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139-Texto Do Artigo-416-1-10-20180831
139-Texto Do Artigo-416-1-10-20180831
Agronegócio
Introdução ao
Agronegócio
Caius Marcellus Reis Silveira
Ministério da
Educação
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Escola Técnica Aberta do Brasil
Agronegócio
Introdução ao
Agronegócio
Caius Marcellus Reis Silveira
Montes Claros - MG
2010
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação a Distância
Ministro da Educação Coordenadores de Cursos:
Fernando Haddad
Coordenador do Curso Técnico em Agronegócio
Secretário de Educação a Distância Augusto Guilherme Dias
Carlos Eduardo Bielschowsky
Coordenador do Curso Técnico em Comércio
Coordenadora Geral do e-Tec Brasil Carlos Alberto Meira
Iracy de Almeida Gallo Ritzmann
Coordenador do Curso Técnico em Meio
Governador do Estado de Minas Gerais Ambiente
Antônio Augusto Junho Anastasia Edna Helenice Almeida
Alfabetização Digital
Apresentação e-Tec Brasil/Unimontes
Prezado estudante,
Ministério da Educação
Janeiro de 2010
Alfabetização Digital
Indicação de Ícones
Alfabetização Digital
Sumário
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 8
12.4 Suinocultura............................................................. 92
Resumo........................................................................ 94
Referências................................................................... 94
Atividades de aprendizagem............................................... 94
Aula 13 – Características do setor agroindustrial “dentro da porteira” 6 . 95
13.1 Avicultura................................................................ 95
Resumo........................................................................ 99
Referências .................................................................. 99
Atividades de aprendizagem.............................................. 100
Aula 14 – Características do setor agroindustrial “dentro da porteira” 7.101
14.1 Organização do segmento agropecuário........................... 101
14.2 Adoção de tecnologia ao agronegócio............................. 102
14.3 Economia em escala.................................................. 103
14.4 Adequação às características locais e culturais................... 103
14.5 Análise da viabilidade econômica e financeira do investimento.104
14.6 Acompanhamento permanente dos custos e resultados das
atividades agropecuárias.................................................. 104
14.7 Treinamento de mão-de-obra....................................... 104
Resumo ...................................................................... 104
Referências.................................................................. 105
Atividades de aprendizagem.............................................. 105
Aula 15 – Características do setor agroindustrial “dentro da porteira” 8 .107
15.1 Parceria para aquisição de insumos................................ 107
15.2 Treinamento dos administradores .................................. 107
15.3 Mercado consumidor.................................................. 107
15.4 Gestão de custos na agropecuária.................................. 108
Resumo....................................................................... 110
Referências ................................................................. 110
Atividades de aprendizagem.............................................. 110
Aula 16 – Características do setor agroindustrial “depois da porteira” ... 113
16.1 Segmento do setor agroindustrial “depois da porteira”......... 113
16.2 Canais de comercialização........................................... 114
Resumo ...................................................................... 118
Referências.................................................................. 119
Atividades de aprendizagem.............................................. 119
Aula 17 – Características do setor agroindustrial “depois da porteira” 2 .121
17.1 Os agentes comerciais e a formação dos preços.................. 121
17.2 Produtores agropecuários............................................ 122
17.3 Intermediários......................................................... 122
17.4 Concentradores........................................................ 123
17.5 Mercados de produtores.............................................. 123
17.6 Agroindústrias.......................................................... 123
17.7 Representantes e vendedores....................................... 124
17.8 Distribuidores.......................................................... 124
17.9 Atacadistas............................................................. 125
17.10 Governo................................................................ 125
Resumo....................................................................... 125
Referências.................................................................. 126
Atividades de aprendizagem.............................................. 126
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 10
AULA 1
Alfabetização Digital
Palavra do professor conteudista
Atenciosamente,
Alfabetização Digital
Projeto instrucional
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 14
AULA 1
Alfabetização
Aula Digitalà ideia de agricultu-
1 – Introdução
ra e agronegócio
Êxodo rural:
abandono do campo
1.1 Conceituando agronegócio
por seus habitantes,
que, em busca de Com a evolução tecnológica, a ideia que se tinha de agricultura e
melhores condições pecuária muda, assim como também muda o modo de produção dos bens daí
de vida mudam
para as cidades, as provenientes. O surgimento de novas tecnologias é o principal fato que altera
pessoas se deslocaram o cenário da agropecuária. Com o êxodo rural. Tudo isso gerou mudanças na
para a cidade,
mas continuaram
estrutura das propriedades rurais tais como: perda de sua autossuficiência,
dependentes dos dependência de serviços e insumos que não são produzidos pela própria fa-
produtos produzidos no zenda, especialização em determinada cultura, geração de excedentes que
campo.
abastecem os mercados urbanos, troca de informações com o centro urbano
e outras propriedades, necessidade continua de infrainstrutura de qualidade
como estradas e armazéns, por exemplo, necessidade de conquistar merca-
dos e consequentemente aumentar os lucros. Ou seja, a propriedade rural
Perceba como
a estrutura de passou por diversas transformações que fizeram com que ela deixasse de ser
funcionamento das autossuficiente para se tornar um centro de produção para o mercado urba-
propriedades rurais no em sua grande maioria.
