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Professor Doutor
setembro de 2014
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Notas Biográficas1
Até setembro de 2014, obteve 3 prémios atribuídos pela Delegação Regional do Norte
da Ordem dos Economistas: em julho de 2008, no âmbito do IV Ciclo de Temas de
Economia, no Tema de Contabilidade, o artigo “As NIC e a Contabilização de
Ativos Financeiros”; em julho de 2011, no âmbito do VII Ciclo de Temas de
Economia, no Tema de Finanças, o artigo “O Impacto de Basileia III sobre a
Economia”; em outubro de 2012, no âmbito do VIII Ciclo de Temas de Economia, no
Tema de Economia Portuguesa, o artigo “O Programa de Assistência Financeira e
a Economia Portuguesa: Descrição, Consequências e Perspetivas Futuras”.
1
Possui o endereço de correio eletrónico (email) – paulomaia20@iol.pt
I
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Agradecimentos
Em terceiro e último lugar, agradeço ao meu amigo PAULO CUBAL por ter lido esta
Tese e me ter dado a sua opinião pessoal para o seu enriquecimento bem como ao meu
ILUSTRÍSSIMO COLEGA DE MESTRADO, DOUTOR ADRIANO TORRES
DA SILVA, pela gentileza de também me ter dado as suas sugestões para melhoria da
Tese.
II
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da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Resumo
A rendibilidade foi construída pela taxa de variação discreta e o risco pelo desvio-
padrão, não refletindo a ideia de alavancagem associada a um CFD. Não foram
encontrados estudos empíricos em Portugal, aplicados a ações individuais do PSI-20,
para comparação.
III
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Abstract
In this Master Thesis, it is worth mentioning the main ideas. The goal is to know what is
the usefulness to the investor in the Portuguese Stock Index (PSI-20), applying the
Elliott Wave Theory. The underlying motivation arises from the use by traders in
stocks of technical analysis and, simultaneously, there are few studies on it and on the
Elliott Wave Theory. The sample covers the quotes of the stocks of the BCP, BES and
BPI, 2009 and 2010. The results revealed the usefulness of Elliott Wave Software
(Version 9.5.), as forecast stocks tool in the context of a downward movement of the
market in each one of the three stocks (if none is possessed). The best strategies are: do
not buy any stock, Strategy 2 (Wait and See) and/or open short positions, Strategy 4
(Position (Long or Short) In a Leveraged Financial Instrument (CFD's)), on the
quote of each of the three stocks.
This Strategy 4, from January 2 to June 30, 2011, in the case of 16949 CFD's on the
stock quote of the BCP, would get a return of + 288%+ with a risk of 0.09. In the case
of 3378 CFD's on the stock quote of the BES, a return of + 113% for a risk of 0.46
and, finally, in the case of 7092 CFD's on the stock quote of the BPI, a return of +
266% and a risk of 0.2.
The return has been built by discrete rate variation and risk by the standard deviation,
not reflecting the idea of leverage associated with CFD. No empirical studies were
found in Portugal, applied to individual stocks of the PSI-20 for comparison.
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Resumé
Dans cette Thèse de Master, il convient de mentionner les principales idées. L´objective
est de savoir quel est l´utilité pour l'investisseur dans le marché de actions portugais
(PSI-20), de l'application de l´Elliott Wave Theorie. La motivation sous-jacente se pose
en raison de l'utilisation par les traders des titres, de l'analyse technique et, en même
temps, il existe peu d'études sur elle et sur la Théorie des Vagues d'Elliott. L'échantillon
couvre les cours des actions du BCP, BES et BPI, 2009 et 2010. Les résultats ont
révélé l'utilité de Elliott Wave Software (Version 9.5.), comme outil de prévision de les
cour des actions dans le cadre d'un mouvement à la baisse du marché dans chaque
l'une des trois actions (s'il n'y est possédé). Les meilleures stratégies sont: n'achetez pas
aucune action, la Stratégie 2 (Wait and See) et/ou l´ouverture des positions courtes
Stratégie 4 (Position (Long ou Court) dans un Instrument Financier à Effet de
Levier (CFD´s)), sur le cour de chacune des trois actions.
Cette Stratégie 4, de 2 Janvier to 30 Juin 2011, dans le cas de 16949 CFD´s sur le cours
de l'action de la BCP, obtiendrait une rentabilité de + 288% avec un risque de 0,09.
Dans le cas de 3378 CFD´s sur le cours de l'action de la BES, une rentabilité de +
113% pour un risque de 0,46 et, enfin, dans le cas de 7092 CFD´s sur le cour de
l´action de la BPI, une rentabilité de + 266% et un risque de 0,2.
La rentabilité a été construit par la variation de le taux discréte et risque par l'écart-
type, et ne reflète pas l'idée de levier associé à CFD´s. Aucune des études empiriques
ont été observées au Portugal, appliqué à des actions individuelles du PSI-20 pour la
comparaison.
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Zusammenfassung
Strategie 4, mit Bezug auf einen Zeitraum vom 2. Januar bis zum 30. Juni 2011 für
16949 CFDs auf die BCP-Aktien, erlaubt eine Rentabilität von + 288 % mit einem
Risiko von 0,09. Für die 3378 CFDs der BES-Aktien, eine Rentabilität von + 113 %
mit einem Risiko von 0,46 und, abschließend, für die 7092 CFDs der BPI-Aktien, eine
Rentabilität von + 266 % und ein Risko von 0,2.
Die Rentabilität ergibt sich aus der diskreten Änderungsrate und dem Risiko der
Normabweichung, wobei die Annahme des mit einem CFD verbundenen Leverage-
Effekts nicht berücksichtigt wird. In Portugal liegen keine empirischen Studien vor, die
sich auf die einzelnen Aktien des PSI-20 beziehen, und die für einen Vergleich
herangezogen werden könnten.
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Resumen
En esta Tesis, cabe destacar las ideas principales. El objetivo es saber cuál es el
beneficio para el inversor en el mercado de acciones portugués (PSI-20), de aplicación
de la Teoría de Ondas de Elliott. La motivación subyacente surge debido a la
utilización por los traders en valores de análisis técnico y, al mismo tiempo, existen
pocos estudios sobre el mismo y sobre la Teoría de Ondas de Elliott. La muestra cubre
las cotizaciones de las acciones BCP, BES y BPI 2009 y 2010. Los resultados
revelaron la utilidad de Elliott Wave Software (Versión 9.5.), como herramienta de
pronóstico en el contexto de un movimiento a la baja del mercado en cada una de las
tres acciones (si no se posee). Las mejores estrategias son: no compre ninguna,
Estrategia 2 (Wait and See) y/o e apertura posiciones corta, Estrategia 4 (Posición
(largo o corto) en un Leveraged Instrumento Financiero (CFD)), al respecto las
cotizaciones de cada una de las tres acciones.
Esta Estrategia 4, del 2 enero a 30 junio, 2011, en el caso de 16.949 CFDs al respecto
la cotizacion de la acción BCP, obtendría una rentabilidad del 288% + con un riesgo
de 0,09. En el caso de 3378 CFD´s al respecto la cotizacion de la acción BES, obtendría
una rentabilidad del + 113% para un riesgo de 0,46 y, por último, en el caso de 7092
CFDs al respecto la cotizacion de la acción BPI, obtendría una rentabilidad del + 266%
y un riesgo de 0,2.
La rentabilidad ha sido construida por la variación del tipo discreto y el riesgo por la
desviación estándar, que no refleja la idea de apalancamiento asociado con CFD. No se
encontraron estudios empíricos en Portugal, aplicados a las acciones individuales del
PSI-20 para la comparación.
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Riassunto
Questa strategia 4, dal 2 gennaio al 30 giugno 2011, nel caso di 16949 CFD sul prezzo
delle azioni di BCP, otterrebbe un ritorno di + 288% con un rischio di 0,09. Nel caso
di 3378 CFD sul prezzo delle azioni di BES, un ritorno di + 113% con un rischio di
0,46 e, infine, nel caso di 7092 CFD sul prezzo delle azioni di BPI, com un ritorno di +
266% e un rischio di 0,2.
Il ritorno è stato costruito da variazione del tasso discreta e il rischio per la deviazione
standard, non riflette l'idea della leveraged associati con CFD. Non esistono studi
empirici sono stati trovati in Portogallo, applicato a singoli azioni di PSI-20 per il
confronto.
Parole chiave: Analisi Tecnica, Numeri di Sequenza di Fibonacci, Elliott Wave Theory,
Elliott Wave Software (Versione 9.5)
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
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摘要
在这篇论文论文,值得一提的主要思路。 们的目标是要知道什么样的利润在葡
论。样品覆盖BCP,BES和BPI的股票价格2009年和2010年的结果显示,在市场
,会得到0.09风险回报288%+。在3378差价合约的BES,A的0.46风险,并最终回
266%和0.2风险。
想法。没 经验研究,发现在葡萄牙,施加到PSI-20的个股进行比较。
关键词:技术分析,斐波那契数,艾略特波浪理论,艾略特波浪软 版本9.5
。
IX
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da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
م لخص
ج ا 4اا س 2 ا - 30 ، 2011، ف 16949 CFDحا سع ع ا س
س ف BCP، ح عائ ع ع 288٪ + 0.09.خط ف 3378 CFDحا سع ع
ا س BES، ط + 113٪ع ا0.46، ، أخ ف CFD 7092حا سع ع ا س
BPI، +ا ع 0.2.خط 266٪
ا ا س :ا ئ ح ،ا ا ا ا ش ،أ ف ظإ ج، ج ا
ج ا إ س (ا 9.5).ا
X
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Índice Geral
Introdução ____________________________________________________________ 1
Capítulo I. - Análise Técnica: Alguns Apontamentos Iniciais ____________________ 6
Capítulo II. - Números da Sequência de Fibonacci ____________________________ 14
II.1. - Breve Enquadramento Teórico ____________________________________ 15
II.2. - Retracements, Golden Ratio e Inverso de Golden Ratio_________________ 17
II.3. - Fibonacci Maps: Fibonacci Fans e Fibonacci Arcs ____________________ 24
II.4. - Revisão da Literatura ___________________________________________ 29
Capítulo III. - Teoria das Ondas de Elliott___________________________________ 35
III.1. - Breve Enquadramento Teórico ___________________________________ 36
III.2. - As Ondas de Impulso (Impulse Waves) ____________________________ 43
III.3. - As Ondas de Correção (Corrective Waves) __________________________ 46
III.4. - Algumas Regras para a Deteção e Contagem das Ondas de Elliott________ 48
III.5. - O Golden Ratio _______________________________________________ 50
III.6. - Revisão da Literatura ___________________________________________ 51
Capítulo IV. - Estudo Empírico ___________________________________________ 62
IV.1. - Cotações Observadas do BCP, BES e BPI (2009 e 2010): Análise Introdutória
_____________________________________________________________ 63
IV.2. - Principais Tendências Evidenciadas _______________________________ 67
IV.2.1. - Tendências na Cotação da Ação do BCP________________________ 69
IV.2.2. - Tendências na Cotação da Ação do BES ________________________ 74
IV.2.3. - Tendências na Cotação da Ação do BPI ________________________ 79
IV.3. - Resultados Obtidos ____________________________________________ 83
IV.3.1. - Significado Teórico do Sumário de Inspeção (Summary Inspector) ___ 83
IV.3.2. - Resultados na Cotação da Ação do BCP ________________________ 86
IV.3.3. - Resultados na Cotação da Ação do BES ________________________ 88
IV.3.4. - Resultados na Cotação da Ação do BPI_________________________ 90
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XII
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Índice de Figuras
XIII
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Índice de Gráficos
XIV
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Índice de Quadros
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Abreviaturas e Glossário
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Introdução
A motivação e razão para esta escolha prende-se com o facto de, desde sensivelmente,
o ano 2000, a título pessoal, os mercados de valores mobiliários, em particular, e os
financeiros, em geral, terem merecido uma atenção e despertado algum fascínio. A
compra e a venda de valores mobiliários e a sua concomitante possibilidade de obter
lucros como não há igual em mais nenhuma outra atividade legal, ainda hoje constitui o
nosso modus vivendi. Leituras atinentes à problemática aguçaram o apetite e
acalentaram mesmo o sonho de um dia trilhar os mesmos caminhos que traders bem
sucedidos na área de trading de valores mobiliários.
Por outro lado, subsiste até aos dias de hoje uma evidente contradição entre a utilização
da análise técnica na comunidade dos traders de valores mobiliários, coexistente com
escassos estudos alargados sobre a mesma (o que constitui um fator de motivação muito
importante para a realização de um estudo neste âmbito).
Em consonância com este enquadramento, e porque embora não fosse uma área
diretamente ligada à Contabilidade mas incluída no Programa de uma das disciplinas
(Finanças Empresariais) do Plano de Estudos, resolvemos levar a efeito um estudo que
possibilitasse compreender teorias de traders de valores mobiliários conhecidos, que
outrora foram bem sucedidos e que, pode-se dizer, enriqueceram com a atividade de
trading de valores mobiliários. Nesta sequência, para a demonstração da utilidade das
mesmas, encetamos uma aplicação prática ao mercado de ações português.
Mas, o aspeto principal da motivação reside no facto de nele assentar o nosso problema
de investigação científica. De forma resumida, é nosso objetivo central saber quais os
resultados a que se chega da aplicação do Software Elliott Wave (Versão 9.5.)2,
2
Trata-se do aproveitamento de uma versão trial.
1
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
aplicando a Teoria das Ondas de Elliott a um Estudo Empírico, a saber, as cotações das
ações do BCP, BES e BPI referentes aos anos de 2009 e 2010.
A relevância deste tema assenta em várias aspetos. Antes de mais, trata-se de uma
temática de análise dos mercados de valores mobiliários (em Portugal) que permite
abordar numa perspetiva, integrada e complementar e, ao mesmo tempo, é uma temática
cuja produção científica publicada, sobretudo, em língua portuguesa mas, igualmente,
em língua inglesa, decorrente da pesquisa científica efetuada, não se revela muito
abundante, diríamos mesmo que ela é quase inexistente, especialmente se completada
com estudos práticos de índole empírica3. Se, por um lado, é revelador da pouca
literatura científica existente, por outro, constitui um alfobre, de interesse científico
acrescido, no âmbito de uma Tese de Dissertação de Mestrado nesta temática
constituindo um motivo para a sua elaboração.
3
À exceção do estudo de Ribeiro (2014), no âmbito de uma Tese de Doutoramento, na Universidade
Autónoma de Lisboa (UAL), também incidente sobre uma aplicação prática da Teoria das Ondas de
Elliott à Bolsa portuguesa, PSI-20, pesquisada já depois de concluída a elaboração desta Tese de
Dissertação de Mestrado.
2
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da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
3
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da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Por seu lado, no Capítulo III., com o título Teoria das Ondas de Elliott, definem-se os
principais traços desta Teoria. Procede-se à descrição de uma perspetiva alternativa à
análise técnica, de explicar os comportamentos das cotações de quaisquer valores
mobiliários. Esta, parte do princípio de que o funcionamento de um mercado de
qualquer valor mobiliário, obedece não a padrões gráficos repetitivos no tempo mas,
antes, a Ondas que também se repetem no tempo.
Por último, temos as Conclusões onde se apresenta uma súmula das ilações extraídas e
possíveis desenvolvimentos futuros na mesma senda desta Tese de Dissertação de
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Uma das principais críticas apresentadas à análise técnica identifica-se com o facto de
ser visto de soslaio o citado comportamento, mecanicista e determinístico, que surge
associado à mesma. Isto é, as cotações teriam um comportamento repetitivo cíclico no
tempo que poderia ser considerado perfeito. Assim sendo, bastaria identificar os
momentos certos de compra e de venda de valores mobiliários para o seu
aproveitamento lucrativo. Mas, no limite, este partido lucrativo, seria inconsistente com
a realidade uma vez que todos os investidores comprariam e venderiam, ao mesmo
tempo, provocando a destruição da validade deste princípio extinguindo a oportunidade
de aproveitamento lucrativo. Paradoxalmente, é porque este não se verifica na realidade
que a análise técnica, ainda, é detentora de alguma validade e valia intrínsecas.
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O fio condutor deste Capítulo I., estrutura-se segundo uma ótica dicotómica em dois
grupos antagónicos: um aglutina os autores que, de uma forma ou de outra, se
posicionam em favor da análise técnica sendo seus defensores mas, contudo,
evidenciando interrogações e algumas relutâncias a seu respeito, referindo que são
necessários estudos com mais desenvolvimentos; outro, engloba outros autores, que se
posicionam numa ótica em desfavor da análise técnica sendo seus críticos e
detratores.
“ … constitui uma designação geral de uma miríade de técnicas de trading. Os analistas técnicos visam
prever as cotações através do estudo das cotações passadas e de mais alguns indicadores referentes ao
trading de valores mobiliários. Eles acreditam que as deslocações na oferta e na procura podem ser
detetadas nos gráficos dos comportamentos dos mercados. A análise técnica é considerada por muitos a
forma original de análise de investimento, que remonta ao ano de 1800” (p. 1731).
Para outros autores, Hsu et al. (2010), uma das suas origens mais longínquas, remontam
ao estudo de Hamilton sobre o índice de ações Dow Jones Industrial Average (DJIA)
numa série de artigos publicados no The Wall Street Journal, em 1902. Este autor
desenvolveu esforços no sentido de aquilatar a valia desta técnica.
Por outro lado, para Malkiel (1981) apud Brock et al. (1992), a atitude em relação à
análise técnica resume-se à seguinte passagem textual
“Obviamente, eu encontro-me enviesado contra (a análise técnica). Isto é não apenas uma postura
pessoal, mas também profissional. A análise técnica é um anátema em relação ao Mundo académico. Nós
gostamos de pegar nele. As nossas táticas de intimidação assentam em duas ordens de considerações: (1)
o método é evidentemente falso; (2) é fácil contestá-lo” (p. 1732).
Brock et al. (1992), apresentam outro testemunho que conduz à validade da análise
técnica. Estes resultados referem-se a dois indicadores (de análise técnica): as médias
móveis e a quebra de zonas de trading (trading ranges).
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volatilidade do que os proporcionados por estes. Por outro lado, as rendibilidades dos
sinais de venda são negativos o que, todavia, não é cabalmente explicado pelos atuais
modelos atinentes à área da análise técnica. Estes mesmos autores, referem que “Ainda
que muitos estudos recentes tenham concluído que a análise técnica é inútil, outros
estudos relativos à previsibilidade das rendibilidades de ações a partir das
rendibilidades passadas sugerem que esta conclusão pode ser prematura” (p. 1733).
De uma forma global, Brock et al. (1992) referem que os resultados traduzem um
reconhecimento do poder previsional dos dois indicadores de análise técnica (médias
móveis e zonas de trading). Todavia, a introdução dos custos de transação implica que a
adoção destas estratégias tenham, obrigatoriamente, de ser ponderadas mercê desta
componente. Estes custos, se não forem muito pequenos poderão reverter o sentido dos
resultados: de positivo para menos positivo ou até mesmo negativo. À exceção dos
mercados de contratos de futuros onde, de acordo com estes mesmos Brock et al.
(1992), os custos de transação são ínfimos.
Sullivan et al. (1999), por seu lado, afirmam que os resultados que obtiveram, antes de
mais nada, permitem reavaliar a performance dos indicadores de análise técnica. Com
efeito, o modelo intitulado de BLL4, muito embora Sullivan et al. (1999) reconheçam
que os seus resultados possuem virtualidades, contudo, existem outros indicadores, que
geram melhores resultados. É o que sucede se aplicados os indicadores ao período de
4
Resultante dos autores de um artigo coincidente com as suas primeiras letras, Brock, Lakonishok e
LeBaron (1992) – BLL, in Sullivan et al. (1999, p. 1647).
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1987 a 1996 ao índice de ações DJIA. Com a particularidade de Sullivan et al. (1999)
acentuarem que, se os mesmos indicadores cobrirem um período fora deste, os melhores
resultados já poderão não se verificar.
