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COMENTÁRIOS PRELIMINARES
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Mecânica Aplicada
Nesse sentido, uma classificação básica referente à sua tipologia mais comum é a
seguinte:
A disposição dos eixos que se quer solidarizar é um fator muito importante. Assim
encontram-se engrenagens cilíndricas com eixos transversos e as cônicas, com
eixos que se cruzam, mas não em ângulos reto.
No quadro anterior, pode-se também incluir a cremalheira, que é um caso importante
dentro do grupo das engrenagens cilíndricas de dentes retos, em que a coroa
(engrenagem de maior diâmetro) tem raio infinito e por isso é chamada cremalheira.
2
Mecânica Aplicada
CARACTERÍSTICAS DE USO
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Mecânica Aplicada
CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS
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Mecânica Aplicada
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Mecânica Aplicada
Dp
m [mm]
Z
np
i c
n
nC velocidade da coroa [rpm]
nP velocidade do pinhão [rpm]
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Mecânica Aplicada
D pp D cp
C
2
A distância entre centros é uma grandeza muito importante na montagem do par. É
fácil de ser medida, mas depende da montagem de outros componentes, sobretudos
dos eixos nos quais as engrenagens serão montadas. Alterações em seu valor,
distanciando-o daquele estabelecido no projeto, acarretam mudanças cinemáticas
significativas, pois modificam as previsões de funcionamento, durabilidade e outros
aspectos importantes, que são vistos com detalhe mais à frente.
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Mecânica Aplicada
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Mecânica Aplicada
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Mecânica Aplicada
p . DPp c .D Pc
v comum e v comum
2 2
p DPc p 2 .n p
p
c DP c 2 .n c
logo,
np DPc
i
nc DPp
10
Mecânica Aplicada
np Zc
nc Zp
Os dentes das engrenagens têm seu perfil definido de modo a garantir que a linha
de ação fique inalterável e a razão fique constante. Os dentes assim confeccionados
são ditos conjugados.
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Mecânica Aplicada
Existem duas curvas cujas formas são capazes de obedecer a essa condição: a
ciclóide e a evolvente.
A ciclóide é a curva gerada pela trajetória de qualquer um dos pontos de uma
circunferência que rola sem deslizar sobre uma reta.
Além disso, considerando partículas sob a ação gravitacional, sua trajetória fornece
o menor tempo de chegada até a base do que qualquer outra curva, desde que
lançadas da mesma altura.
.
Sabe-se que a velocidade de chegada será a mesma em todas as trajetórias, mas a
que leva menor tempo é a curva ciclóide invertida.
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Mecânica Aplicada
Já a curva evolvente pode ser descrita pela trajetória no plano do ponto que
caracteriza a extremidade de uma corda enrolada num cilindro, quando esta se
desenrola gradativamente. A figura a seguir ilustra o exposto.
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Mecânica Aplicada
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Mecânica Aplicada
Já foi visto que o perfil evolvente em ECRs pode ser gerado através do processo de
geração, usando cremalheiras, que tem dentes trapezoidais, bem mais fáceis de
serem fabricados. O trabalho de preparação de ferramentas para fresamento é
laborioso e, por essa razão, o perfil evolvente ganha enorme vantagem funcional ao
poder ser fabricado com ferramentas de arestas retilíneas.
Neste texto, exceto quando mencionado, o perfil das engrenagens é evolvental.
Adianta-se, no entanto, que há atrito no contato entre os dentes das ECR
constituídos desse perfil, exceto no ponto principal, que é aquele no qual as
circunferências primitivas se tangenciam. Como a linha de centros e a linha de ação
passam pelo ponto de tangência, o ponto principal certamente é um ponto de
contato. Neste, as velocidades tangenciais do pinhão e da coroa são iguais,
perpendiculares que são aos raio-vetores que ligam o ponto principal ao centro das
engrenagens. Nesta circunstância, já se demonstrou que o movimento relativo é de
puro rolamento, sem deslizamento; portanto, sem atrito.