muda completamente
com o tempo. Antes, a A cada dia a agropecuária se especializa em determinado ramo
atividade agropecuária do processo produtivo ou num certo ramo de comercialização dos seus
estava ligada à
produtos. Isso gera a necessidade de uma nova ideia de agricultura. Não
sobrevivência de seus
donos. Hoje, a atividade se trata mais de várias propriedades autossuficientes, trata-se de um
agropecuária, em complexo de produtores de bens e prestadores de serviços. Todos depen-
sua grande maioria,
é direcionada para o dentes de uma infraestrutura com diferentes agentes, os quais são todos
comercio. interdependentes.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 16
Analisando essa necessidade de um novo conceito para as ativida-
des agropecuárias é que dois professores da Universidade de Harvard, nos
Estados Unidos, criaram o termo agribussines, o qual foi traduzido para o
português como agronegócio e que possui o seguinte conceito:
nas quantidades adquiridas pelos centros de consumo, elas são em sua maio- Entressafra: período de
ria constantes no mercado brasileiro. pequena produção.
Mas por não haver alterações significativas do consumo durante o
ano, isso não quer dizer que a sazonalidade não implique consequências para
a produção. Seguem algumas implicações da sazonalidade na produção agro-
pecuária: variação de preço ao longo do ano, tendência a preços mais baixos
na safra e a preços mais altos na entressafra, necessidade de armazéns para
estocar os produtos, período de maior utilização de insumos, principalmente
na entressafra, análise das características do produto produzido para melhor
escolher a época de estocá-lo ou vendê-lo para aproveitar uma possível alta
de preços gerada na entressafra, por exemplo.
Sugiro que você aluno
faça uma pesquisa e
1.2.1.2 Grande influência de fatores biológicos descubra quais são
os fatores climáticos
Tanto na agricultura, quanto na pecuária os produtos estão expos- presentes em sua região
destacando quais são
tos a doenças e a pragas (esses são os fatores biológicos tratados aqui). Es- os períodos favoráveis à
sas pragas e doenças, dependendo de sua intensidade e quantidade, podem produção agropecuária
diminuir o total de bens produzidos, assim como podem diminuir também a e quais os períodos
desfavoráveis
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 18
Figura 2: Pulverização de inseticida sobre plantação.
Fonte: Disponível em: http://www.albertopcastro.med.br/materias2/imagens/aviao1.jpg acessado
em 14 de junho de 2010
A vida útil dos produtos agropecuários tende a ser curta. São pre-
cisos cuidados específicos para que esses produtos tenham sua “validade”
estendida. Não seria exagero dizer que sem o devido cuidado os produtos
agropecuários podem durar de alguns dias até apenas algumas horas.
Por esse motivo, o agronegócio está totalmente ligado a outros se-
tores da economia. Sobre os relacionados com a perecibilidade podemos
citar principalmente o setor de “conservação” e o de transporte. No setor
de “conservação”, podemos citar toda e qualquer tecnologia que visa a au-
mentar o prazo de validade dos produtos, não precisamos citar exemplos
muito fora de nossa realidade cotidiana, o próprio ato de colocar o leite
na geladeira é uma tecnologia de conservação, assim como o processo de
pasteurização do “leite longa vida” e sua embalagem. O setor de transporte
também está ligado ao prazo de validade dos produtos agropecuários. Se um
determinado produto possui um prazo de validade de 5 dias, ele não pode
ficar 4 dias sendo transportado e ter apenas um dia para ser consumido. É
preciso um transporte rápido e eficiente para levar determinado produto em
prazo hábil e sem danificá-lo.
Resumo
Referências
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 20
Atividades de aprendizagem
Alfabetização Digital
Aula 2 – Visão sistêmica do agronegócio
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 24
2.3 Importância do Agronegócio
O agronegócio é um segmento econômico de grande importância e Carta de Exportações:
valor em termos mundiais, sua representatividade econômica varia de país Produtos que o Brasil
vende para outros
para país. No Brasil, o agronegócio é um setor muito importante, principal-
países
mente quanto à carta de exportação dos produtos brasileiros. Queremos di-
zer com isso que o Brasil vende para outros países muitos produtos oriundos
da agropecuária como carne e frutas, por exemplo.
Resumo
Referências
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 26
Atividades de aprendizagem
a) O setor agropecuário é responsável por uma boa parte dos empregos ge-
rados no país.
Alfabetização
Aula Digital
3 – Características do setor agroin-
dustrial “antes da porteira”
Os insumos podem ser conceituados como os fatores de produção Fique atento para o
que propiciam a elaboração de certos serviços ou bens. Aplicando esse con- conceito de insumo.
Lembre-se de que
ceito básico à atividade agropecuária, podemos tratar insumos como sendo insumo é tudo que
todos os bens e serviços que propiciam a melhor atividade do setor agrope- facilita, melhora ou
aumenta a produção.
cuário, insumo é tudo aquilo que facilita, melhora ou aumenta a produção.
