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História da Cultura Hip Hop

Block Party no início da década de 1970 - note a estrutura técnica

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Daniel Tocha · Belo Horizonte, MG
4/12/2006 · 117 · 2

Hip-Hop é uma cultura que consiste em 4 subculturas ou subgrupos, baseadas na criatividade. Um


dos primeiros grupos seria, e se não o mais importante da cultura Hip-Hop, por criar a base para toda
a cultura, o DJing é o músico sem “instrumentos” ou o criador de sons para o RAP, o B.Boying (a
dança B.Boy, Poppin, Lockin e Up-rockin) representando a dança, o MCing (com ou sem utilizar
das técnicas de improviso) representa o canto, o Writing (escritores e/ou graffiteiros) representa a
arte plástica, expressão gráfica nas paredes utilizando o spray.

O Hip-Hop não pode ser consumido, tem que ser vivido (não comprando roupas caras, mais sim
melhorando suas habilidades em um ou mais elementos dia a dia). É um estilo de vida.... Uma
ideologia...uma cultura a ser seguida...

A "consciência" ou a "informação" na minha opinião não pode ser considerada como elemento da
cultura, pois isso já vem inserido às culturas do DJing, B.BOYing, MCing e Escritor/WRITing
(Graffiteiros), ou seja aos elementos da cultura Hip-Hop, mais é válido para a nova geração, dizendo
se fazer parte da cultura Hip-Hop sem ao menos conhecer os criadores da cultura e suas reais
intenções.

As Raízes

A origem e as raízes da cultura Hip-Hop estão contidas no sul do Bronx em Nova Iorque (EUA). A
idéia básica desta cultura era e ainda é: haver uma disputa com criatividade. Não com armas; uma
batalha de diferentes (e melhores) estilos, para transformar a violência insensata em energia positiva.

Este bairro experimentou mudanças radicais durante os anos 60 por causa de construções urbanas
mal planejadas (construíram uma via expressa no coração do Bronx, construíram complexos de
apartamentos enormes) o que fez com que o bairro ficasse desvalorizado. A classe média que
consistia em Italianos, Alemães, Irlandeses e Judeus se mudaram por causa da qualidade decrescente
de vida.
Em vez deles, se estabeleceram afro-americanos mais pobres e famílias Hispânicas. Por causa da
pobreza crescente os problemas causados por crimes, drogas e desemprego aumentaram.
No ano de 1968 sete adolescentes que se nomearam "Savage Seven" (Sete Selvagens) começaram a
aterrorizar o bairro, criando assim a base para algo que dominaria o Bronx durante os próximos 6
anos: as Streetgangs (gangues de rua). Em pouco tempo apareceram outras gangues em todo o
bairro, em todas as ruas e esquinas.

Algumas delas: Black Spades, Savage skulls, Seven Immortals, Ching Alling, Seven Nomads, Black
Skulls, Seven Crowns, Latin Kings, Young Lords; muitos jovens poderiam ser vistos em todos
lugares.

Depois que as atividades das gangues alcançaram o topo da criminalidade em 73, elas começaram a
se acabar uma a uma. A razão para isto pode ser encontrada em níveis diferentes. As gangues
estavam brigando, muitas estavam envolvidas em crimes, drogas e miséria. E muitos integrantes não
quiseram mais se envolver com isso, o tempo estava mudando e as pessoas da década de 70 estavam
à procura de festas em clubes, apenas diversão, dançar, curtir a música cada vez mais e mais.

O número de gangues cada vez mais estava diminuindo principalmente porque cada vez mais jovens
estavam envolvidos com um movimento e se identificavam com alguma atividade. Pois a idéia
básica era competir com criatividade e não com violência.