Perceba-se ainda que se o contato se dá na superfície dos dentes e estes são
gerados pela curva evolvente, cujo traçado é sempre definido por uma tangente à
circunferência de base, todos os pontos de contato estão sobre esta tangente, que é
a linha de ação. Assim, a condição de conjugação é obedecida, pois a interseção
entre a linha de centro e a linha de ação não muda, e todos os pontos de contato se
situam sobre esta linha.
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Mecânica Aplicada
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Mecânica Aplicada
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Mecânica Aplicada
Com essa relação, pode-se determinar o raio base a partir do raio primitivo e vice-
versa, se for conhecido o ângulo de pressão do engrenamento. É mais comum
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Mecânica Aplicada
Rb = Rp. cos α
Rb = Rq. cos q
Ou melhor:
t
t 2 2 R2 1 evol1 evol 2
2 R1
evol i tg i - i (rad)
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Mecânica Aplicada
base do projeto cinemático; são assim utilizadas para calcular a espessura num
outro ponto qualquer da curva, desde que conhecido o ângulo de pressão e o
diâmetro neste ponto. Ressalta-se que isto vale para qualquer ponto da curva
evolvente, ou seja, desenvolvida a partir da circunferência de base.
Note o leitor que não foi discutido ainda o posicionamento da circunferência de base
com relação às demais. Esta é uma questão interessante, pois a circunferência de
base pode ficar acima ou abaixo da circunferência de raiz, dependendo da
especificação dos valores das grandezas do engrenamento. Sua posição pode diferir
no pinhão e na coroa. Os exercícios detalharão pormenorizadamente ES
circunstâncias que definem esse posicionamento. Ressalta-se, todavia, que se a
circunferência de base se posiciona acima da circunferência de raiz, uma parte do
perfil do flanco do dente não será evolvental. Contudo, essa parte não evolvente
poderá ou não servir ao contato, tema este discutido no aspecto interferência no
engrenamento.
CARACTERÍSITICAS DO ENGRENAMENTO
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Mecânica Aplicada
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Mecânica Aplicada
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Mecânica Aplicada
par prestes a concluir e outro iniciando o engrenamento. Para que isso aconteça, é
preciso que a faixa de contato tenha magnitude superior ao arco de contato.
Uma razão de contato igual a 1 significa que no momento que um par deixa de se
contactar, outro par assume imediatamente o engrenamento, sem que haja solução
de continuidade. Contudo, na prática, salvo exceções bem justificadas, é importante
que, no mínimo, em 20% desse período de contato de um par, exista se
contactando, resultando em um grau de recobrimento igual 1,2. Isto evita choques,
ruídos e desgaste nos dentes. Ressalta-se tanto no início quanto no fim do
engrenamento, ocorrem os maiores valores de força de atrito, de forma que se nesta
condição desfavorável os esforços forem divididos com outro par, a durabilidade da
engrenagem será maior.
A forma mais adequada de se quantificar a idéia exposta é formular uma razão entre
a faixa de contato e o arco frontal de transmissão. Todavia, é mais fácil calcular um
quociente em que a faixa de contato se projeta sobre a linha de ação, conforme
mostrado na figura.
23
Mecânica Aplicada
Com esse intuito, se a linha AB consiste do passo circular frontal, sua projeção na
linha de ação é chamado de passo base Pb:
Pb = Pc. cos
Pb
2 2 2 2
DC DbC DP DP
T T b C. sen
2 2 2 2
DPC D PP
C
2
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Mecânica Aplicada
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Mecânica Aplicada
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Mecânica Aplicada
dentes haverá o adelgaçamento. Esta região não fará parte da faixa de contato, mas
servirá para alojar o dente da outra engrenagem, particularmente o pinhão.
