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Integração da Segurança no

Trabalho ao Processo de
Planejamento e Controle da
Produção na Construção Civil

Tarcisio Abreu Saurin (PPGEP / UFRGS)


Carlos Torres Formoso (NORIE / UFRGS)

Justificativa
‰ Falhas na concepção e implantação do
planejamento da segurança como exigido pela
legislação (PCMAT):
– Não há integração com outros planos, com exceção
do layout do canteiro;
– Normalmente elaborado por especialistas externos à
empresa;
– Não leva em conta a incerteza das construções. O
plano inicial não é atualizado;
– Não há controle de sua implantação;
– Foco excessivo nas proteções físicas, negligenciando
ações gerenciais;
– Não induz eliminação de riscos na origem.

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Justificativa
‰ PCS e PCP devem ser integrados (Hinze, 1998,
Kartam, 1997, MacCollum, 1995), tratando-se
ambos como processos gerenciais

‰ PCP e PCS são processos da mesma natureza,


podem ser gerenciados de acordo com princípios
comuns

‰ Conceitos e métodos que têm sido usados com


sucesso no PCP podem subsidiar o
desenvolvimento de métodos de PCS

Delineamento da pesquisa
Revisão bibliográfica

Desenvolvimento empírico do modelo

Estudo Estudo Estudo


exploratório empirico 1 empirico 2
Avaliação de resultados e
proposição do modelo final
1ª versão do 2ª versão do
modelo modelo
Avaliação e Proposição da
discussão dos versão final do
resultados modelo de PCS

Contextualização do modelo

Levantamento de boas Levantamento de boas


práticas no Brasil práticas no exterior

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Estrutura do modelo de PCS
C ic lo p artic ip a t ó r io

P la ne ja m e n to d a seg ur a n ç a C o n tro le d a seg ur a n ç a

P lan eja m en to in tegr a d o d e


lon g o pr az o
In dica d or es pró-ativos: In dica d ores reativos:
P P S , IN R -1 8 , IT , a cid en tes, par ad a s d e
q u a se-a cid en tes p r od u çã o p or fa lta d e
seg u r an ça
P lan eja m en to in tegr a d o d e
m éd io pr az o

R eu n iões d e a va lia çã o
P lan eja m en to in tegr a d o d e m en sais
cu rto pra z o

D ifus ã o d o p la n eja m e n to
e co ntro le

ELEMENTOS DO MODELO DE
PLANEJAMENTO E CONTROLE
DA SEGURANÇA (PCS)

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PLANEJAMENTO DE LONGO
PRAZO

Exemplo de APR
APR 01- Alvenaria (2. Versão) Data: 18/06/01

Materiais, ferramentas, equipamentos, local:

Etapas Riscos Controles

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INTEGRAÇÃO DO PCP AO PCS - APR
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO DA TAREFA (APR nº 01)

Área: Aciaria Serviço executado: retirar lanternim e telhar área aberta. Eixos 1-8 e 32-
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Equipamentos: guindaste interno (genius), guindaste externo (Darcy Pacheco), maçarico, martelete,
marreta, furadeira
Atividades Riscos potenciais Medidas preventivas
(com suas respectivas (o que poderá sair errado) (evitar o acidente ou minimizar danos caso
etapas/passos) este ocorra)
Etapa 1. posicionar Queda de pessoas desde o Cinto pára-quedista com dois talabartes,
guindastes e telhado fixados no cabo
isolar área abaixo existente sobre o telhado. Caminhar sobre 2
tábuas 1″ apoiadas
nas terças (nunca apoiadas sobre as telhas).
Não trabalhar sobre
Etapa 2. amarrar o telhado molhado
lanternim

Longo Prazo

NO DECORRER DA OBRA,
OS PLANOS DE LONGO PRAZO SÃO
DETALHADOS E ATUALIZADOS POR
MEIO DA INTEGRAÇÃO DA
SEGURANÇA AOS NÍVEIS DE MÉDIO E
CURTO PRAZO DO PCP

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PLANEJAMENTO DE MÉDIO
PRAZO

Médio Prazo
‰ Incluir segurança no âmbito da análise de
restrições

‰ Restrições de segurança podem ser


enquadradas em cinco categorias:
‰ Proteções coletivas
‰ EPI
‰ Treinamento
‰ Projeto de instalações de segurança
‰ Espaço

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Médio Prazo

‰ Identificar interferências entre atividades

‰ Discutir método executivo AO NÍVEL


DAS OPERAÇÕES dos trabalhadores

‰ em que local serão fixados os cabos guia


para os cintos de segurança?
‰ como os trabalhadores irão acessar o posto
de trabalho ?

