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UFRN – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
MEC1805 – ELEMENTOS DE MÁQUINAS I

MANCAIS E DIMENSIONAMENTO DE EIXO

RAFAEL MATOS DE SOUZA


20220080857

NATAL
2023
UFRN – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
MEC1805 – ELEMENTOS DE MÁQUINAS I

MANCAIS E DIMENSIONAMENTO DE EIXO

RAFAEL MATOS DE SOUZA


20220080857

NATAL
2023
PROJETO DO EIXO

O sistema de transmissão de potência mostrado é utilizado para acionar um


processo de usinagem. O motor elétrico utilizado é um W22 IR1 Categoria D que fornece
uma potência de entrada de 5,5 kW e uma velocidade de giro de 1640 rpm.

O eixo 1 está conectado ao eixo do motor a partir de um acoplamento QF15 que


permite um torque máximo de 120 N.m e possui uma largura de 40 mm. O torque gerado no
eixo é transmitido para os outros componentes do sistema através de engrenagens

cilíndricas de dentes helicoidais. O acoplamento e a engrenagem pinhão são


montados no eixo 1 através de chavetas retangulares.
CONSIDERAÇÕES DE PROJETO:

1. Rendimento do acoplamento igual a 97%;

2. Rendimento dos rolamentos igual a 99%;

3. Os rolamentos A e B são iguais e existe a necessidade no rolamento A de suportar


força axial;

4. As forças axial, radial e tangencial promovidas pela engrenagem no eixo são


respectivamente Fa = - 769,79 N, Ft = 1447,76 N e Fr = - 424,05 N;

5. O diâmetro do pinhão é de 42,47 mm e sua largura é 10,8 mm;

6. Material do eixo: Comece por um aço barato, 1020 estirado a frio com S ut = 469
MPa e Sy = 393 MPa;

7. Acabamento superficial usinado;

8. Temperatura de trabalho igual ou inferior à 120ºC;

9. Confiabilidade de 90%;

10. O eixo estará sujeito a choques moderados (considerar kf = 0,7);

11. Utilize estimativas da primeira iteração fatores de concentração de tensão;


RESOLUÇÃO

O torque transmitido pelo motor ao eixo é:

Tm= (9550.5,5)/1640 .: Tm= 31,07 N.m

FE= 1447,76 N

FA = Tm/0,0803.: Tm = 386,9 N

FE.0,1 – Rb.0,15 – 386,9.0,27 = 0  Rb = 268,75 N

RA = 1447,76 – 386,9 – 268,75  RA= 792,11 N

Rbx= (386,9.0,27 + 424,05.0,1)/0,15  Rbx = 979,12 N

RAx= -168,17 N

Mmáx = [(1447,76.0,1)² + (424,05.0,1)²]¹/²  Mmáx = 150,86 N.m

σ = Sy/a.b.c.d  393/1,2.2.1,7  σ = 57,79 Mpa

J = 2,17(153,24/57,79.106)¹/³  J = 0,03 m

Mequivalente = [(150,86)² + (31,07)².0,75]¹/²  Mequivalente = 153,24 N.m

d.1,3.J = 1,3.0,03  d=0,04 m

Se’ = 0,5.469  Se’ = 234,5 Mpa

Se = ka.kb.kt.ke.kf.Se’  4,51.469-0,265.1,51.40-0,157.1.1.0,897.0,7.234,5 Se = 110,10 Mpa

σ a = σ e Tm = ԏ e ԏa = 0 e σm =0

σ a ‘ = [(kf. σ)²]¹/² e σm’ = [3(kfs. ԏm)²]¹/²

σ a’ = [(0,7.57,79)²]¹/² e σm’ = [3(1,43.40)²]¹/²

1/n = σ a’ /Se + σn’/Sut  n-1 = 40,4/110,1 + 99,07/469  n = 1,72


Como Ft é a mesma para engrenagem e para o pinhão:

T = Ft.dp/2  1447,76.0,04247/2  T=30,74 N.m

1. MANCAL

Mancal é um elemento de máquina que serve como apoio fixo (guia) para a
transmissão mecânica em elementos girantes (eixos e rolamentos). Normalmente são
fabricados de ferro fundido ou aço, e bipartidos (base e tampa). Os principais tipos de
mancais são: rotativo ou de rolamento e de deslizamento ou de bucha. Eixos e rolamentos
são elementos girantes de uma máquina. Para funcionarem, necessitam de um suporte de
apoio que é chamado de Mancal. (https://www.abecom.com.br, 2020).