Não é difícil perceber que o adelgaçamento enfraquece os dentes, e por conta disso,
dependendo das características do engrenamento, a correção das engrenagens,
afastando a ferramenta da posição originalmente prevista, se faz necessário.
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Mecânica Aplicada
ZPmín. 32 18 14 12
ZPmín. 23 13 10 9
Não há interferência.
DTC DPC 2 hC
1. Mesmo módulo
2. Mesmo tamanho de dentes
3. Mesmo ângulo de pressão na fabricação
4. Espessura de dente igual à metade do plano circular
O leitor deve estranhar tal propriedade, pois em princípio qualquer par deveria
obedecê-las. No entanto, em muitos casos, sobretudo com relação ao não
atendimento dos itens três e quatro, é possível haver o engrenamento do par.
Evidentemente, sem a devida eficiência no projeto. Além disso, as condições citadas
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Mecânica Aplicada
Padronização ABNT:
hC m m 0,8m m
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Mecânica Aplicada
D PP D CP
TP FPT . e TC FCT .
2 2
P = 0,1047 T.n
Onde,
P Potência (Watts)
T Torque (N.m)
n rpm
Algumas particularidades:
1 motora
2 meeira ou intermediária (usada para vencer distâncias)
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Mecânica Aplicada
2
D2
Tm F1t 2 F3t 2 . P
, onde Tm = torque motor
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Mecânica Aplicada
PRIMEIRO EXERCÍCIO
Dimensionar o par de engrenagens que vai transmitir 7,5 HP de potência através de um
motor que gira a 1200 rpm e deve quintuplicar o torque que acionará o comando de uma
manivela acoplada a uma ferramenta de dobramento.
nP = 1200 rpm
5595 1
TP . 44,54 Nm
1200 0,1047
nP nC
nC 240rpm e i 5
5 nP
Tc=5 x 44,54=222,7Nm
Valores arbitrados:
*Deve-se alojar uma biela no disco da coroa, que funcionará excêntrico como um
sistema biela-manivela. Assim, seja 800 mm de diâmetro da coroa = DPC
800
DPP 160mm
5
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Mecânica Aplicada
C DPC 800
Z 200
m 4
, hC = 4mm, hP = 5mm, e = 6,28mm e C = 1mm
P DPP 160
Z 40
m 4
4
160 800
e C 480 mm
2
O radical versus dois vale: 2 x 410,15 = 820,3
DTC DPC 2hC 800 (2 x 4) 808 mm; Logo, não haverá interferência.
2 2 2 2
DC DbC DP DbP
, T T C. sen
Pb 2 2 2 2
Pb = Pc.cos
Db=Dqualquer . cos
Db=DP . cos
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Mecânica Aplicada
21,11 21,11
1,78 OK! PC .m
PC . cos 20 º 11,81
ϵ não deve ser menor que 1,2.
SEGUNDO EXERCÍCIO
Um pinhão de 22 dentes tem módulo de 6,5mm, gira a 1200 rpm e aciona uma
engrenagem que gira a 660rpm. Determine o número de dentes da engrenagem
e a distância entre eixos.