Podemos citar aqui alguns insumos de grande importância para o
setor agropecuário e que serão estudados adiante, apenas a título de exem-
plo temos: energia, água, rações, equipamentos, máquinas, implementos,
fertilizantes, sais minerais, produtos veterinários e diversos outros. Estuda-
remos cada um desses insumos em sua individualidade.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 30
Figura 9: Trator com arado.
Fonte: Disponível em: http://www.corumba.ms.gov.br/modules/xcgal/albums/userpics/10004/
normal_Foto%20patrulha.JPG acessado em 16 de junho de 2010
3.4 Água
Resumo
Referências
CALLADO, Antônio André Cunha. Agronegócio. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 32
Atividades de aprendizagem
b) Existe certa dificuldade para tratar a água como insumo no Brasil devido
ao fato de sua fácil aquisição.
AulaAlfabetização
4 – Características
Digital do setor agroin-
dustrial “antes da porteira” 2
4.1 Energia
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 36
A energia hidráulica é uma das fontes mais comuns de energia al-
ternativa e, devido a sua antiga e comum utilização, as pessoas constante-
mente se esquecem de que se trata de uma fonte alternativa de energia.
Ela é muito utilizada em pequenas propriedades principalmente na forma de
rodas d’água e carneiros hidráulicos, é muito utilizada para irrigar pequenas
plantações ou levar água para determinados lugares.
Degrade: estrague, Normalmente os solos não são perfeitos para a atividade agrícola, é
destrua mais preciso que eles sejam corrigidos para que se desenvolva a atividade agríco-
rapidamente
la. Os corretivos são produtos, normalmente químicos, que são adicionados
ao solo para corrigir as suas deficiências e falhas, visando sempre tornar os
solos mais férteis e, na medida do possível, ideais para a produção agrícola.
Existe um processo correto para se incrementar os solos, é preciso uma aná-
lise laboratorial para que a “correção” seja eficaz.
Muitas vezes em propriedades menores o pequeno agricultor, na
maioria das vezes, utiliza os chamados corretivos baseado na experiência e
na cultura popular. Muitas vezes essa utilização faz com que o solo se de-
grade.
Porém, quando a correção é precedida por um estudo realizado por
profissionais competentes, o solo ganha muito em termos de produtividade
e durabilidade. Entre os corretivos podemos citar alguns como principais ou
mais utilizados. Como por exemplo: os adubos, o gesso, o calcário agrícola e
a matéria orgânica.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 38
O calcário agrícola é usado para diminuir a acidez do solo, ele
elimina o efeito tóxico do alumínio nos vegetais e corrige as deficiências de
cálcio e magnésio no solo. O óxido de magnésio e o óxido de cálcio são alguns
dos principais componentes do calcário agrícola. O gesso agrícola é um pou-
co parecido com o calcário agrícola e é utilizado para corrigir deficiências
em cálcio que o solo pode conter.
4.4 Agrotóxicos
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 40
Figura 19: Produtor aplicando agrotóxicos em sua lavoura.
Fonte: Disponível em: http://www.fiocruz.br/ccs/media/incqs_agrotoxico2.jpg acessado em: 20
de junho de 2010.
Resumo
Referências
CALLADO, Antônio André Cunha. Agronegócio. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
1) Quanto aos tipos de energia podemos citar como fontes de energia alter-
nativa, exceto:
a) Eólica.
b) Termelétrica.
c) Solar.
d) Biomassa.
a) Não são utilizados no Brasil, pois todos os solos brasileiros são prontos
para a agricultura.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 42
AULA 1
AulaAlfabetização
5 – Características
Digital do setor agroin-
dustrial “antes da porteira” 3
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 44
Figura 22: Alguns tipos de sementes.
Fonte: Disponível em: https://www.naturaljoias.com.br/images/kits_para_biojias/kit%20pequeno.
jpg acessado em 21 de junho de 2010.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 46
5.4. Sais minerais e sal comum
Os produtos veterinários são dos mais variados tipos, citaremos Atenuada: fraca
aqui alguns deles a título de exemplo, mas podemos afirmar que qualquer
produto direcionado para animais é um produto veterinário. Como exemplo
podemos citar: vacinas, antibióticos, probióticos, parasiticidas, estimulantes
de apetite entre outros.
Quanto às vacinas, elas são formas atenuadas de causadores de
doenças que são aplicadas aos animais para que eles produzam anticorpos e
criem resistência contra aquela doença. A aplicação de vacinas aos animais
tem a mesma finalidade de aplicação nos seres humanos. Como exemplo de
vacina animal podemos citar: a vacina contra aftosa para os bovinos, contra
a peste africana para os suínos, parvovirose para os cães e diversas outras.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 48
Figura 28: Exemplo de parasiticida para cães.
Fonte: Disponível em: http://www.avipec.com.br/v2/images/stories/nossa_linha/sabonete.jpg
acessado em 22 de junho de 2010.
Resumo
Referências
CALLADO, Antônio André Cunha. Agronegócio. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
Atividades de aprendizagem
a) Vacinas.
b) Antibióticos.
c) Estimulantes de apetite.
d) Fitohormônios.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 50
AULA 1
Alfabetização Digital
Aula 6 – Características do setor agroin-
dustrial “antes da porteira” 4
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 52
Figura 29: Centro de pesquisa.