Figura 1: Mancal

1.1. Função de um mancal

A função do mancal é servir de guia para eixos girantes, dar apoio e suportar uma
carga enquanto está em contato com um eixo ou elemento rolante. Dessa forma, os
mancais estão sujeitos às forças de atrito devido à rotação do eixo.

Portanto, é um componente fundamental em qualquer máquina ou equipamento.


Principalmente quando se pretende obter eficiência na transmissão de potência em sistemas
mecânicos. Qualquer falha nele pode causar a parada do equipamento e,
consequentemente, a perda de produção. (https://www.abecom.com.br, 2020).
Figura 2: Mancal Bipartido sustentando o eixo

2. TIPOS DE MANCAIS

Os mancais são fabricados para receber cargas radiais puras, cargas de empuxo
somente ou uma combinação de ambas. Existem dois principais tipos de mancais, os de
deslizamento (ou de bucha) e os de rolamento (ou rotativos).

2.1. MANCAIS DE DESLIZAMENTO

Mancal de deslizamento é um elemento de máquina que serve de apoio para eixos


girantes. Seu funcionamento se baseia no deslizamento entre um eixo e uma bucha. Estão
sujeitos às forças de atrito que surgem devido à rotação desse eixo que exerce uma carga
sobre a bucha. As buchas geralmente são fabricadas em latão, bronze, poliamida. São
submetidas a esforços preferencialmente radiais e garante a centralização do eixo. Para isto
devem possuir folga mínima, baixo coeficiente de atrito e desgaste com material de eixo.
(Adaptado, (https://www.abecom.com.br, 2020).

Para uma vida útil mais prolongada, se faz necessário projetar e selecionar o
respectivo mancal com os seguintes fatores de recomendação:
 Seleção do material adequado para sua fabricação;
 Manutenção e reposição no tempo adequado;
 Sistema de lubrificação eficiente;
 Facilidade de desmontar e troca de componentes;
 Compatibilidade entre o dimensionamento e a carga requerida.

A inspeção visual, monitoração de temperatura e planejamento de manutenção deve


ser feita frequentemente.
Figura 3: Mancal de Deslizamento (Casquilho para Geradores)

2.1.1. Tipos de Mancais de Deslizamento


2.1.2. Mancal Hidrodinâmico

É fabricado em material de alta resistência e possui um filme de óleo


lubrificante entre o eixo e a bucha, evitando dessa maneira o atrito. Esse tipo de mancal é
ideal para altas velocidades e cargas elevadas.
Uma de suas características é diâmetro do eixo ser próximo ao diâmetro interno da
bucha. Ou seja, de tal forma que quando montado, a folga entre esses dois elementos seja
muito pequena e acomodando o filme de óleo lubrificante.
Como resultado, impede o contato direto entre as duas partes durante a operação,
situação em que se atinge o regime de lubrificação hidrodinâmica.
Por exemplo, pode ser utilizado em turbo máquinas pois permite altas cargas em
altas velocidades.
Além disso, sua vida, teoricamente, é infinita uma vez que não existe contato entre
peças com movimento relativo. Portanto, garantindo longa continuidade operacional.

Figura 4: Mancal Hidrodinâmico


2.1.3. Mancal Hidrostático

Apresenta precisão extremamente alta, quase isento de desgaste. Desse modo é


muito utilizado em aplicações de alta precisão no movimento de rotação.
Seu funcionamento ocorre através de um sistema de alimentação de lubrificante com
pressão externa, de forma contínua através de canais de entrada para câmaras entre as
superfícies. Com este sistema de lubrificação contínua, não será gerado nenhum atrito, ou
seja, possibilitando uma regulagem de posição de alta precisão, na faixa de sub-
micrometros.
No mancal hidrostático não ocorre resistência de deslize no início ou parada do
equipamento, que apesar de pequenas, geram desgastes nestes produtos.