A força motriz de todas as atividades dentro dos 4 elementos era fugir do anonimato, ser ouvido e
visto e espalhar o nome por toda parte. Se alguém quisesse melhorar suas habilidades teria que
deixar de fazer coisas ruins (drogas, crimes, etc...) por todo tempo, teria que por sua energia a
disposição da cultura e com isso ajudar a trazer mais adiante o próximo nível da Cultura Hip-Hop e
desenvolvendo seus elementos cada vez mais inspirando novamente outras pessoas.

Kool Herc é por toda parte conhecido e respeitado como o "pai" da cultura Hip-Hop, ele contribuiu e
muito para seu nascimento, crescimento e desenvolvimento. 

Nascido na Jamaica, ele imigrou em 1967 (aos 12 anos de idade) de Kingston para Nova Iorque,
trazendo seu conhecimento sobre a cena de Sound system (sistema de som, muito tradicional na
Jamaica, seria um equipamento de som muito potente ligado na rua para atrair as pessoas).

Consigo também trouxe o "Toast" ao bairro do Bronx (NY), Clive Campbell seu nome de batismo,
apelidado "Hercules" pelos alunos de sua sala de aula da escola secundária por causa da aparência
física. Mas ele não gostou deste apelido e usou um atalho, criando, "Herc". Então quando ele
começou a escrever (tag; assinatura) ele usou seu Tagname de "Kool Herc".

Herc deve ter dito muitas dificuldades para dormir durante a infância devido ao glorioso e grandioso
volume libertado pelos sound systems, que batalhavam nas ruas pela atenção do público, cada vez se
aumentava mais e mais o volume, quase a ponto de explodir, foi neste ambiente que Herc nasceu e
viveu até os 12 anos...

Em meados de 73 ele chamou a atenção como DJ no Bronx, no princípio ele usou o equipamento de
som de seu pai, em seguida construiu seu equipamento (auto denominado de Herculords) com
enormes caixas de som e muitos seguidores. Em inúmeras Block Parties (festas feitas em blocos de
apartamentos abandonados no Bronx e região – veja o filme Beat Street), festas em parques e
escolas, logo depois ele fez suas próprias festas em clubes famosos como "Twilight Zone" e "T-
connection". A razão do sucesso foi dada pelo fato de fazer as pessoas dançarem sem parar, ele
seguiu a filosofia de Soundsystem de seu país, no principio não dando muito certo, tocando Reggae e
outros ritmos jamaicanos, até que descobriu o Soul e Funk. 

Passado algum tempo, teve um sistema de som mais pesado e mais alto que todos os outros, por
outro lado (e provavelmente a razão mais importante) ele criou e desenvolveu uma técnica
revolucionária para girar os pratos dos tocas discos.

Ele nunca tocou uma música inteira, mas só a parte que as pessoas mais gostavam: O Break - A parte
onde a batida foi tocada da mais pura forma. Os "Breaks" das canções eram só alguns segundos, ele
os ampliou usando dois toca-discos com dois discos iguais, dando o nome de Break-Beat, o
fundamento musical para B.Boys e B.Girls (Breaker-boys, Breaker-girls: dançarinos que se
apavoravam dançando durante estes Breaks) e os MC's (Os Mestres de Cerimônias, artistas no
microfone que divertem as pessoas fazendo-as dançar com suas rimas), às vezes comparável ao
"Toast" jamaicano, Kool Herc usou algumas frases para fazer as pessoas dançarem e dar boas vindas
aos amigos. Mas quando os misturava as batidas ficavam mais complicados, mais concentração,
assim foi entretendo a multidão, ficando complicado fazer várias coisas ao mesmo tempo, com o
microfone não era mais possível, ele passou o microfone para 2 amigos que representaram o
primeiro time de MC: Coke La Rock e Clark Kent. Kool Herc e o soundsystem incluíam os 2 amigos
no microfone, ficando em seguida conhecidos por toda parte como "Kool Herc and the Herculords".

Alguns dos breaks mais famosos, foram: Incredible Bongo Band com Apache, James Brown com
Funky Drummer e Give it up or turn loose, Herman Kelly dance to the drummers beat, Jimmy
Castor Bunch com It´s just begun entre tantos outros...

