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INSTITUTO PROMINAS

IVANETH ALVES DA SILVA

A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA NO PROCESSO ENSINO E A


APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA EM SÉRIES INICIAIS ENSINO
FUNDAMENTAL

BARREIRAS, BAHIA
2019
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IVANETH ALVES DA SILVA
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APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA EM SÉRIES INICIAIS DO ENSINO ã

FUNDAMENTAL o

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Trabalho de Conclusão de Curso, sob a forma de
Artigo Científico, apresentado ao Instituto u
Prominas, como requisito obrigatório para a
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obtenção do título de Especialista Lato Sensu em
Psicopedagogia Clínica e Institucional. e
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BARREIRAS, BAHIA
2019
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A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA NO PROCESSO ENSINO E A i
APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA EM SÉRIES INICIAIS DO ENSINO
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FUNDAMENTAL
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Ivaneth Alves da Silvae1

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RESUMO m
a
A psicopedagogia busca a compreensão dos processos de aprendizagem, compreendendo aspectos
sociais, culturais, cognitivos e orgânicos do sujeito. A função do psicopedagogo é relevante em uma
instituição de ensino, tendo em vista que o processo de ensino e aprendizagem se torna mais eficaz
por meio da sua intervenção. Dessa forma, o objetivo deste artigo é analisar a contribuição da c
psicopedagogia no processo ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita em séries iniciais do
ensino fundamental. Os autores que fundamentaram este trabalho foram Bossa (2000) Coutinho i
(2011), Freire (1998), Soares (2003). Neste contexto, a problemática investiga como são
desenvolvidas as práticas psicopedagógicas para assegurar uma aprendizagem significativa no t
processo de ensino e aprendizagem da leitura e da escrita no ensino fundamental? Nesta pesquisa
a
qualitativa, utilizando a técnica de documentação indireta de caráter exploratório, que consiste em
estudar em fontes bibliográficas, coletados em materiais publicados sobre o tema. Portanto, ço
resultado sinaliza que é primordial para a consolidação do aprendizado uma análise reflexiva da
prática cotidiana, aliado ao trabalho sistemático do psicopedagogo na escola, pois isto favorece ã
competências e habilidades leitoras e escritoras. Assim, a contribuição do psicopedagogo inseridas
no ambiente escolar tem uma função importantíssima no processo de transformação social, pois, o
contribui diretamente na formação do sujeito.

PALAVRAS-CHAVE: Psicopedagogia, leitura, escrita. d


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Introdução
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A psicopedagogia é uma área em expansão, cujo campo de atuação pode ser
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clínico, institucional, hospitalar e empresarial. Especificamente, este artigo enfatiza a
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área institucional, que engloba os trabalhos de prevenção e melhoria do processo de
e
ensino e aprendizagem da leitura e da escrita em séries iniciais do ensino
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fundamental
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A problemática é de extrema relevância, pois enfatiza que determinadas
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dificuldades concernentes ao ensino e aprendizagem estão diretamente
relacionados à ausência de uma intervenção adequada, sobretudo aqueles que
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Pós-graduanda em Psicopedagogia Clínica e Institucional.

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envolvem a aquisição e apropriação do ato de ler e de escrever. Isto é de fato um


grande desafio a ser enfrentado pela educação.
Observa-se que esse fenômeno tem como influência vários fatores internos e
externos ao sujeito, que exigem um estudo mais aprofundado no âmbito científico,
visando soluções apropriadas, que proporcionem impacto transformador do índice
negativo para o ensino e aprendizagem da leitura e da escrita em séries iniciais
ensino fundamental.
Contextualizando historicamente, observa-se que em muitas escolas,
principalmente as públicas, a presença do psicopedagogo é negligenciada. Contudo,
a comunidade escolar continuamente sinaliza a carência da contribuição deste
profissional no ambiente escolar.
Na contemporaneidade, o interesse dos alunos está mais voltados ao mundo
virtual e suas múltiplas possibilidades, assim, práticas antigas de ensino não
atendem bem as exigências deste público, tampouco contribuem para a inserção do
indivíduo em práticas sociais de letramento que lhes proporcionam melhor
integração e condição de exercício de sua cidadania.
O despreparo dos alunos está cada vez mais associado ao fracasso escolar,
que ocorre a partir de práticas pedagógicas distantes da realidade do público alvo,
pois a tendência das instituições de ensino seria a de obedecer a certa
uniformização, que insiste em definir o que, quando e como os discentes precisam
saber. Entretanto, este tipo de prática ignora o que, de fato, cada aluno precisa
conhecer.
Dentre outros direitos, é prioritário o ensino da leitura e escrita, tal como
previsto no Artigo 32. Nesse sentido, o trabalho com a leitura e a escrita tem uma
função social que visa o desenvolvimento do estudante como um todo. Em meio a
uma visão psicopedagoga, observa-se que “a escola não pode ser concebida como
um espaço que pune, classifica, rotula, mas como um ambiente com múltiplas
possibilidades de aprendizagem” (COUTINHO; LISBÔA, 2011, p.11).
Este artigo apresenta o objetivo principal de analisar a contribuição da
psicopedagogia no processo ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita em
séries iniciais do ensino fundamental. Neste contexto, primeiramente busca
identificar os indicadores negativos do processo de leitura e escrita nas séries
iniciais no Brasil relacionados à problemática, depois apresentar o perfil do
psicopedagogo inserido em contexto institucional, para posteriormente avaliar a
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contribuição de uma intervenção psicopedagógica para a melhoria do processo de


