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ZiwuYuānyāng yuè 鴛鴦鉞 Faca Chifre

de Cervo/ pato Mandarin / Rabo de peixe

Conhecido como, eixos meridianos, facas de corça de


cervo, facas de lua crescente, rabo de peixe e facas pato
Mandarim, esta arma foi popularizada através do
Baguazhang, um estilo de kung fu criado e popularizado
pelo grande mestre Dong Hai Chuan 董海川 (1813 – 1882).
Estas facas de aço (originalmente produzidas em ferro
fundido) são perfeitamente ponderadas e dimensionadas,
sendo ocasionalmente chamadas de lâminas de matança.
O Yuānyāng yuè é uma arma tradicional chinesa com uma
forte associação com a arte marcial do Baguazhang.
Normalmente carregadas em um par, essas facas de
combate chamam a atenção pela sua excentricidade. As
múltiplas lâminas e pontos com ferrões são projetados para
resguardar a mão, enrolar e desviar armas maiores como
lanças e espadas.
A proteção centrada em torno da mão faz do Yuānyāng yuè
uma arma previamente intuitiva de usar ao bloquear e
desviar as investidas de um inimigo. Capaz de cortes
rápidos e profundos os ferrões da parte inferior da mão
também podem funcionar como perfuradores afiados para
um efeito previsivelmente doloroso. Essas facas combinam
graça e fluidez com precisão afiada sendo essa uma
excelente ferramenta de treinamento para quem aprimora
suas habilidades de coordenação motora e precisão.

Uma versão para o Baguazhang


O Yuānyāng yuè 鸳鸯 钺 na versão de quatro pontas
ganhou proeminência nas artes marciais no final da
dinastia Qing (1644 – 1911). Embora referências sobre as
datas de origem sejam motivo de controvérsia entre
estudiosos, a existência registrada de Dong Hai Chuan
reporta os anos entre 1813 -1882 (nascimento e morte do
grande mestre) que nos permite situar com razoável
precisão o surgimento da versão de quatro pontas do
Yuānyāng yuè.
Alguns relatos afirmam que Dong Hai Chuan no auge de
sua forma foi desafiado a produzir uma
arma com base na forma e teoria circular
do Baguazhang para ser inserido no seu
novo sistema de Kung Fu.
Dizem que após alguns estudos técnicos
Dong Hai Chuan partiu um aro circular
em duas partes iguais e as juntou de
forma invertida e assim nasceu o
“Yuānyāng yuè”. Apesar de a teoria ser
condizente com os elementos da época e
indicar ser uma possibilidade na criação dessa arma, não
existe nenhum registro documental que corrobore essa
narrativa.
Com relação à aparência, a forma modificada dos aros
seria semelhante a um rabo de peixe
na extremidade inferior da arma,
nome pelo qual se difundiu com o
passar do tempo e que se manteve
até os dias de hoje.
Outros relatos mencionam que o grande mestre baseou-se
em uma versão mais antiga pré-existente dessa arma
conhecida como facas
pato mandarim ou facas
chifre de cervo, nome
atribuído à arma devido à
semelhança com as
curvas da galhada dos
cervos descendentes de
uma antiga forma de lutar
chamada “Goti” 與尖峰戰
鬥 ou luta com pontas.

Sobre o Uso da Versão de Quatro Pontas

A rotina de treinamento na versão de quatro pontas tem por


base as linhas de deslocamento circular existentes nas
formas taoistas, seguido de oscilações para todos os
lados semelhantes às formas dos
movimentos e exercícios de mão do
Baguazhang.
Explora-se essa arma através da
troca rápida de bases enquanto
giros contínuos perfazem evoluções de
180° de um lado a outro, o que deixa o
adversário confuso enquanto a lâmina corta em
sentido linear e circular e axial de forma constante.
Em termos práticos a versão de quatro pontas se utiliza de
movimentos circulares de dentro para fora de maneira
expansiva. Apesar da beleza que as linhas do Baguazhang
expõem as técnicas dessa arma, temos como
desvantagem a falta de linearidade da linha central de
combate onde predominam a maior parte dos confrontos.
Devido à alta popularidade do método de Dong Hai Chuan
(criador do modelo de quatro pontas) o Baguazhang
arrastou de contra peso todo seu arsenal de armas e
teorias existentes de uso como anexo. Em função dessa
proeza, dezenas de técnicas similares de Baguazhang
assim como replicações do Yuānyāng yuè em versões
pobres e de construção duvidosa que só funcionam na
imaginação dos praticantes se proliferaram aos quatro
cantos da terra.
Como resultado 90% das formações dessa arma ensinada
nas escolas marciais hoje em dia,
agregam rotinas que não detém
nenhum fluxo marcial útil e funcional.
Um dos fatores que contribuíram para
essa disseminação desenfreada de
técnicas não fundamentadas e sem
estudo funcional, é a própria aparência
aterradora da arma, que faz induzir a
quem a segura, uma forte sensação de
poder de destruição devido ao modelo
incomum que de forma inconsciente faz
pressupor que a arma agrega alguma
surpresa quando manuseada. Alguns
fatores como historias que viram lendas e que se
perpetuam no meio marcial ainda sustentam uma
imaginação fértil de muitos praticantes e mestres de Kung
Fu valorizando ainda mais algumas formações marciais na
forma de katis.
Hoje mais de 100 anos após sua morte ainda existem
rumores e histórias de que Dong Haichuan e sua lápide
contêm muitos outros registros secretos do uso do Yuān
yāng yuè e de técnicas eficazes contra homens fortemente
armados. Uma dessas histórias diz que, Dong Hai Chuan
ao viajar para fora da cidade foi atacado por uma turba de
ladroes fortemente armados até os dentes, mas de maneira