Lo et al. (2000), constituem outros autores que apresentam um ponto de vista relativo à
validade da análise técnica. O objetivo é o de “… identificar regularidades nas séries
cronológicas de cotações extraindo padrões (gráficos) não lineares a partir de dados
com ruído” (p. 1753). E acrescentam
“ … certos padrões técnicos, quando aplicados a muitas ações sobre um longo período de tempo,
propiciam informação acrescida, especialmente para ações do índice Nasdaq. Ainda que tal não
signifique, necessariamente, que a análise técnica possa ser utilizada para originar «excesso» de lucros
resultantes da atividade de trading, todavia, aumenta a possibilidade de que a análise técnica possa
acrescentar valor ao processo de investimento” (p. 1753).
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ótimos. O que significa então que, é necessário averiguar quais os padrões gráficos
ótimos. Até porque, os procedimentos podem ser ótimos do ponto de vista da deteção de
anomalias estatísticas mas já o mesmo não ocorrer do ponto de vista da obtenção de
lucros decorrentes da atividade de trading de valores mobiliários e vice-versa. Estes
aspetos, só por si, configuram e abrem um novo horizonte em termos de área de
investigação científica relativa à análise técnica – reconhecimento e especificação de
algoritmos com o fito específico de otimizar funções-objetivo (obter um lucro da
atividade de trading de valores mobiliários, v. g.).
Por último, cumpre mencionar Hsu et al. (2010), autores que, embora defensores da
análise técnica, colocam questões que merecem desenvolvimento e comprovação
científica com estudos científicos apropriados. De facto, para os mesmos, o poder
previsional da análise técnica continua, ainda, a ser um tema objeto de debate e
controvérsia no seio dos traders de valores mobiliários e nos meios académicos. A
defender a validade da análise técnica com poder previsional, Hsu et al. (2010), referem
numerosos autores como sejam Sweeny (1988), Blume et al. (1994), Brown et al.
(1998) Gencay (1998), Lo et al. (2000) e Savin et al. (2007). Em concreto, Hsu et al.
(2010), afirmam que a eficiência dos mercados de valores mobiliários com a introdução
de transações sobre ETF5 provoca aumento da liquidez observada e aumento da sua
eficiência. São estas duas particularidades que poderão estar na base de efeitos sobre o
poder previsional dos indicadores da análise técnica. Estes autores colocam duas
questões, pertinentemente:
5
Sigla que significa Exchange Traded Funds – ETF.
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“ … os nossos resultados empíricos são praticamente informativos porque se baseiam não apenas nos
índices de mercado mas também nos ETF´s que deverão ser convenientemente transacionados a baixos
custos de transação (baixas comissões)” (p. 481).
Do lado dos autores em desfavor da análise técnica, citam-se Pavlov e Hurn (2009),
que referem outras críticas passíveis de dirigir à análise técnica. Aludem às dificuldades
de avaliação dos lucros resultantes do recurso à mesma: “ … as regras de trading são
frequentemente especificadas de forma vaga pelos seus defensores e dependem de uma
judiciosa escolha de parâmetros” (p. 1). Neste contexto, os resultados obtidos por
Pavlov e Hurn (2009), no que se refere às médias móveis, conduziram a prejuízos. De
6
Good executions, na expressão original de Hsu et al. (2010, p. 481).
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facto, os portfolios construídos com base nos sinais de compra e de venda gerados pelas
médias móveis, na expressão original dos autores “ … parecem gerar substanciais
lucros contrários” (p. 23). No entanto, há ainda um aspecto (intrigante) a salientar: “a
performance (…) não é explicada pela exposição a fatores sistemáticos nas
rendibilidades mas é fortemente correlacionada com taxas de juro, nominais e de
inflação” (p. 23).
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Os números da sequência de Fibonacci não constituem, por si só, uma Teoria de trading
de valores mobiliários mas, tão só, a expressão de uma regularidade matemática
identificada pelo seu autor, Leonardo Fibonacci di Pisa (doravante Leonardo Fibonacci)
(1170 ou 1180 – 1250). Um conjunto de aspetos caraterizadores e que contribuem para
a base de desenvolvimentos posteriores na Teoria das Ondas de Elliott, mostram-se
indispensáveis para, posteriormente, servir de base de apresentação desta Teoria no
Capítulo III.. Não obstante não se tratar de uma Teoria de trading de valores
mobiliários, existem autores que emergem os seus princípios associados sugerindo e
apresentando-a como se ela fosse e daí este aspeto adicional que atesta toda a
pertinência da sua abordagem. De entre estes autores encontra-se Ralph Nelson Elliott
(1871 - 1948).
Por outro lado, ainda se aponta o facto de se tratar de uma técnica, entre outras, de
tomada de decisões de trading de valores mobiliários que tem subjacente uma conceção
mecanicista da evolução dos mercados de valores mobiliários em geral o que, amiúde,
embora não totalmente, não é corroborado pela realidade. Para além do mais, olvida
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fatores como sejam os volumes transacionados de cada valor mobiliário, entre outros,
também importantes para as decisões de trading de valores mobiliários.
Até ao presente, os números da sequência de Fibonacci são úteis para a definição das
cotações correspondentes aos níveis de suporte e níveis de resistência (mais
conhecidos por níveis de retracement) de quaisquer valores mobiliários, especialmente
ações. Mas, por outro lado, permitem definir, igualmente, cotações-alvo a atingir e
sobre elas tomarem-se decisões de compra ou de venda (de valores mobiliários).
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Boroden (2008) define nível de suporte como sendo a área ou o nível de cotação
abaixo da qual se pensa ter terminado um possível movimento descendente da cotação
do valor mobiliário e, simultaneamente, se considera constituir um momento de compra.
A mesma autora define nível de resistência como sendo a área ou o nível de cotação
acima da qual se pensa ter terminado um possível movimento ascendente da cotação
do valor mobiliário e, de igual modo, se pode considerar constituir um momento de
venda do mesmo.
F0 = 0 ; F1 = F2 = 1 ; Fn = Fn-1 + Fn-2
A ideia subjacente é a de que, pela sequência da Figura 1., o termo de ordem n, é igual
ao termo de ordem n - 1 adicionado do de ordem n - 2, ou seja, Fn = Fn-1 + Fn-2, até ao
infinito, pelo que, os números da sequência de Fibonacci podem ser sintetizados na
seguinte fórmula genérica:
É esta fórmula genérica que exprime o âmago dos números da sequência de Fibonacci a
que surge associado o nome do seu autor, Leonardo Fibonacci. De sublinhar que, muito
embora o primeiro número da sequência na Figura 1., seja o um, em rigor, ele começa
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da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
no zero. Tal deve-se ao facto de se ter que verificar a ideia de que cada número é igual à
soma dos dois anteriores o que só acorre se o primeiro for o zero (ver Quadro 1.).
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primeira coluna, por ordem ascendente, (1 / 1), (2 / 1), (3 / 2), (5 / 3), (8 / 5), ر, ou seja,
do maior para o menor, (Nt+1 / Nt), de acordo com a relação estabelecida pela fórmula
da segunda coluna, citando Bhattacharya e Kuldeep (2006, p. 67), Fn = (Fn-1 / Fn-2) e se,
dividirmos ambos os membros por Fn-1, temos a expressão (Fn / Fn-1) = 1 + (Fn-2 / Fn-1)
e, quando n tende para +∞, (Fn / Fn-1) ≈ (Fn-1 / Fn-2) e, se fizermos (Fn / Fn-1) igual a α,
fica a expressão limite quando n tende para +∞, igual a 1 + (1 / α) o que, resolvendo em
ordem a α, permite obter o número α ≈ 1,618 (valor para que tende o ratio [Fn / Fn-1]
quando n tende para +∞). É este o valor, observando a segunda coluna do Quadro 2.,
para que tende a divisão sucessiva de acordo com esta fórmula de cada valor
consecutivo da primeira coluna do mesmo Quadro, por ordem ascendente.
Por outro lado, e ainda no âmbito do mesmo Quadro 2., pela observação da terceira
coluna, constata-se que o inverso da mesma fórmula, isto é, [Fn-1 / Fn] quando n tende
para +∞, o seu limite tende para 0,618 – inverso do Golden ratio (conforme se pode
observar na referida coluna). Este valor também se obtém fazendo, ([√5 - 1]) / 2) =
0,618.
Em acréscimo, refira-se ainda que, em dois números alternados, por ordem ascendente,
isto é, (Fn-2 / Fn), (não consecutivos), quando n tende para +∞, o limite é 0,382. Se se
tratar de dois números alternados mas, dispostos segundo uma ordem descendente, ou
seja, (Fn / Fn-2), (também não consecutivos), quando n tende para +∞, o limite assim
gerado é de 2,618. Outros agrupamentos também se obtêm com valores gerados dos
quais emergem outros limites.
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No Quadro 2., estão evidenciados os procedimentos de cálculo que, dão origem a cada
um dos referidos níveis, definidos a partir das relações entre números da sequência de
Fibonacci.
Observando o Quadro 2., temos demonstrado como, a partir dos números da sequência
de Fibonacci, exibidos na primeira coluna, se calculam os níveis de retracement,
respetivamente, 0,618 (61,8%), 0,382 (38,2%) e 0,236 (23,6%) consistindo nas relações
referidas que se estabelecem entre eles. No caso de 0,236 também se pode constatar que
ele resulta de 0,6183 ou (0,618 × 0,382). No caso de 0,786 (78,6%) é igual à √0,618.
Outra particularidade destes números é a de que, por exemplo, partindo do nível 23,6%,
aproximadamente, o número seguinte é 1,618 vezes superior, ou seja, multiplicando
23,6% por 1,618 perfaz 38,2% o mesmo acontecendo com todos os outros,
considerando as percentagens de forma consecutiva.
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De sublinhar que, a observação do Quadro 2., (N1 / N2), (N1 / N3) e (N1 / N4), diz
respeito a uma relação que se estabelece entre os números da sequência de Fibonacci
seja qual for o ponto em que tem início N1: o que é relevante é a ordem do número na
sequência de Fibonacci onde quer que ele tenha o seu início. Para além destas três
relações também se poderiam definir (N1 / N5), (N1 / N6) e outras.
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Com efeito, pela Figura 2., podemos observar que os níveis de retracement têm por
correspondência outros correspondentes níveis das cotações de um contrato de futuros
sobre o ouro em causa. Neste caso, observa-se que se escolheu um período de baixa
para outro de alta unindo-se os dois por intermédio de uma reta. Este período é
denominado de swing sendo de notar que no retracement de 0,618 se situa o nível de
suporte.
Por outro lado, pela observação da Figura 3., analogamente, podemos constatar o
mesmo que na Figura anterior mas, referente a um movimento descendente do
mercado (Bear Market).
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Como se pode verificar, na Figura 3., o processo é em tudo análogo àquele que se
verificou no movimento ascendente começando num período de alta para outro de
baixa fazendo a união por intermédio também de uma reta. É também designado de
swing e, curiosamente, neste exemplo, o nível de resistência, também é fixado em
0,618 como é assinalado pela seta.
Estas, definem-se como sendo em tudo semelhantes aos retracements com o acréscimo
de serem definidas para além do retracement definido a mais de 100% (os retracements
ficavam aquém dos 100%). Daí que sejam apelidados de extensions porque são como
que extensões. Possuem, de acordo com Boroden (2008, p. 29), o condão de estarem
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aptas a dar conta de quando é que um movimento ocorre dentro ou para além de um
swing que serve de base ao desenho de um retracement. Se observamos o Quadro 2., as
três últimas colunas mostram como se procede ao seu cálculo. Constata-se que, a seguir
a 100%, temos as extensões de 161,8%, 261,8% e 423,6% e assim sucessivamente.
Mas, ainda se podem definir outras extensões como sejam 138,2% e 150% calculados a
partir de outros ratios definidos.
Pela Figura 5., por seu turno, podemos observar um exemplo de uma extensão, mutatis
mutantis num movimento ascendente do mercado.
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Na Figura 5., podemos detetar que, neste caso, surge na definição de um nível de
resistência no âmbito de um movimento ascendente do mercado. Os retracements são
desenhados acima do nível de 1 (100%) de 1,272 (127,2%) e de 1,618 (161,8%),
respetivamente.
O fito principal de qualquer um dos dois tipos de Fibonacci Maps, é o de, a partir de
pontos mínimos (máximos) unir a pontos máximos (mínimos) e recorrendo aos
retracements utilizar estes, como ferramenta adicional, na construção de níveis de
suporte e níveis de resistência de cotações a atingir quaisquer que sejam os valores
mobiliários considerados. Após estas cotações alcançadas, é suposto dar-se um swing
ou, dito de outro modo, ocorrer um movimento de inversão de tendência: se se alcançar
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No que se refere aos Fibonacci Fans eles, na sua construção visual, podem ser
observados na Figura 6..
A construção e desenho a que obedece o traçado das Fibonacci Fans, pela Figura 6.,
conhece os seguintes passos genéricos:
Verificação da tendência de mercado – ascendente ou descendente;
União do ponto mínimo ao ponto máximo (caso de uma tendência
ascendente) ou de um ponto máximo a um ponto mínimo (caso de uma tendência
descendente);
Definição dos níveis de retracement e unir várias linhas. No caso de uma
tendência ascendente, de um ponto mínimo para outros superiores coincidentes com os
níveis 23,6%, 38,2%, 50% e 61,8%, (que são de resistência). Para o retracement de
23,6% temos a primeira Fibonacci Fan. Para os retracements de 38,2%, 50% e 61,8%,
teremos as segundas, terceira e quartas Fibonacci Fans, respetivamente. No caso de
uma tendência descendente, de um ponto máximo para outros inferiores coincidentes,
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também, com os níveis 61,8%, 50%, 38,2% e de 23,6% (que são de suporte). Para o
retracement de 61,8% temos a primeira Fibonacci Fan. Para os retracements de 50%,
38,2% e de 23,6%, temos as segundas, terceiras e quartas Fibonacci Fans,
respetivamente;
Por seu lado, no que se refere aos Fibonacci Arcs, eles mais não são do que uma outra
forma alternativa, de evidenciar quer os níveis de suporte quer os níveis de resistência
para a tomada de decisões de trading de valores mobiliários. A construção e o seu
desenho, tal como ocorria com as Fibonacci Fans, obedece aos seguintes passos gerais:
Verificação da tendência do mercado – ascendente ou descendente (tal
como já acontecia com os Fibonacci Fans);
Unir a cotação de mínimo à de máximo (caso de uma tendência
ascendente) ou uma cotação de máximo a uma de mínimo (caso de uma tendência
descendente);
Definição dos níveis de retracement e, com um compasso, com o centro na
cotação de mínimo (caso de tendência ascendente) ou o centro numa cotação de
máximo (caso de uma tendência descendente) traçar vários arcos que passam pela
interseção dos níveis de retracement já conhecidos: 61,8%, 50%, 38,2% e 23,6% (entre
outros);
No caso de uma tendência ascendente, estes níveis serão de resistência
mas no caso de uma tendência descendente estes mesmos níveis serão de suporte;
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Uma visualização dos Fibonacci Arcs pode ser observada nas Figuras 7. e 8..
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“Ainda que os (analistas técnicos) advoguem que alguns dos padrões das cotações observados se
repetem ao longo do tempo, não há plausível explicação científica que justifique o porquê destes padrões,
de facto, deverem ser esperados repetir-se”.
Citando Narasimhan (2000) apud Bhattacharya e Kuldeep (2006, p. 221), estes autores
são da opinião de que a informação contida nos padrões gráficos refere-se apenas a
acontecimentos passados e a sua utilidade só existe se puderem ser úteis para a previsão
de cotações futuras. Mais especificamente, Bhattacharya e Kuldeep (2006) afirmam que
Contudo, estes mesmos autores opinam que, no âmbito da análise técnica, existe uma
plêiade de analistas para os quais os retracements podem ser traçados7 de acordo com os
números da sequência de Fibonacci. O que é corroborado pelos pontos de vista de
outros autores como Fischer (1993), Hartle (1997) e Krausz (1998) apud Chatterjee et
al. (2002) em que a sequência dos números de Fibonacci deverá ser utilizada como
indicador de análise técnica, se servir de ferramenta suplementar a outras metodologias
de análise. Neste contexto
7
Na expressão original “… can be effectively predicted by the Fibonacci sequence” (p. 223).
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“a melhor utilização dos números da sequência de Fibonacci é o de prever movimentos cíclicos futuros
irregulares baseados em movimentos passados. Os números da sequência de Fibonacci podem ser
aplicados a progressões das cotações de suporte e de resistência com base numa cotação inicial no
primeiro número da sequência após o que se prevê outra cotação de suporte ou de resistência” (p. 65).
Por outro lado, para os mesmos Chatterjee et al. (2002), citando Eng (1997) e Plummer
(1989, 1997), a utilização dos números da sequência de Fibonacci, de forma bem
sucedida, passa por conhecer o que se pretende prever num determinado mercado:
cotações de máximo, cotações de mínimo, níveis de suporte, níveis de resistência. E
acrescentam
“… posteriormente, num gráfico de cotações estas são analisadas até à identificação do primeiro
intervalo de cotações. Constitui o primeiro termo dos números da sequência de Fibonacci. Posto isto, os
traders podem desenhar uma nova linha de previsão de comprimento igual ao primeiro intervalo
identificado para identificação do próximo intervalo dos números da mesma sequência. Este processo
pode ser continuado com tantas interações quantas as que se desejarem. Uma vez definidas as linhas (de
Fibonacci), o trader profissional deverá socorrer-se de outras técnicas para proceder à confirmação das
suas previsões antes de tomar uma decisão sobre a próxima posição a constituir no mercado” (p. 66).
Eng (1997) apud Chatterjee et al. (2002), sublinha ainda que, a utilidade dos números
da sequência de Fibonacci e os Ciclos definidos com o auxílio dos mesmos são úteis na
presença de mercados com comportamentos irregulares encontrando-se estes Ciclos
ocultos na atividade da economia. Nesta circunstância, o melhor procedimento é o de “
… não forçar um ajustamento à atividade da economia mas antes recuar atrás no
tempo para averiguar quando o mercado foi mais previsível e utilizar esse momento do
tempo como ponto de partida” (p. 66).
De acordo ainda, com Bhattacharya e Kuldeep (2006), um dos conceitos que tem por
base os números da sequência de Fibonacci é o que é apelidado pelos mesmos de
Harmonic Trading. Trata-se de uma metodologia cuja finalidade é identificar ou
reconhecer padrões de cotações e números da sequência de Fibonacci de modo a
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da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Cumpre referir que, o conceito de Harmonic Trading, tem as suas raízes nos trabalhos
de Hurst (1973), apud Bhattacharya e Kuldeep (2006), de acordo com o qual “Os
períodos de ondas vizinhas nas cotações tendem a encontrarem-se relacionadas com
um pequeno número inteiro” (p. 223) o que, de acordo com Bhattacharya e Kuldeep
(2006), é o que se passa entre os padrões identificados e os números da sequência de
Fibonacci e que fornecem este número inteiro útil na determinação dos pontos de
inversão da tendência já aludida. A validação dos padrões referidos passa pelos ratios
entre números da sequência de Fibonacci para a validação dos mesmos (para além da
sua identificação).
“… um sistema de trading automático sofisticado e que se baseie num algoritmo de aprendizagem padrão
como, por exemplo, uma rede neural, pode ser concebido de acordo com os números da sequência de
Fibonacci, em que os vetores são os indicadores de análise técnica como os cruzamentos das médias
móveis exponenciais, rede neural essa que permite captar padrões repetitivos das cotações com utilidade
na previsão futura das mesmas. Todavia, são necessários mais testes para averiguar esta utilidade, na
prática” (p. 228).
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“Os resultados obtidos parecem corroborar o objetivo da análise técnica de acordo com o qual existe
alguma habilidade previsional associada aos números da sequência de Fibonacci utilizados como filtros
em sistemas de trading automáticos” (p. 229).
No entanto, tal não significa que, neste artigo, estes mesmos autores, tenham obtido
evidência empírica inequívoca. Sublinham que, estudos mais aprofundados e
abrangentes de outras áreas de investigação e do conhecimento científico são
necessários antes de ser apresentada qualquer conclusão eivada de maior certeza no
research referente à problemática da validade dos números da sequência de Fibonacci
como ferramenta útil na previsão das cotações (futuras) de valores mobiliários. Os
domínios deste research são definidos pelos autores como sendo as interrelações
topológicas e estatísticas dos números da sequência de Fibonacci.
