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CENTRO UNIVERSITÁRIO FANOR WYDEN

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ANTÔNIA REBECA BARROS DE ARAÚJO

ANÁLISE COMPARATIVA DE PATOLOGIAS ENCONTRADAS EM


ALVENARIAS REVESTIDAS POR TINTAS EM ESCOLAS MUNICIPAIS

FORTALEZA
2021
ANTÔNIA REBECA BARROS DE ARAÚJO

ANÁLISE COMPARATIVA DE PATOLOGIAS ENCONTRADAS EM


ALVENARIAS REVESTIDAS POR TINTAS EM ESCOLAS MUNICIPAIS

Monografia apresentada ao curso de


Engenharia Civil do Centro
Universitário Fanor / Wyden, como
requisito parcial para obtenção do
título de Bacharel em Engenharia
Civil.

Orientador: Dr. José Bruno Rego


Mesquista.

FORTALEZA
2021
ANTÔNIA REBECA BARROS DE ARAÚJO

ANÁLISE COMPARATIVA DE PATOLOGIAS ENCONTRADAS EM


ALVENARIAS REVESTIDAS POR TINTAS EM ESCOLAS MUNICIPAIS

Monografia apresentada ao curso de


Engenharia Civil do Centro
Universitário Fanor / Wyden, como
requisito parcial para obtenção do
título de Bacharel em Engenharia
Civil.

Orientador: Dr. José Bruno Rego


Mesquista.

Aprovado em ___/___/_____

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________
Prof. Dr. José Bruno Rego Mesquista (Orientador)
Centro Universitário Fanor Wyden

______________________________________________________
Prof. (Examinador)
Centro Universitário Fanor Wyden

______________________________________________________
Prof. Dr. (Examinador)
Centro Universitário Fanor Wyden
Dedico a realização deste trabalho aos
meus pais Gervásio Araújo e Ana
D’aurea, pois sempre priorizaram a
educação de seus filhos, ao meu irmão,
Natan Araújo, a minha melhor amiga
Juliana Paiva e minha avó Maria Lúcia
(in memoriam).
AGRADECIMENTOS

A Deus, pelo dom da vida, quem me deu força, paciência e


perseverança para alcançar meus objetivos.
Aos meus pais, maiores exemplos de conduta e esforço. Agradeço por
dedicação e abdicação empregada em minha formação como pessoa ao longo
da vida e empenho para formação acadêmica.
Aos meus avós e minhas tias, que sempre me instruiram que a
educação era o caminho.
A minha prima, Sarah Emilly que me me trouxe perseverança.
A minha amiga Juliana Paiva, cuja sua amizade foi o alicerce para a
conclusão de minha formação, sou grata por todos os momentos que
compartilhamos durante sua vida.
A Cleide Paiva, por me proporcionar conhecer sua filha, uma estrela tão
pura e verdadeira.
Ao Prof. José Bruno Rego Mesquista, pela orientação dada e incentivo e
influência que tornaram possível a conclusão desta monografia..
Aos meus amigos pessoais e da faculdade que sempre torceram por
mim e que durante o curso estivemos juntos vivendo momentos bons e ruins.
À banca avaliadora, pela disposição em me ajudar a concluir esse
importante trabalho.
A todos professores de Engenharia Civil da FANOR, pela contribuição
dos ensinamentos para a ajuda na formação.
A todos aqueles que de alguma forma estiveram e estão próximos à
mim, me apoiando nessa caminhada.
A minha gestora, Rogeany Luna, por me proporcionar ensinamentos e
mentorias ao longo dessa trajetória.
A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha
formação.
Muito obrigada!
DCIMENTO

Tudo tem o seu tempo determinado,


e há tempo para todo o propósito
debaixo do céu. Há tempo de
nascer, e tempo de morrer; tempo de
plantar, e tempo de arrancar o que
se plantou.
(ECLESIASTES 3:1,2)
RESUMO