extraordinária ele se moveu como um furacão sacou seu


par de Yuān yāng yuè e derrotou a todos saindo ileso do
combate.
Quando guardas locais chegaram, ficaram impressionados
com as lacerações em que um conjunto de doze corpos foi
encontrado. Testemunhas diziam que um homem com uma
arma estranha e devastadora nunca vista dilacerou a todos
numa fração de segundos com incrível velocidade e
precisão.

Yuānyāng yuè nos dias de hoje

Aperfeiçoadas durante gerações, a maioria das facas


Yuānyāng yuè vistas nos tempos modernos são de quatro
pontos ou ferrões, isso aumenta a capacidade de prender a
arma do oponente e desarmá-lo. Do ponto de vista
geométrico essa arma tem uma forma imponente e
assustadora e com aparência bem destruidora, contudo,
possui algumas limitações devido ao próprio formato da
geometria de construção.
Embora eficiente contra a maior parte das armas chinesas
as perfurações frontais requerem certa prática devido à
forma de arco e o grau de inclinação da lâmina principal
que detém em média 15 cm de potencial para perfuração
direta e dois cm a seis
cm de profundidade
em laceração contínua
vertical ou horizontal.
Devido à geometria não
linear da lâmina, é
natural que a trajetória da
arma se desvie um pouco
durante a parábola da curva,
considerando-se o coeficiente de
aceleração em relação à curva defasada em um alvo em
movimento. O deslocamento descendente do arco sempre
é constante, e varia de acordo com a distância. Quanto
mais longe for o alvo, maior será o desvio da curva.
Por isso ataques frontais e diagonais a curta distância
devem ser sempre a primeira opção devendo ser
executados de forma rápida e direta.
Como maior virtude, o Yuānyāng yuè destaca-se na
capacidade de bloquear outras armas como bastões,
lanças e espadas, o escudo protetor ou guarda a frente da
mão garante segurança e proteção adicional para o usuário
sob diversas circunstâncias.
Como alvos principais no corpo humano as versões de três
e quatro pontas visam sempre áreas vitais como pescoço,
olhos, coração, mãos e joelhos. Como consideração final
temos o correto balanceamento das lâminas que é
fundamental para uso contínuo e são poucos os modelos
funcionais que retém um equilíbrio perfeito e harmonioso
de todo o conjunto, possibilitando perfurações eficientes
como punção e lacerações verticais e horizontais de forma
simultânea. Yuānyāng yuè é uma das armas mais exóticas
do kung fu, é sempre manipulada aos pares, geralmente é
ensinada a alunos com formação elevada em outras armas
chinesas porque detém poder de corte em toda sua
extensão.

Suposta Origem da versão de três pontas


Versão ensinada no Shaolin do Norte

Uma versão mais antiga pré-existente dessa arma


conhecida como versão de três pontas ou três bifurcações,
foi referenciada ao longo da história como um modelo bem
mais antigo do que o criado por Dong Hai Chuan e usado
no templo shaolin de Honan. Informações documentadas
desses registros se perderam no tempo e a única
referência existente é a própria técnica que chegou aos
nossos dias através de e seu legado transmitido de forma
oral e não escrita. Nesse ponto a antiga tradição marcial
detém certa credibilidade embora não possa ser
comprovada efetivamente.
O nome mais antigo dessa arma seriam facas chifre de
cervo na sua formação mais primitiva devido à semelhança
da galhada dos cervos e veados.
Por ser disposta em pares, foi posteriormente renomeado
por alguns mestres como, facas pato-mandarim, um nome
que referencia a formação de elementos duplos
inseparáveis. O pato-mandarim na China é sinônimo de
pares complementares e muitos acreditam que os casais
da espécie criam laços eternos, assim essas facas serão
sempre encontradas
aos pares não existindo
formações de uso
individual dessas facas
em nenhuma forma de
kung fu.
Uma curiosidade com
relação ao nome chifre
de cervo é que a galhada em algumas culturas
representam a coroa ou poder, em outras representa a
ligação entre o céu e a terra, ou seja, ele seria um
mediador entre os mundos terreno e espiritual.
Os chifres são considerados um símbolo de renascimento,
porque quando os chifres
caem, eles se regeneram
de tempos em tempos,
tornando-se maior a cada
ciclo. Significados a parte
os nomes atribuídos a
essa arma de alguma
forma se relacionam com
parte de sua geometria,
associados a elementos comuns do folclore popular e
elementos místicos e mágicos da cultura chinesa.
O nome rabo de peixe pelo qual é mais conhecido hoje em
dia se expandiu com o tempo em duas formações
existentes de três e de quatro pontas, pato-mandarim e
chifre de cervo são nomes com fortes referências regionais
em outras partes da China não existindo, portanto, um
nome oficial definitivo para essa arma, elas serão
encontradas sempre com diversos nomes dependendo da
localização geográfica.
Diversos nomes conhecidos da Arma:

