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ABR 2002 NBR 12712

Projeto de sistemas de transmissão e


distribuição de gás combustível
ABNT - Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

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NBR 12712 - Design of transmission and distribution piping systems for
fuelgas - Procedure
Descriptors: Fuel gas distribution system. Combustible gas. Fuel gas
transmission system
Esta Emenda complementa a NBR 12712:1993
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de Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Palavras-chave: Distribuição de gás. Gás combustível. 2 páginas
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Esta Emenda nº 1 de ABR 2002, em conjunto com a NBR 12712:1993, equivale à NBR 12712:2002.

Esta emenda nº 1 de ABR 2002 tem por objetivo alterar a NBR 12712:1993 no seguinte:

- Incluir a seção 9.8 com a seguinte redação:

“No cruzamento com tubulações e outras interferências, deve haver um estudo específico para a fixação da cota do
gasoduto, atendendo à orientação de 9.4 e 9.7.”

- Incluir na seção 10, alínea d), a seguinte redação no último paragrafo:

“No cruzamento de linhas elétricas de transmissão, o duto deve, preferencialmente, passar perpendicular à linha,
no centro do vão entre duas torres, sem interferir com o ponto de aterramento.”

- O texto de 11.1.1 passa a ter a seguinte redação:

“Este capítulo estabelece critérios para projetos de cruzamento e de travessias. Sua aplicação deve ser feita
levando-se em consideração os requisitos dos capítulos 8 e 9.”

- O texto de 11.1.2 passa a ter a seguinte redação:

“Os cruzamentos de que trata este capítulo poderão ser executados a céu aberto ou por métodos não destru-
tivos, e estes últimos poderão empregar ou não tubo-camisa.”

- O texto de 11.1.3 passa a ter a seguinte redação:

“Os projetos de cruzamento e travessias requerem estudos e análises específicas, e ainda a prévia autorização (se
necessária) dos órgãos competentes.”

- Excluir a seção 11.1.4.

- As seções 11.1.5 e 11.1.6 passam a ser, respectivamente, 11.1.4 e 11.1.5.

- O texto de 11.2.3-a) passa a ter a seguinte redação:

“a) o eixo do cruzamento ou travessia deverá ser preferecialmente perpendicular ao eixo da interferência, de modo
a obter o menor comprimento possível; “

- O texto de 11.2.3-d) passa a ter a seguinte redação:

“d) áreas sujeitas à dragagem, inclusive cota de arrasamento;"

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2 NBR 12712:2002

- O texto de 11.2.5-a) passa a ter a seguinte redação:

“a) quando for prevista a utilização de tubo-camisa, selecionar preferencialmente, um trecho em que a ferrovia ou ro-
dovia esteja em ponto de transição entre corte e aterro, evitando-se movimento de terra e curvas verticais desne-
cessárias;”

- Excluir as alíneas d) e e) da seção 11.2.5.

- A alínea f) passa a ser alínea e)

- O texto de 11.2.6-c) passa a ter a seguinte redação:

“c) verificação da necessidade de execução de batimetria e sondagens;”

- O texto de 11.2.6-f) passa a ter a seguinte redação:

“f) a travessia é recomendável nos casos de leitos profundos, rochosos, instáveis, e quando os aspectos de segu-
rança ou dificuldades construtivas desaconselharem outro tipo de construção.”

- O texto de 11.4.1.2 passa a ter a seguinte redação:

“O dimensionamento de tubo-camisa deve ser feito de acordo com o disposto no capítulo 12.”

- Excluir a seção 11.4.1.5.

- A seção 11.4.1.6 passa a ter a seguinte redação:

“A distância mínima entre a superfície da rodovia e o topo do duto, ou tubo-camisa, instalados a céu aberto ou por
processo não-destrutivo do tipo furo direcional horizontal, deve ser de no mínimo 1,20 m.”

- O texto de 11.4.1.7 passa a ter a seguinte redação:


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“A distância mínima entre o nível da base dos trilhos da ferrovia e o topo do duto, ou tubo-camisa, instalados a céu
aberto ou por processo não-destrutivo do tipo furo direcional horizontal, deve ser de no mínimo 1,40 m.”

- O texto de 11.4.1.8 passa a ter a seguinte redação:

“Em ambos os tipos de cruzamentos de 11.4.1.6 e 11.4.1.7, quando o duto ou tubo-camisa não for instalado a céu
aberto ou por processo não-destrutivo do tipo furo direcional horizontal, a distância entre as superfícies e o topo do
duto ou tubo-camisa deve ser 1,80 m.”

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MAR 1993 NBR 12712
Projeto de sistemas de transmissão e
distribuição de gás combustível
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SUMÁRIO 31 Estabilização de pista e vala


1 Objetivo 32 Odorização
2 Documentos complementares ANEXO A - Diagrama ilustrativo do campo de aplicação
3 Definições desta Norma
4 Materiais e equipamentos ANEXO B - Fatores de conversão
5 Estudos prévios ANEXO C - Ensaio de achatamento para tubos
6 Classificação de locação ANEXO D - Tensão mínima de escoamento especificada
7 Determinação da espessura (Sy) de materiais para tubos
8 Profundidade de enterramento ANEXO E - Exemplos de aplicação dos dispositivos de
9 Afastamentos controle e proteção requeridos em estações
10 Requisitos devidos à proximidade de linhas elétricas de controle de pressão
11 Cruzamentos e travessias ANEXO F - Exemplo de aplicação das regras para o
12 Proteção de tubulações enterradas quanto a cargas projeto de derivações tubulares soldadas
externas ANEXO G - Constantes físicas
13 Sinalização ANEXO H - Método de dimensionamento para a pressão
14 Controle e limitação das pressões interna das curvas em gomos
15 Estações de compressão ANEXO I - Combinações para ligação por solda, de
16 Reservatórios tubulares e cilíndricos juntas de topo de mesma espessura
17 Válvulas intermediárias ANEXO J - Preparação de extremidades para solda de
18 Caixas subterrâneas topo de juntas de espessuras e/ou tensões
19 Ramais de serviço de escoamento diferentes
20 Componentes de tubulação não-padronizados ANEXO K - Detalhes de ligações entre tubos e flanges
21 Análise da flexibilidade
22 Cálculo das tensões 1 Objetivo
23 Limitação das tensões
24 Suportes 1.1 Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para
25 Sistemas de GLP gaseificado projeto, especificação de materiais e equipamentos, fa-
26 Requisitos de qualidade superficial de tubulação bricação de componentes e ensaios dos sistemas de
27 Mudanças de direção transmissão e distribuição de gás combustível por dutos.
28 Soldagem
29 Ensaios após a construção 1.2 Esta Norma aplica-se somente aos sistemas nos
30 Controle da corrosão quais os componentes são de aço.

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2 NBR 12712/1993

1.3 Esta Norma aplica-se a todo sistema de transmissão 2 Documentos complementares


e distribuição, no que concerne a:
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
a) gasodutos de transmissão;
NBR 5418 - Instalação elétrica em ambientes com lí-
b) gasodutos de distribuição; quidos, gases ou vapores inflamáveis - Procedi-
mento
c) ramais;
NBR 5580 - Tubos de aço-carbono para rosca
Whitworth gás para usos comuns na condução de
d) estações de compressão; fluidos - Especificação

e) estações de lançamento/recebimento de raspado- NBR 5874 - Soldagem elétrica - Terminologia


res;
NBR 5893 - Papelão hidráulico para uso universal e
f) estações de redução e controle; alta pressão - Material para juntas - Especificação

g) estações de medição; NBR 6118 - Projeto e execução de obras de concre-


to armado - Procedimento
h) reservatórios tubulares de gás.
NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edifica-
Nota: Um diagrama ilustrativo da abrangência desta Norma é ções - Procedimento
dado no Anexo A.
NBR 6154 - Tubos de aço de seção circular - Ensaio
1.4 Esta Norma abrange também as condições de aplica- de achatamento - Método de ensaio
ção dos componentes do sistema de transmissão e dis-
tribuição, tais como: tubos, válvulas, conexões, flanges, NBR 6326 - Padronização de rosca para conexões -
parafusos, juntas, reguladores e válvulas de segurança Especificação
de pressão.
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NBR 9171 - Drenagem de corrente de interferência


entre tubulação e ferrovias em proteção catódica -
1.5 Esta Norma não se aplica a:
Padronização
a) projeto e fabricação de vasos de pressão; NBR 9344 - Equipamentos de drenagem elétrica pa-
ra proteção catódica - Especificação
b) tubulações a jusante do medidor do consumidor;
NBR 9363 - Anodo de liga de zinco para proteção
c) sistemas de tratamento e processamento de gás; catódica - Formatos e dimensões - Padronização

d) sistemas de transmissão e distribuição de GLP na NBR 10183 - Recebimento, armazenagem e manu-


fase líquida e de gás natural na fase líquida; seio de materiais e equipamentos para proteção
catódica - Procedimento
e) tubulações com temperaturas acima de 230°C e
abaixo de -30°C; NBR 11712 - Válvulas de aço fundido e aço forjado
para indústria de petróleo e petroquímica - Válvulas-
f) gasodutos submarinos. esfera - Especificação

NBR 11713 - Válvulas de aço fundido e aço forjado


1.6 Os tipos de gases cobertos por esta Norma são: gás
para indústria de petróleo e petroquímica - Válvulas-
natural, gás de refinaria, gás manufaturado, biogás e gás
macho - Especificação
liquefeito de petróleo na fase vapor (com ou sem mistura
de ar).
NBR 11714 - Válvulas de aço fundido e aço forjado
para indústria de petróleo e petroquímica - Válvulas
1.7 Esta Norma propõe-se apenas a estabelecer requisi- de retenção - Especificação
tos essenciais de projeto e padrões mínimos de seguran-
ça, não se destinando a servir como manual de projeto; NBR 12230 - SI - Prescrições para sua aplicação -
fica entendido que seu uso deve ser feito apoiado na boa Procedimento
prática da Engenharia.
NBR 12558 - Válvulas de aço fundido e aço forjado
1.8 Esta Norma não se aplica retroativamente às instala- para indústria de petróleo e petroquímica - Válvulas-
ções existentes, inclusive no que diz respeito à máxima gaveta - Especificação
pressão de operação admissível dessas instalações.
ANSI B1.1 - Unified inch screw threads
1.9 Esta Norma adota o Sistema Internacional de Unida-
des (SI). Por conveniência de uso, consta do Anexo B ANSI B1.20 - Pipe threads
uma relação dos fatores de conversão de algumas unida-
des de medida de outros sistemas para SI. ANSI B16.5 - Pipe flanges and flanged fittings

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NBR 12712/1993 3

ANSI B16.9 - Factory-made wrought steel butt- API 605 - Large-diameter carbon steel flanges
welding fittings
API 606 - Compact carbon steel gate valves (extended
ANSI B16.10 - Face-to-face and end-to-end dimen- body)
sions of ferrous valves
API 609 - Butterfly valves, lug-type and wafer-type
ANSI B16.11 - Forged steel fittings, socket welding
and threaded API 1104 - Standard for welding pipelines and related
facilities
ANSI B16.20 - Ring-joint gaskets and grooves for
steel pipe flanges ASTM A-36 - Carbon steel for general purposes

ANSI B16.21 - Nonmetalic flat gaskets for pipe ASTM A-53 - Carbon steel pipe-seamless and welded
flanges
ASTM A-105 - Carbon steel forgings for high tem-
ANSI B16.25 - Buttwelding ends perature service

ANSI B16.28 - Wrought steel buttwelding short ASTM A-106 - Carbon steel pipe-seamless for high
radius elbows and returns temperature service

ANSI B16.33 - Manually operated metallic gas valves ASTM A-134 - Arc welded pipe steel plate 16 in and
for use in gas piping systems up to 125 psig over
ANSI B16.34 - Valves, flanged and buttwelding end ASTM A-135 - Electric-resistance welded steel pipe
ANSI B16.36 - Steel orifice flanges, Class 300, 600, ASTM A-139 - Arc-welded steel pipe 4 in and over
900, 1500 and 2500
ASTM A-211 - Spiral - Welded steel or iron pipe
ANSI B16.38 - Large manually operated metallic gas
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valves in gas distribution systems whose MAOP does


ASTM A-333 - Carbon steel (low temperature service)
not exceed 125 psig
pipe-seamless and welded
ANSI B31.1 - Power piping
ASTM A-372 - Carbon and alloy steel forgings for
thin walled pressure vessels
ANSI B31.3 - Chemical plant and petroleum refinery
piping
ASTM A-381 - Metal-arc-welded steel pipe for high-
pressure transmission systems
ANSI B36.10 - Welded and seamless wrought steel
pipe
ASTM A-671 - Electric-fusion-welded steel pipe for
ANSI/ASME - Boiler and pressure vessel code. Se- atmospheric and lower temperatures
ção II (parte C), Seção VIII e Seção IX
ASTM A-672 - Electric-fusion-welded steel pipe for
API 5A - Specification for casing, tubing and drill pipe high-pressure service at moderate temperatures

API 5L - Specification for line pipe AWS A3.O - Welding terms and definitions

API 6D - Specification for pipeline valves (steel gate, Bulletim # 70 NFPA - National Fire Protection Asso-
plug, ball, and check valves) ciation

API 526 - Flanged steel safety relief valves MSS SP-6 - Standard finishes for contact faces of
pipes flanges and connecting-end flanges of valves
API 594 - Wafer check valves and fittings

API 599 - Steel plug valves, flanged or buttwelding MSS SP-25 - Standard marking systems for valves,
ends fittings, flanges and unions

API 600 - Steel gate valves, flanged and buttwelding MSS SP-42 - Corrosion-resistant gate, globe, angle
ends and check valves with flanged and buttweld ends

API 601 - Metallic gaskets for raised-face pipe MSS SP-44 - Steel pipeline flanges
flanges and flanged connection (double-jacketed
corrugated and spiral wound) MSS SP-45 - Bypass and drain connection standard

API 602 - Compact carbon steel gate valves MSS SP-67 - Butterfly valves

API 603 - Class 150, cast corrosion-resistant flanged MSS SP-72 - Ball valves with flanged or buttwelding
end gate valves ends for general service

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4 NBR 12712/1993

MSS SP-75 - Specifications for high test wrought 3.1.7 Diretriz


buttwelding fittings
Linha básica do caminhamento do gasoduto. Na maioria
MSS SP-79 - Socket-welding reducer inserts dos gasodutos, fora das áreas urbanas, coincide com a
linha de centro da faixa de domínio.
MSS SP-83 - Carbon steel pipe unions, socket-
welding and threaded 3.1.8 Autoridade competente

Órgão, repartição pública ou privada, pessoa jurídica ou


MSS SP-84 - Steel valves - Socket welding and
física, encarregado, pela legislação vigente, de examinar,
threaded ends
aprovar, autorizar ou fiscalizar a construção de gasodu-
tos; à autoridade competente cabem aprovar e fiscalizar a
MSS SP-88 - Diaphragm type valves
passagem de gasodutos por vias públicas, ferrovias, aci-
dentes naturais e outras interferências, bem como tratar
NACE Std RP-01-69 - Control of external corrosion on de questões relativas à passagem do gasoduto junto a ins-
underground or submerged metallic pipe systems talações de concessionárias de outros serviços públicos.
Na ausência de legislação específica, a autoridade com-
NACE Std RP-02-75 - Application of organic coa- petente é a própria entidade pública ou privada que pro-
tings to the external surface of steel pipe for under- move a construção do gasoduto.
ground service
3.1.9 Pista
Standard da EJMA - Expansion joit manufactures
association Parte da faixa de domínio, fora das áreas urbanas, utiliza-
da para os trabalhos de construção de gasodutos.
3 Definições
3.1.10 Interferência
3.1 Termos gerais
Qualquer construção, aérea ou subterrânea, localizada
3.1.1 Gás combustível na passagem do gasoduto.
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3.1.11 Interferência paralela


Toda forma gasosa apropriada para uso como combus-
tível doméstico, comercial ou industrial, sendo transmitida
Trecho da diretriz de um gasoduto que está próximo e se-
(transportada) ou distribuída para o usuário através de du-
gue numa direção paralela à determinada faixa de domí-
tos.
nio de estrada, rua, rodovia, ferrovia ou rede elétrica.
3.1.2 Transmissão de gás (transporte de gás)
3.1.12 Duto (tubo)

Atividade de transferência de gás combustível, por meio Produto tubular fabricado de acordo com uma norma de
de dutos, desde as fontes de produção ou suprimento até fabricação.
os locais em que o produto passa para o sistema de
distribuição de gás. 3.1.13 Rede

3.1.3 Distribuição de gás Conjunto de tubulações que constitui linhas de distribui-


ção e ramais.
Atividade de fornecimento de gás combustível, por meio
de dutos, aos estabelecimentos consumidores (residen- 3.1.14 Linha
ciais, comerciais, industriais, outros) através de rede da
companhia distribuidora. Gasoduto de transmissão ou de distribuição. O próprio
tubo do gasoduto.
3.1.4 Companhia distribuidora
3.1.15 Cobertura
Empresa pública ou privada responsável pela distribui-
ção de gás combustível. Distância medida verticalmente entre a geratriz superior
do revestimento do duto e as bordas da vala, ao nível
acabado da pista.
3.1.5 Companhia operadora
3.1.16 Cruzamento
Empresa pública ou privada responsável pela operação
de transmissão e/ou distribuição de gás combustível. Passagem subterrânea do duto por rodovias, ferro-
vias, outros dutos e instalações subterrâneas já existen-
3.1.6 Faixa de domínio ou faixa tes.

Área de terreno de largura definida, ao longo da diretriz do 3.1.17 Travessia


gasoduto situado fora da área urbana, legalmente desti-
nada à sua instalação e manutenção, ou faixa destinada, Passagem aérea, subterrânea ou submersa do duto, atra-
pela autoridade competente, ao gasoduto na área urba- vés de rios, lagos, açudes, regiões permanentemente ou
na. eventualmente alagadas, grotas e ravinas.

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3.1.18 Cavalote 3.1.31 Anel de reforço

Arranjo de tubulação pré-fabricado utilizado em traves- Peça feita de chapa de aço, em forma de coroa circular,
sias aéreas ou enterradas e em cruzamentos. usada para reforço estrutural da boca-de-lobo em uma
derivação; também denominado colarinho de reforço.
3.1.19 Interligação (tie-in)
3.1.32 Mossa (dent)
União entre dois trechos de um gasoduto.
Depressão na superfície de uma peça, sem que haja re-
3.1.20 Seção de interligação dução na espessura de parede.

Pequeno trecho de gasoduto situado entre duas inter- 3.1.33 Entalhe (notch)
ligações.
Corte longo e estreito na superfície de uma peça com
3.1.21 Curvamento natural redução na espessura de parede.

Mudança de direção feita no duto durante a fase de 3.1.34 Goivadura (gouge)


construção, sem que ele sofra deformação permanente.
Corte em uma superfície com a forma côncava de uma
3.1.22 Jaqueta de concreto meia-cana.

Envoltório anular de concreto, feito em um tubo, com a 3.1.35 Ranhura (groove)


finalidade de dar-lhe resistência mecânica para a prote-
ção de cargas externas ou conferir-lhe peso adicional pa- Corte em uma superfície de forma alongada, tipo risco ou
ra estabilizá-lo quando submerso. estria.

3.1.23 Bloco de lastro 3.1.36 Componentes (de tubulação)

Contrapeso, feito geralmente de concreto armado, com a Quaisquer elementos mecânicos pertencentes ao siste-
ma de tubulação, tais como: válvulas, flanges, conexões
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finalidade de conferir peso adicional ao tubo sobre o qual


é fixado, para estabilizá-lo quando submerso. padronizadas, conexões especiais, derivações tubulares,
parafusos e juntas. Os tubos não são considerados com-
3.1.24 Tramo ponentes de tubulação.

3.2 Termos do sistema de tubulação


Conjunto de dois ou mais tubos soldados; também de-
nominado coluna.
3.2.1 Sistema de gás
3.1.25 Tubo-camisa ou tubo-luva (casing)
Sistema físico de transmissão e distribuição de gás com-
bustível, constituído de gasoduto, válvulas, compresso-
Tubo de aço no interior do qual o gasoduto é montado,
res, separadores, reservatórios, etc.
facilitando realização de cruzamento e/ou dando prote-
ção mecânica ao duto.
3.2.2 Tubulação

3.1.26 Raspador (pig)


Conjunto constituído apenas de tubos e componentes de
tubulação.
Denominação genérica dos dispositivos que se fazem
passar pelo interior dos dutos, impulsionados pela pres- 3.2.3 Gasoduto
são de gases ou líquidos.
Tubulação destinada à transmissão e distribuição de gás.
3.1.27 Lançador/recebedor de raspadores (scraper-trap)
3.2.4 Gasoduto de transmissão
Instalação para introdução e retirada de raspadores no
gasoduto. Gasoduto destinado à transmissão de gás combustível.

3.1.28 Boca-de-lobo (derivação) 3.2.5 Gasoduto de distribuição

Derivação tubular feita por uma ligação soldada, direta- Gasoduto destinado à distribuição de gás combustível.
mente, entre a linha-tronco e o ramal.
3.2.6 Ramal
3.1.29 Colar (outlet fitting)
Gasoduto que deriva da linha de transmissão/distribui-
Peça forjada utilizada como reforço em uma derivação tu- ção e termina no medidor do consumidor. Qualquer de-
bular. rivação de uma linha considerada principal.

3.1.30 Furação em carga (hot tapping) 3.2.7 Ramal externo do consumidor

Execução de um furo, feito por trepanação, com a linha em Trecho de tubulação que deriva da linha de distribuição e
operação, para a instalação de uma derivação tubular. termina no limite do terreno do consumidor.

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6 NBR 12712/1993

3.2.8 Ramal interno do consumidor 3.3 Termos dimensionais

Trecho de tubulação, situado entre o limite do terreno do 3.3.1 Espessura nominal


consumidor e o medidor, bem como qualquer tubulação,
situada no terreno do consumidor, destinada a GLP na Espessura de parede listada na especificação ou norma
fase vapor, interligando os reservatórios com as instala- dimensional do tubo ou do componente de tubulação.
ções internas para gases combustíveis, ou com equi-
pamentos a gás. 3.3.2 Espessura requerida

3.2.9 Ramal de serviço Espessura de parede calculada para resistir à pressão


interna, conforme 7.1.
Trecho de tubulação que deriva da linha de distribuição e
termina no medidor do consumidor. 3.3.3 Diâmetro nominal (DN)

3.2.10 Regulador de serviço Número que expressa a dimensão do tubo e dos compo-
nentes de um sistema de tubulação, e não necessaria-
Equipamento instalado no ramal de serviço para controle mente correspondendo aos diâmetros interno ou externo
da pressão do gás fornecido ao consumidor. do tubo ou componente de tubulação.

3.2.11 Regulador monitor (válvula de controle monitora) 3.3.4 Diâmetro externo

Equipamento de controle de pressão, instalado em série Diâmetro externo especificado do tubo ou do compo-
com outro do mesmo tipo, com a finalidade de assumir nente de tubulação constante da norma dimensional de
automaticamente o controle da pressão a jusante, em fabricação.
situações anormais de operação.
3.4 Termos de propriedades mecânicas
3.2.12 Medidor
3.4.1 Tensão de escoamento
Equipamento instalado na linha, que mede a vazão (volu-
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Tensão na qual o material apresenta uma deformação per-


métrica ou mássica) de gás transferido.
manente quando submetido ao ensaio de tração; é tam-
bém, para alguns materiais, a tensão que no diagrama ten-
3.2.13 Dispositivo de bloqueio automático
são-deformação corresponde a uma deformação especi-
ficada.
Equipamento instalado com a finalidade de, sob condi-
ções anormais de operação, interromper o fluxo de gás de
3.4.2 Tensão mínima de escoamento especificada (Sy)
forma a impedir que a pressão ultrapasse valores
preestabelecidos. Tensão de escoamento mínima prescrita pela especifica-
ção sob a qual o tubo é comprado do fabricante. É obtida
3.2.14 Dispositivo de alívio de pressão
de ensaios padronizados e representa um valor proba-
bilístico.
Equipamento instalado para descarregar o gás de um
sistema, de forma a impedir que a pressão exceda valores 3.4.3 Tensão de ruptura (limite de resistência à tração)
preestabelecidos.
Tensão obtida pela razão entre a carga máxima aplicada e
3.2.15 Válvula de ramal a área inicial da seção transversal do corpo-de-prova
padrão, no ensaio de tração.
Válvula de bloqueio de fácil manuseio localizada a mon-
tante do regulador de serviço, ou do medidor, com a fi- 3.5 Termos de projeto, fabricação e ensaio
nalidade de interromper o fluxo de gás no ramal interno do
consumidor. 3.5.1 Classe de locação

3.2.16 Reservatório tubular Critério para a classificação de uma área geográfica de


acordo com sua densidade populacional aproximada, e
Reservatório fixo, composto de tubos e componentes de em função da quantidade de construções para ocupação
tubulação, com a finalidade exclusiva de armazenar gás. humana localizadas nesta área. A classe de locação ser-
ve para propósitos de projeto, construção e operação.
3.2.17 Reservatório cilíndrico
3.5.2 Unidade de classe de locação
Reservatório de forma cilíndrica, com as extremidades
fechadas por tampões, fabricado industrialmente, com a Área que classifica uma locação e se estende por 200 m de
finalidade de armazenar gás. cada lado da linha de centro de qualquer trecho contínuo
e desenvolvido de 1600 m de gasoduto.
3.2.18 Proteção contra sobrepressão
3.5.3 Índice de densidade populacional
Proteção proporcionada por um dispositivo ou equipa-
mento instalado com o objetivo de impedir que a pressão Número, relacionado com a densidade populacional, apli-
em um sistema de gás exceda um valor predeterminado. cável a um segmento específico de 1600 m de gasoduto

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e usado para determinar os requisitos de projeto, cons- 3.5.15 Temperatura de projeto


trução e operação.
Temperatura de escoamento do gás usada para o dimen-
3.5.4 Pressão sionamento mecânico do gasoduto. É uma temperatura fi-
xada a partir das condições de fluxo no sistema de gás.
Relação entre força e área. A menos que expressos em
contrário, todos os valores de pressão apresentados nes- 3.5.16 Temperatura do solo
ta Norma são referidos à pressão atmosférica normal.
Temperatura do solo na profundidade em que o tubo se
3.5.5 Pressão de projeto encontra.

Pressão usada na determinação da espessura de parede 3.5.17 Temperatura máxima (ou mínima) de operação
do tubo e dos componentes de tubulação. É uma pressão
fixada a partir das condições de fluxo do sistema de gás. Temperatura máxima (ou mínima) do fluido transportado
sob condições normais de operação, inclusive nas para-
3.5.6 Máxima pressão de operação (MPO) das e partidas do sistema.

Maior pressão na qual um sistema de gás sob condições 3.5.18 Tensão circunferencial
normais é operado.
Tensão normal na parede do tubo, atuando perpendi-
3.5.7 Máxima pressão de operação admissível (MPOA) cularmente a um plano contendo seu eixo longitudinal; a
menos que seja expressamente dito em contrário, o ter-
Maior pressão na qual um sistema de gás pode ser mo “tensão circunferencial” refere-se à tensão circunfe-
operado de acordo com as provisões desta Norma, em rencial de membrana provocada pela pressão interna
função de sua qualificação por ensaio de pressão. (hoop stress)

3.5.8 Pressão-padrão de serviço 3.5.19 Tensão longitudinal


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Pressão do gás que a companhia operadora se encarrega Tensão normal na parede do tubo, atuando paralelamen-
de manter nos medidores de seus consumidores. te ao eixo longitudinal.

3.5.9 Ensaio de pressão 3.5.20 Tensão primária

Designação genérica para um ensaio que consiste na Em qualquer sistema de tubulação, é a tensão gerada por
pressurização de um sistema de tubulação, com um flui- carregamentos que não permitem, em qualquer estágio
do apropriado, para demonstrar sua resistência mecâni- de evolução das deformações, o seu alívio espontâneo.
ca ou sua estanqueidade. Por exemplo: tensão circunferencial, tensão normal de fle-
xão e cisalhante de cortante provocadas pelo peso pró-
3.5.10 Ensaio hidrostático prio.

Ensaio de pressão com água, que demonstra que um tu- 3.5.21 Tensão secundária
bo ou um sistema de tubulação possui resistência mecâ-
nica compatível com suas especificações ou suas con- Nos sistemas de tubulação sujeitos à deformação plás-
dições operacionais. tica, é a tensão gerada por variação de temperatura ou por
deslocamento imposto, que ao ultrapassar o limite de es-
3.5.11 Ensaio de estanqueidade coamento sofre um relaxamento espontâneo no decorrer
do tempo. Por exemplo: tensões normais de flexão e ci-
Ensaio geralmente feito em baixos níveis de pressão, que salhantes de torção provocadas pela dilatação térmica
demonstra que um sistema de tubulação não apresenta restringida.
vazamentos.
3.5.22 Tensão localizada
3.5.12 Pressão máxima de ensaio
Tensão que se caracteriza por seu rápido decréscimo, em
Maior pressão a que um sistema de gás é submetido em todas as direções, a partir de seu ponto de máximo valor.
ensaio. P.ex.: tensão normal de flexão na união tubo-flange e na
junção cone-cilindro. É uma tensão que está no mesmo ní-
3.5.13 Pressão mínima de ensaio vel de significância da tensão secundária.

Menor pressão a que um sistema de gás deve ser sub- 3.5.23 Tubo sem costura (seamless)
metido, em ensaio, de acordo com as prescrições desta
Norma. Produto tubular fabricado sem junta soldada.

3.5.14 Temperatura ambiente 3.5.24 Tubo SAW (Submerged Arc Welding)

Temperatura do ar no meio circundante a uma estrutura Tubo fabricado por processo de soldagem onde a coales-
ou a um equipamento. cência é produzida pela deposição do metal, fundido pe-

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lo calor gerado em um arco elétrico protegido, aberto en- portanto, o item “compressor” é qualificado na
tre o eletrodo (sem revestimento) e o tubo. A proteção do terceira categoria;
arco é feita por material granular fusível.
d) Quarta - itens reutilizados ou itens sem identifica-
3.5.25 Tubo EFW (Electric Fusion Welding) ção. P.ex.: um flange, fabricado de acordo com
uma norma relacionada no Capítulo 2, retirado de
Tubo fabricado por processo de soldagem onde a coales- um gasoduto desativado para ser reutilizado em
cência é produzida pela deposição do metal, fundido pe- outro gasoduto, é qualificado na quarta categoria;
lo calor gerado em um arco elétrico manual ou automáti- um flange retirado de um gasoduto desativado e
co, aberto entre o eletrodo (revestido) e o tubo. cuja identificação tenha desaparecido pela ação
do tempo ou um tubo novo do qual se perdeu a
3.5.26 Tubo ERW (Electric Resistance Welding) identificação são, ambos, também qualificados na
quarta categoria.
Tubo fabricado por processo de soldagem onde a coales-
cência é produzida pelo calor gerado pela resistência 4.2.2 As seções a seguir estabelecem os procedimentos
elétrica em um circuito, no qual o tubo é parte integrante, para a qualificação de cada uma das categorias men-
e pela aplicação de pressão. cionadas.
3.5.27 Tubo expandido a frio
4.2.2.1 Procedimentos de qualificação da primeira categoria
Tubo que sofreu na fábrica uma deformação circunferen-
cial permanente, à temperatura ambiente, geralmente por Itens que atendem às normas relacionadas no Capítulo 2
meio de cabeçotes expansores internos. podem ser usados para as aplicações a que se destinam.