Figura 5: Mancal Hidrostático

2.1.4. Mancal Aerostático

É lubrificado com um filme de ar, cuja camada tem espessura entre 5 e 30 mícrons.
Sendo assim, as superfícies são intercaladas com camadas de ar comprimido, que é
fornecido por um ou mais bocais no mancal.
A sua precisão é muito elevada, além disso não gera calor. Contudo, o seu custo de
fabricação e manutenção é elevado, impossibilitando a sua aplicação em larga escala. Este
tipo de mancal suporta altas temperaturas e quase não gera calor, produz baixa vibração
quando comparado com outros tipos. Sua excentricidade tem um erro médio e baixo ruído
de operação, consequentemente o ar pode escapar para o ambiente sem perigo de
contaminar e sem necessidade de equipamento auxiliar para reciclagem e reaproveitamento
do ar.
Figura 6: Mancal Aerostático

2.1.5. Mancal Magnético

Este não utiliza lubrificantes, pois usa campos magnéticos para suportar seu
carregamento. Dessa forma consegue manter o eixo em suspensão pela ação de forças
magnéticas. O mancal magnético pode ser tanto do tipo axial quanto radial.

Figura 7: Mancal Magnético

3. MANCAIS DE ROLAMENTO (OU ROTATIVOS)

Os mancais de rolamento (doravante denominados simplesmente rolamentos) são


em geral constituídos por anéis, corpos rolantes e gaiola; e principalmente, em função da
direção da carga que irão apoiar, são divididos em rolamentos radiais e rolamentos axiais.
Ainda em função do tipo de corpo rolante, é possível separá-los em rolamentos de esferas e
rolamentos de rolos; podem também ser classificados em função da configuração e da
aplicação específica destes. (www.nsk.com.br/, 2013).

3.1. Mancal de Rolamento Rígido de Esferas:

É composto por um conjunto de esferas e alojamento. Por ser rígido, não permite
movimento de flexão ou desalinhamento do eixo. Pode suportar carga radial e axial, além de
altas velocidades. Por isso, atende uma ampla gama de aplicações.
Figura 8: Mancal de Rolamento Rígido

3.1.2. Mancal de Rolamento de Esferas de Contato Angular:

É recomendado em aplicações que demandem alta rotação e pouco ruído. São


adequados para suportar cargas combinadas (axiais e radiais) atuando simultaneamente.
Também são fabricados com uma ou duas carreiras.

Figura 9: Mancal Esfera Angular

3.1.3. Mancal de Rolamento de Rolos Cilíndricos:

Permite que o eixo trabalhe em alta velocidade, e suporte elevadas cargas de


impacto na direção radial. Podem ser encontrados nas seguintes formas: de acordo com o
número de carreiras de rolos (uma, duas ou quatro) e de acordo com o tipo de gaiola (com,
sem ou projetos especiais).

Figura 10: Mancal de Rolos Cilíndricos


3.1.4. Mancal de Rolamento de Rolos Cônicos:

É preparado para suportar altas cargas de impacto, inclusive radiais e axiais


simultaneamente. Contam com linhas de projeção das pistas que se encontram em um
ponto comum no eixo do rolamento. Sua capacidade de carga axial aumenta com ângulo de
contato crescente.

Figura 11: Mancal de Rolo Cônico

3.1.5. Mancal de Rolamento Axial de Esferas:

O rolamento axial de esfera possui dois anéis, um no eixo e outro na base que
acomoda as esferas em seus canais. Não podem ser submetidos a cargas radiais. São
compostos por anel de eixo, gaiola axial e anel de caixa que pode ter superfície de assento
plana ou esférica.

Figura 12: Rolamento Axial de Esferas

3.1.6. Mancal de Rolamento de Agulhas:

Utilizado para cargas elevadas e em baixa rotação. O rolamento de rolos de agulha,


apresenta diâmetro pequeno em comparação com seu comprimento. O perfil modificado de
pista/rolo, faz com que se evitem os picos de tensão. Dessa forma, sua vida útil é
prolongada.
Possuem diferentes perfis e ampla variedade de materiais, séries e tamanhos. Essas
características fazem com que sejam indicados para as mais diversas aplicações e
condições operacionais.