O presente trabalho buscou apresentar uma análise sobre o tema patologias,


através de um estudo de caso de manifestações patológicas em escolas
municipais no município de Maracanaú. Dentro do contexto, a pesquisa teve
como objetivo mostrar uma análise comparativa dos métodos escolhidos para a
concepção de revestimentos atraves de pinturas em alvenarias. Inicialmente foi
realizado um estudo bibliográfico com uso de artigos científicos sobre assuntos
como: patologia das construções, tipos de patologias em revestidos por tintas,
bem como a classificação das patologias. A metodologia apresentou as
especificações da edificação utilizada para a realização da análise feita nas
três escolas. Nos resultados foram observados a maneira como cada alvenaria
se comportou durante dois anos, seguindo todas as orientações de
aplicabilidade do fabricante e modo de execução com toda as etapas a serem
seguidas. Com isso, chegou-se aos resultados obtidos que para obteção de
uma alvenaria sem patologia ou com a garantia de maior tempo sem sofrer
com esses danos é a prepração de uma fundação impermeabilizada
juntamente com alvenaria obdecendo todos processos de cura de reboco,
emboço e chapisco em conjunto com uma boa linha stand ou premium de tinta
para o ambiente determinado. Posto isso, conclui-se que a solução seria utilizar
fundações impermeabilizadas de modo que fosse vedada a passagem da água
pelas capilaridades, em conjunto com a cura no tempo certo dos devidos
revestimentos.

Palavras-chave: Patologia. Manifestações patólogicas. Construção civil.


ABSTRACT

The present work sought to presente na analyis on the subject of pathologies,


thorough a case study of pathological manifestations, classified as one of the
most importante steps to be analyzed in a work. Witthin the constext, the
research aimed to show a comparative analysis of the methods chosen for the
design of coatings through painting on eccentric divide type masonry and
isolated shoes with centered loads. Initially, a bibliographical study was carried
out using scientific articles on subjects such as soil investigation, types of
foundations, as well as the classification of pathologies. The methodology
presented the specifications of the building udes to carry out the analysis
carried out in the three schools. In the results, the way each masonry behaved
for two years was observed, following all the applicability guidelines of the
manufacturer and execution mode., all the steps to be followed, according to
the specifications contained in the Brazilian Standards. Thus, the results
obtained were obtained that, in order to obtain masonry without pathology or
with a garantee of longer time without suffering from these damages, it is
necessary to prepare a waterproof foundation with masonry, complying with all
plaster, plaster and roughcast curing processes in together with a good
beautiful stand or premium paint for the given environment, it was conclueded
that the solution would be to use waterproof foundations so that the passage of
water through capilaries was sealed, together with the cure at the right time of
the due coating.

Keywords: Pathology. Pathological manifestations. Construction.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Componentes das
Figura 1 - tintas................................................................... 14
Classificação das
Figura 2 - tintas.................................................................... 15
Patologias decorrentes da pintura nas
Figura 3 - edificações.......................... 18
Figura 4 - Tipos de revestimento encontrados................................................. 22
Quantidade de descolamento nas escolas
Figura 5 - ................................... 25
Figura 6 - Quantidade de despigmentaçao nas escolas............................... 26
Quantidade de biodeteriorização nas
Figura 7 - escolas............................... 27
Figura 8 - Quantidade de calcinação nas escolas ........................................ 28
Figura 9 - Quantidade de eflorescência nas escolas.................................... 29
Figura 10
- Incidência patólogica após teste.................................................. 31
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