Fonte: Disponível em: http://static.blogstorage.hipi.com/photos/jornalportaldomaranhao.
spaceblog.com.br/images/gd/1261958091/Aprovada-instalacao-de-Centro-de-Pesquisa-
noMaranhao.jpg acessado em 22 de junho de 2010.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 54
produção. Hoje, é preciso que o agropecuarista utilize as novas tecnologias
que estão ao seu alcance. Não seria viável fazer todo um projeto de explo-
ração agropecuária em determinada região se o solo da propriedade não é o
correto para plantar determina cultura. Podemos afirmar com certeza, que
a aplicação de análises laboratoriais está intimamente ligada à execução de
projetos agropecuários.
É possível realizar a análise da água e do solo, dos adubos e fertili-
zantes e também análises clínicas dos animais, quando se trata da produção
pecuária. A análise dos solos, como dito acima, é necessária para determinar
se tal solo é propício para determinada cultura, e também para determi-
nar quais os tipos de corretivos usar naquele solo par torná-lo mais fértil.
Também é possível a análise das folhas dos vegetais, os resultados obtidos
mostram quais os tipos de nutrientes aquela planta está precisando, assim o
agricultor poderá fazer a adubação de sua plantação de forma correta.
A análise dos fertilizantes e dos adubos tem por finalidade deter-
minar a qualidade desses insumos e precisar a quantidade que o produtor
precisará utilizar para realizar a adubação de forma eficaz. Quanto à análise
clínica dos animais, ela pode ser feita de maneira preventiva, a fim de evitar
doenças ou indicar quais animais estão doentes. Diante dos resultados dos
exames clínicos, o pecuarista saberá quais produtos veterinários aplicar em
seu rebanho.
Referências
Atividades de aprendizagem
C) Os tipos corretivos agrícolas que aquele solo precisa pra se tornar mais
fértil e durável.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 56
AULA 1
AulaAlfabetização
7 – Características
Digital do setor agroin-
dustrial “antes da porteira” 5
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 58
plo, o produtor precisa da autorização do órgão competente. Esse controle é
feito basicamente por órgãos federais como o Instituto Brasileiro de Recur-
sos Naturais Renováveis (IBAMA) e, em Minas Gerais, nós temos o Instituto O portal do IEF na
Estadual de Florestas (IEF) o qual é responsável pela fiscalização no âmbito Internet possui muitas
estadual. informações a respeito
da legislação ambiental
e sobre proteção ao
meio ambiente, seria
bom que você aluno
acessasse o site para
obter mais informações:
www.ief.mg.gov.br.
7.5 Comunicação
Agregado: somado
7.6 Infraestrutura
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 60
necessários até o local de produção. Da mesma forma que, se para tirar os
produtos da propriedade é preciso boas estradas, caso elas não existem o
produtor terá um elevado custo.
É lógico chegarmos à conclusão de que os valores que foram ne-
cessários para trazer os insumos para a propriedade e os necessários para
levá-los até o mercado consumidor serão agregados ao valor final do produto.
Esse fato prejudica não somente os consumidores finais, que terão que pa-
gar mais caro pelos produtos, como prejudica também os próprios produto-
res agropecuários, principalmente aqueles que têm suas atividades voltadas
para a exportação. Se a infraestrutura é falha e onerosa, o produto tem seu
preço elevado e demora mais tempo para chegar aos portos e de lá serem
enviados para o exterior. Quando o produto brasileiro chega ao mercado in-
ternacional, ele terá um custo elevado e vai perder competitividade, porque
além da carga tributária que incidirá sobre ele, também terá anexado ao seu
valor os gastos que foram precisos com o seu transporte.
Não seria exagero dizer, que as estradas e portos brasileiros são,
em sua maioria absoluta, de péssima qualidade. Não há diversificação de
meios de transporte, como, por exemplo, ferrovias. A enorme malha fluvial
brasileira é muito pouco utilizada e a cada dia as estradas estão mais con-
gestionadas e esburacadas. Como nós transportamos tudo em cima dos cami-
nhões, é natural que a qualidade das estradas seja baixa. E um dos motivos
é o uso acima da capacidade, e o outro, é o claro descaso do poder público
com a situação rodoviária brasileira.
7.7 Mão-de-obra
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 62
Precisamos deixar claro que a demanda de mão-de-obra no agro-
negócio e na agroindústria é em todas as áreas, desde as atividades ligadas
a produção, como por exemplo, os motoristas de colheitadeiras, até respon-
sáveis pela própria gestão do agronegócio, no caso os administradores das
propriedades.
Referências
Atividades de Aprendizagem
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 64
AULA 1
AulaAlfabetização
8 – Características
Digital do setor agroin-
dustrial “dentro da porteira”
Figura 43: Lavoura de soja, uma das plantas anuais mais cultivadas no Brasil.