Neste mesmo ponto de vista sobre a validade dos números da sequência de Fibonacci,
Chatterjee et al. (2002) opinam que, genericamente, a sua utilização e, portanto, a sua
utilidade, baseia-se na ideia de que “… o comportamento do mercado deve basear-se no
seu comportamento passado” (p. 66) o que vai no sentido contrário ao propalado por
outros autores com obras publicadas na mesma área.
Chen et al. (2007), por outro lado, apresentam uma investigação também ela
interessante que se insere na temática dos números da sequência de Fibonacci como
metodologia de previsão de cotações futuras de ações (ou de quaisquer outros valores
mobiliários). Em particular, aplicam estes números a fuzzy times series como método de
previsão mais apurada. Os autores concluem, a partir dos resultados das investigações
apresentadas, que esta metodologia permite prever melhor as cotações futuras. Contudo,
subsistem alguns desenvolvimentos que ainda se encontram por fazer, nomeadamente, o
de aplicar a mais valores mobiliários diferentes e, por conseguinte, a outros mercados, o
de simular o modelo apresentado por Chen et al. (2007) a outros mercados e averiguar
qual o resultado (lucros, supostamente) assim gerados pelas transações efetuadas e, por
último, o de considerar outros fatores que (segundo Chen et al. (2007)) determinam os
comportamentos das cotações dos valores mobiliários ___ os volumes transaccionados, a
informação financeira e outra, designadamente ___ .
32
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
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Ainda no âmbito dos comportamentos das cotações dos valores mobiliários, Fischer e
Fischer (2003), elencam uma série de estratégias de trading de valores mobiliários que
têm por base os números da sequência de Fibonacci. São elas as figuras de:
No que se refere às figuras de duplo topo e duplo fundo, porventura, o principal aspeto
a salientar prende-se com o facto de os sinais de trading de valores mobiliários
dependerem da dimensão do swing: se for pequena, as transações com perda são em
maior número. Pelo contrário, se for grande, ocorre precisamente o contrário. Associada
a esta evidência, de acordo com Fischer e Fischer (2003), existe o fator custos de
transação (vulgo comissões). Por outro lado, quanto maiores (menores) forem as
dimensões dos swings e maior (menor) também forem as volatilidades das cotações,
maiores (menores) também serão os lucros assim obtidos.
“… o mercado comporta-se não de uma forma aleatória, mas simétrica. Tal como já se tinha apercebido
Elliott, os movimentos das cotações dos mercados são como as marés, evoluem suavemente para a frente
e regressando para trás novamente” (p. 113).
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
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Com efeito, de acordo com os princípios subjacentes à Teoria das Ondas de Elliott, os
padrões das Ondas de Impulso e das Ondas de Correção, constituídos a partir das
cotações dos valores mobiliários, repetem-se na forma, no tempo e no comprimento,
sendo, por conseguinte, denominados de Ondas e daí a designação. Possuem ligações
entre si evoluindo de forma progressiva no tempo decorrendo deste facto a designação
The Wave Principle, pelo seu próprio autor, em 1938, disponibilizando uma espécie de
contexto no seio do qual se possibilita a análise e o estudo das cotações dos mercados
de valores mobiliários.
8
Em inglês time frame.
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Com efeito, da observação do Quadro 3., verificamos qual a amplitude temporal, numa
ordenação da maior para a menor, assumida por cada uma destas nove Ondas.
Verificamos, por conseguinte, que a Onda com a maior amplitude temporal é a Grande
Superciclo correspondendo a períodos de vários séculos, de acordo com Karthikeyan e
Chendrayan (2011, p. 3). De seguida, surge a Onda Superciclo a que, de acordo com
estes mesmos autores, correspondem períodos de várias décadas (de entre quarenta a
setenta anos). Por sua vez, surge a Ciclo variando a sua amplitude temporal entre o
mínimo de um ano e vários anos (sem número determinado) como aludem os mesmos
Karthikeyan e Chendrayan (2011). A Onda seguinte, é a Primária, de amplitude
temporal que varia entre alguns meses e dois anos, para os mesmos autores. Segue-se a
Onda Intermédia com a amplitude temporal desde, algumas semanas até a alguns
meses (também de número indeterminado). A Onda Minor, apenas é constituída por
alguns meses (igualmente sem número determinado), a Minuto por alguns dias na
mesma (sem se conhecer o seu número determinado), a Minuette por algumas horas
(sem número determinado) e, por fim, a Subminuette por vários minutos (também sem
número determinado), sendo que esta é a amplitude temporal mínima identificada por
Elliott.
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Por sua vez, como se pode constatar neste mesmo Quadro 3., cada um dos nove tipos de
Ondas, é decomposto em cinco Ondas de Impulso (Impulse Waves, denominadas pelos
números 1, 2, 3, 4 e 5) ou sub-Ondas e em três Ondas de Correção (Corrective Waves,
denominadas pelas letras minúsculas a, b e c) ou sub-Ondas. Se a tendência do mercado
do valor mobiliário for ascendente, as cinco Ondas de Impulso são ascendentes e as três
de Ondas de Correção são descendentes. Ao invés, se a tendência do mercado do valor
mobiliário for descendente, as cinco Ondas de Impulso são descendentes e as três Ondas
de Correção são ascendentes. Portanto, as Ondas de Impulso movem-se, sempre de
acordo com a tendência principal de evolução do mercado ao passo que as Ondas de
Correção movem-se sempre contra esta tendência principal (e daí que tenham a
designação de corretivas).
De uma forma visual, qualquer que seja a amplitude temporal das nove Ondas
consideradas, a Figura 9., mostra o aspeto integrado das Ondas de Impulso e das Ondas
de Correção em três amplitudes temporais diferentes.
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
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Outro aspeto crucial a ter em conta é o de que as Ondas mencionadas no Quadro 3.,
podem ser subdivididas de acordo com a ideia subjacente e visualizada na Figura 9.. De
facto, à medida que se desce de amplitude temporal considerada (por exemplo, passando
de uma amplitude temporal de um ano para outra de um mês) é sempre possível
subdividir cada Onda e desdobrar em outras menores obedecendo à mesma forma
estrutural. Este desdobramento possui duas caraterísticas notáveis:
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Assim, repara-se que, nesta Figura 11., a parte esquerda refere-se a um movimento do
mercado ascendente e a parte direita a um movimento descendente. No movimento
ascendente, na parte esquerda, temos uma Onda de Impulso assinalada com os números
de 1 a 5 dentro de um círculo, desdobrando-se em três sub-Ondas de Impulso entre
parênteses, de menor amplitude temporal, assinalados pelos números também de 1 a 5
correspondendo a outros tantos três sub-movimentos ascendentes. Por seu lado, as
Ondas de Correção, na mesma parte, desdobram-se em duas sub-Ondas assinaladas
entre parênteses pelas letras maiúsculas A, B e C a que correspondem dois sub-
movimentos descendentes. No movimento descendente, na parte direita, temos uma
Onda de Correção assinalada pelas letras A, B e C dentro de um círculo desdobrando-se
em duas Ondas de Impulso que também estão assinaladas pelos números de 1 a 5 entre
parênteses e numa Onda de Correção assinalada pelas letras A, B e C entre parênteses.
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
De uma forma geral, os mercados, isto é, as cotações dos valores mobiliários, possuem
um comportamento em Ciclos ou Ondas, de acordo com Elliott. Estas, basicamente, são
de dois tipos: Ondas de Impulso e Ondas de Correção. A soma destes dois, perfaz um
Ciclo ou Onda completa.
A estrutura básica de uma Onda completa é do tipo “5-3” o que coincide, saliente-se,
precisamente, com dois números da sequência de Fibonacci! Este facto advém, de
acordo com Frost e Prechter (2003, p. 26), de
“ser o mínimo requisito para e portanto o mais eficiente método de alcançar quer a flutuação quer o
progresso num movimento linear. Uma Onda só, não permite flutuação. As mais pequenas subdivisões
para criar flutuação são três ondas. Três ondas (de dimensão não definida) em ambas as direções não
permitem progresso. Para progredir numa direção não obstante os períodos de regresso, movimentos na
direção da tendência principal deverão ser, no mínimo, cinco Ondas, para cobrir simplesmente mais
âmbito do que as três Ondas e continuar ainda em flutuação. Ainda que possam existir mais do que estas,
a forma mais eficiente de assinalar o progresso é «5-3»…”.
9
Consiste num objecto geométrico cuja estrutura pode ser dividida em partes (sub-objectos) que
reproduzem o objecto original.
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Tanto se podem interpretar como o conjunto das cinco constituir uma só formada por
cinco sub-Ondas (ou fases) dentro da mesma Onda como considerar sendo cinco sub-
Ondas que apenas têm sentido no conjunto das cinco agregadas e não individualmente
desligadas umas das outras.
De uma forma geral, pode-se dizer que, os números de 1 a 5 constituem como que uma
só Onda constituída por cinco sub-Ondas. Pela Figura 12., observa-se a configuração
típica de uma Onda de Impulso.
10
De realçar que, Chatterjee et al. (2002, p. 69), as expressões anglo-saxónicas Impulse Waves e a
expressão Impulsive Waves, são empregues com o mesmo significado de Ondas de Impulso. Por outro
lado, Frost e Prechter (2003, p. 30), utilizam a expressão Motive Waves no sentido de Ondas de Impulso e
Impulse Wave, na mesma página 30, noutra aceção. Aquela que será utilizada por nós é a referida no
título desta Seção e que origina este esclarecimento em nota de rodapé.
11
Mas, registe-se que, estes dois autores apelidam e utilizam a expressão Motive Waves e nós Ondas de
Impulso.
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Figura 12. - Ilustração das Cinco Ondas de Impulso, de uma Amplitude Temporal Maior
(Lado Esquerdo) para uma Menor (Lado Direito)
No lado esquerdo da Figura 12., verifica-se que estão presentes os cinco números (de 1
a 5) das outras tantas cinco sub-Ondas que a caraterizam. Por conseguinte, desde o
início até ao número 1, temos a primeira sub-Onda. De 1 a 2, temos a segunda sub-
Onda. De 2 a 3 observa-se a terceira sub-Onda e, de 3 para 4, a quarta sub-Onda e, por
fim, de 4 para 5, a quinta sub-Onda.
Destaca-se um pormenor importante: nestas cinco sub-Ondas, duas (da sub-Onda 1 para
a 2 e da sub-Onda 3 para a 4) são sub-Ondas de Correção dentro das sub-Ondas de
Impulso.
Por seu turno, do lado direito da mesma Figura 12., temos a mesma Onda do lado
esquerdo mas, com uma amplitude temporal de cada sub-Onda menor12 o que se traduz
no facto de, cada uma das cinco sub-Ondas, se desagregar em outras de menor
amplitude temporal. Deste modo, desde o início até (1) temos outras tantas cinco sub-
Ondas de Impulso. De (1) até (2) temos três sub-Ondas de Correção. De (2) para (3),
temos outras tantas cinco sub-Ondas de Impulso, para, de (3) para (4), voltarmos a ter
outras três sub-Ondas de Correção e, finalmente, esta desagregação conclui-se de (4)
para (5) com as últimas cinco sub-Ondas de Impulso.
12
Significa que cada sub-Onda tem uma unidade de tempo, referencial temporal, mais pequeno e daí que
seja menor para cada uma das sub-Ondas resultantes.
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Saliente-se que, originalmente, Elliott, não definiu o sentido de evolução destas sub-
Ondas e qual o seu comprimento, residindo neste aspeto, porventura, a principal
dificuldade na sua utilização com fins previsionais da evolução das cotações de valores
mobiliários.
No contexto das Ondas de Impulso, foram introduzidas por Elliott, três tipos de formas
típicas de acordo com Chatterjee et al. (2002, p. 70):
Tal como já sucedia com as Ondas de Impulso, a sua interpretação tanto pode ser no
sentido de conjunto das três sub-Ondas dentro da mesma Onda (formando uma só)
como no sentido de três sub-Ondas que apenas têm significado se se considerarem as
três agregadas e não individualmente sem qualquer conexão entre as mesmas.
Genericamente as letras A, B e C constituem uma única Onda formada por três sub-
Ondas. Da observação da Figura 13., resulta a visualização da estrutura típica assumida
por uma Onda de Correção.
46
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Figura 13. - Ilustração das Três Ondas de Correção, de uma Amplitude Temporal Maior
(Lado Esquerdo) para uma Menor (Lado Direito)
Autores como Chatterjee et al. (2002, p. 70) constataram que, estas Ondas possuem
algumas particularidades. As Ondas (a) e (c) são sub-Ondas que se movem na direção
contrária da tendência ao passo que a (b) move-se na mesma direção. De uma forma
genérica, são seis as formas possíveis assumidas pelas sub-Ondas de Correção:
no seu comprimento, é apelidado de duplo Zigzag. Por vezes, diz-se que a totalidade das
sub-Ondas (a), (b) e (c) constituem um padrão 5-3-5 ou um Zigzag;
Flat: o padrão estrutural subjacente é 3-3-5 e a sub-Onda (b) possui
dimensão igual à sub-Onda (a). A sub-Onda (b) reproduz (retraces na expressão
utilizada por Chatterjee et al. (2002, p. 70)) na totalidade, toda a sub-Onda (a) e esta
decompõe-se em três sub-Ondas de Correção. A sub-Onda (c), pode não terminar para
além do fim da (a);
Irregular: é um padrão do tipo 3-3-5 em que a sub-Onda (b) é maior do
que a (a). A sub-Onda (b) reproduz mais do que a totalidade da sub-Onda (a), dividindo-
se em três sub-Ondas de Correção. A sub-Onda (c) conhece o seu término para além do
fim da sub-Onda (a);
Triângulo Horizontal (Horizontal Triangle): trata-se de um padrão do
tipo 3-3-3-3-3 ou (a)-(b)-(c)-(d)-(e). Desenvolve-se frequentemente após um acentuado
movimento no mercado, isto é, após cinco sub-Ondas de Correção segue-se a sub-
divisão em outras três sub-Ondas de Correção;
Três Duplos (Double Three): é um padrão duplo do tipo (a)-(b)-(c) que é
ligado por uma sub-Onda de Correção. Trata-se de uma forma de Onda Corretiva,
prolongada, que se move na direção da tendência principal e pode ser subdividida em
três sub-Ondas de Correção;
Três Triplos (Triple Three): é um padrão triplo do tipo (a)-(b)-(c),
composto por três formas que se ligam por duas sub-Ondas de Correção. É o padrão
mais lato que é possível formar composto por três sub-Ondas de Correção separadas.
Em consonância com o que afirmam Chatterjee et al. (2002, p. 69), podem ser
elencados um conjunto de regras a que deve obedecer a deteção e contagem (definição e
desenho) das Ondas de Elliott. Estes autores, identificam quatro regras:
Dentro das Ondas de Impulso e no âmbito de uma tendência ascendente do
mercado, a sub-Onda 2 não deve quebrar abaixo do início da sub-Onda 1;
48
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Outro autor, Calaça (2008), introduz mais alguns aspetos a ter em conta na deteção e
contagem destas Ondas de Elliott. Com efeito, as extensões das sub-Ondas 3 e 5 são,
sempre, maiores ou iguais, à da sub-Onda 1. Por outro lado, verificando-se aquelas
(uma ou outra) a extensão encontrada é um número da sequência de Fibonacci. No caso
da extensão da sub-Onda 3 ser superior à da sub-Onda 1, a sub-Onda 5 possui extensão
idêntica à da 1. O mesmo sucede se a sub-Onda 5 for maior do que a sub-Onda 1: a da 3
é igual à da 1.
Para a deteção da segunda sub-Onda, tem que se definir o ponto de início (dentro de um
dos possíveis) e considerar as percentagens associadas aos números da sequência de
Fibonacci. Uma das percentagens é marcada ao nível do possível ponto de início e a
outra ao nível do possível ponto de fim. A sub-Onda 2 não pode ter um comprimento,
para Calaça (2008), inferior ao da sub-Onda 1 pelo que se conclui que esta não pode
descer para um nível inferior ao daquela, embora possua Zigzags. Na sub-Onda que
evidencia um movimento contrário (de descida ou de subida) ao da primeira sub-Onda
(de subida ou de descida, respetivamente), é necessário conhecer se esta inversão de
tendência, da segunda para a primeira sub-Onda, se observa nos níveis de Fibonacci
(nos retracement) 78,6%, 68,2%, 50%, 38,2%, 23,6%. Neste caso, as duas sub-Ondas,
provavelmente, serão a 1 e a 2 de Elliott. É nos níveis 38,2%, 50% e 68,2% que se dá a
inversão de tendência para Calaça (2008) sendo muito raro uma percentagem superior.
49
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Caso seja, e maior do que 100%, então, as duas sub-Ondas são de Correção e o ponto de
início da sub-Onda 1 está errado.
Por seu lado, para a quarta sub-Onda, utiliza-se o procedimento análogo para detetar a
sub-Onda 2 mas, com base na sub-Onda 3: verifica-se se a sub-Onda com movimento
contrário ao da sub-Onda 3, possui o ponto de inflexão nos níveis de Fibonacci
apresentados. De modo geral, a sub-Onda 4 possui um movimento descendente
constante sem zigzags e, se a sub-Onda 2 não possuir, a 4 possui, geralmente.
Por fim, para determinar a quinta sub-Onda, procede-se de forma equiparada à da sub-
Onda 3, tomando como referência a sub-Onda 3. O comprimento da quinta sub-Onda,
deverá ser igual ou superior ao da sub-Onda 1. Se assim for, recorrendo aos números da
sequência de Fibonacci e se coincidir com um deles, é identificada como sendo a quinta
sub-Onda.
Entre dois números consecutivos mas, alternados, o limite para que tende o mesmo ratio
é de 2,618 e o inverso deste é de 0,382. Podem-se calcular outros ratios dos números da
50
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
A utilidade destes números reside no facto de, ser a partir deles, que se definem os
pontos de inversão da tendência do mercado, de subida ou de descida da cotação de um
valor mobiliário, ou seja, da definição de um nível de suporte ou nível de resistência
de uma cotação, útil para determinar o sentido de evolução de uma Onda de Elliott, seja
ela no âmbito de Ondas de Impulso seja no âmbito de Ondas de Correção. Estes pontos
calculados a partir do Golden ratio, permitem calcular as percentagens (de inversão de
tendência, supostamente): ao ponto 0,236 (23,6%), a 0,382 (38,2%), a 0,5 (50%), a
0,618 (61,8%), a 0,786 (78,6%), a 1,272 (127,6%), a 1,618 (161,8%), a 2,618 (261,8%)
e assim sucessivamente.
Magazzino et al. (2012) apresentam uma abordagem da Teoria das Ondas de Elliott
assaz pertinente: procuram indagar da pertinência da mesma e da sua aplicabilidade no
contexto da (atual) crise financeira internacional (em particular da dívida soberana) que,
desde 2008, se tem feito sentir no Mundo em geral e se prolonga até aos anos de 2012 e
2013.
13
Que são, recorde-se, por ordem crescente, 23,6%, 38,2%, 50%, 68,2%, 78,6% ou 100%, e assim
sucessivamente (ver Seção II.5.), do Capítulo II..
14
O denominador do ratio a diminuir.
51
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Elliott em torno de quatro princípios essenciais: uma ação é seguida de uma reação; as
Ondas de Impulso (Impulse Waves) subdividem-se em cinco Ondas de menor grau e as
Ondas de Correção (Corrective Waves), por seu lado, subdividem-se em três Ondas
menores; um Ciclo completo é formado por oito Ondas (cinco de subida e três de
descida); a amplitude temporal a que se referem os padrões gráficos de comportamento,
não é relevante.
Também Elliott é da opinião, de acordo com Magazzino et al. (2012) que, muito
embora, as cotações sejam influenciadas por uma psicologia coletiva, as cotações dos
valores mobiliários são transacionadas em Ciclos repetitivos baseados nas regras da
Física – uma ação (na aceção de movimento num determinado sentido) é seguida de
uma reação (aceção de movimento em sentido oposto). Este aspeto, implicitamente,
evidencia que os indicadores de análise técnica de valores mobiliários baseiam-se nestes
Ciclos. Numa fase de euforia nos mercados de valores mobiliários, aumenta a procura,
desce a oferta e sobem as cotações, o que constitui a ação. Por seu lado, quando a oferta
aumenta, a procura desce e as cotações também descem, o que constitui a reação. De
uma forma combinada, ambas formam como que uma Onda, constituindo um padrão
que, se for interpretado corretamente, tem o condão de poder prever a evolução futura
da cotação, no limite, de um qualquer valor mobiliário e, em particular, de uma ação.