NBR Norma Brasileira
h Altura
cm Centímetro
m Metro
d Altura útil
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 11
1.1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 12
1.1.1 Objetivo geral....................................................................................................... 12
1.1.2 Objetivos específicos ......................................................................................... 12
1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO............................................................................... 12
2 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................... 13
2.1 A HISTÓRIA DA TINTA ......................................................................................... 13
2.1.1 Características das tintas ................................................................................... 13
A importância da qualidade na
2.1.1.1 pintura.................................................................... 14
2.2.1.2 As patologias na construção civil.......................................................................... 15
2.2 AS PATOLOGIAS NAS PINTURAS...................................................................... 16
2.2.1 TIPOLOGIAS ....................................................................................................... 17
O efeito da umidade na
2.2.1.1 pintura............................................................................... 18
2.2.2 Manifestações patológicas relevantes............................................................... 17
2.2.2.1 Biodeteriorização................................................................................................... 18
2.2.2.2 Eflorescência......................................................................................................... 19
2.2.2.3 Descolamento de pintura...................................................................................... 19
2.2.2.4 Calcinação............................................................................................................. 19
2.2.2.5 Desbotamento de pintura....................................................................................... 20
3 METODOLOGIA.................................................................................................... 22
3.1 DESCRIÇÃO DAS ESCOLAS ESCOLHIDAS....................................................... 20
3.2 CARACTERIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES........................................................... 20
3.3 ÁREA DAS ESCOLAS.......................................................................................... 21
3.4 DESCRIÇÃO DOS REVESTIMENTOS.............................................................. 21
3.5 IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS................................................................. 22
3.6 CRITÉRIOS AVALIADOS .................................................................................. 22
3.7 PASSO A PASSO DO ESTUDO......................................................................... 22
3.7.1 Escola a ............................................................................................................... 22
3.7.2 Material utilizado.................................................................................................... 23
3.7.3 Finalidade do teste .............................................................................................. 23
3.7.4 Escola b ............................................................................................................. 23
3.7.5 Resultado.............................................................................................................. 23
3.7.6 Escola c................................................................................................................ 24
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................ 24
4.1 Diagnostico e prognostico ................................................................................ 25
4.1 Patologia apos teste ......................................................................................... 31
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 32
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 33
23

1 INTRODUÇÃO

O mercado da construção civil, atualmente se destaca pela sua


ascensão no que conserne ás tecnologias de inovações, como ás tintas de alta
performance. Uma vez que, esses produtos evoluíram com estudos
tecnológicos visando auxiliar a construção civil, de modo que retarde e até
cesse de tal forma, ás incitações patológicas.
A princípio, ás tintas integram cerca de 25% ao ano de rentabilidade ao
mercado brasileiro, tendo em vista a sua diversidade e aplicabilidade no mundo
moderno. Na construção civil, elas são de extrema importância tendo em vista
que elas influenciam desde manifestações patológicas, conforto térmico até
influência psicológica.
Como resultado, o alto índice de escolhas em obras pela aplicação das
tintas em revestimentos, evidencia a carência do mercado consumidor, levando
em consideração que expõe a falta de domínio técnico sobre tintas e pinturas,
já que nunca foi estudado com tanto aprofundamento pelos profissionais da
área da construção, da mesma forma que outros serviços ou matérias, que são
de maior apelo acadêmico.
Por conseguinte, os problemas que envolvem as pinturas somente
configuram-se como patologias, após período muito pequeno de sua aplicação,
parte-se, então, da hipótese de que os problemas decorrentes dos sistemas de
pintura derivam da falta de planejamento das atividades desde a fase de
concepção do projeto.
Diante do exposto, pretende-se neste trabalho identificar as
patologias em pinturas recorrentes em escolas, avaliar suas causas e
propor possíveis soluções aos problemas encontrados, por meio de um
estudo de caso, que foi desenvolvido em escolas da rede municipal de
ensino na cidade de Maracanaú.
24

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Apresentar maneiras para solucionar os problemas mais


recorrentes encontrados nas pinturas no âmbito da engenharia civil,
nos quais são salitre, biodeterioração, calcinação, desbotamento,
descolamento e eflorescência. Assim, relatando suas causas e
possíveis soluções, sugerindo alternativas viáveis que possam ser
executadas .

1.1.2 Objetivos específicos


 Relatar causas e possíveis consequências patológicas no âmbito das
pinturas;
 Interpretar os dados recolhidos;
 Apresentar soluções preventivas de forma prática e didática.

1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO

O presente trabalho foi dividido em cinco capítulos, são eles: no capítulo


1, retrata uma introdução de delimitação ao tema abordado, aos objetivos geral
e específicos, bem como sua estrutura.
O capítulo 2, apresenta um estudo bibliográfico com materiais já
publicados, por meio de livros e artigos científicos referente ao tema, no qual
serão explanados assuntos como história da tinta, patologias na construção
civil e os tipos de patologias encontradas nas tintas.
Já o capítulo 3, mostra a metodologia do trabalho, utilizada para obter os
resultados. O quarto e quinto capitulo apresentam respectivamente os
resultados e suas devidas prevenções, bem como, as considerações finais do
trabalho.
25