01 - Faca Chifre de Cervo - 鹿角刀Lùjiǎo dāo


02 - Pato Mandarim - 鸳鸯 Yuānyāng
03 - Rabo de Peixe - 鱼尾 Yú wěi
04 - Eixos Meridianos - 经轴 Jīng zhóu
05 - Lâminas de Matança - 杀死刀片 Shā sǐ dāopiàn
06 - Facas de lua Crescente -月牙刀 Yuèyá dāo
07 - Facas Sol e Lua -日月刀 Rì yuè dāo

Relação da Geometria com os Diversos


Nomes Conhecidos da Arma
Sobre a intersecção das lâminas “Vesica Piscis”
A construção das facas de Baguazhang na versão de
quatro pontas demonstra geometricamente o “Vesica
piscis” sendo a forma onde a intersecção de dois círculos
com o mesmo raio de cada circunferência está sobre o
perímetro da outra. O nome em latim significa literalmente
bexiga de peixe, que supostamente deu origem ao nome
popular de “rabo de peixe” pelo qual a arma é conhecida.

De forma prática tudo indica que em um segundo momento


o nome “rabo de peixe” se tornou um jargão popular,
baseado na semelhança dos ferrões inferiores com base no
formato da nadadeira traseira dos peixes.
Apesar dos diversos nomes dessa arma, a expressão “rabo
de peixe” teve por base em algum momento o estudo da
geometria, demonstrando haver estudos técnicos por parte
das estruturas de Baguazhang.
Muitas armas na China de estrutura semelhante adotaram
a mesma denominação de nomes por questões práticas, o
que acabou gerando certa confusão na hora de classificar
os nomes e modelos específicos de cada arma.
O Governo chinês até hoje tem dificuldade na classificação
histórica e correta dos nomes porque muitas das
referências originais se perderam no tempo, sendo
substituído por nomes populares que refletem certa
semelhança com os formatos nativos das armas.

Sobre as interseções das lâminas


“Facas sol e Lua”
As denominações chinesas para os nomes das armas se
originam em parte pela associação com elementos
inspirativos da cultura oriental, através
de representações poéticas, históricas
ou de elementos realistas como o
antagonismo contínuo nas alternâncias
yin e yang. A comparação das facas
bifurcadas
nessa análise
serve para as versões de três e
quatro pontas. Ambos os modelos
de três e quatro pontas possuem a
forma de um meio arco que abraça
parcialmente o sol e a lua. Quando
sobreposto o sol sobre a lua, a área
de intersecção entre às duas esferas
produz a base para uma geometria idêntica. Em uma
representação simulada da analogia percebemos o ferrão
maior abraçando o sol enquanto o ferrão menor abraça a
lua inspirando o nome facas sol e Lua.
Sobre as interseções das lâminas
“Facas chifre de cervo”
O nome chifre de cervo é exclusivo para as facas de três
pontas e denota uma evolução paralela onde o conceito de
forças contrárias que se equilibram, deixam de existir nesse
formato.
A própria linearidade das técnicas pressupõem ações retas
que rompem obstáculos. O nome popular rabo de peixe
tem sido erroneamente utilizado ao longo
dos anos para a versão chifre de cervo de
três pontas É certo que a similaridade dos
nomes com o formato da arma em algum
momento fez adesão à
forma das lâminas
cruzadas de três pontas
que utilizam técnicas
lineares popularizando-se como facas
chifres de cervo. O nome chifre de cervo
não tem nenhuma conotação com
elementos antagônicos ou relação com
forças solares, ou lunares. Não existe também relação com
os elementos yin e yang e suas alternâncias.
O nome chifre de cervo é uma denominação baseada
exclusivamente em uma forma bifurcada dos chifres cuja
origem exata se perde no tempo.
O Mestre do BaGua, Zhao
Da Yuan também afirmou
que o verdadeiro chifre
de um Veado ou cervo
(nomes usados para
referenciar a arma) era
usado como uma arma para atingir
pontos vitais no corpo. O chifre seria
cortado na parte inferior, onde há uma forma de cogumelo.

Essa forma arredondada de cogumelo


seria mantida na palma da mão.
É provável que ao adicionar uma
lâmina de machado de proteção ao
cabo de Chifre de Veado tenha sido
conceituado para eleger o nome das
facas.

