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RESENHA CRÍTICA

DADOS GERAIS

Disciplina: Ciências da Religião – Parte I


Professor: Pr.Dr. Claudionor Reis
Aluna:: Regina Marcia da Costa Lúcio
TURMA MESTRAD CELULAR E-MAIL reginaclucio@gmail.com
O 21 972017572

ANALISE DO TEXTO

CONSTRUÇÃO DO DIÁLOGO ENTRE RELIGIÃO CIÊNCIAS E ESPIRITUALIDADE

PALAVRAS CHAVES DO LIVRO

Diálogo Ciências Religião Espiritualidade

DESCRIÇÃO DO ASSUNTO

Construção Do Diálogo Com Teologia, Religião, Ciências E Espiritualidade

Peter Berger, diz que religião desempenha uma parte estratégica no


empreendimento humano, da construção do mundo, pois apresenta o ponto
máximo de auto exteriorização do homem, pela infusão dos seus próprios
sentidos sobre a realidade. Sendo assim, a compreensão de função social da
religião é vista como o meio necessário para a manutenção desse
mundo.Portanto, a construção artificial exige uma manutenção artificial, visto que
o mundo humano, não se mantém de modo natural. O mundo socialmente
construído pelos homens se apresenta estruturalmente muito menos sólido do
que o mundo biológico dos animais, os socialmente construídos são
intrinsecamente precários, sendo o discurso da religião o mais eficaz para tal
tarefa por isso o fato de que a legitimação religiosa contribui na fundamentação
da ordem social.
Gustavo Gutiérrez Merino, declara que a teologia é um exercício dinâmico
contínuo que envolve percepções contemporâneas do conhecimento (a
epistemologia), do homem (a antropologia) e da história (análise social). A
teologia não é um sistema de verdades eternas que ocupa no processo repetitivo
da sistematização e da argumentação apologética.
APRECIAÇÃO CRÍTICA DA OBRA

ESCOLAS TEOLÓGICAS

1.1-Teologia agostiniana:
A Ontologia de Agostinho se concentrou na parte que diz respeito a
divindade, como sua transcendência e suas relações com a criação, Agostinho
pretendeu ver nos acontecimentos um desenrolar sob o controle da providência
divina. Tornou-se termo elástico e inclusivo para reconhecer o expoente
Pragmático de um sistema teológico, combinando o nome do indivíduo ao
vocábulo teologia. Como pode ser visto, a Teologia Agostiniana, Teologia
Arminiana, Teologia Wesleiana, Teologia Paulina, Teologia Joanima, e outras.
Com base nos Fundamentos da Hermenêutica, pode ser classificada também,
pelo local de origem. Esdra Bentho, diz que classificação básica da Teologia se
compara a um edifício de cinco Andares, assim na medida em que se conhece
uma disciplina teológica, esta obsequiará a Compreensão da disciplina seguinte e
assim se empregam: Teologia Exegética, Teologia Histórica, Teologia Bíblica,
Teologia Sistemática e Teologia Prática.
Os teólogos da libertação concordam com a famosa declaração de Karl
Marx. Argumentam que os teólogos, não devem ser teóricos, mas praticantes que
engajam na luta para realizar a transformação da sociedade. A religião serviu
também, para integrar estas realidades da vida cotidiana do indivíduo, exercendo
assim, função social, contribuindo para um país mais justo, e uma sociedade mais
fraterna, através das políticas de assistências sociais em favor dos menos
favorecidos, portanto, à análise do discurso religioso, é também, sociológico, pode
ser empregado para identificar os principais problemas enfrentados por uma
determinada comunidade.

1.2- O Racionalismo
A Igreja Católica Romana, continuou na linha estabelecida pelo concílio de
Trento (1545-1563). Imediatamente após a Reforma, os protestantes definiram
interpretações consideradas ortodoxas, tanto do luteranismo como do calvinismo,
porém continuaram a seguir as linhas estabelecidas durante o (século XVI).
Com o racionalismo crescente, algumas vozes dentro das igrejas pediram uma
redução do peso doutrinário da fé cristã ao mínimo necessário. Entre as igrejas
protestantes, a teologia reduzida influenciou tanto a sala de aula como também o
púlpito. Tornando-se conhecida como a Teologia Liberal Protestante. A Igreja
Católica Romana, por outro lado, resistiu às influências modernizantes e
continuou no caminho do Concílio de Trento até a realização do Concílio
Vaqueano II (1962-1965). Atualmente a Igreja romana está passando por uma
viagem teológica semelhante à das igrejas Protestantes ao longo dos (séculos
XIX e XX).