4 Materiais e equipamentos 4.2.2.2 Procedimentos de qualificação da segunda categoria

4.1 Geral Itens que não atendem às normas relacionadas no Capí-


tulo 2 devem ser qualificados da seguinte maneira:
Todos os materiais e equipamentos que fazem parte
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permanente de qualquer sistema de tubulação, construí-


a) itens cujas normas não divergem substancial-
do de acordo com esta Norma, devem ser adequados e
mente de uma norma relacionada no Capítulo 2 e
seguros para as condições nas quais são utilizados. To-
que atendem às exigências mínimas desta Nor-
dos esses materiais e equipamentos devem ser qualifi-
ma, com respeito à qualidade de materiais e de
cados em conformidade com especificações, padrões e
fabricação, podem ser utilizados. Esta seção não
requisitos especiais desta Norma.
deve ser interpretada de modo a permitir desvios
que tendam a afetar desfavoravelmente a solda-
Nota: As especificações para os diversos materiais aceitos por
bilidade ou ductilidade dos materiais. Se os des-
esta Norma estão listadas no Capítulo 2.
vios tendem a reduzir a resistência mecânica do
4.2 Qualificação de materiais e equipamentos item em questão, essa redução deve ser levada em
consideração no projeto através da adoção de
4.2.1 No que diz respeito aos métodos de qualificação,
uma suficiente margem de segurança;
para utilização de acordo com esta Norma, os itens de
materiais e de equipamentos podem ser divididos em b) itens cujas normas divergem substancialmente
quatro categorias: das normas relacionadas no Capítulo 2 devem ser
qualificados de acordo com a terceira categoria.
a) Primeira - item fabricado de acordo com uma nor-
ma relacionada no Capítulo 2. P.ex.: um flange 4.2.2.3 Procedimentos de qualificação da terceira categoria
fabricado de acordo com a ANSI B16.5 é qualifica-
do na primeira categoria porque a ANSI B16.5 es- Itens para os quais não existem normas listadas no Capí-
tá relacionada nesta Norma; tulo 2 podem ser qualificados, desde que a análise téc-
nica do ponto de vista teórico e/ou prático satisfaça si-
b) Segunda - item fabricado de acordo com uma nor- multaneamente ao seguinte:
ma não-relacionada no Capítulo 2. P.ex.: um flan-
ge fabricado de acordo com a BS 1560 é qualifi- a) o item é compatível e seguro para o serviço propos-
cado na segunda categoria porque, embora do to e recomendado para o serviço, pelo fabricante,
Capítulo 2 não conste a BS 1560, esta Norma do ponto de vista da segurança;
relaciona uma outra norma de flange, no caso a
ANSI B16.5;
b) seu uso não é proibido por esta Norma.
c) Terceira - item que, embora fabricado segundo
uma norma, é de um tipo para o qual nenhum pa- 4.2.2.4 Procedimentos de qualificação da quarta categoria
drão ou especificação é relacionado no Capítu-
lo 2. P.ex.: um compressor centrífugo de gás é fa- 4.2.2.4.1 A remoção de itens, exceto tubos, de um gaso-
bricado de acordo com certa norma, entretan- duto existente e sua reutilização no mesmo sistema,
to, nesta Norma não está relacionado nenhum pa- ou em outro, sob condições de pressão mais baixa, é
drão ou especificação para compressores de gás; permitida desde que sujeita às restrições a seguir:

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a) itens usados que foram fabricados de acordo com 4.3.1.4 Juntas


padrões listados nesta Norma podem ser reuti-
lizados após a cuidadosa inspeção de cada pe- NBR 5893 API 601
ça para comprovação de que estão isentos de ANSI B1.20.1 API 605
danos mecânicos;
ANSI B16.5 MSS SP-6
b) itens usados que foram fabricados de acordo com ANSI B16.25 MSS SP-44
padrões diferentes dos listados nesta Norma só ANSI B16.36
podem ser qualificados dentro das exigências de
4.2.2.2-a), devendo adicionalmente satisfazer às 4.3.1.5 Conexões para solda de topo, para encaixe e para
seguintes exigências: rosca

- execução de ensaios de propriedades físicas e


ANSI B1.20.1 MSS SP-75
químicas em amostras aleatórias;
ANSI B16.9 MSS SP-79
- verificação de que todos os itens devem estar em ANSI B16.11 MSS SP-83
condições satisfatórias de funcionamento.
ANSI B16.25
Notas: a) Não são aceitos materiais com um estado de corrosão ANSI B16.28
que afete a sua integridade, para a finalidade a que se
destinam. 4.3.1.6 Válvulas de segurança por alívio
b) Este item não cobre o caso em que um gasoduto é reu-
tilizado para um outro serviço sob novas condições API 526
operacionais, sem ter sido removido do local em que se
encontra. 4.3.1.7 Dispositivos de controle de pressão

4.2.2.4.2 Tubos usados, removidos de um gasoduto exis- Os dispositivos de controle de pressão devem satisfazer
tente para serem reutilizados no mesmo sistema ou em aos requisitos desta Norma para válvulas da mesma classe
outro sob condições de pressão mais baixa, e tubos no- de pressão.
vos sem identificação podem ser qualificados dentro dos
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limites resumidos na Tabela 1. 4.3.2 Os componentes de tubulação projetados e fabrica-


Nota: Tubos novos ou usados, ambos de especificação desco-
dos de acordo com padrões ou especificações diferentes
nhecida, não podem ser aplicados onde se requeiram re- dos relacionados nesta Norma devem ser qualificados
quisitos suplementares de tenacidade ao impacto, como o para utilização de acordo com 4.2.1-b).
ensaio Charpy “V”.
4.3.2.1 Conexões especiais de aço fundido, forjado ou sol-
4.3 Componentes de tubulação padronizados dado com dimensões e/ou materiais diferentes dos pa-
dronizados pelas normas ANSI e MSS devem ser projeta-
4.3.1 Os componentes de tubulação projetados e fabrica-
das por critérios de projeto que proporcionem o mesmo
dos de acordo com os padrões ou especificações rela- grau de resistência e estanqueidade e sejam capazes de
cionados nesta Norma são considerados adequados e se- atender aos mesmos requisitos de ensaios das conexões
guros para operar nos sistemas de gás, sendo qualifica- padronizadas.
dos para utilização de acordo com 4.2.1-a). A seguir estão
relacionados os componentes de tubulação e respecti-
4.3.3 Os componentes de tubulação que constituem itens
vas normas de projeto e fabricação.
para os quais nenhum padrão ou especificação são rela-
4.3.1.1 Válvulas cionados nesta Norma devem ser qualificados para utili-
zação de acordo com 4.2.1-c).
NBR 11712 ANSI B16.25 API 599 MSS SP-6
NBR 11713 ANSI B16.33 API 600 MSS SP-42 4.3.4 Os componentes de tubulação reutilizados ou sem
identificação devem ser qualificados para utilização de
NBR 11714 ANSI B16.34 API 602 MSS SP-67 acordo com 4.2.1-d).
NBR 12558 ANSI B16.38 API 603 MSS SP-72
ANSI B1.20.1 API 5 API 606 MSS SP-84 4.4 Tubos
ANSI B16.10 API 594 API 609 MSS SP-88
4.4.1 Os tubos fabricados de acordo com as especifica-
4.3.1.2 Flanges ções abaixo devem ser qualificados para utilização de
acordo com 4.2.1-a):
ANSI B1.20.1 ANSI B16.21 API 605
ANSI B16.5 ANSI B16.25 MSS SP-6 NBR 5580
ANSI B16.20 ANSI B16.36 MSS SP-44 API 5L ASTM A-211
ASTM A-53 ASTM A-333
4.3.1.3 Parafusos e porcas
ASTM A-106 ASTM A-381
ANSI B1.1 ANSI B16.25 API 605 ASTM A-134 ASTM A-671
ANSI B1.20.1 ANSI B16.36 MSS SP-6 ASTM A-135 ASTM A-672
ANSI B16.5 ASTM A-105 MSS SP-44 ASTM A-139

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10 NBR 12712/1993

Tabela 1 - Qualificação de tubo novo ou usado de especificação


desconhecida e tubo usado de especificação conhecida
Itens de qualificação Tubo novo ou usado de Tubo usado de especificação
especificação desconhecida conhecida
(A) (A)
Inspeção
(B)
Curvamento/achatamento -
(C) (C)
Espessura
(D) (D)
Eficiência de junta
(E)
Soldabilidade -
(F) (F)
Defeitos
(G)
Tensão de escoamento -
(H)
Valor “Sy” -
(I) (I)
Ensaio de pressão

(A)

que estejam circulares, desempenados e isentos de defeitos que possam prejudicar sua resistência ou sua estanqueidade.
(B)
Para tubos de DN - 2", um comprimento suficiente de tubo deve ser curvado a frio até 90° ao redor de um mandril cilíndrico com
um diâmetro doze vezes maior que o diâmetro nominal do tubo, sem que ocorram trincas em qualquer local e sem abrir a solda. Pa-
ra tubos de DN > 2", deve ser feito ensaio de achatamento como prescrito no Anexo C. O tubo deve atender às exigências deste en-

requerido na nota (G) a seguir, para determinar o limite de escoamento.


(C)
A menos que a espessura nominal da parede seja conhecida com certeza, ela deve ser determinada medindo-se a espessura em
pontos defasados de 90° em uma das extremidades de cada tramo de tubo. Se o lote dos tubos é conhecido por ser de grau, dimen-

dez tramos; a espessura dos outros tramos pode ser verificada aplicando-se um calibre ajustado para a espessura mínima. A partir

e não superior a 1,11 vez a menor espessura medida para todos os tubos de DN ¯ 20".
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(D)
Se o tipo de fabricação da junta e o seu processo de soldagem puderem ser identificados, o fator E aplicável pode ser empregado.
Ca-so contrário, o fator E deve ser tomado como 0,60 para tubos de DN - 4" ou 0,80 para tubos de DN > 4".
(E)
A soldabilidade deve ser determinada como se segue: um soldador qualificado deve fazer uma solda circunferencial de topo. A sol-
da deve ser então ensaiada de acordo com as exigências da API 1104. A solda a ser qualificada deve ser feita sob as mais severas

siderado soldável se as exigências impostas pela API 1104 forem cumpridas. Pelo menos uma solda de ensaio deve ser feita para ca-
da 100 tramos de tubo de DN > 4". Nos tubos de DN - 4", um ensaio é necessário para cada 400 tramos de tubo. Se ao ensaiar a sol-
da as exigências da API 1104 não forem atendidas, a soldabilidade pode ser determinada através de ensaios químicos para carbono
e manganês, de acordo com as disposições da ANSI/ASME, Seção IX, para vasos de pressão e caldeiras. O número de ensaios quími-
cos deve ser o mesmo que o requerido para os ensaios de solda circunferencial mencionados acima.
(F)
Todos os tubos devem ser examinados para detectar entalhes, ranhuras e mossas, com os mesmos critérios adotados no caso de tu-
bos novos (ver Capítulo 26).
(G)
Quando a tensão mínima de escoamento especificada, a resistência à tração ou o alongamento são desconhecidos, e não são
feitos ensaios de propriedades mecânicas, a tensão mínima de escoamento para efeito de projeto deve ser adotada com valor não-
superior a 165 MPa (1683 kgf/cm2). As propriedades de tração podem ser estabelecidas como segue: executar todos os ensaios de
tração fixados pela API 5L, exceto no que diz respeito ao número de ensaios que deve ser como indicado na Tabela 2, onde todos
os corpos-de-prova devem ser selecionados ao acaso. Se a relação entre as tensões de escoamento e de ruptura exceder 0,85, o tu-
bo não pode ser usado.
(H)

ximo, 165 MPa (1683 kgf/cm2), quando seu valor não puder ser determinado como segue: determinar a média de todos os valores
das tensões de escoamento obtidas para um lote uniforme, de acordo com a nota (G) da Tabela 1. O valor de Sy deve então ser to-
mado como o menor dos seguintes:
a) 80% do valor médio dos ensaios de escoamento;
b) o valor mínimo verificado em qualquer ensaio de tensão de escoamento desde que, em nenhum caso, Sy seja tomado como
maior do que 360 MPa (3673 kgf/cm2).
(I)
Tubos novos de especificação desconhecida e tubos usados cuja resistência tenha sido prejudicada pela corrosão ou outra deterio-

instalação. A pressão de ensaio no campo deve ser estabelecida de acordo com o Capítulo 29

Tabela 2 - Número de ensaios de tração (todos os diâmetros)

Tamanho do lote Número de ensaios


Dez tramos ou menos Um conjunto de ensaios para cada tramo
Onze a 100 tramos Um conjunto de ensaios para cada cinco tramos, com o mínimo de dez ensaios
Acima de 100 tramos Um conjunto de ensaios para cada dez tramos, com o mínimo de 20 ensaios

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4.4.2 Independentemente de sua especificação, tubos ex- f) determinação do diâmetro;


pandidos a frio devem satisfazer às exigências obrigató-
rias da API 5L. g) determinação dos teores de contaminantes, nota-
damente gás sulfídrico e gás carbônico;
4.4.3 Tubos fabricados de acordo com a NBR 5580 só
podem ser utilizados em sistemas de gás com pressão de
h) seleção técnico-econômica dos materiais a serem
projeto igual ou inferior a 400 kPa (4,1 kgf/cm2).
utilizados.

4.5 Equipamentos
5.2 Outros estudos específicos são por vezes requeridos,
tais como:
Esta Norma não inclui as especificações para equipa-
mentos. Todavia, certos detalhes de projeto e fabricação
referem-se necessariamente ao equipamento, tais como a) possibilidade de condensação de frações pesadas
suportes pendurais, amortecedores de vibração, facilida- do gás;
des elétricas, motores, compressores, etc. Especifi-
cações parciais para tais itens são dadas nesta Nor- b) possibilidade de polimerização do gás;
ma, principalmente dos que afetam a segurança do sis-
tema de tubulação no qual são instalados. Em outros ca-
c) possibilidade de formação de água livre;
sos, onde esta Norma não dá especificações para um
item particular de equipamento, o intento é que
as cláusulas de segurança da Norma devem prevalecer d) suportação adequada ao gasoduto em travessias
naquilo em que sejam aplicáveis, e, em todo caso, a aéreas;
segurança do equipamento instalado num sistema
de tubulação deve ser equivalente à de outras partes do e) investigações de batimetria e correntes em traves-
mesmo sistema. sias de rios, canais e baías;

4.6 Marcação f) investigação da agressividade química do solo;


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Todos os itens do sistema de gás, tais como válvulas,


g) alternativas de traçado;
acessórios, flanges, parafusos e tubos, devem ser mar-
cados de acordo com as instruções de marcação dos
padrões e especificações pelos quais o material é fabri- h) estudo de impacto ambiental.
cado ou de acordo com as exigências da MSS SP-25.
5.3 Para o início do projeto, conforme concebido nesta
4.7 Materiais sujeitos a baixas temperaturas Norma, as condições do processo de transferência de
gás devem estar determinadas, ou seja, variáveis funda-
4.7.1 Alguns dos materiais que atendem às especifica- mentais como vazão, pressão, temperatura e máxima
ções aprovadas para uso sob esta Norma podem não ter pressão de operação devem ser conhecidas.
propriedades mecânicas adequadas para as faixas mais
baixas de temperaturas cobertas por esta Norma. 6 Classificação de locação

4.7.2 Deve ser dada especial atenção à tenacidade dos 6.1 Geral
materiais usados nas instalações sujeitas a baixas tem-
peraturas, tanto a ambiente e a de solo, quanto a provo-
6.1.1 A classe de locação é o critério fundamental para o
cada pela descompressão do gás.
cálculo da espessura de parede do gasoduto, a deter-
minação da pressão de ensaio e a distribuição de válvulas
5 Estudos prévios intermediárias.

5.1 Para a execução do projeto de sistemas de transmis-


6.1.2 Esta classificação se baseia na unidade de classe de
são e distribuição de gás, devem ser previamente realiza-
locação que é uma área que se estende por 1600 m ao
dos diversos estudos fora do escopo desta Norma, tais
longo do eixo do gasoduto e por 200 m para cada lado da
como:
tubulação, a partir de sua linha de centro.

a) caracterização do gás;
6.1.3 A classe de locação é determinada pelo número de
edificações destinadas à ocupação humana, existentes
b) levantamento das condições ambientais; em unidade de classe de locação.

c) levantamento de dados geomorfológicos e climá-


6.1.4 A classe de locação é um parâmetro que traduz o
ticos;
grau de atividade humana capaz de expor o gasoduto a
danos causados pela instalação de infra-estrutura de ser-
d) seleção da diretriz do duto; viços, tais como drenagem pluvial, esgoto sanitário, ca-
bos elétricos e telefônicos, tráfegos rodoviário e ferroviá-
e) balanço oferta/consumo do gás; rio entre outros.

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12 NBR 12712/1993

6.2 Classe 1 nejamentos previstos para as áreas. Evidências de futu-


ras edificações devem ser consideradas na classificação
A classe de locação 1 ocorre em regiões onde existam, de locação.
dentro da unidade de classe de locação, dez ou menos
edificações unifamiliares destinadas à ocupação huma- 7 Determinação da espessura de parede
na.
7.1 Espessura requerida de parede
6.3 Classe 2
A espessura de parede requerida, para tubos e demais
A classe de locação 2 ocorre em regiões onde existam, componentes de tubulação, para resistir à pressão inter-
dentro da unidade de classe de locação, mais de dez e na, deve ser calculada pela fórmula:
menos de 46 edificações unifamiliares destinadas à
ocupação humana. P.D
e=
2 Sy . F . E . T
6.4 Classe 3
Onde:

A classe de locação 3 ocorre em:


e = espessura requerida de parede (mm)

a) regiões onde existam, dentro da unidade de clas-


se de locação, 46 ou mais edificações unifamilia- P = pressão de projeto (kPa)
res destinadas à ocupação humana;
D = diâmetro externo (mm)
b) regiões onde o gasoduto se encontre a menos de
90 m de: Sy = tensão mínima de escoamento especificada
para o material (kPa). As tensões mínimas de
- edificações que sejam ocupadas por 20 ou mais escoamento especificadas para os materiais
pessoas para uso normal, tais como: igrejas, aceitos por esta Norma constam do Anexo D
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cinemas, escolas, etc.;


F = fator de projeto determinado em 7.2 (adimen-
- locais em uma pequena e bem definida área sional)
externa, que abriguem 20 ou mais pessoas em
uso eventual, tais como áreas de recreação, E = fator de eficiência da junta (longitudinal ou he-
campos de futebol, praças públicas, quadras de licoidal) determinado em 7.3 (adimensional)
esporte, etc.
T = fator de temperatura determinado em 7.4 (adi-
6.5 Classe 4 mensional)

A classe de locação 4 ocorre em regiões onde haja, den- 7.1.1 Se, comprovadamente, for esperada ação corrosiva
tro da unidade de classe de locação, a predominância de do gás, deve ser previsto um valor adicional de espessu-
edificações com quatro ou mais andares, incluindo o tér- ra (sobreespessura para corrosão), a fim de compensar a
reo, destinadas à ocupação humana. perda de material que se processará durante a vida útil do
gasoduto; esta sobreespessura deve ser somada à es-
6.6 Determinação das divisas entre classes de locação pessura requerida calculada conforme 7.1.

6.6.1 Regiões onde um aglomerado de edificações des- 7.1.2 A espessura nominal de parede dos tubos e dos
tinadas à ocupação humana tenha classificado a região componentes de tubulação deve ser selecionada entre as
como 4; esta classe termina a 200 m da edificação, com espessuras padronizadas nas respectivas normas de fa-
quatro ou mais andares, incluindo o térreo, mais próxima bricação, devendo ser igual ou superior à espessura re-
à divisa. querida, conforme determinada em 7.1 e 7.1.1. Para valo-
res de espessuras padronizadas para tubos, ver a
6.6.2 Regiões onde um aglomerado de edificações des- ANSI B36.10 e a API 5L.
tinadas à ocupação humana tenha classificado a região
como 3; esta classe termina a 200 m da edificação mais 7.1.3 Na seleção da espessura nominal do tubo, deve ser
próxima à divisa. atendida a condição de valor mínimo dada em 7.6, a qual
leva em consideração a resistência mecânica do tubo aos
6.6.3 Regiões onde um aglomerado de edificações des- esforços produzidos durante a montagem.
tinadas à ocupação humana tenha classificado a região
como 2; esta classe termina a 200 m da edificação mais 7.2 Fator de projeto (F)
próxima à divisa.
7.2.1 O fator de projeto é um coeficiente que traduz, para
6.7 Considerações sobre o desenvolvimento futuro cada classe de locação, o grau de segurança estrutural
que o gasoduto deve ter para suportar os possíveis danos
Na classificação de locação, deve-se atentar para os pla- externos, causados pelas mais diversas ações construti-

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NBR 12712/1993 13

vas que ocorrem durante a instalação da infra-estrutura de Tabela 4 - Fator de eficiência de junta (E = 0,8)
serviços, tais como os citados em 6.1.4.
Norma de Processo de soldagem e/ou
7.2.2 O fator de projeto é determinado em função da clas- Fabricação tipo de fabricação da junta
se de locação, conforme a Tabela 3. O fator de projeto já
considera a segurança necessária para compensar os ASTM A-134 EFW/SAW/longitudinal ou helicoidal
desvios para menos na espessura de parede, decorren-
tes do processo de fabricação dos tubos e dos com-
ASTM A-139 EFW/SAW/longitudinal ou helicoidal
ponentes de tubulação especificados por esta Norma.

ASTM A-211 EFW/SAW/helicoidal


Tabela 3 - Classe de locação/Fator de projeto

ASTM A-671/672,
Classe de locação Fator de projeto (F)
Classes 13, 23, 33 EFW/SAW/longitudinal
43, 53
1 0,72
7.4 Fator de temperatura (T)
2 0,60
O fator de temperatura deve ser determinado conforme a
3 0,50 Tabela 5.

4 0,40 Tabela 5 - Fator de temperatura (T)

7.2.3 Excepcionalmente, na classe de locação 1, deve ser Temperatura de projeto (oC) Fator de temperatura (T)
utilizado fator de projeto igual ou inferior a 0,6 para tubos
utilizados em:
Até 120 1,000
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a) cruzamentos (sem tubo-camisa) de rodovias pú-


150 0,966
blicas sem pavimentação;

180 0,929
b) cruzamentos (sem tubo-camisa) ou interferência
paralela de rodovias públicas pavimentadas, auto-
estradas, vias públicas e ferrovias; 200 0,905

c) itens fabricados com tubos e componentes de 230 0,870


tubulação, tais como conexões para separado-
res, para válvulas da linha-tronco, para derivação Nota: Para valores da temperatura de projeto compreendidos
de ramais, para cavalotes em travessias, etc., de- entre os tabelados, deve-se obter o fator T por interpo-
vem satisfazer a esta exigência até uma distân- lação linear.
cia de cinco diâmetros para cada lado da última
conexão; 7.5 Limitações de valores de projeto

d) pontes rodoviárias, ferroviárias, de pedestres e de 7.5.1 Acidentes no transporte e na instalação dos tubos
tubulação; não podem causar imperfeições superficiais que, após o
esmerilhamento para reparo, deixem uma redução de pa-
e) lançadores/recebedores de esferas e raspadores. rede localizada maior que 10% da espessura nominal
calculada em 7.1.
7.2.4 Excepcionalmente, na classe de locação 2, deve ser
utilizado fator de projeto igual ou inferior a 0,5 em cruza- 7.5.2 Se for previsto o aquecimento do tubo durante a fa-
mentos (sem tubo-camisa) de rodovias públicas pavi- bricação ou a instalação, devem ser determinados e leva-
mentadas, auto-estradas, vias públicas e ferrovias. dos em consideração os efeitos da relação tempo “ver-
sus” temperatura sobre as propriedades mecânicas do
material do tubo.
7.2.5 Excepcionalmente, nas classes de locação 1 e 2,
deve ser utilizado fator de projeto igual ou inferior a 0,5 em
estações de compressores, de controle e de medição 7.5.2.1 Para tubos trabalhados a frio (objetivando a eleva-
ção da tensão de escoamento por efeito de encruamento)
que forem posteriormente aquecidos a 480°C ou mais
7.3 Fator de eficiência de junta (E)
(não considerando aqui a soldagem ou o alívio de ten-
sões), por qualquer período de tempo, ou acima de 315°C
O fator E deve ser considerado unitário para todos os tu- por mais de 1 h, deve-se considerar, para a aplicação da
bos cujas normas de fabricação são aceitas por esta Nor- fórmula de 7.1, a tensão mínima de escoamento espe-
ma, exceto para os casos de exceção apresentados na cificada como sendo 3/4 do valor Sy constante do Ane-
Tabela 4, nos quais deve ser considerado igual a 0,8. xo D.

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7.5.3 No projeto não se pode utilizar o valor real da tensão verificada conforme 7.1. Neste caso, para a determinação
mínima de escoamento dos materiais e sim o valor nomi- do fator E e da tensão Sy, devem ser consultadas as no-
nal ou especificado da tensão mínima de escoamento tas (D) e (H) da Tabela 1.
(conforme consta do Anexo D), a menos que o valor real,
determinado de acordo com a nota (H) da Tabela 1, seja 7.6 Tabela de espessuras mínimas de parede
inferior ao valor mínimo especificado
A espessura a ser utilizada no gasoduto não deve ser in-
7.5.4 Para tubos usados ou tubos novos de especificação ferior aos valores da Tabela 6, conforme o critério expos-
desconhecida, a espessura de parede requerida deve ser to em 7.1.3.

Tabela 6 - Espessuras mínimas

Diâmetro Espessura Espessura dos


dos tubos tudos da estação de
Nominal Externo do gasoduto compressores
pol. mm pol. mm pol. mm pol. mm
1/8 3,18 0,405 10,3 0,068 1,7 0,095 2,4
1/4 6,35 0,540 13,7 0,088 2,2 0,119 3,0
3/8 9,53 0,675 17,1 0,091 2,3 0,126 3,2
1/2 12,7 0,840 21,33 0,109 2,8 0,147 3,7
3/4 19,1 1,050 26,7 0,113 2,9 0,154 3,9
1 25,4 1,315 33,4 0,133 3,4 0,179 4,5
1 1/4 31,8 1,660 42,2 0,140 3,6 0,191 4,9
1 1/2 38,1 1,900 48,3 0,145 3,7 0,200 5,1
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2 50,8 2,375 60,3 0,154 3,9 0,218 5,5


2 1/2 63,5 2,875 73,0 0,156 4,0 0,216 5,5
3 76,2 3,500 88,9 0,156 4,0 0,216 5,5
3 1/2 88,9 4,000 101,6 0,156 4,0 0,226 5,7
4 101,6 4,500 114,3 0,156 4,0 0,237 6,0
5 127,0 5,563 141,3 0,188 4,8 0,258 6,6
6 152,4 6,625 168,3 0,188 4,8 0,250 6,4
8 203,2 8,625 219,1 0,188 4,8 0,250 6,4
10 254,0 10,75 273,1 0,188 4,8 0,250 6,4
12 304,8 12,75 323,9 0,203 5,2 0,250 6,4
14 355,6 14 355,6 0,219 5,6 0,250 6,4
16 406,4 16 406,4 0,219 5,6 0,250 6,4
18/22 457,2/558,8 18/22 457,2/558,8 0,250 6,4 0,312 7,9
24/26 609,6/812,8 24/26 609,6/812,8 0,250 6,4 0,375 9,5
28/32 711,2/762,0 28/32 711,2/762,0 0,281 7,1 0,375 9,5
34/38 863,6/914,4 34/38 863,6/914,4 0,312 7,9 0,500 12,7
40/42 1016,0/1066,8 40/42 1016,0/1066,8 0,344 8,7 0,500 12,7
44/46 1117,6/1168,4 44/46 1117,6/1168,4 0,375 9,5 0,500 12,7
48/50 1219,2/1270,0 48/50 1219,2/1270,0 0,406 10,3 0,500 12,7
52/54 1320,8/1371,6 52/54 1320,8/1371,6 0,438 11,1 0,500 12,7
56 1422,4 56 1422,4 0,469 11,9 0,500 12,7
58/60 1473,2/1524,0 58/60 1473,2/1524,0 0,500 12,7 0,625 15,9
62/64 1574,8/1625,6 62/64 1574,8/1625,6 0,562 14,3 0,625 15,9

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8 Profundidade de enterramento operação, quando assentados sob as pistas de rolamen-


to das vias públicas, devem manter o maior afastamento
8.1 Gasodutos de transmissão devem ser enterrados em possível do alinhamento das habitações.
profundidades de acordo com a Tabela 7, exceto nos
casos previstos em 8.3 a 8.8. 9.3 Em se tratando de implantação de gasodutos em
áreas urbanas ou em projetos novos de urbanização, de-
Tabela 7 - Valores de cobertura mínima ve-se compatibilizar o projeto dos gasodutos com o plano
diretor da área, tendo em vista o prescrito em 9.1 e 9.2, e
Cobertura mínima (mm) o crescimento previsto para a área, conforme 6.7.
Classe de locação/
situação Escavação Escavação em 9.4 Devem existir, no mínimo, 0,30 m de afastamento en-
normal rocha (A) tre qualquer gasoduto enterrado e outras instalações
consolidada subterrâneas não-integrantes do gasoduto. Quando tal
afastamento não puder ser conseguido, devem ser to-
1 750 450 mados cuidados, tais como encamisamento, instalação
de material separador ou colocação de suportes, no sen-
2 900 450 tido de se proteger o gasoduto.

3e4 900 600 9.5 O assentamento de um gasoduto deve se dar, prefe-


rencialmente, nas vias de maior largura.
Sob valas de
drenagem em 900 600 9.6 Nas vias em que existam instalações subterrâneas,
rodovias e ferrovias como garagens avançadas, túneis de metrô e outros, o
assentamento do gasoduto deve se dar de forma a man-
(A)
A escavação em rocha caracteriza-se pela utilização de ex- ter o maior afastamento das instalações.
plosivo ou martelete pneumático.
9.7 Quando da existência de linhas de alta-tensão aéreas,
8.2 Gasodutos de distribuição devem ser enterrados com
subterrâneas ou aterramentos de tais linhas, ao longo do
coberturas iguais ou superiores a 600 mm, exceto nas
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caminhamento do gasoduto, deve ser previsto afasta-


condições previstas em 8.3 a 8.6 e 8.8.
mento compatível com as características das linhas de
transmissão.
8.3 Todos os gasodutos instalados em leitos de rios e
canais navegáveis devem ter uma cobertura mínima de
10 Requisitos devidos à proximidade de linhas
1200 mm nos solos comuns e 600 mm em rocha con-
elétricas
solidada.

8.4 Em rios e canais sujeitos à dragagem, a cobertura Quando a diretriz do gasoduto acompanhar a diretriz de
uma linha de transmissão elétrica, devem ser adotados os
mínima, em relação à cota de dragagem, deve ser de
seguintes procedimentos:
2000 mm.

8.5 Em locais onde a cobertura mínima preconizada em a) utilizar conexões nos sistemas de purga que con-
8.1 e 8.2 não puder ser adotada, o gasoduto deve receber duzam o gás para longe das linhas elétricas, se
proteção mecânica. estas forem aéreas;

8.6 Onde as cargas externas forem elevadas, o projeto b) estabelecer conexão elétrica entre pontos do ga-
deve assumir o compromisso entre a profundidade e a soduto que possam ser separados, cuja capacid-
proteção mecânica do gasoduto, de acordo com as re- ade seja de, no mínimo, metade da capacidade da
comendações do Capítulo 12. linha de transmissão;

8.7 Em áreas onde atividades agrícolas possam levar a c) executar estudo em conjunto com a companhia
escavações profundas, em áreas sujeitas à erosão, e em de energia elétrica, verificando:
locais onde possam ocorrer modificações nas cotas do
terreno, são necessárias proteções adicionais para o ga- - a necessidade de proteção do pessoal de cons-
soduto. trução e operação contra as correntes induzidas
no gasoduto, principalmente quando o gasodu-
8.8 Para o cruzamento de rodovias, ruas e ferrovias, de- to for enterrado em solo úmido ou com o lençol
vem ser cumpridas as exigências de cobertura mínima freático em nível alto;
previstas em 11.4.1.6 a 11.4.1.8.
- a possibilidade de as correntes induzidas perfu-
9 Afastamentos rarem o revestimento do gasoduto;

9.1 O afastamento de segurança, para assentamento de - os possíveis efeitos adversos decorrentes da


gasodutos em vias públicas, deve levar em consideração ação das correntes induzidas sobre os sistemas
a máxima pressão de operação e o diâmetro. de proteção catódica, comunicações e outros;

9.2 Os gasodutos a serem implantados em áreas urba- - verificar a necessidade de instalar aparelhos de
nas, independentemente das suas características de drenagem de corrente de fuga.