ensino e aprendizagem das competências leitoras e escritoras.
Sobretudo, vê-se que a originalidade deste trabalho está no recorte de seu
objeto, tendo em vista que, a temática apesar de ser bastante discutida em nosso
contexto, exige um estudo mais aprofundado no âmbito científico, na tentativa de
contribuir com difusão da significativa atuação do psicopedagogo nas instituições de
ensino para sanar as dificuldades encontradas pelos alunos no desenvolvimento da
leitura e da escrita.
Por conseguinte esta investigação é pertinente, pois discutem aspectos
contemporâneos referentes às perspectivas inovadoras concernentes ao papel do
psicopedagogo e sua contribuição na formação de cidadãos de espírito inquisitivo e
participativo no espaço escolar. É importante analisar de que forma a atuação da
psicopedagogia pode trazer melhorias expressivas para o desenvolvimento de
competências e habilidades leitoras e escritoras, essenciais para que o indivíduo
avance cada vez mais em seus estudos.
Esta pesquisa tipo de estudo bibliográfico, de abordagem qualitativa, O
trabalho está vinculado à linha de Pesquisa Psicopedagogia Institucional, Assim,
nesta pesquisa qualitativa, utilizando a técnica de documentação indireta de caráter
exploratório, que consiste em estudar em fontes bibliográficas, coletados em
materiais publicados sobre o tema
Assim, o psicopedagogo atua, aliando teoria e prática em um trabalho
dinâmico e diversificado, para tanto, precisa se tornar “leitor” da realidade para
superar as dificuldades encontradas neste percurso, consolidando todo
conhecimento adquiridos em seu processo de formação.

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 Os Indicadores Negativos do processo de Leitura e Escrita nas Séries


Iniciais no Brasil

A educação, na sociedade atual, visa promover o desenvolvimento do gosto


pelo conhecimento, potencializando a construção do pensamento crítico em um
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trabalho psicopedagógico processual, a partir de métodos condizentes com os


interesses do alunado são de extrema importância para o seu desempenho. Visto
que sem tais práticas o aluno não sente prazer em estudar, o que acarretam
problemas no desenvolvimento de capacidades como de pesquisar, resumir,
analisar, criticar, julgar, posicionar-se diante de qualquer situação.
Na contemporaneidade há um índice negativo em relação ao desempenho
escolar dos alunos brasileiros, diagnosticado por meio de indicadores de
desempenho externos. Assim, vê-se que a dificuldade que muitos estudantes
encontram em fazer uso da norma padrão, seja na oralidade ou no texto escrito, de
compreensão e interpretação tem íntima relação com a concepção de ensino vigente
em nossas escolas, que insistem em manter um modelo de ensino que não
contempla de forma satisfatória o interesse dos alunos e logicamente, isso é um
enorme empecilho ao ensino/aprendizagem, pois, desestimula o aprendiz.
Observa-se também, que a falta de recursos na escola, sobretudo, os de
tecnologia mais avançada, desmotivam frequentemente os alunos, e, isso contribui
com o aumento de indicadores negativos na avaliação escolar, relacionados ao nível
de aprendizagem dos estudantes, quais sejam: desmotivação para os estudos,
vocabulário precário, reduzido e informal, erros ortográficos, poucas produções
significativas, conhecimentos restritos aos conteúdos escolares.
De certa forma é visível, a busca de respostas para um letramento com
sucesso. De acordo com Soares (2) ainda hoje, não há respostas contundentes a
respeito do analfabetismo no Brasil. Porém, é preciso ater-se que alfabetizar tem
significado amplo.
Espera-se que eleve o índice de aprendizagem e o desempenho dos alunos,
e dos educadores com a intervenção psicopedagógica e sua avaliação e
diagnóstico, despertando no aluno o gosto pela leitura de uma forma prazerosa, em
que os todos possam perceber o quanto ela é importante para a construção do
pensamento crítico, que possa levá-lo a ser um sujeito transformador do mundo em
que vive.
Segundo Soares (2003, p. 14),

