escravos, e nem possuíam salário. Mas se considerarmos que
aqueles servos eram trabalhadores comuns da época, o servo que recebeu apenas um talento teve
em suas mãos uma quantia que muito provavelmente nunca havia ganhado em toda sua vida. Por
causa da expectativa de vida daquele tempo, boa parte das pessoas não chegavam aos vinte anos
de trabalho. Mesmo que aos olhos de alguém pareça ser pouco, o que Deus nos confia é muito
mais do que poderíamos conseguir por conta própria.
3. A Parábola dos Talentos ensina que nada do que temos é de fato nosso. Somos apenas
depositários, não somos donos dos talentos que recebemos. Nossa função é administrar e zelar por
aquilo que Deus nos dá. Ele é o dono dos talentos e continuará sendo. Algumas pessoas se
vangloriam diante de suas realizações e capacidades. Mas elas não conseguem enxergar que um dia
terão que prestar conta de tudo ao verdadeiro dono.
4. A Parábola dos Talentos ensina que devemos multiplicar o que Deus nos dá. Ao recebermos os
talentos, em gratidão a Deus por ter depositado em nós tamanha confiança, devemos aperfeiçoa-
los a fim de que eles sejam uteis para a expansão do reino. O resultado dos talentos que recebemos
deve glorificar unicamente ao nosso Senhor.
5. A Parábola dos Talentos ensina que os talentos são valiosos, mas há algo ainda mais
valioso. Na Parábola dos Talentos os dois servos bons receberam uma promessa de que devido ao
sucesso diante das responsabilidades que exerceram, ambos seriam colocados em
responsabilidades ainda maiores.
Podemos notar a importância dessa promessa quando calculamos o valor do patrimônio que foi
confiado ao primeiro servo. Ele ficou responsável por uma quantia que equivalia a cem anos de
salários de um trabalhador de sua época. Isso realmente era muita coisa! Porém, o senhor dele
comparou essa enorme quantia como sendo pouco em relação ao que ele receberia no futuro.
Muitas pessoas gostam de fazer alegorias com esse detalhe da parábola, principalmente focando
resultados materiais. Mas penso que a melhor interpretação é considerar que nada do que
conhecemos ou recebemos nesta terra, por mais valioso que seja, se compara a promessa de que
eternamente participaremos da alegria do nosso Senhor.
Quando o proprietário convidou os servos fiéis para participarem de sua alegria, ele ofereceu aos
empregados a oportunidade de ocuparem uma posição a qual não tinham direito. Eles se sentaram
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13/02/2022 18:22 A Parábola dos Talentos: Explicação e Significado
à mesa com seu senhor. Juntamente com ele, os servos regozijaram se lembrando do trabalho que
foi desempenhado.
O cristão verdadeiro será convidado a participar de uma mesa a qual não tinha direito algum de
participar. Porém, não por seus méritos, mas pelos méritos de Cristo, pela infinita misericórdia e
bondade do Senhor que confiou a ele os seus talentos, esse servo fiel estará presente no grande
banquete celestial.
6. A Parábola dos Talentos ensina que o servo mau, além de negligente, é perverso e não assume
a sua culpa. Se não lermos atentamente essa parábola, poderemos até pensar que o servo inútil não
aplicou o seu talento porque se sentiu inferior aos outros; ou porque realmente teve medo de
perder o talento de seu senhor. Algumas pessoas acabam até sentindo pena daquele servo. Porém
isso está errado! Aquele servo não era inocente.
É possível notar claramente que aquele servo era mau e perverso. Nas contradições de suas palavras
ele revelou uma natureza egoísta que foi incapaz de perceber a bondade de seu senhor. Ele
disse: “eu sabia que o senhor é um homem severo, que colhe onde não plantou e junta onde não
semeou”.
Já escutei alguns pregadores interpretarem essa expressão como um tipo de elogio. Alguns até
enfatizam que “nosso Deus colhe onde não planta”, como se isto fosse um tipo de milagre. Porém
essa afirmação do servo mau na verdade foi uma acusação contra o seu senhor. Com seu
comportamento e sua declaração, ele estava acusando o proprietário de ser cruel e maldoso.
Quando ele diz que seu patrão “colhe onde não plantou”, ele está querendo dizer que seu senhor
exige algo a qual não tem direito de exigir, pois quem não planta não deve colher. Basicamente, em
outras palavras ele está dizendo: “O senhor é cruel, e fiquei amedrontado. Não apliquei seu dinheiro e
a culpa é totalmente sua”.
A verdade é que aquele senhor só teria sido injusto tentando colher onde não plantou, se ele não
tivesse dado nenhum talento para aquele servo. No final da parábola notamos que o patrão
declarou que o servo se enforcou em suas próprias palavras: “Você sabia que eu colho onde não
plantei e junto onde não semeei? Então você devia ter confiado o meu dinheiro aos banqueiros, para
que, quando eu voltasse, o recebesse de volta com juros”.
Perceba que ele simplesmente está falando: “Se você realmente pensa isso de mim, então deveria ter
pelo menos deixado o talento com os banqueiros para que você pudesse me apresentar algum juro e
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13/02/2022 18:22 A Parábola dos Talentos: Explicação e Significado
talvez ser poupado da minha crueldade”. O servo incompetente não assume seus erros, ao contrário,
ele busca apresentar desculpas.
7. A Parábola dos Talentos ensina que até o pouco que se tem será tirado. O servo inútil era
também mentiroso. Quando ele afirmou que devolveria tudo o que pertencia ao seu senhor ele
estava mentindo. O que de fato pertencia ao seu senhor não era apenas o talento, mas também o
rendimento sobre o talento.
Quando depositamos uma quantia no banco esperamos reavê-la corrigida por juros. Esse é o nosso
direito, caso contrário estaríamos sendo roubados. Aquele servo mau também roubou o seu senhor
quando enterrou o talento e deixou de pelo menos aplicá-lo com os bancários. Daí vem a ordem
para tirar-lhe até o pouco que tinha, pois naquele momento ele passou a ser devedor de seu senhor.
8. A Parábola dos Talentos ensina que receber talentos não significa ser aprovado por
Deus. Algumas pessoas interpretam esta parábola de forma totalmente errada. Confundem os
talentos com a graça salvadora de Deus, ou pior, identificam a administração dos talentos como
sendo uma obra que pode conduzir alguém à salvação.
Definitivamente esse não é o princípio ensinado na Parábola dos Talentos! Os talentos jamais
servirão para absolver alguém no juízo vindouro (cf. Mateus 7:22,23). Ninguém poderá apresentar a
multiplicação dos talentos que recebeu como um resultado meritório para a salvação eterna. Mas se
fossemos aplicar o conceito de salvação, seguramente podemos dizer que o servo mau não perdeu
a salvação como muitos alegam, na verdade ele nunca a teve. Embora fosse chamado de servo, ele
não conhecia o seu senhor e o julgava de maneira completamente equivocada.
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13/02/2022 18:17 Estudo Sobre a Parábola da Dracma Perdida: Explicação e Significado
A Parábola da Dracma Perdida fala sobre a forma como Deus busca o pecador perdido e se alegra
com seu arrependimento. Essa parábola contada por Jesus está registrada em Lucas 15:8-10. Nela,
Jesus retratou o empenho de uma mulher que, ao perder uma de suas dez dracmas, diligentemente
se põe a procurar a dracma perdida.
Essa mulher acende a candeia e varre toda sua casa, até encontrar a dracma que se perdeu. Ao
encontrar a dracma perdida, a mesma mulher convoca suas amigas e vizinhas para que se alegrem
com ela por ter achado a dracma. Na conclusão da parábola, Jesus diz que semelhantemente há
alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende. Vejamos na sequência deste
estudo bíblico o significado e a explicação completa da Parábola da Dracma Perdida.
Obviamente existe uma profunda ligação entre as três parábolas, nas quais Jesus transmite uma
mensagem central. Essa mensagem não é outra se não o extraordinário amor de Deus pelos
perdidos.
Na ocasião em que contou a Parábola da Dracma Perdida, Jesus estava cercado por publicanos e
pecadores que se juntaram para ouvi-lo. Os pecadores eram as pessoas moralmente marginalizadas
e de má reputação na sociedade. Essas pessoas não possuíam um padrão de vida aprovado pelos
religiosos da época. Por isto, elas eram praticamente excluídas do convívio social.
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13/02/2022 18:17 Estudo Sobre a Parábola da Dracma Perdida: Explicação e Significado
Era recomendado que os judeus evitassem ao máximo ter contato com essas classes de pessoas.
Porém, Jesus não apenas tinha contato com essas pessoas, mas também comia com elas e até
mesmo ia em busca delas (Lucas 5:27-29). Foi assim com Mateus, um publicano que o Senhor
escolheu para ser um de seus doze apóstolos.
Essa dracma perdida, em algumas traduções “moeda de prata”, era uma moeda grega. Tal como
o denário romano, a dracma correspondia à quantia paga ao trabalhador comum por um dia de
serviço. Saiba mais sobre os pesos e medidas da Bíblia.
Alguns sugerem que as dez dracmas eram toda a economia daquela mulher. Outros apontam para a
possibilidade de que as dez dracmas faziam parte de seu dote, e eram usadas como um tipo de
enfeite. Se for este o caso, então é possível que ela tenha colocado as dez dracmas em uma corrente
em volto de seu pescoço.
Conforme o costume da época, ela também poderia ter atado as moedas em uma tira de pano que
enfeitava seu penteado. Seja como for, o fato de a mulher perder uma das dracmas foi motivo de
grande ansiedade.
Jesus também fala que ao procurar a dracma perdida, a mulher ascende uma lâmpada. Isso indica,
provavelmente, que Jesus estava utilizando como pano de fundo para a sua parábola, uma típica
casa de uma pessoa de classe pobre. Essas casas eram bem pequenas, tinham piso de terra batida e
não havia janelas.
Às vezes, os construtores deixavam algumas pedras faltando na parede, próximo ao teto. Isto servia
para permitir a ventilação no interior da casa. Entretanto, tais aberturas de ar não eram suficientes
para prover iluminação adequada. Mesmo durante um dia de sol, a casa permanecia escura. Assim,
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13/02/2022 18:17 Estudo Sobre a Parábola da Dracma Perdida: Explicação e Significado
fica evidente a dificuldade que havia na procura de algum objeto pequeno que caía no chão de
terra.