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11 Cruzamentos e travessias b) disponibilidade de um trecho reto e nivelado nas


margens para a instalação do duto, evitando-se
11.1 Geral pontos de inflexão muito próximos das margens;

11.1.1 Este Capítulo estabelece critérios para projetos de c) existência de projetos de ampliação;
cruzamentos e de travessias. Sua aplicação deve ser fei-
ta levando-se em consideração os requisitos dos Capítu- d) dragagem de áreas sujeitas à navegação, inclusi-
los 8 e 9. Este Capítulo destina-se, primordialmente, aos ve cota de arrasamento;
gasodutos de transmissão e, na medida das possibilida-
des locais, aos gasodutos de distribuição. e) necessidade de obras auxiliares;

11.1.2 Os cruzamentos de que trata este Capítulo podem f) possibilidade de danos e indenização a terceiros;
ser feitos com ou sem tubo-camisa.
g) observância das normas e recomendações do ór-
11.1.3 Os cruzamentos devem preferencialmente ser pro- gão público responsável;
jetados sem tubo-camisa sempre que haja a possibili-
dade de manutenção do gasoduto com escavação a céu h) observância das normas e disposições do órgão de
aberto. proteção ambiental.

11.1.4 O projeto de cruzamentos de rodovias e ferrovias 11.2.4 Na aproximação do cruzamento ou travessia, de-
requer estudos específicos e consulta à autoridade com- vem ser considerados os seguintes fatores:
petente.
a) as curvas de entrada e saída devem ter raios com-
11.1.5 O projeto de travessias de cursos d’água nave- patíveis com os raios de curvatura admissíveis pa-
gáveis requer estudos específicos e consulta à autori- ra o duto;
dade competente.
b) facilidade de acesso para a construção, monta-
11.1.6 Em travessias, o fator de projeto é determinado em gem e manutenção;
função da classe de locação da região atravessada pelo
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gasoduto. c) existência de áreas não-sujeitas a alagamento e


com espaço suficiente que permita a montagem e
eventual armazenamento e revestimento de tubos.
11.2 Seleção de locais para cruzamentos e travessias
11.2.5 Além das recomendações anteriores, devem ser
11.2.1 A seleção dos locais de cruzamentos e travessias
observados os seguintes pontos:
deve levar em conta as limitações impostas pelo curva-
mento dos tubos, considerando, principalmente, os se-
a) quando for prevista a utilização de tubo-camisa,
guintes casos:
selecionar um trecho em que a ferrovia ou rodovia
esteja em ponto de transição entre corte e aterro,
a) dutos de grande diâmetro (24" e maiores);
evitando-se movimento de terra e curvas verticais
desnecessárias;
b) dutos utilizando tubos com reduzida espessura de
parede; b) pesquisar a possibilidade de cruzamento através
de galerias ou pontilhões existentes e através do
c) passagem de “pig” instrumentado. aproveitamento de facilidades existentes (pontes,
viadutos e outras obras de arte) para o caso de
11.2.2 Deve ser procurada uma locação adequada, evi- travessias;
tando-se trechos excessivamente acidentados e/ou com
curvas acentuadas. Não sendo possível atender a essa c) procurar um ponto onde o cruzamento possa ser
recomendação, devem ser realizados estudos econômi- executado a céu aberto;
cos, comparando as seguintes alternativas:
d) no cruzamento de linhas elétricas de transmissão,
a) desvios e variantes para os trechos mais críticos; o duto deve, preferencialmente, passar perpendi-
cular à linha, no centro do vão entre duas torres,
b) execução de serviços adicionais de movimentação sem interferir com o ponto de aterramento;
de terra, bem como de outras obras necessárias à
execução do cruzamento ou travessia; e) no cruzamento com tubulações e outras interfe-
rências, deve haver um estudo específico para a
c) utilização de tubos com maior espessura de pare- fixação da cota do gasoduto, atendendo à orien-
de nos trechos mais críticos. tação de 9.4 e 9.7;

11.2.3 Merecem também atenção, na locação dos cruza- f) executar sondagens geotécnicas de reconheci-
mentos e travessias, os seguintes aspectos: mento, para melhor definição do ponto de cruza-
mento ou travessia.
a) o eixo do cruzamento ou travessia deve ser per-
pendicular ao eixo da interferência, de modo a ob- 11.2.6 Especialmente para as travessias, deve ser obser-
ter o menor comprimento possível; vado o seguinte:

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a) a travessia de rios deve ter margens bem defini- 11.4.1.7 A distância mínima entre o nível da base dos tri-
das e que requeiram o mínimo de movimentação lhos e o topo do gasoduto ou do tubo-camisa deve ser de
de terra e de serviços de recomposição; 1,40 m.

b) natureza, conformação e permanência do leito e 11.4.1.8 Em ambos os tipos de cruzamentos de 11.4.1.6 e


das margens; 11.4.1.7, quando o gasoduto ou tubo-camisa for insta-
lado pelo método de perfuração, a distância mínima deve
c) verificação da existência de batimetria e sonda- ser de 1,80 m.
gens;
11.4.1.9 Os tubos-camisa podem ser feitos a partir de tu-
d) informações sobre o regime do rio, transporte de bos de aço-carbono, novos ou usados, inclusive tubos
sedimentos, possibilidade de desvios, navegabi- refugados de fábrica por não-conformidade dimensional
lidade, dragagem e represamento; que não comprometam a sua utilização para este fim.

11.4.1.10 Os tubos-camisa devem possuir acessórios que


e) escolha de pontos onde o desvio do curso d’água
os isolem, eletricamente, do gasoduto.
seja possível, durante a construção;
11.4.1.11 Os tubos-camisa não podem transferir carga
f) a travessia aérea não é recomendável, justifican-
externa para o gasoduto.
do-se apenas no caso de leitos profundos ou
quando os aspectos de segurança desaconse- 11.4.1.12 As espessuras mínimas de parede para os tu-
lharem outro tipo de construção. bos-camisa, em cruzamentos rodoviários e ferroviários,
são apresentadas nas Tabelas 8 e 9. Estas espessuras
11.3 Sinalização dos cruzamentos e travessias foram calculadas considerando tubos de aço de qualida-
de comercial e admitindo uma deflexão diametral máxi-
Todos os cruzamentos e travessias devem ser sinaliza- ma de 3%.
dos de acordo com o Capítulo 13.
Tabela 8 - Espessuras mínimas para uso em
11.4 Condições específicas tubos-camisa em cruzamento rodoviário
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11.4.1 Dimensionamento e proteção mecânica Diâmetro nominal Espessura mínima


do tubo-camisa
11.4.1.1 O dimensionamento dos dutos, nos trechos de
pol. mm pol. mm
cruzamentos e travessias, deve obedecer ao disposto no
Capítulo 12, levando-se em conta os esforços adicionais Até 12 Até 300 0,156 4,0
necessários à sua execução ou devidos a cargas exter-
De 14 a 24 De 350 a 600 0,188 4,8
nas. Geralmente, nesses casos, os dutos ficam submeti-
dos a esforços que podem determinar o aumento da es- De 26 a 36 De 650 a 914 0,219 5,6
pessura requerida de parede calculada para a pressão De 38 a 48 De 965 a 1219 0,281 7,1
interna.
De 50 a 64 De 1270 a 1626 0,375 9,5
11.4.1.2 O dimensionamento do tubo-camisa deve ser fei-
to de acordo com o disposto no Capítulo 12. Tabela 9 - Espessuras mínimas para uso em
tubos-camisa em cruzamento ferroviário
11.4.1.3 Quando se fizer necessária, a proteção mecânica Diâmetro nominal Espessura mínima
do duto, quanto às cargas externas, deve ser feita com do tubo-camisa
jaqueta de concreto com espessura mínima de 38 mm e
pol. mm pol. mm
fck > 15 MPa. A solução usando placas de concreto ins-
taladas entre o duto e a superfície do solo pode ser ado- Até 10 Até 250 0,188 4,8
tada para os casos onde a altura de cobertura, por si só, 12 a 16 300 a 400 0,219 5,6
for insuficiente para a proteção do duto.
18 450 0,250 6,4
11.4.1.4 Nos cruzamentos e travessias sem tubo-camisa, 20 500 0,281 7,1
a carga de terra e a sobrecarga de tráfego devem sempre 22 550 0,312 7,9
ser consideradas para o cálculo da tensão de flexão
transversal, Sce, atuante na parede do duto condutor, o 24 600 0,344 8,7
qual deve ter sua espessura verificada para atender a es- 26 650 0,375 9,5
ta condição. Para o cálculo de Sce, ver 22.6.
28 a 30 700 a 762 0,406 10,3
11.4.1.5 A sobrecarga de tráfego transmitida ao duto atra- 32 813 0,438 11,1
vés do solo não necessita ser considerada em qualquer 34 a 36 864 a 914 0,469 11,9
instalação com profundidade de enterramento superior
38 a 44 965 a 1118 0,500 12,7
a 3,00 m.
46 a 50 1168 a 1270 0,562 14,3
11.4.1.6 A distância mínima entre a superfície da rodovia 52 a 56 1321 a 1422 0,625 15,9
e o topo do gasoduto ou do tubo-camisa deve ser de
60 a 64 1524 a 1626 0,688 17,5
1,20 m.

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11.4.2 Lastreamento 11.4.2.7 A solução de lastreamento utilizando-se o rea-


terro da vala somente deve ser aplicada nos locais onde
11.4.2.1 São consideradas aceitáveis quaisquer das haja certeza da permanência natural do material de co-
soluções da Tabela 10. bertura durante a vida da instalação e onde haja a certeza
de que atividades de terceiros não venham a retirar mate-
Tabela 10 - Soluções aceitáveis para lastreamento rial de cobertura.

Local de Travessia Áreas Áreas 11.4.2.8 O lastreamento por reaterro da vala não deve ser
aplicação de rios e permanen- eventual- usado onde haja curso d’água ou submersão permanen-
canais temente mente Brejos Manguezais te do solo.
Tipo de las- inundadas inundadas
treamento 11.4.2.9 Para a solução de vala com reaterro, as seguintes
recomendações devem ser observadas:
Jaqueta de X X X X X
concreto a) cobertura mínima de 1 m a partir da geratriz supe-
Bloco de X X X rior do duto;
lastro
b) massa específica do solo submerso (reaterro)
Ancoragem X X igual ou superior a 900 kg/m3;
Vala com X X
c) solo de reaterro granular grosso, bem graduado,
reaterro
apresentando alguma coesão, sem ser muito plás-
tico, de modo a aceitar ligeira compactação; (índi-
11.4.2.2 A estabilidade do duto, quanto à flutuação, é ce de plasticidade - 6% e limite de liquidez (LL)
garantida pelo fator FS, que é definido pela razão entre o inferiores a 30%);
peso P do conjunto duto + lastro + reaterro e a força E de
empuxo do meio de imersão. O fator FS deve satisfazer à d) razão FS igual ou superior a 1,5.
seguinte condição:
12 Proteção de tubulações enterradas quanto a
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FS = (P/E) > 1,1 cargas externas

Sendo: 12.1 Este Capítulo trata da proteção mecânica do gaso-


duto quanto a cargas externas, tanto de terra e tráfego
P = Pt + Pl + H . D . Gsub. quanto de impacto de ferramentas de escavação.

E = (π . D2 /4) . Gm 12.2 São consideradas cargas externas de terra e tráfego


as transmitidas às estruturas enterradas pelo peso de ter-
Onde: ra e pelo peso e choque dos veículos rodoviários e ferro-
viários que trafegam na superfície.
Pt = massa do duto - (kg/m)
12.3 São consideradas cargas externas de impacto as
Pl = massa do lastro - (kg/m) transmitidas às estruturas enterradas pelo impacto direto
de ferramentas manuais e lâminas de equipamentos de
H = altura de cobertura - (m) escavação.

D = diâmetro externo do duto (ou da jaqueta) - (m) 12.4 A proteção mecânica dos gasodutos deve ser feita
dentro dos critérios descritos em 12.4.1 a 12.4.3.
Gsub. = massa específica do solo submerso (rea-
terro) - (kg/m3) 12.4.1 Para carga de terra

Gm = massa específica do meio de imersão - (kg/m3) Ao longo do gasoduto, a proteção contra a carga de terra
deve ser garantida por um adequado dimensionamento da
11.4.2.3 A massa específica do concreto de lastro deve parede do gasoduto; normalmente a espessura selecio-
ser, no mínimo, igual a 2240 kg/m3. nada, segundo os critérios do Capítulo 7, é suficiente pa-
ra a proteção contra a carga de terra.
11.4.2.4 A massa específica do meio de imersão deve ser
considerada, no mínimo, igual a 1030 kg/m3 (água). 12.4.2 Para cargas de terra e tráfego

11.4.2.5 Para dutos submersos em cursos d’água, deve Neste caso, para a proteção mecânica do gasoduto, de-
ser verificada a estabilidade do conjunto em relação à vem ser seguidas as seguintes orientações:
força vertical ascendente provocada pela velocidade de
corrente de fundo. a) para locais onde esteja prevista a manutenção do
gasoduto com interrupção (mesmo que parcial) do
11.4.2.6 O uso de blocos de lastro não é recomendável, tráfego, para possibilitar a escavação a céu aber-
justificando-se apenas onde os aspectos de segurança to, a proteção deve ser feita:
aconselharem sua aplicação. Nestes casos, deve ser ve-
rificada a concentração de esforços no duto nos pontos - preferencialmente pelo dimensionamento da pa-
de aplicação do bloco. rede do próprio gasoduto;

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NBR 12712/1993 19

- pelo emprego de laje de concreto enterrada pró- de operar, não pode exceder a pressão de projeto do
ximo ao topo do duto, dimensionada para as elemento mais fraco do sistema.
cargas envolvidas, cuja função é reduzir a in-
fluência da carga de tráfego, distribuindo-a uni- 14.1.1.2 Em certas situações, a companhia operadora é
formemente por uma área maior e, conseqüen- levada a limitar a máxima pressão de operação a valores
temente, baixando sua magnitude; inferiores aos originalmente estabelecidos no projeto.
Neste caso, o novo valor da MPO deve ser estabelecido,
- pelo emprego de jaqueta de concreto, dimen- e dispositivos de proteção contra sobrepressão devem
sionada para as cargas envolvidas. Deve ser ve- ser instalados. Entre os casos mais comuns para esta si-
rificada a capacidade do conjunto duto-jaqueta tuação, citam-se:
de suportar as pressões laterais do solo;
a) gasodutos em estado avançado de corrosão ou
b) para locais onde não haja possibilidade de inter- com outros defeitos que comprometam sua resis-
rupção de tráfego e conseqüentemente de esca- tência;
vação a céu aberto, a proteção tem de ser feita
com a instalação de tubo-camisa ou com a cons- b) gasodutos que tenham operado por longo tempo
trução de obras de arte. (anos), fora das condições de projeto;

12.4.3 Para cargas de impacto c) modificação na classe de locação do gasoduto.

A proteção recomendada neste caso é a laje de concreto 14.1.2 Transmissão de gases


ou a jaqueta de concreto mencionadas em 12.4.2-a).
14.1.2.1 Gasodutos para transmissão de gases devem ser
12.5 Para o cálculo das tensões provocadas pelas car- dimensionados de acordo com o Capítulo 7. A máxima
gas externas de terra e tráfego, ver 22.6. pressão de operação destes gasodutos define a sua pres-
são de ensaio, conforme 29.2.
12.6 Um fator a ser considerado, entre as medidas adota-
das para proteção mecânica, é a realização de uma boa 14.1.2.2 Quando for verificada a possibilidade de ocorrên-
compactação do solo de reaterro, além de uma boa es- cia de fratura frágil, na eventualidade de um vazamento,
colha deste material; estas providências visam a assegu-
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devem ser exigidas prescrições adicionais de ensaios de


rar um melhor trabalho mecânico do tubo, aproveitando tenacidade ao impacto, limitação de dureza, limitação da
toda a sua capacidade de distribuir as pressões laterais do razão entre tensões de escoamento e ruptura, e, requisi-
solo envoltório. tos especiais de soldagem.
13 Sinalização 14.1.3 Distribuição de gases

13.1 Este Capítulo se refere à sinalização de gasodutos de 14.1.3.1 Distribuição em alta pressão
transmissão, não se aplicando, portanto, às redes de dis-
tribuição de gás canalizado. Em sistemas de distribuição de gases em alta pressão, a
MPO não pode exceder:
13.2 As faixas e áreas de domínio dos gasodutos devem
ser identificadas e sinalizadas com placas e marcos. a) a pressão de projeto do elemento mais fraco do
sistema;
13.3 Nas faixas de domínio dos gasodutos, devem ser
instalados marcos indicadores de distância, a cada qui- b) a máxima pressão a que o sistema pode ser sub-
lômetro. metido, baseado na sua história de operação e
manutenção.
13.4 Nas faixas de domínio dos gasodutos, os marcos de-
limitadores das faixas devem ser instalados nos limites
14.1.3.2 Distribuição em baixa pressão
destas, espaçados de modo que fiquem intervisíveis.
Em sistemas de distribuição de gases em baixa pressão,
13.5 Nas faixas de domínio dos gasodutos, junto aos
a MPO não pode exceder:
cruzamentos com estradas e nas travessias de cursos
d’água, devem ser instaladas placas de advertência. a) a pressão que possa provocar operação insegura
de qualquer equipamento de queima à baixa pres-
13.6 Em áreas urbanas, devem ser usadas fitas de aviso
são acoplado ao sistema; ou
sobre a geratriz do gasoduto.

13.7 As instalações aéreas, ao longo dos gasodutos, de- b) uma pressão de 14 kPa (0,14 kgf/cm2).
vem ser sinalizadas por placas.
14.2 Controle de pressão
14 Controle e limitação das pressões
Todo sistema de escoamento de gases, alimentado por
14.1 Máxima pressão de operação uma fonte que possa operar em pressão superior à máxi-
ma pressão de operação (MPO) do sistema em questão,
14.1.1 Geral deve ser equipado com um dispositivo de controle de
pressão, junto à fonte de alimentação, especificado para
14.1.1.1 A máxima pressão de operação (MPO), sendo por ajustar a pressão para as condições de operação nas
definição a maior pressão na qual um sistema de gás po- quais o sistema possa ser operado.

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20 NBR 12712/1993

14.3 Limitação de pressão e) que seja capaz de manter a precisão de regula-


gem em condições normais de operação e de li-
14.3.1 Proteção contra sobrepressões acidentais mitar o aumento da pressão em condições de flu-
xo zero, a 50% ou menos da pressão regulada
14.3.1.1 Exceto nos casos mencionados em 14.3.1.2 e quando há fluxo;
14.3.1.3, os sistemas de escoamento de gases devem ser
equipados com dispositivos de limitação ou alívio de pres- f) que seja integral, sem tomada de pressão;
são, quando uma falha do dispositivo de controle elevar a
pressão acima da MPO do sistema. g) que, no caso de rompimento do diafragma, seja
levado a fechar.
14.3.1.2 Consumidores alimentados por sistemas de dis-
tribuição, cuja máxima pressão de operação seja menor
14.3.2 Tipos de dispositivos de proteção
que 14 kPa (0,14 kgf/cm2) e cuja pressão não provoque
funcionamento inseguro nos equipamentos, não neces-
A seguir estão relacionados os tipos de dispositivos que
sitam de dispositivos de controle e limitação de pressão.
podem ser utilizados para impedir a sobrepressão:
14.3.1.3 Consumidores alimentados por sistemas de dis-
tribuição, cuja máxima pressão de operação esteja entre a) válvula de segurança por alívio, tipo mola, piloto ou
14 kPa (0,14 kgf/cm2) e 200 kPa (2,04 kgf/cm2), não selo líquido;
necessitam ser dotados de dispositivos de segurança adi-
cional, caso a pressão de utilização do gás no consumi- b) válvula de segurança por bloqueio - excesso de
dor seja controlada por regulador com as seguintes ca- pressão;
racterísticas:
c) válvula controladora monitora;
a) que seja capaz de reduzir a pressão para os valo-
res recomendados para os equipamentos do con- d) válvula controladora em série com ativa.
sumidor;
14.3.3 Dispositivos de controle e proteção requeridos em
b) que seja de passagem única, com diâmetro do ori- estações de controle de pressão
fício não-maior que o recomendado pelo fabrican-
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te para a máxima pressão de entrada; 14.3.3.1 Encontram-se esquematizados na Figura 1 os


dispositivos de controle e proteção requeridos em esta-
c) que o assento da válvula seja feito de material re- ções de controle de pressão. Estas estações caracteri-
siliente, resistente às impurezas, à abrasão do gás zam-se por separar dois sistemas com valores distintos
e ao corte pelo obturador e não apresente defor- de MPO. A Figura 2 fornece a simbologia da Figura 1.
mação permanente quando em uso;
Nota: Exemplos de aplicação dos dispositivos de controle e pro-
d) que as tubulações que interligam o regulador não teção requeridos em estações de controle de pressão es-
sejam maiores que 2"; tão apresentados no Anexo E.

Figura 1 - Dispositivos requeridos nas estações de controle de pressão

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NBR 12712/1993 21

Válvula de controle - Controla a pressão a jusante

Válvula de bloqueio - Bloqueia o fluxo de gás, limitando a


automático pressão a jusante da controladora

Válvula de controle - Controla a pressão a jusante da


monitora controladora ativa, na ocorrência de falha
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Válvula de segurança - Alivia o gás na ocorrência de falha da


controladora. É dimensionada para a
condição de falha aberta da controladora

Válvula de controle - Controla a pressão em dois estágios. A


em série pressão de ajuste da controladora a
montante deve ser inferior à MPO a jusante

Figura 2 - Simbologia

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22 NBR 12712/1993

14.3.3.2 Adicionalmente aos dispositivos requeridos na Fi- a) limitar a pressão no valor da máxima pressão de
gura 1, eventualmente recomenda-se instalar válvula de operação admissível (MPOA) acrescida de 10% ou
alívio parcial dimensionada para a condição de vazamen- no valor que provocar uma tensão circunferencial
to da controladora quando esta estiver fechada. Esta re- de 75% da tensão mínima de escoamento espe-
comendação se faz necessária quando há modificação na cificada do material do tubo, o que for menor;
classe de pressão das instalações a montante em relação
a jusante. b) limitar a pressão, em sistemas de distribuição de
gás em baixa pressão, a valores que não provo-
14.4 Considerações sobre o projeto de estação de quem operação irregular dos equipamentos de quei-
controle e limitação de pressão ma conectados à rede.

14.4.1 Geral 14.4.3.2 Quando um gasoduto for alimentado por mais de


uma estação de controle ou compressão, a capacidade
14.4.1.1 As estações devem ser projetadas e instaladas de do sistema de alívio destas estações deve considerar as
forma a evitar condições de pressão perigosas para as capacidades de alívio das demais estações. No cálculo
instalações conectadas a jusante destas estações, na desta capacidade, deve-se considerar as limitações de
ocorrência de acidentes, tais como explosão em estações transferência do gás entre as estações.
subterrâneas ou choque de veículos.
15 Estações de compressão
14.4.1.2 O projeto deve impedir falhas na operação de
válvulas, objetivando a continuidade operacional dos dis- 15.1 Projeto
positivos de segurança e proteção.
15.1.1 Localização
14.4.1.3 Cuidado especial deve ser dedicado aos tubos de
instrumentação. Eles devem ser protegidos contra queda A localização do prédio de compressores deve levar em
de objetos, escavações indevidas ou outras causas de da- consideração a existência de construções adjacentes,
no. O projeto e instalação devem considerar que a falha de mantendo uma distância dessas construções para evitar
um tubo de instrumentação não provoque sobrepressão que um incêndio nestas construções atinja a estação e,
nas instalações a jusante. também, com espaço suficiente em torno do prédio para
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permitir a livre movimentação do equipamento de com-


bate a incêndio.
14.4.2 Cuidados especiais em instalações de alívio

15.1.2 Construção
14.4.2.1 As chaminés de válvulas de alívio, suspiros, ou
outras saídas de dispositivos de alívio devem ser localiza-
Todos os prédios da estação de compressores, que abri-
das onde o gás possa ser descartado para a atmosfera, em
guem tubulações de DN > 2" ou equipamentos que tra-
local seguro. Onde necessário, as chaminés e suspiros de-
balham com gás (exceto aqueles para fins domésticos),
vem ser protegidos contra entrada de água de chuva.
devem ser construídos com materiais não-combustíveis
ou limitadamente combustíveis. O prédio da estação de
14.4.2.2 O dimensionamento de aberturas, tubos e cone-
compressores deve ser executado em conformidade
xões localizados entre o gasoduto a ser protegido e o dis-
com a NBR 6118.
positivo de alívio, assim como a tubulação de purga, de-
ve ser executado de forma a propiciar o bom funcio- 15.1.3 Saídas
namento do dispositivo de alívio.
15.1.3.1 No mínimo duas saídas devem ser previstas para
14.4.2.3 Devem ser tomadas precauções objetivando im- cada patamar de operação, passarelas ou platafor-
pedir o fechamento indevido de válvulas de bloqueio que mas, situadas a 3 m ou mais do nível do chão. Tais saídas
tornem o sistema de alívio inoperante. Métodos aceitá- podem ser escadas, escadas-de-mão fixas, etc. Uma
veis para operação do bloqueio de válvulas de alívio são passarela exclusiva para um equipamento não requer
descritos a seguir: duas saídas.

a) travar a válvula de bloqueio na posição aberta. 15.1.3.2 A distância máxima de qualquer ponto de um lo-
Permitir o fechamento da válvula de bloqueio do cal de operação a uma saída não pode exceder 23 m,
alívio com a anuência e assistência do pessoal de medida ao longo da linha de centro de acesso.
operação. Tão logo quanto possível, retornar a
válvula para a posição aberta; 15.1.3.3 As saídas devem ter portas desobstruídas, lo-
calizadas de modo a permitir fácil acesso, e devem pro-
b) instalar duas válvulas de bloqueio do alívio, em pa- piciar passagem para local seguro. Os trincos das portas
ralelo, com intertravamento mecânico entre elas, devem ser facilmente abertos pelo interior, sem chaves.
de forma a sempre manter uma em operação e ou- As portas localizadas em paredes exteriores devem abrir
tra em reserva. para fora.

14.4.3 Capacidade requerida aos dispositivos de alívio e 15.1.4 Ventilação


limitação de pressão
Os prédios de compressores devem possuir saídas de ar
14.4.3.1 Cada dispositivo de proteção, ou combinação de na parte superior (lanternim) para evitar o aprisionamento
dispositivos, deve ter suficiente capacidade para: de gás. A estação deve ter ventilação suficiente para que

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NBR 12712/1993 23

os empregados não corram perigo em condições normais inclua a verificação do funcionamento de todos os equi-
de operação (ou algumas condições anormais, como uma pamentos de proteção.
junta danificada, etc.), devido ao acúmulo em concentra-
ções perigosas de vapores ou gases inflamáveis ou tóxi- 15.4.2 Equipamentos de remoção de líquido
cos, em salas, poços ou qualquer outro ambiente fecha-
do. 15.4.2.1 Devem ser previstos dispositivos de retirada de lí-
quido, nos casos onde houver possibilidade de acúmulo
15.1.5 Áreas cercadas de líquido na linha de sucção de cada estágio (ou de cada
unidade, no caso de compressor centrífugo), em quanti-
Qualquer área cercada que possa impedir a fuga de pes- dade que possa vir a danificar o equipamento.
soas dos arredores da estação de compressão, numa
emergência, deve ter, no mínimo, dois portões. Os por- 15.4.2.2 Os dispositivos para remoção de líquido devem
tões devem ser localizados de modo a permitir fuga para satisfazer às seguintes condições:
local seguro, e, desde que localizados a menos de 60 m de
qualquer estação de compressores, devem abrir para fo- a) ter dispositivo manual para drenar cada sepa-
ra e permanecer destrancados (ou ser facilmente abertos rador;
do interior, sem auxílio de chaves), quando a área interna
estiver ocupada. b) quando bolsões (slugs) de líquido puderem ser car-
reados ao compressor, prever dispositivo para dre-
15.2 Instalações elétricas nagem do separador e, adicionalmente, dis- posi-
tivo de parada automática do compressor ou alar-
Todos os equipamentos elétricos e cabos, instalados em me de nível alto de líquido;
estações de compressão de gás, devem atender aos re-
quisitos da NBR 5418. c) ser construídos de acordo com o ANSI/ASME, Se-
ção VIII, exceto aqueles construídos de tubos e
15.3 Controle de corrosão componentes de tubulação sem soldagem interna,
caso em que devem ser projetados com fator de
Medidas a fim de proteger a tubulação da estação de projeto 0,40.
compressão devem ser tomadas de acordo com o Capí-
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15.4.3 Equipamento de combate a incêndio


tulo 30.
Toda a estação de compressão deve possuir equipamen-
15.4 Equipamentos da estação de compressão
tos adequados ao combate a incêndio. Caso bombas de
incêndio façam parte dos equipamentos, sua operação
15.4.1 Compressores
não deve ser afetada pelo sistema de desligamento auto-
mático de emergência da estação.
15.4.1.1 Projeto
15.5 Equipamentos para desligamento de emergência
Cada compressor, acessório e sistema auxiliar devem ser
projetados para operar de modo seguro e eficiente na fai- 15.5.1 Geral
xa das condições de operação. Cada compressor deve
ser projetado para operar, em serviço contínuo, em toda 15.5.1.1 Cada estação de compressão deve ter um siste-
a faixa das condições de operação, até a condição máxi- ma de desligamento automático que atenda aos seguin-
ma do acionador. tes requisitos:

15.4.1.2 Placa de identificação a) possibilitar bloqueio da entrada e da saída de gás


da estação, e aliviar o gás bloqueado;
Cada equipamento da unidade compressora deve pos-
suir uma placa de identificação, de material resistente à b) a tubulação de alívio deve descarregar em local que
corrosão, firmemente fixada em local visível e de fácil não gere risco à estação de compressão e adja-
acesso. Da placa de identificação, devem constar dados cências;
do equipamento, tais como nome do equipamento, po-
tência e rotação, nome do fabricante, número de série e c) possibilitar o desligamento de todos os equipa-
qualquer outra informação necessária a uma correta ope- mentos de compressão de gás e instalações a gás
ração e manutenção. e elétricas nas vizinhanças dos coletores de gás e
da estação de compressão, exceto:
15.4.1.3 Isolamento térmico
- circuitos elétricos que alimentam as luzes de
Para proteção pessoal, deve ser previsto isolamento tér- emergência necessárias à evacuação do pes-
mico das partes quentes do compressor. Este isolamen- soal da estação e a vizinhança dos coletores de
to deve ser coberto com uma proteção resistente a óleo, gás;
graxa e sujeira.
- circuitos elétricos necessários à proteção de equi-
15.4.1.4 Supervisão de operação pamentos;

A supervisão de cada compressor de uma estação com- d) possibilitar operação de, no mínimo, dois lugares,
pressora deve ser de acordo com um procedimento que bum dos quais atendendo aos seguintes requisitos:

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24 NBR 12712/1993

- ser externo à área de gás da estação; alívio do compressor não evitem sobrepressão na tubu-
lação, como descrito em 15.6.1, deve ser prevista insta-
- ser próximo aos portões de saída da estação, lação de dispositivo de alívio na tubulação.
caso esta estação seja cercada, ou próximo à
saída de emergência, caso esta estação não se- 15.6.3 As linhas de alívio devem ser dimensionadas de for-
ja cercada; ma a não prejudicarem o funcionamento das válvulas de
alívio e devem conduzir o gás para local seguro.
- ser localizado a menos de 150 m dos limites
da estação; 15.7 Controle de gás combustível

- ser de fácil acesso e visibilidade. 15.7.1 Todo acionador de compressor, que opere com in-
jeção de gás combustível sob pressão, deve ser equipa-
15.5.1.2 Caso a estação de compressão abasteça direta- do de modo que a parada da máquina corte automati-
mente um sistema de distribuição sem outra fonte de su- camente o combustível e purgue o gás do coletor de
primento, o sistema de desligamento de emergência de- distribuição.
ve ser projetado de forma que não cause nenhuma para-
da não-programada na distribuição de gás.
15.7.2 Cada turbina a gás da estação deve ser equipada
de modo que, ao iniciar-se o desligamento de uma uni-
15.5.1.3 O projeto e a construção da estação de compres-
dade, haja o imediato corte do combustível desta unida-
são devem ser tais que seja minimizado o risco de dano a
de.
qualquer equipamento do sistema de desligamento de
emergência, devido à explosão ou fogo.
15.7.3 As instalações de regulagem do sistema de gás
15.5.2 Sistema de detecção de fogo e gases
combustível, para uma estação de compressão, devem
possuir dispositivo limitador de pressão regulado de mo-
do a limitar a pressão a um excedente máximo de 25% da
Toda área de compressores em estações de compressão
pressão de operação ou a um excedente máximo de 10%
deve ter sistemas de detecção de fogo e gases. Cada um
da máxima pressão de operação.
dos sistemas deve atuar de modo a iniciar o desligamen-
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to de emergência conforme requisitos de 15.5.1.1, exce-


to quando, no entender do operador, o desligamento pos- 15.7.4 Devem ser tomados cuidados, de modo a evitar
sa ser limitado a: que gás entre nos cilindros da máquina e atue no sentido
de movimentar partes enquanto a máquina estiver em
a) desligamento de todos os compressores e insta- manutenção.
lações elétricas e a gás internas à estação;
15.7.5 Todo gás utilizado para fins domésticos numa esta-
b) alívio e bloqueio, na linha principal, de todas as tu- ção de compressão deve possuir odor suficiente para
bulações de gás conectadas aos compressores servir de alerta em caso de escapamento; caso contrário,
citados em 15.5.2-a); deve ser odorizado de acordo com o descrito no Capí-
tulo 32.
c) desligamento de todas as instalações elétricas e a
gás nas vizinhanças dos coletores de gás, conec- 15.8 Tubulações na estação de compressão
tadas às tubulações de gás citadas em 15.5.2-b).
15.8.1 Tubulações de gás
15.5.3 Desligamento individual de emergência
15.8.1.1 Especificação
Cada unidade compressora de uma estação de compres-
são deve ter um sistema individual de desligamento de Todas as tubulações de gás da estação de compressão,
emergência, adequadamente locado, que leve, de modo exceto as de instrumentação, controle e tomada de
seguro, o compressor a uma parada total no menor inter- amostra, devem ser de aço e projetadas de acordo com
valo de tempo possível. Os circuitos elétrico, hidráulico ou o Capítulo 7.
pneumático das instalações de desligamento normal de-
vem permanecer em operação.
15.8.1.2 Instalação

15.6 Dispositivos de alívio de pressão


Todas as tubulações de gás em estações de compressão
15.6.1 Devem ser instalados dispositivos de alívio de pres- devem ser instaladas segundo as prescrições previstas
são, com sensibilidade e capacidade para garantir que a nesta Norma.
pressão na tubulação e nos demais equipamentos não
exceda em mais de 10% a máxima pressão de operação 15.8.1.3 Ensaios de pressão
admissível.
Todas as tubulações de gás de uma estação de compres-
15.6.2 Uma válvula de alívio de pressão deve ser instalada são devem ser ensaiadas após sua instalação, de acordo
na linha de descarga de cada compressor de desloca- com 29.2 e 29.3, exceto quando forem executadas pe-
mento positivo, entre o compressor e a primeira válvula de quenas alterações na estação e, devido às condições de
bloqueio. A capacidade de alívio deve ser igual ou supe- operação, for impraticável a execução de ensaios; neste
rior à capacidade do compressor. Caso as válvulas de caso, os tubos devem ter sido pré-ensaiados.