Afrika Bambaataa (ou Kahyan Aasim - nascido 1957) também tem seu papel de importância no
surgimento da cultura Hip-Hop, é por toda parte conhecido e respeitado como o "padrinho" ou o
"avô" da cultura Hip-Hop, reunindo tudo e propondo a base para a cultura. Era membro e líder de
uma das maiores gangues, "Black Spades" também era um colecionador de discos fanático. Embora
já estivesse trabalhando como DJ em festas desde 70, ele adquiriu mais interessado pela cultura Hip-
Hop depois de ter visto Kool Herc nos toca-discos em 1973 e assim foi DJ no "Bronx River
Commity Center" onde teve seu próprio soundsystem. Ao mesmo tempo a gangue dele começou a
desaparecer, logo depois formou uma pequena ONG chamada de "Bronx River Organization" que
logo após passou a se chamar "The Organization", por ter feito parte uma gangue anteriormente ele
teve um publico fiel que consistiu em membros de gangues anteriores.

Por volta de 74 ele reorganizou "The Organization" e renomeou de "Zulu Nation", inspirado pelos
estudos feitos sobre a história africana (ele ficou impressionado pelos "Zulus" pois lutavam com
honra e armas simples contra o colonialismo e o poder, apesar de aparentemente inferiores). 5
dançarinos uniram-se a organização usando o nome de "Shaka Zulu King" ou simplesmente "Zulu
Kings" com os gêmeos "Nigger Twins" eram eles os primeiros B.Boys sempre gritando de alegria. A
"Zulu Nation" organizou festas e reuniões a qual os membros, principalmente Afrika Bambaataa
passou o conhecimento sobre a cultura Hip-Hop para as pessoas, como era possível dar as pessoas
uma alternativa para a saída das gangues e drogas.

Love Bug Starski foi quem propôs a junção dos elementos da cultura Hip-Hop, foram Afrika
Bambaataa e a Zulu Nation que uniram os elementos diferentes e os formaram para uma única
cultura.

A idéia de Afrika Bambaataa era transformar o negativismo das gangues em energia positiva, pois
perdera o melhor amigo em uma guerra das gangues, no tempo que fizera parte de uma gangue.
Cansado disso, pensou em fazer algo para mudar esta situação, as pessoas estavam cada vez mais
ocupados com o Hip-Hop, em mostrar suas habilidades da melhor forma possível nas festas.
GrandMaster Flash completa a trilogia dos DJ´s pioneiros, o terceiro DJ mais importante do inicio da
cultura Hip-Hop, teve a brilhante idéia de incluir artesanalmente a sua mesa de mixagem um botão
(cross-fader) que lhe permitia passar de um disco para outro sem haver quebra de som. Aprendendo
com Herc que os breaks de Funk eram o combustível preferido dos B-Boys e com Bambaataa onde
os ir buscar, Flash incendiou tudo ao trazer para o palco os “skills” (capacidade tecnica de misturar
os discos e faze-los fluir de forma irrepreensivel.

O MC começou por ser uma mera sombra do DJ, limitado a empolgar ao microfone as pessoas, que
lhe pagava o ordenado e funcionando quase como “locutor de festas” ou mestre de cerimónias que
não só usava o microfone para comunicar à multidão qual a última celebridade do gueto (ghetto
celebrity) a entrar no clube (“hey ya’ll, my man Timmy T is in the house!”) como também tinha um
papel importante, deixava todos saberem que havia uma mãe à espera do seu filho à porta (“yo,
Little Jimmy, stop spinnin’ and head to the door!”). Com o tempo, as rimas foram ficando mais
elaboradas, mais complexas e, tal como os “skills” do DJ lhe davam popularidade, as habilidades do
MC ao microfone começaram a ser decisivas para arrancar aplausos da multidão.