Fonte: Disponível em: http://www.atribunamt.com.br/wp-content/uploads/2009/05/lavoura-de-
soja-inox-22-05-09.jpg acessado em 23 de junho de 2010.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 66
Os vegetais perenes são aqueles que têm ciclos vegetativos pro-
longados no tempo. Depois de nascerem, eles frutificam e se reproduzem
diversas vezes, por muitos anos, até que seu ciclo vegetativo chegue ao fim.
Figura 44: Plantação de coco, uma planta perene muito comum no Brasil
Fonte: Disponível em: http://www.rallyberohoka.com.br/arquivos/imagens/editor/Image/
fazenda_tres_barras_turismo_rural_torixoreu.JPG acessado em 23 de junho de 2010.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 68
Resumo
Referências
NEVES, Marcos Fava; ZYLBERSZTAJN, Decio e NEVES, Evaristo Marzabal.
Agronegócio do Brasil. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
Atividades de aprendizagem
c) A colheita.
AulaAlfabetização
9 – Características
Digital do setor agroin-
dustrial “dentro da porteira” 2
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 72
desenvolva, mas não se trata apenas de quantidade, tanto a falta de água
como o seu excesso fazem mal para a plantação. Também existem méto-
dos de irrigação, como o de gotejamento, por exemplo. Mas nós não iremos
Caro aluno, você deverá
entrar nos modelos de irrigação, esse não é nosso objetivo, basta saber que a realizar uma pesquisa
irrigação é um cuidado que se deve ter com a lavoura. na internet ou em
livros sobre os tipos de
irrigação existente. E
destacar um que pode
ser utilizado em sua
região.
9.4 Colheita
A colheita é o último estágio da produção agrícola. Todos os passos
anteriores são dados para se chegar a uma colheita em grande quantidade e
em grande qualidade. Precisamos compreender que cada tipo de cultura exi-
ge um tipo de colheita diferente. Dependendo do produto a ser colhido, será
necessária a utilização de máquinas, como também, dependendo da cultura,
a colheita exigirá que os produtos sejam colhidos manualmente.
Vamos citar alguns exemplos para que a compreensão seja mais
clara. Quando se trata de lavouras de grãos como a soja e o milho é preciso
que a colheita ocorra quando os grãos estão secos. A soja, particularmente,
é uma cultura voltada para a exportação em sua grande maioria. Ela, nor-
malmente, é plantada em grandes áreas por produtores com mais disponibi-
lidade de recursos. O ideal é que sua colheita seja realizada por máquinas,
no caso grandes colheitadeiras, para que a produção seja colhida de forma
rápida e eficiente.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 74
Figura 52: Exemplo de lavoura de soja sendo colhida.
Fonte: Disponível em: http://rmtonline.globo.com/banco_imagens_novo/noticias/%7BA63120EC-
4496-4DD0-9D2C-56E03FA97DDD%7D_soja_colheitadeira.jpg acessado em 24 de junho de 2010.
Resumo
Nesta aula você aprendeu:
1- O que são viveiros e mudas, assim como sua utilidade e necessidade.
2- Sobre o plantio das culturas.
3- Sobre os cuidados com a plantação e alguns exemplos de cuidados.
4- Sobre a colheita e suas formas.
5- O que é pós-colheita e suas divisões.
Referências
CALLADO, Antônio André Cunha. Agronegócio. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
Atividades de aprendizagem
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 76
b) As plantas que são colocadas nos viveiros, são aquelas que não sobrevi-
veriam se fossem lançadas diretamente no solo.
AulaAlfabetização
10 – Características
Digital do setor
agroindustrial “dentro da porteira” 3
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 80
No sistema extensivo os animais são criados soltos, em grandes
espaços abertos. No sistema extensivo o investimento feito pelo criador é
menor tanto na questão da própria infraestrutura, quanto na questão dos
cuidados com os animais. Um exemplo de menor cuidado com os animais é a
alimentação. Na pecuária extensiva, por exemplo, a alimentação dos animais
é baseada principalmente nos pastos, logo é de se esperar que os resultados
demorem mais para aparecer, tanto no tocante a engorda dos animais, como
no lucro do pecuarista. No sistema extensivo, é comum a criação de bovinos,
aves e porcos.
10.1.2 Manejo
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 82
criação, não é porque se trata de um sistema extensivo que serão adotadas
técnicas de mau manejo, ou porque se trata de um sistema intensivo que se
terá o bom manejo. Cabe ao pecuarista ou ao seu administrador identificar
e aproveitar os recursos que tem a sua disposição e adotar as melhores téc-
nicas de manejo aplicáveis ao seu empreendimento.
As técnicas de manejo não são excepcionais, muito ao contrario,
são em sua maioria preocupações básicas que todo agropecuarista deve ter
com seu rebanho, como, por exemplo, a alimentação adequada do rebanho,
o conforto dos animais e o controle de pragas e doenças. Porém, o bom ma-
nejo é aquele adotado de acordo com a necessidade de cada tipo de animal
e de acordo com as necessidades do criador.
Vamos para um exemplo prático do que seria um bom manejo, a
alimentação com certeza é o fator mais importante na criação de animais.