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NBR 12712/1993 25

15.8.1.4 Identificação de válvulas e tubulações 15.9 Equipamentos de segurança adicionais

Todas as válvulas de emergência e os controles de emer- 15.9.1 Geral


gência devem ser identificados. Todas as tubulações im-
portantes de gás devem ser identificadas de acordo com 15.9.1.1 Todo acionador de compressor, diferente de mo-
suas funções. tor síncrono ou de indução elétrica, deve ter um disposi-
tivo automático que desligue o equipamento antes que a
15.8.2 Tubulações de ar velocidade do acionador ou do acionado exceda a velo-
cidade máxima estabelecida, nos limites da segurança,
15.8.2.1 Todas as tubulações de ar das estações de pelo fabricante.
compressão devem ser construídas de acordo com a
ANSI B31.3. 15.9.1.2 Toda máquina a gás da estação de compressão
deve ter a carcaça equipada com abertura à prova de ex-
15.8.2.2 A pressão do ar de partida, o volume estocado e plosão ou com ventilação adequada.
as dimensões da tubulação de conexão ao compressor
devem ser apropriados a imprimir na máquina o número 15.9.1.3 Todo abafador do sistema de escapamento da
de rotações necessárias à purga de todo o combustível máquina a gás, numa estação de compressão, deve ter
do cilindro de potência e escapamento da máquina. As furos em cada compartimento, de modo a evitar qualquer
instruções do fabricante podem ser utilizadas como guia acúmulo de gás.
para determinar esses fatores. Deve ser levada em conta
a possibilidade de ser necessário dar partida em mais de 15.9.2 Equipamentos adicionais de proteção para
um compressor num curto intervalo de tempo. compressores de gás

15.8.2.3 Uma válvula de retenção deve ser instalada na 15.9.2.1 Todo compressor de gás de uma estação de
linha de ar de partida, próximo de cada máquina, de mo- compressão deve possuir sistema de desligamento ou
do a não permitir retorno de ar do motor às tubulações. alarme, que atue caso haja falha de refrigeração ou lu-
Outra válvula deve ser localizada na linha de ar principal brificação do equipamento.
próximo à saída de ar dos vasos. É recomendado que o
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equipamento de resfriamento, remoção de líquido e re- 15.9.2.2 Todo compressor de gás de uma estação de com-
moção de óleo seja instalado entre o compressor de ar de pressão deve possuir um dispositivo que impeça que a
partida e os vasos. temperatura do gás de descarga exceda a máxima tem-
peratura de projeto do compressor e tubulações conec-
15.8.2.4 Vasos ou garrafas de estocagem, para uso em es- tadas.
tações de compressão, devem ser construídos e equi-
pados de acordo com o ANSI/ASME, Seção VIII. 15.9.2.3 Todo compressor centrífugo de gás numa esta-
ção de compressão deve possuir um selo de óleo de emer-
15.8.3 Tubulações de óleo lubrificante gência que permita que, numa falha, do selo normal, o
compressor seja desligado com segurança.
Todas tubulações de óleo lubrificante, internas à estação
de compressão, devem ser construídas de acordo com a 16 Reservatórios tubulares e cilíndricos
ANSI B31.3.
16.1 Reservatórios tubulares em áreas de uso e
15.8.4 Tubulações de água controle não-exclusivo da companhia operadora

Todas tubulações de água, internas à estação de Um reservatório tubular para instalação em ruas, estradas
compressão, devem ser construídas de acordo com a ou áreas pertencentes (mas não de uso e controle exclu-
ANSI B31.3. sivo) à companhia operadora deve ser projetado, monta-
do e ensaiado de acordo com os requisitos desta Norma,
15.8.5 Tubulações de vapor aplicáveis a uma tubulação instalada no mesmo local e
sujeito à mesma máxima pressão de operação.
Todas tubulações de vapor, internas à estação de
compressão, devem ser construídas de acordo com a 16.2 Reservatórios cilíndricos
ANSI B31.3.
Os reservatórios cilíndricos devem ser instalados em ter-
15.8.6 Tubulações hidráulicas reno próprio ou de uso e controle exclusivos da compa-
nhia operadora.
Todas tubulações hidráulicas, internas à estação de
compressão, devem ser construídas de acordo com a 16.3 Reservatórios tubulares e cilíndricos em
ANSI B31.3. propriedade de uso e controle exclusivos da
companhia operadora
15.8.7 Tubulações de processo
16.3.1 Locação dos reservatórios
Todas tubulações de processo, internas à estação de
compressão, devem ser construídas de acordo com a Os reservatórios devem ser instalados em áreas cercadas
ANSI B31.3. para evitar o acesso de pessoas não-autorizadas.

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26 NBR 12712/1993

16.3.2 Projeto, instalação e ensaio b) em nenhum caso a relação entre a tensão mínima
de escoamento especificada e a tensão de ruptu-
16.3.2.1 Um reservatório tubular ou cilíndrico, a ser instalado ra pode exceder 0,85;
em propriedade sob uso e controle exclusivos da
companhia operadora, deve ser projetado adotando-se os c) não pode ser feita solda em reservatórios cilíndri-
fatores de projeto selecionados de acordo com a classe de cos que já tenham sofrido tratamento térmico e
locação correspondente e a distância mínima entre os alívio de tensões, ou ambos, exceto soldas de ca-
reservatórios e a cerca, conforme a Tabela 11. bos de cobre para o sistema de proteção catódica,
usando-se processo de soldagem termicamente
Tabela 11 - Fatores de projeto para reservatórios localizado;

Fator de projeto (F) d) cada cilindro deve ser ensaiado hidrostaticamente


na fábrica, não necessitando ser reensaiado hi-
Classe de locação Distância mínima entre
drostaticamente quando da instalação. A pressão
da propriedade os reservatórios e os
de ensaio na fábrica não deve ser menor do que a
limites da cerca
requerida para produzir uma tensão circunferen-
8 m - 30 m 30 m ou mais cial igual a 85% da tensão mínima de escoamento
especificada do material. Cuidadosa inspeção no
1 0,72 0,72
cilindro deve ser feita quando da instalação, não
2 0,60 0,72 sendo aceitáveis danos no cilindro;
3 0,60 0,60
e) cada cilindro e bocais devem ser ensaiados contra
4 0,40 0,40 vazamentos após a instalação, usando-se ar ou
gás a uma pressão de 350 kPa (3,5 kgf/cm2) acima
16.3.2.2 A distância mínima entre os reservatórios e os li- da máxima pressão de operação.
mites da cerca deve ser de 8 m, quando a máxima pres-
são de operação for inferior a 7000 kPa (71,4 kgf/cm2), e 16.5 Requisitos gerais aplicáveis a reservatórios
de 30 m, quando a máxima pressão de operação for tubulares e cilíndricos
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igual ou superior a 7000 kPa.


16.5.1 Devem ser tomadas medidas para proteção dos
16.3.2.3 O afastamento mínimo entre reservatórios deve reservatórios contra corrosão externa.
ser determinado pela fórmula empírica:
16.5.2 Nenhum gás contendo mais do que 2,3 mg/m3 de
3.D.P.F
L= gás sulfídrico, a uma pressão absoluta superior a 100 kPa
7 x 103 (1,0 kgf/cm2) a 15°C, pode ser armazenado.
Onde:
16.5.3 Precauções devem ser tomadas para impedir a for-
L = afastamento mínimo entre reservatórios, em mm mação ou acumulação de líquidos nos reservatórios, bo-
cais e equipamentos auxiliares, que possam causar cor-
D = diâmetro externo do reservatório, em mm rosão ou interferir na operação segura dos equipamen-
tos de armazenamento.
P = máxima pressão de operação admissível, em kPa
16.5.4 Devem ser instaladas válvulas de alívio de acordo
F = fator de projeto
com os requisitos desta Norma, com capacidade de alívio
adequada para limitar a pressão nas linhas de enchimen-
16.3.2.4 Reservatórios tubulares e cilíndricos devem ser
to e, desta maneira, no reservatório, em 110% da pres-
enterrados com cobertura mínima de 60 cm.
são de projeto do reservatório, ou uma pressão que in-
duza uma tensão circunferencial de 75% da tensão míni-
16.3.2.5 Reservatórios tubulares devem ser ensaiados
ma de escoamento do material, a que for menor.
conforme os requisitos do Capítulo 29, para um tubo ins-
talado em um local classificado na mesma classe de lo-
cação do reservatório; nos casos em que a pressão de en-
17 Válvulas intermediárias
saio produza uma tensão circunferencial superior ou igual
a 80% da tensão mínima de escoamento especificada (Sy) 17.1 Espaçamento entre válvulas
do tubo, deve ser utilizada água para o ensaio.
17.1.1 Gasodutos de transmissão
16.4 Requisitos especiais aplicáveis somente a
reservatórios cilíndricos 17.1.1.1 Na determinação do espaçamento entre válvulas,
vários aspectos devem ser considerados, tais como aces-
Um reservatório cilíndrico pode ser construído de um aço so, preservação do gás, tempo de desgaseificação, conti-
não-soldável em condições de campo, desde que atenda nuidade operacional, flexibilidade operacional, futuros de-
às seguintes limitações: senvolvimentos urbanos da região e condições naturais
adversas que coloquem em risco a segurança e operação
a) reservatórios cilíndricos construídos de aço-liga da linha.
devem atender aos requisitos de composição quí-
mica e de resistência dos vários graus de aços 17.1.1.2 A distância máxima para o espaçamento entre
segundo ASTM A-372; válvulas deve estar de acordo com a Tabela 12.

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NBR 12712/1993 27

Tabela 12 - Distância máxima para o tomatismo deve ser definido pela companhia operadora
espaçamento entre válvulas do gasoduto.

Classe de locação Espaçamento entre válvulas (km) 17.2.1.5 A locação de válvulas deve atender às exigências
da autoridade competente.
1 32
2 24 17.2.2 Válvulas para gasodutos de distribuição

3 16 17.2.2.1 Uma válvula deve ser instalada na tubulação de


4 8 entrada para cada regulador de vazão ou pressão do sis-
tema de distribuição de gás. A distância entre a válvula e
Nota: O espaçamento recomendado na Tabela 12 só pode ser o regulador deve permitir a operação da válvula durante
aumentado por imposição de dificuldades reais de acesso uma emergência, tal como um grande vazamento ou fogo
à válvula. na estação.

17.1.2 Válvulas em sistemas de distribuição de gás 17.2.2.2 Válvulas em sistemas de distribuição para uso
operacional ou de emergência devem ser localizadas de
Válvulas em sistemas de distribuição, instaladas objeti- forma a propiciar acesso imediato e facilitado numa con-
vando uso operacional ou de emergência, devem ser es- dição de emergência. Caso a válvula tenha sido instalada
paçadas conforme a seguinte orientação: em caixa, somente o acesso à haste operacional ou ao
mecanismo de abertura/fechamento necessita ser insta-
a) em sistemas de distribuição em alta pressão, as lado. A caixa deve ser projetada de forma a não permitir a
válvulas devem ser instaladas em locais acessí- transmissão de cargas externas à linha de distribuição.
veis a fim de facilitar a operação em casos de
emergência. Na determinação do espaçamento, 18 Caixas subterrâneas
devem ser feitas considerações sobre a pressão
máxima de operação, o comprimento das linhas de 18.1 Exigências de projeto estrutural
distribuição, as condições físicas locais, as even-
tuais exigências da autoridade competente, assim As caixas subterrâneas para válvulas, estações redutoras
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como o número e tipo de consumidores que se- ou limitadoras de pressão, de alívio, etc. são projetadas e
riam afetados por uma interrupção acidental do construídas de acordo com as seguintes prescrições:
abastecimento;
a) as caixas são projetadas e construídas de forma
b) em sistemas de distribuição em baixa pressão, as a resistirem às cargas a que são submetidas;
válvulas intermediárias, se não forem exigidas pe-
la autoridade competente, podem ser dispensa- b) deve ser previsto espaço interno suficiente, para
das. possibilitar que os equipamentos tenham sua
montagem, operação e manutenção adequada-
17.2 Locação de válvulas mente executadas;

17.2.1 Válvulas para gasodutos de transmissão c) no projeto de caixas para equipamentos de regu-
lagem, limitação e alívio de pressão, deve se levar
17.2.1.1 Válvulas de bloqueio intermediárias devem ser em conta a proteção destes equipamentos, de for-
acessíveis e protegidas contra danos e atos de vanda- ma a evitar sua danificação em caso de acidente;
lismo.
d) a tubulação de entrada e a do interior de uma cai-
17.2.1.2 As válvulas intermediárias podem ser instaladas xa subterrânea devem ser de aço, exceção feita às
acima do solo, enterradas ou em caixas. Em todas as ins- tubulações de controle e medição, que podem ser
talações, deve ser montado dispositivo operacional de de cobre. Onde a tubulação atravessar a estrutura
abertura e fechamento, facilmente acessível ao pessoal da caixa, devem ser previstos meios para evitar
autorizado. Todas as válvulas devem ser conveniente- a passagem de gases ou líquidos através da aber-
mente suportadas, a fim de ficarem protegidas contra mo- tura e evitar esforços na tubulação. O equipamen-
vimentos e/ou acomodações do terreno, bem como to e a tubulação devem ser adequadamente sus-
movimentos das tubulações. tentados por suportes de metal ou alvenaria, sen-
do apoiados dentro da caixa, de forma que o risco
17.2.1.3 Facilidades devem ser previstas para a execução de danificação seja minimizado;
de desgaseificação entre duas válvulas intermediárias. O
dimensionamento das válvulas e conexões para esta ope- e) as aberturas das caixas devem ser localizadas de
ração deve ser tal que permita a desgaseificação em con- forma a reduzir os riscos de que ferramentas ou
dições de emergência com rapidez compatível com sua outros objetos caiam sobre o equipamento, a tu-
necessidade. O local da instalação de desgaseificação bulação ou outro componente. A tubulação de con-
deve propiciar a purga do gás para a atmosfera. trole e os componentes ativos do equipamento não
devem ser instalados sob a abertura da caixa, a
17.2.1.4 O uso de automatismo nas válvulas de bloqueio fim de evitar que os mecânicos de manutenção pi-
intermediárias não é requerido, devido ao fato de não po- sem neles quando entrarem ou saírem dela, a me-
der ser comprovado que este, conforme ora desenvol- nos que tais componentes sejam protegidos ade-
vido, forneça proteção total ao gasoduto. O uso do au- quadamente;

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28 NBR 12712/1993

f) sempre que uma abertura deva ser localizada aci- e) se as caixas menciondas em 18.3-d) são ventila-
ma de um equipamento que possa ser danificado das por meio de aberturas nas tampas ou por
pela queda de uma tampa, deve ser instalada uma grades, e a relação do volume interno, em m3, pa-
tampa circular ou tomadas outras precauções. ra a área de ventilação efetiva da tampa ou grade,
em m2, for menor que 6 para 1, não é necessária
18.2 Condições de acesso nenhuma ventilação adicional;

Ao se escolher um local para uma caixa, devem ser con- f) caixas com volume interno menor que 2 m3 não
sideradas as condições de acesso. Alguns dos fatores a têm nenhuma exigência específica.
serem considerados na escolha do local são os seguin-
tes: 18.4 Drenagem e estanqueidade à água

a) exposição ao tráfego: deve ser evitada a constru- 18.4.1 Devem ser previstos meios para minimizar a entra-
ção de caixas em cruzamentos de rua ou em pon- da de água nas caixas; contudo, o equipamento deve ser
tos onde o tráfego é pesado ou denso; sempre projetado para operar com segurança, se sub-
merso.
b) exposição à inundação: as caixas não devem ser
18.4.2 Nenhuma caixa contendo tubulação de gás pode
construídas em pontos de elevação mínima, ba-
cias de captação ou onde a tampa de acesso à ser interligada a outra rede, como a de esgoto.
caixa esteja no curso das águas pluviais;
18.4.3 O equipamento elétrico nas caixas deve estar de
acordo com as exigências da classe 1, grupo D, do bole-
c) exposição a riscos em instalações adjacentes: as
tim número 70 da NFPA.
caixas devem ser construídas o mais afastado
possível de instalações de água, eletricidade, va-
19 Ramais de serviço
por e outras.
19.1 Prescrições gerais aplicáveis aos ramais
18.3 Selagem e ventilação da caixa
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19.1.1 Os ramais devem ser instalados a uma profundi-


Caixas subterrâneas contendo uma estação reguladora dade que os proteja de cargas externas excessivas e de
ou redutora, de alívio ou pressão, devem ser vedadas e atividades, tais como jardinagem. É exigido que seja pre-
ventiladas como segue: visto um mínimo de 0,30 m de cobertura em calçadas, jar-
dins, áreas externas de residências e condomínios, ala-
a) quando o volume interno excede 6 m 3, as caixas de- medas e demais locais não-sujeitos ao tráfego de veículos,
vem ser ventiladas com dois dutos, tendo cada e um mínimo de 0,60 m em ruas, avenidas, estradas e
um, no mínimo, a capacidade de ventilação de um pátios de estacionamento de veículos, de acordo com 8.2.
tubo de 4" de diâmetro nominal; Onde estas exigências de cobertura não puderem ser
cumpridas, devido à existência de interferências, pode ser
b) a ventilação obtida deve ser suficiente para minimi- admitida uma cobertura menor, desde que estes ramais
zar a possível formação de uma atmosfera com- sejam encaminhados protegidos por placas de concreto,
bustível na caixa. Os respiros ligados ao equipa- suportadas convenientemente, ou através de reforço no
mento de regulagem ou alívio de pressão não de- próprio tubo, através do aumento de espessura.
vem ser ligados à ventilação da caixa;
19.1.2 Os ramais devem ser adequadamente apoiados em
c) os dutos devem estender-se a uma altura acima do solos firmes ou bem compactados, em toda a extensão,
solo, adequada para dispersar quaisquer misturas de modo que o tubo não venha a ser submetido a uma
ar-gás que possam ser descarregadas. As extre- carga externa excessiva devido ao reaterro da vala. O
midades externas dos dutos devem ser equipa- material usado para reaterro deve ser isento de pedras,
das com uma conexão à prova de tempo apro- materiais de construção, etc., que possam danificar o tu-
priada, projetada para evitar que material estranho bo ou o revestimento protetor.
entre ou obstrua o duto. A área efetiva da abertura
nessas conexões, ou terminais de alívio, deve ser, 19.1.3 Onde há evidência de condensação no gás em
no mínimo, igual à área da seção transversal de um quantidades suficientes para provocar interrupções no
duto de 4" de diâmetro nominal. Os trechos hori- abastecimento do consumidor, o ramal deve ter caimen-
zontais dos dutos devem ser projetados de forma to de forma a drenar o condensado para a rede ou para
a evitar a acumulação de líquidos na linha. O nú- sifões em pontos baixos do ramal.
mero de curvas e desvios deve ser reduzido ao mí-
nimo, e deve-se prever meios para facilitar a lim- 19.2 Válvulas de bloqueio
peza periódica dos dutos;
19.2.1 As válvulas utilizadas para ramal devem atender às
d) as caixas com volume interno entre 2 m3 e 6 m3 prescrições de 4.3.1.
podem ser fechadas hermeticamente ou ventila-
das. Se fechadas hermeticamente, todas as aber- 19.2.2 O uso de válvulas de ramal de assento resiliente não
turas são equipadas com tampas estanques; nes- é recomendado, quando o projeto das válvulas é tal que a
te caso, deve ser previsto meio de ensaiar a at- exposição ao calor excessivo possa afetar sua capacida-
mosfera interna antes da remoção da tampa; de de operação.

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NBR 12712/1993 29

19.2.3 Uma válvula incorporada no quadro do medidor que 19.6 Projeto de ramais
permita que ele seja contornado não a caracteriza como
de ramal, segundo esta Norma. 19.6.1 O tubo, quando usado para ramais, deve estar de
acordo com as exigências aplicáveis do Capítulo 4.
19.2.4 Válvulas de ramais de alta pressão, instaladas den-
tro de prédios ou em locais confinados fora de prédios, 19.6.2 O cálculo da espessura de parede do ramal deve
onde o escapamento do gás seja perigoso, devem ser pro- estar de acordo com as exigências do Capítulo 7. Onde a
jetadas e construídas de forma a minimizar a possibilida- pressão for menor que 700 kPa (7,1 kgf/cm2), o ramal de-
de da retirada de internos da válvula acidentalmente ou ve ser projetado para uma pressão de projeto mínima de
deliberadamente, com ferramentas domésticas. 700 kPa.

19.2.5 A companhia distribuidora deve se certificar de que 19.6.3 Os tubos, conexões e acessórios devem ser conec-
as válvulas de ramal instaladas nos ramais de alta pres- tados por processos de soldagem ou rosqueamento.
são sejam adequadas para este uso, fazendo os seus pró-
prios ensaios ou inspecionando os ensaios feitos pelo fa- 19.7 Instalação de ramais
bricante.
19.7.1 Instalação de ramais por meio de perfuração ou
19.3 Localização de válvulas de ramal cravação

19.3.1 As válvulas de ramal devem ser instaladas em to- 19.7.1.1 Quando a instalação dos tubos revestidos for fei-
dos os ramais novos, inclusive os renovados, em área pú- ta em terreno previamente perfurado, deve ser tomado
blica, de fácil acesso. cuidado para evitar danos ao revestimento.

19.3.2 As válvulas devem ser instaladas a montante do 19.7.1.2 Na instalação de ramal em terreno previamente
medidor se não existir regulador ou, a montante do re- perfurado, a utilização do tubo revestido sem camisa só é
gulador, se existir. aceita se comprovado que o revestimento é resistente às
operações necessárias à execução (furação ou crava-
19.3.3 As válvulas subterrâneas devem ser instaladas nu- ção).
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ma caixa ou tubo extensor que permita pronta operação


da válvula. Tanto a caixa como o tubo devem ser apoia- 19.7.1.3 Em solo rochoso, o tubo revestido não deve ser in-
dos independentemente do ramal. serido através de um furo livre (sem tubo-camisa).

19.4 Ponto de ligação do ramal à rede 19.7.2 Instalação de ramais no interior ou sob construções

Os ramais devem ser ligados ao topo ou à lateral do tubo 19.7.2.1 Ramais enterrados, passando através dos alicer-
da rede. A ligação no topo é preferível, a fim de minimizar ces externos de uma construção, devem ser encamisa-
a possibilidade de que pó e umidade sejam levados do dos em tubo-luva ou protegidos de outra forma contra a
tubo para o ramal. corrosão. O ramal ou o tubo-luva, ou ambos, devem ser se-
lados no alicerce para evitar a entrada de água ou gás na
19.5 Ensaio dos ramais após a construção construção.

19.5.1 Prescrição geral 19.7.2.2 Os ramais, quando enterrados sob construções,


devem ser encamisados por um duto estanque. Quando
O ramal deve ser ensaiado após a construção e antes de um destes ramais abastece o prédio que ele atravessa, o
ser colocado em operação, para verificar se não apresen- duto deve prolongar-se até um local utilizado normalmen-
ta vazamento e se sua integridade estrutural está garanti- te e de fácil acesso. No ponto onde o duto termina, o
da. A conexão do ramal à rede não necessita ser incluída espaço entre este e o ramal deve ser selado, para evitar a
neste ensaio, se não for viável assim proceder. possível penetração de gás de vazamento. O tubo-camisa
deve ser purgado em local seguro.
19.5.2 Exigências do ensaio de estanqueidade
19.7.3 Ligação de ramais à rede
19.5.2.1 Os ramais que operam a pressões menores que
7 kPa (0,07 kgf/cm2) e que não possuem um revestimen- Os ramais podem ser ligados à rede por:
to anticorrosivo capaz de temporariamente impedir um
vazamento devem ser ensaiados com gás ou ar, a uma a) soldagem de um tê ou de dispositivo similar;
pressão não menor que 70 kPa (0,7 kgf/cm2), pelo tempo
de, no mínimo, 5 min. b) utilização de uma abraçadeira de ramal ou sela;

19.5.2.2 Os ramais que operam a pressões menores que c) utilização de conexões de compressão com jun-
7 kPa (0,07 kgf/cm2) e que possuem um revestimento tas de borracha ou similar e conexões de solda. As
anticorrosivo que não possibilite de imediato a identifica- juntas utilizadas nas redes de gás manufaturado
ção do vazamento, e todos os ramais que operam a pres- devem ser do tipo que resista a este gás;
sões maiores que 7 kPa devem ser ensaiados com gás ou
ar, durante, no mínimo, 5 min. à MPO do sistema ou a d) soldagem do ramal diretamente à rede (boca-de-
600 kPa (6,1 kgf/cm2), a que for maior. lobo).

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30 NBR 12712/1993

20 Componentes de tubulação não-padronizados talada. Quando estas conexões forem instaladas em sis-
temas existentes, devem preferencialmente ser ensaia-
20.1 Objetivo das antes da instalação; se isto não for possível, devem
passar por um ensaio de vazamento em serviço na pres-
O objetivo deste Capítulo é apresentar métodos de cál- são de operação do gasoduto.
culo, limitações nas condições de uso e recomendações
específicas para o projeto de componentes de tubulação 20.4.1.6 O projeto e a fabricação das curvas em gomos
não-padronizados. devem ser cuidadosamente executados e sua aplicação
deve obedecer às recomendações de 27.5.
20.2 Classificação e conceituação
20.4.2 Condições específicas

20.2.1 Conexões especiais 20.4.2.1 Reduções concêntricas e conexões para fecha-


mento terminal feitas a partir de tubo não são permitidas
São conexões não-padronizadas as utilizadas em situa- em sistemas cuja pressão de projeto produz tensão cir-
ções peculiares, em função de dificuldades construtivas cunferencial igual ou superior a 1/5 da tensão mínima de
para se usar a conexão padronizada ou em função da fal- escoamento especificada do material.
ta da conexão padronizada. Por exemplo:P.ex.: Curva
em gomos; redução cônica; tampão plano. 20.4.2.2 Conexões para fechamento terminal, tais como
tampão “cauda de peixe” e tampão plano, são permitidas
20.2.2 Derivações tubulares para tubos de DN igual ou inferior a 3", operando a pres-
sões inferiores a 700 kPa (7,14 kgf/cm2). É proibido tam-
São conexões não-padronizadas utilizadas para a deriva- pão “cauda de peixe” para DN superior a 3". Tampão pla-
ção de um ramal. Por exemplo: Boca-de-lobo, derivação no para DN superior a 3" só é permitido se for projetado de
com reforço integral tipo sela. acordo com a ANSI/ASME, Seção VIII.

20.3 Cargas de projeto 20.5 Derivações tubulares soldadas

20.5.1 Requisitos gerais


Os componentes de tubulação devem ser projetados e fa-
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bricados para suportarem com segurança, sem vaza-


As derivações tubulares soldadas devem ser projetadas
mento, ruptura ou falha de funcionamento, após instala-
de acordo com as recomendações de 20.5.1.1 a 20.5.1.13,
dos no sistema, a pressão de projeto atuando durante a
as quais admitem estar a derivação submetida à pressão
vida útil da tubulação e outras cargas eventualmente es-
interna e a esforços moderados de peso próprio. Quando
pecificadas.
os esforços de dilatação térmica, de peso próprio e de vi-
bração forem, isolada ou simultaneamente, a critério do
20.4 Conexões especiais projetista, consideradas significativas, deve ser feito um
estudo específico para determinar o nível de tensões na
20.4.1 Condições gerais descontinuidade entre o ramal e o tronco.