Na parábola, com a ajuda de uma lamparina, a mulher então varre a casa em busca da dracma
perdida. Ela procura em cada canto, com muita diligência, até que consegue encontrar a moeda. Ao
encontrar a dracma perdida, a mulher desejou repartir sua alegria com as amigas e vizinhas, afinal, a
dracma estava novamente guardada em segurança.
Algumas pessoas, caindo nas armadilhas da alegoria, insistem em atribuir significado a cada um dos
elementos dessa parábola. Essas pessoas dizem, por exemplo, que a mulher dessa parábola
simboliza o Espírito Santo ou então a própria Igreja. Eles dizem isto ao entender que o pastor da
Parábola da Ovelha Perdida simboliza Jesus, enquanto a Parábola do Filho Pródigo foca em
representar o Pai.
Outros também afirmam que a lâmpada que a mulher ascende representa o Evangelho. Na
sequência, supostamente a vassoura com que ela varre o chão seria a Lei. Mas não é preciso um
grande esforço para entender que essas interpretações estão erradas. Elas fogem do objetivo da
história contada por Cristo.
Ao se interpretar uma parábola, sempre é preciso priorizar sua mensagem central. Quando se segue
essa simplicidade na interpretação, dificilmente se erra o alvo do ensino do Senhor. Não há qualquer
necessidade de se atribuir significados para todos os elementos de uma parábola. Esse tipo de coisa
apenas distorce sua verdadeira mensagem.
Quando uma parábola possui um elemento que precisa ser identificado no que diz respeito ao seu
significado particular, o próprio Jesus deixa isso diretamente expresso em sua narrativa. A Parábola
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13/02/2022 18:17 Estudo Sobre a Parábola da Dracma Perdida: Explicação e Significado
Quanto a Parábola da Dracma Perdida, a mensagem é muito clara: Deus busca pelo perdido, e se
alegra grandemente na presença dos anjos por cada um deles que se arrepende.
O contexto da Parábola da Dracma Perdida nos convida a olhar para o exemplo de Jesus. A Igreja de
Cristo deve agir para com os pecadores assim como nosso Senhor agiu. É triste ver que muitos se
denominam cristãos, mas seguem o exemplo dos escribas e fariseus. Eles não demonstram amor
pelos perdidos.
Ao invés de evitar os pecadores de seu tempo, Jesus frequentemente estava acompanhado deles.
Nosso Senhor se assentava à mesa com eles e ativamente os buscava (Lucas 19:10; cf. 19:5; Mateus
14:14. 18:12-14; João 4:4s; 10:16).
Jamais deveríamos correr o risco de desprezar àqueles a quem o Senhor busca. Como seus
seguidores, devemos proclamar que Cristo veio “buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas
19:10). Muitas pessoas talvez não dariam importância a uma simples dracma perdida. Mas tal como
aquela mulher buscou sua dracma perdida, Deus busca aqueles a quem o mundo despreza, isto
porque o valor e o mérito não estão no perdido, mas Naquele que o encontra.
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13/02/2022 18:16 Parábola da Figueira Estéril: Explicação e Significado
O contexto histórico da narrativa de Jesus é o triste episódio envolvendo a ordem de Pilatos para
matar alguns galileus. Pelo relato de Lucas, podemos entender que algumas pessoas naturais da
Galileia peregrinaram até Jerusalém para oferecerem sacrifícios no Templo. De repente, por ordem
de Pilatos, aquelas pessoas foram assassinadas.
O texto nos informa que, de alguma forma, o sangue daquelas pessoas foi misturado com o sangue
de seus sacrifícios (Lc 13:1). Além do que foi registrado por Lucas, nada se sabe sobre o que de fato
ocorreu.
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13/02/2022 18:16 Parábola da Figueira Estéril: Explicação e Significado
Não sabemos qual foi a motivação para a ordem de Pilatos. Alguns sugerem que esses galileus
faziam parte de um grupo nacionalista que se opunha de forma intensa ao governo romano, porém
essa teoria é apenas uma mera especulação.
O importante sobre esse relato é que pelas palavra de Jesus podemos perceber que as pessoas que
estavam ao redor do Senhor não interpretavam esse evento como um ato de crueldade por parte de
Pilatos, ao contrário, eles achavam que aqueles galileus foram vitimas do castigo divino por conta
de seus pecados (Lc 13:2,3).
Esse tipo de entendimento que relacionava o sofrimento com o pecado pessoal era comum entre os
judeus. Um exemplo disso é a própria história de Jó, onde seus amigos associaram o sofrimento
enfrentado por ele com o castigo divino por seus pecados (Jó 4:7; 8:20; 11:6; 22:6-10; cf. Jo 9:2).
Porém, Jesus reprovou completamente esse conceito ao afirmar que aqueles galileus mortos não
eram, necessariamente, maiores pecadores que os demais galileus, e enfaticamente adverte seus
ouvintes: “[…] mas a menos que se convertam, todos vocês igualmente perecerão” (Lc 13:3).
É possível também que na época os judeus associaram a origem das vítimas, a Galileia, como um
fator contribuinte para tal punição. Devemos nos lembrar que existia preconceito entre os judeus de
Jerusalém e os galileus.
Jesus então continuou seu discurso refutando claramente essa ideia. Ele fez isso citando um
desastre na Torre de Silóe que matou dezoito pessoas. Essa torre ficava próxima ao Tanque de Silóe,
e num determinado dia ela desabou e matou um grupo de pessoas.
Era comum entre os judeus que figueiras fossem plantadas em vinhas. Isso também significa que
quando plantadas nas vinhas, as figueiras recebiam cuidados especiais.
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13/02/2022 18:16 Parábola da Figueira Estéril: Explicação e Significado
Jesus também nos informa que o homem havia procurado por frutos na figueira durante três anos,
e nada tinha encontrado. É importante entender que não se tratavam dos primeiros três anos de
vida daquela figueira.
Vale lembrar de que na Lei de Moisés havia uma condição de que apenas a partir do quinto ano os
frutos de uma árvore poderiam ser consumidos. Os frutos dos três primeiros anos deveriam ser
descartados, e os frutos do quarto ano deveriam ser ofertados ao Senhor (Lv 19:23-25).
Logo, aquele homem estava procurando frutos na figueira no quinto, sexto e sétimo ano, mas não
os encontrou. Então ele ordenou ao viticultor para que cortasse a árvore. Além disso, ele também
fez uma observação interessante: “Por que deixá-la inutilizar a terra?” (Lc 13:7).
Aqui percebemos que aquela árvore não era apenas inútil, ela era pior do que isto. Além de não
produzir fruto a figueira estéril causava prejuízo, pois ocupava o espaço no solo que poderia ser
utilizado de uma forma melhor, e também suas raízes absorviam os nutrientes da terra prejudicando
as demais plantas que estavam ao seu redor.
Então o homem que cuidava da vinha pediu para que o proprietário tivesse só mais um pouco de
paciência, e esperasse mais um ano. Durante esse prazo ele iria adubá-la e se ela não produzisse
fruto a figueira poderia ser cortada.
Lendo o diálogo entre o viticultor e o dono da vinha, podemos perceber que o viticultor
demonstrava um interesse especial naquela figueira estéril. Ele não só pediu para que ela não fosse
cortada, como também se comprometeu a fazer tudo o que tivesse ao seu alcance para que a
árvore pudesse produzir.
A parábola termina é nada é dito se a figueira finalmente produziu fruto ou se foi cortada. Claro
que isso foi intencional, ou seja, com isso, Jesus propôs que cada um analise sua própria vida, se
somos como uma figueira estéril ou se somos como árvores frutíferas.
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13/02/2022 18:16 Parábola da Figueira Estéril: Explicação e Significado
Assim, podemos entender que a figueira plantada em uma vinha é uma figura da posição
privilegiada que Israel desfrutou na antiga dispensação. No entanto, esse privilégio também trouxe
responsabilidade, e sabemos que Israel, como nação, não respondeu a esse privilégio e não se
voltou para o Senhor (Lc 20:16; 21:20-24).
Portanto, a falta de figos na figueira simbolizava a reprovação de Deus e seu juízo iminente: se não
produzisse fruto a figueira seria cortada. O significado central dessa parábola não se resume
apenas a Israel, mas a todos que ouvem e leem essas palavras de Jesus.
Essa parábola nos mostra a verdade de que se um simples homem se importou com a figueira
estéril de tal modo que se comprometeu a trabalhar nela por mais uma ano, mais ainda Deus se
importa com o homem e se mostra magnânimo e paciente. Porém, Sua paciência tem um tempo
limite.
Aqui aprendemos que Deus é misericordioso, mas chegará o tempo em que o dia do juízo
virá. Hoje os homens estão vivendo num tempo de oportunidade, mas chegará o momento em que
a oportunidade de salvação será tirada, a figueira estéril será cortada e se perderá para sempre.
Assim, o ensino principal da parábola da figueira estéril é que a paciência de Deus resulta em
julgamento ao pecador impenitente. Esse é o mesmo ensino expresso na Epístola aos Hebreus,
quando seu autor escreveu que se toda transgressão e desobediência recebeu justa
retribuição, “como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação” (Hb 2:2,3).
Quando meditamos na Parábola da Figueira Estéril podemos facilmente nos lembrar das palavras do
profeta Isaías:
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13/02/2022 18:16 Parábola da Figueira Estéril: Explicação e Significado
Quando o tempo permitido pelo Senhor para que o homem se arrependa tiver se esgotado, então
ninguém poderá escapar do juízo de Deus. Essa parábola, sem dúvida, enfatiza a responsabilidade
humana.
Deus é soberano e a Bíblia ensina claramente a doutrina da justificação pela graça mediante a fé,
mas isso não anula a responsabilidade do homem. O homem, depravado e corrompido pelo
pecado, não poderá culpar Deus pela sua negligência. No dia do juízo ninguém poderá reclamar da
paciência e da misericórdia do Senhor, nem mesmo questionar Sua justiça.