Solução:
D pP D pP
m 6,5 D pP (6,5).(22) 143mm
zp 22
Daí, tem-se:
D cP 260 260
m 6,5 zc 40
zc zc 6,5
Então:
D pP D cP 260 143
C 201,5 mm
2 2
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Mecânica Aplicada
EXERCÍCIO EXTRA
Solução:
Foi dado o diâmetro de topo, que de acordo com a norma, se relaciona com o
diâmetro primitivo pela fórmula:
DT=Dp+2hc
Qualquer seja o ângulo de pressão, que não foi dado, a altura de cabeça
hc = m
Logo:
DT=Dp+2m
Mas:
Dp=mzp
Então:
DT = mzp+2m = m(28)+2m=30m
45 = 30m → m=1,5mm
35
Mecânica Aplicada
TERCEIRO EXERCÍCIO
t1
t 2 D2 [ evol( 1 ) evol 2 ]
D1
e
t 2 D2[ evol() evol ]
D pP
Sabendo que:
Tem-se:
e= π m/2= π(2)/2= π
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Mecânica Aplicada
Evolv(200)=tang(200)- π/9=0,3640-0,3490=0,0149
Evolv(250)=tang(250)- π/(7,2)=0,4663-0,4363=0,030
3,1415
t 2 82,94[ 0,0149 0,030] 2,004mm
80
Db/2=(Dp/2)cosα
Db=Dpcos(20o) = 80cos(20o)=75,17mm
3,1415
t b 75,17[ 0,0149] 4,070mm
80
Dr=Dp-2hp=80-2x(1,25)x(2)=80-5=75mm
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Mecânica Aplicada
Db=Dpcos(α) e Db=Dqualquercos(Φ)
Tem-se:
Assim sendo:
3,1415 3,1415
t T 84[ 0,0149 evol( 26,5 o )] 84[ 0,0149 0,036) 1,52mm
80 80
38
Mecânica Aplicada
QUARTO EXERCÍCIO
São dados:
ZP = 16 e ZC = 40
m=12mm
Então:
PC .m 37,7 mm
DPP DPC DP DC
C , m PP PC
2 Z Z
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Mecânica Aplicada
C'
P C
D D
P P D P D PC '
P'
6 (1)
2 2
C' P C
DP n D
P'
C PP 2,5 (2)
DP n DP
D PP ' 195,4 mm
D PC ' 488,5 mm
40
Mecânica Aplicada
Para termos uma analise coesa, o número de dentes da coroa será fixado e
as funções são parametrizadas pelo número de dentes do pinhão. Ou seja, como a
função g não está em função do número de dentes do pinhão, tem-se uma
constante, pois o módulo também é uma constante. Já na função f há, que é
constante, e o número de dentes do pinhão variando. Plotando estas funções
podemos ver claramente o limite, que começa a partir de 15 dentes no pinhão.
Então, conclui-se que a partir de 15 dentes no pinhão não se tem interferência no
contato.
Como g=504 (constante) e tendo f(14)= 502,56 e f(15)=504,38. Mostra-se que
o limite em 15 dentes está comprovado.
2 2 2 2
DC DC DP DP
, T b T b C. sen
Pb 2 2 2 2
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Mecânica Aplicada
D TP D PP 24 192 24 216 mm
Assim:
, 2522 225,52 1082 90,2 2 336.sen 20 o
Pb
63504 50850,25 11664 8136,04 114,92 56,97mm
Pb=Pc cos(20º)=35,42mm
Então:
56,97
1,61
Pb 35,42
42
Mecânica Aplicada
12653,75 3527,96 C
.
sen
22
,6 40,46mm
131, 43
Mas o denominador se altera bastante, pois o “passo base” agora mudou seu
significado. Uma vez que o contato se inicia e termina e novos pontos, o arco de
contato se modifica, e novas espessuras – tanto para o dente do pinhão quanto para
o dente da coroa – precisam ser contabilizadas.
Sabe-se que:
e
t q Dq [ evol( ) evol ]
D Pp
6 x 3,1415
t ' c 488,5[ evol(20 o ) evol(22,6 o )]
480
t ' c 488,5[0,039269 0,014904 0,021815] 15,82mm
43
Mecânica Aplicada
6 x3,1415
t ' p 195,4[ evol( 20 o ) evol(22,6 o )]
192
t ' c 195,4[0,09817 0,014904 0,021815] 17,83mm
Pb=(17,83+15,82)cos(22,6º)=31,066
Então:
40,46
[ ] 1,302
P ' b 31,066
Onde C’ é o novo afastamento entre os centros. A folga f deve ser uma fração da
espessura frontal, em torno de 5% a 6%.