Casti (2002) comunga desta ideia ao defender que os mercados de valores mobiliários
refletem as crenças colectivas dos seus intervenientes (em especial relativamente ao
devir). A ação, na terminologia de Casti (2002), corresponde a momentos de otimismo
e a reação a momentos de pessimismo. Karthikeyan e Chendrayan (2011) corroboram o
mesmo ponto de vista de acordo com o qual, os mercados comportam-se como se
comportam os seus intervenientes de forma coletiva, oscilando entre um extremo de
disposição pessimista (bed mood) e outro extremo de disposição otimista (good mood).
São estas disposições que estão na base dos movimentos do mercado, variando na
amplitude temporal.
15
Com o denominador do ratio a aumentar.
52
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
De acordo com os autores, Magazzino et al. (2012), Elliott olhava para o mercado como
um local onde a mentalidade coletiva, incluindo os traders de valores mobiliários,
seguiam Ciclos de otimismo e de pessimismo o que tornava os movimentos do mercado
uma sequência de subidas e descidas, previsíveis. Segundo os mesmos, os padrões
gráficos, para Elliott, tinham a caraterística batizada posteriormente por fractal18 que
materializa o desdobramento das Ondas referidas anteriormente. Este desdobramento é
feito de acordo com a ideia associada às figuras fractais e, coincide com a subdivisão
em amplitudes temporais menores respeitando, sempre, o mesmo padrão de
comportamento da cotação em questão (de subida ou de descida).
Elliott aplicou a Teoria dos fractais à sua Teoria das Ondas de Elliott para efetuar
previsões de movimentos do mercado. Chatterjee et al. (2002), a este propósito,
explicitam de forma mais circunstanciada este aspeto de superior importância para a
compreensão desta Teoria. Com efeito, o caráter fractal associado às referidas Ondas,
observável em gráficos de cotações, exprime-se no facto de cada Onda se subdividir
noutras Ondas iguais à que lhe deu origem mas de menor amplitude temporal. O já
16
Esta sigla significa Dow Jones Industrial Average.
17
Que são, recorde-se, 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89 e assim por diante até ao infinito.
18
Ver definição na nota de rodapé número 9.
53
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
citado Casti (2002) a este propósito afirma que existem nove tipos de Ondas: desde as
referidas às amplitudes temporais medidas em séculos, até às amplitudes temporais
medidas em minutos, passando por anos, meses, semanas, dias e horas. Estas Ondas são
independentes da amplitude temporal considerada, quanto aos seus tipos básicos
referidos. O mesmo Casti (2002, p. 15) refere que
Por outro lado, Chatterjee et al. (2002), referem, na mesma senda que
“o mais longo Ciclo da Teoria das Ondas de Elliott denomina-se de Grande Superciclo. Por sua vez,
cada Grande Superciclo pode subdividir-se em oito Superciclos (cinco de Impulso e três de Correção) e,
por seu lado, cada um destes, em oito Ciclos ou Ondas. Este processo desenvolve-se de forma sucessiva
formando Ondas denominadas de Primárias, Intermédias, de hora em hora, de minuto em minuto e de
sub-minuto em sub-minuto” (p. 68).
Ainda a propósito da Teoria das Ondas de Elliott, Magazzino et al. (2012) realçam a sua
principal virtualidade: o seu poder de previsão futura da evolução das cotações nos
mercados de valores mobiliários. Para que este poder de previsão se torne uma
realidade, é condição necessária e suficiente o simples conhecimento das cinco mais três
Ondas de Elliott. Uma vez conhecidas estas, estão reunidas as condições para identificar
o início de um Ciclo, seja de subida seja de descida, do mercado. É justamente aqui que
reside o busílis da questão: como identificar e contar as referidas cinco mais três Ondas?
De facto, constata-se que existem muitas Ondas cujas formas não se compaginam com
as Ondas de Elliott típicas o que exige a um investidor uma considerável experiência
(para além de qualificações) para a sua identificação. Contudo, os mesmos Magazzino
et al. (2012, p. 103) advogam que o domínio dos princípios subjacentes à Teoria das
Ondas de Elliott é, só por si, o suficiente para garantir a eficácia na identificação aludida
revelando-se superior à análise técnica tradicional.
55
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
caraterísticas das mesmas. Estes dizem respeito ao FTSE MIB19, referente ao período de
dezembro de 2009 a janeiro de 2012 e que está patente na Figura 14..
Figura 14. - Índice de Cotações de Ações FTSE MIB, de dezembro de 2009 a janeiro de
2012
19
A sigla MIB, significa Milano Italia Borsa e FTSE, refere-se ao facto de esta estar integrada no FTSE
Group.
56
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
De acordo com a análise efetuada por Magazzino et al. (2012) da aplicação da Teoria
das Ondas de Elliott a um índice de ações, concretamente, o S&P 500, chega-se a um
conjunto de factos relevantes. De acordo com o exibido na Figura 15., temos a evolução
deste índice no período de agosto de 2009 a junho de 2011 objeto da referida análise.
57
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
No que se refere à contagem das Ondas são realçados três aspetos fundamentais:
___
Observa-se um ponto máximo, em 26 de abril de 2010 em 1219 pontos
de índice ___ que mais não é do que o máximo da Onda A (Top of the Wave A);
De igual modo, também se observa um ponto mínimo em 1 de julho de
___
2010 nos 1010 pontos de índice ___ sendo a Onda B, dividida em três sub-Ondas;
___ ___
O máximo atingido em maio de 2011 nos 1371 pontos de índice ,
pode ser visto como a Onda C (dividida em cinco sub-Ondas). Esta, marca o termo do
Ciclo de Bull Market, de 2009 a 2011.
58
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
(duzentos dias). Concluem, mais do que pela sua adequabilidade, pelo seu suporte na e
com a realidade (de forma consistente). Este suporte, baseou-se no facto de estes autores
terem logrado obter evidência empírica de predominância dos padrões constitutivos da
Teoria superior àquilo que era esperado pelos mesmos.
“… muitas das companhias estudadas exibiram os padrões das Ondas de Elliott, contudo, algumas das
mesmas não exibiram os padrões pelo que a controvérsia sobre esta Teoria não está completamente
ultrapassada no setor industrial indiano” (p. 32).
Magazzino et al. (2012) concluem que, se a Teoria das Ondas de Elliott, interpretar o
comportamento dos mercados de forma correta e, se se recorrer às estatísticas diárias
sobre o crescimento do produto e desemprego, designadamente, e analisando alguns
59
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
“Uma vez que os investidores consigam identificar que Onda se vai formar num movimento futuro do
mercado, a previsão do comportamento futuro do mercado pode ser efetuada com precisão. Contudo, o
conhecimento dos padrões de Ondas históricos que tenham ocorrido no mercado e a experiência na
contagem das Ondas são de suprema importância para o rigor desta previsão” (p. 71).
20
Na terminologia anglo-saxónica Leading Indicators.
60
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Na análise dos autores, Magazzino et al. (2012), a evolução dos primeiros cinco meses
de 2012, será mais turbulenta mesmo que se registe uma fase de tendência ligeira de
subida do mercado até maio de 2012. O que se prevê é um crash dos mercados
financeiros (sem especificar mais nada), a que um cenário de bancarrota da Grécia,
conduzirá a uma tendência descendente do mercado mais acentuada. E à guisa de
conclusão, Chatterjee et al. (2002, p. 71) referem que a Teoria das Ondas de Elliott
“reitera o princípio do senso comum segundo o qual os mercados nunca evoluem numa
única direção”.
61
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Por outro lado, constitui de igual modo, o nosso problema de investigação da Tese de
Dissertação de Mestrado: aquilatar a que resultados somos conduzidos se, num período
amostral definido, aplicarmos a Teoria das Ondas de Elliott, com a ajuda do Software
específico, neste caso, o Elliott Wave (Versão 9.5.). Por isso, este Capítulo é o mais
importante porque dá conta apropriada sobre o mesmo.
Estas razões constituem, em conjunto, uma motivação acrescida para uma análise
científica com o auxílio de Software apropriado, o Software Elliott Wave (Versão 9.5.).
62
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
mesmo dita em termos de principais notas dominantes. Trata-se de uma Seção que se
reveste de toda a importância, especificamente dentro deste Capítulo e, globalmente, no
conjunto da Tese de Dissertação de Mestrado, pois permite evidenciar o que um
programa específico permite obter na prática conhecendo a sua utilidade enquanto
ferramenta específica aplicada;
No que se refere à terceira Seção, IV.3., subordinada ao título Resultados
Obtidos, apresentam-se os resultados em concreto acompanhados de uma análise mais
cuidada, mas individualmente;
Por fim, na quarta Seção, IV.4., Previsões, Estratégias Alternativas e
Comparações dos Resultados, os resultados comparados e individuais em termos de
rendibilidade e risco de quatro estratégias possíveis para o primeiro semestre de 2011,
retirando a utilidade do Software ex-ante com efeitos ex-post.
Por exemplo, no caso da cotação da ação do BCP trata-se de uma ação que chegou a
estar cotada acima dos 4 صno ano de 2007 (precisamente um ano antes do eclodir da
crise de 2008) e, em 2012, atingiu um mínimo de 0,073 صe, neste mesmo ano, outro
63
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
No Gráfico 1., podemos ver a evolução registada pelas cotações da ação do BCP no
período aludido.
i….
Pela observação do Gráfico 1., podemos, grosso modo, constatar que existem seis fases
na evolução comportamental da cotação da ação do BCP. Uma primeira fase
descendente até março de 2009. Depois encontramos uma segunda fase ascendente,
desde esta data até final de maio de 2009 após o que a ação anda de lado durante um a
dois meses. Numa terceira fase, com início em junho de 2009 e que se prolonga até
outubro (novembro) de 2009, as cotações da ação voltam a subir atingindo um pico em
torno de 1,06 ص. Sucede, de seguida, uma quarta fase, que se prolonga até março de
2010 com duas descidas e duas subidas terminando em 0,81 ص. Logo de seguida, ainda
temos uma quinta fase, até maio de 2010, de queda abruta, até 0,63 صpara, depois, se
situar, numa sexta fase, em oscilação dentro do intervalo 0,585 صe 0,675 صsem força de
subida.
21
[(0,073 € / 4 €) - 1] × 100 = - 98,175% o que significa, aproximadamente, 98%. Se considerarmos a
cotação de partida de 4 صe a de chegada de 0,073 ص.
64
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
No que se refere à cotação da ação do BES, cumpre apresentar a mesma análise por
forma a se conhecer a evolução observada no período em análise de 1 de janeiro de
2009 até 31 de dezembro de 2010. O Gráfico 2., dá-nos conta cabal desta trajetória de
forma concludente.
Constata-se pela observação do Gráfico 2., que igualmente também se podem perscrutar
cinco fases de evolução da cotação da ação do BES no período em causa: numa
primeira fase a cotação conhece uma descida desde os 6,65 صem janeiro de 2009 até
cerca de 3,15 صem março deste mesmo ano. Numa segunda fase, há uma recuperação
até aos 5,25 صocorrida em meados de outubro para, numa terceira fase, voltar a descer
até aos 3,15 صjá em 2010 por volta de abril. Deste então, a ação ainda conhece uma
quarta fase de ligeira recuperação até aos 3,85 صpara, numa quinta fase, perder força e
descer caindo até aos 2,8 ص.
22
Ver nota de rodapé anterior.
65
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Por seu lado, ainda temos, exibido no Gráfico 3., o comportamento observado da
cotação da ação do BPI, também no período já referido. Este Gráfico 3., indica
visualmente a trajetória que o valor mobiliário conheceu no período.
Gráfico 3. - Comportamento das Cotações da Ação do BPI de 2009 a 2010 num Gráfico
de Linhas
A constatação do Gráfico 3., evidencia sete fases notórias: uma primeira fase que vai
desde janeiro de 2009 até março, sensivelmente, em que a cotação desce, desde os 1,8 ص
até aos 1,4 ص. Depois, observa-se uma segunda fase ascendente que vai até,
sensivelmente, meados do mês de maio em que a cotação atinge 2,1 ص. De maio até fim
de junho de 2009, numa terceira fase, nova fase descendente até 1,8 ص. De junho até
outubro, numa quarta fase, mais uma fase ascendente até 2,5 ص. Numa quinta fase
descendente, a cotação desce de outubro até ao início de maio de 2010, de 2,5 صaté 1,5
ص. Volvidos dois a três meses, numa sexta fase, a cotação da ação do BPI sobe até 1,8 ص,
de maio até agosto de 2010 e, por último, numa sétima fase, desce até 1,4 ص, de agosto a
dezembro de 2010.
23
[(2,8 € / 6,65 €) - 1] × 100 = - 57,89%, aproximadamente, 57%.
66
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
De uma forma global, observa-se nos Gráficos 4., 5. e 6., os outputs mais importantes
extraídos das análises e tratamentos gerados pelo Software.
Em termos de resultados, a ideia central, que é comum aos três Gráficos, é a de saber se
a Teoria das Ondas de Elliott, exposta no Capítulo III., de algum modo, se encontra
plasmada nos mesmos. Os princípios básicos então expostos, isto é, a estrutura básica
das Ondas, em que num movimento ascendente do mercado temos cinco Ondas de
Impulso a subir e três Ondas de Correção a descer e, inversamente, num movimento
descendente do mercado, temos cinco Ondas de Impulso a descer e três Ondas de
Correção a subir, é de esperar que se obtenha esta descrição nos Gráficos gerados com a
contagem das Ondas dos dois tipos e no contexto de cada um dos movimentos –
ascendente e descendente. E nas três cotações das três ações: BCP, BES e BPI nos anos
de 2009 e de 2010 (o período amostral).
Mas, como se pode constatar pela observação dos Gráficos, o Software Elliott Wave
(Versão 9.5.), possui uma utilidade adicional não negligenciável: nos três Gráficos,
24
[(1,4 € / 2,5 €) – 1] × 100 = - 44%.
67
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
apresenta uma previsão das cotações para os seis meses seguintes ao do período
amostral, isto é, após dezembro de 2010, o que possibilita tomar decisões de comprar ou
não comprar a ação (caso não se possua) e de vender com prejuízo ou não a vender. No
fundo, permite ao trader de valores mobiliários, tomar decisões sobre abertura ou fecho
de posições longas e curtas, ex-ante com efeitos ex-post, no pressuposto de que as
previsões são credíveis. Por conseguinte, pode-se afirmar que, é neste aspeto que,
porventura, se encontra uma das maiores virtualidades do Software e que é tratado
devidamente na análise dos Resultados Obtidos, na Seção IV.3..
Por outro lado, também se pode constatar que, nesta Seção, Principais Tendências
Evidenciadas, se pode aquilatar do modo como se formam as Ondas de Elliott, a sua
eventual clareza e identificação de acordo com o preceituado na Teoria, visto ser este
aspeto um dos óbices de aplicação profícua da mesma. De realçar que, apenas foi
descrita por Elliott a estrutura básica das Ondas sem especificar o comprimento de cada
sub-Onda, seja qual for a tendência do mercado, ascendente ou descendente. Não terá
sido por mero acaso que a Teoria das Ondas de Elliott se cingiu a tal. Com efeito, o
comprimento de cada sub-Onda é variável, não apenas na amplitude temporal como
também assume um comprimento diferente de mercado para mercado e, dentro deste, de
valor mobiliário para valor mobiliário. Daí que esta particularidade assuma uma feição
eminentemente subjetiva e relativa à amplitude temporal, ao mercado e ao valor
mobiliário. É nesta complexidade que reside uma das virtualidades da Teoria,
___ ___
requerendo, experiência, habilidade e intuição pessoal na sua aplicação. O
Software de análise, constitui uma ferramenta de auxílio neste contexto.
68
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Em termos operacionais este Gráfico 4., é obtido via definição numa caixa de diálogo,
das cotações de abertura, fecho, máximo, mínimo e quantidade transacionada.
Carregando em OK, após uns breves instantes (sensivelmente, 15 a 20 segundos) gera-
se o Gráfico 4. e, um quadro denominado de Sumário de Inspeção (Summary Inspector)
surgindo tudo no mesmo ecrã, simultaneamente.
O Gráfico 4., exibe o output do Software após o uploading das cotações dos anos de
2009 e 2010. Após este, o Software gera este Gráfico de linhas com os números e as
letras das Ondas, da Teoria das Ondas de Elliott, definidos pelo mesmo Software Elliott
Wave (Versão 9.5.). Adicionalmente, o Sumário de Inspeção (tratado mais adiante na
Seção IV.3.2.) é gerado no ecrã logo abaixo do eixo onde se exibem as datas.
De salientar que, no Gráfico surgem as previsões das cotações para os primeiros seis
meses seguintes a 31 de dezembro de 2010, ou seja, o primeiro semestre de 2011, o que
incute a virtualidade de o próprio Software gerar como que uma previsão ex-ante para
um período ex-post das cotações da ação do BCP.
69
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Gráfico 4. - Output Após Análise Obtida no Software Elliott Wave (Versão 9.5.) da Cotação da Ação do BCP (2009 a 2010)
Fonte: Construção no Software Elliott Wave (Versão 9.5.), a partir das cotações da ação do BCP, no período de 2 de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de
2010. A extração deste output foi efetuada em 9 de julho de 2013.
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da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Globalmente, a observação do Gráfico 4., conjugada com a do Gráfico 1., patenteia que a
evolução da cotação da ação do BCP foi no sentido de acentuada queda em 2009 e 2010,
intercalada com períodos de ligeira recuperação. Constata-se que, no Gráfico 4., visto como
um todo, a evolução da cotação da ação do BCP, tal como seria de esperar, segue quase de
forma decalcada, a evolução observada patente no Gráfico 1.. Portanto, possui as mesmas
seis fases na evolução do seu comportamento no período amostral.
Mas, adicionalmente, possui acoplado, as Ondas veiculadas pela Teoria subjacente das
Ondas de Elliott. Assim, numa primeira fase, desde janeiro até março de 2009, constata-se
uma tendência descendente da cotação da ação do BCP que coincide com uma Onda de
Impulso no âmbito desta tendência descendente do mercado. Com efeito, verificamos que
estão presentes as cinco fases típicas caraterísticas desta Onda (1-2-3-4-5). No entanto,
ainda relativamente à primeira fase, não são reproduzidas, nem se quer, aproximadamente,
as sub-Ondas, assinaladas pelos números a cor verde, nem na forma, sobretudo, nem no
comprimento. Por outro lado, das sub-Ondas 2 para a 3 e, desta para a 4, a sub-Onda 3
constitui uma quebra cuja explicação não surge de forma imediata. Seria mais lógico que, a
partir da sub-Onda 2 onde está a sub-Onda 4 se situasse a 3, o que não se verifica. Contudo,
numa análise mais detalhada, pode constatar-se que, assinaladas pelos números a cor-de-
rosa, temos os números quatro e cinco o que significa que se trata das duas últimas sub-
Ondas de Impulso, no âmbito de uma tendência descendente do mercado. Mais
precisamente, o fim da sub-Onda 4 e toda a sub-Onda 5. Assim, a interpretação a fazer é a
de que, nesta primeira fase, a cor-de-rosa, temos exibido pelo Software, as Ondas de Elliott
numa amplitude temporal, igual ou superior ao mês, ao passo que, a cor verde, uma inferior
(semanal, diária, )ر, sem uma confirmação inequívoca.
Mas, e já numa segunda fase, desde esta data até maio de 2009, volta-se a conhecer uma
nova Onda com caraterísticas de Onda de Impulso (ao contrário do que propaga a Teoria).