1.3- A Modernidade
A modernidade influenciou no caráter da religião, em três décadas, a
cultura e valores da sociedade interviram a ponto de distanciar a religião
tornando-a
secundária. A liberdade de culto trouxe a pluralidade e sem perceber inventou o
sincretismo religioso, que faz com que pessoas adotassem um rito de cada
religião, entretanto, percebe se a crítica em busca de compreensão, a respeito da
mudança de identidade através da discussão.
Segundo Antônio Gouvêa Mendonça (2004: 67), na obra Sociologia da
Religião e Mudança Social, fatores históricos religiosos de cunho protestantes,
cultural, político e econômico que vieram de missões, conversões e experiências
pessoais contribuíram para a formação de indivíduos, causando uma mudança
social. Porém, surgiu corrente com heranças históricas, com suas crenças e
práticas, inserindo na sociedade conceitos próprios de sua vida religiosa. A
cultura constituiu processo de produção de recursos adaptativos do homem na
sua relação com a natureza, percebe- se os diferentes momentos de formação do
heterogêneo modo de vida que causaram mudanças na sociedade brasileira. A
produção e consumo dos significados religiosos se apresentam por meio de
propaganda, fazendo sua clientela escolher o seu produto de fé, quando rígida,
institucionalizada acaba perdendo seus adeptos fazendo crescer o número de
novos movimentos religiosos.
De acordo com Ferrarotti (1990:28), na obra Sociologia da Religião, a
religião é um sistema solidário de crenças e práticas relativas a coisas sagradas,
isto é, separadas e tabus, que unem numa só comunidade moral, chamada igreja.
Percebe- se nos estudos da função social da religião, que o fator religioso,
assume importância excepcional, Visto que a solidariedade entre os indivíduos,
diz respeito à vida em sociedade que acaba normatizando o comportamento
social.
O indivíduo acaba construindo duas consciências: a consciência social e a
individual na sociedade em que vive, onde a função social da religião pode ser
vista no extrato social e ao mesmo tempo interagindo com o sagrado e
compreendendo as relações entre a sociedade e suas respectivas divisões, onde
a religião se modernizou.
A CRÍTICA À RELIGIÃO
De acordo com Rubem Alves na obra O que é Religião, (2005:39). As
coisas do mundo humano, representam uma curiosa propriedade. Já sabemos
que elas são diferentes das que constituem a natureza. A existência da água e do
ar, a alternância entre o dia e a noite, a composição do ácido sulfúrico não
depende da vontade do homem. A transmissão de herança, os direitos sexuais
dos homens e das mulheres, os atos que constituem crimes e os castigos
aplicados, os adornos, o dinheiro, a propriedade, a linguagem, a arte culinária,
tudo isso surgiu da atividade dos homens. Quando eles desaparecerem, essas
coisas desaparecerão também.
Segundo Rubem Alves, nós esquecemos de que as coisas culturais foram
inventadas e então, elas aparecem aos nossos olhos como se fossem naturais.
Na linguagem filosófica-sociológica esse processo recebe o nome de retificação.
Seria mais fácil se falássemos em coisificação, porque as crianças, ao nascerem,
já encontram um mundo social pronto, tão pronto e tão sólido quanto a natureza.
Elas não viram este mundo saindo das mãos de seus criadores. O universo
religioso é encantado, enquanto que o mundo abriga poderes e responsabilidades
que transcendem a nossa capacidade de explicar, manipular, prever. Trata- se,
portanto, de algo que não pode ser completamente racionalizado pelo poder da
razão, nem organizado pelo poder do trabalho.
De acordo com Karl Marx, (1947), na obra Luta de Classe e Luta Política. A
crítica a religião pode ser vista através da sua narrativa. A religião não faz o
homem, mas, ao contrário, o homem faz a religião. Este é o fundamento da crítica
a religião é a autoconsciência e o auto sentimento do homem que ainda não se
encontrou ou que já se perdeu. Mas o homem não é um ser abstrato, isolado do
mundo. O homem é o mundo dos homens, o Estado, a sociedade. A religião é a
teoria geral deste mundo. Emilio Durkheim, entende a realidade social da religião
como uma forma de estabelecer a relação entre o profano e o sagrado. O profano
consiste em tudo que podemos saber através dos sentidos e o mundo natural da
vida diária que experimentamos. Contrastando o sagrado tudo que existe além do
mundo da vida diária, vivenciamos com os nossos sentidos. Visto que o sagrado
inspira sentimento de respeito transcendendo a capacidade humana de perceber e
compreender. Enquanto que a religião organiza principalmente em torno dos
elementos sagrados da vida humana, e cria condições para uma tentativa coletiva
de construir uma ponte entre o sagrado e o profano. Por conta disso a ordem social
pode ser explicada através da função social da religião compreendendo a relação
entre religião e sociedade.
BIBLIOGRAFIA:

Apostila: Ciências da Religião I – REIS, Claudionor

Construção Do Diálogo Com Teologia, Religião, Ciências E Espiritualidade

16/01/2021

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