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ELEMENTOS DE MÁQUINA

 Elementos de transmissão

Carlos Henrique
Helena Martins
ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO

O QUE SÃO E QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS?

Os elementos de transmissão mecânica são peças e sistemas que geram potência e movimento a
maquinários industriais garantindo seu funcionamento geral. Eles são os responsáveis por transmitir
potência, torque e rotação entre os elementos de uma máquina. Outro ponto crucial dessas peças e
sistemas em questão é o ajuste de desalinhamentos, choques e vibrações — fatores que podem diminuir a
vida útil dos maquinários.

Os Principais elementos de transmissão são:

1. Acoplamentos: Os acoplamentos são peças que têm o objetivo unir dois elementos e, também,
possibilitar a força de torque, ou seja, causar o movimento de rotação. Dentro dessa categoria de
dispositivo, existem diferentes modelos, entre eles:

- De lâminas;

Elásticos/flexíveis ;

De engrenagens;

Uso principalmente em: compressores, elevadores de carga, aparelhos de produção de embalagens.


2. Motorredutores: Os motorredutores foram feitos para diminuir a velocidade de rotação das máquinas
e, com isso, tornar a performance dos equipamentos mais alinhadas às necessidades de produção. - Nesse
caso, o motorredutor não se trata de uma peça, como os acoplamentos, mas de um sistema composto por
eixos-sem-fim, rolamentos e motor elétrico. Uso principalmente em: guindastes, esteiras, elevadores.

3. Redutores de Velocidade: Até certo ponto, esse componente tem um propósito similar ao dos
motorredutores, ou seja, ele é um redutor de velocidade, pois trabalha ativamente no controle da
aceleração do maquinário. No entanto, esse elemento ainda consegue modular a própria performance do
equipamento, definindo o torque ideal para a operação, entregando a potência exata para realizar cada
um dos deslocamentos. Já as peças que fazem parte do aparelho são muito variadas, entre elas: carcaça,
coroa, eixo de entrada, eixo de saída, tampas, parafusos e muito mais. Outro ponto interessante é que os
redutores podem usar diferentes fontes de energia, por exemplo: motor elétrico, turbina a vapor, motor
hidráulico e motor de combustão interna. Uso principalmente em: transportadores, fornos rotativos,
guinchos.

4. Correias: tipos de elementos de transmissão, contínuas ou com emendas, as correias cumprem o papel
de transmitir o movimento de rotação para os eixos. Além disso, elas conseguem estabelecer e manter a
sincronia entre os equipamentos. Sem isso, o desempenho e, consequentemente, o ritmo de produção
podem ficar prejudicados. Você também pode encontrar variações de correias (transporte e
transmissão).Uso principalmente em: misturadores, motores e hélices.
5. Engrenagens: As
engrenagens são peças feitas para compor o movimento entre eixos. Tudo de uma forma equilibrada.
Também existem diferentes modelos de engrenagens: cônicos e helicoidais. Vale saber, ainda, que as
engrenagens também são chamadas de rodas dentadas. Uso principalmente em: motores, máquinas de
lavar roupa, caixas de marchas, etc.

6. Cabos de Aços: Como o próprio termo já adianta, esses elementos de transmissão são utilizados para
suportar altas cargas. Ou seja, são comumente encontrados em equipamentos e máquinas com tração
intensa. Uma curiosidade é que, antigamente, os cabos eram feitos de ferro, mas houve a mudança para o
material de aço mesmo. Isso porque o segundo representa maior resistência e durabilidade. Uso
principalmente em: guindastes e aparelhos similares.
7. Polias: Outras opções comuns para gerar o movimento e corrigir desalinhamentos, em equipamentos e
máquinas industriais, são as polias. O formato delas, por sua vez, é circular e se encaixa perfeitamente nos
eixos motores.

8. Correntes: As correntes são feitas de materiais metálicos e possuem vários anéis ou elos. Objetivo delas
é gerar força e movimento para os eixos, isso tanto no sentido horário como no anti-horário. Também dá
para encontrar diferentes modelos de correntes, a aplicação varia conforme as necessidades da indústria.
Uso principalmente em: produção de celulose e papel, mineração, cimento, siderurgia e mais.