Não há dúvida a este respeito pelo facto de os números de um a cinco estarem assinalados
no Gráfico 4.. Por conseguinte, em lugar de haver uma Onda de Correção com três fases,
como teoricamente seria de esperar, observa-se uma nova Onda de Impulso ou, então, uma
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da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Onda de Impulso com o perfil como se de uma de Onda de Correção se tratasse. Saliente-se
que, no que é atinente a esta segunda fase, após um ligeiro hiato de indefinição, constata-se
que, com os números a cor verde, a estrutura das sub-Ondas de Impulso, em particular, na
sua forma, estão mais de acordo com o preconizado pela Teoria subjacente. Em concreto,
no que diz respeito ao comprimento, o da sub-Onda 2 para 3 e da 4 para a 5, apresenta uma
magnitude superior às restantes. Esta particularidade, realça o pormenor da existência de
alguma heterogeneidade da estrutura típica. Por seu turno, no que é referenciado a cor-de-
rosa, é de assinalar que, desde o fim da sub-Onda da fase antecedente até ao fim da última
Onda desta fase (sub-Onda 5), temos como que a primeira fase de uma sub-Onda de
Correção, isto é, de 5 a A. Tal assim é se nos situarmos no âmbito de uma amplitude
temporal mensal, de março até maio de 2009.
De sublinhar que, tanto na primeira fase, de janeiro até março de 2009 como na segunda, de
março até maio de 2009, o padrão típico das Ondas de Impulso, propalado pela Teoria das
Ondas de Elliott, à exceção da numeração, é replicado em qualquer uma das duas fases.
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a estrutura típica de uma Onda de Correção mas também o comprimento de cada uma das
três aparece dissonante com a estrutura teórica esperada em especial de B para C.
Num quinta fase, desde março até fim de abril de 2010, pode-se aquilatar uma fase de
descida sem qualquer correspondência com uma estrutura de Onda de Correção.
Numa sexta e última fase, desde o final de abril até dezembro de 2010, observa-se, de
igual modo, uma tendência indefinida no que se refere às Ondas de Elliott em que o
comportamento se traduz por um andamento do tipo a andar de lado.
Por fim, registe-se o facto de o programa, exibir umas previsões prospetivas para o
primeiro semestre de 2011, com base nas cotações da ação do BCP nos anos 2009 e 2010.
Assim, a cor verde, sugere as cotações, num movimento do mercado descendente, de entre
[0,684 ; ص0,73 ( ]صnuma ótica de curto prazo – de 2 de janeiro de 2011 até à terceira
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da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Tal como, analogamente, ao que já ocorreu com a cotação da ação do BCP na Seção
antecedente, temos o correspondente Gráfico 5., para a cotação da ação do BES. É obtido
de forma em tudo semelhante, via definição numa caixa de diálogo, das cotações de
abertura, fecho, máximo, mínimo e quantidade transacionada. Após esta definição, carrega-
se em OK, e uns breves instantes após (15 a 20 segundos), é gerado o Gráfico 5.. Acrescido
de um quadro apelidado de Sumário de Inspeção (Summary Inspector) no mesmo ecrã ao
mesmo tempo.
O Gráfico 5., exibe o output do Software após o uploading das cotações dos anos de 2009 e
2010. O Gráfico que é gerado neste Software é o de linhas com os números e as letras das
Ondas, da Teoria das Ondas de Elliott, definidos pelo mesmo Software acrescendo, no
mesmo ecrã, o Sumário de Inspeção, abaixo do eixo com as datas (tratado mais adiante na
Seção IV.3.3.).
No Gráfico surgem as previsões das cotações para os primeiros seis meses após 31 de
dezembro de 2010, primeiro semestre de 2011, traduzindo a virtualidade de o Software
gerar uma previsão ex-ante para um período ex-post das cotações da ação do BES.
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Gráfico 5. - Output Após Análise Obtida no Software Elliott Wave (Versão 9.5.) da Cotação da Ação do BES (2009 a 2010)
Fonte: Construção no Software Elliott Wave (Versão 9.5.), a partir das cotações da ação do BES, no período de 2 de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de
2010. A extração deste output foi efetuada em 9 de julho de 2013.
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da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Por seu lado, da observação do Gráfico 5., e tendo em conta o conteúdo do Gráfico 2.,
globalmente, também se verifica que, nos anos de 2009 e 2010, a cotação da ação do BES
conheceu uma trajetória de acentuada queda. De facto, tal como se constatou na análise da
cotação da ação do BCP, da observação do Gráfico 5., também se vislumbra esta queda
com períodos de ligeira recuperação. Porém, o valor absoluto da cotação, que subjaz, é
significativamente superior (ao do seu congénere do BCP) oscilando, aproximadamente,
entre um máximo de 6 صe um mínimo de, ligeiramente, abaixo dos 2 صnos dois anos
considerados. Não obstante este aspeto, verifica-se que a evolução observada no Gráfico 5.,
replica a observada nos comportamentos de facto já descritos no Gráfico 2.. A identificação
de cinco fases detetadas no Gráfico 2., encontram-se igualmente presentes no Gráfico 5..
Com efeito, numa primeira fase, desde janeiro de 2009 até fim de março, observa-se uma
evolução fortemente descendente no período em que em janeiro e fevereiro conhecia uma
oscilação em torno dos 5 صpara, abrutamente, subir em março aos 6 ص, descer aos 5 ص,
voltar a subir aos 5,5 صe, finalmente, descer abaixo dos 3 صno fim do mesmo mês. Assim,
no âmbito da tendência descendente, verifica-se uma estrutura típica das cinco fases de uma
Onda de Impulso que se encontram assinaladas com os números a cor verde. De facto, no
Gráfico 5., verifica-se a sub-Onda de Impulso da sub-Onda 2 à 3 descendente, da sub-Onda
3 para a 4, ascendente e, da 4 para a sub-Onda 5, outra novamente descendente. Nesta fase,
não obstante pelos números a cor verde estar presente a estrutura de uma Onda de Impulso
no âmbito de uma tendência descendente, tal como já sucedia com a análise da cotação da
ação do BCP pelo Gráfico 5., não se reproduzem, seja na forma (especialmente), seja no
comprimento, as fases desta Onda de Impulso tal como preconiza a Teoria subjacente. Da
sub-Onda 2 para a 3, o movimento descendente conhece uma ligeira subida até atingir o fim
da sub-Onda 3 assinalada com o número três a cor verde. Do final da sub-Onda 3 para o
fim da 4, seria de esperar a continuação da descida e não, como se observa, uma inversão
ascendente, forte e abruta, de mais de 1 صem valor absoluto. Da sub-Onda 4 para o final da
sub-Onda 5, observamos uma descida acentuada ainda superior, em valor absoluto, à
anterior de, sensivelmente, 5,5 صpara menos de 3 ص.
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da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Numa segunda fase, de março de 2009 até outubro de 2009, temos, tendencialmente, uma
recuperação no âmbito de uma evolução ascendente da cotação (coincidindo com o
comportamento observado da mesma) em que a cotação da ação do BES conhece um
máximo em outubro de 2009, em torno dos 5,2 ص, aproximadamente. Constata-se que, ao
longo de toda esta fase, deveríamos observar uma Onda de Correção (porque a seguir a uma
Onda de Impulso) e, o que se observa, pelas letras a cor verde, é uma sequência de três sub-
Ondas de Correção. A primeira vai desde o fim de março de 2009 até ao início de maio
dadas pelas letras (a), (b) e (c), a cor verde. É de sublinhar a evidência, de acordo com a
qual, no âmbito de um movimento ascendente, a forma e o comprimento desta primeira
sub-Onda de Correção também se afastarem de uma estrutura uniforme preconizada pela
Teoria. A segunda sub-Onda de Correção vai de março de 2009 até fim de junho. Temos
um movimento descendente, onde também a partir das letras a cor verde (a), (b) e (c) a
forma e o comprimento da sub-Onda de Correção não estão em consonância com a
estrutura típica preconizada pela Teoria associada. Por fim, a terceira sub-Onda de
Correção também mencionada pelas letras a cor verde, (a), (b) e (c) em que o aspeto que
mais se destaca é, para além da forma, o comprimento de cada uma das sub-Ondas no
contexto de um movimento ascendente. Portanto, no que se refere ao seu comprimento, a
estrutura típica propalada pela Teoria não é corroborada. São de acentuado comprimento,
especialmente, a (a) e a (c).
Relativamente à terceira fase, plasmada de outubro de 2009 até junho de 2010 (no
comportamento observado era só até abril de 2010) e no âmbito de uma tendência
descendente da cotação da ação do BES, temos uma nova Onda de Impulso assinalada
pelos números a cor verde. Assim, desde outubro de 2009 até dezembro, temos a sub-Onda
(1). De dezembro de 2009 a janeiro de 2010 a sub-Onda (2) e deste mês até final de abril de
2010, observa-se a sub-Onda (3) e a (4), de curtíssimo comprimento, prolongando-se até ao
início de maio começando no fim de abril de 2010. Finalmente, temos a sub-Onda (5) que
termina no início de junho de 2010. De acordo com um ponto de vista global, também nesta
fase, é notória a constatação em que são claramente dissonantes, a forma e o comprimento
de cada fase desta Onda de Impulso. Comparativamente com a primeira fase, não se
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da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
descortinam semelhanças, nem quanto à forma nem quanto ao comprimento, de cada uma
das sub-fases.
No que concerne à quarta fase, de junho de 2010 até agosto (no observado era de fim de
abril a agosto), observa-se um movimento ascendente a que se encontra associada uma
Onda de Correção assinalada pelas letras a cor verde, de ligeira recuperação (tal como se
verifica no comportamento da cotação observada). Trata-se de uma Onda de Correção. A
primeira sub-Onda vai de meados de junho a julho e a segunda até ao final deste mesmo
mês. A terceira e última vai de fim de julho até meados de agosto. A primeira sub-Onda,
exibe claramente, um comprimento de maior magnitude e forma díspares das duas
seguintes.
No que é atinente à quinta e última fase, que vai desde meados de agosto até dezembro
de 2010, observamos uma Onda de Impulso, inserida no contexto de uma tendência
descendente. São exibidas as quatro fases mais uma parte incompleta da quinta. Na sub-
Onda (1), de meados de agosto até fim de setembro de 2010, temos uma fase descendente
com ligeira recuperação da (1) para a (2) de meados de setembro a meados de outubro. Na
sub-Onda (3), de meados de outubro a meados de dezembro, acentua-se claramente a
tendência descendente da cotação e de meados de dezembro em diante, embora de forma
menos acentuada, a tendência descendente, pelo menos, não é contrariada. Invariavelmente,
em cada uma das fases referidas, verifica-se que, tanto o comprimento como a forma de
cada sub-Onda, não exibem uma estrutura uniforme em consonância com o que seria de
esperar de acordo com os ditames da Teoria de base.
Tal como na análise da cotação da ação do BCP, o Software gera previsões para o primeiro
semestre de 2011, a partir das cotações dos anos de 2009 e de 2010. A cotação da ação do
BES, surge evidenciada, para este período, no âmbito de um movimento descendente do
mercado. Apenas possui previsões numa ótica de curto prazo a cor verde. Numa ótica de
longo prazo (que seria a cor-de-rosa) é omisso. Os intervalos de cotações são [2,7248 ; ص
2,7896 ]صe [2,5769 ; ص2,6240 ( ]صdesde 2 de janeiro de 2011 até 22 de abril de 2011,
sensivelmente).
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da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Pelo observado no Gráfico 6., constatam-se os resultados gerados pelo Software relativos à
cotação da ação do BPI. Após se definir numa caixa de diálogo, as cotações de abertura,
fecho, máximo, mínimo e quantidade, carregando em OK, em escassos segundos, gera-se o
Gráfico 6., mais o Sumário de Inspeção (Summary Inspector) no mesmo ecrã.
O Gráfico 6., exibe o output do Software após o uploading das cotações da ação do BPI dos
anos de 2009 e 2010. Este Software gera este Gráfico de linhas com os números e as letras
das Ondas, da Teoria das Ondas de Elliott, definidos no Software Elliott Wave (Versão
9.5.). Adicionalmente, o Sumário de Inspeção (tratado mais adiante na Seção IV.3.4.),
gera-se no ecrã logo abaixo do eixo com as datas.
De salientar que, no Gráfico surgem as previsões das cotações para os primeiros seis meses
do ano de 2011, incutindo a particularidade de o Software gerar como que uma previsão ex-
ante para um período ex-post das cotações da ação do BPI.
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Gráfico 6. - Output Após Análise Obtida no Software Elliott Wave (Versão 9.5.) da Cotação da Ação do BPI (2009 a 2010)
Fonte: Construção no Software Elliott Wave (Versão 9.5.), a partir das cotações da ação do BPI, no período de 2 de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de
2010. A extração deste output foi efetuada em 9 de julho de 2013.
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Em último lugar e, tal como se procedeu nas cotações das duas ações antecedentes, observa-se
que, pelo Gráfico 3. e pelo Gráfico 6., de uma forma global, o comportamento da cotação da ação
do BPI, conheceu uma trajetória de janeiro de 2009 até ao fim de outubro e outra trajetória desde
esta data até dezembro de 2010. É lícito, tal como se descreveu aquando da análise do
comportamento observado, dividir o Gráfico 6., nas sete fases notórias então apresentadas.
Por conseguinte, de janeiro de 2009 ao fim de outubro de 2009 temos quatro fases e, desde
outubro de 2009 a dezembro de 2010, as outras três fases.
De janeiro de 2009 a final de outubro de 2009 e, no contexto das quatro primeiras fases, temos a
seguinte descrição:
1.ª) de janeiro de 2009 até março de 2009: assinala-se, claramente, uma evolução
descendente da cotação. O Software não exibe qualquer referência ao tipo de Onda, se Onda de
Impulso se Onda de Correção. Pela estrutura, sugere ser uma Onda de Correção em que a
primeira sub-Onda vai até final de janeiro, a segunda desde este mês até meados de fevereiro e de
fevereiro até meados de março, a terceira sub-Onda;
2.ª) de março de 2009 até meados de maio de 2009: observa-se uma evolução que
concebe uma estrutura de uma Onda de Impulso. Evidenciam-se as cinco fases da mesma,
cumprindo realçar que se trata de uma Onda cuja estrutura global mais decalca a estrutura teórica
da Teoria subjacente. De forma global, há um equilíbrio nas cinco Ondas no que diz respeito à
forma. No entanto, também se verifica que na sub-Onda (1) e na (3) o comprimento revela uma
magnitude superior à das demais sub-Ondas constitutivas;
3.ª) de maio de 2009 até fim de junho de 2009: temos a observação de uma Onda de
Correção que, embora seja em sentido descendente, a forma e o comprimento, são claramente não
conformes com a estrutura teórica esperada. De facto, assinaladas a cor verde, as sub-Ondas são
(w), (x) e (y) e, é nesta última que, no que se refere ao comprimento, ela se mostra de maior
magnitude e a (w) de menor do que aquelas que seriam de esperar. Observa-se, por isso, no
comprimento, um perfil da Onda de Correção, inequivocamente, atípico;
4.ª) de junho até fim de outubro de 2009: observa-se novamente (tal como na
segunda fase) uma clara Onda de Impulso. No entanto, constata-se que, estando presentes as
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da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
cinco fases típicas da mesma, nas sub-Ondas (1) e (3) os seus comprimentos afastam-se daquilo
que seria de esperar com uma magnitude superior ao esperado. De referir ainda que, as sub-
Ondas (2) e (4) exibem uma estrutura, aproximadamente, oposta no seu comprimento ao
preconizado pela Teoria, sendo menor do que o que seria de esperar;
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Em consonância com o tratamento efetuado às cotações das ações do BCP e do BES, também na
cotação da ação do BPI, o Software apresenta uma previsão para o primeiro semestre de 2011,
com base nas cotações dos anos de 2009 e de 2010. A cor verde, observa-se um movimento do
mercado descendente com a cotação a oscilar entre [1,25 ; ص1,2630 ]صno contexto de uma ótica
de curto prazo (desde 2 de janeiro de 2011 até 15 de abril de 2011, sensivelmente). Numa ótica
de médio e longo prazos, a cor-de-rosa, a oscilação situa-se entre [1,2942 ; ص1,3831 ( ]صdesde 2
de janeiro de 2011 até 31 de março de 2011, sensivelmente).
Nesta Seção cumpre efetuar uma análise dos resultados obtidos, fornecidos pelo próprio
Software, através de um Quadro complementar aos Gráficos 4., 5. e 6., intitulado, Sumário de
Inspeção (Summary Inspector). Em boa verdade, este Quadro, constitui uma forma de aplicação
de alguns aspetos aflorados pela Teoria associada e exposta no Capítulo III..
Muito embora seja gerado em simultâneo com os Gráficos referidos correspondentes, é este
Quadro que verdadeiramente, procede à análise dos resultados, de forma quantificada, em
consonância com a Teoria subjacente. E daí que conheça este tratamento autónomo incorporado
na Seção com este título.
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Na primeira coluna, surge o indicador com o título Time Frame (horizonte temporal), em que o
significado é um pouco aquele que coincide com a periodização em amplitudes temporais das
Ondas de Elliott, insita no Quadro 3., da Seção III.1.. Assim, a amplitude temporal Ciclo,
corresponde a entre o mínimo de um ano prolongando-se por vários. A Primária entre dois meses
e dois anos e a Intermédia entre algumas semanas e alguns meses. Pode ainda ocorrer a amplitude
temporal Minor, que abrange o período de alguns meses, sem um número determinado.
Na terceira coluna, intitulada Trend (Tendência), este indicador significa que, na amplitude
temporal considerada, temos uma tendência de subida, no caso de up, ou de descida, no caso de
down.
Por seu lado, na quarta coluna, temos o título Wave (Onda) noutro indicador. O número que
surge associado é um dos correspondentes às Ondas de Impulso (de 1 a 5, recorde-se). Apenas as
Ondas de Impulso estão referenciadas neste indicador pois se conjugadas com o indicador
antecedente, tendência de subida ou de descida, indicam se o movimento é no sentido ascendente
ou descendente, o mesmo ocorrendo às Ondas de Impulso. A percentagem significa em que
medida é que o número da Onda coincide, na realidade, com a Onda na amplitude temporal
referida. Esta percentagem, aparece entre parênteses. Por exemplo, se numa amplitude temporal a
Onda for 5 com, entre parênteses, 40%, significa que em 40% das Ondas possíveis, a Onda 5 é a
verdadeira Onda que na realidade se encontra nesta amplitude temporal. Deve ser visto como um
indicador de alguma confiança e não de certeza absoluta.
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Na quinta coluna, Target 1 (Objetivo 1), significa a cotação que, em média, é esperada para a
próxima Onda nesta amplitude temporal, tendo em conta todas as alternativas de Ondas possíveis.
Calcula-se com base nos ratios de Fibonacci.
Na sexta coluna, o Target 2 (Objetivo 2), baseia-se nas extensões dos ratios de Fibonacci.
Considerando a mesma amplitude temporal, se a cotação observada for superior ao Target 1,
espera-se que a cotação continue a subir até este Target 2.
Na sétima coluna, Abs %, exprime-se o Prémio (dado pela diferença entre a cotação a atingir e a
cotação observada, em percentagem). Se a percentagem for positiva, a cotação observada já é
superior à cotação a atingir. Se for negativa, a cotação observada já é inferior à cotação a
atingir.
Na oitava coluna, Exit (Saída), temos referenciada a cotação que, para cada amplitude temporal,
já será tarde para vender, supondo que se detém a ação. A venda, por conseguinte, deverá ocorrer
muito mais cedo e a tomada de decisão deverá ser complementada com outros indicadores para
consumar tal facto e reduzir o risco (perda).
Na nona coluna, Reward (Prémio), assinala-se o Prémio, dado pela diferença entre, a cotação a
atingir e a cotação observada, expressa em valores absolutos.
Na décima coluna, Risk (Risco), representa-se a diferença entre a cotação observada e a cotação
de Exit, para cada amplitude temporal.
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Que coincide com a cotação de compra.
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Pretende-se que seja maior do que um. Se a cotação de Exit se situar próxima da última cotação
observada, o valor assumido poderá ser erroneamente alto, pelo denominador desta fórmula.
No âmbito da análise concreta e no que se refere à cotação da ação do BCP, temos os resultados
no Sumário de Inspeção, referentes aos anos de 2009 e 2010, no Quadro 4., gerados pelo
Software.