Figura 13: Mancal de rolamento de Agulhas

3.1.7. Mancal de rolamento Autocompensador de rolos/esferas:

Nesse tipo de mancal o rolamento possui a característica de serem auto alinháveis,


permitindo desalinhamentos angulares do eixo em relação ao alojamento. Ele consegue
corrigir os erros de alinhamento causados por flexão, por desalinhamento ou até mesmo
erros de instalação.

Figura 14: Mancal Autocompensador

4. VIDA DO MANCAL

O mancal é um componente de extrema relevância para sistemas mecânicos


girantes. Sua funcionalidade de guia e sustentação, pode concomitantemente apresentar
desgastes em virtude do constante contato. Para tanto o sistema de lubrificação se faz é
essencial, para que o atrito seja mínimo, evitando assim uma brasagem intensa. Se o
mancal estiver limpo e for devidamente lubrificado, for montado e vedado de maneira que
evite a entrada de poeira e sujeira, for mantido nesta condição e operado a temperaturas
razoáveis, a fadiga do metal será a única causa de falha. Visto que fadiga metálica implica
muitos milhões de aplicações de tensão suportada de forma efetiva, necessita-se de uma
medida quantitativa de vida. Medidas comuns de vida são:
 Número de revoluções do anel interno (anel externo estacionário) até a
primeira evidencia tangível de fadiga;
 Número de horas de uso a uma velocidade angular padrão até a primeira
evidencia tangível de fadiga;

Vida do mancal é o termo comumente utilizado, que é aplicado a ambas as medidas


mencionadas. A vida nominal (classificatória) é um termo sancionado pela ABMA e utilizado
pela maioria dos fabricantes. A vida nominal de um grupo de mancais de esferas ou rolos
nominalmente idênticos é definida como o número de revoluções (ou horas a uma
velocidade constante) que quase 90% de um grupo de mancais irá atingir ou exceder antes
que o critério de falha se desenvolva. O termo vida mínima, vida L 10 e vida B10 são também
utilizados como sinônimos para vida nominal. Vida mediana é a vida do 50º percentil de um
grupo de mancais. O termo vida média, tem sido utilizado como um sinônimo para vida
mediana, contribuindo para a confusão. A vida mediana está entre 4 e 5 vezes a vida L10.

4.1. Falhas

Se houver lubrificante em quantidade e qualidade adequada, a falha ocorrera apenas


por fadiga de superfície. O ruído e a vibração são indícios do início do desgaste por falha,
consequentemente seguirão a distribuição de Weibull.

Figura 15: Mancal com desgaste


Figura 16: Ruído e vibração no Mancal

Figura 17: Vida do Mancal

Vida do mancal = número total de revoluções (ou horas de funcionamento) em


operação (carga constante) até que o critério de falha seja desenvolvido.

Figura 18: Principais causas de falhas em rolamentos

5. CARREGAMENTOS
5.1. Carga e vida
Figura 19: Carga e Vida dos Mancais

As cargas são, com frequência, não permanentes, de modo que a carga desejada é
multiplicada por um fator de aplicação af. A carga permanente af.Fd produz o mesmo dano
que, para superfícies de rolamento, que a carga Fd.

Figura 20: Fator e Carga para Mancais

5.2. Capacidade de carga dinâmica (C10)

Capacidade de carga dinâmica (C10) é o valor que expressa a carga (do fabricante)
que permitirá ao rolamento atingir 1 milhão de revoluções (ISO 281/I-1977).

Figura 21: Capacidade de Carga Dinâmica


Figura 22: C10 - Capacidade Dinâmica

5.3. Carregamento combinado

Um mancal do tipo esfera é capaz de resistir a carregamento radial e carregamento


de empuxo; além de que, esses podem ser combinados. Sendo F a e Fr as cargas de
empuxo axial e radial, respectivamente, e F e a carga radial equivalente, a qual produz o
mesmo efeito, dano que a cara radial e a carga de empuxo, combinadas.
O fator de rotação V é definido de modo que V = 1 quando o anel interno roda e
quando o anel externo gira V = 1,2. Dois grupos adimensionais podem agora ser formados:
Fe/VFr e Fa/VFr.