20.4.1.1 Conexões de aço fundido, forjado ou soldado, Nota: No Anexo F é dado um exemplo das regras para o projeto
com dimensões ou materiais diferentes dos padroniza- de derivações tubulares soldadas.
dos, devem ser projetadas por critérios que proporcio-
nem o mesmo grau de resistência e estanqueidade, e que 20.5.1.1 O reforço requerido no tubo-tronco deve ser
sejam capazes de atender aos mesmos requisitos de determinado pela “Regra da Equivalência de Área” que
ensaios, das conexões padronizadas exige que a área de reforço disponível seja igual ou su-
perior à área retirada do tubo-tronco para instalação do
20.4.1.2 Toda a soldagem deve ser realizada usando pro- tubo-ramal.
cedimentos e soldadores qualificados.
20.5.1.2 A área de reforço requerido (Areq.) é definida pe-
lo produto Areq. = d . et (ver nomenclatura em 20.5.2.2).
20.4.1.3 Quando a resistência destes componentes não
Quando a parede do tubo incluir uma sobreespessura
puder ser calculada ou determinada com segurança pe-
para corrosão, esta deve ser descontada da espessura
los requisitos desta Norma, a pressão admissível de tra-
nominal de parede dos tubos-ramal e tronco, para cálcu-
balho é estabelecida de acordo com a ANSI/ASME, Se-
lo de A1 e A2.
ção VIII, Divisão I.
20.5.1.3 A área de metal para o reforço da derivação deve
20.4.1.4 Unidades pré-fabricadas, que não sejam as pa- ser a soma das seguintes áreas, todas situadas dentro dos
dronizadas para solda de topo, construídas de chapa com limites da zona de reforço definida em 20.5.1.4:
costuras longitudinais, devem ser projetadas, construí-
das e ensaiadas sob os requisitos do código ANSI/ a) área transversal remanescente no tubo-tronco
ASME, Seção VIII, Divisão I. (A1), correspondente à espessura de parede ex-
cedente àquela necessária para resistir à pressão
20.4.1.5 As conexões especiais de que trata esta seção de- interna;
vem resistir a um ensaio de pressão sem apresentar va-
zamentos, ruptura, falha de funcionamento ou deforma- b) área transversal remanescente no tubo-ramal (A2),
ções permanentes. A pressão de ensaio deve ser a mes- correspondente à espessura de parede excedente
ma do sistema no qual a conexão estiver (ou for ser) ins- àquela necessária para resistir à pressão interna;

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c) área transversal dos cordões de solda (A3); coamento, e só então computada como área de reforço. O
material da chapa de reforço com tensão de escoamento
d) área transversal da chapa de reforço (A4), calcula- superior à do material do tubo-tronco deve ser considera-
da conforme 20.5.2.5, a qual já inclui a solda de do, no cálculo do reforço, como tendo a mesma tensão de
união entre o tubo-tronco e o tubo-ramal. escoamento do tubo-tronco. O material da chapa de refor-
ço deve ser compatível com os materiais dos tubos com
20.5.1.4 As áreas dos reforços são apresentadas na Figu- respeito à soldabilidade, tratamento térmico, corrosão
ra 3, onde se mostram também os limites da zona de galvânica e expansão térmica.
reforço; esta última é um retângulo cujo comprimento se
estende a uma distância “d” de cada lado da linha de 20.5.1.7 Quando os coxins ou as selas usadas para o re-
centro do tubo-ramal e cuja dimensão “L” se estende a forço cobrirem as soldas entre o ramal e o tronco, deve-se
uma distância igual a 2,5 vezes a espessura de parede do prever um pequeno furo na luva ou na sela para que haja
tubo-tronco medida a partir da superfície externa des- a purga do gás de soldagem, ou do ar numa eventual ope-
te, mas que em nenhum caso pode se estender além de ração de tratamento térmico da conexão. Esses furos pa-
2,5 vezes a espessura de parede do tubo-ramal a partir ra purga devem ser tamponados posteriormente ao en-
da superfície externa da chapa de reforço (se esta existir). saio de pressão da conexão ou do sistema de tubulação
para evitar a corrosão entre o duto e a chapa de refor-
Notas: a) A solda de união entre os tubos-tronco e ramal não foi ço.
representada na Figura 3.
20.5.1.8 O ramal deve ser ligado por solda em toda a ex-
b) A nomenclatura utilizada está definida em 20.5.2.2. tensão da parede do ramal ou do tronco; o cordão de sol-
da deve se estender por um comprimento W1, conforme
20.5.1.5 Quando o material do tubo-ramal tiver tensão de mostrado nas Figuras 4 e 5. O uso de cordão de solda côn-
escoamento inferior à do tubo-tronco, a área de reforço cavo é preferível, pois minimiza a concentração de ten-
disponível no tubo-ramal deve ser calculada com uma re- sões na junção do ramal com o tronco conforme mostra a
dução proporcional à razão entre as respectivas tensões Figura 6. A chapa de reforço deve ser ligada por solda aos
de escoamento, e só então computada como área de tubos tronco e ramal em toda a sua extensão; o cordão de
reforço. Nenhum crédito é dado, em termos de aumento solda deve se estender por um comprimento W2 e W3,
de área de reforço, para materiais do tubo-ramal com conforme mostrado na Figura 5. O reforço com coxim ou
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tensão de escoamento superior à do tubo-tronco. Neste sela deve ser feito conforme Figura 5. Quando não for
caso, a área deve ser calculada como se o material do usado um cordão de solda com a dimensão da perna (W2)
ramal tivesse a mesma tensão de escoamento do mate- igual à espessura M da chapa de reforço, a extremidade
rial do tronco. do reforço deve ser chanfrada a 45° para concordar com
a extremidade do cordão.
20.5.1.6 O material da chapa de reforço pode ter tensão de
escoamento inferior à do material do tubo-tronco, desde 20.5.1.9 Luvas, selas e coxins de reforço devem ser perfei-
que sua área de reforço seja calculada com uma redução tamente ajustados às partes às quais devem ser solda-
proporcional à razão entre as respectivas tensões de es- dos. As Figuras 5 e 7 ilustram algumas formas de reforço.

Figura 3 - Corte transversal da derivação mostrando as dimensões usadas no cálculo

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32 NBR 12712/1993

Notas: a) Usar preferencialmente o encaixe tipo “não-penetrante”; como segunda opção, usar o encaixe tipo “penetrante”.

b) W1 = 3R/8 (mínimo), porém nunca inferior a 6,4 mm.

c) G = 1,6 mm (mínimo), G + 3,2 mm (máximo) a menos que haja soldagem pela parte interna ou seja usado mata-junta.

d) Todas as soldas devem ter as pernas com a mesma dimensão e uma garganta teórica igual a 70% da dimensão da perna.

Figura 4 - Detalhes de solda para derivações sem reforço


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Figura 5-(a) - Sela Figura 5-(b) - Coxim ou colar

Notas: a) Os reforços parciais sela ou coxim, quando usados, devem ser aplicados na derivação detalhada na Figura 4.

b) W2 = M/2 (mínimo), porém nunca inferior a 6,4 mm.

c) W3 = M (mínimo), porém não-superior a T.

d) Se M > T, a extremidade do reforço deve ser usinada para ficar com a espessura igual à do tubo-tronco.

tratamento térmico. Posteriormente, o furo deve ser fechado com solda, após o ensaio de pressão.

Figura 5 - Detalhes de solda para derivações com reforço parcial

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NBR 12712/1993 33

Figura 6-(a) - Solda de filete convexo Figura 6-(b) - Solda de filete côncavo

Nota: A dimensão da solda em ângulo é definida pelo comprimento do lado do maior triângulo isósceles inscrito na seção transversal do
filete de solda.

Figura 6 - Garganta teórica da solda


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Figura 7-(a) - Tipo luva Figura 7-(b) - Tipo sela combinada com luva

Figura 7-(c) - Tipo sela

Notas: a) Esta solda não necessita ter função estrutural, podendo ser apenas uma solda de vedação.

b) Esta solda longitudinal para fechamento do reforço integral pode ser localizada em qualquer lugar da circunferência do tubo-
tronco.

c) Os detalhes das derivações com reforço integral foram feitos mostrando o encaixe tipo “não-penetrante”.

Figura 7 - Detalhes de solda para derivações com reforço integral

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34 NBR 12712/1993

20.5.1.10 O exame e o eventual reparo das soldas entre o Areq. = área de reforço requerido
ramal e o tronco devem ser feitos antes da montagem dos
reforços. Adis. = área de reforço disponível

20.5.1.11 Para tubo-tronco com costura, quando a solda A1, A2, A3, A4 = áreas definidas no texto (ver 20.5.1.3)
longitudinal não for interceptada pelo ramal, admite-se
que seu fator de eficiência de junta seja unitário, indepen- SyR = tensão mínima de escoamento especificada
dentemente do processo de soldagem. do material do tubo-ramal

20.5.1.12 Derivações com ramais formando ângulos infe-


SyT = tensão mínima de escoamento especificada
riores a 85° com o tronco tornam-se, progressivamente,
do material do tubo-tronco
mais fracas à medida que o ângulo diminui. Um projeto
deste tipo deve ser cuidadosamente estudado. Deve ser
previsto um reforço adequado para compensar a fraque- SyC = tensão mínima de escoamento especificada
za inerente a este tipo de derivação. A partir de ângulos do material da chapa de reforço
menores que 85°, deve ser usado o coeficiente de segu-
rança (2 - sen β), a fim de majorar a área requerida para 20.5.2.3 Para 85o - β - 90 o, a área de reforço requerida é
reforço (Areq.). calculada de acordo com a fórmula:

20.5.1.13 Para o estabelecimento da tensão mínima de es- Areq. = d . et


coamento especificada para os materiais dos tubos utili-
zados nas derivações soldadas, ver 7.5.2.1, 7.5.3, 7.5.4 e Nota: Para um ângulo β < 85°, a área de reforço requerida deve
Anexo D. ser calculada por:

Nota: O uso de nervura para reforço é permitido e pode ser con- Areq. = d . et . (2 - sen β)
siderado nos cálculos de resistência mecânica. O proje-
tista deve atentar para o fato de que a concentração de 20.5.2.4 O diâmetro do furo é calculado pelas fórmulas:
tensões próxima a pontos terminais de nervuras, tirantes e
outros contraventamentos pode reduzir o efeito previsto
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DR - 2 (eR - c) (para encaixe tipo


para o reforço. d=
sen β “não-penetrante”)
20.5.2 Regras para o reforço de derivações tubulares
d = DR/sen β (para encaixe tipo “penetrante”)
soldadas (Figura 3)

20.5.2.1 Esta seção apresenta de modo compreensível, 20.5.2.5 A área disponível, qualquer que seja o ângulo pa-
através de fórmulas, os requisitos gerais descritos em ra reforço, é calculada pela fórmula:
20.5.1.
Adis. = A1 + A2 + A3 + A4
20.5.2.2 A nomenclatura utilizada é a seguinte:
Sendo:
eT = espessura nominal da parede do tubo-tronco
A1 = (eT - et - c) . d
et = espessura de parede do tubo-tronco para resis-
tir à pressão interna (calculada conforme 7.1)
A2 = 2L (eR - er - c) . (1/sen β) . (SyR/SyT)

eR = espessura nominal da parede do tubo-ramal


Onde:
er = espessura de parede do tubo-ramal para resis-
tir à pressão interna (calculada conforme 7.1) L é o menor valor entre 2,5 (eT - c) e
2,5 (eR - c) + M
d = diâmetro do furo acabado no tubo-tronco
A3 = área total das seções transversais dos
cordões de solda
Q = comprimento da chapa de reforço, dentro da
zona de reforço
A4 = (Q - DR) . M . (SyC/SyT)
M = espessura da chapa de reforço
20.5.2.6 A condição de resistência é verificada através de:
L = dimensão da zona de reforço
Adis. ¯ Areq.
β = menor ângulo medido entre os eixos dos tu-
bos-tronco e ramal 20.5.3 Requisitos especiais

c = sobreespessura para corrosão Além dos requisitos gerais (ver 20.5.1), as derivações de-
vem preencher os requisitos especiais de que trata a
DR = diâmetro externo do tubo-ramal Tabela 13.

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NBR 12712/1993 35

Tabela 13 - Requisitos especiais

Sc DR
Relação x 100 Relação x 100
Sy DT

(%)

(%) < 25 ¯ 25 e < 50 ¯ 50

(A) (A) (B)


< 25

(C) (D) (D) (B) (D)


¯ 25 e < 50

(C) (E) (F) (F) (G) (F) (H) ( I )


¯ 50

Onde:

Sc = tensão circunferencial correspondente à pressão de projeto

Sy = tensão mínima de escoamento especificada do material

DR = diâmetro externo do ramal

DT = diâmetro externo do tronco

(A)

700 kPa (7,14 kgf/cm2), tubos de parede fina e cargas externas severas.
(B)
Se for necessário reforço localizado e o diâmetro do ramal for tal que o reforço envolva mais de metade da circunferência do tron-
co, então deve-se usar reforço “integral” independentemente da tensão circunferencial atuante; ou então deve-se usar tê forjado.
(C)
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Não há necessidade de se prover reforço para derivações (ramais) de DN até 2" inclusive.

te estão sujeitas.
(D
Usar qualquer reforço que satisfaça aos requisitos gerais (ver 20.5.1).
(E)
Usar qualquer dos reforços dos tipos “integral”, coxim, sela.

sões das pernas dos cordões de solda que unem ramal e tronco não devem ultrapassar a espessura do tubo-tronco.
(F)
As derivações com ou sem reforço devem ser feitas de acordo com as informações das Figuras 4, 5, 6 e 7.
(G)
Usar preferencialmente tês forjados; na falta destes, o reforço da derivação deve ser do tipo “integral”, estendendo-se por toda a
circunferência do tubo-tronco. São permitidos também reforços localizados dos tipos coxim e sela.
(H)
Usar preferencialmente tês forjados; na falta destes, o reforço da derivação deve ser do tipo “integral”, estendendo-se por toda a
circunferência do tubo-tronco. Coxins, selas parciais e outros tipos de reforços localizados são proibidos.
(I)
Os cantos internos do furo acabado devem ser, tanto quanto possível, adoçados com um raio de curvatura de 3,2 mm. Se

20.6 Derivações múltiplas vações deve ser, preferencialmente, no mínimo, 1,5 vez a
média de seus diâmetros externos, e a área de reforço en-
20.6.1 Quando duas ou mais derivações estão separadas tre elas deve ser ao menos igual a 50% da área total reque-
entre si por uma distância entre centros inferior à soma de rida para as duas derivações na seção reta considerada.
seus diâmetros internos (de modo que as zonas de refor-
ço se superpõem), essas derivações devem ser reforça- 20.6.3 Quando a distância entre centros de quaisquer das
das de acordo com 20.5. A área do reforço combinado de- duas derivações é inferior a 1,5 vez a média de seus diâ-
ve ser pelo menos igual à soma das áreas requeridas por metros externos (conforme visto em 20.6.2), não deve ser
cada uma das derivações consideradas separadamente. considerada a contribuição de nenhuma área do material
Em nenhum caso, uma seção reta (do ramal ou do tronco) de reforço entre essas duas derivações.
pode ser considerada como pertencente a mais de uma
derivação ou ser avaliada mais de uma vez. 20.6.4 Qualquer grupo de derivações densamente concen-
tradas, com qualquer tipo de arranjo, pode ser reforçado,
20.6.2 Quando mais de duas derivações estiverem numa de acordo com 20.5, considerando-se todas as deriva-
situação que requeiram um reforço combinado, a distân- ções como uma única, cujo diâmetro envolva todas as
cia mínima entre centros de quaisquer duas dessas deri- outras derivações do grupo.

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36 NBR 12712/1993

20.7 Derivações extrusadas mentos tubulares retos e curvos (contínuos ou


em gomos), flexíveis e rígidos (flanges ou vál-
As derivações extrusadas são aceitas se atenderem aos vulas), elementos orientados em direções não-
seguintes requisitos: ortogonais, variação nas propriedades físicas
dos materiais, mudanças nas características
a) for comprovado por análise e ensaio (este, se ne- geométricas dos elementos tubulares e gra-
cessário) que tais derivações são adequadas e diente de temperaturas;
seguras para o serviço a que se destinam;
- a análise formal utiliza poucas simplificações em
b) as derivações forem projetadas para a máxima relação ao sistema real e apresenta soluções
pressão de operação admissível do sistema de mais próximas dos resultados experimentais;
gás;
b) análise simplificada,
c) as derivações forem recomendadas pelo fabrican-
te, sob o aspecto de segurança, como adequadas - é de aplicação restrita e seus cálculos são feitos
ao serviço proposto. por qualquer dos métodos consagrados na aná-
lise dos sistemas estaticamente indetermina-
21 Análise da flexibilidade dos, admitindo muitas simplificações em rela-
ção ao sistema real, sendo a mais notória a au-
21.1 Geral sência de elementos curvos.

21.1.1 Este Capítulo estabelece os critérios aplicáveis à 21.3 Critérios para obrigatoriedade ou dispensa da
análise dos efeitos de variação da temperatura e de des- análise
locamentos impostos, nos sistemas de tubulação, inclu-
indo ainda orientações sobre o cálculo de suportes. 21.3.1 Como regra geral, a análise da flexibilidade deve
ser feita sempre que houver dúvidas fundamentadas so-
21.1.2 A flexibilidade de um sistema de tubulação é a me- bre a adequada flexibilidade da tubulação.
dida da sua capacidade de absorver dilatações e con-
trações. A análise de flexibilidade é um cálculo de verifi- 21.3.2 A análise formal é obrigatória nos sistemas de tu-
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cação, pois, a partir de uma configuração proposta, de- bulação sujeitos a diferencial de temperatura elevado ou
termina-se, dentro de critérios preestabelecidos, se o sis- nas configurações rígidas sujeitas a diferencial de tem-
tema é suficientemente flexível. peratura ainda que moderado.

21.1.3 Um sistema de tubulação é julgado suficiente- 21.3.3 Em situações menos severas do que as descritas
mente flexível quando, por variação de temperatura ou em 21.3.2, a verificação da flexibilidade pode ser feita pe-
por deslocamentos impostos, é capaz de deformar-se, la análise simplificada.
de sorte que as tensões na tubulação e os esforços nas
conexões, nos bocais de equipamentos ou nos suportes 21.3.4 A análise da flexibilidade pode ser dispensada para
sejam inferiores ou iguais a valores máximos admissíveis. tubulações enterradas conduzindo gás à temperatura am-
biente e para tubulações aéreas ou enterradas de confi-
21.1.4 Este Capítulo abrange a análise de flexibilidade das guração e condições operacionais semelhantes à outra
tubulações aéreas e das enterradas. Nas aéreas, as dila- anteriormente analisada (por método compatível com a
tações térmicas são absorvidas no deslocamento livre da severidade operacional do sistema) e julgada suficiente-
tubulação; nas enterradas, no deslocamento restrito da tu- mente flexível.
bulação pelo solo.
21.3.5 Fica inteiramente a critério do engenheiro o julga-
21.1.5 As tensões geradas por variação de temperatura e mento do grau de severidade das condições operacio-
por deslocamento imposto devem ser calculadas pelas nais do sistema, para efeito de enquadramento nas situa-
fórmulas de 22.3 e comparadas com as tensões admis- ções apresentadas em 21.3.2, 21.3.3 e 21.3.4. O enge-
síveis de 23.6, 23.7 e 23.8. nheiro deve ainda considerar que casos específicos po-
dem requerer uma análise mais abrangente do que a
21.2 Métodos de análise descrita em 21.2.1.

21.2.1 A análise da flexibilidade, de acordo com o propos- 21.4 Requisitos para a obtenção da flexibilidade
to em 21.1.1, consiste na determinação das tensões, de-
flexões e reações de restrição nos elementos tubulares; 21.4.1 A flexibilidade deve ser conseguida, preferencial-
faz também parte desta análise a determinação das for- mente, por uma configuração espacial; não sendo isto
ças e momentos atuantes nos suportes da tubulação. possível, pode ser previsto o uso de junta de expansão.

21.2.2 A análise de flexibilidade deve ser enfocada sob 21.4.2 Quando for necessário o emprego de junta de
dois aspectos: expansão, esta deve ser selecionada e especificada de
acordo com o Standard da EJMA.
a) análise formal,
21.4.3 A redução dos esforços nas ancoragens e bocais
- consiste na análise do sistema de tubulação na de equipamentos deve ser conseguida por uma configu-
sua mais geral abrangência, compreendendo, ração tridimensional; não sendo isto possível, pode ser
entre outros: configuração tridimensional, ele- previsto o uso da técnica de pré-tensionamento (cold

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NBR 12712/1993 37

spring), desde que o método seja corretamente especi- 21.7.3 Para tubulações enterradas, as temperaturas máxi-
ficado e haja garantias de que seja bem executado. ma e mínima, para uso na análise da flexibilidade, devem
ser as temperaturas de operação nas condições normais,
21.4.4 A redução do nível das tensões térmicas na tubula-
inclusive as que ocorrem nas partidas e paradas do sis-
ção, conseguida com o uso da técnica de pré-tensiona- tema.
mento (cold spring), não pode ser considerada benéfica
para a flexibilidade. 21.8 Generalidades

21.5 Abrangência da análise 21.8.1 Na análise da flexibilidade, deve ser considerado o


fator “i” de intensificação de tensões, o qual majora a
tensão de flexão nos elementos tubulares não-retilíneos,
21.5.1 Ao se analisar a flexibilidade de um sistema de tu- e é sempre maior que a unidade.
bulação, deve-se procurar tratá-lo como um todo; a in-
fluência de todos os trechos da tubulação e de todas as
21.8.2 Na análise formal da flexibilidade, o cálculo das de-
restrições deve ser levada em consideração.
flexões deve levar em consideração a capacidade de os
elementos tubulares curvos variarem a curvatura em
21.5.2 A análise da flexibilidade abrange o cálculo das ten- maior grau que o previsto pela teoria usual da flexão das
sões e das deflexões da tubulação provocadas pela va- barras curvas; essa capacidade adicional é indicada pelo
riação da temperatura e por deslocamentos impostos; é fator “K” de flexibilidade, multiplicador da curvatura teóri-
obrigatória nesta análise a determinação dos desloca- ca e sempre maior que a unidade.
mentos dos pontos extremos e das tensões máximas na
tubulação. Os deslocamentos de pontos de interesse e 21.8.3 Na análise da flexibilidade, não é obrigatória a con-
de bocais de equipamentos também devem ser deter-
sideração de um redutor para os fatores “i” e “K” por efei-
minados.
to do enrijecimento do elemento curvo quando pressuri-
zado, exceto no caso de tubos de grande diâmetro e pa-
21.5.3 O cálculo dos suportes inclui a determinação dos rede fina, quando estes fatores devem ser reduzidos de
esforços sobre todos os pontos de restrição (guias, ba- acordo com a nota (F) da Tabela 14.
tentes, ancoragens), de acordo com 24.3.
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21.8.4 Na falta de valores mais precisos para “i” e “K”,


21.6 Cargas atuantes devem ser usados os apresentados na Tabela 14 para os
elementos de tubulação mais comuns.
21.6.1 As cargas atuantes no sistema de tubulação, a se-
rem consideradas na análise da flexibilidade, têm origem 21.8.5 Na falta de valores mais precisos para “i”, para as
na restrição aos movimentos provocados por: juntas flangeadas devem ser usados os apresentados na
Tabela 15.

a) variação de temperatura;
21.8.6 Todos os cálculos da análise da flexibilidade devem
ser feitos nas seguintes bases:
b) deslocamentos impostos.
a) as dimensões do tubo e de seus componentes
21.6.2 As demais cargas encontradas nos sistemas de são as nominais;
tubulação, tais como a pressão interna e o peso próprio,
não são consideradas na análise da flexibilidade. b) o fator de eficiência de qualquer junta soldada (E) é
igual a 1;
21.6.3 No dimensionamento mecânico da tubulação e dos
suportes, devem ser consideradas todas as cargas atuan- c) o módulo de elasticidade do material (Ec) é referi-
tes no sistema de tubulação. do à temperatura ambiente.

21.7 Diferenciais de temperatura 22 Cálculo das tensões

21.7.1 Esta Norma estabelece como critério para avalia- 22.1 Geral
ção das tensões térmicas cíclicas, na análise da flexibili-
dade, o fenômeno do relaxamento espontâneo das ten- 22.1.1 O cálculo das tensões, para as solicitações de car-
sões no decorrer do tempo; assim sendo, o diferencial de gas mais comuns e significativas, nos sistemas de tubu-
temperatura a ser considerado na análise deve ser a va- lação, é apresentado neste segmento.
riação total entre as temperaturas máxima e mínima de
operação, em condições normais, inclusive as que ocor- 22.1.2 Em situações incomuns podem ser necessários ou-
rem nas partidas e paradas do sistema. tros cálculos além dos aqui apresentados, tais como os
descritos em 22.7, os quais devem ser feitos de acordo
21.7.2 Para tubulações aéreas expostas ao sol, as tempe- com a reconhecida prática da Engenharia. Quando for
raturas máxima e mínima, para uso na análise da flexibi- necessária a análise de tensões em pontos críticos, o di-
lidade, devem levar em consideração a influência climáti- mensionamento ou verificação das tensões objetiva resis-
ca durante um ciclo anual de operação. tir à tensão máxima de cisalhamento.

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38 NBR 12712/1993

Tabela 14 - Fatores “i” e “K” para tubos e componentes de tubulação

Fator de
Descrição Fator de intensificação(E) Característica
flexibilidade de tensão de flexibilidade Figura

K (Fora do plano) (No plano) h


i0 ii

Curva para solda ou 1,65 0,75 0,9 e.R


tubo curvado(A)(B)(C)(F)
h h2/3 h2/3 r2

R ¯ DN

Curva em gomos 1,52 0,9 0,9 cotg θ . e . s


curtos (A)(B)(C) h5/6 h2/3 h2/3 2 r2
S < r (1 + tg θ)
3° < 2θ - 45°
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s . cotg θ
R=
2

Curva em gomos 1,52 0,9 0,9 1 + cotg θ . e


longos (A)(B)(C)(D) 5/6 2/3 2/3
h h h 2 r
S ¯ r (1 + tg θ)

r (1 + cotg θ)
R=
2

Tê forjado para 0,9 3 io 1 e


1 + 4,4
solda (A)(C) h 2/3
4 4 r
rx ¯ 0,125 d
ec ¯ 1,5 e

Tê fabricado com 0,9 3 io 1 (e + 0,5 er)5/2


tubo tendo reforço 1 +
h2/3 4 4 e3/2 . r
de chapa (tipo sela
ou coxim) (A)(C)

/continua

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/continuação
Fator de
Descrição Fator de intensificação(E) Característica
flexibilidade de tensão de flexibilidade Figura

K (Fora do plano) (No plano) h


i0 ii

Tê fabricado com
0,9 3 io 1 e
tubo e sem reforço 1 +
2/3 r
(boca-de-lobo) (A)(C) h 4 4

Tê extrusado para 0,9 3 io 1 e


solda (A)(C) 1 + (1 + rx/r)
2/3
rx ¯ 0,05 d h 4 4 r
ec < 1,5 e
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Derivação em tê 0,9 3 io 1 e
1 + 4,4
com sela soldada h 2/3
4 4 r
tipo set in (A)(C)
rx ¯ 0,125 d
ec ¯ 1,5 e

Derivação em tê 0,9 0,9 e


1 3,3
com boca-de-lobo h 2/3
h 2/3 r
tipo set-on com
reforço integral(A)(C)

(A)
O fator “K” aplica-se às deflexões produzidas por momentos atuantes em qualquer plano, com relação ao plano do membro. Os fa-
tores “i” e “K” não podem ser inferiores à unidade. Para curvas (contínuas ou em gomos), os fatores “i” e “K” aplicam-se somente pa-
ra os segmentos ao longo do arco indicado nas figuras da Tabela 14, por linhas grossas. Para tês, os fatores “i” e “K” aplicam-se so-
mente para os pontos de interseção das linhas de centro do tronco e do ramal.

(B)
Quando existirem flanges em uma ou ambas as extremidades das curvas, os fatores “i” e “K” devem ser multiplicados pelos seguin-
tes coeficientes de redução, C:
a) uma extremidade flangeada, C = (h)1/6;
b) ambas as extremidades flangeadas, C = (h)1/3.

(C)
Nomenclatura:

ec = espessura nominal de parede do pescoço da derivação (forjada ou extrusada)


er = espessura nominal da chapa de reforço

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40 NBR 12712/1993

θ = metade do desvio angular nas curvas em gomos


r = raio médio; r = (D - e)/2
R = raio de curvatura da linha de centro, para curvas contínuas; raio de curvatura conforme definido analiticamente na respectiva fi-
gura, para curvas em gomos
rx = raio de curvatura do contorno côncavo do pescoço de um tê, extrusado ou forjado, medido no plano que contém os eixos do tu-
bo e da derivação
s = comprimento do eixo do gomo
d = diâmetro externo do ramal
D = diâmetro externo
P = pressão de projeto
Ec = módulo de elasticidade à temperatura ambiente

(D)
Para dois tubos ligados, com ângulo entre eixos (2θ) maior que 3° e menor que 45°, podem ser utilizados os fatores “i” e “K” da curva
em gomos longos.

(E)
Um único fator de intensificação de tensões, igual a 0,9/h2/3, pode ser opcionalmente usado para as flexões no plano do membro.

(F)
Numa curva de grande diâmetro e parede fina, uma pressão interna elevada afeta significativamente sua rigidez à flexão (conforme
21.8.3); neste caso, para corrigir os fatores “i” e “k”, dados na Tabela 14, deve-se operar conforme indicado a seguir:

7/3 1/3

a) dividir “K” por: [ 1+6


P
Ec
.
( )
r
e
.
( ) ]
R
r
;

5/2 2/3

b) dividir “i” por:


[ 1 + 3,25
P
Ec
.
( )
r
e
.
( ) ]
R
r .
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Tabela 15 - Fatores “i” e “K” para juntas flangeadas


Descrição Fator de flexibilidade “K” Fator de intensificação de tensão “i”
Junta para solda de topo
Flange de pescoço, para solda de topo 1 1,0
Redução, para solda de topo
Junta com solda sobreposta dupla
Flange sobreposto (ou de encaixe) com solda 1 1,2
sobreposta dupla
Junta com solda sobreposta simples
Flange sobreposto (ou de encaixe) com solda 1 1,3
sobreposta simples
Junta roscada
1 2,3
Flange roscado

22.1.3 São considerados “não-restringidos” os dutos com 22.1.5 Exceto em situações que requeiram cálculos pre-
ampla liberdade de flexão e torção, tais como os dutos cisos, as seguintes tensões devem ser desprezadas:
aéreos em configuração espacial. São considerados “res-
tringidos” os dutos cuja liberdade de flexão e torção é, a) tensão cisalhante de momento torçor nos dutos
em maior ou menor grau, restringida, tais como os dutos restringidos;
enterrados ou mesmo os aéreos em configurações muito
rígidas como as tubulações curtas e de grande diâmetro, b) tensão cisalhante de esforço cortante;
conectadas a bocais rígidos. Portanto, o critério de restri-
ção comporta a idéia de gradação, pois, dependendo do c) tensão normal longitudinal, de ação direta das for-
tipo de configuração, certos dutos podem perder sua ca- ças de peso próprio e cargas ocasionais.
pacidade de deslocamento e ser considerados como res-
tringidos. 22.1.6 As tensões de flexão transversal no duto, Sce,
provocadas pelas cargas externas, representadas pelo
22.1.4 Forças e tensões normais de tração são positivas; peso de terra de cobertura, são geralmente pequenas e
forças e tensões normais de compressão são negativas. na maioria dos casos podem ser desprezadas.

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NBR 12712/1993 41

22.1.7 O fator “i” de intensificação de tensões deve ser tensões provocadas por flexão e por torção. Deve ser
considerado no cálculo das tensões de flexão, decorren- calculada pela seguinte fórmula:
tes das solicitações de expansão térmica, peso próprio e
cargas ocasionais. Se =

22.1.8 Opcionalmente, pode-se usar como fator “i” de in- Onde:


tensificação das tensões, para qualquer dos elementos
de tubulação apresentados na Tabela 14, um valor igual a Sft = i . Mft/ Z ; Tt = Mat/2Z
0,9/h2/3 para ambas as direções de atuação dos momen-
tos fletores (no plano ou fora do plano do elemento tu- 22.3.3 Para dutos restringidos (St)
bular).
22.3.3.1 Trechos retos
22.1.9 Quando no projeto do gasoduto não for admitida
sobreespessura para corrosão, a espessura de parede Deve-se calcular pela seguinte fórmula:
considerada no cálculo das tensões atuantes é a nominal.
St = Ec . α . ∆T
22.1.10 Quando no projeto do gasoduto for admitida so-
breespessura para corrosão, a espessura de parede con- Nota: O sinal de St é dado pelo sinal do diferencial de temperatu-
siderada no cálculo das tensões atuantes é a resultante ra ∆T.
da diferença entre a nominal e a sobreespessura para
corrosão. 22.3.3.2 Trechos curvos

22.2 Tensão de pressão interna Deve-se calcular pela seguinte fórmula:

É originada pela pressão interna. St = i . Mft/Z + N/A

22.2.1 Tensão circunferencial (Sc)


22.4 Tensão de peso próprio (Sfg)
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É uma tensão provocada por flexão. Considera-se como


É uma tensão que, para efeito desta Norma, deve ser
produzida exclusivamente nos trechos aéreos e é causa-
calculada pela fórmula de Barlow:
da pelo peso próprio do duto e do fluido contido. No peso
próprio do duto, devem ser incluídos todos os componen-
Sc = P . D/(2e) tes cujos pesos sejam significativos. Deve ser calculada
pela seguinte fórmula:
22.2.2 Tensão longitudinal (Sl)
Sfg = i . Mfg/Z
Deve ser calculada pelas seguintes fórmulas:
22.5 Tensão de cargas ocasionais (Sfo)
a) para dutos não-restringidos:
É uma tensão provocada por flexão. É produzida por
forças de ocorrência eventual como a ação de vento e o
Sl = P . d2/(D2 - d2);
peso de operários fazendo manutenção. Para a avalia-
ção da força provocada pela ação do vento, deve-se con-
b) para dutos totalmente restringidos: sultar a NBR 6123. Esta tensão deve ser calculada pela
seguinte fórmula:
Sl = 0,3 Sc.
Sfo = i . Mfo/Z
22.3 Tensão de expansão térmica
Nota: O peso da água do ensaio de pressão para as tubulações
aéreas não é considerado carga ocasional quando forem
22.3.1 Geral previstos suportes provisórios adicionais para o ensaio.