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13/02/2022 18:18 Parábola da Ovelha Perdida: Estudo Sobre a Ovelha Perdida
A Parábola da Ovelha Perdida é uma das parábolas de Jesus que fala sobre o maravilhoso amor de
Deus. Essa parábola está registrada nos Evangelhos de Mateus e Lucas (Mateus 18:12-14; Lucas
15:4-7). Um estudo da Parábola da Ovelha Perdida mostra como o próprio Deus busca ativamente o
pecador e se alegra quando o resgata.
Na Parábola da Ovelha Perdida Jesus fala sobre um pastor que possui cem ovelhas. Mas uma dessas
ovelhas acaba se perdendo. Então ele deixa no deserto as noventa e nove ovelhas e vai em busca da
única ovelha perdida. Ele não para, não desiste até encontrá-la.
Quando o pastor encontra a ovelha perdida ele a coloca sobre seus ombros com grande alegria. Ao
chegar em casa, o pastor convoca seus amidos e vizinhos e diz a eles para que se alegrem
juntamente com ele por ter encontrada a ovelha perdida. Jesus termina a parábola dizendo: “Digo-
vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e
nove justos que não necessitam de arrependimento”
(Lucas 15:4-7).
Mas analisando os textos de Mateus e Lucas, o contexto histórico claramente parece indicar que
Jesus contou essa parábola duas vezes. Isso significa que ele usou essa parábola em duas ocasiões
diferentes e com propósitos diferentes em seu ministério terreno. Apesar disso, a mensagem
principal da parábola permanece a mesma. Vejamos melhor a explicação da Parábola da Ovelha
Perdida em cada um dos dois Evangelhos.
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13/02/2022 18:18 Parábola da Ovelha Perdida: Estudo Sobre a Ovelha Perdida
Na sequência Jesus advertiu os discípulos sobre o perigo de fazer com um dos pequeninos tropece
ou mesmo desprezá-los de alguma forma. É nesse sentido que Jesus contou a Parábola da Ovelha
Perdida. Seu objetivo era enfatizar que não é da vontade do Pai que “um só destes pequeninos se
perca” (Mateus 18:14).
Embora Jesus tenha usado literalmente uma criança nesse contexto, isso serviu como ilustração de
uma verdade espiritual muito importante. Isso significa que ao usar um menino, Jesus se referiu
àqueles cuja fé mantém a simplicidade das crianças. Diante desse propósito, a Parábola da Ovelha
Perdida em Mateus nos ensina que Deus, como um pastor que cuida de suas ovelhas, também
busca e cuida daqueles que sãos seus. Ele não deixará que nenhum daqueles que lhe pertencem se
perca.
Os judeus da época consideravam os publicanos como traidores que extorquiam os próprios irmãos.
Já os chamados “pecadores” eram todas as demais pessoas marginalizadas moralmente e de má
reputação. Essas pessoas não viviam conforme as normas estabelecidas pelos rabinos; por isso
acabavam excluídas da sociedade judaica pelos líderes religiosos. O povo judeu era aconselhado a
não ter qualquer contato com essas pessoas, e muito menos comer com elas.
Entretanto, Jesus frequentemente estava acompanhado dessas pessoas; inclusive ele se assentava à
mesa com elas (Lucas 5:27-29). Jesus até escolheu Mateus, um coletor de impostos, para ser um dos
seus doze apóstolos. Tais coisas faziam com que os fariseus e os escribas se escandalizassem e
murmurassem.
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13/02/2022 18:18 Parábola da Ovelha Perdida: Estudo Sobre a Ovelha Perdida
Eles não conseguiam enxergar o verdadeiro propósito pela qual o Filho de Deus veio ao mundo, a
saber, buscar e salvar o perdido. Então com o intuito de expor o comportamento reprovável e
injusto dos religiosos, e ao mesmo tempo mais uma vez lhes oferecer a oportunidade de converter-
se de tal perversidade, Jesus contou três parábolas. Foram elas: a Parábola da Ovelha Perdida,
a Parábola da Dracma Perdida e a Parábola do Filho Pródigo.
Então os ouvintes de Jesus estavam bem habituados com a cena descrita por por Ele. Além disso,
todos eles, principalmente os fariseus e os escribas, conheciam muito bem as passagens do Antigo
Testamento que mostram Deus como o Pastor de suas ovelhas (cf. Salmos 23:1; Isaías 40:11; Ezequiel
34:15,16).
Jesus começou a Parábola da Ovelha Perdida perguntando: “Qual de vocês, se tiver cem ovelhas e
tiver perdido uma delas, não vai em busca da ovelha perdida?” (Lucas 15:4). Nessa pergunta Jesus
ensina que todo pastor bom e zeloso, necessariamente buscará a ovelha perdida. Ele agirá dessa
forma mesmo que isso implique em deixar as outras noventa e nove ovelhas enquanto busca uma
única ovelha desgarrada.
Na sequência da parábola Jesus faz questão de descrever a alegria do pastor ao encontrar sua
ovelha perdida (Lucas 15:5,6). Ele reúne seus amigos e vizinhos para juntos festejarem. Essa cena é a
que prepara a lição principal da parábola que indica que há uma grande festa no céu quando um
pecador perdido é encontrado (Lucas 15:7). Essa alegria é resultante da busca e do cuidado
providencial do Bom Pastor.
Sobre isso, o próprio Jesus com suas palavras e sua obra revelou o tamanho desse cuidado. No
Evangelho de João lemos a seguinte declaração do Senhor Jesus: Eu sou o bom Pastor; o bom
Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (João 10:11).
Perceba que nas palavras de Jesus as noventa e nove ovelhas representam pessoas justas que não
precisam de arrependimento. Então quem seriam essas pessoas? Existem diferentes interpretações
que tentam responder essa pergunta. Citaremos aqui as duas principais:
1. A primeira interpretação considera que os noventa e nove justos são aquelas pessoas que
verdadeiramente fazem a vontade de Deus e seguem seus mandamentos. Também há alegria
no céu pela conduta de vida dessas pessoas. No entanto, quando um pecador se arrepende,
então a alegria é ainda maior. É como uma ovelha desgarrada que foi recuperada, uma dracma
perdida que foi encontrada e um filho perdido que retornou à casa do pai.
2. A segunda interpretação considera que os noventa e nove justos são pessoas que apenas
possuem aparência de justiça. Em outras palavras, elas são pessoas justas a seus próprios olhos
e por isso elas pensam não precisar de arrependimento. Isso porque alguém que se julga justo
obviamente não deve ter nada do que se arrepender.
Embora as duas interpretações sejam boas e demonstram verdades confirmadas pelas Escrituras, a
segunda interpretação é aquela que mais se harmoniza ao contexto da Parábola da Ovelha Perdida
no Evangelho de Lucas. Quando Jesus contou essa parábola ele estava junto dos miseráveis
pecadores que o cercavam para ouvir suas palavras. Enquanto isso ali também estavam alguns
representantes dos religiosos, que se orgulhavam em cumprir a Lei. Essas pessoas se consideravam
justas e murmuravam diante da atitude de Jesus.
Sob esse aspecto parece claro que Jesus estava falando dos fariseus e dos escribas, juntamente
daqueles que os seguiam. Portanto, provavelmente os noventa e nove justos representam os
murmuradores que confiavam em suas próprias obras.
Aqui vale lembrar que antes disso Jesus já havia sido censurado pelos fariseus por se ajuntar com
pessoas reprováveis. Mas o Senhor Jesus sempre deixou claro que Ele não veio chamar os justos ao
arrependimento, mas, sim, os pecadores (Lucas 5:30-32). Através de uma parábola, em outra ocasião
Jesus também repreendeu algumas pessoas que pensavam ser justas, confiavam em si mesmas e
desprezavam os outros (Lucas 18:9).
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13/02/2022 18:18 Parábola da Ovelha Perdida: Estudo Sobre a Ovelha Perdida
Isso acontece porque humanamente estamos propensos a olhar muito mais para as noventa e nove
ovelhas do que para uma única ovelha que ficou desgarrada. Mas felizmente o Bom Pastor não age
dessa maneira. Para Ele, uma única ovelha já faz falta, pois nenhuma de suas ovelhas poderá ficar
definitivamente perdida (João 10:28).
Em segundo lugar, a Parábola da Ovelha Perdida ensina que o pastor busca suas ovelhas. Quem já
viu alguma vez um rebanho de ovelhas e se atentou ao comportamento delas, sabe o quão
limitadas elas são em todos os sentidos. As ovelhas são completamente dependentes do pastor que
as apascenta. É por isso que o pastor de ovelhas sempre está atento a qualquer problema que possa
ocorrer com seu rebanho. Ele se compromete a proteger o rebanho de qualquer imprevisto.
Da mesma forma Cristo, como um pastor, vai à procura do homem que é totalmente incapaz de
fazer qualquer coisa por si mesmo. É o pastor que vai em busca da ovelha, e não a ovelha que vai
em busca do pastor. A salvação é obra da soberana graça divina! Deus é quem vai em busca do
homem, não o homem quem vai em busca de Deus.
O homem por si só, mesmo pensando consigo possuir muitas habilidades e capacidades, não possui
qualquer condição de encontrar o caminho para o aprisco da salvação. Sozinha a ovelha perdida
nunca teria sido encontrada! De igual modo, Deus encontra o pecador que está perdido no pecado
e que sozinho nunca conseguirá escapar de cair no abismo.
Os homens passam suas vidas buscando alento em muitas coisas. Alguns buscam em religiões;
outros em bens materiais; e outros em status e fama ou qualquer outra coisa que possa satisfazê-
los. Porém, quando o pecador é resgatado de sua perdição e se sente acolhido nos braços do Bom
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13/02/2022 18:18 Parábola da Ovelha Perdida: Estudo Sobre a Ovelha Perdida
Pastor, não resta outra coisa a ele a não ser admitir que não foi ele quem encontrou a Cristo, mas
Cristo foi quem o encontrou.
Em terceiro lugar, a Parábola da Ovelha Perdida ensina que devemos aprender com a atitude do
Bom Pastor. Diante dos perdidos, podemos adotar diferentes atitudes. Podemos odiá-los, podemos
ser indiferentes a eles, podemos recebê-los caso venham até nós, ou, finalmente, podemos buscá-
los.