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 A HISTÓRIA DA TINTA

A história da tinta se dá a partir dos estudos realizados pela ABRAFATI


(Associação Brasileira Dos Fabricantes De Tintas), sobre primeiros habitantes
da Terra, os homo sapiens, nos quais desenvolveram pinturas rupestres em
cavernas com pigmentos encontrados na natureza que são:
ocre, hematita, óxido de manganês e carvão vegetal há 40 000 anos atrás.
Nessa perspectiva, quando se é mencionado a palavra tinta, vem a
mente diferentes cores, brilho, viscosidade, entre outros. Dessa maneira, no
decorrer dos anos foram desenvolvidas várias formulações que visaram
agregar nas formas visuais, química e ate mesmo de conforto óptico e
psicológico.
Levando em conta essa análise, as tintas são um tipo de revestimento
de fácil acesso. Usa-se para revestir alvenarias, portas, portões na construção
civil: em paredes interiores, em superfícies exteriores.

2.1.1 Característica das tintas

Consequetemente, Polito (2006, p. 15) esclarece que todas as tintas são


compostas por quatro componentes básicos.
Seguindo essa premissa, a Abrafati (2005), retrata esses componentes
como: os pigmentos são responsáveis pela tonalidade, já as resinas dão "li
26

ga" formando a estrutura física, os líquidos viabilizam a consistência, os


aditivos se dão a partir das tintas com propriedades específicas que protegem
as alvenarias de futuras patologias e por fim os solventes que trazem
emoliência para o produto.
Em seguida, pode-se observar os a estrutura das tintas, conforme na
Figura 1.

Figura 1 – Componentes das tintas

Fonte: Polito (2010)

2.1.1.1 A importância da qualidade na pintura

No que se diz a respeito sobre pintura, Polito (2006) esclarece os


principais pontos que atuam na sua qualidade, por exemplo:
 Qualidade da tinta: promove firmacidade e aderência
 Qualidade da mão de obra: É crucial para obtenção de um resultado
satisfatório.
 Qualidade e preparação do substrato: É imprescindível respeitar os
pontos de manuseio e diluição.
Por seguinte, podemos observar como as tintas são classificadas no
mercado, conforme apresentado na Figura 2.
Figura 2 – Classificação das Tintas
27

Fonte: Miranda (2009)

2.1.1.2 As patologias na construção civil


Segundo Helene (1992), a patologia na construção civil trata-se do
estudo dos problemas, sintomas, causas e mecanismos da deterioração das
obras de engenharia.

2.2 AS PATOLOGIAS NAS PINTURAS

2.2.1 Tipologias
Assim, ás patologias das pinturas aos olhos de Uemoto (1998) cita que a
água é uma dos vilões das pinturas, tendo em vista que ocasiosa infiltração de
água, representando 60% à 70% desses problemas. Com isso, foi estruturado
uma seleção com alguns apontamentos de causas das patologias das pinturas
conforme a experiência das empresas de pintura e dos laboratórios apontam
para algumas tipologias:
1. Seleção inadequada da tinta;
2. Condições inadequadas por temperatura umidade;
3. Ausência de aditivos;
4. Substrato que não apresenta estabilidade
5. Umidade excessiva no substrato advinda de infiltração, condensação;
6. Diluição excessiva da tinta na aplicação;
7. Formulação inadequada da tinta.
28

2. 2.1.1 O efeito da umidade na pintura


Perez (1998, p. 46) expõe que “a umidade nas construções representa
um dos problemas mais difíceis de serem resolvidos dentro das ciências da
construção civil”. A umidade muitas vezes deve-se à percolação da água de
chuva pela as capilaridades devido à falta de impermeabilização. Segue a
baixo a Figura 3, que retrata as patologias por umidade.

Figura 3 – Patologias decorrentes da pintura nas edificações

Fonte: Polito (2010)

Ainda segundo Uemoto (1998, p. 26), “todas as pinturas se deterioram


ao longo do tempo, sendo necessária a sua manutenção”.