Quadro 4. - Sumário dos Principais Resultados Obtidos para a Cotação da Ação do BCP (2009 e
2010) Recorrendo ao Software Elliott Wave (Versão 9.5.)
Sumário de Inspeção (Summary Inspector) – BCP
Time Frame EASI Trend Wave Target 1 Target 2 Abs. % Exit Reward Risk R/R
Primary Neutral Down 3 (100%) 0,6012 0,4949 -4 1,0800 -0,0212 0,5000 -0,04
Intermediate Negative Down 3 (55%) 0,5567 0,4780 4 0,7400 0,0233 0,1600 0,15
Minor Negative Down 3 (62%) 0,5164 0,5164 3 0,6300 0,0174 0,0500 0,35
Fonte: Sumário de Resultados Obtidos pelo Software Elliott Wave (Versão 9.5.), extraídos em 9 de julho de 2013.
Pela observação do Quadro 4., na amplitude temporal Primária (dois meses a dois anos), o EASI é
neutral e, nas restantes amplitudes, que são menores que a antecedente, é negativo. Portanto,
exibe uma tendência de evolução da cotação da ação do BCP, de permanência ou de descida da
cotação. O que se encontra em consonância com a tendência descrita na Seção IV.1., onde se
refere uma desvalorização em 2009 e 2010, de 98%, aproximadamente.
Esta conclusão é corroborada pelo Trend que, em todas as amplitudes, é down o que significa que
a tendência é de descida da cotação da ação do BCP, neste indicador.
Por seu lado, verificamos que, as cotações esperadas para a cotação da ação do BCP no Target 1,
na próxima Onda, são descendentes em todas as amplitudes temporais, começando em 0,60 ص,
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
descendo para 0,55 صe terminando em 0,51 ص, da Primária, para a Intermédia e Minor,
respetivamente.
No que se refere à cotação à qual já será tarde para vender, no indicador Exit, apenas na
amplitude temporal Primária é que, nos dois anos, a cotação de 1,08 صseria tarde para vender a
ação do BCP, o que se confirma com a evolução observada (ver Gráfico 1.). Nas outras duas,
0,74 صe 0,63 ص, se compararmos com as cotações observadas, há datas em que a indicação de
venda a estas cotações não é tardia.
No indicador Reward (Prémio), apenas na primeira amplitude, Primária, é que a cotação atingir é
inferior à cotação observada e daí que o Prémio seja negativo: - 0,0212. Nas duas outras
amplitudes temporais, como a cotação a atingir é superior à cotação observada (valores positivos)
os Prémios são positivos: + 0,0233 e + 0,0174, respetivamente.
No que é atinente ao Risk (Risco), referente à diferença entre a cotação observada e de Exit, na
primeira amplitude é de 0,5, na segunda desce para 0,1 e na última para 0,05. São sempre as
cotações observadas superiores às de Exit mas decrescem com a amplitude temporal
(supostamente, por força da diminuição da cotação observada da ação do BCP).
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
À guisa de conclusão, constata-se que a cotação da ação do BCP, exibe uma tendência
exclusivamente down, com um EASI e um Trend negativos e Targets descendentes, nos anos de
2009 e 2010.
Por seu lado, no que se refere à cotação da ação do BES, é no Quadro 5., que se observam os
resultados do Sumário de Inspeção relativos aos anos de 2009 e 2010, gerados pelo Software.
Quadro 5. - Sumário dos Principais Resultados Obtidos para a Cotação da Ação do BES (2009 e
2010) Recorrendo ao Software Elliott Wave (Versão 9.5.)
Sumário de Inspeção (Summary Inspector) – BES
Time Frame EASI Trend Wave Target 1 Target 2 Abs. % Exit Reward Risk R/R
Primary Negative Down 3 (71%) 2,3598 1,8712 18 3,8500 0,5202 0,9700 0,54
Intermediate Negative Down 3 (56%) 2,5368 2,1121 12 3,0800 0,3432 0,2000 1,72
Minor No signals Triggered - - - - - - - -
Fonte: Sumário de Resultados Obtidos pelo Software Elliott Wave (Versão 9.5.) extraídos em 9 de julho de 2013.
Observando o Quadro 5., na amplitude temporal Primária, constata-se que, o indicador EASI é
negativo o mesmo sucedendo na amplitude temporal Intermédia. No entanto, na amplitude
temporal Minor, observa-se, tratando-se da menor amplitude produzida pelo Software, a não
existência de qualquer sinal definido neste indicador, para esta ação. De uma forma geral, apenas
foram encontradas tendências negativas. Na cotação observada referida na Seção IV.1., nos anos
de 2009 e de 2010, a cotação conheceu uma desvalorização de 57% encontrando-se, portanto, em
linha com o resultado fornecido pelo Software neste indicador.
No que é atinente ao Trend, nas duas primeiras amplitudes temporais, elas revelam-se down
corroborando a tendência de descida da cotação do BES já mencionada. No entanto, na amplitude
temporal Minor, o resultado é triggered26 (dar uma ordem de venda uma vez atingida uma
determinada cotação no âmbito de uma tendência de descida da cotação da ação do BES).
26
Significa, no jargão técnico do trading de valores mobiliários, alcançar uma cotação tal que despolete, no âmbito
das especificações dadas na ordem, por parte do trader de valores mobiliários, seja numa ordem de compra seja
88
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Relativamente, ao Target 1, as cotações esperadas para a próxima Onda, para a cotação da ação
do BES, nas duas amplitudes temporais, são ascendentes passando de 2,35 صpara 2,53 ص, da
amplitude temporal Primária para a Intermédia.
No Target 2, como as cotações são descendentes, para as mesmas amplitudes temporais, espera-
se que elas diminuam, passando de 1,87 صpara 2,11 صda amplitude temporal Primária para a
Intermédia.
No que se refere ao Abs %, havendo valores para as duas primeiras amplitudes temporais, em
ambas, nos Target 1 e 2, as cotações observadas são superiores às cotações a atingir, em
particular, na amplitude temporal Primária.
No indicador Exit, isto é, na cotação à qual será tarde para a vender, na amplitude temporal
Primária, vender à cotação de 3,85 ص, constata-se que, pela observação do Gráfico 2., trata-se de
uma cotação em que, há muitas cotações da ação do BES superiores pelo que, esta cotação não é
tarde para a vender uma vez atingida. Resta saber a que data se reporta esta cotação (o Software é
omisso a este propósito). Na amplitude temporal subsequente, Intermédia, vender à cotação de
3,08 ص, comparando com as cotações observadas, pelo Gráfico 2., também se constata o mesmo
que a anterior, porventura, ainda mais, pelo que não é tarde para vender a ação do BES.
Por seu lado, no Reward, a cotação a atingir é superior à cotação observada, nas duas amplitudes
temporais, sendo os Prémios positivos (maior na primeira do que na segunda amplitude temporal
___
0,5 e 0,3, respetivamente).
numa ordem de venda. Neste caso, como a tendência é descendente, será a de despoletar uma ordem de venda, uma
vez alcançada uma determinada cotação no âmbito de um movimento descendente da mesma (supostamente, uma
vez que a previsão é efetuada ex-ante).
89
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
No Risco, a cotação observada é superior à cotação de Exit sendo maior na primeira amplitude
temporal, 0,97, do que na segunda, de 0,2. As cotações observadas são sempre superiores às
cotações de Exit, mais na primeira amplitude temporal do que na segunda.
Em jeito de conclusão resumida, constata-se que a cotação da ação do BES, exibe uma tendência
down corroborada no EASI e no Trend mas, com Targets, de 1 para 2, descendentes, nos anos de
2009 e de 2010.
Quadro 6. - Sumário dos Principais Resultados Obtidos para a Cotação da Ação do BPI (2009 e
2010) Recorrendo ao Software Elliott Wave (Versão 9.5.)
Sumário de Inspeção (Summary Inspector) - BPI
Time Frame EASI Trend Wave Target 1 Target 2 Abs. % Exit Reward Risk R/R
Primary Negative Down 3 (72%) 1,1320 0,9138 18 1,7900 0,2480 0,4100 0,60
Intermediate Negative Down 3 (52%) 1,2038 1,0228 13 1,5400 0,1762 0,1600 1,10
Minor Negative Down 3 (66%) 1,3173 1,2180 5 1,5400 0,0627 0,1600 0,39
Fonte: Sumário de Resultados Obtidos pelo Software Elliott Wave (Versão 9.5.) extraídos em 9 de julho de 2013.
Da observação do Quadro 6., começa-se por constatar que, nas três amplitudes temporais, a
tendência é negativa. Assim, conclui-se que se trata de uma evolução descendente da cotação da
ação do BPI e que apenas foram encontrados padrões com tendências negativas, o que se
encontra em consonância com o observado nos anos de 2009 e de 2010 em que a desvalorização
foi de 44% conforme o referido na Seção IV.1..
90
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Em Trend esta mesma tendência evolutiva volta a ser corroborada nas três amplitudes temporais
em que todas conhecem down.
No domínio da Onda de Impulso, é a 3 que surge nas três amplitudes temporais e em todas em
mais de 50% dos casos possíveis.
Em relação ao Target 1, as cotações que são de esperar para a próxima Onda, na cotação da ação
do BPI, nas amplitudes temporais, Primária, Intermédia e Minor, são ascendentes nas três
amplitudes temporais passando de 1,13 صpara 1,2 صe terminando em 1,31 ص.
No que se refere ao Target 2, a mesma caraterística se constata também nas três amplitudes
temporais: são ascendentes, passando de 0,91 صpara 1,02 صe depois para 1,21 ص, na Primária, na
Intermédia e na Minor, respetivamente.
No Abs %, as cotações observadas são sempre superiores às cotações a atingir, em particular, nas
duas primeiras amplitudes temporais e daí que este indicador apresente todos os valores
positivos.
Já no indicador Exit, há a evidência inequívoca de que, qualquer uma das três amplitudes
temporais, seriam as indicadas para vender a ação do BPI, de acordo com o Gráfico 3.. Em
especial, é de realçar a cotação de 1,79 صque seria a ideal (e a correspondente à primeira
amplitude temporal), porque é a mais elevada, logo seguida da cotação de 1,54 ( صcoincidente nas
duas amplitudes temporais seguintes). Constata-se que há cotações da ação do BPI, em 2009 e
2010, que se mostraram superiores a estas pelo que, nenhuma destas seria tarde para a vender
(como sugere o Software). Também urge conhecer a que datas são referidas.
No Reward ele é sempre positivo e a cotação a atingir é sempre superior à cotação observada:
passa de 0,24 para 0,17 e deste para 0,06, em cada uma das três amplitudes temporais: Primária,
Intermédia e Minor.
91
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
No que se refere ao Risco, na diferença entre a cotação observada e a cotação de Exit, o valor é
sempre positivo e descendente passando de 0,41 (primeira amplitude temporal) para 0,16 nas
outras duas.
Numa conclusão sintética, observa-se que a cotação da ação do BPI, exibe notoriamente uma
tendência descendente evidenciando um EASI negativo assim como um Trend down. No entanto,
nos dois Targets, 1 e 2, eles são ascendentes nos anos de 2009 e 2010.
A Estratégia 1, Buy-and-Hold, do tipo passivo, carateriza-se por ser a que resulta de se comprar
cada uma das três ações, individualmente, no dia 2 de janeiro de 2011 à cotação deste dia e
vendê-la apenas no dia 30 de junho de 2011 sem adotar nenhuma outra atitude, fazendo jus à sua
própria designação.
A Estratégia 2, Wait and See, do tipo passivo, uma vez que a tendência dos anos de 2009 e
2010, nas três ações, foram descendentes e a previsões do Software Elliott Wave (Versão 9.5.)
foram a de continuidade desta tendência para as mesmas, carateriza-se pela postura de, não
comprar nenhuma das ações, enquanto a mesma previsão se observar na realidade.
92
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
A Estratégia 3, Software Elliott Wave (Versão 9.5.), do tipo ativo, de igual modo é caraterizada
por seguir as previsões dadas pelo Software Elliott Wave (Versão 9.5.), em cada uma das
cotações das três ações, autonomamente, e que são definidas nos Gráficos 4. (para o BCP), 5.
(para o BES) e 6. (para o BPI), a cor verde (previsão de curto prazo) e a cor-de-rosa (previsão de
médio e longo prazos). Nesta estratégia, revela-se a verdadeira utilidade do Software Elliott Wave
(Versão 9.5.), com efeitos previsionais para o futuro.
Por fim, a Estratégia 4, Posição (Curta ou Longa) Num Instrumento Financeiro Alavancado
(CFD´s), do tipo ativo, consiste em utilizar como instrumento financeiro, não as ações (ativo
subjacente) mas antes, um instrumento financeiro alavancado27 sobre cada uma das cotações das
três ações (caso de um CFD sobre a cotação da ação do BCP, BES e BPI, individualmente). Esta
estratégia revela-se obrigatória considerar porque se trata de um instrumento financeiro que, não
obstante ser alavancado (e, por isso, mais arriscado no sentido de aumentar lucro e prejuízo
potenciais), o resultado em valor absoluto, é muito maior do que adquirir diretamente no mercado
à vista, investindo o mesmo valor financeiro. Assim, este instrumento justifica-se plenamente
devido à sua versatilidade adveniente dos instrumentos financeiros que possibilitam tirar partido
de movimentos ascendentes (para as posições longas) e descendentes (para as posições curtas)
no mercado à vista de um ativo subjacente (pelo menos teoricamente – uma vez que o seu recurso
depende da existência no mercado do mesmo enquanto instrumento financeiro).
Estas quatro estratégias são aplicadas às cotações das três ações analisadas: BCP, BES e BPI
(segundo esta ordem). Em qualquer uma delas, os resultados são sempre avaliados pelo recurso a
dois indicadores: a rendibilidade28 das cotações e o risco (desvio-padrão = σ 29) das cotações das
ações.
27
O termo alavancagem é utilizado no sentido de multiplicar, para o mesmo valor investido, quer o lucro quer o
prejuízo, uma vez que as quantidades do ativo subjacente na posição longa (valorização com a subida da cotação do
ativo subjacente no mercado à vista e desvalorização com a descida) e na posição curta (valorização com descida da
cotação do ativo subjacente no mercado à vista e desvalorização com a subida) são muito maiores do que se
compradas diretamente no mercado à vista.
28
Também é conhecido por rentabilidade. Este indicador é conotado por nós com a noção de taxa de variação
discreta e é dado pela fórmula [[(COTt+1 - COTt) / COTt] - 1] × 100 = [[(COTt+1 / COTt)] - 1] × 100.
29
O desvio-padrão, estatisticamente, identifica-se com a noção oriunda da Estatística Descritiva e define-se, no nosso
estudo, pela raíz quadrada do somatório, dos quadrados, das diferenças entre as cotações assumidas pela ação no
93
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
A rendibilidade é definida pela taxa de variação discreta entre a cotação de chegada a uma
determinada data e a cotação de partida numa determinada data. Por sua vez, o risco define-se
como o desvio-padrão das cotações numa determinado período.
Tanto a rendibilidade como o risco, nas três ações, são exibidos nos Quadros 7. (BCP), 8. (BES)
e 9. (BPI) com dois valores correspondendo o primeiro a considerar-se o período de janeiro até
abril de 2011 (quatro meses - em primeiro lugar) e o segundo até junho de 2011 (seis meses –
em segundo lugar). Tal deve-se ao facto de, nos Gráficos 4., 5. e 6., surgirem as previsões com
nitidez até abril de 2011 mas prolongando-se com menor nitidez até junho de 2011.
De notar que, nos anos 2009 e 2010, temos as cotações observadas do BCP, BES e BPI e que são
analisadas pelo Software Elliott Wave (Versão 9.5.). Este exibe uma previsão para o primeiro
semestre de 2011. Verifica-se que esta, nestes dois anos, para as três ações, exibe uma tendência
descendente de evolução das mesmas na sequência dos dois anos antecedentes (2009 e 2010). É
neste contexto de um movimento descendente, presumivelmente, para o primeiro semestre de
2011, que se efetua esta análise.
Parte-se do pressuposto de que, no dia 2 de janeiro de 2011, não era possuída nenhuma
ação do BCP, BES e do BPI nem nenhuma posição aberta (longa ou curta) em nenhum
instrumento financeiro sobre a cotação de qualquer um destes três ativos subjacentes. Por
conseguinte, rejeita-se a hipótese de possuir qualquer uma das três ações e colocar a
possibilidade de a vender por ser detida em carteira.
último dia útil do mês, para os meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio e junho, e a cotação média (de fecho)
destes meses, dividida pelo número de meses considerados que, neste caso, são seis. Trata-se de um número abstrato.
30
Se fossem, o investimento numa inviabilizaria o investimento noutra (de acordo com o conceito de mutuamente
exclusivos da Estatística).
94
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Os resultados individuais de cada uma das quatro estratégias, aplicadas às cotações de cada uma
das três ações, podem ser observados nos Quadros 7., 8. e 9., para o BCP, BES e BPI,
respetivamente.
Na cotação da ação do BCP, os resultados, em termos de, rendibilidade e risco, nas quatro
estratégias consideradas exibem-se no seguinte Quadro 7..
95
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Quadro 7. - Cotação da Ação do BCP: Buy-and-Hold, Wait and See, Previsões do Software
Elliott Wave (Versão 9.5.) e Posições num Instrumento Financeiro Alavancado (Primeiro
Semestre de 2011)
Ação do BCP
Cotações Observadas Resultados
dezembro dezembro 2011 Rendibilidade Risco
(31/12/2009) (31/12/2010) (Desvio-
Padrão = σ)
janeiro fevereiro março abril maio junho
(31/01/2011) (28/02/2011) (31/03/2011) (29/04/2011) (31/05/2011) (30/06/2011)
0,85 € 0,58 € 0,59 € 0,65 € 0,58 € 0,54 € 0,48 € 0,41 €
Estratégia 1 - Buy-and-Hold
- 0,58 € [[(0,54 € / 0,59 €31)] - 1] × 100 = - 8,47 % [[(0,41 € / 0,59 €)] - 1] × 100 -8,47% -30,5% 0,062 0,078
(se terminado em 30 de Abril) = - 30,50 %
(se terminado em 30 de
junho)
Estratégia 2 – Wait and See
- - Não comprar nenhuma ação enquanto as cotações O mesmo que o sugerido 0% 0% 0 0
observadas se mostrarem coincidentes com as previsões do até 30 de abril de 2011
Software Elliott Wave (Versão 9.5.) (se terminado em 30 de
(se terminado em 30 de abril) junho))
Estratégia 3 - Software Elliott Wave (Versão 9.5.)
- 0,58 € [0,684 € ; 0,730 €] (ótica de curto prazo – de 2 de janeiro de +6,74% +6,74% 0 0
2011 até à terceira semana de abril de 2011, sensivelmente)
Comprar à cotação de 0,59 € e Vender à Cotação de 0,6298
€ (a mais baixa) porque é superior a 0,59 €
[[(0,6298 € / 0,59 €)] - 1] × 100 = + 6,74 %
- 0,58 € [0,6298 € ; 0,6461 €] (ótica de médio e longo prazos - de 2 +6,74% +6,74% 0 0
de janeiro de 2011 até 15 de abril de 2011, sensivelmente) Comprar à cotação de 0,59
Comprar à cotação de 0,59 € e Vender à Cotação de = € e Vender à Cotação de
0,6298 € (a mais baixa) porque é superior a 0,59 € 0,6298 € (a mais baixa)
[[(0,6298 € / 0,59 €)] - 1] × 100 = + 6,74 % porque é superior a 0,59 €
[[(0,6298 € / 0,59 €)] - 1] ×
- 0,58 € 0,5881 € (ótica indefinida - desde 2 de janeiro de 2011 até 10 100 +6,74% +6,74% 0 0
de maio de 2011, sensivelmente) = + 6,74 %
Comprar à cotação de 0,59 € e Vender à Cotação de =
0,6298 € (a mais baixa) porque é superior a 0,59 €
[[(0,6298 € / 0,59 €)] - 1] × 100 = + 6,74 %
Estratégia 4 - Posição (Curta ou Longa) Num Instrumento Financeiro Alavancado (Sobre a Cotação da Ação do BCP)
- - Posição Curta (Venda de CFD´s sobre a Cotação da Ação Posição Curta 65,6% 288,1% 0,02 0,09
do BCP) (Venda de CFD´s sobre a
16949 CFD´s × 0,59 € = 10000 € Cotação da Ação do BCP)
Posição Longa (Compra de CFD´s sobre a Cotação da Ação 16949 CFD´s × 0,59 € =
do BCP) 10000 €
16949 CFD´s × 0,54 € = 9152 € Posição Longa
(Compra de CFD´s sobre a
Cotação da Ação do BCP)
16949 € × 0,41 € = 6949 €
Fonte: Gráfico 4. e elaboração própria a partir das cotações disponíveis em <www.bolsapt.com>, em janeiro de
2014.