Na criação de aves e suínos, ela representa a maioria absoluta dos custos de
produção. Logo, o pecuarista e seu administrador precisam encontrar alter-
nativas para oferecer aos seus rebanhos uma alimentação de qualidade e de
baixo custo, caso contrário, o produto final produzido na propriedade terá
um valor muito alto e não terá competitividade no mercado.
Quando o controle de pragas e de doenças é feito de forma pre-
ventiva, com a utilização de vacinas e vermífugos, a seleção da alimentação
e a própria higienização do local onde ficam os animais, a porcentagem do
rebanho com saúde deficitária diminuirá muito.
Resumindo, as práticas de manejo procuram aliar maior eficiência e
produtividade com diminuição de custos. Tudo para que o produto do pecu-
arista tenha maior competitividade no mercado, com melhores preços e por
consequência lógica uma margem de lucro maior.
Resumo
Nesta aula você aprendeu:
1- O que é produção pecuária.
2- Quais são os sistemas de criação e suas características.
3- Sobre o manejo e sua divisão em bom e mau manejo.
Referências
ARAÚJO, Massilon J. Fundamentos de agronegócios. 2 ed. São Paulo: Atlas,
2009.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 84
AULA 1
AulaAlfabetização
11 – Características
Digital do setor
agroindustrial “dentro da porteira” 4
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 86
vivos, os quais têm ambientes mais favoráveis ou desfavoráveis ao seu de-
senvolvimento. Como exemplo, podemos citar um agropecuarista que inicia
uma grande plantação de trigo em pleno sertão nordestino. Apesar de todo
o avanço tecnológico, o trigo é uma cultura que se desenvolve em climas
mais frios, logo uma plantação de trigo em pleno sertão nordestino estaria
fadada ao fracasso. Isso levaria os coeficientes que medem a produção des-
pencarem.
É o mercado que define o que será produzido e como será produzi-
do. Quanto a isso não resta nenhuma dúvida, afinal o setor agropecuário pro-
duz de acordo com a demanda dos consumidores, notadamente, os centros
urbanos. Se o mercado decide que tal produto deve ser desenvolvido de tal
forma e rejeita todos os outros que não obedecem tal exigência, com certe-
za o fabricante irá alterar seu modo de produção. É a exigência do mercado
que determina o que é produzido.
Resumo
Referências
CALLADO, Antônio André Cunha. Agronegócio. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
Atividades de aprendizagem
b) Produtividade da cultura.
c) Aproveitamento da carcaça.
d) Qualidade da produção.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 88
AULA 1
AulaAlfabetização
12 – Características
Digital do setor
agroindustrial “dentro da porteira” 5
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 90
12.3 Bovinocultura leiteira
Trataremos agora dos coeficientes técnicos mais utilizados na bovi-
nocultura de leite.
O período de lactação é tempo em que a vaca permanece produzin-
do leite. Esse período varia de raça para raça e também das características
únicas de cada animal. A produção diária de leite é a quantidade de leite
produzido por cada animal no período de 24 horas, também é variável de
animal para animal e de raça para raça.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 92
Figura 63: Porca amamentando leitões recém nascidos.
Fonte: Disponível em: http://www.opresenterural.com.br/files/1233777327granja_de_
suinos_%2810%29.jpg acessado em 25 de junho de 2010.
Referências
CALLADO, Antônio André Cunha. Agronegócio. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
Atividades de aprendizagem
b) Relação reprodutor/matrizes.
c) Período de lactação.
d) Rendimento da carcaça.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 94
AULA 1
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13 – Características
Digital do setor
agroindustrial “dentro da porteira” 6
13.1 Avicultura
Trataremos aqui da avicultura mais especializada. Aquela feita em
granjas maiores e com mais recursos e tecnologia. A avicultura de “fundo
de quintal” não nos interessa muito, pois ela tem um fundo muito mais de
subsistência do que de agronegócio.
Quanto à avicultura especializada, existem poucos fornecedores de
alta tecnologia tanto em infra-estrutura e serviços, como em animais de
elevado padrão genético. É comum os grandes produtores comprarem de
outros países os pacotes tecnológicos para aplicarem a sua criação. No Brasil,
basicamente a Embrapa desenvolve pesquisas sobre a avicultura.
A avicultura tem praticamente dois ramos: a avicultura de postura
de ovos e a avicultura de corte.
Quanto à avicultura de postura, ela tem por objetivo a produção de
ovos que se destinam basicamente para o consumo humano, ovos comerciais
e a produção de ovos para incubadoras, para a produção de pintos. Cada tipo
de produção exige uma tecnologia e infraestrutura própria.
Sobre a produção de ovos para incubadoras, as granjas que traba-
lham com esse objetivo, normalmente, têm pacotes tecnológicos e infraes-
truturais voltados para esse fim. As granjas têm um alto de índice de controle
sobre os animais, como a monitoração da produção de cada animal, já que
se trata de matrizes. Também ocorrem cuidados especiais, como por exem-
plo, o controle de entrada e saída de pessoas nas construções onde estão
as matrizes, assim como a quantidade de ruídos e a claridade do local onde
ficam as aves. É preciso muito cuidado e rigor quando se trata de avicultura.