2.2.2 Manifestações patológicas relevantes para pesquisa

Dentre os problemas que causam danos à pintura devido à infiltração


Polito (2006) destaca alguns que são provenientes da umidade (água), sendo
estes relevantes para á pesquisa. São eles:

2.2.2.1 Biodeterioração
29

De maneira geral, O mofo é conhecido como bolor, no que é


diagnosticado através de superfícies das paredes das edificações e
desenvolvidos a partir da ação de micro-organismos conhecidos como fungos
filamentosos.
Em que consistem Kießl e Sedlbauer (2001) explicam que quando a
película de uma edificação apresentar uma umidade superior ou igual a 80%
durante um período de mais de 6 horas por dia, o mofo poderá surgir. Assim, o
mofo desenvolve-se em ambientes que apresentam uma umidade entre 90% e
98%.

2.2.2.2 Eflorescência

De acordo com Santos e Silva Filho (2008), a eflorescência dar-se a


partir do fenômeno causado pelo surgimento de depósitos cristalinos de cor
branca.
Este evento, pode provocar a degradação do concreto. Levando em
conta que a água percola nos poros vazios de concreto, dissolvendo os sais
presentes no cimento e na cal, principalmente o hidróxido de cálcio.
Na mesma premissa Polito (2008) define eflorescência como: aspereza
e depósito de sais brancos que provocam manchas na superfície.

2.2.2.3 Descolamento de pintura

O descolamento de pintura é uma manifestação patológica oriunda de


outras manifestações patológicas, no qual geralmente estão associadas a um
problema de infiltração, em que a água em contato com o revestimento de
pintura, acaba tirando à adesão do revestimento ao substrato acarretando
assim seu deslocamento.

2.2.2.4 Calcinação
30

Essa patologia constitui-se sob os efeitos dos raios solares (UV). O


envelhecimento superficial das pinturas dar se mediante ao engizamento
(aparência esbranquiçada). Em que é materializada pelo óxido de cálcio e
oxido de titânio.

2.2.2.5 Desbotamento de pintura

O desbotamento da coloração da superfície aplicada a tinta se origina


através do desgaste da película protetora da tinta, de modo que perde seu
brilho, tonalidade, entre outros. Por conseguinte, a luz solar diminui a sua vida
útil. Assim, Polito (2008, p. 25) esclarece geralmente ocorre em superfícies
expostas a luz do sol, diminuindo a vida útil da cor original a tinta.

3 METODOLOGIA

3.1 DESCRIÇÃO DAS ESCOLAS ESCOLHIDAS

Para alcançar o objetivo proposto, foi utilizado o método de pesquisa


como base ás patologias e suas respectivas derivações em escolas municipais
do ensino fundamental de Maracanaú.
Nesse contexto, participaram três escolas que serão denominadas
ESCOLA A, B e C, que estão localizadas nos seguintes bairros: Alto da
Mangueira, Horto e Jereissati, respetivamente.
As escolas tem idade de construção distintas, a primeira têm: quinze
anos, a segunda com três anos e por mim a terceira com seus vinte anos.

3.2 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO

O estudo foi realizado através de um acervo fotográfico, relatório


quantitativo e aplicação de como ás alvenarias escolhidas se comportaram
expostas aos tratamentos descritos nos próximos tópicos.
O presente trabalho foi iniciado em quinze de setembro de dois mil e
dezanove.
31

A inspeção se deu no térreo em todas as escolas, ocorrendo por


ambiente e com enfoque nas regiões objeto de investigação deste trabalho:
parede e teto. Além do térreo, foi realizada inspeção visual nas fachadas. Onde
se encontraram alguns pontos de descolamento do revestimento e presença de
mofo/bolor em grande parte da pintura.

3.3 ÁREA DAS ESCOLAS


Em síntese, á que foi citado, os edifícios alvos dessa pesquisa são ás
três escolas municipais em que contém área da ESCOLA com A com 180 m²,
Escola B com 3.000 m² e Escola C com 2.800 m², aproximadamente, abrigam
ensino infantil e fundamental, comportam apenas o térreo.

3.4 DESCRIÇÃO DOS REVESTIMENTOS DE PAREDES E TETO

Todo o revestimento das paredes internas das escolas são a base


cimentícia, com chapisco, emboço e reboco (ainda comum na época da
construção). A variação ocorre na camada final, encontrando-se com uma
maior frequência o acabamento em pintura lavável em altura de 1,80 cm da
parede.
Os pisos são, predominantemente, em placas cerâmicas fixadas com
argamassa. As edificações contam com tetos em pintura no fundo da laje
superior. Como é exposto na Figura 4 que apresenta um resumo das
características dos revestimentos presentes nas edificações.

