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A cultura ao ser definida se refere à literatura, cinema, arte, entre outras, porém seu

sentido é bem mais abrangente, pois cultura pode ser considerada como tudo que o
homem, através da sua racionalidade, mais precisamente da inteligência, consegue
executar. Dessa forma, todos os povos e sociedades possuem sua cultura por mais
tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados das
gerações passadas para as futuras.

Os elementos culturais são: artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião, crenças,
esportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, preferências, invenções e todas
as maneiras de ser (sentir, pensar e agir).

A cultura é uma das principais características humanas, pois somente o homem tem a
capacidade de desenvolver culturas, distinguindo-se, dessa forma, de outros seres como
os vegetais e animais.

Apesar das evoluções pelas quais passa o mundo, a cultura tem a capacidade
de permanecer quase intacta, e são passadas aos descendentes como uma memória
coletiva, lembrando que a cultura é um elemento social, impossível de se desenvolver
individualmente.

Introdução 

A arte africana é um conjunto de manifestações artísticas produzidas


pelos povos da África subsaariana ao longo da história.

História e características da arte africana 

O continente africano acolhe uma grande variedade de culturas,


caracterizadas cada uma delas por um idioma próprio, tradições
e formas artísticas características. O deserto do Saara atuou e
continua atuando como uma barreira natural entre o norte
da África e o resto do continente. Os registros históricos e
artísticos demonstram indícios que confirmam uma série de
influências entre as duas zonas. Estas trocas culturais foram
facilitadas pelas rotas de comércio que atravessam a África
desde a antiguidade. 

Podemos identificar atualmente, na região sul do Saara,


características da arte islâmica, assim como formas
arquitetônicas de influência norte-africana. Pesquisas
arqueológicas demonstram uma forte influência cultural e
artística do Egito Antigo nas civilizações africanas do sul do
Saara. 

A arte africana é um reflexo fiel das ricas histórias, mitos,


crenças e filosofia dos habitantes deste enorme continente. A
riqueza desta arte tem fornecido matéria-prima e inspiração para
vários movimentos artísticos contemporâneos da América e da
Europa. Artistas do século XX admiraram a importância da
abstração e do naturalismo na arte africana. 

A história da arte africana remonta o período pré-histórico. As


formas artísticas mais antigas são as pinturas e gravações em
pedra de Tassili e Ennedi, na região do Saara (6000 AC ao
século I da nossa era).   

Outros exemplos da arte primitiva africana são as


esculturas modeladas em argila dos artistas da cultura Nok
(norte da Nigéria), feitas entre 500 AC e 200 DC.
Destacam-se também os trabalhos decorativos de bronze de
Igbo-Ukwu (séculos IX e X) e as magníficas esculturas em
bronze e terracota de Ifé (do século XII al XV). Estas
Igbo-Ukwu: arte últimas mostram a habilidade técnica e estão representadas
 africana em
bronze de forma tão naturalista que, até pouco tempo atrás,
acreditava-se ter inspirações na arte daGrécia Antiga.   

Os povos africanos faziam seus objetos de arte utilizando


diversos elementos da natureza. Faziam esculturas de marfim,
máscaras entalhadas em madeira e ornamentos em ouro e
bronze. Os temas retratados nas obras de arte remetem ao
cotidiano, a religião e aos aspectos naturais da região. Desta
forma, esculpiam e pintavam mitos, animais da floresta, cenas
das tradições, personagens do cotidiano etc. 

Chegada ao Brasil 

A arte africana chegou ao Brasil através dos escravos, que foram


trazidos para cá pelos portugueses durante os períodos colonial e
imperial. Em muitos casos, os elementos artísticos africanos
fundiram-se com os indígenas e portugueses, para gerar novos
componentes artísticos de uma magnifíca arte afro-brasileira. 

Dia da Consciência Negra


História do Dia da Consciência Negra, cultura afro-brasileira,
importância da data, quem foi Zumbi dos Palmares, 20 de novembro

Zumbi dos Palmares: um herói brasileiro

  

  

História do Dia Nacional da Consciência Negra

Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia
9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro,
pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do
Quilombo dos Palmares.

A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este


personagem histórico representou a luta do negro contra a
escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em
combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos
representavam uma resistência ao sistema escravista e também
um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no
Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade
do seu povo.