Para a determinação das tensões de expansão térmica, 22.6 Tensão de cargas externas (Sce)
são considerados:
22.6.1 É produzida pelo peso de terra de cobertura e pela
a) variação da temperatura do duto; sobrecarga do tráfego de veículos rodoviários ou ferro-
viários.
b) deslocamentos ocasionados pelo movimento de
bocais de equipamentos, de outros tubos interli- 22.6.2 É uma tensão provocada pela flexão transversal que
gados ao sistema e de suportes. deve ser calculada pela fórmula abaixo, válida apenas pa-
ra conduto forçado (não pode ser usada para dimensiona-
mento de tubo-camisa):
22.3.2 Para dutos não-restringidos (Se)
3 . Kf . n
Sce = .q
É uma tensão equivalente a um estado combinado de 3
n + (3 . Kd . P/Ec)

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42 NBR 12712/1993

22.6.2.1 Os coeficientes adimensionais de deflexão (Kd) 22.8 Nomenclatura


e de flexão (Kf) são funções do ângulo inicial de contato do
duto com o leito da vala. Ver Tabelas 16 e 17. A nomenclatura utilizada é dada a seguir:

Tabela 16 - Coeficientes de deflexão, Kd A - seção transversal do duto (área de metal)

 - ângulo central correspondente ao perímetro


Ângulo inicial  de contato (graus) Coeficiente Kd
do duto em contato com o fundo da vala, lo-
go após o seu abaixamento
0 0,110
d - diâmetro interno do duto
30 0,108
D - diâmetro externo do duto
45 0,105
e - espessura de parede do duto
60 0,102
Ec - módulo de elasticidade (ver Anexo G)
90 0,096
E - fator de eficiência de junta (ver 7.3)

120 0,089 F - fator de projeto (ver 7.2)

Nota: Para dutos instalados por perfuração ou cravação, Â = 120°. i - fator de intensificação de tensões (ver Ta-
belas 14 e 15)
Tabela 17 - Coeficientes de flexão, Kf
Kd - coeficiente de deflexão (ver Tabela 16)
Ângulo inicial  de contato (graus) Coeficiente Kf
Kf - coeficiente de flexão (ver Tabela 17)
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0 0,294 Mft - momento fletor de expansão térmica

30 0,235 Mfg - momento fletor de peso próprio

60 0,190 Mfo - momento fletor de cargas ocasionais

90 0,157 Mat - momento torsor de expansão térmica

N - força axial uniformemente distribuída na se-


120 0,138
ção transversal do duto

Nota: Para dutos instalados por perfuração ou cravação, Â = 120°. n - relação “espessura/diâmetro externo” (e/D)

22.7 Outras tensões P - pressão (genérica)

Dependendo das circunstâncias, conforme estabelecido q - pressão no solo ao nível do topo do duto,
em 22.1.2, podem ser necessários outros cálculos de ten- supostamente com distribuição uniforme,
sões além dos anteriormente expostos, tais como: provocada pelos pesos de terra e de tráfego
(q = q1 + q2)
a) tensões de deformações produzidas pela pressão
q1 - pressão no solo ao nível do topo do duto,
interna;
supostamente com distribuição uniforme,
provocada pelo peso da terra
b) tensões de cargas cíclicas (vortex de rajadas de
vento); q2 - pressão no solo ao nível do topo do duto,
supostamente com distribuição uniforme,
c) tensões de recalques diferenciais de apoios; provocada pela sobrecarga de tráfego

d) tensões de empuxo (dutos submersos); T1 - temperatura inicial

T2 - temperatura final
e) tensões localizadas (reação de apoio em dutos de
parede fina);
Z - módulo de resistência da seção transversal
do duto
f) tensões residuais devidas ao curvamento natural;
α - coeficiente de expansão térmica linear (ver
g) tensões residuais de soldagem. Anexo G)

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∆T - diferencial de temperaturas (T1 - T2) 23.4.2 As tensões admissíveis adotadas por esta Norma
para a limitação das tensões combinadas são:
Sc - tensão circunferencial de pressão interna
a) para tubulações aéreas com variação de tempe-
Sce - tensão circunferencial de cargas externas ratura e deslocamento imposto (tensões secun-
dárias): 0,72 T . Sy;
Se - tensão equivalente de expansão térmica
b) para tubulações enterradas com variação de tem-
Sft - tensão de flexão longitudinal na expansão peratura, deslocamento imposto, pressão interna,
térmica peso próprio e sobrecarga: 0,90 T . Sy;

Sfg - tensão de flexão longitudinal de peso próprio


c) para tubulações aéreas com variação de tempe-
ratura, deslocamento imposto, pressão interna, pe-
Sfo - tensão de flexão longitudinal de cargas oca-
so próprio e sobrecarga: 1,00 T . Sy.
sionais
23.4.3 Para valores de Sy para materiais de tubulação, ver
Sl - tensão longitudinal de pressão interna
Anexo D. Para valores de Sy para tubos de especificação
St - tensão de expansão térmica desconhecida (sem identificação), ver nota (H) da Tabela 1.

Sy - tensão mínima de escoamento especificada 23.4.4 Para a limitação nos valores de Sy para projeto, ver
7.5.2 e 7.5.3.
T - fator de temperatura (ver 7.4)
23.5 Limitação para pressão interna (dutos restringidos
Tt - tensão de cisalhamento (por torção) na ex- e não-restringidos)
pansão térmica
A tensão circunferencial é limitada por:
23 Limitação das tensões
Sc - F . E . T . Sy
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23.1 Geral
23.6 Limitação para pressão interna e expansão térmica
23.1.1 Este Capítulo estabelece condições para a limita- (dutos restringidos)
ção das tensões, de forma a garantir, para os diversos
carregamentos atuantes, um nível de segurança adequa-
23.6.1 As tensões combinadas decorrentes dessas soli-
do aos sistemas de transmissão e distribuição de gás
citações são limitadas pelas seguintes condições, as
combustível.
quais devem ser satisfeitas simultaneamente:
23.1.2 A limitação das tensões abrange gasodutos aéreos
(não-restringidos) e enterrados (restringidos). a) | Sc - (St + Sl) | - 0,9 T . Sy;

23.1.3 Esta Norma estabelece como critério de falha a teo- b) | St + Sl | - 0,9 T . Sy.
ria da tensão máxima de cisalhamento, a qual admite ser
a tensão de cisalhamento o parâmetro indicador de falha 23.6.2 Nos casos em que o duto enterrado possuir um
do material. afloramento, constituindo um pequeno trecho aéreo, deve
ser considerada a tensão provocada pelo peso próprio.
23.1.4 As tensões decorrentes do ensaio de pressão não As tensões combinadas devem satisfazer simultanea-
estão limitadas pelas condições prescritas neste Capí- mente às seguintes condições:
tulo.
a) | Sc - (St + Sl + Sfg) | - 0,9 T . Sy;
23.1.5 As tensões de compressão são negativas e as de
tração são positivas. b) | St + Sl + Sfg | - 0,9 T . Sy.

23.2 Nomenclatura 23.7 Limitação para expansão térmica (dutos não-


restringidos)
Ver 22.8.
A tensão de expansão térmica é limitada por:
23.3 Fatores

Para conceituação e quantificação do fator de projeto F, Se - 0,72 T . Sy


do fator de eficiência de junta E, e do fator de temperatu-
ra T, ver respectivamente 7.2, 7.3 e 7.4. 23.8 Limitação para pressão interna, expansão térmica
e peso próprio (dutos não-restringidos)
23.4 Tensão admissível
23.8.1 A tensão combinada decorrente dessas solicita-
23.4.1 A tensão admissível é baseada, segundo esta Nor- ções é limitada pela seguinte condição:
ma, na tensão mínima de escoamento especificada do
material (Sy). | Se + Sl + Sfg | - T . Sy

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23.8.2 Quando cargas ocasionais, tais como a carga de a) temperatura de montagem e máxima temperatura
vento, forem significativas, a limitação acima fica: de operação;

| Se + Sl + Sfg + Sfo | - T . Sy b) temperatura de montagem e mínima temperatura


de operação.
23.9 Limitação para pressão interna e peso próprio
(dutos não-restringidos) 24.3.4 Para os suportes de ancoragem, os valores dos es-
forços de 24.3.1 a 24.3.3 devem ser considerados como
23.9.1 A tensão combinada decorrente dessas solicita- agindo sempre em ambos os sentidos da resultante (das
ções é limitada pela seguinte condição: forças e dos momentos).

| Sl + Sfg | - 0,75 F . T . Sy 24.3.5 Os suportes que impedem o movimento da tubula-


ção (ancoragens) ou que limitam esse movimento (baten-
23.9.2 Quando cargas ocasionais, tais como a carga de tes) podem vir a sofrer, adicionalmente à força de dilata-
vento, forem significativas, a limitação acima fica: ção térmica, a ação da força de pressão interna, depen-
dendo da situação particular do arranjo e do tipo de res-
| Sl + Sfg + Sfo | - 0,75 F . T . Sy trição da linha nas proximidades do suporte. A força de
pressão interna, a ser considerada neste caso, deve ser
24 Suportes baseada na pressão de projeto.

24.1 Geral 24.3.6 Nos trechos aéreos onde forem usadas juntas de
expansão, as ancoragens, entre as quais as juntas são ins-
24.1.1 Este Capítulo estabelece critérios para o projeto do taladas, devem ser capazes de equilibrar, além das forças
tipo de suporte e sua localização nas tubulações. de pressão interna e de variação térmica restringida, a for-
ça para comprimir (ou distender) as juntas, considerando
24.1.2 As tubulações devem ser suportadas de forma a im- a deflexão de projeto.
pedirem a ocorrência de vibrações excessivas no sistema
e de esforços elevados nos bocais dos equipamentos (vál- 24.3.7 Quando um trecho de tubulação enterrada precisar
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vulas, compressores, filtros e vasos). ser apoiado ou ancorado em um suporte, deve ser consi-
derada a ação do peso de terra e, em casos especiais, a da
24.1.3 As tubulações devem ser suportadas de forma que sobrecarga de tráfego.
as tensões e deflexões fiquem dentro dos limites admis-
síveis. 24.3.8 Os suportes devem ser projetados de forma que a
distribuição da carga de apoio (atuante sobre a tubula-
24.1.4 Os suportes devem ser instalados de forma a não ção) seja a mais baixa e uniforme possível, a fim de não
impedirem o livre movimento da tubulação, exceto, natu- causar no tubo tensões localizadas excessivas.
ralmente, nos casos em que este efeito for desejável (ba-
tentes e ancoragens). 24.3.9 Os suportes devem ter sua estabilidade e resistên-
cia calculadas como se as tubulações que sustentam esti-
24.1.5 Suportes de mola somente devem ser empregados vessem cheias com água, mesmo que se adote o ensaio
nos casos em que for necessário manter o deslocamento, de pressão com gás ou ar.
ou a reação de apoio, dentro de limites preestabelecidos.
24.4 Ligação de elementos estruturais para suportes
24.2 Materiais de restrição

Todos os suportes devem ser projetados para uma vida 24.4.1 Os requisitos para o dimensionamento dos elemen-
útil igual à do sistema de tubulação ao qual devem servir. tos metálicos e da solda, nos dispositivos para suporte,
Os materiais dos suportes, além das características pe- devem ser os mesmos da prática estrutural.
culiares a qualquer material estrutural (resistência, ducti-
lidade, etc.) devem ser incombustíveis. Para material de 24.4.2 Se a tubulação opera com tensão circunferencial
aço (para suportes), ver ASTM A-36. (provocada pela MPO) inferior a 50% da tensão mínima de
escoamento especificada do material da tubulação, os
24.3 Esforços elementos estruturais para restrição podem ser soldados
diretamente no tubo.
24.3.1 Os suportes devem ser projetados para reagir se-
guramente aos esforços oriundos das cargas decorrentes 24.4.3 Se a tubulação opera com tensão circunferencial
da operação do sistema, das cargas de peso próprio e das (provocada pela MPO) igual ou superior a 50% da tensão
cargas eventuais, transmitidas pela tubulação. mínima de escoamento especificada, os elementos es-
truturais devem ser conectados ou soldados a um anel ci-
24.3.2 Os suportes que apenas apóiam a tubulação so- líndrico, e este montado sobre o duto com envolvimento
frem a ação do peso próprio e da força de atrito. total; o anel deve ter suas extremidades soldadas ao du-
to com cordão de solda contínuo. Quando os esforços
24.3.3 O cálculo dos esforços nos suportes, decorrentes forem elevados, deve-se prever a possibilidade de fadiga
da variação de temperatura da tubulação, deve ser ba- e concentração de tensões nos pontos de ligação do anel
seado no maior diferencial de temperatura entre: com o duto.

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24.4.4 O anel pode ser suprimido substituindo-se a seção 25.2 Exigências de segurança para sistemas de GLP
do duto, onde os elementos estruturais estão localizados, (ventilação)
por uma seção de maior espessura, de forma a manter a
tensão circunferencial abaixo dos 50% da tensão mínima 25.2.1 Como o GLP é mais pesado que o ar e, portanto,
de escoamento e desde que o degrau interno resultante da sujeito a acumular-se em pontos baixos gerando o risco de
diferença das espessuras não interfira na passagem do explosões, todas as construções devem dispor de um
raspador; a substituição da seção por outra de mesma es- sistema de ventilação adequado.
pessura, porém de material de maior tensão de escoa-
mento, só é permitida se não houver risco de deformação 25.2.2 As construções acima do nível do solo devem pos-
localizada no duto. suir aberturas ao nível deste, permitindo a saída do gás e
evitando que o seu acúmulo atinja níveis de explosivida-
24.5 Ancoragem para dutos enterrados de.

24.5.1 As mudanças de direção (curvas) em dutos enter- 25.2.3 As construções abaixo do nível do solo devem con-
rados, sujeitos à variação de temperatura e à pressão tar com ventilação forçada.
interna, geram forças compressivas no solo que, em ca-
sos extremos, podem rompê-lo, além de causar tensões 25.2.4 No caso de sistemas de alívio descarregando para
elevadas no duto. a atmosfera, em locais onde seja possível a acumulação do
gás devem ser tomadas precauções adicionais.
24.5.2 A reação de atrito entre o duto e o solo proporciona
restrição ao movimento axial do duto e deve sempre ser 26 Requisitos de qualidade superficial de
considerada no projeto; em muitos casos, ela é suficiente tubulação
para impedir deslocamentos.
26.1 Requisitos gerais
24.5.3 A capacidade de suporte proporcionado pelo solo
deve levar em consideração a característica de resposta 26.1.1 Este capítulo trata dos requisitos de qualidade su-
do solo às cargas impostas. perficial para tubos, em gasodutos projetados para ope-
rar com tensões circunferenciais iguais ou superiores a
24.5.4 A reação passiva do solo deve ser considerada no 20% da tensão mínima de escoamento especificada.
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cálculo do equilíbrio estático das curvas.


26.1.2 Defeitos, tais como mossas, ranhuras, goivas e en-
24.5.5 Nas curvas côncavas para baixo, os pesos da co- talhes na superfície tubular, foram identificados como cau-
bertura de terra e de qualquer carga permanente devem sas comprovadamente importantes de falhas em gaso-
ser considerados no cálculo do equilíbrio das curvas. dutos e, portanto, todos os defeitos dessa natureza, po-
tencialmente danosos, devem ser evitados, eliminados ou
24.5.6 Quando os deslocamentos esperados para a curva reparados.
são inaceitáveis, deve-se prever meios para reduzi-los
(p.ex.: blocos de concreto solidários ao tubo que, mesmo 26.1.3 Devem ser tomadas precauções durante a fabrica-
com pequenos deslocamentos, mobilizam grandes for- ção, o manuseio e a instalação do gasoduto, para que se-
ças de reação passiva do solo). jam evitadas as goivas e as ranhuras na superfície do du-
to.
24.5.7 Os trechos retilíneos de tubulações enterradas,
próximos aos pontos de afloramento, sujeitos ao diferen- 26.2 Detecção de goivas e ranhuras
cial térmico e à pressão interna, sofrem deslocamentos
que podem ser elevados; se o trecho aéreo que dá conti- 26.2.1 A inspeção no campo deve ser adequada para re-
nuidade ao enterrado não tem flexibilidade para absorver duzir a um mínimo aceitável a probabilidade de que tubos
aqueles deslocamentos, deve-se prever a instalação de com tais defeitos venham a ser instalados no gasoduto.
uma ancoragem junto ao ponto de afloramento. Uma inspeção com este propósito deve ser realizada
sistematicamente numa fase anterior ao revestimento an-
24.5.8 Em trechos retos de tubulações altamente tensio- ticorrosivo e durante o abaixamento da coluna e o reater-
nadas por forças axiais compressivas de dilatação térmi- ro da vala.
ca, é necessário que o solo proporcione um suporte con-
tínuo, homogêneo, e de rigidez suficiente para evitar des- 26.2.2 Quando o tubo estiver sendo revestido, a inspeção
locamentos laterais da linha, os quais acarretam tensões deve garantir que as operações de revestimento, geral-
de flexão adicionais. mente feitas por máquinas automáticas, não produzam
defeitos danosos ao tubo.
24.5.9 As tensões de flexão provocadas pelos desloca-
mentos laterais, referidos na seção anterior, tornam-se 26.2.3 Lacerações do revestimento anticorrosivo devem
particularmente perigosas na presença de pressões inter- ser cuidadosamente examinadas antes do reparo, para
nas elevadas. verificar se houve dano à superfície do tubo.

25 Sistemas de GLP gaseificado 26.3 Reparo em campo de goivas e ranhuras

25.1 Geral 26.3.1 Goivas e ranhuras danosas devem ser eliminadas.

Todas as exigências desta Norma referentes ao projeto de 26.3.2 Goivas e ranhuras podem ser removidas por esme-
sistemas de gás devem ser aplicadas às instalações de rilhamento até a obtenção de uma superfície de contorno
transmissão e distribuição de GLP gaseificado. suave, desde que a espessura de parede no local do

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reparo não fique inferior ao mínimo previsto por esta Nor- b) tubo pré-curvado;
ma para as condições de uso (ver 7.5.1).
c) curva forjada;
26.3.3 Quando as condições prescritas em 26.3.2 não
puderem ser garantidas, a porção cilíndrica (do tubo) de- d) curva em gomos.
feituosa deve ser removida e substituída por outra sem
defeito. O uso de remendo não é admitido. 27.2 Curvamento natural

26.4 Mossas 27.2.1 O curvamento natural é um processo de mudança


de direção que só pode ser empregado em gasodutos
26.4.1 Mossa é uma depressão que produz visível modifi- enterrados.
cação na curvatura da parede tubular sem no entanto
reduzir-lhe a espessura. 27.2.2 O curvamento natural é produzido no duto dentro da
fase elástica do material e só pode ser usado para gran-
26.4.2 Uma mossa que cumulativamente ainda possua um des raios de curvatura. O curvamento natural é realizado,
fator concentrador de tensões, tal como uma goiva, uma durante a fase de construção, pelo ajuste da tubulação ao
ranhura ou uma cavidade produzida pela abertura de um fundo da vala, provocado pelo peso da própria coluna de
arco elétrico de soldagem, deve ser removida pela extir- tubos.
pação da porção cilíndrica (do tubo) onde ocorre este de-
feito. 27.2.3 O raio mínimo de curvatura, para gasodutos opera-
dos à temperatura ambiente, onde a mudança de direção
26.4.3 Todas as mossas que afetam a curvatura do tubo é feita pelo curvamento natural, deve ser calculado pela
nos cordões de solda longitudinal ou circunferencial de- seguinte fórmula:
vem ser removidas. Todas as mossas com profundidade Ec . D/2
maior que 6 mm em tubos de DN - 12" ou com profundi- R=
dade maior que 2% do diâmetro externo do duto em to- 0,9 Sy - 0,7 PD/2e
dos os tubos de DN > 12" não são toleradas em gaso- Onde:
dutos que operam com tensão circunferencial igual ou
superior a 40% da Sy. R = raio mínimo de curvatura para curvamento
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natural (cm)
26.4.4 A remoção da mossa deve ser feita retirando-se do
tubo a porção cilíndrica que a contém. Não se admitem Ec = módulo de elasticidade do material (MPa) (ver
remendos ou martelamento das mossas. Anexo G)

26.5 Abertura de arco de soldagem Sy = tensão mínima de escoamento especificada


(MPa) (ver Anexo D)
Descontinuidades produzidas por abertura de arco de sol-
dagem elétrica causam intensas concentrações de ten- D = diâmetro externo do duto (cm)
são em tubulações e devem ser evitadas ou eliminadas em
todas as linhas projetadas para trabalharem com tensões e = espessura nominal de parede do duto (cm)
circunferenciais iguais ou superiores a 40% de Sy.
P = pressão de projeto do gasoduto (MPa)
26.6 Eliminação de descontinuidades de abertura de
arco de soldagem 27.3 Tubo pré-curvado

26.6.1 A descontinuidade causada pela abertura do arco 27.3.1 O tubo pré-curvado é obtido pelo curvamento a frio
elétrico deve ser removida por esmerilhamento desde que ou a quente do duto, o qual produz uma deformação
a espessura de parede não fique reduzida além do limite plástica do material.
prescrito em 7.5.1; caso contrário, o reparo com solda fi-
ca proibido e a porção cilíndrica do tubo contendo o de- 27.3.2 O tubo pré-curvado deve estar isento de enruga-
feito deve ser removida e substituída por uma peça sã. mentos, fissuras ou outras evidências de danos mecâ-
nicos.
26.6.2 A descontinuidade deve ser completamente remo-
vida por esmerilhamento. Um escurecimento localizado, 27.3.3 Quando no tubo pré-curvado houver uma solda cir-
detectado por ataque químico, evidencia um remanes- cunferencial, esta deve ser inspecionada por um método
cente da descontinuidade e a necessidade de um esme- não-destrutivo após o curvamento.
rilhamento adicional.
27.3.4 A ovalização da circunferência da seção transversal
27 Mudanças de direção do duto pré-curvado deve ser controlada de forma que
não haja danos à integridade estrutural do tubo ou que
27.1 Geral possa provocar futuros problemas operacionais no ga-
soduto.
As mudanças de direção nos gasodutos devem ser feitas
por um dos seguintes procedimentos, de acordo com a si- 27.3.5 A diferença entre o maior e o menor dos diâmetros
tuação de cada local e as características do duto: externos, medidos em qualquer seção do tubo pré-curva-
do, não pode exceder 5% do seu diâmetro externo especi-
a) curvamento natural; ficado na norma dimensional de fabricação.

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NBR 12712/1993 47

27.3.6 O raio mínimo de curvatura a frio para tubos de 27.5 Curva em gomos
D ¯ 12,75" pode ser determinado conforme a Tabela 18. A
coluna “desvio angular” fornece a variação angular máxi- 27.5.1 Permite-se o uso de curvas em gomos dentro das
ma, em graus por metro linear, do eixo longitudinal do seguintes condições:
duto; a coluna “raio mínimo” fornece o raio mínimo de
curvatura em função do diâmetro externo do duto. a) em sistemas projetados para operar com tensões
circunferenciais de pressão interna inferiores ou
27.3.7 O desvio angular α, em graus por metro, deve ser iguais a 10% de Sy. O desvio angular entre dois
calculado pela fórmula seguinte: gomos contíguos não pode ser maior que 90°;
1 . 180
α= b) em sistemas projetados para operar com tensões
R π circunferencias de pressão interna maiores que
Onde: 10% de Sy e menores que 40% de Sy. O desvio
angular entre dois gomos contíguos não pode ser
R = raio mínimo de curvatura (m) superior a 12,5°; a menor distância entre gomos,
medida na geratriz do lado interno da curva, não
Tabela 18 - Curvamento a frio para tubos pode ser inferior a um diâmetro externo do tubo;

D R c) não são permitidas curvas em gomos em siste-


Diâmetro externo Desvio angular α Raio mínimo de mas que operam com tensões circunferenciais de
(graus/metro) curvatura pressão interna iguais ou superiores a 40% de Sy.

mm pol. 27.5.2 Um desvio angular de até 3°, causado por erro de


323,85 12,75 9,8 18D alinhamento entre dois tubos soldados, não constitui uma
curva em gomos e, portanto, não requer considerações
355,6 14 7,7 21D particulares de projeto para o dimensionamento para a
pressão interna; entretanto, no cálculo da tensão de fle-
406,4 16 5,9 24D xão, qualquer desvio angular, em princípio, deve ser con-
457,2 18 4,6 27D siderado para efeito de concentração de tensões (ver
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22.1).
¯ 508,0 ¯ 20 3,8 30D
27.5.3 A confecção da curva em gomos deve ser execu-
27.3.8 Raios mínimos de curvatura inferiores aos valores tada com os cuidados necessários de alinhamento, es-
da Tabela 18 são permitidos desde qua as curvas obede- paçamento e penetração total da solda.
çam a todos os outros requisitos aqui expostos e que a es-
pessura de parede, após o curvamento, não seja inferior à 27.5.4 Para o cálculo da pressão de projeto das curvas em
mínima permitida pela norma sob a qual o tubo é fabri- gomos, ver Anexo H.
cado.
28 Soldagem
27.3.9 O raio mínimo de curvatura a quente não está su-
jeito à limitação da Tabela 18. 28.1 Geral

27.3.10 O curvamento a quente, feito em tubos expandi- 28.1.1 Este Capítulo diz respeito à soldagem de juntas
dos a frio ou tratados termicamente, reduz o valor da sua tubulares em materiais de aço fundido ou forjado, e abran-
tensão mínima de escoamento; nesses casos, a tensão ge juntas de topo e de ângulo em tubos, válvulas, flanges
mínima de escoamento especificada deve ser calculada e outros componentes, bem como de juntas de ângulo em
de acordo com o prescrito em 7.5.2.1 e 7.5.4. derivações tubulares, flanges sobrepostos e conexões
para solda de encaixe, etc., aplicados em tubulações ou
27.4 Curva forjada conectados a aparelhos ou equipamentos.

27.4.1 A curva forjada só deve ser utilizada em instalações 28.1.2 Este Capítulo não se aplica à soldagem da junta de
onde a falta de espaço recomende uma mudança de di- fabricação de tubos e componentes de tubulação.
reção com curvatura acentuada.
28.1.3 A tensão circunferencial considerada neste Capí-
27.4.2 As curvas forjadas são padronizadas com raios de tulo, para comparação com a tensão mínima de escoa-
curvatura iguais a 1 DN, 1,5 DN e 3 DN e desvios angula- mento especificada, para efeito de inspeção, ensaio e qua-
res de 45°, 90° e 180°. Se for prevista a passagem de lificação, é a produzida pela MPO do sistema de gás.
raspador pela linha, as curvas de R = 1 DN e as curvas de
180° (de qualquer raio) não podem ser utilizadas; o uso das 28.1.4 Quando as válvulas ou equipamentos forem forne-
curvas de R = 1,5 DN e R = 3 DN fica condicionado ao ti- cidos com extremidades preparadas para soldagem di-
po do raspador a ser utilizado. retamente na tubulação, o projeto, composição, soldagem
e procedimentos para alívio de tensões devem ser tais que
27.4.3 Segmentos curvos com menor desvio angular, ob- nenhum dano significativo venha a resultar das opera-
tidos pelo encurtamento de uma curva forjada, podem ser ções de soldagem ou de alívio de tensões.
usados desde que o comprimento do arco, medido pelo
lado côncavo, seja de, pelo menos, 25 mm nos dutos de 28.1.5 A soldagem pode ser feita por qualquer processo ou
DN ↓ 2". combinação de processos que produzam soldas que

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48 NBR 12712/1993

atendam aos requisitos de qualificação de procedimentos metria da extremidade a ser soldada são necessárias pa-
desta Norma. As soldas podem ser produzidas por sol- ra produzir soldas satisfatórias.
dagem em posição fixa ou em rolamento, ou ainda por
uma combinação das duas posições. 28.4.2 Quando estiverem sendo soldados materiais dissi-
milares, com diferentes requisitos de preaquecimento, a
28.1.6 Antes da soldagem de qualquer tubo, componente temperatura de preaquecimento mais elevada deve pre-
de tubulação ou equipamento cobertos por esta Norma, valecer para ambas as peças.
devem ser feitas a especificação e qualificação de um pro-
cedimento de soldagem. Cada soldador ou operador de 28.4.3 O preaquecimento pode ser feito por qualquer mé-
soldagem deve ser qualificado para o procedimento es- todo adequado, contanto que seja uniforme e que a tem-
pecificado, antes de realizar qualquer soldagem em qual- peratura não venha a cair abaixo do mínimo estabelecido,
quer tubo, componente tubular ou equipamento instalado durante as operações de soldagem.
de acordo com esta Norma.
28.4.4 A temperatura de preaquecimento deve ser verifi-
28.1.7 Para soldas em sistemas de tubulação que devem cada através de lápis térmico, pirômetro de contato, ter-
operar a 20% ou mais da tensão mínima de escoamento mopar ou outro método adequado, para assegurar que a
especificada, devem ser usados os padrões de aceitação temperatura de preaquecimento seja alcançada e manti-
estabelecidos na API 1104. da durante a operação de soldagem.

28.1.8 As definições que dizem respeito à soldagem, con- 28.5 Alívio de tensões
forme utilizadas nesta Norma, obedecem às definições-
padrões estabelecidas pelas AWS A3.0 e NBR 5874. 28.5.1 Prescrições gerais

28.2 Preparação de juntas para soldagem 28.5.1.1 Os aços-carbono que tenham um teor de carbono
acima de 0,32% ou um carbono equivalente (C + 1/4 Mn)
28.2.1 Soldas de topo
(análise de panela) acima de 0,65% devem ser submeti-
dos a alívio de tensões, conforme estabelecido na
28.2.1.1 Algumas preparações aceitáveis de extremidade
ANSI/ASME, Seção VIII. O alívio de tensões pode ser tam-
são mostradas nas figuras do Anexo I.
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bém aconselhável para aços que tenham um teor de car-


bono ou carbono equivalente inferior, quando existirem
28.2.1.2 As figuras do Anexo J mostram as preparações
condições adversas que provoquem um resfriamento
aceitáveis de extremidades para solda de topo de peças
demasiadamente rápido da solda.
com espessuras desiguais ou com tensões de escoa-
mento desiguais, ou a combinação de ambos os casos.
28.5.1.2 As soldas em todos os aços-carbono devem ser
submetidas a alívio de tensões quando a espessura da
28.2.2 Soldas em ângulo
parede exceder 1 1/4".
As dimensões mínimas para as soldas em ângulo usadas
28.5.1.3 Quando a junta soldada conectar peças de espes-
na fixação de flanges sobrepostos e para soldas em jun-
suras diferentes, mas de materiais similares, a espessura
tas de encaixe são mostradas no Anexo K. As dimensões
a ser usada na aplicação de 28.5.1.1 e 28.5.1.2 deve ser:
mínimas para soldas em ângulo utilizadas nas derivações
são mostradas nas Figuras 4 e 5.
a) a mais espessa das duas partes a serem unidas,
28.2.3 Soldas de selagem medida na junta. Esta dimensão é mostrada como
e* nas figuras do Anexo J;
As soldas de selagem devem ser feitas por soldadores
qualificados. A soldagem de selagem de juntas roscadas b) a espessura do tubo principal em caso de cone-
é permitida, mas não deve ser considerada como contri- xões de derivação, flanges sobrepostos ou com-
buição à resistência das juntas. ponentes para solda de encaixe.