Figura 4 – Tipos de revestimento encontrados.


Local Revestimento  
Base Acabamento

Revestimento em
Pintura (lavável)
Parede interna argamassa (substrato em
tijolos cerâmicos)
Placas cerâmicas
Contrapiso em
argamassa (substrato em
Piso laje de concreto armado) Placas cerâmicas
32

Revestimento em
Teto argamassa (substrato em Pintura
laje de concreto armado)

Fonte: Autor (2021)

3.5 IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS OBSERVADOS

O processo de levantamento de danos foi feito em três etapas:


identificação das anomalias, fotografia das manifestações patológicas e o
preenchimento dos relatórios descritivos.
Na etapa de identificação das anomalias foi realizada uma inspeção
táctil-visual com o objetivo de detectar o problema visualizado e construir o
quantitativo das manifestações.

3.6 CRITÉRIOS AVALIADOS


O intuito foi vistoriar as manifestações, discriminando-as em grau e
motivo para obteção correta de sua tratativa.

3.7 PASSO A PASSO DO ESTUDO


Foi avaliado nas três escolas, como ás alvenarias revestidas
comportaram-se no decorrer dos tempos após o teste.
Em seguida, foi realizado a constatação tactil visual da patologia e
tratada. Como descrita nas analises abaixo.

3.1.1.7 Analise escola A


Dando continuidade, a instituição de ENSINO A, obteve
desenvolvimento insatisfatório, visto que teve reincidência nas manifestações.
Haja vista que, o modo de execução foi sugerido pelo fabricante.
Durante a execução o serviço foi baseado a partir da diluição de 20% da tinta,
á vista que foi adicionado água potável com sais minerais. Outro fator apontado
33

foi a parede que foi preparada a partir da remoção de poeira acumulada e


remoção de micro-organismos acumulados.

3.1.1.8 Material utilizado


Os utensílios utilizados foram o rolo para pintura sem garfo de pele de
carneiro 23 cm 1000, utilizado para aplicar o produto na parede, e
consequentemente ter uma melhor aderência A tinta aplicada, foi da linha
stand.

3.1.1.9 Finalidade do teste


A intenção da aplicação do produto seria parar cessar a ‘’a vida útil’’ das
patologias, contudo não foi possível realizar essa meta, levando em conta que
o problema retornou após alguns meses.

3.1.1.10 Analise escola b


Na escola B, foi executado o teste a partir da remoção do reboco
deteriorado até as ferragens e aplicado impermeabilizante na altura de 1,60 cm
da parede. Em seguida, incluído aditivos na massa dos seus revestimentos
como chapisco, reboco e emboço.
Após reunir todos os materiais necessários: selador ou primer, rolo mil,
utensílios para manuseio do material sem nenhum tipo de resquícios foi
passado a tinta escolhido o selador em conjunto com tinta da lina stand.

3.1.1.11 Resultado
Vale enfatizar que a umidade foi cessada com suporte dos
impermeabilizantes aplicados na alvenaria. Promovendo assim, um total
bloqueio da passagem da água, eliminando as patologias observadas na
instituição.

3.1.1.12 Analise escola c

Em seguida, foi realizado o terceiro teste, na ESCOLA C, que foi


constatado que mesmo após a utilização dos aditivos na tinta, juntamente com
limpeza de resíduos antes da aplicação em conjunto com mão de obra
34

especializada e diluição correta não foram suficientes para mitigar as ações da


natureza.
De modo que não foi cessada a passagem da água pelas capilaridades.
Seguindo essa premissa, ás fundações e alvenarias em questão não foram
tratadas da maneira correta como exposto no teste da escola b, que obteve
resultado de 100%, pois priorizou á impermeabilização da parede que realizou
o teste.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO DAS MANIFESTAÇÕES


PATOLÓGICAS
35

A simples observação dos danos no início da pesquisa forneceu a


identificação de informações quantitativas (concentração de problemas
em um local) e qualitativas (quais problemas), sendo essas últimas
melhor identificadas por imagens. Para o adequado entendimento
quantitativo dos problemas de revestimento do pavimento em estudo
das instituições, foram elaborados gráficos de incidência para cada
manifestação patológica, conforme pode ser observado nas Figuras a
discorridas a baixo.
Seguindo essa premissa, a primeira manifestação encontrada foi
o descolamento de pintura que é apresentado seus dados no gráfico a
baixo de cada escola. Conforme Figura 5.