Da observação do Quadro 7., desde logo temos as cotações observadas da ação do BCP em 31 de
dezembro, de 2009 e 2010, bem como as cotações de fecho da última sessão dos meses de
janeiro, fevereiro, março, abril, maio e junho de 2011.
96
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Constata-se que, nestes meses, na sequência da tendência dos dois anos antecedentes, a cotação
conhece um movimento acentuadamente descendente, à exceção de janeiro e fevereiro de 2011.
Por outro lado, se um investidor, alternativamente, perfilhasse a Estratégia 2, Wait and See,
como o próprio nome indica, não adquiria a ação do BCP, uma vez que em 2009 e 2010 a
tendência tinha sido descendente e o Software Elliott Wave (Versão 9.5.), reiterava a mesma
tendência para o primeiro semestre de 2011. Conduzia a uma rendibilidade e um risco nulos,
contudo.
Se, por outro lado, o investidor adotasse a Estratégia 3, Software Elliott Wave (Versão 9.5.),
como este programa apresenta previsões de cotações superiores à cotação observada em 2 de
janeiro de 2011 (0,59 )ص, a sugestão mais recomendável é a de comprar a esta cotação e vendê-la
à mais baixa das cotações previsionais apresentadas (igual a 0,6298 ص, independentemente de se
tratar de ótica de curto, médio ou longo prazos32). Assim,
na ótica de curto prazo – de janeiro a abril de 2011, a rendibilidade teria sido
positiva de + 7%, aproximadamente, e o risco 0. Se o período fosse estendido até junho, a
rendibilidade permanecia em + 7% e o mesmo risco nulo;
na ótica de médio e longo prazos – em qualquer uma das alternativas, somos
conduzidos, exatamente, aos mesmos resultados em termos de rendibilidade e risco, ou seja, +
7% e risco nulo, respetivamente.
31
Esta cotação é a de fecho da primeira sessão do ano de 2011 para a ação do BCP, dia 2 de janeiro de 2011.
32
As cotações previsionais superiores à cotação observada, é um critério subjetivo (como outro qualquer) de tomada
de decisão – por nós adotada. Quando se verificar o contrário, a decisão é a de não comprar a ação (ver Estratégia 3
Software Elliott Wave (Versão 9.5.) das cotações das ações do BES e do BPI).
97
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Por fim, se fosse a Estratégia 4, Posição (Curta ou Longa) Num Instrumento Financeiro
Alavancado (sobre a Cotação da Ação do BCP), a escolhida por um investidor, no contexto de
um presumível movimento descendente da cotação da ação do BCP é, porventura, a estratégia
mais recomendável. Com efeito, a rendibilidade e risco no período de janeiro a abril de 2011
teria sido de, respetivamente, + 65% e 0,02 e, no período até junho, de + 288% e 0,09. Comporta
riscos (não mensurados pelo desvio-padrão) uma vez que se trata de um instrumento financeiro
alavancado. Obrigaria, se fosse adotada esta estratégia, a uma monitorização diária e a um
ajustamento diário de valorizações e desvalorizações (especialmente com uma posição aberta –
curta neste caso – de 16949 CFD´s sobre a cotação da ação do BCP o que constitui uma
quantidade elevada neste instrumento financeiro).
Nesta Seção, no que é atinente à cotação da ação do BES, exibem-se no Quadro 8., os resultados
das quatro estratégias definidas, na rendibilidade e no risco, associados às mesmas.
98
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Quadro 8. - Cotação da Ação do BES: Buy-and-Hold, Wait and See, Previsões do Software
Elliott Wave (Versão 9.5.) e Posições num Instrumento Financeiro Alavancado (Primeiro
Semestre de 2011)
Ação do BES
Cotações Observadas Resultados
dezembro dezembro 2011 Rendibilidade Risco
(31/12/2009) (31/12/2010) (Desvio-
Padrão = σ)
janeiro fevereiro março abril maio junho
(31/01/2011) (28/02/2011) (31/03/2011) (29/04/2011) (31/05/2011) (30/06/2011)
4,57 € 2,88 € 2,96 € 3,28 € 2,89 € 2,84 € 2,72 € 2,57 €
Estratégia 1 - Buy-and-Hold
- 2,88 € [[(2,84 € / 2,96 €33)] - 1] × 100 = - 4,05 % [[(2,57 € / 2,96 €34)] - 1] × -4% - 0,21 0,219
(se terminado em 30 de Abril) 100 = - 13,17 % 13,1%
(se terminado em 30 de
junho)
Estratégia 2 – Wait and See
- - Não comprar nenhuma ação enquanto as cotações O mesmo que o sugerido 0% 0% 0 0
observadas se mostrarem coincidentes com as previsões do até 30 de abril de 2011
Software Elliott Wave (Versão 9.5.) (se terminado em 30 de
(se terminado em 30 de abril) junho))
Estratégia 3 - Software Elliott Wave (Versão 9.5.)
- 2,88 € [2,7248 € ; 2,7896 €] (ótica de curto prazo – de 2 de janeiro 0% 0% 0 0
de 2011 até 22 de abril de 2011, sensivelmente)
Como a cotação em 2 de janeiro é superior a qualquer uma
destas – não comprar Como a cotação em 2 de
- 2,88 € [2,5769 € ; 2,6240 €] (ótica de curto prazo – de 2 de janeiro janeiro é superior a 0% 0% 0 0
de 2011 até 22 de abril de 2011, sensivelmente) qualquer uma destas – não
Como a cotação em 2 de janeiro é superior a qualquer uma comprar
destas – não comprar
Estratégia 4 - Posição (Curta ou Longa) Num Instrumento Financeiro Alavancado (Sobre a Cotação da Ação do BES)
- - Posição Curta (Venda de CFD´s sobre a Cotação da Ação Posição Curta 21% 113% 0,06 0,46
do BES) (Venda de CFD´s sobre a
3378 CFD´s × 2,96 € = 10000 € Cotação da Ação do BES)
Posição Longa (Compra de CFD´s sobre a Cotação da Ação 3378 CFD´s × 2,96 € =
do BES) 10000 €
3378 CFD´s × 2,84 € = 9593 € Posição Longa
(Compra de CFD´s sobre a
Cotação da Ação do BES)
3378 € × 2,57 € = 8681 €
Fonte: Gráfico 5. e elaboração própria a partir das cotações disponíveis em <www.bolsapt.com>, em janeiro de
2014.
A observação do Quadro 8., evidencia, desde logo, as cotações observadas da ação do BES em 31
de dezembro de 2009 e de 2010. Em acréscimo, apresentam-se as cotações observadas para o
primeiro semestre de 2011 (último dia útil de cada mês).
33
Esta cotação é a de fecho da primeira sessão do ano de 2011 para a ação do BES, dia 2 de janeiro de 2011.
34
Idem.
99
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Se a Estratégia 1, Buy-and-Hold, fosse adotada por um investidor, nos primeiros quatro meses
de 2011, tinha propiciado uma rendibilidade negativa de - 4% e um risco de 0,12. Se o período
fosse até junho de 2011, a rendibilidade seria mais negativa e o risco ainda maior (embora
ligeiramente): - 13% e 0,21, respetivamente.
Relativamente à Estratégia 2, Wait and See, se tivesse sido adotada por um investidor, no âmbito
de um movimento descendente, previsionalmente, não compraria a ação do BES, conduzindo a
uma rendibilidade nula o mesmo ocorrendo com o risco.
Por último, na Estratégia 4, Posição (Curta ou Longa) Num Instrumento Financeiro Alavancado
(Sobre a Cotação da Ação do BES), se a mesma fosse adotada por um investidor, também nesta
ação, tal como já acontecia com a cotação da ação do BCP, se revela como a mais adequada no
contexto de um movimento descendente, supostamente, ex-ante, verificando-se, ex-post. Para os
primeiros quatro meses, a rendibilidade seria de + 21% e o risco de 0,06 ao passo que para os
seis meses ascendia a + 113% e a 0,46, respetivamente. É, contudo, uma estratégia de alto risco
em virtude de assentar numa posição num instrumento financeiro alavancado e, que obriga a um
ajustamento diário das valorizações e desvalorizações, tanto mais que se trata de uma posição em
3378 CFD´s sobre a cotação da ação do BES, constituindo uma quantidade elevada e, por
conseguinte, mais requerendo uma monitorização diária.
100
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Tal como nas duas ações antecedentes, é no Quadro 9., que se exibem os resultados das quatro
estratégias definidas relativamente à cotação da ação do BPI.
Quadro 9. - Cotação da Ação do BPI: Buy-and-Hold, Wait and See, Previsões do Software Elliott
Wave (Versão 9.5.) e Posições num Instrumento Financeiro Alavancado (Primeiro Semestre de
2011)
Ação do BPI
Cotações Observadas Resultados
dezembro dezembro 2011 Rendibilidade Risco
(31/12/2009) (31/12/2010) (Desvio-
Padrão =
σ)
janeiro fevereiro março abril maio junho
(31/01/2011) (28/02/2011) (31/03/2011) (29/04/2011) (31/05/2011) (30/06/2011)
2,12 € 1,38 € 1,41 € 1,43 € 1,23 € 1,21 € 1,10 € 1,01 €
Estratégia 1 - Buy-and-Hold
- 1,38 € [[(1,21 € / 1,41 €35)] - 1] × 100 = - 14,18 % [[(1,01 € / 1,41 €36)] - 1] × - - 0,13 0,15
(se terminado em 30 de abril) 100 = - 28,36 % 14,1% 28,3%
(se terminado em 30 de
junho)
Estratégia 2 – Wait and See
- - Não comprar nenhuma ação enquanto as cotações O mesmo que o sugerido 0% 0% 0 0
observadas se mostrarem coincidentes com as previsões do até 30 de abril de 2011
Software Elliott Wave (Versão 9.5.) (se terminado em 30 de
(se terminado em 30 de abril) junho))
Estratégia 3 - Software Elliott Wave (Versão 9.5.)
- 1,38 € [1,25 € ; 1,2630 €] (ótica de curto prazo - de 2 de janeiro de 0% 0% 0 0
2011 até 15 de Abril de 2011, sensivelmente)
Como a cotação em 2 de janeiro é superior a qualquer uma
destas – não comprar Como a cotação em 2 de
- 1,38 € [1,2942 € ; 1,3831 €] (ótica de médio e longo prazos - de 2 de janeiro é superior a 0% 0% 0 0
janeiro de 2011 até 31 de março de 2011, sensivelmente) qualquer uma destas – não
Como a cotação em 2 de janeiro é superior a qualquer uma comprar
destas – não comprar
Estratégia 4 - Posição (Curta ou Longa) Num Instrumento Financeiro Alavancado (Sobre a Cotação da Ação do BPI)
- - Posição Curta (Venda de CFD´s sobre a Cotação da Ação Posição Curta 123% 266% 0,1 0,2
do BPI) (Venda de CFD´s sobre a
7092 CFD´s × 1,41 € = 10000 € Cotação da Ação do BPI)
Posição Longa (Compra de CFD´s sobre a Cotação da Ação 7092 CFD´s × 1,41 € =
do BPI) 10000 €
7092 CFD´s × 1,21 € = 8581 € Posição Longa
(Compra de CFD´s sobre a
Cotação da Ação do BPI)
7092 € × 1,01 € = 7162 €
Fonte: Gráfico 6. e elaboração própria a partir das cotações disponíveis em <www.bolsapt.com>, em janeiro de
2014.
35
Esta cotação é a de fecho da primeira sessão do ano de 2011 para a ação do BPI, dia 2 de janeiro de 2011.
36
Idem.
101
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Na Estratégia 2, Wait and See, como ocorreu nas cotações das duas ações analisadas
anteriormente, a rendibilidade e risco são, ambos, nulos. Decorre de não se comprar a ação do
BPI.
No que diz respeito à Estratégia 3, Software Elliott Wave (Versão 9.5.), caso ela fosse escolhida
por um investidor, como a cotação observada em 2 de janeiro de 2011, 1,41 ص, é superior a
qualquer cotação das previstas pelo Software, a melhor decisão, assumindo que a previsão é
credível, é não comprar a ação do BPI pelo que o seu resultado é nulo na rendibilidade e no
risco.
Finalmente, no que diz respeito à Estratégia 4, Posição (Curta ou Longa) Num Instrumento
Financeiro Alavancado (Sobre a Cotação da Ação do BPI), na hipótese de ter sido escolhida pelo
investidor, tal como nas duas antecedentes, revela-se a mais acertada, conquanto que também seja
arriscada pois recorre a um instrumento financeiro alavancado. De facto, ela conduz a uma
rendibilidade nos primeiros quatro meses de 2011 de + 123% e um risco de 0,1 e, nos seis
meses, de + 260% e de 0,2, respetivamente. Como se trata de um instrumento financeiro
alavancado, obriga a uma monitorização dos resultados diários com o ajustamento de
valorizações e desvalorizações uma vez que a posição é de 7092 CFD´s sobre a cotação da ação
do BPI.
Um pormenor, porém, deve ser realçado nestas quatro estratégias. Estas ilações são retiradas no
contexto descendente das três cotações das três ações. Fica por conhecer que resultados se
lograriam alcançar com estas mesmas quatro estratégias caso o contexto fosse o de uma evolução
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
ascendente para as três cotações das três ações. Supostamente, a Estratégia 1, nas três ações,
conduziria a rendibilidades positivas, a Estratégia 2 levaria a comprar cada uma das três ações,
a Estratégia 3 fornecia previsões (do Software) com cotações superiores às observadas e, na
Estratégia 4, o comportamento a adotar mais lucrativo seria o de constitui posições longas (e
não curtas).
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
A justificação científica para a escolha desta temática, radica no facto de se tratar de um tema
que, em língua portuguesa, se revela raro em estudos científicos e, em particular, nos meios
académicos37. Uma das explicações possíveis para tal facto não se encontra na ausência de
interesse científico mas, devido a ser uma temática um tanto ao quanto desconhecida dos
investigadores da especialidade. Mesmo em outras línguas, designadamente, inglesa, a mesma
raridade ocorre sendo a sua aplicação a mercados de valores mobiliários desenvolvidos escassa
ou mesmo inexistente. É o elevado desconhecimento teórico dos seus principais aspetos que
explicam esta ausência científica.
37
Exceção à Tese de Doutoramento de Ribeiro (2014) - consultar Referências Bibliográficas - tanto quanto é do
nosso conhecimento até agosto de 2014.
104
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Pessoalmente, perfilhamos a ideia de que, na análise técnica, qualquer que seja o valor mobiliário
e o mercado, o comportamento da cotação não exibe regularidade perfeita, e daí que não se possa
detetar um comportamento repetitivo. No entanto, possui validade se conjugada com uma série de
indicadores se se considerarem as diferentes amplitudes temporais de comportamento das
cotações dos valores mobiliários.
De seguida, surge o Capítulo III., com o título Teoria das Ondas de Elliott. O seu autor foi
Ralph Nelson Elliott (1871 - 1948). Para este, os mercados de valores mobiliários e as suas
cotações, evoluem em Ondas (como o próprio nome sugere). Basicamente, num movimento de
mercado ascendente, existem cinco Ondas de Impulso (referenciadas por números) e três Ondas
de Correção (referenciadas por letras) e, num movimento de mercado descendente, cinco
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Ondas de Impulso (referenciadas por números) e três de Correção (referenciadas por letras) sendo
que no primeiro movimento as cinco sobem e as três descem e, no segundo movimento, as cinco
descem e as três sobem. Estas Ondas, repetem-se, na forma, no tempo e no comprimento,
diferindo quanto à sua amplitude temporal. Esta, para efeitos de aplicação da Teoria das Ondas de
Elliott, apresenta-se como irrelevante conhecer qual a que lhe está associada: uma hora, um dia,
uma semana, um mês, um trimestre, etc. Tal decorre da existência de duas caraterísticas notáveis
possuídas pelas Ondas de acordo com o seu autor: o desdobramento das Ondas de maior
amplitude em menor, segue os números da sequência de Fibonacci e, este desdobramento,
obedece a uma lógica do tipo fractal, em que a passagem de um nível de maior para outro de
menor amplitude temporal obedece, sempre, à mesma estrutura básica.
No âmbito das Ondas de Impulso, existem três tipos de formas típicas: Onda Estendida,
Triângulo Diagonal na sub-Onda 5, Falha da Quinta sub-Onda. Por seu turno, nas Ondas de
Correção, temos seis formas típicas: Zigzag, Flat, Irregular, Triângulo Horizontal, Três
Duplos e Três Triplos.
Por fim, temos o Capítulo IV., Estudo Empírico. É o Capítulo mais importante,
conjugadamente, com os Capítulos que o antecedem. Do ponto de vista da realidade observada,
das cotações das ações do BCP, BES e do BPI, respetivamente, nos anos de 2009 e 2010, as três
conheceram uma desvalorização muito acentuada nestes dois anos. O BCP, desvalorizou-se 98%,
o BES 57% e o BPI 44%.
Como principais Tendências Evidenciadas pelo Software Elliott Wave (Versão 9.5.), na cotação
da ação do BCP, destaca-se a coincidência com o comportamento observado em 2009 e 2010.
No que se refere à Teoria das Ondas de Elliott, cumpre mencionar que, genericamente, se
constata, apenas em parte, a confirmação do que é propalado por esta Teoria. Por conseguinte,
106
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
existem fases onde a mesma não é confirmada e, até mesmo, se observa um comportamento
contrário ao esperado (de acordo com a Teoria).
Na cotação da ação do BES, as tendências exibidas pelo Software Elliott Wave (Versão 9.5.),
também coincidem, de uma forma geral, com o comportamento observado em 2009 e 2010.
Relativamente à Teoria das Ondas de Elliott, também, apenas em parte, esta é evidenciada. Por
conseguinte, observam-se fases em que o observado no Software, não é coincidente com o
esperado.
Por último, na cotação da ação do BPI, as tendências observadas surgem, globalmente, em tudo
análogas ao comportamento observado na realidade em 2009 e 2010. A Teoria das Ondas de
Elliott, é cumprida, parcialmente, registando-se fases que contrariam esta e, portanto, o observado
afasta-se do que se esperava teoricamente.
Nos Resultados Obtidos, no que se refere à cotação da ação do BCP, nos indicadores EASI,
Trend, Target (1 e 2) e Exit, evidenciam-se os traços essenciais de uma tendência descendente
da cotação desta ação, em 2009 e 2010, em qualquer uma das três amplitudes temporais
consideradas: Primária, Intermédia e Minor. Na cotação da ação do BES, confirma-se a mesma
tendência descendente nos indicadores EASI, Trend e Exit¸ nas mesmas amplitudes temporais.
Nos indicadores Target, 1 e 2, tal não sucede: dá-se uma inversão da tendência da amplitude
temporal Primária para a Intermédia. Finalmente, na cotação da ação do BPI, invariavelmente,
constata-se que nas três amplitudes temporais, nos indicadores EASI, Trend e Exit, a tendência
descendente, é corroborada. No indicador Target, 1 e 2, observa-se uma inversão de tendência da
amplitude temporal Primária, quer para a Intermédia quer para a Minor.