Consequentemente, a Parábola da Ovelha Perdida também nos exorta sobre o perigo de sermos
como os fariseus e os escribas. Devemos nos doar pela tarefa de anunciar o Evangelho que encontra
e restaura o perdido. Cristo não odiou os publicanos e os pecadores e nem mesmo foi indiferente a
eles. Ao contrário disso, Jesus fez mais até do que apenas recebê-los bem. Na verdade muitas vezes
Ele próprio é quem foi em busca dos perdidos e desprezados (Lucas 19:10; Mateus 14:14; 18:12-14;
João 10:16).
A mensagem da Parábola da Ovelha Perdida nos convida a uma importante reflexão. Devemos
constantemente perguntar a nós mesmos: Qual tem sido a nossa atitude para com os perdidos?
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13/02/2022 18:26 Parábola do Credor Incompassivo: Estudo, Significado e Explicação
Na Parábola do Credor Incompassivo Jesus fala que o reino dos céus pode ser comparado a um rei
que desejava acertar as contas com seus servos. Um desses servos lhe devia dez mil talentos. Como
o servo não tinha como pagar a conta, o rei mandou que ele, sua esposa e seus filhos, fossem
vendidos com tudo o que possuíam para que a dívida fosse quitada.
Então o servo prontamente se prostrou diante do rei e suplicou por misericórdia. Ele disse: “Tem
paciência comigo, e eu te pagarei tudo” (Mateus 18:26). Diante do pedido do servo, o rei teve muita
compaixão, cancelou a dívida e o deixou livre.
Depois disso o servo que teve sua dívida perdoada se encontrou com um de seus conservos que lhe
devia cem denários. Ele agarrou esse homem e começou a sufocá-lo enquanto exigia o pagamento
da dívida. Então o conservo se prostrou diante dele e implorou por misericórdia. Mas o homem não
teve compaixão do devedor e mandou que o lançassem na prisão até que ele lhe pagasse a dívida.
Quando os outros servos viram o que tinha acontecido, tão logo foram contar ao rei. Então o rei
chamou o servo incompassivo e lhe disse que ele também deveria ter usado de misericórdia com
seu conservo, da mesma forma com que ele recebeu misericórdia antes. Indignado, o rei entregou
aquele servo mau aos torturadores até que ele pagasse sua dívida.
Jesus termina a Parábola do Credor Incompassivo fazendo um importante alerta. Ele diz: “Assim
também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu
irmão” (Mateus 18:35).
Essa parábola aparece num contexto em que Jesus trata da disciplina eclesiástica; especialmente
com relação ao tratamento que deve ser dispensado a um irmão culpado (Mateus 18:15-20). Diante
disso, o apóstolo Pedro perguntou a Jesus sobre quantas vezes se deve perdoar a um irmão
culpado.
O apóstolo perguntou se ele deveria perdoar até sete vezes aquele que lhe ofendesse. Mas Jesus
indicou que o compromisso com o perdão deveria ser muito maior, a saber, setenta vezes sete.
(Mateus 18:21,22). Foi nesse ponto que Jesus introduziu a Parábola do Credor Incompassivo.
Talvez Jesus tivesse em mente os governadores de províncias que tinham o dever de cobrar os
impostos reais e repassar o valor arrecado ao rei. Isso pode explicar o tamanho da dívida do servo
incompassivo.
O servo devia dez mil talentos. Um talento era a mais alta unidade monetária da época. Um talento
equivalia a no mínimo seis mil denários romanos ou dracmas gregas. Um denário ou uma dracma
era o soma paga como salário pela jornada diária de um trabalhador. Isso significa que um operário
precisaria de mil semanas para ganhar um só talento.
Então mesmo para um administrador de província a soma de dez mil talentos era uma quantia
impagável. Alguns comentaristas arriscam uma projeção do que significaria uma quantia de dez mil
talentos na atualidade e sugerem um montante de no mínimo dez milhões de dólares.
Jesus não explica como o servo incompassivo acumulou uma divida tão grande. Na verdade esse
detalhe não tem importância para a mensagem da parábola. O grande objetivo é mostrar que o
servo tinha uma dívida a qual não podia pagar.
O fato de o rei ter ordenado que o servo devedor fosse vendido para o pagamento da dívida,
juntamente com sua família e seus bens, está de acordo com o contexto histórico da época. Essa
prática não era incomum naquele tempo. Além disso, parece claro que mesmo essa ação pagaria
apenas parte da dívida.
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13/02/2022 18:26 Parábola do Credor Incompassivo: Estudo, Significado e Explicação
Após ter tido sua dívida perdoada, Jesus diz que o servo incompassivo também tinha um devedor.
Mas seu devedor lhe devia apenas cem denários. Isso equivalia a seiscentésimo milésimo da divida
cancelada de dez mil talentos.
Mesmo assim ele não demonstrou compaixão e agiu com maldade para com seu devedor. A dívida
era tão pequena que ele não tinha o direito de vender seu conservo para reaver o valor; mas
legalmente ele poderia exigir sua prisão e submetê-lo a trabalhos forçados para liquidar a dívida.
Quando o rei soube disso, entregou o servo incompassivo aos torturadores. O texto original usa um
termo grego que indica oficiais designados pelos tribunais, cuja tarefa era torturar aqueles que
tinham cometido crimes terríveis. Quando o rei diz que o servo incompassivo deveria ser torturado
até que a dívida fosse paga, obviamente isso significava que ele jamais escaparia de seu tormento.
Isso porque sua dívida era impagável.
A alta quantia da dívida que o rei perdoou ilustra a imensurável dívida do pecado que todos os
homens possuem diante de Deus. Ninguém seria capaz de pagar tamanha dívida! Mas em Cristo
Jesus, Deus perdoou todos os nossos delitos. Na cruz, Jesus não apenas pagou o preço pelo pecado
de forma geral, mas quitou todos os nossos delitos; Ele eliminou a culpa de cada um dos nossos
atos particulares de pecado (Colossenses 2:13).
Então o pecador perdoado deve sempre agir sob a base da misericórdia perdoadora. O mínimo que
se espera daquele que foi perdoado é que também demonstre perdão. Na verdade um coração que
não perdoa também é um coração não perdoado. Por isso nesse ponto deve haver muito cuidado.
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13/02/2022 18:26 Parábola do Credor Incompassivo: Estudo, Significado e Explicação
W. Hendriksen observa que a Parábola do Credor Incompassivo nos ensina que os homens só
podem ter certeza de que suas dívidas foram canceladas, se eles mesmos também cancelarem as
dívidas daqueles que estão endividados em relação a eles. Isso significa que eles só podem
experimentar a certeza do perdão, se estiverem dispostos a perdoar as ofensas cometidas contra
eles. Além disso, por parte daquele que foi perdoado jamais deveria ser difícil perdoar, visto que a
divida que Deus lhe perdoou é infinitamente maior do que aquela que os homens lhe devem.
Um verdadeiro cristão jamais deve se comportar como o credor incompassivo. Seu exemplo maior
de perdão e misericórdia é Cristo. Todos nós somos devedores de Deus. Mas assim como Deus nos
perdoa, devemos estar sujeitos a perdoar a todos aqueles que pecam contra nós. Esse perdão deve
ser abundante, não apenas sete vezes mais, mas setenta vezes sete!
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13/02/2022 18:17 Parábola do Fazendeiro e o Servo
A Parábola do Fazendeiro e o Servo está localizada no Evangelho de Lucas (17:7-10). Esta parábola
também é conhecida como “O Servo e o Seu Dever“. Vejamos abaixo o texto dessa parábola de
Jesus:
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13/02/2022 18:17 Parábola do Fazendeiro e o Servo
uma leitura atenta mostrará que a construção da narrativa feita por Lucas, sinaliza uma forte relação
entre estes capítulos. Aliás, não podemos nos esquecer de que o próprio Lucas afirmou que, após
um cuidadoso estudo, ele resolveu escrever um “relato ordenado” (Lc 1:3).
No capítulo 15, sabemos que os fariseus tratavam com grande desprezo os publicanos e os
pecadores que se reuniam em torno de Jesus. No capítulo posterior (16), percebemos esse mesmo
tipo de tratamento por parte do rico ao pobre Lázaro na parábola contada por Jesus. Ambos os
capítulos nos mostram que esse tipo de tratamento só causa dano às pessoas que são
menosprezadas e negligenciadas. Agora, no capítulo 17, naturalmente Jesus faz uma advertência
aos seus discípulos para que não cometam semelhante pecado, ou seja, que não sirvam de tropeço
para os desprezados que se aproximam do Senhor em busca de alento (vers. 1,2). Jesus alerta para o
perigo de incitar alguém a pecar, e para a importância fundamental do perdão (vers. 3,4).
Diante de tal advertência, os discípulos então reconhecem que necessitam da ajuda divina, e pedem
para que o Senhor aumentasse a fé deles (vers. 5). A resposta de Jesus lhes deixa claro que
nenhuma tarefa designada por Ele seria impossível de ser realizada, desde que mantivessem firme a
confiança em Deus (vers. 6). Essa resposta foi um consolo, pois agora eles sabiam que poderiam
realizar grandes obras pela fé e cumprir as ordenanças do Mestre. Porém, antes que o assunto fosse
concluído, Jesus conta a Parábola do Fazendeiro e do Servo, para demonstrar a atitude correta, e a
verdadeira intenção de coração que seus seguidores devem ter ao realizar as tarefas para as quais
foram designados.
Após o servo ter trabalhado no campo cuidando do gado e arando a terra, o fazendeiro ordena ao
servo que lhe sirva, e, somente depois do fazendeiro ter se alimentado, o servo poderia se alimentar.
Isso foi uma ordem, e o servo sabia que deveria cumprir simplesmente por ser esse o seu papel. Por
ter realizado tais tarefas, o servo não deveria esperar nenhum tipo de elogio, pois fez nada mais do
que o esperado dele.
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13/02/2022 18:17 Parábola do Fazendeiro e o Servo
O principal ensino dessa parábola esta na frase de Jesus: “Quando tiverem feito tudo o que lhes for
ordenado, devem dizer: Somos servos inúteis; apenas cumprimos o nosso dever” (vers. 10). Jesus,
nessa parábola, está ensinando aos seus seguidores o que realmente significa ser servo. Nos
versículos anteriores a Parábola do Fazendeiro e o Servo, vimos que as advertências foram feitas, as
tarefas delegadas, as ordens dadas e as condições garantidas (através da fé). Não estamos fazendo
um “favor” ao executar o que foi ordenado pelo Senhor, ao contrário, estamos fazendo apenas
nossa obrigação como servos.