28.3 Qualificação de procedimentos e de soldadores 28.5.1.4 Se qualquer um dos materiais, em soldas entre
materiais dissimilares, requerer alívio de tensões, a junta
A qualificação de procedimentos de soldagem e de sol- toda deve receber alívio de tensões.
dadores deve ser feita de acordo com a norma de solda-
gem utilizada no projeto. 28.5.1.5 Todas as soldas de conexões e acessórios devem
sofrer alívio de tensões quando for requerido que o tubo
28.4 Preaquecimento sofra alívio de tensões de acordo com 28.5.1.3, com as
seguintes exceções:
28.4.1 Os aços-carbono que tenham um teor de carbono
acima de 0,32% (análise de panela) ou um carbono equi- a) soldas em ângulo e em chanfro com dimensão
valente (C + 1/4 Mn) acima de 0,65% (análise de panela) (perna) não superior a 1/2" em conexões de diâme-
devem ser preaquecidos até a temperatura indicada no tro nominal não-superior a 2";
procedimento de soldagem. Preaquecimento para aços
que tenham um teor de carbono inferior, ou um carbono b) soldas em ângulo e em chanfro de não mais de
equivalente inferior, deve ser requerido quando o proce- 3/8" de tamanho de chanfro, que fixem membros
dimento de soldagem indicar que a composição química, de suporte ou outros acessórios não-sujeitos à
a temperatura ambiente, a espessura do material ou a geo- pressão.

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NBR 12712/1993 49

28.5.2 Temperatura de alívio de tensões a) 10% das soldas nas localizações de classe 1;

28.5.2.1 O alívio de tensões deve ser feito a uma tempera- b) 15% das soldas nas localizações de classe 2;
tura de 600°C ou mais, para aços-carbono, ou a 650°C ou
mais, para aços-liga ferríticos. A faixa exata de tempera- c) 40% das soldas na localização de classe 3;
tura deve ser estabelecida na especificação do procedi-
mento. d) 75% das soldas na localização de classe 4;
28.5.2.2 No alívio de tensões de uma junta entre metais dis-
e) 100% das soldas em tubulações de estações de
similares, com diferentes requisitos de alívio de tensões,
compressão, em travessias de rios navegáveis, em
deve prevalecer a temperatura de alívio de tensões mais
cruzamentos de rodovias e de estradas de ferro,
alta.
quando for possível, mas em nenhum caso menos
de 90%;
28.5.2.3 As partes aquecidas devem ser levadas lenta-
mente à temperatura requerida e mantidas a essa tempe-
ratura durante um período de tempo de pelo menos f) 100% das soldas que não estão sujeitas a ensaio
1 h/pol. de espessura de parede do tubo, mas em nenhum de pressão, tais como as de interligação (tie-ins).
caso menos de 1/2 h, e devem ser deixadas esfriar lenta e
uniformemente. 28.6.2.3 Todas as soldas que forem inspecionadas devem
atender aos padrões de aceitabilidade da API 1104; em
28.5.3 Métodos e equipamentos para alívio localizado de caso contrário, devem ser reparadas e reinspecionadas
tensões adequadamente. Os resultados da inspeção devem ser
usados para controlar a qualidade da soldagem.
28.5.3.1 O alívio de tensões pode ser efetuado por indução
elétrica, resistência elétrica, queimadores em anel, maça- 28.6.2.4 Quando for utilizado o exame radiográfico, deve
ricos ou outros meios adequados de aquecimento, con- ser seguido um procedimento que atenda aos requisitos
tanto que uma temperatura uniforme seja obtida e man- da API 1104.
tida durante o alívio de tensões.
28.6.2.5 Quando o diâmetro nominal do tubo for menor
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28.5.3.2 A temperatura de alívio de tensões deve ser veri- que 6" ou quando o projeto de construção envolve um
ficada através do uso de pirômetros de contato e termo- número tão limitado de soldas que a inspeção não-des-
par ou outro equipamento para garantir que o ciclo de alí- trutiva seria impraticável e o tubo está previsto para ope-
vio de tensões tenha se realizado. rar com tensão circunferencial igual ou inferior a 40% da
tensão mínima de escoamento especificada, então o dis-
28.6 Ensaios e inspeção de soldagem posto em 28.6.2.2 e 28.6.2.3 não é obrigatório, contanto
que a solda esteja de acordo com 28.3 e que seja ins-
28.6.1 Na inspeção de soldas nos sistemas de tubulação pecionada visualmente e aprovada por inspetor de solda
operando com tensão circunferencial menor que 20% da qualificado.
tensão mínima de escoamento especificada, a qualidade
da soldagem deve ser verificada visualmente em bases 28.6.2.6 Além dos requisitos da inspeção não-destrutiva
aleatórias de acordo com a norma adotada para qualifi- assinalados acima, a qualidade da solda deve ser con-
cação do procedimento de soldagem; as soldas defeituo- trolada continuamente por pessoal qualificado.
sas devem ser reparadas ou removidas da linha.
28.6.3 As soldas defeituosas em tubulações operando
28.6.2 A inspeção e ensaios para controle de qualidade de
com tensão circunferencial igual ou superior a 20% da
soldas em sistemas de tubulação operando com tensão
tensão mínima de escoamento especificada devem ser
circunferencial de 20% ou mais da tensão mínima de
reparadas ou removidas. O reparo deve estar de acordo
escoamento especificada deve obedecer ao prescrito em
com a API 1104.
28.6.2.1 a 28.6.2.6.

28.6.2.1 A qualidade da soldagem deve ser verificada atra- 29 Ensaios após a construção
vés de inspeção não-destrutiva, conforme a norma ado-
tada para a qualificação do procedimento de soldagem; a 29.1 Geral
inspeção não-destrutiva consiste em exame radiográfico,
ensaio de partícula magnética ou outro método aceitável. 29.1.1 Este Capítulo prescreve os requisitos mínimos de
O método de trepanação, para ensaio não-destrutivo, é ensaios de pressão, após a construção, para todo o sis-
proibido. tema de tubulação de transmissão e distribuição de gás,
incluindo reservatórios tubulares e reservatórios cilíndri-
28.6.2.2 O seguinte número mínimo de soldas de topo no cos. Para o ensaio de ramais de serviço, ver 19.5.
campo deve ser selecionado em bases aleatórias pela
companhia operadora, a cada dia de construção, para 29.1.2 Todos os gasodutos devem ser ensaiados in situ
exame. Cada solda selecionada dessa forma deve ser após a sua construção. As seções de interligação devem
examinada em toda a sua circunferência, ou então um ser pré-ensaiadas nas mesmas condições de ensaio do
comprimento equivalente de solda deve ser examinado, gasoduto.
se a companhia operadora decidir examinar apenas par-
te da circunferência de cada junta. As mesmas porcen- 29.1.3 Todas as juntas soldadas das interligações (tie-ins)
tagens mínimas devem ser examinadas nos casos de devem ser inspecionadas e ensaiadas de acordo com
junção de dois ou mais tubos no canteiro: 28.6.

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50 NBR 12712/1993

29.1.4 A tensão circunferencial desenvolvida pela pressão b) os gasodutos pertencentes à classe de locação 2
de ensaio ou pela MPO deve ser calculada com base no devem ser ensaiados com ar, a 1,25 vez a máxi-
valor nominal da espessura de parede do tubo, de acordo ma pressão de operação ou com água, a, no mí-
com a fórmula de 22.2.1. nimo, 1,25 vez a máxima pressão de operação;

29.1.5 Para um determinado trecho de um gasoduto a ser c) os gasodutos pertencentes às classes de locação
ensaiado, a pressão de ensaio refere-se sempre à pres- 3 e 4 devem ser ensaiados com água, a, no míni-
são medida no ponto de maior cota. mo, 1,4 vez a máxima pressão de operação.

29.1.6 Qualquer trecho de um gasoduto que por razões 29.2.1.3 O ensaio de pressão estabelece a MPOA de
tecnicamente justificáveis não puder ser ensaiado in situ acordo com a última coluna da Tabela 19.
deve ser pré-ensaiado nas mesmas condições de ensaio
do gasoduto. 29.2.1.4 Considerando que os dutos, durante o ensaio de
pressão, sofrem flexão longitudinal nos trechos aéreos,
29.1.7 A tensão circunferencial de operação considerada devido ao peso próprio e ao peso do fluido de ensaio, es-
neste Capítulo, para comparação com a tensão mínima de ta Norma limita a tensão de flexão longitudinal, durante o
escoamento especificada, para efeito de ensaio de pres- ensaio, em 1/5 da tensão mínima de escoamento especi-
são, é a produzida pela MPO do sistema de gás. ficada do material do duto.

29.1.8 É obrigatório o uso de água como fluido de ensaio 29.2.1.5 Os trechos de gasodutos que cruzam rodovias e
em todos os casos onde a pressão de ensaio no campo ferrovias podem ser ensaiados de acordo com os mes-
exceder a de ensaio de fábrica. mos procedimentos e a mesma pressão de ensaio rela-
tivos à sua classe de locação.
29.2 Ensaio de resistência mecânica
29.2.1.6 Os itens fabricados com tubos e componentes de
29.2.1 Ensaio para gasodutos que operam com tensão tubulação, tais como conexões para separadores, para
circunferencial igual ou superior a 30% da tensão mínima de válvulas de linha-tronco, para derivações de ramais, para
escoamento especificada cavalotes e outros, podem ser ensaiados de acordo com
os mesmos procedimentos e a mesma pressão de ensaio
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29.2.1.1 Os gasodutos devem ser ensaiados por, no míni- relativos à classe de locação do trecho.
mo, 2 h na pressão de ensaio, após sua construção e an-
tes de sua colocação em operação. 29.2.1.7 Os requisitos de 29.2.1.2-c) para o ensaio com
água, de gasodutos nas classes de locação 3 e 4, não se
29.2.1.2 As exigências para as pressões mínimas de en- aplicam se, na ocasião em que o gasoduto estiver pronto
saio são as descritas a seguir e encontram-se resumidas para ser ensaiado, não houver disponibilidade de água de
na Tabela 19: boa qualidade em quantidade suficiente para o enchi-
mento da linha. Neste caso, o ensaio de resistência nas
a) os gasodutos pertencentes à classe de locação 1 classes 3 e 4 pode ser feito com ar, e as pressões ficam
devem ser ensaiados com ar ou gás, a 1,1 vez a assim limitadas:
máxima pressão de operação, ou com água, a, no
mínimo, 1,1 vez a máxima pressão de operação; a) a pressão mínima de ensaio deve ser igual à MPO;

Tabela 19 - Pressões de ensaio

Classe Fluido de Pressão de ensaio (Pe) Máxima pressão de


de ensaio operação admissível
locação permitido Mínima Máxima (MPOA) (A)

(B)
água 1,10 x MPO
1 ar 1,10 x MPO 1,10 x P Pe/1,10 ou P
gás 1,10 x MPO 1,10 x P

(B)
2 água 1,25 x MPO Pe/1,25 ou P
ar 1,25 x MPO 1,25 x P

(B)
3e4 água 1,40 x MPO Pe/1,40 ou P

Onde:
MPO = máxima pressão de operação (kPa)
MPOA = máxima pressão de operação admissível (kPa)
P = pressão de projeto (kPa)
Pe = pressão de ensaio (kPa)
(A)
Escolher o menor valor.
(B)
Sem limitação específica.

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NBR 12712/1993 51

b) a pressão máxima de ensaio deve ser limitada pe- Tabela 20 - Tensão circunferencial máxima
las seguintes condições: permitida durante o ensaio
Classe de locação
- a tensão circunferencial, gerada pela pressão de
ensaio, deve ser inferior a 0,5 E . Sy na classe de Fluido de ensaio % da tensão mínima de
locação 3 e inferior a 0,4 E . Sy na classe de lo- escoamento especificada
cação 4, sendo E o fator de eficiência de junta e 2 3 4
Sy a tensão mínima de escoamento especifica-
da; Ar 75 50 40
Gás 30 30 30
- a pressão de ensaio não deve exceder 1,25 vez
29.3 Ensaio de estanqueidade
a MPO do sistema.
29.3.1 Ensaio de estanqueidade para gasodutos que operam
29.2.1.8 Esta Norma não limita o valor da pressão máxima a 700 kPa (7,1 kgf/cm2) ou mais
de ensaio com água para a verificação da resistência,
porém as considerações abaixo devem orientar na pres- 29.3.1.1 Os gasodutos devem ser ensaiados após sua
crição do valor da pressão de ensaio, no que diz respeito construção e antes de serem colocados em operação, pa-
ao compromisso entre a economia e a segurança: ra se comprovar que não vazam. Se o ensaio indicar va-
zamento, este deve ser localizado e eliminado, e um novo
a) para gasodutos localizados em regiões de relevo ensaio realizado.
acidentado, as pressões de ensaio elevadas obri-
gam o aumento da quantidade das seções de en- 29.3.1.2 O procedimento de ensaio utilizado deve ser ca-
saio; paz de identificar todos os vazamentos e é escolhido após
considerarem-se o volume do trecho e a sua localização.
b) quando a pressão de ensaio prescrita produzir no Neste caso, uma avaliação competente e experiente pre-
duto tensões circunferenciais maiores que a ten- valece sobre a precisão numérica.
são mínima de escoamento especificada, a eleva-
ção e a manutenção da pressão de ensaio devem 29.3.1.3 Em todos os casos em que a linha for circunferen-
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ser feitas no menor tempo possível, pois a aplica- cialmente tensionada, num ensaio de resistência, a 20%
ção prolongada de tensões elevadas produz no ou mais da tensão mínima de escoamento especificada e
material o crescimento de defeitos que original- o fluido de ensaio for ar ou gás, deve ser feito um ensaio de
mente não comprometeriam a integridade do ga- estanqueidade a uma pressão variando de 700 kPa
soduto. (7,1 kgf/cm2) até a pressão necessária para produzir uma
tensão circunferencial de 20% da tensão mínima de es-
coamento especificada. É também permitido inspecionar
29.2.1.9 Tubos para gasoduto que na fábrica passaram
a linha, durante o ensaio de resistência, mantendo a pres-
por ensaio hidrostático, com pressões que induziram
são neste segundo limite.
tensões circunferenciais inferiores a 0,85 Sy, devem ser
submetidos a novo ensaio quando a pressão de projeto for
29.3.1.4 Para a comprovação de estanqueidade, o tempo
superior a 85% da pressão de ensaio de fábrica; nessas
de duração do ensaio deve ser o necessário para que o ga-
condições, a pressão de ensaio deve ser, no mínimo, 18%
soduto possa ser inspecionado e os locais de eventuais
superior à pressão de projeto. Uma pressão de ensaio
vazamentos identificados para reparo.
superior a 18% da pressão de projeto não permite que o
gasoduto admita uma pressão de projeto superior à ado- 29.3.2 Ensaios de estanqueidade para gasodutos que operam
tada para o cálculo da espessura de parede requerida (ver a menos de 700 kPa (7,1 kgf/cm2)
7.1). A pressão de ensaio pode ser feita nas seguintes
condições: 29.3.2.1 Os gasodutos e equipamentos correlatos que
operam a menos de 700 kPa (7,1 kgf/cm2) devem ser
a) tramo a tramo, nas mesmas condições de fábrica; ensaiados após a construção e antes de serem colocados
em operação, para comprovar que não vazam.
b) no campo, com os tramos soldados, constituindo
trechos do gasoduto. 29.3.2.2 Pode ser utilizado gás como fluido de ensaio, à
máxima pressão disponível no sistema de distribuição por
29.2.2 Ensaio para gasodutos que operam com tensão ocasião do ensaio. Neste caso, o ensaio com espuma de
circunferencial menor que 30% da tensão mínima de sabão pode ser usado para localizar vazamentos, se to-
escoamento especificada, mas acima de 700 kPa das as juntas estiverem descobertas durante o ensaio.
(7,1 kgf/cm2)
29.3.2.3 Para a comprovação de estanqueidade, o tempo
de duração do ensaio deve ser o estritamente necessário
29.2.2.1 Na classe de locação 1, o ensaio de resistência do
para que o gasoduto possa ser inspecionado e os locais de
gasoduto deve ser de acordo com 29.3.1. eventuais vazamentos identificados para reparo.

29.2.2.2 Nas classes de locação 2, 3 e 4, a tubulação é en- 29.4 Registros


saiada de acordo com 29.2.1, admitindo-se a possibilida-
de de se utilizar gás ou ar como fluido de ensaio, dentro A companhia operadora é obrigada a manter em seus ar-
dos limites máximos de tensão circunferencial estabele- quivos um registro de execução de cada ensaio, o qual
cidos na Tabela 20. deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

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52 NBR 12712/1993

a) data e hora de realização do ensaio; ao solo, tensões secundárias, compatibilidade com o sis-
tema de proteção catódica e a resistência à degradação
b) especificação dos tubos de cada um dos trechos térmica. Em locais rochosos, para minimizar-se a ocor-
ensaiados; rência de danos físicos, podem ser utilizados um revesti-
mento protetor externo e materiais selecionados para rea-
c) planta e perfil do gasoduto e a localização das terro, ou outras medidas adequadas.
seções de ensaio;
30.2.3 Critérios de proteção catódica
d) fluido de ensaio usado;
O projeto do sistema de proteção catódica deve ser ela-
e) pressão de ensaio de cada um dos trechos; borado explicitando os critérios de proteção adotados.

f) pressão resultante no ponto de menor cota de ca- 30.2.4 Isolamento elétrico


da trecho, calculada com base na pressão de en-
saio; 30.2.4.1 Os sistemas de transmissão e distribuição de gás
combustível devem ser isolados eletricamente de outros
g) duração dos ensaios de resistência e de estan- sistemas, exceto nos locais onde as estruturas metálicas
queidade; enterradas sejam interligadas eletricamente entre si e
protegidas catodicamente como um todo.
h) localização de falhas e vazamentos, e a descrição
dos reparos realizados. 30.2.4.2 Sempre que possível, os sistemas de transmis-
são e distribuição de gás combustível devem ser isolados
30 Controle da corrosão eletricamente das tubulações de ferro fundido, forjado,
dúctil e outros tipos de material metálico.
30.1 Objetivo
30.2.4.3 Os pontos de contato elétrico acidental com ou-
Este Capítulo fixa as condições mínimas a serem cumpri- tras estruturas metálicas devem ser localizados e re-
das para o controle da corrosão interna e externa de movidos.
tubulações, reservatórios e componentes metálicos per-
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tencentes aos sistemas de transmissão e distribuição de 30.2.4.4 Deve ser prevista a proteção das juntas de iso-
gás combustível, novos ou existentes. Cada companhia lamento elétrico contra tensões induzidas por descargas
operadora deve estabelecer seus próprios procedimen- atmosféricas e aproximação do sistema com linhas de
tos específicos, dentro dos objetivos constantes desta transmissão, conforme Capítulo 10.
Norma, para desenvolver seu próprio programa de con-
trole da corrosão. 30.2.5 Pontos de ensaio

30.2 Controle da corrosão externa para instalações 30.2.5.1 Os pontos de ensaio devem ser distribuídos ao
enterradas longo do traçado das tubulações em quantidade sufi-
ciente para se avaliar a eficiência do sistema de proteção
30.2.1 Geral catódica.

30.2.1.1 As instalações metálicas enterradas e submer- 30.2.5.2 A distribuição dos pontos de ensaio pode ser fei-
sas, dos sistemas de transmissão e distribuição de gás ta de acordo com a orientação dada a seguir:
combustível, devem ser revestidas externamente e/ou
protegidas catodicamente, observados os requisitos da a) em cada junta de isolamento elétrico ou grupo de
NACE Std RP-01-69. juntas de isolamento elétrico;

30.2.1.2 O procedimento indicado em 30.2.1.1 pode ser b) em cada tubo-camisa ou grupo de tubos-camisa;
dispensado nos casos em que puder ser provado, por
meio de ensaios ou de experiência prévia, que não ocor- c) junto às travessias de rios, córregos, canais, la-
re qualquer corrosão significativa a ponto de expor o pú- gos, etc.;
blico, o meio ambiente ou outras instalações ao risco de
danos durante a vida útil prevista para a operação do sis- d) nas derivações para ramais;
tema de transmissão de gás.
e) nos cruzamentos ou proximidades de outras tu-
30.2.2 Critérios de revestimentos bulações ou estruturas metálicas enterradas não
consideradas no projeto;
30.2.2.1 Os revestimentos, incluindo os de junta de campo
e de reparo, devem ser selecionados de acordo com a f) nos trechos mais afetados por saída de corren-
temperatura de operação, os fatores ambientais e ou- tes de interferência;
tros elementos pertinentes; na execução dos revesti-
mentos, devem ser observados os requisitos da g) ao longo das tubulações, espaçados conforme as
NACE Std RP-02-75. necessidades de cada região, em função de fa-
tores como a distribuição da corrente de proteção,
30.2.2.2 Na escolha do tipo do revestimento externo, de- eficiência do revestimento utilizado, correntes de
ve-se considerar os requisitos específicos para as tubu- interferência, etc.;
lações que transportam gases em alta temperatura. Es-
ses requisitos incluem a resistência contra danos devido h) junto aos reservatórios metálicos enterrados.

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NBR 12712/1993 53

30.2.6 Instalação de conexões elétricas 30.3.2 O tipo de revestimento selecionado deve possuir
características adequadas à proteção contra a corrosão
30.2.6.1 As conexões dos cabos elétricos, dos pontos de provocada pelo ambiente. Os materiais dos revestimen-
ensaio às tubulações, devem ser feitas sem que ocorram tos devem recobrir completamente as superfícies expos-
no tubo, no ponto de conexão, tensões mecânicas loca- tas e devem ser aplicados de acordo com as especifica-
lizadas excessivas. ções e recomendações dos fabricantes.

30.2.6.2 As conexões dos cabos elétricos às tubulações 30.3.3 Nos afloramentos das estruturas, devem ser previs-
podem ser feitas diretamente por meio de soldas exo- tos os cuidados específicos necessários ao controle da
térmicas. A especificação da carga não deve exceder o corrosão.
cartucho de 15 g, e os procedimentos de execução da
solda devem atender aos requisitos de segurança da ins- 30.4 Controle da corrosão interna
talação.
30.4.1 Quando for transportado um gás corrosivo, devem
30.2.6.3 Após realizada a conexão, a abertura feita no
ser tomadas medidas capazes de proteger o sistema de
revestimento e os trechos expostos dos cabos elétricos tubulações contra a corrosão interna. A menos que se pro-
devem ser protegidos por um material isolante compatí- ve o contrário, por ensaios ou experiência prévia, os ga-
vel com o tipo de revestimento existente. ses que nas condições de transporte contenham água li-
vre devem ser considerados corrosivos.
30.2.7 Interferência elétrica
30.4.2 Para preservar a integridade e eficiência das tu-
bulações, devem ser considerados no projeto, em conjun-
30.2.7.1 O sistema de proteção catódica deve ser projeta-
to ou em separado, os fatores indicados a seguir:
do de forma a minimizar e corrigir qualquer interferência
adversa sobre outras estruturas metálicas existentes ao a) revestimento interno:
longo do traçado da rede de dutos.
- o revestimento interno deve atender às especifi-
30.2.7.2 Quando necessário, deve ser prevista uma inter- cações de qualidade e à espessura mínima da
ligação elétrica, direta ou por meio de uma resistência elé- camada protetora estabelecidas;
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trica, devidamente calibrada, entre a estrutura interfe-


rente e a estrutura interferida. - os revestimentos utilizados devem ser inspecio-
nados conforme previsto nas especificações es-
30.2.7.3 As interferências adversas provocadas por estru- tabelecidas ou na prática corrente;
turas estranhas, principalmente quando há a presença de
correntes de fuga, devem ser examinadas e analisadas - quando os tubos ou outros componentes do sis-
através de levantamento de dados no campo. As interfe- tema de tubulações forem unidos por solda ou
rências podem ser controladas por métodos como drena- outro método que deixe exposto o metal de ba-
gem elétrica, de acordo com as NBR 9171 e NBR 9344, se, devem ser previstas medidas, como limpe-
sistema de proteção catódica complementar, aplicação za e reposição do revestimento ou o uso perma-
de revestimentos protetores, uso de blindagem elétrica, nente de um inibidor adequado, para evitar a
ou qualquer outro dispositivo efetivo de proteção. corrosão das juntas;

30.2.8 Tubos-camisa - se estiver previsto o uso de pigs ou de esferas,


os tipos de revestimentos devem ser escolhidos
Os tubos-camisa devem possuir acessórios que os iso- de forma a evitar possíveis danos provocados
lem eletricamente das respectivas tubulações. pela passagem desses instrumentos;

30.2.9 Anodos galvânicos b) inibidores de corrosão:

- sempre que necessário, devem ser previstos em


Os anodos galvânicos, especialmente os do tipo bracele-
projeto equipamentos que permitam reter, trans-
te, contínuo ou de cordão, instalados próximos a uma
ferir e injetar o inibidor de corrosão no fluxo de
tubulação aquecida, devem ter seu desempenho consi-
gás;
derado de acordo com a temperatura de operação das tu-
bulações. A taxa de desgaste e a corrente liberada pela
- provadores de corrosão e outros equipamentos
maioria das ligas de anodo tendem a ser maiores com o
de monitoração devem ser previstos em projeto,
aumento da temperatura ambiente. Em temperaturas supe-
para permitir avaliações contínuas do programa
riores a 60°C, algumas ligas podem tornar-se mais no-
de controle da corrosão;
bres que o aço. Em temperaturas superiores a 50°C, os
anodos de zinco, com alumínio na sua composição quí- - o inibidor de corrosão selecionado deve ser de
mica, podem sofrer corrosão intergranular. um tipo que não cause deterioração dos compo-
nentes do sistema de tubulações;
30.3 Controle da corrosão atmosférica
c) sistemas de pigs:
30.3.1 As instalações metálicas aéreas devem ser protegi-
das, contra a corrosão externa provocada pelo meio am- - um sistema eficiente de coleta de condensados e
biente, por meio de um sistema de revestimento ade- de materiais sólidos nas tubulações por meio de
quado. pigs ou esferas deve ser previsto;

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54 NBR 12712/1993

d) provadores de corrosão e carretéis de ensaio: 31.2.4 Na proteção da vala, deve ser feito o cadastra-
mento de ocorrência de surgências, infiltrações e perco-
- nos locais com maiores possibilidades de ocor- lações, definindo as soluções a serem empregadas.
rência de corrosão, quando for prático, devem
ser utilizados provadores de corrosão e carre- 31.3 Métodos de proteção de vala
téis de ensaio;
31.3.1 Fundamentos básicos
- provadores de corrosão e carretéis de ensaio
devem ser projetados de forma a permitirem a Os métodos a serem empregados para a proteção do
passagem dos pigs ou esferas, quando forem reaterro de vala devem consistir em drenagem do fundo
instalados em seções percorridas por esses ins- da vala, diques de contenção do reaterro da vala e subs-
trumentos; tituição do material de reaterro.

31.3.2 Drenagem do fundo da vala


e) tratamento para redução da corrosividade dos ga-
ses:
31.3.2.1 Métodos de drenagem do fundo da vala devem
ser previstos sempre que houver a possibilidade ou ocor-
- uso de equipamentos de desidratação ou de
rência de percolação, surgências ou interceptação de
separação;
veios d’água em rampas com inclinações superiores a 5°.
- uso de equipamentos de remoção de outros 31.3.2.2 Os métodos de drenagem normalmente utiliza-
contaminantes. dos devem ser:

30.4.3 Quando um gás ou mistura de gases, líquidos e a) colchão de areia;


sólidos corrosivos forem transportados em temperatura
elevada, deve ser dada atenção especial para a identifi- b) dreno-cego.
cação e mitigação da possível corrosão interna.
31.3.3 Contenção do reaterro da vala
30.4.4 Os materiais utilizados na tubulação e nos demais
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equipamentos metálicos expostos aos gases devem ser 31.3.3.1 Para contenção do reaterro da vala, devem ser
resistentes à corrosão interna, portanto: projetados diques no interior desta, com dimensões e
espaçamento de conformidade com a seção da vala, in-
a) os materiais selecionados para a tubulação devem clinação da rampa e o material utilizado na construção do
ser compatíveis com os produtos transportados; dique.

b) os efeitos de erosão/corrosão causados por partí- 31.3.3.2 Devido a acomodações e recalques da tubula-
culas de alta velocidade em prováveis pontos de ção enterrada na vala, os diques devem ser projetados
turbulência e de choque devem ser minimizados com o emprego de materiais que absorvam aqueles mo-
pelo uso de materiais resistentes à erosão, pelo vimentos, não causando danos ao revestimento dos tu-
acréscimo de espessura de parede, ou pela con- bos ou à própria tubulação.
figuração e dimensões da tubulação ou conexões,
ou ainda pela filtragem. 31.3.4 Reaterro e fechamento da vala

31 Estabilização de pista e vala Em função da inclinação da rampa e do tipo de solo local,


deve ser prevista a compactação do reaterro da vala ou
31.1 Geral substituição parcial ou total do solo, por material com
suficiente coesão e resistência, de forma a evitar erosões
ou deslizamentos da cobertura.
Este Capítulo estabelece os critérios a serem aplicados no
projeto de estabilização de pista e vala.
31.4 Drenagem superficial da pista
31.2 Critérios de projeto 31.4.1 Fundamentos básicos

31.2.1 A estabilização de pista e vala deve assegurar a Os métodos de drenagem superficial da pista devem ser
proteção permanente da tubulação enterrada, estabili- previstos em encostas com inclinação superior a 5° e
zando a pista, vala, encostas, bota-foras e áreas terraple- constituídas de solos de baixa coesão, com a finalidade
nadas nas vizinhanças, evitando danos a edificações, ma- de evitar a formação de processos erosivos na pista e
nanciais e sistemas hidrográficos, e preservando o meio vizinhanças.
ambiente.
31.4.2 Métodos de drenagem superficial
31.2.2 Para obtenção dos parâmetros de projeto, devem
ser realizados estudos geotécnicos e hidrológicos ao Os métodos de drenagem superficial constam de:
longo da região atingida pela construção do gasoduto.
a) calhas transversais de captação e longitudinais de
31.2.3 Na proteção da pista, deve ser feito o cadastra- condução de águas pluviais, dimensionadas e es-
mento de rampas, definindo as soluções a serem empre- paçadas conforme inclinação e extenção da ram-
gadas em cada local. pa;

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NBR 12712/1993 55

b) caixas de passagem e dissipação dimensionadas ser estabelecida pelo projeto, sementes de gramíneas
e espaçadas em função das calhas transversais e e/ou leguminosas fertilizantes e fixador da mistura.
longitudinais;
31.5.5 Espécies de sementes a serem empregadas
c) caixas de saída com dissipadores de energia ci-
nética; Na especificação das espécies de semente, devem ser
selecionadas as que mais se adaptem ao ambiente local,
d) muros defletores e enrocamentos. numa proporção balanceada entre gramíneas e legumi-
nosas.
31.5 Proteção vegetal da pista
32 Odorização
31.5.1 Geral
32.1 Todo gás combustível deve ser odorizado em redes
A proteção vegetal visa à preservação das áreas expos- de distribuição e serviço ou para uso doméstico, de modo
tas pela terraplenagem, proporcionando melhores condi- a permitir, em caso de vazamento, a sua pronta detecção
ções para resistir à erosão superficial, causada pelas em limites de concentração a partir de 1/5 de seu limite de
águas pluviais, através da execução de proteção vegetal, explosividade inferior. Em gasodutos de transmissão, a
num consorciamento de plantas gramíneas e leguminosas. odorização fica sujeita a estudos específicos em função
das áreas atravessadas.
31.5.2 Análise do solo
32.2 O odorante deve atender aos seguintes requisitos:
O grau de acidez ou alcalinidade do solo (pH) deve ser
determinado utilizando-se amostras representativas co- a) misturado ao gás na concentração especificada,
lhidas ao longo da faixa do gasoduto. não deve ser prejudicial a pessoas nem causar
danos ao sistema;
31.5.3 Correção do solo
b) sua solubilidade em água não deve exceder 2,5%
Com base na análise do solo, deve ser determinada a em massa;
sua correção e adubação, a fim de garantir o desenvol-
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vimento e manutenção da proteção vegetal empregada. c) seus produtos de combustão não devem ser pre-
judiciais a pessoas nem causar danos aos mate-
31.5.4 Processos de execução riais com que normalmente possam ter contato.