Sobre as interseções das lâminas


Facas “ Yin e Yang”
O nome facas Yin e Yang parece fornecerem um senso de
equilíbrio e estabilidade onde a projeção antagônica das
laminas faz dessas facas uma arma exótica de difícil
manejo. O formato da arma em si se
encaixa perfeitamente no símbolo do
taichi o que certamente evidencia o
nome facas yin e yang. A alça
protetora que está no meio da
empunhadura é conhecida como;
“escudo protetor”. A área de
intersecção tem a forma de um machado
convexo. A empunhadura é levemente circular o que
permite uma forma de interceptação diferente do crescente
côncavo e que requer certo cuidado na construção uma vez
que empunhaduras circulares podem induzir a erros em
ações perfurantes. Não se sabe exatamente como surgiu à
associação yin e yang para essas facas.
Tudo indica ser o formato da arma um comparativo de que
o arco menor é associado ao elemento yin (retroativo,
defensivo e passivo), uma referencia ao escudo protetor e
o ferrão maior é comparado ao elemento Yang (ativo,
enérgico e destruidor), a parte que mais ataca da faca.
Quando os arcos do shuangyue se
abraçam, eles se assemelham ao
padrão de peixe yin e yang da
imagem do Tai Chi, então seu
nome carrega os títulos de
"qiankun", "ziwu" e "yuanyang".
Devido a essas considerações,
muitos nomes dessa arma são de origem específica de
uma determinada região da China e não são reconhecidos
por muitos mestres de kung fu que afirmam que o nome da
arma é X ou Y.
Esse sectarismo ocorre porque não tiveram acesso a
elementos comparativos ou porque nunca estudaram
profundamente a construção das chamadas “variáveis”.
Existe um forte apego entre os chineses a seus caracteres
e ideogramas onde muitas vezes baseiam sua autoridade
em apenas um elemento que receberam de herança, a
maioria não leva em conta os aspectos construtivos e
comparativos que permitem um maior entendimento sobre
o grande universo das diferenças sobre o mesmo tema.

Sobre as interseções das lâminas


Facas “Pato Mandarin”
Existem muitos tipos de facas que utilizam o nome patos
mandarim, incluindo: pato mandarim Ziwu, pato mandarim
com garra de frango Ziwu, pato mandarim Bagua Ziwu,
pato mandarim mãe e filho etc. A expressão Pato ziwu
mandarim é tido como um
nome específico referenciado
no Baguazhang. Como visto
anteriormente, o nome denota
cumplicidade contínua, ou seja,
“São Armas Inseparáveis”.
O nome "patos mandarim ziwu".
Ziwu Yuanyang Yue é uma
arma exclusiva da Escola
Master de Bagua. Ziwu Yuanyang Yue em tese é uma
ponta de arma curta, que está em constante mudança nas
ações e tem o valor de fortalecer o corpo e a autodefesa.
O método de treinamento desta arma no Bagá é único, ela
caminha em todas as direções, busca mudanças no
movimento, e muda como você quiser sendo fácil de atacar
e difícil de defender. Os chamados truques principais que a
maioria desconhece são: métodos únicos, como virar o
dragão azul para trás, abrir a boca do leão e pendurar
impressões entre os cérebros (segundo tradução dos
manuais chineses).
Existem vários conjuntos raros de rotinas clássicas de artes
marciais populares, mas a maioria tem desaparecido nas
últimas décadas.
O formato do crescente da faca do pato mandarim a título
de curiosidade pode corresponder ao
formato da cabeça, costas e cauda de
um pato mandarim real. O pato macho
tem duas penas curvas na parte inferior
das costas que imitam um conjunto de
lâminas em meia-lua. A união do
comportamento dos patos se traduz nos símbolos
harmoniosos de Masculino / Feminino, Sol / Lua (Qian /
Kun), Meio-dia / Meia-noite (Wu / Zi) ou Yang / Yin.
Oito Diagramas Pato Mandarim Ziwu Yue

Os oito diagramas Ziwu Mandarim Pato Yue é um


dispositivo especial no portal dos oito diagramas, também
conhecido como Espada Sol Lua Qiankun ou Faca Chifre,
ambos nomeados por sua forma (segundo manual).
O nome yue refere a um dispositivo duplo, os dois são
iguais, a mão esquerda segura o yin como o feminino e a
mão direita segura o yang como o masculino.
No sentido anti-horário para Yin, no sentido horário para
Yang, Yin e Yang têm cada um oito tipos, totalizando
sessenta e quatro tipos de manobras.
A fim de seguir os oito diagramas. (1) Porta seca: apertar
(2) Kanmen: Pegue (3) Gen Masculino: Suporte (4) Dê um
choque na porta: abraço (5) Sunda: corte (6) Saindo da
porta: mexa (7) Kunmen: Elevar (8) Contra a porta:
empurre, estes formaria a base conceitual da arma em
algumas escolas avançadas de baguá.
Essas concepções da escola interna são completamente
desconhecidas por 99% dos mestres da arte e quando
traduzidas tornam-se mais enigmáticas ainda.
A teoria engloba um conjunto de fatores que no modo
nativo não ajuda muito o praticante a compreender a
quintessência pelo qual realmente esses conceitos
significam.
As técnicas do Ba Gua Zhang têm sua base em “Lohan
Shaolin” para o estilo Yin de Ba Gua Zhang e em “Shuai
Jiao (Luta Chinesa)” no estilo Cheng de Ba Gua Zhang.
Conceitos energéticos taoístas, práticas e princípios de
andar em círculo foram aplicados às artes básicas acima
no manejo de armas, e o resultado é o que hoje chamamos
de Ba Gua Zhang moderno.
A combinação das fundamentações acima que formam a
teoria diz que uma vez compreendido esses princípios sua
arte marcial esta completa.
Para finalizar , o uso das facas de pato mandarim é uma
extensão laminada / pontiaguda / coberta da mão e
funciona com eficiência dentro da estrutura móvel da arte
Ba Gua Zhang.
Curiosidades
Facas pato mandarim (estilo Gao Ji Wu)
Esta faca incomum de pato mandarim tem
as hastes com pontas retas em ambas
às extremidades com uma lâmina em
forma de lua crescente côncava no
centro. Raramente é vista fora da China
porém é bastante popular entre os
chineses.