9. Eixos: Os eixos ficam acoplados entre motores e máquinas. Com essa disposição, é possível a geração de
energia e potência entre os dois sistemas distintos.

10. Rolamentos: Os rolamentos são responsáveis pela geração de movimento dentro de engrenagens. Eles
também têm a capacidade de reduzir atritos e tornar os movimentos muito mais fluídos. Fora isso, existem
vários modelos de rolamentos, mas o mais usual é o fixo de rolamento de esferas. Uso principalmente em:
indústrias, carros, máquinas de lavar e até em bicicletas.
RPM

Primeiro precisamos saber que a velocidade dos motores é gerada em RPM (rotações por minuto). Como o
nome já diz, a RPM é o número de voltas completas que um eixo, ou uma polia, ou uma engrenagem dá
em um minuto.

RPM em Polias

A velocidade fornecida por um conjunto transmissor depende da relação entre os diâmetros das polias.
Polias de diâmetros idênticos transmitem para a máquina a mesma velocidade (mesma rpm) fornecida
pelo motor. Em caso de polias com tamanhos distintos, a velocidade transmitida para a máquina será
maior ou menor. Se a polia motora, isto é, aquela que fornece o movimento, é maior que a movida, isto é,
aquela que recebe o movimento, a velocidade transmitida para a máquina é maior (maior rpm). Se a polia
movida é maior que a motora, a velocidade transmitida para a máquina é menor (menor rpm).

Para calcular o RPM das polias é só aplicar a seguinte expressão matemática:

Onde n1 e n2 são as rpm das polias motora e movida, respectivamente, e D 2 e D1 são os diâmetros das
polias movida e motora.

RPM em Engrenagens

Do mesmo modo, quando o grupo transmissor de velocidade é composto por engrenagens, o que faz
modificar a rpm é o número de dentes. é importante saber que, em engrenagens que trabalham juntas, a
distância entre os dentes é sempre igual. Dessa forma, engrenagens com o número igual de dentes
apresentam a mesma rpm. Engrenagens com números diferentes de dentes apresentam mais ou menos
rpm, dependendo da relação entre o menor ou o maior número de dentes das engrenagens motora e
movida. Usamos a mesma expressão matemática, visto anteriormente, para calcular o RPM das
engrenagens, entretanto só é alterado o D que corresponde ao diâmetro pelo Z que é o número de dentes
da engrenagem.
Cálculo de RPM sobre redutores de velocidade

Redutores de velocidade compilam diferentes tamanhos de engrenagens. E apesar de parecer visualmente


complicado, como na imagem a seguir, o que é preciso apenas ser observado que esse conjunto é
composto por 2 estágios. Em cada um deles, você tem que apenas descobrir quais são as engrenagens
motoras e quais são as engrenagens movidas. Resolvido isso, basta aplicar, em cada estágio, a fórmula que
foi apresentada anteriormente.

Ex:

No 1º estágio

n¹ = 1000 rpm n² =? Z²= 28 dentes Z¹ = 14 dentes

Já no 2º estágio, a polia motora está acoplada à polia movida do primeiro estágio. Assim, n2 da polia
movida do primeiro estágio é igual a n1 da polia motora do segundo estágio (à qual ela está acoplada).
Portanto, o valor de n1 do segundo estágio é 500 rpm.
n¹ = 500 n² =? Z² = 42 dentes Z¹ = 14 dentes

A velocidade final do conjunto é de:

Como Manter a Qualidade dos Elementos de Transmissão Mecânica?

São dois pontos fundamentais para cuidar dos componentes de transmissão mecânica.

O primeiro é a manutenção industrial, que analisa possíveis problemas, e já prevê o modo de solução.

O outro é o uso de acoplamentos de qualidade, peças que vão na maioria dos equipamentos e máquinas
da indústria.

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