44
Mecânica Aplicada
f=0,05x18,85= 0,94mm
QUINTO EXERCÍCIO
Dimensionar o par de ECR de modo que transmita 10KW a 3000rpm. Não deve
haver interferência, α = 20º, i = 6 e ε ≥ 1,69. A distância entre centros não pode
ser maior que 350mm.
Valores dados:
α = 20º
ε ≥ 1,7
C ≤ 350mm
i= DpC / DpP=6
Valores arbitrados:
Módulo m = 5mm, uma escolha arbitrária. Para evitar interferência com α = 20º foi
escolhido zp=18 no caso mais crítico, pinhão com cremalheira. Com esses valores
deve-se checar a distância entre centros e caso não tenham sido boas as escolhas
os valores devem ser redefinidos.
Daí: Dpp=mzp=5x(18)=90mm
45
Mecânica Aplicada
φ = 25,52
Logo;
ε = φ / Pb = 25,52 / 14,76
ε = 1,70.............................................OK!
Sejam os mesmos dados e agora se faz zp=17, como se fosse uma tentativa de
melhorar o custo de fabricação do projeto, especialmente caso se precisassem fazer
peças em série. O valor zp=18 corresponde ao acoplamento pinhão-cremalheira, o
caso mais extremo; supõe-se que com o engrenamento pinhão-coroa, apesar da alta
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Mecânica Aplicada
relação de transmissão, não haja interferência. Logo a seguir se faz o teste para
saber se há ou não interferência com zp=17. Neste ponto, agora, tem-se:
Daí: Dpp=mzp=5x(17)=85mm
Dbc = 510cos(20)=479,24mm
1
2 D P2 2
2C P
.cos C.D P .cos D CT
2 P 2
4
1
85 2 2
2 297,5 2 .cos 2 20º 297,5x85. cos 2 20º
4
1
288506,25 1806,25x 0.8830 297,5x85x 0.88302 520,6623
Esta pequena diferença sugere que, para zp=16 dentes, já haja o problema da
interferência no engrenamento. Calculando a razão de contato ou grau de
recobrimento:
Pb = 5πcos(20) = 14,76
47
Mecânica Aplicada
1,80
1,75
1,70 ε (Zp)
1,65
1,60
1,55
1,50
12
14
16
18
20
22
24
26
28
30
32
34
36
38
40
42
44
46
48
50
Número de Dentes do Pinhão
6Dpp = Dpc
Assim:
Dpp = 100mm
Dpc = 600mm
φ = 25,3
Logo;
ε = φ / PB = 25,3 / 14,76
ε = 1,714
49
Mecânica Aplicada
2 2 2 2
DC DBC DP DP
T T B C sen
2 2 2 2
Usando as equações seguintes na expressão acima e simplificando colocando m/2
em evidência, fica:
DTC DPC 2 hC , hC m , DTP DPP 2 hC , DBC DPC cos , DBP DPP cos ,
DPP D PC
C C
D mZ C , DPP mZ P ,
P 2 .
m m m
Z C 22 Z C cos 2 Z P 22 Z P cos 2 ( Z C Z P ) sen
2 2 2
Resolvendo os produtos notáveis:
m 2 2 m 2 2 m
Z C 4 Z C 4 Z C cos 2 Z P 4 Z P 4 Z P cos 2 ( Z C Z P ) sen
2 2 2
m cos
2
2
Z C 1 cos 2 4 Z C 4 Z P 1 cos 2 4 Z P 4 (Z C Z P ) sen
2 cos
Ou seja, a razão de contato independe do módulo escolhido no projeto. Lembrando
que:
sen 2 1 cos 2
2 2
Z C sen 2 4Z C 1 Z P sen 2 4Z P 1 ( Z C Z P ) sen
2 cos
Sabendo que:
ZC i Z P
Logo:
50
Mecânica Aplicada
2 cos
Usando a equação anterior se pode verificar como a razão de contato varia com
essas variáveis.