Sem dúvida não há como fugir, em se tratando de um processo complexo


como o letramento, de uma multiplicidade de perspectivas, resultante da
colaboração de diferentes áreas de conhecimento, e de uma pluralidade de
enfoques exigida pela natureza do fenômeno, que envolve atores
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(psicopedagogos e alunos) e seus contextos culturais, métodos, materiais


meios.

Ninguém conhece a língua na totalidade de seus usos, que são múltiplos, o


que se conhece e emprega nas situações concretas de comunicação são variedades
desta língua. Para a qualidade do ensino e aprendizagem faz-se necessária haver a
parceria entre psicopedagogo e aluno Cabe ao psicopedagogo investigar, a priori, o
interesse dos alunos, os estimulando a usarem a criatividade, a buscar novas
experiências, proporcionando aquisições de saberes significativos.

1.2 O Perfil do Psicopedagogo no Processo de Ensino e Aprendizagem de


Leitura e Escrita nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental

A psicopedagogia orienta que o processo de ensino e aprendizagem precisa


ser construído de modo que venha sanar as reais necessidades do aprendiz,
promovendo resultados mais positivos para todos os envolvidos. Pois discutir
educação no Brasil não envolve apenas aspectos propriamente técnicos ou
simplesmente pedagógicos. Sobretudo, considerando a questão da desvalorização
profissional, do escasso financiamento de recursos, entre outros obstáculos
encontrados pelas imposições e determinações econômicas e políticas.
De acordo com Bossa (2000), a melhoria do processo da leitura e da escrita
nas séries iniciais do ensino fundamental não depende exclusivamente do
psicopedagogo, mas sim de todo um trabalho coletivo da escola voltado para o
aluno, em uma visão integral do sujeito. É preciso conhecer toda a vida do
estudante, para depois observar suas necessidades até chegar ao trabalho com a
língua falada e escrita.
Segundo Souza (2009) o psicopedagogo está ciente, que as técnicas e
métodos modificam-se no contexto de situações discursivas que são criadas pelos
participantes da ação, sendo o mediador do conhecimento, fazem-se necessárias
reflexões sobre a importância do processo de ensino e aprendizagem, que precisam
ser orientadas pelo psicopedagogo. Assim, o ambiente educacional, seja ele qual
for, é concebido como um espaço social, de acordo concepção interacionista:

[...] é um contexto favorecedor de interação, cercada por atividades de


linguagem que são, exclusivamente linguísticas, apoiada em estratégias
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pedagógicas como; diálogo, o debate, a discussão, a entrevista, a pergunta.


Essas estratégias vestem a sala de aula, enquanto contexto interacional.
(SOUZA, 1996, p. 12).

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) ressaltam que o processo de


ensino e de aprendizagem nas séries iniciais do ensino fundamental deve levar o
aluno à construção gradativa de saberes sobre os textos que circulam socialmente,
recorrendo a diferentes universos semióticos, pode-se dizer que as ações
realizadas. Desse modo, a leitura conduzirá a reflexão de práticas sociais, não
somente técnicas, mas que favorecerá a ampliação e consolidação de
conhecimentos do estudante, incluindo o trabalho sistemático com produção de texto
e a adequação da linguagem aos diversos gêneros textuais.
O ensino e aprendizagem precisa do acompanhamento do psicopedagogo,
pois este processo deverá ir muito além da memorização de regras e conceitos, ele
deverá desenvolver a capacidade de articular informações, a partir de práticas de
leitura e de escrita, o que viabilizará uma escrita eficaz.
Bossa (2000) defende que psicopedagogo deve orientar os professores que
nem todos os jogos vão contemplar a diversidade que compõe uma sala de aula, e
conteúdos diversificados precisam ser explorados. A relação profissional e de
confiança estabelecida entre os atores do processo de aprendizagem, permite que o
psicopedagogo faça um diagnóstico de grande valia para o trabalho em sala de aula.
Em consonância a esse pensamento, Pozo (2000, p. 60-61),

[...] atribui ao professor ‘[...] a tarefa de propor a leitura de textos


interessantes, que tenham significado para seu grupo de alunos, assim como
proporcionar um bom trabalho de exploração e compreensão desses textos’.
Sabe-se que as crianças são muito curiosas e se envolvem com entusiasmo
em situações que as desafiam.