NOTA: A forma da versão Gao Ji Wu da faca de pato


mandarim é diferente da maioria dos outros tipos de facas /
machados de pato mandarim ou facas de chifre de veado
porque a lâmina crescente que sai dos punhos é côncava
em vez de convexa.

Canção das Facas do Pato Mandarim


No "volume XII de Baguazhang clássico: Wudang Bagua
Lianhuan Yue" de Huang Xin (traduzido por Joseph
Crandall) há uma canção dedicada a esta arma que afirma:
Facas de chifre de cervo de pato mandarim Meridian,
Dong Gong ensinou essa arma misteriosa e sutil.
Enganchar, pendurar, prender, travar, puxar, cortar e sacudir,
Relâmpago, evasão, trovão, divisão, espírito demoníaco desaparece.
Perfure, retire, restrinja, neutralize; mude os métodos oportunamente,
Clivar pontaria curta longa é um mistério central.
Embora esta arma seja curta, seus princípios e métodos são elevados,
Se você perceber completamente o poder das trevas, será extremamente feliz.

Para melhor Entender.


Quando as duas facas patos meridianos ou mandarim são
separadas e colocadas na mesma direção, o padrão
formado é semelhante à forma de "lua", que é chamada de
lua pelos praticantes de artes marciais onde a expressão
mais conhecida é facas sol e lua por serem duas.
Quando o shuangyue se abraça, ele se assemelha ao
padrão de peixe yin e yang da imagem do Tai Chi, então
seu nome carrega os títulos de "qiankun", "ziwu" e
"yuanyang". O nome muda conforme a configuração, nessa
posição facas da lua ou facas sol e lua conforme já
mencionado.
Existe também um padrão de peixes yin e yang no centro
dos oito diagramas de tai chi e que vemos entao a posição
das armas unidas conjuntamente. Um comparativo em
diversos modelos aqui apresentados poucos conseguem
uma nota 10 em lacerações, pois existe um déficit na
geometria que exige muita força devido ao coeficiente de
aceleração em relação à curva defasada, isso sem
mencionar a massa do ferrão que é sem fio na maioria dos
modelos.

Nota: Essas são observações pessoais minhas que apos


analisar centenas de modelos e testar vários deles obtive
essas percepções.

Reivindicando Ancestralidade
Apesar de menos popular, o Yuānyāng yuè em sua versão
de três pontas ainda é referenciada por alguns estudiosos
como a versão mais antiga dessa arma. Um estudo prévio
de uma rotina de treinamento ensinado no estilo shaolin do
Norte no Brasil pelo falecido mestre Chan Kowk Wai,
demostra na mecânica de movimentos um elemento crucial
que atesta a antecedência desse formato em relação à
versão de quatro pontas.
Um meio círculo em forma de caminhada conhecido como
meditação em movimento cuja origem remonta o século II
foi inserida posteriormente na rotina linear do Yuānyāng
yuè. A prática de meditar em movimento andando em
círculos já existia há séculos antes da criação do
Baguazhang de Dong Hai Chuan que o inseriu como
principal elemento base em seu estilo de kung fu criado por
volta do ano 1800.
Com base nesse diferencial se conclui que o uso dessa
arma na versão de três pontas no shaolin do norte, carrega
em si essa assinatura em forma de
passos o que nos permite crer que foi
em um período anterior a Doug Haum
Chuan que se deram possivelmente os
alicerces dessas criações conceituais.
Outros estudiosos afirmam que as
técnicas lineares surgiram
posteriormente a partir do modelo
original de Dong Hauchuan e que foi
necessário remover a quarta ponta
inferior externa porque essa ponta dificultava e execução
de movimentos cruzados e fechados.
Ao lado temos um exemplar antigo, uma referência à
versão de três pontas feita em ferro fundido
baseado nos primeiros modelos criados.
Nota-se que o ferrão principal nesse modelo
destinava-se mais a lacerações do que
perfurações.
Cabe salientar que a disputa de qual versão
surgiu primeiro, oficialmente nunca poderá ser
provada com 100% de exatidão porque a maioria
dos registros históricos se perdeu no tempo e
apenas suposições com base em analogias e
comparações estão disponíveis para o estudo dessa arma.