Na primeira verificação, foi feita adotando como constantes i = 6 e Zp = 18. A
distancia entre centros fica definida como sendo 315 mm. Fez-se variar o ângulo de
pressão de 10 a 30 graus, obtendo-se o gráfico a seguir:
3,00
Razão de contato
2,50
2,00
1,50 ε (α)
1,00
0,50
0,00
10,0
11,0
12,0
13,0
14,0
15,0
16,0
17,0
18,0
19,0
20,0
21,0
22,0
23,0
24,0
25,0
26,0
27,0
28,0
29,0
30,0
Ângulo (α)
1,80
1,75
Razão de contato
1,70
1,65
1,60 ε (i)
1,55
1,50
1,45
1,40
10,0
11,0
12,0
13,0
14,0
15,0
16,0
17,0
18,0
19,0
20,0
21,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
Razão de transmissão
51
Mecânica Aplicada
1,55
Razão de contato
1,50
1,45
ε (i)
1,40
1,35
1,30
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
11,0
12,0
13,0
14,0
15,0
16,0
17,0
18,0
19,0
20,0
21,0
Razão de transmissão
1,80
1,75
1,70 ε (Zp)
1,65
1,60
1,55
1,50
12
14
16
18
20
22
24
26
28
30
32
34
36
38
40
42
44
46
48
50
52
Mecânica Aplicada
1,80
1,75
ε (Zp)
1,70
1,65
1,60
1,55
12
14
16
18
20
22
24
26
28
30
32
34
36
38
40
42
44
46
48
50
Número de Dentes do Pinhão
1,55
Razão de contato
1,50
ε (Zp)
1,45
1,40
1,35
12
14
16
18
20
22
24
26
28
30
32
34
36
38
40
42
44
46
48
50
Com essas novas constantes, para não ter interferência Zp deve ser igual ou
maior a 18 dentes, e neste limite a razão de contato é de 1,49.
53
Mecânica Aplicada
Conclusão
SEXTO EXERCÍCIO
Pois que o ângulo de pressão aferido na montagem do par é diferente dos valores
padronizados, conclui-se que houve uma correção proposital do engenamento, feita
durante a disposição das árvores. É a chamada correção zero, que não modifica os
parâmetros das engrenagens na fabricação. Foi visto, anteriormente, uma situação
parecida com esta, mas como resultado de um erro de montagem. Neste caso,
54
Mecânica Aplicada
insinua-se foi feita uma tentativa última de melhorar o engrenamento, por algum
motivo. Tal razão vai ficar clara no decorrer da solução do problema.
Logo:
4D’pp = D’pc
Daí:
Dpp’ = 82mm
Dpc’= 328mm
Provavelmente o ângulo inicial era de 14,5º; pois se fosse igual a 20º a redução iria
causar sérios problemas de folga no vão, além de induzir a interferência. Assim, para
alfa original de 14,5º, os diâmetros primitivos originais são calculados:
Dpp 80
zp = = = 16 dentes;
m 5
55
Mecânica Aplicada
Dtc=Dpc+2hc=320 +2x5=330 mm
82²
330 < 2 [ (205)² + (cos19º)² - (205)(82)(cos19º)²]=
4
φ = 12,501
Dtp=Dpp+2hc=80 +2x5=90mm
2,5x3,1415
t 'c 328[ evol(14,5 o ) evol(19 o )] 5,699
320
2,5x 3,1415
t 'p 82[ evol(14,5o ) evol(19o )] 7,462
80
56
Mecânica Aplicada
Pb=(5,699+7,462)cos(19o) = 12,44mm
Logo
ε = φ / Pb = 12,501 / 12,44
ε = 1,005
O valor da razão de contanto é muito baixo e, em princípio, o projeto deve ser refeito.
Havia recursos para evitar o procedimento mostrado? Com certeza sim, bastaria, em
princípio, usar um ângulo de pressão do engrenamento (e consequentemente na
fabricação da engrenagem) com um valor maior, como por exemplo, 20º.