Bem, assim seria o Hip-Hop para muitos, DJs descobrindo e criando os break-beats, MC's rimando,
B.Boys dançando e a maioria dos membros da cultura Hip-Hop também eram escritores. Bambaataa
os usou para espalhar sua mensagem, "lutar com criatividade, não com violência!" Com a integração
dos 4 elementos da cultura Hip-Hop, a vontade de competir era geral, empurrando todos
permanentemente a melhorar e ser o mais criativo possível.

Assim, era como uma lei não escrita, que, todo mundo criava seu próprio estilo, sem copiar o
próximo, sem roubar as idéias do outro. Outra lei respeitada era: Paz, unidade, amor e divertimento.
A base para os diferentes elementos já estava pronta, mas com a integração da cultura Hip-Hop foi
acelerado o desenvolvimento rapidamente dos elementos.

Cultura Negra & Hip Hop: A mesma


coisa?
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Daniel Tocha · Belo Horizonte, MG
5/12/2006 · 77 · 10

As pessoas parecem atribuir o sucesso da cultura Hip Hop entre as massas devido ao fato assumido
que Hip Hop é cultura negra. É um engano, mas que eu posso entender, pelo fato de que a maioria
das pessoas envolvidas com o Hip Hop são negras.

Entretanto, quando você assiste a televisão, você não vê muito Hip Hop, ou até mesmo rap. Só a
MTV passa vídeos de rap, (mas não significa que os artistas são do real Hip Hop). Assim, quando o
telespectador casual caminha ao longo da "seção de Rap/R&B/Hip-Hop" do canal, o que aparecem
são faces negras. Então, é natural para o telespectador casual pensar que Hip Hop é cultura negra.

Eu estou aqui hoje para desafiar este mito. E isso é justamente o que é: um falso mito. Seguramente,
a maioria dos emcees expostos são afro-americano, mas e sobre o DJs? E sobre os escritores de
graffiti? E sobre os b-boys e b-girls? E sobre todas as pessoas que respeitam a cultura e seguem isto
e amam isto? E sobre as pessoas que contribuem para revistas de Hip Hop e zines? Se pudéssemos
contar todas essas pessoas, poderíamos ver facilmente que esse Hip Hop não é nenhuma cultura
negra.
Não partiu como cultura de negro, ou, porque Hip Hop sempre foi sua própria cultura. Me deixe
dizer isso novamente, por via da dúvida se você não pegou isso: Hip Hop sempre foi sua própria
cultura. Nem todos os pais e padrinhos do Hip Hop eram afro-americanos. Os breakers originais
eram negros e na maioria hispanicos. O primeiro escritor de graffiti, Taki, era grego. Falando de
graff, "Visto" não é preto. Eu poderia ir sem parar, mas seria bastante longo e chato, assim eu pararei
um pouco por aqui com meu ponto que o Hip Hop é composto de raças diferentes, grupos étnicos
diferentes, estilos diferentes, e culturas diferentes. Hip Hop ainda é composto de todas estas coisas,
como também grupos de idade diferentes, nacionalidades diferentes, e diretamente com pessoas
diferentes.

Assim, você pode ver por que as pessoas no Hip Hop não estão agindo na cultura negra? Você pode
ver por que as pessoas precisam saber a verdade, que o mito da Cultura afro-americana é diferente de
Hip Hop, embora os dois têm uma relação. Cultura asiático-americana é diferente de Hip Hop,
embora os dois têm uma relação. Cultura hispânico-americana.... etc. Você sabe o que eu estou
tentando dizer. Hip Hop é sua própria cultura.

Hip Hop - A Cultura Marginal


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Jéssica Balbino · Poços de Caldas, MG
3/5/2007 · 136 · 6

Hip Hop - A Cultura Marginal

por Gabriel Barbosa Machado

“Paz, amor, união e diversão”, essa é a proposta do livro Hip Hop – A Cultura
Marginal, que é, o tempo todo, fiel a história do hip hop no Brasil e no mundo. 