Diferenças das Técnicas


Existem dois padrões de técnicas para o uso do Yuānyāng
yuè de três e de quatro pontas e são conhecidas como:

01 - Técnica de uso linear - utiliza movimentos de fora


para dentro como base.
02 - Técnicas de uso circular - utiliza movimentos de
dentro para fora como base.
Em comparação entre as versões de três e quatro pontas a
arma Yuānyāng yuè é basicamente a
mesma em estrutura, e se diferencia
apenas pela retirada de uma das
pontas baixas destinada a evitar cortes
no antebraço.
Na versão de três pontas do Shaolin do
norte usam-se técnicas lineares de
avanço cruzado de braços em forma
de X como base, logo a chamada
“ponta extra” foi removida para não
cortar o antebraço, pois logo nos
primeiros movimentos esse fato se faz evidente.
Todas as técnicas de Yuānyāng yuè de uso linear utiliza a
versão de três pontas salvo raras exceções.
O uso de golpes cruzados e centrados, fisgadas, cortes
assimétricos com bases baixas e aplicações intuitivas
seguem do início ao fim nas sequências de três pontas.
Muitos praticantes por falta de conhecimento e ignorância
alegam que a versão de três pontas é uma arma distinta e
diferente da versão de quatro pontas quando, na verdade,
é a mesma arma apenas com uma ponta cortante a menos.
Nos modelos mais primitivos
das primeiras formações a
versão de três pontas era
realmente diferente, o ferrão
superior lacerava ao invés de
furar e a ponta baixa se
destinava a travar outras
armas e não continha
aguçamento.
Hoje em dia ambos os modelos são basicamente idênticos
com exceção do quarto ferrão.
Uma característica dessa arma de três pontas é que seus
golpes são projetados para ataques frontais e diretos de
fora para dentro diferente do Baguazhang onde os
movimentos são de dentro para fora. Na forma linear a
arma atua muito próxima ao corpo do praticante e pode
gerar acidentes devido à proximidade das lâminas
dependendo do modelo que se usa.
Existem técnicas específicas nos dois modelos para se
usar contra a lança, cajado, sabre e especialmente a
espada. Um fator de eficiência a ser considerado é o
tamanho dessa arma, dimensões extrapoladas com o
ferrão principal alongado superior a 25 cm torna a prática
extremamente difícil tornando alguns golpes impossíveis de
se realizar, O fator peso é outro ponto a se considerar, um
par dessas facas situa-se entre 1,4 kg e 1,6 kg no máximo
quando em pares.
É por isso que os modelos dessa arma devem em nível de
perfeição ter uma geometria particular e estudada, embora
existam modelos gerais que se adaptam bem ao uso
comum de forma geral.
As rotinas de três pontas são sempre mais agressivas do
ponto de vista marcial em relação à versão de quatro
pontas. Não existem floreios na versão de três pontas e
todos os golpes são certeiros e de
precisão cirúrgica. Toda a técnica
é construída sob as bases
tradicionais de cavalo, base do
arqueiro e base vazia (gato) além
de bases complementares.
No estilo Baguazhang usa-se
bases altas para o jogo de
movimentos. Apesar das
diferenças nos dois estilos a
prática sem controle dessa arma sempre representam risco
para o usuário. Por esse motivo, Yuānyāng yuè é
considerada uma arma avançada dentro do kung fu sendo
reservada apenas a alunos formados com domínio em
outras armas preliminares.
As rotinas lineares permitem sempre uma rápida absorção
da forma combativa da arma em relação às formas
circulares que requerem uma sólida base do Baguazhang e
entendimento do seu princípio de movimentação
multidirecional.
As técnicas de Baguazhang para o Yuānyāng yuè diferem
muito nesse sentido onde o objetivo da técnica é andar em
círculo com a arma o tempo todo. A movimentação
constante de forma circular obriga o adversário a se
reposicionar de forma constante e fazer novo
enquadramento, pois se movimentando em círculos ele não
consegue alcançar o praticante de Yuānyāng yuè nem
focar sua localização para um contra-ataque.
As sequências tradicionais também exibem muitas ações
repetitivas, no Shaolin do Norte, a rotina de treinamento de
Yuānyāng yuè no sistema shaolin é longa e detalhada e
não permite promover habilidades num curto espaço de
tempo. Se dominada corretamente dentro do Baguazhang
ou do sistema linear essa é uma arma fantástica, difícil de
contrapor e defender.
Segundo o Mestre Su Yu-Chang artista marcial de Taiwan
(1940-2019), o Yuānyāng yuè é uma arma incomum porque
pode quebrar a energia de qualquer outra arma, longa ou
curta de modo firme e eficaz.