SÉTIMO EXERCÍCIO
Projeta-se uma redução fixa para o SAE BAJA UFES 2010. A redução desejada
é [4,75 ≤ i ≤ 4,9] com dois pares iguais, o mais compacta possível, com razão
de contato elevada.
Visando uma maior razão de contato possível, foi arbitrado o menor alfa possível:
α = 14,5º
57
Mecânica Aplicada
Este valor é maior que o valor de referência para o contato entre pinhão e
cremalheira, o mais crítico:
Assim, calcula-se:
Outras dimensões:
C=(Dpp+Dpc)/2=64mm
hc = m = 1 mm
hp = 1,157m = 1,157 mm
c=0,157mm
Pb=Pccos14,5=2ecos14,5=3,042mm
14,504+8,129-16,024=6,609mm
58
Mecânica Aplicada
1
2
DPP 2
2
2 C .cos C .DP .cos DTC
2 P 2
4
1
2 4096 387,259º 2399,513 2 91,296 mm
Cálculo da folga:
Também D’pc+D’pp=128,2mm
Daí:
D’pc= 88,138mm
D’pp=40,062mm
59
Mecânica Aplicada
Este exercício confirma o que foi exposto anteriormente, Agora, propõe-se uma nova
distância de centros (que será chamado de C’) a qual resulta numa razão de contato
(ε) igual a 2. Para isso arbitra-se um C’, para chegar a uma razão de contato ε
desejada.
Arbitrando C’= 64,181mm resultam os diâmetros primitivos do pinhão (Dpp’) e
primitivos da coroa (Dpc’) nos seguintes valores:
Assim:
Para se avaliar os novos valores da razão de contato com o novo ângulo de pressão,
encontra-se ⱷ’:
ⱷ’= 5,9002
Em seguida calcula-se o passo da base Pb’:
Pb’ = 2,9490 mm
60
Mecânica Aplicada
Portanto, aumentando a distância entre centros das engrenagens tem-se uma menor
razão de contato no par.
A seguir se tem uma tabela para mostrar que quanto maior a distância entre centros
menor será a razão de contato:
Vê-se que para 64,15 já se encontra bem próximo do valor de folga no vão ou folga
frontal desejado, em torno de 0,08mm.
OITAVO EXERCÍCIO
Considere uma engrenagem padronizada, com alfa=20º. Caso seu diâmetro
primitivo valha 150 mm e seu módulo vale 5mm, calcule:
61
Mecânica Aplicada
62
Mecânica Aplicada
z= Dp/m = 150/5=30
63
Mecânica Aplicada
NONO EXERCÍCIO
Leandro Bastos Bergami
64
Mecânica Aplicada
Dados do problema:
P = 1,25KW na = n1 =1720rpm
z1 = 24 z4 = 120
Item A:
ia/b = 3,5
z2 = 24 x 3,5 = 84 dentes
ib/c = 4
Item B:
Como ia/b = 3,5 e tal relação é igual ao quociente das frequências angulares, tem-se:
ia/b = na / nb nb = ia/b . na
65
Mecânica Aplicada
nb = 491,43rpm.
A rotação nb é comum às engrenagens 2 e 3.
Como ib/c = 4 e tal quociente é
i b/c = nb / nc nc = ib/c . nb
nc = 122,86rpm.