O processo de plantio por hidrossemeadura deve ser 32.3 Ensaios de campo devem ser previstos para verifi-
previsto em rampas ou taludes com declividade igual ou car a eficácia do sistema de odorização. Os pontos de
superior a 15°, consistindo o processo na projeção, por amostragem devem ser localizados de forma a represen-
via líquida, em uma emulsão contendo, em dosagem a tar o gás em todos os pontos do sistema.

/ANEXOS

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56

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NBR 12712/1993
NBR 12712/1993 57

ANEXO A - Diagrama ilustrativo do campo de aplicação desta Norma


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/ANEXO B

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58 NBR 12712/1993

ANEXO B - Fatores de conversão

Multiplicar o valor, expresso


Para converter em nas unidades da primeira
coluna, por:

Unidades de comprimento

in m 2,540000 x 10-2 *

ft m 3,048000 x 10-1 *

mile m 1,609344 x 103 *

Unidades de área

in2 m2 6,451600 x 10-4 *

ft 2 m2 9,290304 x 10-2 *

Unidades de volume

in3 m3 1,638706 x 10-5

ft 3 m3 2,831685 x 10-2

Unidades de diferencial de temperatura


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°F (Fahrenheit) C 5,555556 x 10-1

°C (Celsius) K 1,000000 x 10° *

°F (Fahrenheit) K 5,555556 x 10-1

°R (Rankine) K 5,555556 x 10-1

Unidade de ângulo plano

grau (°) radiano (rad) 1,745329 x 10-2

Unidades de força

kgf N 9,806650 x 10° *

lbf N 4,448222 x 10°

Unidades de momento (ou de torque)

kgf . m N.m 9,806650 x 10o *

lbf . in N.m 1,129848 x 10-1

Unidades de pressão (ou de tensão)

kgf/cm 2 kPa 9,806650 x 101 *

kgf/cm 2 MPa 9,806650 x 10-2 *

lb/in 2 kPa 6,894757 x 10°

lb/in 2 MPa 6,894757 x 10-3

bar kPa 1,000000 x 102 *

/continua

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NBR 12712/1993 59

/continuação

Multiplicar o valor, expresso


Para converter em nas unidades da primeira
coluna, por:

bária kPa 1,000000 x 10-4 *

atm kPa 1,013250 x 102 *

Unidades de energia

Btu J 1,055056 x 103

cal J 4,186800 x 10° *

lbf . ft J 1,355818 x 10°

Unidades de potência

hp W 7,457000 x 102

cv W 7,354990 x 102

Para converter em Usar a fórmula

Escalas termométricas
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°F °C 5 (°F - 32)/9

°C K °C + 273,15

°F K 5 (°F - 32)/9 + 273,15

°R K 5 (°R)/9

Notas: a) Esta tabela apresenta fatores de conversão para algumas das mais utilizadas grandezas, expressas em unidades dos siste-
mas inglês, físico (c . g . s) e técnico (m . kgf . s), para o Sistema Internacional (SI).
b) O sistema legal de unidades no Brasil é o Sistema Internacional, cujas principais grandezas, fundamentais e derivadas, relati-
vas à mecânica, com respectivas unidades, são:
- comprimento - metro (m)
- massa - quilograma (kg)
- tempo - segundo (s)
- temperatura - Kelvin (K)
- ângulo plano - radiano (rad)
- força - Newton (N)
- pressão - Pascal (Pa)
- energia - Joule (J)
- potência - Watt (W)
c) Os asteriscos (*) que figuram à direita dos fatores de conversão indicam os fatores que são exatos.
d) Os fatores de conversão são apresentados em notação científica, ou seja, por um número real de 1 a 10 (exclusive) e pela potência
de 10 que lhe é associada.
e) Para uma lista completa dos fatores de conversão, de vários sistemas de unidades para o SI, deve ser consultada a
NBR 12230.

/ANEXO C

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60 NBR 12712/1993

ANEXO C - Ensaio de achatamento para tubos

C-1 O ensaio de achatamento para tubos deve ser reali- C-4 Para tubos soldados por fusão, nenhuma trinca na
zado de acordo com a NBR 6154 e complementado com solda deve aparecer até que a distância entre as placas se-
os parâmetros de execução de ensaio aqui expostos. ja menor que 3/4 do diâmetro externo para solda de topo,
ou 2/3 do diâmetro externo para solda sobreposta, e ne-
C-2 Para tubos sem costura, o corpo-de-prova não deve nhuma fissura ou ruptura, seja em qualquer parte do me-
ter comprimento inferior a 65 mm. tal, seja na solda, deve ocorrer até que a distância entre
as placas seja inferior à indicada a seguir:
C-3 Para tubos feitos com solda por resistência elétrica,
nenhuma trinca na solda deve aparecer até que a distância
a) solda de topo: 60% do diâmetro externo;
entre as placas seja menor que 2/3 do diâmetro externo do
tubo. Nenhuma fissura ou ruptura no metal ou na solda po-
de ocorrer até que a distância entre as placas seja menor b) solda sobreposta: 33% do diâmetro externo.
que 1/3 do diâmetro externo do tubo; mas em nenhum caso,
ela deve ser menor que cinco vezes a espessura da parede C-5 Para tubos sem costura, nenhuma fissura ou ruptu-
do tubo. Nenhuma evidência de laminação ou material fun- ra no metal deve ocorrer até que a distância entre as pla-
dido deve revelar-se durante todo o processo de achata- cas atinja o valor “H” dado pela fórmula prescrita na
mento, e a solda não pode apresentar defeitos. NBR 6154.
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/ANEXO D

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NBR 12712/1993 61

ANEXO D - Tensão mínima de escoamento especificada (Sy) de materiais para tubos

Sy
Especificação Grau
MPa 103 psi kg*/cm2

API 5L A 207 30 2109


B 241 35 2461
x 42 290 42 2954
x 46 317 46 3235
x 52 359 52 3657
x 56 386 56 3938
x 60 414 60 4219
x 65 448 65 4571
x 70 483 70 4923
x 80 552 80 5626

ASTM A-53 A 207 30 2109


B 241 35 2461

ASTM A-106 A 207 30 2109


B 241 35 2461
C 276 40 2813

ASTM A-134 ASTM A-283 A 165 24 1688


B 186 27 1899
C 207 30 2109
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D 228 33 2321

ASTM A-285 A 165 24 1688


B 186 27 1899
C 207 30 2109

ASTM A-135 A 207 30 2109


B 241 35 2461

ASTM A-139 A 207 30 2109


B 241 35 2461
C 290 42 2954
D 317 46 3235
E 359 52 3657

ASTM A-211 30 207 30 2109


33 228 33 2321
36 248 36 2532
40 276 40 2813
45 310 45 3165
50 345 50 3516
55 379 55 3868

ASTM A-333 1 207 30 2109


3,4,6,7 241 35 2461
8 517 75 5274
9 317 46 3235

ASTM A-381 Classe Y-35 241 35 2461


Y-42 290 42 2954
Y-46 317 46 3235
Y-48 331 48 3376
Y-50 345 50 3516
Y-52 359 52 3657
Y-56 386 56 3938
Y-60 414 60 4219
Y-65 448 65 4571
/continua

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62 NBR 12712/1993

/continuação

Sy
Especificação Grau
MPa 103 psi kg*/cm2

ASTM A-671 ASTM A-285 C 207 30 2109

Classes 10, 11, 12 ASTM A-515 55 207 30 2109


20, 21, 22, 60 221 32 2250
30, 31, 32 65 241 35 2461
70 262 38 2672

ASTM A-516 55 207 30 2109


60 221 32 2250
65 248 36 2532

70
262
38
2672

ASTM A-672 ASTM A-285 A 165 24 1688


B 186 27 1899
C 207 30 2109

Classes 10, 11, 12 ASTM A-515 55 207 30 2109


20, 21, 22 60 221 32 2250
Exemplar autorizado para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

30, 31, 32 65 241 35 2461


70 262 38 2672

ASTM A-516 55 207 30 2109

/ANEXO E

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NBR 12712/1993 63

ANEXO E - Exemplos de aplicação dos dispositivos de controle e


proteção requeridos em estações de controle de pressão

E-1 Para melhor compreensão da aplicação da Figura 1, Nota: Analisando-se a Figura 1, verifica-se que a válvula de alí-
são apresentados três exemplos: vio é uma proteção para qualquer situação.

E-1.1 Exemplo 1 E-1.2 Exemplo 2

E-1.1.1 Deseja-se especificar uma estação de controle e li- E-1.2.1 Deseja-se especificar uma estação de controle e
mitação de pressão entre um gasoduto de transmissão limitação de pressão entre uma rede de distribuição de
com MPO de 7000 kPa (71,4 kgf/cm2) e um ramal de gás com MPO de 1000 kPa (10,2 kgf/cm2) e outra rede de
alimentação com MPO de 1500 kPa (15,3 kgf/cm2) para distribuição com MPO de 400 kPa (4,1 kgf/cm2).
uma rede de distribuição.
E-1.2.2 A solução é a seguinte:
E-1.1.2 A solução é a seguinte:
MPOmont. = 1000 kPa e MPOjus. = 400 kPa
MPOmont. = 7000 kPa e MPOjus. = 1500 kPa
MPOmont. - MPOjus. = 600 kPa
MPOmont. - MPOjus. = 5500 kPa
MPOmont. “ MPOjus. = 2,5
MPOmont. “ MPOjus. = 4,66
E-1.2.3 Como 600 kPa < 1600 kPa, trata-se do caso A, ou
E-1.1.3 Como 5500 kPa > 1600 kPa e simultaneamente seja:
4,66 > 1,6, trata-se do caso B, ou seja:
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Válvula de controle e válvula de segurança Válvula de controle e válvula de segurança


ou ou

Válvula de controle e duas válvulas de bloqueio automático Válvula de controle e válvula de bloqueio automático
ou ou

Válvula de controle, válvula de controle monitora e Válvula de controle e válvula de controle monitora
válvula de bloqueio automático ou
ou

Válvula de controle, válvula de controle em série e Válvula de controle e válvula de controle em série
válvula de bloqueio automático

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64 NBR 12712/1993

E-1.3 Exemplo 3

E-1.3.1 Deseja-se especificar uma estação de controle e


limitação de pressão entre uma rede de distribuição com
MPO de 100 kPa (1 kgf/cm2) e uma rede interna de
consumidor com MPO de 2 kPa (0,02 kgf/cm2).

Válvula de controle possuindo as características


exigidas em 14.3.1.3.

/ANEXO F
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NBR 12712/1993 65

ANEXO F - Exemplo de aplicação das regras para o projeto de derivações tubulares soldadas

F-1 Enunciado l) fator de temperatura: T = 1 (gás escoando à tem-


peratura de até 120°C);
Projetar uma derivação tubular soldada, de 16" x 8", sen-
do fornecidos os seguintes dados: m) ângulo da derivação: β = 90°; sen β = 1;

a) diâmetro externo do tronco: DT = 406,4 mm (16"); n) tipo de montagem: não-penetrante.


b) diâmetro externo do ramal: DR = 219,1 mm (8,625");
Nota: Para ilustração da derivação, ver Figura 8.
c) espessura do tronco: eT = 19,1 mm (0,750");
F-2 Desenvolvimento dos cálculos
d) espessura do ramal: eR = 12,7 mm (0,500");
F-2.1 Relação entre os diâmetros do ramal e do tronco
e) especificação do material do tronco e do ramal:
API 5L Gr. B; DR/DT = 219,1/406,4

f) especificação do material da chapa de reforço: DR/DT = 0,54 (54%)


ASTM A-285 Gr. C;
F-2.2 Relação entre a tensão circunferencial e a tensão
g) pressão de projeto: P = 10 MPa (102 kgf/cm2);
mínima de escoamento especificada (para o tronco)
h) tensão mínima de escoamento especificada:
Sc = P . DT/2 . eT
- ramal SyR = 241 MPa (2460 kgf/cm2);
Sc = 10 x 406,4/(2 x 19,1) = 106,4 MPa
- tronco SyT = 241 MPa (2460 kgf/cm2);
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Sc/SyT = 106,4/241
- chapa de reforço SyC = 206 MPa (2110 kgf/cm2);
Sc/SyT = 0,44 (44%)
i) sobreespessura para corrosão nos tubos: c = 0;

j) classe de locação do gasoduto: 3 (fator de projeto F-2.3 Espessura de parede do tronco para resistir à
F = 0,5); pressão interna

k) fator de eficiência de junta: E = 1 (garantido pelo et = P . DT/(2 F . E . T . SyT)


processo de soldagem e pela especificação do
material); et = 10 x 406,4/(2 x 0,5 x 1 x 1 x 241) = 16,9 mm

Figura 8

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66 NBR 12712/1993

F-2.4 Espessura de parede do ramal para resistir à AN = (3274 - 426 - 344 - 250) x 241/206
pressão interna
AN = 2254 x 241/206 = 2637 mm2
er = P . DR/(2 F . E . T . SyR)
F-2.9 Dimensões nominais da chapa de reforço
er = 10 x 219,1/(2 x 0,5 x 1 x 1 x 241) = 9,1 mm
Espessura: M = 19,1 mm (3/4")
F-2.5 Diâmetro do furo
Comprimento: Q = 2 (d - W2) = 2 x (193,7 - 13) =
d = DR - 2 (eR - c) = 361,4 mm

d = 219,1 - 2 (12,7 - 0) = 193,7 mm Área: A = (Q - DR) . M = (361,4 - 219,1) x 19,1 =


= 2718 mm2
F-2.6 Área de reforço requerida
F-2.10 Área total
Areq. = d . et
Atot. = A1 + A2 + A3 + A4
Areq. = 193,7 x 16,9 = 3274 mm2

F-2.7 Área disponível para reforço Onde:

F-2.7.1 No tronco A4 = A . SyC/SyT = 2718 x 206/241 = 2323 mm2

A1 = (eT - et - c) . d Atot. = 426 + 344 + 250 + 2323 = 3343 mm2

A1 = (19,1 - 16,9 - 0) x 193,7 = 426 mm2 Nota: No cômputo da área da chapa de reforço (A4), há que se
aplicar, sobre a área nominal da chapa (A), o fator redutor
F-2.7.2 No tubo-ramal SyC/SyT entre as tensões de escoamento da chapa e do
tronco; esta operação transforma a área nominal da cha-
pa, feita com um material de tensão de escoamento SyC,
F-2.7.2.1 Admitindo-se usar uma chapa de reforço com
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em outra equivalente de material de tensão de escoamen-


espessura M = 19,1 mm (3/4")
to SyT. Assim, o somatório das áreas A1 + A2 + A3 + A4
é feito como se todos os materiais fossem estrutural-
L = 2,5 (eT - c) = 2,5 x (19,1 - 0) = 47,8 mm mente equivalentes ao material retirado do tronco.

ou F-2.11 Condição de resistência

L = 2,5 (eR - c) + M = 2,5 x (12,7 - 0) + 19,1 = 50,9 mm Atot. (= 3343 mm2) > Areq. (= 3274 mm2)
F-2.7.2.2 Prevalece o menor valor de L (47,8 mm)
F-2.12 Requisitos especiais (ver 20.5.3)
A2 = 2 (eR - er - c) . L . (SyR/SyT)
De acordo com os requisitos especiais, os percentuais
2 DR/DT e Sc/SyT sinalizam para as recomendações (B) e
A2 = 2 (12,7 - 9,1 - 0) x 47,8 = 344 mm
(D) da Tabela 13.
F-2.7.3 Nos cordões de solda
F-2.13 Verificação do envolvimento angular (ver
W1 = 9 mm (dimensão do cordão de solda entre a recomendação (B)):
chapa de reforço e o ramal)
α = 2 (arc sen (DR/DT) + (360/2π)) . ((2d - DR)/DT)
W2 = 13 mm (dimensão do cordão de solda entre a
chapa de reforço e o tronco) α = 2 (arc sen (219,1/406,4) + (360/2π)) . ((2 x 193,7 -
- 219,1)/406,4)
A3 = W12 + W22 = 250 mm2
α = 113°
F-2.8 Área mínima necessária à chapa de reforço
Como α < 180°, o reforço não necessita ser do tipo inte-
AN = (Areq. - A1 - A2 - A3) . SyT/SyC gral.

/ANEXO G

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NBR 12712/1993 67

ANEXO G - Constantes físicas

G-1 Coeficientes de dilatação térmica linear para aço- G-2 O módulo de elasticidade longitudinal do aço-car-
carbono, carbono- molibdênio, carbono-cromo-molibdê- bono à temperatura ambiente de 21°C (70°F) é:
nio (até 3% Cr e 1% Mo) são dados na Tabela 21.
Ec = 2,00 x 105 MPa (2,04 x 106 kgf/cm2)

Tabela 21 - Coeficiente de dilatação térmica

Temperatura (0C) Coeficiente de dilatação térmica linear, α x 106 (oC-1)

- 30 10,40

0 10,64

30 11,39

60 11,44

90 11,60

120 11,71

150 11,86

180 12,12
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210 12,31

240 12,52

/ANEXO H

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68 NBR 12712/1993

ANEXO H - Método de dimensionamento para a pressão interna das curvas em gomos

H-1 Geral Nota: Não é usual projetar curva com três ou mais gomos com
desvio angular entre gomos superior a 45°.
H-1.1 As curvas em gomos devem ser dimensionadas
para uma pressão de projeto (Pg) igual ou superior à H-3 Curva singela, com dois gomos (uma única
pressão de projeto (P) do sistema de gás do qual fazem solda circunferencial)
parte.
H-3.1 A pressão de projeto da curva com dois gomos,
H-1.2 Para a limitação do desvio angular das curvas em com ângulo α - 45°, deve ser calculada pela fórmula:
gomos, ver 27.5.
2e
Pg = K1 F . E . T . Sy
H-1.3 Para nomenclatura, ver H-4. D
Nota: Para valor de K1, ver H-2.
H-2 Curva múltipla, com três ou mais gomos
(duas ou mais soldas circunferenciais) H-3.2 A pressão de projeto da curva com dois gomos, com
ângulo α > 45°, deve ser calculada pela fórmula:
A pressão de projeto da curva com três ou mais gomos
deve ser o menor valor calculado pela seguinte fórmula, 2e
Pg = K3 F . E . T . Sy
válida para α - 45° D
2e Onde:
Pg = K F . E . T . Sy
D
K3 = fator redutor da pressão e vale:
Onde:
e
K = um fator redutor da pressão pelo efeito enfra-
quecedor dos gomos, podendo assumir os va-
K3 =
D
2r ( e + 1,25 tg θ )
lores de K1 ou K2, o que for menor
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Notas: a) A espessura “e”, usada nas equações de H-2 e H-3, de-


e ve se estender por uma distância não-inferior a “N”,
K1 =
D
2r ( e + 0,643 tg θ ) medida a partir da junta soldada do gomo terminal,
conforme mostrado nas Figuras 9-(a) e 9-(b).

K2 =
D
r ( R1 - r
2R1 - r ) b) Todas as dimensões geométricas e propriedades mecâ-
nicas referem-se ao tubo do qual são feitos os gomos.

Figura 9-(a) - Curva de γ = 90°, com três gomos (duas soldas circunferenciais)

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NBR 12712/1993 69
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Figura 9-(b) - Curva de γ = 30°, com dois gomos (uma solda circunferencial)

H-4 Nomenclatura Sy = tensão mínima de escoamento especificada


para o material do tubo
Pg = pressão de projeto para a curva em gomos
F = fator de projeto (ver 7.2)
P = pressão de projeto do sistema de gás
E = fator de eficiência de junta (ver 7.3)
r = raio médio do tubo; r = (D - e)/2
T = fator de temperatura (ver 7.4)
D = diâmetro externo do tubo
Nota: O valor de R1 não pode ser inferior a: [(A/tg θ) + (D/2)],
e = espessura nominal de parede do tubo onde o parâmetro A deve ser tirado da Tabela 22, em
função da espessura do tubo do qual é feito o gomo.
n = número de gomos
Tabela 22 - Parâmetro A
S = comprimento do gomo, medido na linha de
centro do tubo Espessura do tubo, e (mm) Parâmetro A (cm)

α = desvio angular: α = γ/(n - 1) - 12,7 2,5

θ = metade do desvio angular: θ = α/2 Entre 12,7 e 22,35 2e

γ = ângulo central; soma dos desvios angulares ¯ 22,35 2e/3 + 3,0


entre todos os gomos

R1 = raio efetivo da curva em gomos, definido co- H-5 Exemplo de aplicação das regras para o
mo a mais curta distância da linha de centro do projeto de curvas em gomo
tubo à intersecção dos planos das juntas ad-
jacentes de um gomo H-5.1 Enunciado

R1 = (S/2) . cotg θ Projetar uma curva em gomos sendo fornecidos os se-


guintes dados de H-5.1.1 a H-5.1.2
N = comprimento mínimo dos gomos extremos;
maior valor entre: H-5.1.1 Dados da rede de gás:

2,5 ; tg θ . (R1 - r) a) pressão de projeto: P = 6000 kPa;

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70 NBR 12712/1993

b) máxima pressão de operação: MPO = 4500 kPa; a) sendo n = 6 e α < 45°, a pressão de projeto da
curva deve ser o menor dos dois valores abaixo
c) temperatura de projeto: ambiente (fator de tempe- (ver H-2):
ratura T = 1);
2e
Pg = K1 . F . E . T . Sy ou
d) material: ASTM A-139 Gr. B; D
Pg = K2 . 2e F . E .T . Sy
e) processo de fabricação: com costura longitudinal D
por SAW;
Onde:
f) tensão mínima de escoamento especificada:
D e
Sy = 241000 kPa; K1 =
2r ( e + 0,643 tg θ )
g) diâmetro externo: D = 273,1 mm (aproximadamen-
te 10,75"); K2 =
D
r ( R1 - r
2R1 - r )
h) espessura de parede: e = 6,4 mm (aproximada-
mente 0,250"); b) substituindo valores, obtêm-se:

i) classe de locação: 1 (fator de projeto F = 0,72); K1 = 0,783; K2 = 0,976

j) fator de eficiência de junta: E = 0,8.


c) para o menor valor (K1), têm-se:
H-5.1.2 Dados da curva em gomos:
Pg = 0,783 x 2 x 6,4 x 0,72 x 0,80 x 1 x
x 241000/273,1
a) pretende-se construir a curva com o mesmo tubo
utilizado na rede de gás;
Pg = 5094 kPa
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b) número de gomos (n): a determinar; deve ser usa-


do o menor número possível de gomos; d) sendo Pg (5094 kPa) inferior a P (6000 kPa), não é
permitido, por esta Norma, o uso deste tubo para
c) ângulo central; γ = 60°; confeccionar a curva em gomos; deve se proce-
der, portanto, a uma ou mais das seguintes alte-
d) raio de curvatura; R1 = 1500 mm. rações com respeito ao tubo da curva:

H-5.2 Desenvolvimento dos cálculos - aumento da espessura de parede;

H-5.2.1 Verificação da possibilidade de uso de curva em - escolha de um material de maior resistência me-
gomos cânica;

H-5.2.1.1 Tensão circunferencial gerada pela MPO - seleção de um tubo que seja fabricado por um
processo que garanta E = 1.
Sc = (MPO) . D/2e = 4500 x 273,1/(2 x 6,4) = 96011 kPa
H-5.2.3.2 Para a segunda tentativa, escolhe-se um tubo
H-5.2.1.2 Relação entre tensões API 5L Gr. X42 com espessura e = 7,1 mm (aproximada-
mente 0,281"). Deve-se proceder da seguinte forma:
Sc/Sy = 96011/241000 = 0,398
a) recalculando com os novos valores de
Sendo Sc < 0,40 Sy, pode-se usar curva em gomos (ver Sy = 290000 kPa, E = 1,0, e = 7,1 mm, obtêm-se:
27.5.1)
K1 = 0,794; K2 = 0,979
H-5.2.2 Cálculo do desvio angular entre gomos

b) para o menor valor (K1), têm-se:


De acordo com 27.5.1, para 0,10 Sy < Sc/Sy < 0,40 Sy, o
desvio angular não deve exceder 12,5°. Para n = 6, têm-se:
Pg = 0,794 x 2 x 7,1 x 0,72 x 1,0 x 1 x 290000/273,1
α = γ/(n - 1) = 60°/(6 - 1) = 12° < 12,5°
Pg = 8620 kPa
θ = 6°
c) sendo Pg (8620 kPa) superior a P (6000 kPa), o
H-5.2.3 Cálculo da pressão de projeto da curva segundo tubo escolhido satisfaz;

H-5.2.3.1 Deve ser feita uma primeira tentativa supondo d) para MPO = 6000 kPa, a tensão circunferencial vale
que a curva é constituída por segmentos retos cortados do Sc = PD/2e = 6000 x 273,1/(2 x 7,1) = 115400 kPa; a
próprio tubo do gasoduto. Deve se proceder da seguinte relação Sc/Sy = 115400/290000 = 0,4 e, portanto, a
forma: curva proposta ainda pode ser usada.

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NBR 12712/1993 71

H-5.2.4 Cálculo do comprimento mínimo N, dos gomos da H-5.2.6 Cálculo do comprimento S mínimo
extremidade da curva
Para e = 7,1 mm, de acordo com a Tabela 22, obtém-se
N = 2,5 ou N = tg θ (R1 - r)
A = 2,5 cm (25 mm):
Sendo: A D 25 273,1
R1mín. = + = + = 374 mm
r = (D - e)/2 tg θ 2 tg 6° 2
Smín. = 2R1mín. . tg θ = 2 x 374 x tg 6° = 79 mm
r = (273,1 - 7,1)/2 = 133 mm

N = 2,5 = 77 mm Como S > Smín., não há impedimento.

N = tg 6° (1500 - 133) = 144 mm H-5.3 Conclusão


O comprimento N deve ter 144 mm, no mínimo.
A curva em gomos deve ser construída de acordo com os
H-5.2.5 Cálculo do comprimento S dos gomos intermediários valores calculados, em aço-carbono API 5L Gr. X42, para
uma pressão máxima de operação de 6000 kPa, conforme
S = 2R1 . tg θ = 2 x 1500 x tg 6° = 315 mm Figura 10.
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Figura 10 - Curva de γ = 60°, com seis gomos

/ANEXO I

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72 NBR 12712/1993

ANEXO I - Combinações para ligação por solda de juntas de


topo de mesma espessura (conforme Figuras 11 e 12)

Figura 11-(a) - Preparação opcional Figura 12-(a)


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Figura 11-(b) - Preparação para espessuras Figura 12-(b)


iguais ou inferiores a 22 mm

Figura 11-(c) - Preparação para espessuras Figura 12-(c)


superiores a 22 mm

Figura 11 - Preparações-padrão Figura 12 - Combinações de extremidades

Nota: As ilustrações são típicas e não se destinam a excluir outras combinações não mostradas.

/ANEXO J

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NBR 12712/1993 73

ANEXO J - Preparação de extremidades para solda de topo de juntas


de espessuras e/ou de tensões de escoamento diferentes

J-1 Generalidades tubulação através de solda de topo. Esta união pode ser
feita em peças com espessuras de parede iguais ou dife-
J-1.1 As Figuras 13 a 16 ilustram as preparações aceitá- rentes constituídas de materiais com tensões de escoa-
veis para unir as extremidades de tubos e componentes de mento iguais ou diferentes.

Figura 13-(a) Figura 13-(b)


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Figura 13-(c) Figura 13-(d)

Figura 13 - Desalinhamento interno

Figura 14-(a) Figura 14-(b)

Figura 14 - Desalinhamento externo

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74 NBR 12712/1993

Figura 15 - Combinações de desalinhamentos interno e externo


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Nota: Não há exigência de limite de ângulo mínimo quando os materiais unidos têm a mesma tensão de escoamento.

Figura 16 - Nomenclatura

J-1.2 As espessuras de parede das seções a serem uni- renciais inferiores ou iguais a 20% da tensão mínima de
das devem atender aos requisitos desta Norma. escoamento especificada, se a espessura nominal de pa-
rede das extremidades a serem unidas não varia de mais
J-1.3 Quando as tensões mínimas de escoamento espe- de 3 mm (1/8"), não é necessário nenhum procedimento
cificadas das seções a serem unidas são desiguais, o me- especial para a união das partes, contanto que se obte-
tal de solda depositado deve ter propriedades mecâni- nham na solda penetração e ligação adequadas. Se o des-
cas, pelo menos, iguais àquelas da seção que possui vio for superior a 3 mm (1/8"), J-2.2.1 a J-2.2.4 são apli-
maior resistência. cáveis.
J-1.4 A transição entre extremidades de espessuras dife-
J-2.2 Para tubulações que operam com tensões circunfe-
rentes pode ser obtida por desbaste ou por deposição de
renciais maiores que 20% da tensão mínima de escoa-
material de solda, conforme ilustrado nas Figuras 13 a 16,
mento especificada, J-2.2.1 a J-2.2.4 são aplicáveis.
ou por meio de um anel de transição pré-fabricado.

J-1.5 Ranhuras ou entalhes agudos devem ser evitados na J-2.2.1 Se as espessuras nominais de parede das extre-
borda da solda, onde esta une uma superfície inclinada. midades a serem unidas não diferirem mais que 2,4 mm
(3/32"), não há necessidade de nenhum procedimento
J-1.6 Para unir tubos com espessuras de parede diferen- especial, contanto que se obtenham na solda completa
tes e materiais com tensões mínimas de escoamento penetração e fusão. Ver Figura 13-(a).
iguais, aplicam-se as regras dadas nesta Norma, não ha-
vendo, entretanto, ângulo-limite mínimo para a superfície J-2.2.2 Quando a diferença interna é maior que 2,4 mm
desbastada. (3/32") e não há acesso ao interior do tubo para soldagem,
a transição deve ser feita por um chanfro interno na seção
J-1.7 A espessura máxima e*, para efeito de projeto, não
mais espessa. Ver Figura 13-(b). O ângulo do chanfro da
deve ser maior que 1,5 e.
transição não deve ser maior que 30° nem menor que 14o.
J-2 Diâmetros internos desiguais
J-2.2.3 Quando a diferença interna é maior que 2,4 mm
J-2.1 Para tubulações que operam com tensões circunfe- (3/32") mas não é maior que metade da espessura mais

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NBR 12712/1993 75

fina, e há acesso ao interior do tubo para soldagem, a tran- espessura mais delgada, a transição pode ser feita por sol-
sição pode ser feita através de uma solda cônica, confor- da, conforme mostrado na Figura 14-(a), contanto que o
me mostrado na Figura 13-(c). A face da raiz da seção mais ângulo de inclinação da superfície de solda não exceda 30°
espessa deve ser igual à diferença de espessuras de pa- e que ambas as extremidades dos biséis estejam adequa-
rede mais a face da raiz da seção mais fina. damente fundidas.

J-2.2.4 Quando a diferença interna é maior que metade da


espessura mais fina e há acesso ao interior do tubo para J-3.2 Quando a diferença externa excede metade da es-
soldagem, a transição pode ser feita através de um chan- pessura mais delgada, aquela parte excedente do desali-
fro na extremidade interna da seção mais espessa, con- nhamento deve ser desbastada (em cone), conforme mos-
forme mostrado na Figura 13-(b), ou através da combi- trado na Figura 14-(b).
nação da solda cônica por uma extensão igual à metade
da seção mais delgada e um chanfro obtido por desbas- J-4 Diâmetros internos e externos desiguais
te a partir daquele ponto, conforme mostrado na Figu-
ra 13-(d).
Quando há tanto diferença interna quanto externa, o pro-
J-3 Diâmetros externos desiguais jeto de junta deve ser uma combinação das Figuras 13-(a)
a 14-(b), ou seja, Figura 15. Nestas condições, deve ser
J-3.1 Quando a diferença externa não excede metade da dada atenção especial ao alinhamento adequado.
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/ANEXO K

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76 NBR 12712/1993

ANEXO K - Detalhes de ligações entre tubos e flanges (conforme Figuras 17 a 20)

Figura 17 - Flange de pescoço


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Figura 18 - Flange sobreposto

Figura 19 - Flange para encaixe

Figura 20 - Solda de encaixe (conexões)

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