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
mesmo ano, dada por este Software, admitindo que não possuía nenhuma das três ações, era o
seguinte:
para a cotação da ação do BCP – recomendar-se-ia a Estratégia 4, de constituir
uma posição curta neste ativo, via venda de 16949 CFD´s sobre a cotação da ação do BCP em 2
de janeiro de 2011 e compra desta mesma quantidade (fechando a posição curta),
posteriormente. Se esta compra ocorresse até abril de 2011, propiciaria uma rendibilidade de +
65% e de + 288% se até junho de 2011. Pelas previsões do Software, na Estratégia 3, como elas
são superiores à cotação de 0,59 صno dia 2 de janeiro de 2011 no mercado à vista, dia em que
supostamente, esta ação seria adquirida, expondo-se a esta incerteza, a recomendação seria a de
vendê-la à cotação mais baixa da prevista, caso em que a rendibilidade teria sido de + 6,74%
(tanto em abril como em junho de 2011);
para a cotação da ação do BES – também se recomendaria a Estratégia 4, de
constituir uma posição curta neste ativo, com a venda 3378 CFD´s sobre a cotação da ação do
BES em 2 de janeiro de 2011 e comprando a mesma quantidade e fechando a posição curta
posteriormente. Caso tivesse esta compra sido até abril de 2011 a rendibilidade seria de + 21% e
de + 113% se até junho de 2011. As previsões do Software, na Estratégia 3, como elas são
inferiores à cotação de 2,96 صno dia 2 de janeiro de 2011 no mercado à vista, dia em que se
compraria a ação, não se deveria expor a esta incerteza, pelo que a recomendação seria de não a
comparar;
para a cotação da ação do BPI – recomenda-se a Estratégia 4, com uma posição
curta neste ativo, traduzida na venda de 7092 CFD´s sobre a cotação da ação do BPI e no fecho
da posição curta com a compra da mesma quantidade. Caso esta tivesse ocorrido até abril de
2011, a rendibilidade era de + 123% e de + 266% se em junho de 2011. As previsões do
Software, na Estratégia 3, são superiores à cotação de 1,41 صno dia 2 de janeiro de 2011 no
mercado à vista. Assim sendo, não era recomendável adquirir esta ação expondo-se à incerteza do
ditado pelo Software.
É possível atuar sobre as cotações de quaisquer valores mobiliários, em particular, ações e índices
sobre ações, numa lógica de antecipação ex-ante sobre a evolução ex-post, tirando partido
lucrativo, constituindo posições longas ou curtas, comprando e vendendo, independentemente
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
dos movimentos de mercado serem, ascendentes ou descendentes. Para tal, é necessário, conhecer
o que são e como utilizar os instrumentos financeiros apropriados para tirar partido lucrativo
utilizando os mesmos.
Esta Tese de Dissertação Mestrado permitiu refletir sobre sentidos futuros de desenvolvimento
dentro das áreas de trading de valores mobiliários. Desde logo, o conhecimento de outras Teorias
na mesma área de autores como William Delbert Gann (1878 - 1955), nomeadamente. Por outro
lado, também se mostra de inequívoco interesse científico conhecer e averiguar quais os
resultados a que se lograria chegar se se recorrer à utilização de outro Software de trading de
valores mobiliários como o Metastock (nas versões end-of-day e real-time), MTPredictor,
Track´n Trade, Fibonacci Trader Real Time, eSignal Trading, entre outros.
Mostra-se ainda de toda a conveniência a aplicação da Teoria das Ondas de Elliott ao PSI-20 a
outras ações, a amplitudes temporais, superiores e inferiores, a um e dois anos, bem como a
índices de ações, como sejam o IBEX 35, o CAC 40, o DAX 30, o AEX 25, o BEL 20, o S&P
500, o NASDAQ 100 e o DOW JONES, designadamente.
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Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
A aplicação a outros ativos como sejam commodities, ETF´s, taxas de câmbio, taxas de juro,
obrigações (dívida pública e privada), contratos de futuros, contratos de opções, CFD´s,
Warrants (de compra e de venda) sobre quaisquer ativos, etc., também se mostra útil.
Por último, uma análise circunscrita a um ano ou dois, analisando os resultados previsionais
obtidos de forma separada, revelar-se-ia, ainda, como um sentido possível de desenvolvimentos
futuros.
Por outro lado, revelar-se-ia ainda de extrema utilidade, conhecer quais os resultados obtidos se
as previsões do Software revelassem tendências de mercado ascendentes (e não descendentes
como sucedeu) nos mesmos valores mobiliários.
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<http://technical.traders.com/tradersonline/display.asp?art=5834>
121
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da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Anexos.
Anexo I. - Notas Descritivas do Software Elliott Wave (Versão 9.5.)
Desde logo cumpre destacar que este Software, fundamentalmente, procede à definição e análise
das Ondas de Elliott no período (histórico) considerado, de tal modo que assinala as Ondas de
Impulso e as Ondas de Correção que são preconizadas pela Teoria subjacente exposta no
Capítulo III.. Trata-se de um Software específico de tratamento e análise do comportamento das
cotações de valores mobiliários que neste caso são ações mas, perfeitamente, ajustável a qualquer
outro tipo de valor mobiliário (índices de ações, outros instrumentos financeiros, )ر.
Como objetivo a salientar neste Software, é de sublinhar que se trata de uma ferramenta que
fornece indicações, para a previsão, ex-ante com efeitos ex-post, de cotações de valores
mobiliários, de tal forma que poderão ser utilizadas com aproveitamento de forma profícua para o
utilizador tirar benefício lucrativo pessoalmente aplicado a qualquer ação ou outro valor
mobiliário qualquer. As cotações que servem de base de análise deverão ser fornecidas em tempo
real para que este benefício possa ser tirado dos preceitos sugeridos pelo Software com efeitos
prospetivos.
Como principais aspetos descritivos são de referir os seguintes exibidos na Figura 16..
Como se observa na Figura 16., o Menu Principal é constituído por 10 opções que são auxiliares
possuindo opções de melhoramento do output extraído, de forma automática pelo próprio
122
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Software. Logo após se carregar no ícon referente ao programa, surge uma janela que requer a
definição do ficheiro subjacente a ser carregado. Este ficheiro terá que estar em formato CSV,
caso contrário o programa não procede à sua leitura (carregamento) pelo que inviabiliza a sua
análise interna. Uma vez carregado este ficheiro, surge uma outra janela que obriga a definir qual
é a ordem de apresentação das cotações. Ela é a seguinte: date, open, close, low, high e, para
terminar, volume. Após esta definição o programa começa a trabalhar produzindo um gráfico
como os exibidos nos Gráficos 4., 5. e 6. ao mesmo tempo que, no canto inferior direito, surgem
uma série de iterações de análise à luz da Teoria das Ondas de Elliott, propriamente dita, exposta
nos Quadros 4., 5. e 6.. Após concluídas estas mesmas iterações, que se efetuam
automaticamente, temos as cotações concluídas e submetidas à análise do Software em questão.
Como se pode aquilatar pela Figura 16., as 10 opções do Menu Principal são:
1. Chart (Gráfico) - sucintamente, refere-se à conceção de gráficos com as cotações,
gravações, abertura de ficheiros, nomeadamente;
2. Edit (Editar) – refere-se ao grau de subida e de descida bem como a propriedades
dos ficheiros abertos;
3. View (Vista) – diz respeito às possibilidades de efetuar ampliações e reduções nos
gráficos com modificações nas escalas utilizadas;
4. Insert (Inserir) – tem a ver com a geração de indicadores complementares de
análise técnica;
5. Analyse (Análise) – serve para analisar o gráfico inteiro nas Ondas em particular;
6. Options (Opções) – a análise é feita em várias opções possíveis com definição de
zonas a atingir nas cotações;
7. Price Data (Cotações) – permite várias modificações que se podem efetuar sobre a
amostra das cotações considerada;
8. Screen (Ecrã) – permite modificar opções relativamente ao ecrã;
9. Windows (Janelas) – faculta a possibilidade de diferentes formas de visualização
das janelas;
10. e Help (Ajuda) – é a opção de ajuda com especificações sobre o Software no que
se refere ao seu funcionamento.
123
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Para além destas 10 opções, ainda se pode constatar, pela Figura 16. que, num nível
imediatamente abaixo do Menu Principal, temos visualizado um conjunto de sub-opções ao
longo de uma linha.
Assim, da esquerda para a direita, surge em primeiro lugar, um pequeno retângulo cujo objetivo
é escolher um ficheiro que já exista em formato CSV e abri-lo.
Em segundo lugar, observa-se uma sub-opção designada por Select Templates cujo intuito
possibilita a exibição de indicadores de análise técnica e tipos de gráficos de natureza diversa a
acrescentar ao gráfico gerado pelo Software. Em terceiro lugar, surge um ícon para gravar o
gráfico obtido e, em quarto lugar, outro ícon para imprimir o mesmo. Em quinto lugar, vemos
um ícon para explicar a análise dos resultados obtidos. Em sexto lugar, um ícon para visualizar
clusters-alvo alternativos Toggle ou Toogle Display Target Clusters. Em sétimo lugar, um ícon
para efetuar uma inspeção do tipo Scanner ao gráfico obtido (atualizando o mesmo havendo
modificações). Em oitavo lugar, temos um ícon importante que possibilita a definição de
amplitudes temporais (times frames) das mais longas (Grand Supercycle) até às menores
(Subminuette e até amplitudes temporais ainda inferiores). Em nono lugar, observa-se uma seta
cuja função é analisar todas as observações do gráfico carregado (loaded). Em décimo lugar,
surge um conjunto de dispositivos, cada um com o seu ícon que permitem desenhar linhas de
tendência, canais de tendências, linhas de speed (speed lines), colocação de retracements
(horizontais e verticais) nos gráficos, linhas Fan, designadamente, sem esquecer os números e as
letras correspondentes à identificação tanto das Ondas de Impulso como das Ondas de Correção,
respetivamente.
124
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da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Estratégia 1 – Buy-and-Hold
Rendibilidade Desvio-Padrão
Cotação Média nos Quatro Primeiros Meses de 2011 (A Cotação Média nos Seis Primeiros Meses de 2011 (A partir das
partir das Cotações de Fecho do Último dia do Mês em Cotações de Fecho do Último dia do Mês em Causa)
Causa)
Cotação Média = (0,59 € + 0,65 € + 0,58 € + 0,59 € + 0,48 € + 0,41 €) / 6
Cotação Média = (0,59 € + 0,65 € + 0,58 € + 0,59 €) / 4 = = (3,25 €) / 6 = 0,541 €
(2,36 €) / 4 = 0,59 €
Raíz Quadrada do Somatório do Quadrado das Diferenças das
Raíz Quadrada do Somatório do Quadrado das Cotações para os primeiros seis meses de 2011 = (0,59 € - 0,541 €)2 +
Diferenças das Cotações para os primeiros quatro meses (0,65 € - 0,541 €)2 + (0,58 € - 0,541 €)2 + (0,54 € - 0,541 €)2 + (0,48 € -
de 2011 = (0,59 € - 0,541 €)2 + (0,65 € - 0,541 €)2 + (0,58 € - 0,541 €)2 + (0,41 € - 0,541 €)2 = 0,0781942
0,541 €)2 + (0,54 € - 0,541 €)2 = 0,06285698
Estratégia 3 - Software Elliott Wave (Versão 9.5.)
Rendibilidade Desvio-Padrão
4 Meses 6 Meses
0 0
0 0
0 0
Estratégia 4 – Posição (Curta ou Longa) Num Instrumento Financeiro Alavancado (Sobre a Cotação da Ação do BCP)
Rendibilidade Desvio-Padrão
Operações 4 Meses 6 Meses 4 Meses 6 Meses
Posição Curta 16949 CFD´s × 0,59 € = 16949 CFD´s × 0,59 € = (0,59 € + 0,54 €) / 2 = 0,565 € (0,59 € + 0,41 €) / 2 = 0,5 €
(Venda de CFD´s 10000 € 10000 €
(Sobre a Cotação da
Ação do BCP))
(16949)
Margem (10%) 0,1 × 16949 CFD´s × 0,59 € 0,1 × 16949 CFD´s × 0,59 € [(0,59 € – 0,565 €)2 +(0,54 € – 0,565 [(0,59 € – 0,5 €)2 +(0,41 € – 0,5
= 1000 € = 1000 € €)2 ] / 2 = 0,000625 €)2 ] / 2 = 0,0081
Comissão (1%) 0,01 × 16949 CFD´s × 0,59 0,01 × 16949 CFD´s × 0,59 € Raíz Quadrada de 0,000625 = Raíz Quadrada de 0,0081 = 0,09
€ = 100 € = 100 € 0,025
Posição Longa 16949 CFD´s × 0,54 € = 16949 CFD´s × 0,41 € =
(Compra de CFD´s 9152 € 6949 €
(Sobre a Cotação da
Ação do BCP))
(16949)
Comissão (1%) 0,01 × 16949 CFD´s × 0,54 0,01 × 16949 CFD´s × 0,41 €
€ = 91 € = 69 €
Lucro Bruto (0,54 € - 0,59 €) × 16949 = (0,41 € - 0,59 €) × 16949 =
847 € 3050 €
Total de Comissões 100 € + 91 € = 191 € 100 € + 69 € = 169 €
Lucro Líquido de 847 € - 191 € = 656 € 3050 € - 169 € = 2881 €
Comissões
Rentabilidade (656 €) / 1000 € = 65,6% (2881 €) / 1000 € = 288,1%
Líquida de
Comissões
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da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Estratégia 1 – Buy-and-Hold
Rendibilidade Desvio-Padrão
Cotação Média nos Quatro Primeiros Meses de 2011 (A Cotação Média nos Seis Primeiros Meses de 2011 (A partir das
partir das Cotações de Fecho do Último dia do Mês em Cotações de Fecho do Último dia do Mês em Causa)
Causa)
Cotação Média = (2,96 € + 3,28 € + 2,89 € + 2,84 € + 2,72 € + 2,57 €) / 6
Cotação Média = (2,96 € + 3,28 € + 2,89 € + 2,84 €) / 4 = = (17,26 €) / 6 = 2,87 €
(11,97 €) / 4 = 2,992 €
Raíz Quadrada do Somatório do Quadrado das Diferenças das
Raíz Quadrada do Somatório do Quadrado das Cotações para os primeiros seis meses de 2011 = (2,96 € - 2,87 €)2 +
Diferenças das Cotações para os primeiros quatro meses (3,28 € - 2,87 €)2 + (2,89 € - 2,87 €)2 + (2,84 € - 2,87 €)2 + (2,72 € - 2,87 €)2
de 2011 = (2,96 € - 2,87 €)2 + (3,28 € - 2,87 €)2 + (2,89 € - + (2,57 € - 2,87 €)2 = 0,21984
2,87 €)2 + (2,84 € - 2,87 €)2 = 0,210653744
Estratégia 3 - Software Elliott Wave (Versão 9.5.)
Rendibilidade Desvio-Padrão
4 Meses 6 Meses
0 0
0 0
Estratégia 4 – Posição (Curta ou Longa) Num Instrumento Financeiro Alavancado (Sobre a Cotação da Ação do BES)
Rendibilidade Desvio-Padrão
Operações 4 Meses 6 Meses 4 Meses 6 Meses
Posição Curta 3378 CFD´s × 2,96 € = 3378 CFD´s × 2,96 € = (2,96 € + 2,84 €) / 2 = 2,9 € (2,96 € + 2,57 €) / 2 = 2,765 €
(Venda de 3378 10000 € 10000 €
CFD´s (Sobre a
Cotação da Ação do
BES))
Margem (10%) 0,1 × 3378 CFD´s × 2,96 € 0,1 × 3378 CFD´s × 2,96 € [(2,96 € – 2,9 €)2 +(2,84 € – 2,9 [(2,96 € – 2,765 €)2 +(2,57 € – 2,765
= 1000 € = 1000 € €)2 ] / 2 = 0,0036 €)2 ] / 2 = 0,2140125
Comissão (1%) 0,01 × 3378 CFD´s × 2,96 € 0,01 × 3378 CFD´s × 2,96 € Raíz Quadrada de 0,0036 = Raíz Quadrada de 0,21401254 =
= 100 € = 100 € 0,06 0,46261485
Posição Longa 3378 CFD´s × 2,84 € = 9593 3378 CFD´s × 2,57 € = 8681
(Compra de 3378 € €
CFD´s (Sobre a
Cotação da Ação do
BES))
Comissão (1%) 0,01 × 3378 CFD´s × 2,84 € 0,01 × 3378 CFD´s × 2,57 €
= 95 € = 86 €
Lucro Bruto (2,84 € - 2,96 €) × 3378 = (2,57 € - 2,96 €) × 3378 =
405 € 1317 €
Total de Comissões 100 € + 95 € = 195 € 100 € + 86 € = 186 €
Lucro Líquido de 405 € - 195 € = 210 € 1317 € - 186 € = 1131 €
Comissões
Rentabilidade (210 €) / 1000 € = 21% (1131 €) / 1000 € = 113%
Líquida de
Comissões
126
Um Teste à Utilidade para o Investidor no Mercado de Ações Português
da Aplicação da Teoria das Ondas de Elliott
Estratégia 1 – Buy-and-Hold
Rendibilidade Desvio-Padrão
Cotação Média nos Quatro Primeiros Meses de 2011 (A partir Cotação Média nos Seis Primeiros Meses de 2011 (A partir das
das Cotações de Fecho do Último dia do Mês em Causa) Cotações de Fecho do Último dia do Mês em Causa)
Cotação Média = (1,41 € + 1,43 € + 1,23 € + 1,21 €) / 4 = (5,28 €) / Cotação Média = (1,41 € + 1,43 € + 1,23 € + 1,21 € + 1,10 € + 1,01
4 = 1,32 € €) / 6 = (7,39 €) / 6 = 1,231 €
Raíz Quadrada do Somatório do Quadrado das Diferenças das Raíz Quadrada do Somatório do Quadrado das Diferenças das
Cotações para os primeiros quatro meses de 2011 = (1,41 € - Cotações para os primeiros seis meses de 2011 = (1,41 € - 1,231
1,231 €)2 + (1,43 € - 1,231 €)2 + (1,23 € - 1,231 €)2 + (1,21 € - 1,231 €)2 + (1,43 € - 1,231 €)2 + (1,23 € - 1,231 €)2 + (1,21 € - 1,231 €)2 +
€)2 = 0,134242318 (1,10 € - 1,231 €)2 + (1,01 € - 1,231 €)2 = 0,151704756
Estratégia 3 - Software Elliott Wave (Versão 9.5.)
Rendibilidade Desvio-Padrão
4 Meses 6 Meses
0 0
0 0
Estratégia 4 – Posição (Curta ou Longa) Num Instrumento Financeiro Alavancado (Sobre a Cotação da Ação do BPI)
Rendibilidade Desvio-Padrão
Operações 4 Meses 6 Meses 4 Meses 6 Meses
Posição Curta 7092 CFD´s 7092 CFD´s × 1,41 € = 10000 € (1,41 € + 1,21 €) / 2 = 1,31 € (1,41 € + 1,01 €) / 2 = 1,21 €
(Venda de 7092 × 1,41 € =
CFD´s (Sobre a 10000 €
Cotação da Ação
do BPI))
Margem (10%) 0,1 × 7092 0,1 × 7092 CFD´s × 1,41 € = 1000 € [(1,41 € – 1,31 €)2 +(1,21 € – [(1,41 € – 1,21 €)2 +(1,01 € –
CFD´s × 1,31 €)2 ] / 2 = 0,01 1,21 €)2 ] / 2 = 0,04
1,41 € =
1000 €
Comissão (1%) 0,01 × 7092 0,01 × 7092 CFD´s × 1,41 € = 100 € Raíz Quadrada de 0,01 = 0,1 Raíz Quadrada de 0,04 = 0,2
CFD´s ×
1,41 € = 100
€
Posição Longa 7092 CFD´s 7092 CFD´s × 1,01 € = 7162 €
(Compra de 7092 × 1,21 € =
CFD´s (Sobre a 8581 €
Cotação da Ação
do BPI))
Comissão (1%) 0,01 × 7092 0,01 × 7092 CFD´s × 1,01 € = 71 €
CFD´s ×
1,21 € = 85 €
Lucro Bruto (1,21 € - 1,41 (1,01 € -1,41 €) × 7092 = 2836 €
€) × 7092 =
1418 €
Total de 100 € + 85 € 100 € + 71 € = 171 €
Comissões = 185 €
Lucro Líquido de 1418 € - 185 2836 € - 171 € = 2665 €
Comissões € = 1233€
Rentabilidade (1233 €) / (2665 €) / 1000 € = 266,5%
Líquida de 1000 € =
Comissões 123,3%
127