Com uma linguagem jornalística das grandes reportagens, clara, doce,


dinâmica, eficiente, coloquial e informativa, marcada por histórias singulares
com uma riqueza de dados surpreendente. 

Definitivamente é um livro que traz o retrato de uma cultura urbana, emergente


das classes populares das metrópoles. 

Uma verdadeira aula de hip hop, que já começa no título, nos fazendo
questionar, que cultura é essa? Que marginal é esse? 
É um livro gostoso de ler, com conteúdos específicos, poesias, histórias e
curiosidades únicas. Um material que é com certeza um registro histórico-
cultural, daquele que é o maior movimento social dos últimos 30 anos. Esta
obra, contribui, inegavelmente para dar mais visibilidade a uma cultura que
carrega em sua face, o olhar do preconceito, da ignorância, da desigualdade e da
exclusão a partir daqueles que desconhecem, rotulam ou ignoram.

Afirmo que é louvável a produção das jornalistas que se lançaram a campo para
registrar a voz de um movimento, ritmo e cultura, certificando que mesmo
numa forma de deficiência a universidade ainda forma seres pensantes, que
estão à frente na análise das manifestações culturais e fenômenos sociais, muito
antes do que qualquer meio de comunicação. 

Elas dizem assim, no capítulo inicial: “Vem ardendo, sangrando e machucando.


É o berro que emana dos morros, guetos e favelas. Vem dos locais mais pobres,
o grito desesperado de quem vem da periferia. Chega ao asfalto carregado de
protesto, indignação, carência, vontade, luta e marginalidade”. 

Para adentrar no mundo do hip hop e conhecer faces totalmente desconhecidas


ou ignoradas da hiphoptude, o livro Hip Hop – A Cultura Marginal é um bom
começo. 
 A HISTÓRIA DO "B-BOY"
Muitos dizem que o termo hip-hop foi criado em meados de 1968 por frika Bambaataa. Ele teria
se inspirado em dois movimentos cíclicos, um deles estava na forma de transmitir a cultura dos
guetos americanos, a outra estava justamente na forma de dança popular na época, que era
saltar (hop) movimentando os quadris (hip).
Em meados dos anos 70 no Bronx, cidade de New York, foi criado o B-Boying. O responsável
por isso foi o Dj Kool Herc, que foi o maior de todos os Djs do Bronx.

 
A expressão B-Boying provavelmente originou-se da palavra africana “Boioing”, que significa
“salto, pulo”, e foi usada na área do Rio Bronx (NYC) para descrever o estilo do salto que os B-
Boys faziam.
B-Boying (que também significa Breaking) não deveria ser confundido com Popping e Locking,
porque esses estilos da dança têm seus próprios termos, histórias e seus pioneiros.
Nos primeiros estágios esta dança era praticada “para cima, no alto”, o que é conhecido por
“top rocking”. A estrutura e a forma do Top Rocking tiveram influência dos que praticavam a
dança no Brooklyn, influência da salsa (como o rock latino), da dança afro-cubana, africana e
americana. Há também um passo de top rock, criado por Charleston, chamado “Charlie Rock”.
Outra principal influência e inspiração foi James Brow com seus hits "Popcorn" (1969) e "Get on
the Good Foot" (1972). Inspirados por sua dança energética e quase acrobática as pessoas
começaram a dançar “Good Foot”.
Assim que a tradição da batalha da dança ficou bem estabelecida nessa época, e como o
Breaking começou também a se incorporar na cultura hip hop, tornou-se mais e mais uma
dança que envolve o b-boy usando sua imaginação. Em conseqüência disso os “top rockers”
estenderam seus repertórios através do footwork e freezes.
Os freezes eram usualmente usados no final de cada série de combinações ou para zoar e
humilhar o oponente. Certos freezes eram também denominados como o segundo mais
popular: “chair freeze” e “baby freeze“. O “chair freeze” foi fundamental para vários movimentos
por causa do potencial que os b-boys precisavam ter para exercer este movimento.O objetivo
principal de uma batalha de break é vencer o oponente sendo mais criativo com séries de
freezes e fazer movimentos mais rápidos e melhores. Isso também porque as crews
desenvolvem seus movimentos e séries dando personalidade à dança para estarem
preparados para a próxima batalha.
 