Importância da Data

A criação desta data foi importante, pois serve como um


momento de conscientização e reflexão sobre a importância da
cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os
negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos
aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso
país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos
espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-
brasileira. 
A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888.
Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão
e as injustiças advindas da escravidão. 

Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos


personagens históricos de cor branca. Como se a história do
Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus
descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes
militares entre outros foram sempre considerados hérois
nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em
nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens
históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo
e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados
neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a
inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história
da África e a cultura afro-brasileira.

Você sabia?

- 27 de outubro é o Dia Nacional de Mobilização em Prol da


Saúde da População Negra.

História dos Quilombos, os quilombolas, o Quilombo


dos Palmares, Zumbi dos Palmares, cultura africana,
formação da cultura afro-brasileira, luta dos negros
na História do Brasil

 Zumbi dos Palmares: líder do Quilombo dos Palmares

  

História dos quilombos

No período de escravidão no Brasil (séculos XVII e XVIII), os


negros que conseguiam fugir se refugiavam com outros em igual
situação em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas.
Estes locais eram conhecidos como quilombos. Nestas comunidades,
eles viviam de acordo com sua cultura africana , plantando e
produzindo em comunidade. Na época colonial, o Brasil chegou a ter
centenas destas comunidades espalhadas, principalmente, pelos
atuais estados da Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas
Gerais e Alagoas.

Na ocasião em que Pernambuco foi invadida


pelos holandeses (1630), muitos dos senhores de engenho acabaram
por abandonar suas terras. Este fato beneficiou a fuga de um grande
número de escravos. Estes, após fugirem, buscaram abrigo no
Quilombo dos Palmares, localizado em Alagoas.

Esse fato propiciou o crescimento do Quilombo dos Palmares. No


ano de 1670, este já abrigava em torno de 50 mil escravos. Estes,
também conhecidos como quilombolas, costumavam pegar alimentos às
escondidas das plantações e dos engenhos existentes em regiões
próximas; situação que incomodava os habitantes.

Esta situação fez com que os quilombolas fossem combatidos tanto pelos


holandeses (primeiros a combatê-los) quanto pelo governo de Pernambuco,
sendo que este último contou com os serviços dobandeirante Domingos
Jorge Velho.

A luta contra os negros de Palmares durou por volta de cinco anos;


contudo, apesar de todo o empenho e determinação dos negros chefiados
por Zumbi, eles, por fim, foram derrotados.

Os quilombos representaram uma das formas de resistência e combate à


escravidão. Rejeitando a cruel forma de vida, os negros buscavam a
liberdade e uma vida com dignidade, resgatando a cultura e a forma de
viver que deixaram na África e contribuindo para a formação da cultura
afro-brasileira.

Comunidades quilombolas na atualidade

Muitos quilombos, por estarem em locais afastados, permaneceram


ativos mesmo após a abolição da escravatura. Eles deram origens às
atuais comunidades quilombolas. Existem atualmente cerca de 1.100
comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Palmares. Grande
parte destas comunidades está situada em estados das regiões Norte e
Nordeste.

Vida do líder negro Zumbi dos Palmares, os quilombos, resistência negra


no Brasil Colonial, escravidão, cultura africana

 Zumbi dos Palmares: um símbolo de resistência e luta contra


a escravidão
  

  

Quem foi Zumbi e realizações

Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de


1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra
à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo
dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos
das fazendas. O Quilombo dos Palmares estava localizado na
região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do
município de União dos Palmares (Alagoas). Na época em que
Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma
população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos
quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura,
produzindo tudo o que precisavam para viver.

Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por


volta de sete anos de idade. Entregue a um padre católico,
recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a
língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o
padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade,
voltou para viver no quilombo.

No ano de 1675, o quilombo é atacado por soldados


portugueses. Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um
grande guerreiro. Após um batalha sangrenta, os soldados
portugueses são obrigados a retirar-se para a cidade de Recife.
Três anos após, o governador da província de Pernambuco
aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo,
Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade
dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam
aprisionados.

Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder


do quilombo dos Palmares, comandando a resistência contra as
topas do governo. Durante seu “governo” a comunidade cresce e
se fortalece, obtendo várias vitórias contra os soldados
portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no
planejamento e organização do quilombo, além de coragem e
conhecimentos militares.

O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694,


um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa
batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída.
Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo
companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos
de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695. 

Importância de Zumbi para a História do Brasil 

Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história.


Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela
liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana
no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é
lembrado e comemorado em todo o território nacional como o
Dia da Consciência Negra.

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