Figura 5 – quantidade descolamento de cada manifestação patológicas nas escolas

quantidade

Fonte: Autor (2021)


36

Após a primeira visita nas escolas foi possível constatar que a


‘’ESCOLA C’’ apresentou mais descolamento de pintura do que as
outras duas escolas.
Em virtude do estudo realizado, a escola C tinha mais resquícios
de pintura anteriores em conjunto com excesso de umidade em alguns
trechos de parede.
De acordo com Polito (2008), ele caracteriza essa situação da
seguinte maneira: quando a pintura é executada sob uma superfície já
exposta aos microorganismos e restos de tinta de outras reformas
implica na durabilidade do material e aspecto físico.
Outra patologia diagnosticada foi a despigmentação, que é
exposta no gráfico a baixo seus respectivos resultados. Conforme
Figura 6.

Figura 6: quantidade de despigmentação de cada manifestação patológicas nas escolas

quantidade

Fonte: Autor (2021)


37

Novamente, a ‘’ESCOLA C’’ apresentou mais manifestação


patológica que as outras instituições, levando em consideração que elas
tiveram mais manutenção em detrimento da ESCOLA C, que não
realiza manutenção preventiva, e utiliza cores com pigmentação
elevada como vermelhos, azuis, amarelo.
Polito (2008) esclarece que quando um pigmento esta
constantemente exposto a raios solares, sofre um desgaste de sua
‘’vida útil’’ mais rápido, ocasionando uma coloração despigmentada e
acinzetada.
Agora a patologia observada foi a biodeterioração que destacou
as ESCOLAS
A E C, conforme pode-se constatar na Figura 6.

Figura 7: quantidade de biodeterioração nas escolas

quantidade

Fonte: Autor (2021)


38

Através dessa análise é possível observar que a ESCOLA A,


apontou uma quantidade maior em manifestação de mofo/bolores que
as outras instituições.
No entanto, a ESCOLA C, obteve um resultado muito próximo
constatando que as duas estão expostas a umidade, já que este tipo de
problema é desenvolvido pela a ação da água.
Consequentemente, Kießl e Sedlbauer (2001) asseguram que
quando uma edificação fica exposta a um tempo superior que 6 horas
pode aguardar que irá aparecer fungos e bolores, visto que os mofos
são desenvolvidos com alto teor de umidade.

Em seguida podemos verificar o próximo gráfico que retrata a


calcinação encontrada nas edificações. Conforme a Figura 8.

Figura 8: quantidade de calcinação nas escolas

quantidade

Fonte: Autor (2021)


39

Por meio da análise feita foi constatada que a ESCOLA A se


destacou nesse item devido a utilização de produtos externos, excesso
de pigmento em uma determinada cor.
Como analisado na ESCOLA A, que desenvolveu desbotamento
de cor em virtude da degradação da tinta, esmiuçando á engizamento.
Nessa perspectiva, evidencia–se a presença de sais minerais nas
capilares a substância esbranquiçada tem a capacidade de atravessar a
alvenaria e podem danificar os alicerces provocando o deslocamento de
camadas do revestimento.
Para travar este ciclo vicioso, a solução de acordo com Polito
(2008) é livrar-se dele o mais rápido possível. Refazendo a
impermeabilização das alvenarias.
Em seguida, teremos a última patologia diagnosticada na vistória
que foi eflorescência, conforme a Figura 9.