 
Origem do nome B-Boy
B-Boy = Abreviação para “Break Boy”, “Beat Boy” ou “Bronx Boy”.
A palavra B-Boy foi primeiramente usada pelo DJ jamaicano radicado nos Estados Unidos,
Kool Herc. Ele deu esse nome a todos os dançarinos do início dos anos 70, e “B-Boy” passou a
ser uma designação a um grupo de elite de dançarinos que participavam nas festas
organizadas por ele.
B-Boying é o estilo de dança dos B-Boys, também conhecido como Breakin’.
A mídia propôs um conceito errado sobre Breaking: o conceito de que a dança era usada pelas
gangues, que dançavam ao invés de brigarem. Porém, isso não é verdade, pois nos rachas
(battles) de Breakin havia tumulto e aconteciam várias brigas por causa dessas batalhas de B-
Boys.
 
 
O estilo B.Boys
Costuma-se dizer que um B-Boy completo, de acordo com os dançarinos de meados dos anos
70, é aquele que realiza sua apresentação em três partes principais:
 

 
Top Rock: dança vertical, ou seja, em pé. Geralmente funciona como uma entrada na roda e
preparação para o resto de sua performance;
 

 
Footwork: é um trabalho feito com os pés. Geralmente agachado, com movimentos de chutes
ao ar;
 

 
Freezes: é um “congelamento” onde o B-Boy tem o ápice de sua apresentação. É uma pose na
qual o B-Boy para instantaneamente. Os bons freezes geralmente duram no mínimo de dois a
três segundos. Quanto maior o grau de dificuldade da execução, maior a sua qualidade.
 
Powermoves: e saltos também podem ser incorporados, desde que sejam feitos como dança
ou harmoniozamente incorporados a ela.
 
 
Breakin’ X Rockin’
O Rockin’ e o Breakin’ têm sua história própria. O Breakin’ tem sua maior influência na era
James Brown. E quem dança Breakin’ é um B-Boy. Já o Rockin’ vem das Gangs, originais de
New York. Porém, a era Disco também teve influência decisiva sobre o Rockin’, bem como
James Brown. E quem dança Rockin’ é um Rocker. O Rockin’ é também conhecido como Up-
Rockin’ ou Brooklyn Rock. Este é o estilo no qual se faz a simulação de uma briga enquanto se
dança. Seu objetivo é marcar, pegar o adversário desprevenido (burn).
 
Os Movimentos dos B-Boys:
Head Spin (Giro de Cabeça)
Chair Freezes
CC Long Footwork (6 step )
Four Step (quatro passos)
Swipe (corte)
Baby Bridges (ponte)
Chair FreezesTrack (Floor) conhecida como “Hélice” no Brasil
Back Spin (Giro de Costas)
Giro de Mão (chamado 1990’s ou nineties nos EUA)
Hand Glide (escorregão de mão)
Windmills ou Contínuos (conhecido como Moinho de Vento no Brasil)
Tap Head Spin (Giro de Cabeça Contínuo)
Air Tracks (conhecido no Brasil como Loko)
Halos conhecido como “Pião Japonês” no Brasil
Ninja Freeze
Head Glides
Axle também conhecido como Star Track ou Air Flare
Plank Freeze
Spyderman Footwork, é o chamado footwork “Homem Aranha”
Air BabElbo Spin: giro de cotovelo
Bouncin CE CE’sSwirl (Redemoinho)
Transição do Moinho de vento (Continuous ou Windmill) para o Giro de mão (1900’s)
Wrist 90’s: é a parada de mão com uma mão só.
Wrist 90’s girando: giro de mão com o pulso (parte de trás da mão).
Elbo Slide: é um escorregão (slide) com o cotovelo.Double Leg Sw