Podemos citar como coeficiente técnico da avicultura o índice de
postura. Como o nome deixa claro, esse coeficiente indica a quantidade de
ovos produzidos por uma matriz durante certo tempo. O comum é que a
proporção seja de quantidade de ovos colocados pelo período de um ano.
A porcentagem de eclosão demonstra quantos ovos eclodem ou
quantos pintos nascem após o período de incubação. Quando os pintos nas-
cem, é preciso determinar quantos deles são viáveis comercialmente, não
podemos nos esquecer de que se trata de um negócio e os animais devem
ser considerados como coisas que serão vendidas. Logo, não existe a possibi-
lidade de ter custo com a criação de um animal que não será vendido e por
consequência não trará lucros.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 96
Também temos a produção de ovos comerciais. Aqui, o destino dos
ovos é para o consumo humano e não para a reprodução das aves. Logo, não
são necessários machos. A adição de machos a criação traria apenas mais
custos para o criador, como ração e produtos veterinários, por exemplo.
A preocupação do criador é em adquirir novas matrizes, sempre de
boa qualidade. As granjas de incubação é que, normalmente, fornecem as
matrizes para as granjas de produção de ovos para o consumo.
Citamos agora alguns coeficientes técnicos importantes na produção
de ovos para o consumo. A precocidade, aqui entendido com o tempo que uma
ave precisa para começar a colocar ovos. Esse prazo é importante, pois antes da
ave começar a postura, ela traz apenas custos para o produtor e nenhum lucro.
Logo, quanto menor o tempo de precocidade, melhor para o criador.
A taxa de ocupação diz respeito à quantidade de animais por área
ocupada. Isso mede quantos animais é possível colocar em determinado es-
paço. Quanto maior a taxa de ocupação, melhor será para o criador. Porém,
a taxa de ocupação sofre certas limitações. É preciso que a taxa de ocupa-
ção não prejudique os animais, principalmente quanto à concorrência por
alimento, o aspecto sanitário da granja e o conforto dos animais.
O índice de postura mede a quantidade de ovos colocados durante
certo período de tempo. Normalmente, o período é de um ano e se contabili-
zam apenas os ovos viáveis para o comércio. Além da quantidade, o tamanho
dos ovos postos também é importante para o criador, pois quando forem para o
comércio os ovos serão classificados de acordo com o seu peso e tamanho e isso
interfere nos valores que o criador vai cobrar sobre seu produto.
O consumo de ração também é um coeficiente importante, pois a
alimentação dos animais é feita basicamente com ração. Logo o custo com a
alimentação é um valor significativo no total do custo de produção. Assim, é
preciso saber quantos quilos de ração o animal precisa ingerir para produzir
determinada quantidade de ovos. Quanto menor o consumo de ração e maior
o índice de postura, maior será a eficiência da granja. Também é preciso
destacar o tempo de vida útil das matrizes. Mais uma vez os animais são
vistos como máquinas de colocar ovos e, caso seu desempenho diminua, ela
precisa ser descartada e substituída por uma melhor.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 98
para o abate. Quanto maior a taxa de precocidade, melhor para o criador,
pois enquanto o animal estiver no criatório o pecuarista estará tendo gastos
com ração, por exemplo.
Logo, uma grande preocupação dos pecuaristas que trabalham com
avicultura de corte é diminuir o tempo que o frango precisa para atingir o
peso mínimo para o abate. Claro que esse fato depende muito da taxa de
conversão alimentar, da qualidade da carne do frango e do peso mínimo ne-
cessário. O tempo de precocidade tem um valor médio no Brasil de 43 dias
para que o frango possa ser abatido.
Resumo
Nesta aula você aprendeu:
1- Sobre os coeficientes técnicos aplicados a avicultura.
2- Que a avicultura se divide em avicultura de postura de ovos para
consumo e para incubadoras e avicultura de corte.
3- Aprendeu que cada tipo de avicultura tem coeficientes específicos
e coeficientes iguais, porém medidos de forma diferente.
Referências
CALLADO, Antônio André Cunha. Agronegócio. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
Aula 14 – Características
Alfabetização Digital do setor
agroindustrial “dentro da porteira” 7
Resumo
Nesta aula você aprendeu:
1- Sobre a organização dos produtores agropecuários.
2- A necessidade de aplicação de tecnologia a produção agropecuária.
3- Conceito de economia em escala.
4- A necessidade de adequação da produção as características locais
e culturais.
5- Sobre a necessidade de prever a viabilidade econômica de um em-
preendimento.
6- A necessidade do acompanhamento diário da produção.
7- Sobre a necessidade do treinamento da mão-de-obra.
Atividades de aprendizagem
d) Por mais capitalizado que seja o produtor existem barreiras naturais que
não podem ser superadas.
AulaAlfabetização Digital
15 – Características do setor
agroindustrial “dentro da porteira” 8
Resumo
Nesta aula você aprendeu:
1- A possibilidade de parceria entre produtores para adquirir determi-
nado insumo.
2- A necessidade do treinamento dos administradores.
3- Aprendeu sobre a importância do mercado consumidor e a impor-
tância para o produtor de conquistar esse mercado.