Dessa forma, a abordagem que explora os mais diferentes tipos de material


de leitura, livros, jornais e revistas; a leitura de contos, poemas, crônicas,
reportagens, a brincar de ler e de escrever, a criar e participar de jogos e
brincadeiras nas quais a leitura e a escrita são objetos centrais.

1.3 Procedimentos Metodológicos


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Esta pesquisa do tipo de estudo bibliográfico, de abordagem qualitativa,


contribui na reflexão da realidade a ser pesquisada, possibilitando uma
interdependência entre a realidade e o sujeito, essencial no processo de
conhecimento “aprofunda-se no mundo dos significados das ações e relações
humanas”, (MINAYO, 1994, p. 22).
O trabalho está vinculado à linha de Pesquisa da Psicopedagogia
Institucional, sendo o eixo temático o processo ensino e aprendizagem da leitura e
da escrita nas séries iniciais do ensino fundamental, por meio da contribuição do
psicopedagogo neste processo.
Esta investigação é qualitativa. Assim, esta modalidade, em sua
singularidade, está interligada com um conjunto de práticas materiais e
interpretativas que auxiliam na interpretação dos fenômenos e seus significados.
A pesquisa de abordagem qualitativa contribui na reflexão da realidade a ser
pesquisada, no sentido de conhecer, compreender de forma significativa as ações e
relações humanas na construção do conhecimento a cerca do objeto da pesquisa.
A coleta de dados para investigação e as técnicas de registro para a feitura
da análise se pautarão respectivamente da investigação de material bibliográfico. Os
instrumentos utilizados foram textos científicos físicos e digitais de relevância para a
temática abordada e dialogavam com a proposta da linha de pesquisa.
Assim, a análise reflexiva dos resultados da pesquisa requer um olhar atento
do pesquisador, principalmente quando se trata de pesquisa qualitativa na área
educacional, exigindo-lhe a constatação e contextualização dos resultados,
estabelecendo a compreensão dos dados coletados de forma a ampliar o
conhecimento pertinente à realidade investigada.

1.4 Análise dos dados e Discussão dos resultados

A avaliação sobre a contribuição de uma intervenção psicopedagógica para a


melhoria do processo de ensino e aprendizagem das competências leitoras e
escritoras nas séries iniciais do ensino fundamental foi validade com este estudo.
Assim, observa-se, que prática pedagógica é uma aliada na construção do
saber, e, é pensando nisso, que muitos psicopedagogos precisam estar sempre em
contínuo processo de formação (BOSSA, 2000). Pois o profissional da educação
deve inovar suas habilidades em busca do desconhecido, multiplicando cada vez
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mais os saberes teóricos e práticos, a fim de garantir a participação, a aprendizagem


e o sucesso escolar de seus alunos.

Para Freire, (2003, p.69), “[...] vamos conhecer melhor o que já conhecemos e
conhecer outras coisas que ainda não conhecemos”. Assim, é de extrema
importância ao psicopedagogo, a extensão do conhecimento científico produzido no
meio acadêmico, a serviço da comunidade, por meio de um processo de
reelaboração do saber, a partir de ações previamente planejadas.

É imprescindível que na educação do futuro sejam priorizados e valorizados


os talentos que o aluno tem, para que assim se possa estimular o seu
processo de aprendizagem e, consequentemente, promover o seu
desenvolvimento [...] a paixão é a chave da motivação, que é, como todos
devemos saber, a chave da aprendizagem” (COUTINHO; LISBÔA, 2011, p.
12, apud VEEN; VRAKKING, 2009, p.112).

De fato o estudante só desenvolve sua prática de leitura e escrita quando


passa ter o hábito de ler e escrever ou até mesmo pela necessidade de interagir e
se comunicar, e isso acontece a partir dos estímulos recebidos do meio. Soares
(2003, p. 62) ressalta que:

[...] a reflexão sobre como integrar Letramento em sala de aula vai se


organizando em torno de quarto componentes do aprendizado da escrita: 1)
a compreensão e valorização da cultura escrita; 2) a apropriação do sistema
de escrita; 3) a leitura; 4) a produção de textos escritos.