Figura 9: quantidade de eflorescência nas escolas

quantidade

Fonte: Autor (2021)


40

Por fim, após a análise do gráfico pode contatar que a ESCOLA C


obteve um destaque maior devido ao alto teor de ‘’reformas’’ sem
respeitar o tempo de cura correto de cada revestimento, ocasionando a
manifestação.
Em vista dessas reformas que o destaque vai para os materiais
com o alto teor de sal solúveis porque apresentam composição de
hidróxido de cálcio e magnésio de modo que os pontos são
evidenciados através da eflorescência.
Outro causador, é a variação excessiva de temperatura, muito
presente no Estado do Ceará que apresenta clima semiárido, conhecido
como “Polígono das Secas”.
Assim, Santos e Silva Filho (2008) afirma que a obtenção desta
patologia é caracterizada pelo surgimento de depósitos cristalinos de
cor branca sob as superfícies. E na mesma premissa Polito (2008) nos
auxilia dizendo que eflorescência é um depósito de sais brancos, que
provocam manchas nas superfícies.

4.2 PATOLOGIAS APÓS O TESTE

Após a verificação das patologias encontradas foi estruturado um


gráfico para compreensão correta das reincidências patológicas.
Assim, para o adequado entendimento, a promoção das tratativas
foi com intuito de sanar as manifestações patológicas. Entretanto,
mesmo após a realização das aplicações teve reincidência nas escolas
A e C. Conforme pode ser observado na Figura 10.
41

Figura 10: Incidência patológica após realização da aplicação do teste

2.5

QUANTIDADE 2

1.5

0.5

0
ESCOLA A ESCOLA B ESCOLA C

Fonte: Autor (2021)


Conforme visto no gráfico, as ESCOLAS A E C apresentaram
manifestações patológicas.
Sendo que a ESCOLA A teve reincidência em biodeteriorização
em decorrência dos “ frutos’’ da umidade que percolaram pelas
capilaridades ocasionando na reincidência patológicas citadas acima.
E a ESCOLA C apresentou reinciência em eflorescência, em
detrimento a variação de temperatura da região e o excesso de sal e
umidade.
Após realização dessa analise foi possível constatar que a
ESCOLA B obteve êxito no teste visto que não desenvolveu nenhum
tipo de manifestação patólogica nas alvenarias depois de tratada.
42

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho alcançou o seu objetivo de se fazer um estudo,


mesmo que ainda de maneira superficial dentro da realidade de
aplicações.
Assim, a correção das anomalias e falhas encontradas a partir da
inspeção é de grande importância para restabelecer as condições
originais de uso e operação das edificações, porém, é imprescindível a
realização do plano de manutenção através do sistema de gestão da
instituição.
Com isso, com estudo desenvolvido foi possível compreender os
tipos de patologias existentes e suas respectivas causas.
Em suma , o objetivo de desenvolvimento e aperfeiçoamento
profissional na área da Engenharia Diagnóstica, mesmo que de forma
não aprofundada, foi atingido e a razão central que é a aplicação dos
conhecimentos teóricos no meio prático foi exemplificado por meio dos
casos estudados e projetados a partir da analise fotográfica e
acompanhamento físico.
Após a conclusão deste trabalho, observa-se algumas etapas a
serem seguidas para a realização do mesmo, entre elas, destaca-se a
necessidade de seguir todas as recomendações técnicas especificadas.
43

REFERÊNCIAS

Fazenda J.M.R. , TINTAS E VERNIZES , Volume1 , 2.o Edição


1995 Abrafati
o Fazenda J.M.R. , TINTAS E VERNIZES , Volume2 , 2.o Edição
1995 Abrafati
o Uemmoto K.L , Projeto, Execução e Inspeção de Pinturas, 1.o
Edição 2002 CT
, Eduardo. (1988) Problemas de pintura na construção civil. In:
IPT, São Paulo: PINI Editora, 1998, p. 589-592.
MARTINS, João Guerra; SILVA, Adelma. Tintas, vernizes e ceras.
2 ed. Paraná, 2005.
PEREZ, Ary Rodrigues. Umidade nas edificações:
recomendações para a prevenção da penetração de água pelas
fachadas. 1a Parte. In: IPT. São Paulo: PINI Editora, 1998, p. 571-592.
POLITO, Giulliano. Principais Sistemas de Pinturas e suas
Patologias. Belo Horizonte: UFMG, Faculdade de Engenharia 2006.
ai Loh. Problemas de pintura na construção civil. In: IPT (Instituto
de Pesquisa Tecnológicas). São Paulo: PINI Editora, 1998, p. 589-592

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