Se entendermos que nessa parábola de Jesus a ordem do fazendeiro possa ter causado insatisfação
ao servo que, após cuidar da terra, ainda precisou servir seu senhor antes que ele próprio pudesse
se alimentar, devemos também entender que no reino de Deus as coisas são diferentes, pois seus
verdadeiros servos, aqueles que de fato sabem o verdadeiro significado de servir, não realizarão
suas tarefas como um tipo de obrigação, antes, farão de bom grado, com alegria no coração e
grande gratidão por estarem servindo o seu Senhor.
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13/02/2022 18:17 Parábola do Fazendeiro e o Servo
Nossa verdadeira intenção: a intenção do nosso coração é fundamental no modo em que nos
comprometemos com as tarefas que nos foram delegadas como cidadãos do reino de Deus. O
ponto principal não está no “fazer”, mas no “como fazer”. A viúva e os ricos ofertaram, mas
qual foi a oferta mais valiosa? O fariseu e o publicano oraram, mas qual oração foi sincera?
Caim e Abel ofereceram sacrifícios, mas qual agradou a Deus? Percebe a diferença que faz a
intenção do nosso coração. Qual tem sido a intenção do teu coração ao servir o Senhor?
Entendendo nossa posição: por mais de uma vez os discípulos de Jesus perguntaram qual
deles seria o maior no reino do céus (Mt 18:1; Mc 9:34; 10:37; Lc 9:46; 22:24). Esse mesmo
comportamento tem se repetido muitas vezes entre muitos cristãos. A busca pelo lugar de
destaque parece não ter limites. Até mesmo dentro das igrejas, durante nossos cultos,
podemos presenciar esse tipo de comportamento. Eu mesmo já presenciei a disputa acirrada
de alguns obreiros para decidir quem iria se sentar nas primeiras cadeiras de um púlpito, como
se dali, Deus os pudesse ver melhor. Quanta ignorância. De fato, estar entre os primeiros diante
dos homens gera alguns benefícios, e certamente pode resultar em status e reconhecimento.
Entretanto, diante de Deus, a coisa é exatamente o contrário. Se somos verdadeiramente
seguidores de Cristo, então necessariamente somos servos, pois Ele se preocupou em nos
ensinar o verdadeiro significado de servir. Que possamos aprender a cada dia com nosso
Mestre, ouvindo suas doces e duras palavras, e seguindo diligentemente seu exemplo: “Se
alguém quiser ser o primeiro, será o último, e servo de todos” (Mc 9:35). “Mas não sereis vós
assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve. Pois
qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu,
porém, entre vós sou como aquele que serve” (Lc 22:26,27; cf. Lc 12:35-38; Jo 13:1-15).
Não buscar recompensas: outra lição que Jesus constantemente ensinou durante seu
ministério é que não devemos trabalhar no reino de Deus buscando recompensas. Nossa
relação com Deus nunca foi e nunca será a de empregador e empregado. Aos nossos patrões,
podemos reclamar nossos direitos, mas ninguém poderá, jamais, reivindicar de Deus os
serviços prestados. Deus não é devedor a homem algum, e não devemos esperar recompensas
por tarefas cumpridas. Tal como na parábola, somos servos, e, como servos, não devemos
esperar elogios por termos feito apenas o que devíamos fazer. Se fizermos tudo o que nos foi
proposto, ainda somos servos inúteis. Na Parábola do Fazendeiro e o Servo, o adjetivo “inútil”
não está aplicado no sentindo de “imprestável”, mas no sentido de falta de merecimento, ou
seja, ressaltando a condição de que, se somos servos, não merecemos elogios por termos feito
nossa obrigação. Nosso Senhor é bondoso, justo e rico em misericórdia. Sabemos que Ele
recompensa seus servos, mas essa recompensa não é por merecimento, mérito pessoal de
cada um ou alguma dívida para conosco, mas é unicamente por sua maravilhosa graça.
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13/02/2022 18:16 Parábola do Joio e do Trigo: Explicação e Significado
A Parábola do Joio e do Trigo fala sobre a existência do mal no meio do bem e a definitiva
separação entre eles. A Parábola do Joio e do Trigo está registrada no Evangelho de Mateus, bem
como sua explicação (Mateus 13:24-30; 36-43). Neste estudo bíblico iremos meditar no significado
dessa importante parábola de Jesus.
Ao constatarem que havia joio entre o trigo, os servos do dono do campo lhe interrogaram sobre o
porquê da presença de joio na plantação se na verdade apenas o trigo havia sido semeado por ele.
O agricultor respondeu aos seus servos que um inimigo havia feito aquilo.
Prontamente seus servos se disponibilizaram a arrancar o joio do meio da plantação de trigo. Mas o
dono do campo impediu que eles fizessem isto. Segundo ele, ao arrancar o joio, seus servos
poderiam também acabar arrancando o trigo. Então ele ordenou que deixassem crescer o joio e do
trigo juntos até o dia da ceifa. Neste dia, porém, os ceifeiros teriam ordens para colher primeiro o
joio e separá-lo para queimar, enquanto o trigo seria guardado em seu celeiro (Mateus 13:24-30).
Naquele mesmo dia, Jesus pronunciou uma série de pelo menos sete parábolas sobre o Reino dos
céus. Primeiro Ele contou quatro parábolas diante de toda multidão. Foram elas: O Semeador, O Joio
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13/02/2022 18:16 Parábola do Joio e do Trigo: Explicação e Significado
e do Trigo, O Grão de Mostarda e o Fermento (Mateus 13:1-36). Já as três últimas parábolas foram
contadas exclusivamente aos seus discípulos. Foram elas: O Tesouro Escondido, A Pérola de Grande
Valor e a Rede. (Mateus 13:36-53).
Mas ao mesmo tempo elas também possuem diferenças significativas. Na Parábola do Semeador só
há um tipo de semente sendo semeada, a boa semente. Por isto a mensagem da parábola enfatiza a
forma com que essa boa semente é recebida pelos diferentes tipos de solo. Além disto, o maligno
aparece como aquele que arranca a semente semeada em determinado tipo de solo.
Já na Parábola do Joio e do Trigo há dois tipos de sementes, a boa e a ruim. Então a ênfase é posta
no semeador, sobretudo na forma com que ele trata a realidade de haver semente ruim plantada
junto de semente boa. Por último, o inimigo aparece como sendo o responsável em plantar a
semente ruim. Existem muitas passagens bíblicas que aplicam metáforas da agricultura, pois isto
consistia em algum muito presente na vida daquela época.
Jesus explicou a parábola dizendo que o homem que semeia a boa semente é o Filho do homem,
ou seja, Ele próprio. Vale saber que o título “Filho do homem” é a autodesignação mais utilizada por
Jesus. Este é um título muito significativo que aponta tanto para sua plena humanidade quanto para
sua plena divindade.
O campo, na parábola, serve como representação do mundo. A boa semente de trigo representa os
filhos do Reino, enquanto que o joio representa os filhos do maligno. Consequentemente, o inimigo
que semeou o joio é o diabo. Por último, a ceifa representa a consumação dos séculos, e os
ceifeiros, aos anjos.
Os anjos ao serviço do Senhor no dia final, como ceifeiros, tirarão do Reino todo joio, ou seja, tudo
o que foi semeado pelo diabo, isto é, os ímpios, aqueles que praticam o mal e são motivos de
tropeço. Eles serão lançados na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes. Por outro
lado, a boa semente, isto é, os justos, brilharão como sol no Reino de Deus (Mateus 13:36-43).
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13/02/2022 18:16 Parábola do Joio e do Trigo: Explicação e Significado
Em seus primeiros estágios, enquanto ainda está em folhas, ela se assemelha muitíssimo ao trigo,
tornando inviável arrancá-la do meio do trigo. Mas as semelhanças param por aqui. O joio pode ser
hospedeiro de um fungo que produz toxinas venenosas que podem causar efeitos gravíssimos se
consumido por animais e humanos.
Portanto, enquanto o trigo é base dos mais variados alimentos, o joio é uma erva daninha. Mas ao
amadurecer, quando as espigas são formadas, as semelhanças entre essas duas sementes acabam.
No dia da colheita, nenhum ceifeiro comete o erro de colher joio em lugar do trigo.
Então o significado da Parábola do Joio e do Trigo aponta para a realidade da existência do mal
entre o bem no Reino. Em determinados estágios, o mal se alastra de uma forma tão sorrateira, que
é praticamente impossível diferenciá-lo.
Mas o significado desta parábola também revela a verdade de que no final o Filho do homem
cuidará, através de seus anjos, de separar os bons dos maus. Nesse dia os ímpios serão tirados do
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13/02/2022 18:16 Parábola do Joio e do Trigo: Explicação e Significado
meio dos redimidos. Os filhos do maligno serão perfeitamente distinguidos dos filhos de Deus e
serão lançados no lugar de tormento.
Mas os fiéis entrarão na bem-aventurança eterna. Eles estarão para todo sempre ao lado do Senhor.
Eles não brotaram como uma erva daninha no campo, mas foram plantados pelas mãos do grande
Semeador. Eles são frutos da boa semente, e a boa semente jamais resultará em praga. Apesar de
muitas vezes terem que dividir a lavoura com o joio, o celeiro daquele que os plantou está
reservado exclusivamente para recebê-los.
Sobre isto, W. Hendriksen ressalta que o ensino de Jesus neste ponto é que simplesmente seus
servos devem estar dispostos a esperar pacientemente pela decisão do Filho do homem no dia da
ceifa.
Eles se misturam e se tornam muitas vezes imperceptíveis, e buscam entrelaçar suas raízes com o
intuito de fazer com que os verdadeiros crentes tropecem em seus enganos. Portanto, aqueles que
professam o falso evangelho se parecem com trigo, mas na realidade são ervas daninhas. Eles jamais
poderão ser genuínos embaixadores do Reino, pois são agentes de Satanás.
Por mais que o joio cresça no meio do trigo, esta aparente união não será definitiva. Como foi dito,
o joio cresce na mesma lavoura do trigo, sobre a mesma terra. Ele recebe os mesmos nutrientes, o
mesmo adubo e é regado pela mesma água. Mas um carrega em si a vida, enquanto outro carrega
em si a morte. Por ocasião do juízo, os filhos de Deus e os filhos do diabo serão permanentemente
separados.