PLANEJAMENTO DE CURTO
PRAZO

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Curto Prazo
‰ Comprometimento com metas de produção
e segurança

‰ Aproveitar presença dos intervenientes


chave

‰ Revisão e discussão final dos métodos

‰ Última revisão das restrições de segurança

PPS POR DIA

78,10%
77,70%

78,0%

76,0% 74%

74,0%

72,0%
PPS

68,5%
70,0%

68,0%

66,0%

64,0%

62,0%
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

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Envolvimento dos trabalhadores

‰ Ciclos de identificação e controle de riscos


com base nas opiniões dos trabalhadores

Entrevistas em Discussão dos Reunião conjunta


grupos resultados em de feedback
nível gerencial

Avaliação de satisfação

CONTROLE
PRÓ-ATIVO

‰ Registro e investigação de quase-acidentes

‰ Reavaliação de controles a partir desses


dados

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CONTROLE
• Matriz severidade x probabilidade
Probabilidade Severidade
Muito Alta Moderada Baixa Menor
alta
Extremamente
remota
1,2
Remota
4,5
Improvável

Provável
3
Frequente

PPS
(Percentual de Pacotes Seguros)
PPS = ∑ pacotes 100 % seguros
∑ total de pacotes

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Planilha de coleta do PPS
100 % seguro ?
Equipe Pacote de trabalho nº APR Sim Não Problema
MP Colocação dos pilares 3, 4 e 5 APR 2 x
Pintura Parede externa, escritório APR 5 x Falta de uso de óculos
Planos nao associados `a pacotes
Construt. Central de fôrmas APR 7 x
Construt. Central de armaduras x
Construt. Á reas de circulação comuns APR 8 x

PPS x PPC (estudo empírico 2)


Média PPS = 76,1 %
Desvio padrão PPS =20,9 %

100%
90%
80%
70%
60%
PPS
50%
PPC
40%
30%
20%
10%
0%
08/ago

09/ago

13/ago

15/ago

16/ago

17/ago

18/ago

20/ago

22/ago

30/ago
1º/ago

01/out

03/out

10/out
03/set

05/set

10/set

12/set

17/set

19/set

24/set

26/set

29/set
26/jul

Data

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Problemas
Falta fornec. EPI 0,90%

Equip. em mau estado 0,90%

Interferência entre atividades 0,90%

Treinamento insuficiente 1,70%

Risco não identificado 2,60%

Operação imprudente de máquinas 2,60%


Problemas

Trabal. não habilitado 3,50%

Atos inseguros 4,30%

Falta de treinamento na APR 6,10%

Falta planej. método executivo 8,70%

Falta impl./ manut. prot. coletivas 19,10%

Falta de uso de EPI 20,90%

Falta de planej. de proteções coletivas 27,80%

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0%


% do total de problemas

Razões para não atingir 100% de pacotes


de trabalho seguros

Falhas de 61,5 %
planejamento
Interferêncis dos 19,8 %
clientes
Erros humanos 18,7 %

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CONTROLE
‰ Outros indicadores pró-ativos:

– Índice de adequação à NR-18 (INR-18)


• Check-list atualizado da norma

– Índice de treinamento (IT)


• H.H treinadas / H.H trabalhadas

CONTROLE
REATIVO

‰ Casos de primeiros socorros, casos com


afastamento, acidentes com danos
materiais, paradas ou atrasos da produção

Produção de relatórios mensais de


desempenho das obras, com base nos
indicadores

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Divulgação do PCS
‰ Treinamento dos funcionários

‰ Reuniões de planejamento

‰ Reuniões da CIPA

‰ Sinalização de segurança

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