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Vivemos em uma avalanche de mudanças na relação de disponibilização e na diversidade cada

vez maior da capilarização da distribuição de conteúdos, tudo isso catapultado pelas novas
tecnologias que permitem cada vez mais a interação fluída entre os usuários.

O direito autoral surgiu em meados do século XVII visando a proteção dos trabalhos de criação
e seus autores, buscando fazer a regulação destes com o mercado. Com as novas formas dos
usuários acessarem e distribuírem conteúdos, criou-se novos desafios: Como se proteger o
autor e sua obra? Qual o limite ético da utilização dos conteúdos? Qual o mecanismo de
distribuição das receitas cabíveis ao autor?

O equilíbrio entre direito de acesso X direito autoral é uma questão longe de sua solução,
neste momento tanto no âmbito nacional, quanto no internacional, existe uma guerra jurídica
sendo travada na busca de um equilíbrio, enquanto isso o compartilhamento de arquivos
( filmes, texto, música, etc) tornou-se hábito entre os usuários. Por muitas vezes sem se
observar a legalidade desta ação.

[...] tanto ações no mundo online, como replicar textos já publicados em outro site, salvar e
usar imagens disponíveis na rede, mandar um vídeo para sites de notícias, baixar música na
Internet, gravar o conteúdo do CD que você comprou no seu MP3, como ações no âmbito off-
line, como tirar xerox de trechos de livros para estudar, podem ensejar um conflito com as
normas de direito autoral vigentes. Consequentemente, uma grande parte da população
infringe a lei diariamente, provocando um descompasso entre Lei e Sociedade. (MACIEL e
MONCAU, 2010).

No meio de toda esta tormenta O ECAD - Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, que
não é uma ferramenta estatal, mas sim uma sociedade civil de natureza privada é o
responsável pela arrecadação e distribuição de Direitos autorais no país, vem sendo
duramente questionada, tanto pela forma de atuação junto ao mercado, como no formato de
distribuição dos Diretos arrecadados.

[...} Como a sociedade pode tornar as obras culturais disponíveis para o maior público possível,
a preços acessíveis e, ao mesmo tempo, assegurar uma existência econômica digna aos
criadores e intérpretes e aos parceiros de negócios que os ajudam a navegar no sistema
econômico? Uma resposta adequada virá de “uma combinação de leis, infraestrutura,
mudança cultural, colaboração institucional e melhores modelos de negócio”, ou seja, será
fruto de um pacto entre diversos setores da sociedade. (ARRANJO BRASIL MÚSICA, 2011).

Estamos em um campo novo e com mudanças velozes, as novas tecnologias de acesso, a busca
frenética por conteúdo , a segmentação na busca. Estamos em um tempo em que está tudo
sendo ofertado a um click, á disposição com muita rapidez e a sensação é de que estão todos
em busca de um modelo, de uma solução para democratização do acesso , mas não perdendo
de vista a garantia ao direito de quem investe tempo e dinheiro na criação de uma obra.
Percebemos claramente que nos encontramos muito longe na solução dessas questões tão
complexas e com imenso numero de agentes.

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