Leia mais: http://b-boysipatinga.webnode.com.br/tudo-sobre-b-boy/
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Em contraste com a crença popular, a verdadeira definição de um bboy não é simplesmente


apenas breakdancer. A principal diferença entre um breakdancer e um bboy é que um
breakdancer é aquele que usa a forma de arte do hip-hop conhecido como breakdancing para
obter e / ou para mostrar aos seus amigos que não sei nada de breakdancing ou talvez
nada sobre hip-hop em geral, em contraste, um b-boy é aquele que se expressa através
breakbeats (batidas que b-boys pode quebrar a) usando várias combinações ou conjuntos de
movimentos breakdance, tais como:
 Toprock
 Uprock
 Downrock (por exemplo, passo 6)
 Freeze (por exemplo, Baby Freeze)
 Power moves(por exemplo, flares)
Um verdadeiro b-boy irá adicionar seu
próprio estilo para estes diversos conjuntos. Estes conjuntos são inovados pelos b-boys através
de muita disciplina, dedicação rigorosa e prática durante a session ou prática
breakdance. Qualquer conjunto que é “tomado” ou “copiado” de um b-boy, observando outra b-
boy/b-girl é chamado de biter (vigarista).
Um verdadeiro b-boy vai dançar a qualquer hora, em qualquer lugar e qualquer dia, quando
desafiado ou “chamado para fora”, por outro dançarino ou b-boy/b-girl em uma “batalha”. Em
muitos casos, um b-boy vai encontrar uma dançarina ou de outra “b-boy/b-girl” que é “para
cima whack” ou simplesmente desrespeitoso, caso em que um b-boy vai querer “servir o seu
jumento”. Mas em muitos casos, uma batalha entre um b-boy e outro bailarino ou b-boy, terão
ambos os lados muito show ‘paz, amor, respeito e até mesmo adereços.
Simplificando, um b-boy é aquele que engloba a essência do Hip Hop.

Up Rock

Up Rocking, como um estilo da dança


próprio, nunca ganhou a mesma popularidade difundida que o breaking, à exceção de alguns
movimentos muito específicos adotados pelos breakers que a usam como uma variação para
seu top rock. Quando usados em uma batalha de break, os oponentes normalmente
respondem executando os movimentos similares do uprock, criando uma pequena batalha de
Up Rock.
Up Rocking, Brooklyn Rock, Rockin – criado entre 1967 e 1969 pelos dançarinos Rubber Band
e Apache (idealizadores da Dynasty Rockers Crew), no bairro do Brooklyn (NY). Este estilo
consistia na simulação de uma luta (ataque e defesa) enquanto se dança e seu objetivo é
marcar, pegar o adversário desprevenido (burn) marcando assim pontos como se de fato
tivesse sido acertado algum golpe. Extinto no inicio dos anos 70, alguns de seus passos
reaparecem junto às coreografias dos B-Boys do bairro do Bronx (NY). Cabe lembrar que o
dançarino de Up Rocking era denominado de Rocker.

Indian Step
O Top Rock por outro lado é uma das principais bases mais usadas pelos bboys, tanto por
bboys iniciantes até os mais experientes usam o Indian Step em suas bases de Top Rock. O
Top Rock como muitos já sabem, como eu sempre faço questão de citar que o Top Rock é a
essência da dança, no vídeo aula acima você pode conferir aulas de Indian Step e Up Rock,
caso você queira um tutorial mais completo sobre o Indian Step e algumas de suas variações
confira ao vídeo aula a seguir; vídeo aula Indian Step.

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