No dia do juízo final toda impureza será arrancada do Reino. Tudo aquilo que afronta e transgride a
Lei de Deus será removido. A verdadeira Igreja estará finalmente reunida em todo esplendor com
Aquele que a plantou e que lhe foi sua Pedra Angular. Então os redimidos viverão por toda a
eternidade no universo transformado, não mais sujeito aos efeitos do pecado. Mas é importante
que jamais nos esqueçamos: esta separação ocorrerá somente no dia da ceifa, não antes disto.
Você gostou da explicação da Parábola do Joio e do Trigo? Então conheça também um material que
preparamos exclusivamente para você, com a explicação de todas as parábolas de Jesus de uma
forma simples e objetiva.
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13/02/2022 18:25 Parábola do Ladrão de Noite: Estudo e Significado (Mateus 24:42-44)
A Parábola do Ladrão de Noite é uma das parábolas de Jesus registradas no Evangelho de Mateus
(Mateus 24:42-44). Nessa breve parábola Jesus faz um alerta acerca da vigilância.
Jesus começa a parábola dizendo: “Vigiai, pois, porque não sabeis a que horas há de vir o vosso
Senhor” (Mateus 24:42). Na sequência Ele exemplifica sua exortação dizendo que se o pai de família
soubesse a que horas da noite viria o ladrão, ele vigiaria e não deixaria que o ladrão entrasse em
sua casa. Então Jesus conclui a parábola com o seguinte alerta: “Por isso, estais vós apercebidos
também; porque o Filho do Homem há de vir à hora em que não penseis” (Mateus 24:44).
Nesse sermão escatológico o Senhor Jesus falou acerca dos últimos dias que culminará no fim dos
tempos. O sermão trata desde a destruição de Jerusalém que ocorreu em 70 d.C., até o dia do juízo
com a segunda vinda de Cristo. No final do sermão, Jesus deixou uma série de exortações sobre a
vigilância (Mateus 24-25). É nesse contexto que aparece a Parábola do Ladrão de Noite.
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13/02/2022 18:25 Parábola do Ladrão de Noite: Estudo e Significado (Mateus 24:42-44)
Portanto, a grande lição da Parábola do Ladrão de Noite pode ser resumida numa única ordem:
vigiai! A vigilância é um estado de espera ativo, e não uma espera passiva. Não basta apenas
esperar, mas é preciso esperar vigilantemente. A Parábola do Servo Bom e do Servo Mau destaca a
diferença entre esses dois tipos de espera (Mateus 24:45-51).
Mas o que seria esperar em vigilância? Jesus responde esta pergunta na sequência de seu sermão
ao ensinar a Parábola das Dez Virgens (Mateus 25:1-13). Ele destaca que a vigilância correta é
aquela que se traduz num zelo perseverante, e que distingue o prudente do tolo.
Também é preciso destacar a forma com que Jesus enfatiza a verdade de que ninguém sabe a hora
em que Ele voltará. Isso significa que qualquer um que se levantar alegando saber a data do fim dos
tempos, é um mentiroso e falso profeta.
Por isto os verdadeiros seguidores do Senhor Jesus devem estar preparados o tempo todo. Dessa
forma eles jamais serão surpreendidos com o retorno de Cristo. Felizmente a Palavra de Deus
esclarece que os remidos não estão em trevas, para que esse dia os surpreenda como ladrão (1
Tessalonicenses 5:1-4).
Você gostou da explicação da Parábola do Ladrão de Noite? Temos também um material especial
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13/02/2022 18:26 Parábola do Rico Insensato: Explicação e Significado
A Parábola do Rico Insensato fala sobre o erro de se colocar a preocupação com os bens materiais
acima de qualquer outra coisa. Essa parábola de Jesus está registrada no Evangelho de Lucas 12:16-
21.
Na Parábola do Rico Insensato Jesus fala sobre um homem abastado cuja propriedade havia
produzido em abundância. Orgulhoso, o homem rico se perguntava o que poderia fazer, pois ele
não tinha mais espaço em seus celeiros para guardar tantos frutos.
Então ele resolveu derrubar seus celeiros e construir outros maiores, os quais seriam capazes de
comportar todos os seus bens. O homem rico até pensava em dizer à sua própria alma que ela
poderia descansar tranquilamente e desfrutar do melhor desta terra, pois ele havia guardado muitos
bens que durariam muitos anos.
Diante de tamanha insensatez do homem rico, Deus lhe disse: “Louco! Esta noite te pedirão a tua
alma, e o que tens preparado para quem será?” (Lucas 12:20). Então Jesus terminou a parábola com a
seguinte conclusão: “Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus” (Lucas
12:16-21).
Curiosamente Jesus havia acabado de ensinar aos seus ouvintes a respeito da importância de
confiar no Pai Celestial que satisfaz as necessidades de seus filhos (Lucas 12:4-12). Mas parece que
aquele homem definitivamente não tinha entendido nada do que Jesus estava ensinando. Ele estava
preocupado apenas com o fato de que seu irmão estava lhe defraudando com relação à partilha de
sua herança.
Provavelmente ele pediu que Jesus interferisse naquele litígio familiar por considerar que o Senhor
fosse um rabino. Às vezes os rabinos mediavam situações desse tipo. Mas Jesus Cristo se recusou a
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13/02/2022 18:26 Parábola do Rico Insensato: Explicação e Significado
ser juiz de sua causa (Lucas 12:14). Na verdade Jesus não tinha sido enviado pelo Pai para resolver
esse tipo de assunto, mas para cumprir uma missão muito mais elevada: buscar e salvar o pecador!
Logo em seguida Jesus introduz uma séria advertência sobre a cobiça, cuja Parábola do Rico
Insensato faz parte. Essa advertência não foi dirigida apenas ao homem preocupado com sua
herança, mas a todos os seus ouvintes.
Ele fez provisões para sua vida terrena, e pensou que seus bens iriam garantir o bem-estar de sua
alma. Mas a sua alma, perante o juízo de Deus, não tinha absolutamente nada. Na verdade o
significado da Parábola do Rico Insensato pode ser facilmente entendido diante das palavras de
Jesus que precedem imediatamente o seu início: “Porque a vida de um homem não consiste na
abundância de suas possessões” (Lucas 12:15).
Ele preferia derrubar seus celeiros para construir outros maiores do que compartilhar suas sobras
com quem precisasse. Ele queria tudo para si, e queria mais e mais! Lembre-se que a Parábola do
Rico Insensato faz parte da advertência de Jesus sobre a cobiça. A palavra grega empregada no
texto e traduzida como “cobiça” significa literalmente “sede de ter sempre mais”.
Todo esse comportamento egoísta e soberbo também se harmonizava com sua falta de gratidão a
Deus. Em nenhum momento aquele homem rico agradeceu e glorificou ao Senhor por tamanha
abundância que estava recebendo. Ele se esqueceu de que até mesmo cada fio de cabelo da cabeça
de um homem está sob o controle de Deus (Lucas 12:7). Ele engrandeceu a si mesmo! Ele se
orgulhou dos bens que, em sua insensatez, pensou ser o único responsável por ter juntado.
O rico insensato também caiu no erro de pensar que era o senhor de si. Ele juntou seus bens
contando que viveria “muitos anos”. Ele pensou ter controle de seus dias assim como tinha controle
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13/02/2022 18:26 Parábola do Rico Insensato: Explicação e Significado
dos grãos que juntava em seu celeiro. Ele pensou ser completamente independente de Deus, e este
foi seu maior erro.
Mas o Deus que ele pensou não precisar depender, estava requerendo sua alma. Curiosamente isso
não aconteceu depois de muitos anos, quando suas provisões talvez já tivessem chegado ao fim. A
alma do rico insensato foi requerida naquela mesma noite.
Nós devemos aprender com a Parábola do Rico Insensato a reconhecer a soberania de Deus em
todas as coisas. Seja na continuidade de nossa vida ou mesmo no fim dela, que Deus seja
glorificado em tudo (Romanos 14:8-10). Dessa forma, precisamos saber identificar quais realmente
devem ser as nossas prioridades.
Algumas pessoas pensam que essa parábola desencoraja os seguidores de Cristo a lutar pelos seus
direitos. Obviamente essa não é a questão. O problema acontece quando objetivamos de tal forma
coisas meramente passageiras, como se toda nossa satisfação e felicidade dependessem delas.
Quando agimos assim, claramente não estamos colocando em primeiro lugar aquilo que realmente
é prioridade. Mas se entendermos que Deus controla todas as coisas, não teremos dificuldade em
buscar em primeiro lugar o seu reino e sua justiça, confiando que Ele acrescenta aquilo que nos é
necessário para sobreviver (Mateus 6:33).
Que não venhamos a ser como o rico insensato, mas que possamos reconhecer a cada dia a nossa
total dependência de Deus. A bem-aventurança de nossa alma não é garantida pelo acumulo de
tesouros terrenos, mas pela justiça de Cristo imputada em nosso favor. O Espírito Santo é o penhor
da nossa verdadeira herança eterna!
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13/02/2022 18:25 Parábola do Semeador: Estudo e Explicação da Parábola do Semeador
A Parábola do Semeador
Daniel Conegero
Na Parábola do Semeador Jesus falou sobre um homem que saiu a semear. Enquanto o homem
semeava, uma parte das sementes caiu ao pé do caminho. Então vieram as aves e comeram as
sementes que caíram.
Outra parte das sementes caiu em meio às pedras, onde não havia terra suficiente. Essas sementes
logo germinaram, mas foram queimadas rapidamente pelo sol, porque não tinham raízes.
Outra parte das sementes acabou caindo entre espinhos. Os espinhos cresceram e acabaram
sufocando as sementes que tinham caído ali. Finalmente outra parte das sementes caiu em boa
terra. Essas sementes germinaram, cresceram e deram fruto: um, a cem; outro, a sessenta; e outro, a
trinta. Jesus termina a Parábola do Semeador com a conhecida exortação: “Quem tem ouvidos para
ouvir, ouça” (Mateus 13-3-9).
Na narrativa da Parábola do Semeador é possível perceber claramente a forma com que Jesus
aplicou elementos do cotidiano das pessoas que ouviam suas palavras. A figura do semeador que
saiu a semear realmente era muito familiar.