Figura 23: Carregamento Combinado


Figura 24: Adimensional

6. SELEÇÃO DE MANCAIS PARA PROJETOS

Um sistema de eixos consiste em mais do que apenas rolamentos. Componentes


associados como o eixo e os mancais são partes integrantes do sistema como um todo. O
lubrificante e os elementos de vedação também têm um papel fundamental. Para maximizar
o desempenho do rolamento, a quantidade correta de um lubrificante adequado deve ser
apresentada para reduzir o atrito no rolamento e protegê-lo contra corrosão. Os elementos
de vedação são importantes porque eles mantêm o lubrificante dentro e os contaminantes
fora do rolamento. Isso é especialmente importante, pois a limpeza possui um efeito
profundo na vida útil do rolamento. (Adaptado, https://www.skf.com/br/)
Existe uma série de fatores que influenciam no processo de seleção dos mancais:

 Espaço disponível;
 cargas (magnitude e direção);
 Precisão e rigidez;
 Velocidades;
 Temperatura de operação;
 Níveis de vibração;
 Níveis de contaminação;
 Tipo e método de lubrificação;

Ao projetar uma aplicação, cada decisão afeta o desempenho, a confiabilidade e a


economia do sistema do eixo.
6.1. Seleção de mancais de rolos cônicos

Os mancais de rolos possuem um número de características que os tornam


complicados e complexos. À medida que as diferenças são tratadas entre mancais de rolos
cônicos, mancais de esfera e cilíndricos, é possível observar que os fundamentos básicos
são os mesmos, embora haja diferenças nos detalhes.
Para montagem do mancal cônico se faz em duas formas: 1) a montagem de cone,
os rolos e a gaiola; e 2) a copa. Os mancais podem ser construídos em um fila única, fila
dupla, fila quadrupla e montagens de mancais axiais. Além disso, componentes auxiliares
como espaçadores e ele mentos de vedação podem ser utilizados.
O mancal cônico pode suportar ambas as cargas, radial e de empuxo (axial), ou
qualquer combinação das duas. Contudo, ainda quando uma carga externa de empuxo ao
estiver presente, a carga radial induzira uma reação de empuxo dentro do mancal por causa
do cone. A fim de evitar a separação das pistas e dos rolos, esse empuxo deve ser resistido
por uma força igual e oposta. Figura abaixo mostra o ponto G, onde ocorre a aplicação das
cargas radial e axial.

Figura 25: Ponto G, carga axial e radial

Uma arga radial induzira uma reação axial. A zona de carga inclui cerca da metade
dos rolos subentende um anglo de 180º aproximadamente. Usando F a(180) para a carga axial
induzida por uma carga radial com zona morta de 180º, utiliza-se a seguinte equação:

Fa(180)= 0,47Fr/K,

em que o fator K é específico da geometria, proveniente da relação K = 0,389cotg α


em que o α é a metade do ângulo incluído pela copa. O fator K pode ser aproximado por 1,5
para um mancal radial e por 0,75 para um mancal de ângulo íngreme, no processo
preliminar de seleção.
Para mancais em série ou de duas filas, sem carga axial externa, F ae = 0, a carga
radial dinâmica equivalente P iguala FrAB ou Frc. Uma vez que que FrAB ou Frc é a carga radial
na montagem de duas filas, a carga nominal radial dinâmica equivalente, C 90(2), deve ser
usada para calcular a vida do mancal.

7. CONCLUSÃO

A seleção do mancal para o projeto mecânico é uma tarefa desafiadora para o


engenheiro projetista. Observar todos os fatores de segurança e confiabilidade, calcular
todas as reações, momentos e tensões existentes ao longo do eixo, estimar suas folgas, e
condensar todas essas informações em conjunto com os parâmetros operacionais.

Vale salientar a importância do sistema de lubrificação, as vedações e a qualidade


do material selecionado para a durabilidade e o desempenho dos mancais. É de extrema
relevância planos eficientes de manutenção preventiva, preditiva para minimizar os
desgastes e a fadiga a que são submetidos esses equipamentos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BUDYNAS, Richard. Elementos de máquinas Shigley. Projeto de Engenharia Mecânica,


editora Bookman, 2011.

https://www.skf.com/br/products/rolling-bearings/ball-bearings/insert-bearings/loads. Acesso
em 17/07/2023 às 19:30.

https://www.abecom.com.br/o-que-e-um-mancal-quais-os-principais-tipos/. Acesso em
18/07/2023 às 18:30.

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