Item C:
P = Ta . 0,1047 . na
Ta = P / (0,1047 . na)
Logo, T a = 9,55 Nm
Então: T b = 23,32 Nm
No outro acoplamento:
Tc = 89,56Nm
66
Mecânica Aplicada
DÉCIMO EXERCÍCIO:
67
Mecânica Aplicada
Solução:
n 2 n1
Z3 n 2 n .Z 1800x 24
n3 2 2 n 3 1350 rpm
Z2 n 3 Z3 32
n4 n3
n 5 4 n . 1350x 75
n5 4 4 n 5 810 rpm
n 4 5 5 125
68
Mecânica Aplicada
4
vt 4 5 5 4 (2n 4 ) 5 (2n 5 )
2 2 2 2
Daí
4 n 5
5 n 4
Se não há perdas :
P1 P2 P3 P4 P5 , P5 0,1047.T5 .n 5
7500
T5 88,5 Nm
0,1047 x810
Se houvesse perdas:
P2 K 1 .P1 , K1 1,0
K 1 .P1
P3 K 2 . e assim sucessivamente. Não havendo perdas pode - se fazer :
P
T3 n 2 T4 .n4
; T4 T3 , T5
T2 n3 n5
69
Mecânica Aplicada
Pela terceira Lei de Newton, se chega às forças que a coroa faz no pinhão.
Examinando a árvore, vê-se o seguinte esquema dinâmico, com as forças exercidas
pelas correias na polia. O equilíbrio de torques impõe que o ramo tenso se apresente
conforme mostrado. É oportuno revisar o modelo de forças numa correia, seja ela
plana ou trapezoidal.
70
Mecânica Aplicada
(b) Demonstra-se que a relação entre os ramos tenso e frouxo numa correia é dado
por:
FT ângulo de abraçamento
e , onde
FF coeficiente de atrito
71
Mecânica Aplicada
5
T5 [FT FF ].
2
4
T4 [ FT FF ].
2
0,075
T4 [1780 354]. 53,1Nm
2
Ou simplesmente percebendo que o equilíbrio de torques na árvore impõe que:
T3 = T 4
Então:
T2 .n2 P
T3 T2 39,8 Nm
n3 0,1047.n2
39,8 x1800
T3 53,1 Nm
1350
72
Mecânica Aplicada
F4 = FT + FF F4 = 2124 N
Ressalta-se que as forças são consideradas verticais, uma aproximação bastante
razoável.
(e) Para se calcular as forças nos mancais, é preciso determinar todas as forças nas
engrenagens. A componente radial da resultante no contato entre os dentes no
ponto principal não foi calculada. Contudo, a própria componente tangencial ainda
não foi determinada. Isto é feito a partir do torque T3, já conhecido:
2.T3
FT3 , D3P m.Z3 96 mm
D 3P
FT3 1106,3 N;
Então:
73
Mecânica Aplicada
Plano x:
RBy = 298,7 N
Plano y:
74
Mecânica Aplicada
R x 100,7 N
A
RBx 302,0 N
M 2f 29,9 2 30 2 42 Nm
M 1f 131,6 2 10 2 132 Nm
Nas figuras que se seguem apresentam-se os valores das duas seções retas onde
se acoplam a polia e a coroa. Na figura à esquerda estão os valores dos momentos
fletores em cada plano. Na figura a direita, a resultante. Pode-se considerar um
“vetor momento fletor”, que no caso é traçado sem obedecer a convenção usual de
torques e momentos, ou seja, as flexões ocorrem em planos perpendiculares aos
vetores mostrados. Ressalta-se que no caso do momento fletor resultante, há uma
variação espacial deste ao longo do eixo, como uma espécie de hélice. Em caso de
flexão em dois planos na construção civil, onde se trabalha com concreto, é preciso
reforçar as estruturas com ferragens num posicionamento correto, pensando nos
efeitos trativos da flexão. Nestes casos, é possível perceber que tais ferragens
devem ser retorcidas ao longo dos vigamentos.
75
Mecânica Aplicada
O fato da seção reta da árvore intermediária ser circular permite uma adaptação
estratégica das fórmulas padrão da Resistência dos Materiais para cálculo de
tensões. Primeiramente, o cálculo das tensões normais de flexão considerando o
momento fletor máximo:
76
Mecânica Aplicada
Substituindo os valores:
2 2
( adm ) 3 I I II II 1396 2 1396x 52,6 52,6 2 1423,7
77