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13/02/2022 18:25 Parábola do Semeador: Estudo e Explicação da Parábola do Semeador
caminhos era duro e as sementes não penetravam nele. Por isso facilmente serviam de alimento
para os pássaros.
Jesus também diz que algumas sementes caíram no meio das pedras. Essa era uma característica
típica da Palestina. Havia muito solo rochoso que acabava ficando muito próximo do terreno de
cultivo. As sementes que caíam nessa parte do solo logo brotavam por causa da fina camada de
terra. Mas pela falta de raízes, acabavam definhando no sol.
Por vezes algumas raízes de espinhos também tomavam parte do terreno de uma plantação. Essas
ervas daninhas acabavam sufocando parte das sementes. As sementes que caíam em solo fértil
germinavam e produziam bons resultados.
Já o solo rochoso no qual algumas sementes caíram, representa aquela pessoa que, ao ouvir a
mensagem, rapidamente e impulsivamente a recebe com alegria. Mas pela falta de raiz isso dura
pouco tempo. Logo que surge a aflição ou a perseguição por causa da mensagem, essa pessoa se
ofende e a abandona.
Há também aquela pessoa que ouve a mensagem, mas as preocupações deste mundo e a sedução
das riquezas sufocam a mensagem, tornando-a infrutífera. Esse é aquele que foi semeado entre os
espinhos.
Contudo, o exemplo da semente que foi semeada em bom solo representa aquele que houve e
atende a mensagem. Esse dá fruto, produzindo, em um caso, a cem, noutro, a sessenta, e noutro, a
trinta.
Aqui já há uma clara indicação do significado de três elementos dessa parábola. Primeiro, a semente
da Parábola do Semeador é uma representação da Palavra de Deus. Segundo, o semeador é uma
figura do próprio Cristo e, consequentemente, de todo aquele que se ocupa do serviço de
proclamar o Evangelho. Terceiro, o solo citado na Parábola do Semeador, cada qual com sua
particularidade, é uma indicação do coração humano.
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13/02/2022 18:25 Parábola do Semeador: Estudo e Explicação da Parábola do Semeador
Algumas pessoas possuem um coração insensível que não responde positivamente ao convite do
Evangelho. Essas pessoas nem mesmo refletem na mensagem anunciada. Outras possuem um
coração impulsivo que no calor da emoção acaba recebendo superficialmente a mensagem. Uma
vez que a emoção passa, essas pessoas voltam à sua antiga vida de pecado.
Outras pessoas possuem um coração muito ocupado com as coisas desta vida. Ludibriadas com
desejos terrenos e ilusões de riquezas, essas pessoas desprezam o verdadeiro tesouro que poderiam
encontrar. Mas finalmente há aquelas pessoas que possuem um coração bem preparado, um
coração que responde positivamente à Palavra de Deus.
Consequentemente, em segundo lugar, é inegável que essa parábola destaca, entre outras coisas, a
responsabilidade humana. A responsabilidade pelo resultado da germinação da semente é colocada
na condição do solo. W. M. Taylor diz que o caráter do ouvinte determina o efeito da Palavra sobre
ele.
O coração que recebe eficazmente a semente do Evangelho não é comparado ao solo duro dos
caminhos que cortavam os campos; não é comparado ao solo rochoso; também não é comparado
ao solo infestado de raízes espinhosas. O coração cujo Evangelho cria raízes é comparado ao bom
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13/02/2022 18:25 Parábola do Semeador: Estudo e Explicação da Parábola do Semeador
solo. Obviamente o bom solo de uma plantação é aquele devidamente arado e tratado para receber
a semente.
Nesse ponto é possível dizer que a Parábola do Semeador aponta para a obra do Espírito Santo. Ele
é quem prepara e regenera o coração do homem, tornando-o boa terra para a semente do
Evangelho. Ele é quem aplica a obra redentora de Cristo no pecador.
Em terceiro lugar, a Parábola do Semeador mostra que a frutificação é uma marca do verdadeiro
cristão. Todo genuíno discípulo de Jesus Cristo necessariamente irá frutificar para a glória de Deus.
O próprio Jesus fala claramente disso na alegoria da Videira e os Ramos (João 15). Todavia, o grau
de frutificação não é igual para todos. Uns produzem cem por cento; outros sessenta; e outros
trinta.
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13/02/2022 18:22 Parábola dos Trabalhadores da Vinha: Explicação e Significado
A Parábola dos Trabalhadores da Vinha é uma das Parábolas de Jesus encontrada apenas em
Mateus 20:1-16. Essa parábola narra a história de um homem que contrata alguns trabalhadores
para trabalhar em sua vinha.
O interessante é que esse homem contrata os trabalhadores em diferentes horários ao longo do dia.
Consequentemente, ao final do dia, uns tinham trabalhado mais do que outros. No entanto, mesmo
assim todos foram recompensados da mesma maneira. É justamente neste ponto que o principal
ensino da Parábola dos Trabalhadores da Vinha começa.
Por volta das nove horas da manhã, o proprietário da vinha encontrou outros trabalhadores que
estavam parados na praça do mercado. Então ele recrutou esses trabalhadores para sua vinha, e
prometeu que lhes pagaria o que fosse justo no final do dia.
Depois, por volta do meio e perto das três horas da tarde, o proprietário da vinha encontrou e
recrutou outros trabalhadores que estavam ociosos. Por último, já quase no fim do dia às cinco
horas da tarde, o proprietário da vinha encontrou mais alguns trabalhadores parados. Ele lhes
perguntou por qual motivo eles estavam desocupados. Os trabalhadores responderam que ninguém
havia lhes contratado. Então o proprietário enviou esses últimos trabalhadores ao trabalho em sua
vinha.
Ao pôr do sol, o proprietário deu ordem ao seu administrador que fizesse os pagamentos dos
trabalhadores da vinha. O pagamento deveria começar pelos trabalhadores que chegaram por
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13/02/2022 18:22 Parábola dos Trabalhadores da Vinha: Explicação e Significado
último. Então os trabalhadores que foram contratados em torno das cinco horas da tarde,
receberam um denário cada um deles.
Com isso, os trabalhadores que haviam sido contratados primeiro, pensaram que receberiam mais
do que um denário. Porém todos eles receberam a mesma quantia, e isso gerou insatisfação neles.
Eles achavam que por terem trabalhado mais horas, deveriam receber mais.
Então o proprietário da vinha respondeu que não estava sendo injusto. Ele estava honrando o valor
combinado, e demonstrando generosidade aos demais. Além disso, ele tinha o direito de fazer o
que quisesse com seu próprio dinheiro.
Simão Pedro, quando viu que aquele jovem não foi capaz de abandonar tudo o que tinha, pergunta
a Jesus o que eles, que tinham deixado tudo o que possuíam, receberiam no final das contas.
Aquela pergunta provavelmente tinha uma intenção materialista. Então Jesus respondeu deixando
claro que a recompensa não pode ser medida por nada material, ao contrário, a recompensa se
daria pela regeneração, fazendo com que homens pecadores agora tivessem acesso ao Reino dos
céus. É com base nesse contexto Jesus conta a Parábola dos Trabalhadores da Vinha.
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13/02/2022 18:22 Parábola dos Trabalhadores da Vinha: Explicação e Significado
A palavra “proprietário” traduz um termo grego que literalmente significa “mestre da casa” ou “pai
de família”. Esse homem saiu de madrugada para contratar trabalhadores para sua vinha. Naquela
época as pessoas que queriam trabalhar se reuniam por volta das seis da manhã nas praças das
cidades a espera de alguma oferta de trabalho para o dia. O proprietário da vinha ofereceu um
denário romano como pagamento aos trabalhadores. Essa moeda era usada como pagamento da
diária de um trabalhador comum.
Ao longo do dia, esse proprietário recrutou outros trabalhadores para sua vinha (às 09:00, 12:00,
15:00 e 17:00 horas). É importante saber que a todos esses trabalhadores contratados
posteriomente, ele não combinou um valor específico. O proprietário apenas disse: “Ide vós também
trabalhar na vinha, e Eu vos pagarei o que for justo” (Mateus 20:4). Obviamente nesse caso o
esperado seria um pagamento proporcional às horas trabalhadas.
Mas quando chegou a vez de o proprietário pagar os trabalhadores que foram contratados
primeiros, houve um problema. Os trabalhadores que trabalharam o dia todo acharam que
receberiam mais do que os outros que chegaram depois, mas não foi o que aconteceu. Os
trabalhadores que começaram a trabalhar na vinha às seis horas da manhã, receberam um denário.
Mesmo isso tendo sido o combinado, eles se sentiram injustiçados.
Na nossa mera interpretação humana, realmente pode parecer ter sido injusto o fato de o
fazendeiro prover o mesmo pagamento para todos os trabalhadores da vinha. Mas os trabalhadores
que chegaram por último na vinha, também precisavam sustentar as suas famílias da mesma forma
que os que chegaram primeiro. Dessa forma, o proprietário foi generoso e bom para com todos.
O interessante é que a bondade do proprietário pareceu ser injusta e má aos olhos dos outros
trabalhadores. Por isso o proprietário da vinha disse: “Amigo, não estou sendo injusto contigo. Não
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13/02/2022 18:22 Parábola dos Trabalhadores da Vinha: Explicação e Significado
combinamos que te pagaria um denário pelo dia trabalhado? Sendo assim, toma o que é teu, e vai-te;
pois é meu desejo dar a este último tanto quanto dei a ti. Porventura não me é permitido fazer o que
quero do que é meu? Ou manifestas tua inveja porque eu sou generoso?” (Mateus 20:13-15).
Por isso podemos perceber que o princípio desta parábola fica claro na seguinte sentença: “Assim, os
últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos” (Mateus 19:30; 20:16). Basicamente quando
Jesus incluiu o elemento tempo de forma extremamente sábia, Ele queria ensinar o que o apóstolo
Paulo entendeu perfeitamente em Efésios 2:9.
Em algumas traduções, Mateus 20:16 traz a frase: “Porque muitos são chamados, mas poucos
escolhidos”. Esta frase cabe muito bem neste ensino. Ela reforça a lição de que muitos possuem a
preocupação do que poderão ganhar para si mesmos, tanto no mundo presente quanto no mundo
futuro, ao seguirem o Evangelho. Mas o resultado disto é que apenas poucos são os que entendem
que não é por mérito e recompensa, mas por favor imerecido.
