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E disse Deus:

Antes de algo surgir, alguém já existia,

Um ser supremo que tudo criaria.

Não de osso ou carne é a sua existência

A pureza e santidade são sua essência.

Tecendo no tempo e espaço uma bela história;

É esta, a qual, eu contarei agora:

Vagava em um vazio quase infinito,

Um lugar criado pelo ser bendito.

Não tendo nada formado em sua existência,

De um lugar desolado era a sua aparência.

Em uma Terra sem forma onde nada havia,

Com um céu pacato que nem luz tinha.

Neste lugar desolado onde um ser pairava,

O seu Espírito atento, tudo observava.

Então falou com uma voz firme e estonteante

E um clarão de luz, surgiu em instantes.


E vendo tudo organizado em sua hora,

O dia e a noite, estão separados agora.

Vendo que do escuro a luz surgia,

Terminou Deus feliz, o primeiro dia.

E um novo dia tem seu início,

Com Deus trazendo mais um benefício.

Olhando que estava duro o firmamento no céu,

Resolveu Deus tece-lo, como se fosse um véu.

E com a maestria de um tapeceiro,

Organizou entre o topo, a base e o meio.

Vendo que com o céu já havia distinção,

Terminou Deus feliz, o segundo dia da criação.

Ordenou o Criador que se ajuntassem as águas embaixo dos ares,

A esta grande porção azul, a chamou mares.

Saindo das águas uma porção seca surgia,

Chamou-a de terra, a porção que emergia.

Do solo fez nascer uma grande selva,

Espécies de árvores, flores e também a relva.


Quando a claridade ia embora, e a noite surgia,

Terminou Deus feliz o terceiro dia.

Vendo que no firmamento não havia consistência,

Resolveu moldar ainda mais a sua aparência.

E criou dois astros que pôs no espaço,

Para que cada um deles regesse um lado.

O mais brilhante irradiaria ainda mais o dia,

Trazendo aconchego e alegria para aqueles que o via.

O mais pacato cuidaria da noite serena,

Refletindo a luz, tornando-a plena.

Estes são apenas dois astros que Deus criou,

Pois com aqueles dois, um exército se formou.

Formando como a uma tela divinal,

O quarto dia chegou ao final.

Vendo que na Terra o silencio reinava,

Começou há criar a grande bicharada.

Dessa forma então, o mar concebeu,

De um enxame de seres que logo o encheu.


E na terra seca sob o azul celeste

Um bando de aves logo aparece.

E a Terra se encheu de seres viventes,

E Deus os abençoou lhes dando descendentes.

E o mundo se encheu de vários bramidos,

O quinto dia já estava concluído.

Viu que a terra, ainda estava vazia,

Então fez Deus o que lhe aprazia.

Resolveu aumentar mais a sua primazia,

Acrescentando outros animais dos que já havia.

Então surgiram as feras selvagens,

Com expressões vorazes e indomáveis.

Mas nem todos eram bravas criaturas,

Alguns até que possuíam doçura.

Portadores de personalidades serenas e amáveis,

Estes eram os domesticáveis.

Vieram também os seres rastejantes,

Que a terra ocuparam em poucos instantes.


Mas a bela pérola ainda não se consumou,

A grande obra, para o fim ficou.

Então foi criada há pérola da criação

Homem e mulher em sagrada união.

E para que na Terra não houvesse desequilíbrio

Sobre os animais teve o homem domínio.

Deus com sua imensa providencia,

Concedeu a todos os seres sua descendência.

E para impedir que na terra houvesse amargura,

Deu de alimento as plantas, a toda criatura.

Tendo terminado a criação de toda animália,

Terminou Deus feliz o sexto dia.

Ouve tarde e manhã e mais um dia se passa,

E viu Deus que era muito bom, aquilo que criara.

Aos olhos do grande Deus tudo se realizou,

Feitos incríveis que ninguém nunca imaginou.

E descansou de tudo o que fizera,

Para que o homem descanse um dia na Terra.


Tudo foi feito da forma que queria,

E tomou Deus por descanso, o sétimo dia.

Gustavo Arapehy Fernandes

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