Nesta perspectiva a atividade do psicopedagogo é a de proporcionar uma


melhor integração e condição de exercício da cooperação de todos os envolvidos na
educação. Soares (2003) ressalta ainda que o domínio da escrita, assim como a da
leitura e a produção textual, abrange capacidades que são adquiridas no processo
de letramento e propõe-se que os alunos vivenciem atividades envolvendo
diferentes gêneros, assim, espera-se que a ele desenvolva uma leitura fluente e uma
adequada compreensão de textos.
Portanto, o resultado sinaliza que é primordial para a consolidação do
aprendizado uma análise reflexiva da prática cotidiana, aliado ao trabalho
sistemático do psicopedagogo na escola, pois isto favorece competências e
habilidades leitoras e escritoras. Assim, a contribuição do psicopedagogo inseridas
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no ambiente escolar tem uma função importantíssima no processo de transformação


social, pois, contribui diretamente na formação do sujeito.

1.5 Conclusão

O contexto da pesquisa contribuiu para um olhar crítico e reflexivo acerca da


problemática. Dessa forma, observa-se a partir da intervenção psicopedagógica a
instituição de ensino, aumentará a capacidade de compreensão do educando,
proporcionando uma progressão na forma como ele enxerga e entende o mundo à
sua volta, inserido em uma sociedade da informação, que precisa ser convertido em
conhecimento e posteriormente em aprendizagem.
Os resultados alcançados demonstraram que com a ausência do
psicopedagogo na instituição escolar, a construção do pensamento crítico e da
cidadania fica comprometida. Uma vez que a avaliação e diagnóstico do
psicopedagogo proporcionam novas experiências, contextualizando sua visão de
mundo, por meio de práticas de letramento e no incentivo à aquisição e à
ressignificação de conceitos, valores e atitudes na escola e na sociedade.
Assim, com esta proposta de intervenção psicopedagógica os atores da
comunidade escolar têm mais oportunidade de vivenciar experiências que
solidifiquem suas habilidades e competências leitoras e escritoras, por meio do
processo de ensino e aprendizagem que o dê maior autonomia.
Nesta perspectiva, nota-se que há uma forte crítica à padronização dos
currículos escolares, que não consideram as peculiaridades dos aprendizes,
provocando o aniquilamento da inventividade e a perda da integridade pessoal e
social, bem como a falta de investimento para assegurar a presença do
psicopedagogo na escola. Logo, a maioria das reformas-padrão do ensino são
consideradas insensíveis, pois tendem a oferecer reforço intenso ao ensino,
somente em aspectos considerados “fundamentais” do currículo, desprezando as
reais necessidades, as expectativas, talentos e potencialidades do alunado.
Portanto, o psicopedagogo tem uma função importantíssima no processo de
transformação social, pois, contribui diretamente na orientação do sujeito, para
emancipação social e promoção da cidadania. Assim, estimulando a autorreflexão
far-se-á com que os alunos, compreendam melhor o que estão aprendendo e o que
acontece no mundo em geral.
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Referências

BOSSA, Nádia Aparecida. A psicopedagogiano Brasil: Contribuições a partir da


prática. 2. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental (1997). Parâmetros Curriculares


Nacionais: língua portuguesa. Brasília.

BRASIL. Lei 9394; dispõe sobre Diretrizes e Base da Educação Nacional. Diário
Nacional da União, 20 de dezembro de 1996.

______. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos Parâmetros


Curriculares Nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF.

COUTINHO, Clara; LISBÔA, Eliana. Sociedade da Informação, do Conhecimento


E a Aprendizagem: DESAFIOS PARA EDUCAÇÃO NO SÉCULO XXI.

FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler: em três artigo que se completam.


51ª ed. Cortez, São Paulo: 1998.

MINAYO, M.C.S. (Org.) Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 21 ed. Rio de
Janeiro, Petrópolis: Vozes, 1994.

POZO; POSTIGO. 201. Sociedade da aprendizagem e o desafio em converter


informação em conhecimento. Disponível em:
<ruberlene.blogspot.com/2012/04/sociedade-aprendizagem-e-desafio-de.html>.
Acesso em: 12 de outubro de 2016 às 15h.

SOUZA, Ester Maria de Figueiredo. Sala de aula: práticas discursivas no


cotidiano. 197 f. Dissertação (Mestrado em educação) – Universidade Federal da
Bahia (UFBA/FACED), Salvador, 2009.

SOARES, Magda (2003). Letramento e alfabetização: as muitas facetas-


http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n25/n25a01.pdf/ acesso em 24/05/2014.

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