Aprendendo EAD a Distância

Lançado há alguns anos no sistema


EAD (ensino a distancia) essa rotina
de quatro pontas demonstra
detalhadamente uma das melhores
técnicas circulares de Yuānyāng yuè
sob a ótica do Baguazhang e esta
disponível na internet para
dowloader.
Essa rotina é fundamentada do estilo
Cheng com ricas evoluções em
alternâncias complexas que permitem
percepções distintas do uso dessa
arma.
Uso proibido de Adornos nessa Arma
O uso de adornos (lenços coloridos) nas extremidades
abaixo do punho muito comum nas rotinas de Baguázhang
são tecnicamente proibidas nessa arma para formas
lineares de três e quatro pontas em demonstrações
públicas, pois em técnicas de cruzamento de braços e
cortes fechados podem provocar acidentes devido à
proximidade das laminas além de uma perda de controle
das linhas que impedem a visualização nítida dos golpes.
Obs. A proibição de lenços e adornos vale para todas
as versões dessa.
Com o passar do tempo muitas formas lineares e circulares
de Yuānyāng yuè tem surgido em vários estilos de kung fu
como Xing Yi, Shaolin e MizuQuan, contudo, as formas do
norte da china assim como a forma circular e original criada
por Doug Hauchuan ainda detêm as melhores formações
técnicas existentes para a prática real de treinamento.
Como consideração final
deve-se entender que: na
estrutura do Baguazhang de
movimento circular pode-se
executar qualquer kati ou
rotina de exercícios com
ambos os modelos três e
quatro pontas sem prejuízo
da técnica devido a um
conjunto harmonioso de
volteios e esquivas ímpares
que atuam sempre em diversas direções. Existe uma
fórmula de dezesseis palavras-chave para as várias
técnicas de Yuānyāng yuè, isso inclui enganchar, travar,
cortar, puxar, perfurar arranhar, picar e cortar, só para citar
algumas. O próximo tópico descreve algumas variações do
Yuānyāng yuè, muitos modelos apresentados são
recriações modernas que conservam como padrão o
fundamento original de sua criação.
Conhecendo os modelos Comerciais e
artesanais do Yuānyāng yuè
Yuānyāng yuè existe em vários modelos e tamanhos,
muitas peças são únicas e exclusivas de colecionadores
apaixonados pela estranha geometria dessa arma do kung
fu. Assim cada modelo agrega características únicas
refletindo o espírito de suas criações e poder de destruição
que essas lâminas proporcionam.

Análise de Alguns Modelos Existentes

Modelo antigo de três pontas feito em ferro fundido e de


origem ignorada.

Os detalhes da empunhadura mostram o uso de


diferentes materiais fixados por rebites, típicos de
uma produção artesanal. Nota-se que o ferrão
principal foi feito para lacerar e não perfurar,
possivelmente uma característica dos primeiros
modelos de três pontas que evoluíram para um
design mais agressivo. Tudo indica que esse
modelo corresponda às primeiras facas de chifre
de cervo conhecidas.

Quando disposto lado a lado, esse modelo feito em ferro


reflete os olhos de um ser imaginário. Muitas criações
chinesas eram feitas para compor uma imagem quando em
duplicidade criando uma espécie de
impressionismo combinado, uma
característica da cultura oriental.
O conjunto de empunhaduras
nesse modelo é reduzido e
subdimensionado para ser erguido sempre
no meio da arma, com certeza um modelo
que oferece bom balanceamento entre a parte superior e
inferior das lâminas.
Versão comercial moderna de três pontas contém uma leve
bifurcação na ponta inferior recurvada semelhante à
cabeça de um pato. Inicialmente, as facas tinham apenas
três pontos, mas com o tempo a lamina
inferior foi ligeiramente curvada como
a cabeça de um pato. Dizem que essa
alteração ou pequeno recuo nas
laminas na forma de pato servia para
fazer embeber uma pequena dose de
veneno mortal com poder extra para poder
matar lentamente, uma teoria pouco
provável devido ao constante perigo
que essa arma oferece também ao próprio
praticante que a empunha. O ferrão principal superior
nesse modelo foi reduzido drasticamente enfatizando o
corte ascendente da lâmina inferior o que parece ser a
ideia desse modelo o que gera certa dificuldade na defesa
inimiga.
Esse modelo de três pontas moderno parece fazer uso
intenso da técnica do corte ascendente ao contrário da
versão de quatro pontas onde predomina ataques múltiplos
em todas as direções.

Modelo de quatro pontas que


corresponde a maior parte
dos modelos fabricados e
vendidos atualmente. Possui
empunhadura em madeira em
todo o dorso que permite
segura-lo em diferentes
posições para enfatizar golpes
perfurantes. Modelo cortado a laser e desbastado por
lixadeira o que garante bom equilíbrio de massa entre os
ferrões superior e inferior, a excelente geometria desse
formato o torna Ideal para treinamento de katis e
apresentações gerais. Apesar do processo de confecção
ser industrializado o preço desse par de Yuān yāng yu
ainda é bastante alto devido às várias etapas de produção.
Modelo compacto de quatro pontas curtas com ferrões
muito afiados, esse modelo é um pouco maior que a palma
da mão sendo ideal para ataques
rápidos em contato direto com o
oponente. Apesar do formato
pequeno pode ser usado como soqueiras
desfigurando rapidamente o rosto de um
oponente, possui pouca profundidade
nas perfurações exigindo maior esforço
físico para compensar o reduzido volume de
massa. As partes inferiores das lâminas detém maior poder
destrutivo que a parte superior enganando facilmente o
adversário.