Alguns estudiosos também aplicam nesta parábola uma interpretação mais exclusiva relacionada
aos judeus e aos gentios. Dessa forma, embora o Evangelho tenha sido pregado primeiro aos
judeus, posteriormente também foi anunciado aos gentios. Mas os gentios receberam os mesmo
privilégios e vantagens dos judeus que foram chamados primeiro.
1) Éramos imprestáveis: nós estávamos ociosos, sem proveito algum, mortos em delitos e pecados e
escravos do mal. Mas Deus nos chamou! Ele veio ao nosso encontro e nos convocou para um
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13/02/2022 18:22 Parábola dos Trabalhadores da Vinha: Explicação e Significado
trabalho em sua obra. Esse trabalho basicamente se resume em anunciar o Evangelho, e quem nos
recompensará por isso é Deus.
Essa recompensa, porém, não está baseada no fato de termos trabalhado, mas simplesmente no
fato de termos sido chamados para esse trabalho. Isso deixa claro que não somos merecedores de
reconhecimento algum. Por isso é que Ele nos recompensa unicamente por sua graça, porque
mesmo que fizéssemos tudo, ainda seríamos servos inúteis.
Logo, todo o mérito é d’Ele. Ele é o proprietário, Ele foi ao nosso encontro e Ele nos chamou. Alguns
ele chamou logo pela manhã, outros no meio do dia, outros um pouco mais a tarde, e ainda outros
quase ao fim do dia. Mas de forma geral, todos éramos igualmente imprestáveis. Estávamos
perdidos, de modo que não havia um justo se quer (cf. Romanos 3).
2) Muitas vezes somos invejosos: outra lição muito importante na Parábola dos Trabalhadores da
Vinha é em relação à inveja. Quantas vezes questionamos a Deus por ter abençoado alguém que
julgamos ser “menos digno” do que nós?
Às vezes vemos uma pessoa recém-chegada na obra de Deus sendo grandemente abençoada e
aquilo nos afeta. Devemos lutar contra esse tipo de sentimento de todas as formas, pois Deus
manifesta a sua extraordinária graça a quem Ele quer. Quanto a nós, devemos apenas ser gratos por
também termos sido alcançados por essa mesma graça.
4) Devemos entender o nosso lugar: esta é a lição prática mais importante de todas presente
nessa parábola contada por Jesus. Precisamos entender que Deus não deve nada para homem
algum, e é impossível para o homem negociar com Deus. A recompensa é d’Ele, e Ele dá a quem
quiser, o quanto quiser e da forma que quiser. Cabe a nós reconhecermos que Ele é sempre justo
em todas as suas decisões.
A bondade do Senhor não pode ser medida pelas expectativas humanas. Você também pode gostar
do nosso artigo sobre o que é parábola e quais são as parábolas da Bíblia.
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13/02/2022 18:22 Parábola dos Trabalhadores da Vinha: Explicação e Significado
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13/02/2022 18:25 Remendo Novo em Pano Velho e Vinho Novo em Odres Velhos
Remendo Novo em Pano Velho e Vinho Novo em Odres Velhos é uma dupla parábola de Jesus
registrada nos Evangelhos Sinóticos (Mateus 9:16,17; Marcos 2:21,22; Lucas 5:36-38). Na parábola,
Jesus diz que ninguém coloca remendo de pano novo em roupa velha. Isso porque além do
remendo novo não condizer com a roupa velha, o pano novo poderá forçar o tecido velho e tornar
o rasgo ainda maior.
A incoerência dessa ação fica ainda mais clara no registro feito por Lucas. Nele Jesus diz
que “ninguém tira um pedaço de uma roupa nova para remendar uma veste velha” (Lucas 5:36). Jesus
reafirma o princípio desse ensino dizendo que ninguém põe vinho novo em odres velhos. O motivo
disso é que o vinho novo, em seu processo de fermentação, acaba rompendo os odres velhos.
Portanto, vinho novo deve ser posto em odres novos.
Jesus utilizou dois exemplos de fácil entendimento e que tinham a ver com os costumes da época.
Os judeus estavam familiarizados com as práticas de remendar vestes e fermentar vinho em odres.
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13/02/2022 18:25 Remendo Novo em Pano Velho e Vinho Novo em Odres Velhos
Ao falar sobre o remendo novo em pano velho, Jesus diz que é inapropriado tentar costurar a Nova
Aliança nas antigas práticas cerimoniais judaicas. Ao falar do vinho novo em odres velhos, Jesus diz
que esses rituais cerimoniais da Antiga Aliança não comportam a realidade da Nova Aliança.
Os odres eram recipientes feitos de pele de animais. Por causa da elasticidade do couro, as pessoas
utilizam esse material no processo de fermentação do vinho. O vinho novo era colocado em odres;
mas à medida que ele fosse fermentando, a pressão aumentava e esticava os odres. Um odre velho
já havia sido dilatado ao máximo e não possuía mais a elasticidade necessária para um novo
processo de fermentação. Um vinho novo posto em um odre velho seria desperdício.
Tudo isso significa que os rituais da Antiga Aliança apenas apontavam para a Nova Aliança. Eles
cumpriram seu papel e cessaram. Tentar continuá-los após a chegada do Messias seria como usar
remendo novo em pano velho; ou colocar vinho novo em odres velhos.
Vimos que essa parábola foi motivada devido a um questionamento acerca do jejum. Então em
outras palavras, de forma mais específica, Jesus responde aos discípulos de João Batista dizendo
que o jejum cerimonial ou qualquer outra prática mosaica observada por eles e pelos fariseus, nada
tinham a ver com o Evangelho.
Você gostou de aprender o significado da Parábola do Remendo Novo em Pano Velho e Vinho
Novo em Odres Velhos? Então temos um material especial para você. Clique e conheça!
https://estiloadoracao.com/vinho-novo-em-odres-velhos/ 2/2
13/02/2022 18:25 Significado da Parábola do Mordomo Infiel (Administrador Infiel)
A Parábola do Mordomo Infiel, ou Administrador Infiel, fala sobre a necessidade da prudência que
deve caracterizar os seguidores de Cristo. O significado dessa parábola de Jesus expressa uma
advertência sobre a forma diligente com que a vida cristã deve ser vivida. A Parábola do Mordomo
Infiel está registrada no Evangelho de Lucas 16:1-9.
Jesus contou a Parábola do Mordomo infiel aos seus discípulos. Esses discípulos provavelmente não
resumiam ao grupo dos doze apóstolos, mas ao grupo maior de pessoas que o seguiam. Apesar de
ter sido pronunciada aos discípulos, os fariseus também a ouviram. Jesus pronunciou essa parábola
logo após ter contado a Parábola do Filho Pródigo.
Diante daquele impasse, o mordomo argumentou com sigo mesmo: “O que vou fazer, já que meu
senhor tirou de mim a posição de administrador? Cavar não posso; de mendigar tenho
vergonha” (Lucas 16:3). Então ele teve uma ideia do que fazer para não ficar desamparado quando
estivesse desempregado.
Antes de entregar suas contas, o mordomo chamou cada um dos devedores de seu patrão. Então
ele perguntou a cada um deles o valor de sua divida para com o seu senhor. Conforme cada
devedor ia falando o valor de sua divida, o mordomo infiel lhe oferecia um grande desconto.
Por exemplo: um homem que devia ao homem rico cem medidas de trigo, recebeu do mordomo
infiel vinte por cento de desconto. Assim sua divida foi atualizada para oitenta medidas (Lucas 16:4-
7). Ao fazer isso o mordomo infiel estava construindo bons relacionamentos que lhe ajudariam no
porvir.
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13/02/2022 18:25 Significado da Parábola do Mordomo Infiel (Administrador Infiel)
Muito provavelmente os devedores não perceberam que estavam participando de uma fraude, mas
pensavam que o desconto era legitimo e tinha a aprovação do credor. Conforme a narrativa de
Jesus, tudo indica que os devedores não sabiam que o administrador estava sendo infiel.
Depois dessa trama, o mordomo infiel entregou as contas “em ordem” ao seu patrão. Ao perceber o
que o mordomo infiel havia feito, ele reconheceu sua astúcia. Ele elogiou o mordomo infiel por ter
agido com sagacidade e ter sido esperto ao garantir suas provisões futuras para o tempo em que
estivesse desempregado (Lucas 16:8). O homem rico sabia que não poderia mais reverter os
descontos concedidos por seu administrador em seu nome.
Algumas pessoas pensam que Jesus elogia a desonestidade do mordomo infiel nessa parábola. Mas
isto não é verdade! Na parábola Jesus não aprova ou elogia o comportamento fraudulento. Muito
menos Ele incentiva seus seguidores a agir de forma desonesta. Isto fica claro na sequência de seu
discurso. Jesus repreende o comportamento que gera desconfiança e exorta acerca do mau uso das
riquezas (Lucas 16:10-13)
A mensagem da parábola enfoca a astúcia do mordomo infiel em fazer provisão para seu futuro.
Assim, seu significado indica que muitas vezes as pessoas iníquas se mostram mais precavidas do
que os crentes. É exatamente sobre isto que Jesus adverte em suas palavras que concluem a
parábola.
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13/02/2022 18:25 Significado da Parábola do Mordomo Infiel (Administrador Infiel)
Se até mesmo os filhos das trevas conseguem ser previdentes, mesmo usando de forma desonesta e
egoísta as oportunidades e recursos materiais que lhes são apresentados para atingir propósitos
terrenos, os cristãos não devem fazer menos que isso. Em outras palavras, muitas vezes os ímpios
tratam com mais sagacidade e diligência seus assuntos terrenos, do que os cristãos tratam suas
questões que envolvem sua salvação eterna.
Como administradores fiéis, os cristãos devem usar todos os recursos que lhes foram confiados por
Deus não com propósitos egoístas, mas em prol da causa do reino de Deus e das verdadeiras
riquezas espirituais. Aqueles que forem alcançadas pela pregação do Evangelho impulsionada pela
boa mordomia cristã, poderão se tornar amigos que darão as boas-vindas aos cristãos generosos no
lar celestial.
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