Modelo de Yuānyāng yuè com ferrão principal estendido


ideal para perfurações profundas, porém,
devida a parábola da curva a precisão
desse modelo fica comprometido
mesmo a curta distância. O brilho em
excesso nas lâminas oferece a vantagem de
refletir a luz o que pode ofuscar o adversário
por alguns instantes dificultando a defesa
inimiga. Os ferroes extra longos, também
sugere ao agressor um grande poder destruidor. Essa é
uma herança antropológica que está fixa em nosso
subconsciente quando enormes animais erguiam suas
potentes garras ou chifres para caçar.
A simples visão dessa arma de garras alongadas desperta
como um gatilho um sentido de alerta e de perigo bem mais
do que pontas retas de lanças e espadas.

Modelo de três pontas artesanal de pouco


estudo geométrico. O ferrão principal é
predominantemente curto o que obriga a
um contato muito próximo do oponente.
Também possui pouca poder de perfuração,
mas com lacerações fortes o que permite
longos rasgos em pontos estratégicos.
O ferrão inferior permite movimentos ascendentes de forma
furtiva e de difícil defesa. Apesar de não ser o melhor
projeto dessa arma os modelos curtos detém certas
vantagens em relação a formas maiores.

Modelo de ferrão acentuado, mas


com penetração limitada devido à
alta proeminência do ferrão inferior
que dificulta a penetração por
completo da ponta principal. Esse
modelo goza de boa empunhadura e
rica beleza estética, mas eficácia
reduzida. O ângulo invertido do
ferrão superior menor confere
excelente repuxo para cortes limpos na garganta e áreas
sensíveis do corpo.

Modelo de ferrão lacerante


projetado para longos rasgos
horizontais e verticais. Devido à
falta de aguçamento o poder de
perfuração na lâmina principal fica
parcialmente comprometido devido à
pequena massa acentuada na
extremidade. O ferrão inferior é bem
projetado ideal para cortes de baixo para cima. O ferrão
superior secundário apesar de curto pode lançar ofensiva
na linha dos olhos, atuando como uma pequena faca de
penetração.

Modelo artesanal sem nenhum valor


estético ou comercial. Criações
caseiras não são incomuns nessa
arma visto seu alto custo mesmo para
modelos mais simples. Esse exemplar
de aparência tosca é quase
indestrutível devido às soldas e os
cruzamentos dos arcos que se
fortalecem mutuamente.
Detalhes de construção em série
Modelos em madeira é uma boa opção para treinamento,
pois além de custo reduzido oferecem menor risco a
acidentes tendo em vista que essa arma corta de um
extremo ao outro.

Modelos em metal oferecem mais realismo assim como


maior risco de acidentes. A maior vantagem dos modelos
em metal é que o praticante se obriga a redobrar a atenção
durante a prática propiciando um maior controle de fluxo
durante os cruzamentos das lâminas. O uso de lâminas
afiadas é mais adequado ao aperfeiçoamento, pois em
níveis avançados é inconcebível um praticante manusear
uma arma que não seja plenamente funcional e afiada.
Caso o praticante insista em modelos sem fio ele deve
rever seriamente sua formação básica que não o habilita a
usar exemplares reais com poder de destruição.

Soluções para transporte

A maior dificuldade dessa arma é sem dúvida a


portabilidade. O formato irregular das lâminas carece de
bainhas de transporte adequada sendo a única solução,
confeccionar individualmente uma bainha para cada
modelo especificamente assim como são feitas para facas
artesanais.

Modelos industriais de capas que servem a maioria dos


formatos a venda tem surgido nas últimas décadas como
uma opção de invólucro para modelos regulares comuns
sendo uma solução barata para o
transporte dessa arma. Podemos
imaginar a dificuldade da
portabilidade dessa arma para o
uso no cotidiano em uma China
de 100 anos atrás o que
restringiu bastante a sua prática.
Outra dificuldade dessa arma esta certamente no mistério
que a envolve, pois segundo referências os mestres da arte
que a dominavam resguardavam seu ensino somente a
alunos com elevado domínio marcial.
Embora seja de uso intuitivo praticantes pouco habilidosos
certamente se auto mutilavam ao tentar manuseá-las sem
os cuidados necessários onde somente mãos habilidosas
conseguiam empunha-las
corretamente.
O uso dessa arma nas
esferas militares também
nunca foi mencionado,
apesar disso o cinema
explorou com habilidade seu
uso como no filme “ Master”
onde um lutador enfrenta diferentes armas contra o
Yuānyāng yuè.
.

Qual modelo devo usar ?


Atualmente existe a venda várias configurações dessa
arma que ultrapassam os 100 modelos, todas possuem
pontos recurvados ou invertidos e facas com três, ou quatro
pontos cada.
O Mestre, Liu Yun Qiao ao descrever sobre as armas de
Baguá, disse que elas são curvas como o próprio
Baguazhang (referindo-se as rotinas) para as formas de
Baguazhang com essa arma..
Para os que deseja aprofundar seus estudos nas
formações lineares do qual o shaolin do norte e o estilo
Mizuquan detém as melhores técnicas de formação já
desenvolvida, recomenda-se aprender sempre de uma
linhagem segura e certificada nas tradições marciais
chinesas.

Texto: Alexandre Riegel

Bibliografia.
Mestre: Liu Yun Qiao, Mestre em armas brancas.
Mestre: Alexandre Riegel, Especialista em armas chinesas.
Chinese Martial arts Manual

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