4- Sobre a gestão dos custos do empreendimento agropecuário.
Referências
CALLADO, Antônio André Cunha. Agronegócio. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008
Atividades de aprendizagem
AulaAlfabetização
16 – Características
Digital do setor
agroindustrial “depois da porteira”
Resumo
Nesta aula você aprendeu:
1- O que ocorre no setor agroindustrial depois da porteira.
2- O que são canais de comercialização.
3- A divisão dos canais de comercialização.
4- Quem são as figuras presentes nos canais de comercialização e as
atividades que cada um deles desenvolve.
Atividades de aprendizagem
1) O segmento “depois da porteira” se constitui de:
AulaAlfabetização
17 – Características
Digital do setor
agroindustrial “depois da porteira” 2
17.3 Intermediários
Quanto aos intermediários, eles se dividem em intermediários pri-
mários e secundários. Os primários são em grande maioria pequenos co-
merciantes que possuem mais informações e são mais interados com as prá-
ticas de comércio do que os produtores. São eles que lançam os produtos
agropecuários nas etapas da comercialização. Eles adquirem os produtos nas
próprias fazendas, é comum que comprem pequenas quantidades em várias
17.4 Concentradores
Os concentradores são intermediários de grande porte, que adqui-
rem seus produtos tanto de intermediários primários ou secundários, como
dos próprios produtores e distribuem esses produtos nas etapas seguintes da
comercialização. São sempre grandes empresas com muito capital e vendem
seus produtos para os grandes consumidores de produtos agropecuários, em sua
maioria as agroindústrias, devido a esse fato, a própria localização dos concen-
tradores é estratégica. É comum que fiquem próximos aos grandes centros de
compra e venda de produtos agropecuários no atacado ou próximos aos grandes
centros urbanos consumidores de produtos, tanto no varejo, como no atacado.
Não são raros os concentradores que fazem algum beneficiamen-
to nos produtos adquiridos, como utilização de melhores embalagens, por
exemplo. Devido a todas as características aqui citadas podemos concluir que
os concentradores exercem grande influência na determinação dos preços no
agronegócio. Buscam sempre comprar os produtos pelo menor preço possível e
vendê-los pelo preço mais alto que conseguirem. Os concentradores, na verda-
de, estão numa posição estratégica, pois existem várias pessoas querendo ven-
der para eles. Isso causa a diminuição de preço. Observamos ainda, que várias
pessoas e empresas querem comprar deles. Isso causa o aumento de preço.
17.6 Agroindústrias
A agroindústria é sem nenhuma dúvida uma das maiores consumi-
doras de produtos agropecuários. Para adquirir suas matérias-primas, muitas
17.8 Distribuidores
Os distribuidores não são como os vendedores e representantes. Distribui-
dores são sempre empresas, que possuem a propriedade dos bens que ofertam no
mercado, têm os seus clientes vinculados a eles e assumem a responsabilidade pela
entrega dos produtos e demais operações que se façam necessárias após a venda.
É comum que os distribuidores tenham um número pequeno de
produtores que lhe fornecem bens, mas possuem uma grande quantidade
de clientes. Por esse motivo os distribuidores são formadores de preços no
agronegócio, tanto para cima como para baixo e toda essa variação ocorre
devido ao interesse do próprio distribuidor ou com o interesse do mercado.
17.10 Governo
O governo federal tem instrumentos que visam justamente inter-
ferir nos preços dos produtos agropecuários. É uma política do governo jus-
tamente voltada para o setor agropecuário. A interferência do governo na
formação dos preços dos produtos agrícolas ou agropecuários ocorre princi-
palmente através do Programa de Garantia de Preços Mínimos.
Com o Programa de Garantia de Preços Mínimos, o Governo Federal
determina e garante quais serão os valores mínimos pagos aos produtores
agrícolas ou pecuários ou as suas cooperativas e associações para determina-
do tipo de produto. Esses preços são determinados antes do plantio de cada
safra, por exemplo, o Programa de Garantia de Preços Mínimos para vigorar
no ano de 2012 deverá ser estabelecido no ano de 2011.
O objetivo do Estado é dar um direcionamento aos produtores sobre
quais são os produtos desejados pelo governo e buscar garantir também um
retorno mínimo ao produtor. Caso se observe que os preços praticados no
mercado estão abaixo daqueles determinados pelo governo, serão tomadas
medidas para elevar o valor dos produtos no mercado. Vale lembrar que os
Governos Estaduais também podem interferir na formação de preços dos
produtos agropecuários com políticas como as tomadas pelo Governo Fede-
ral, caso queiram ou caso seja preciso.
Resumo
Nesta aula você aprendeu:
1- Quem são os agentes comerciais e seu papel na formação dos preços.
2- Sobre o papel dos produtores agropecuários na formação dos preços.
3- Quem são os intermediários e os concentradores e seus papéis.
4- Qual era o objetivo dos mercados de produtores e o que aconteceu
de fato.
5- O papel das agroindústrias.
6- Quem são os representantes, os vendedores, os distribuidores e os
atacadistas.
7- Sobre o papel do governo na formação dos preços.
Atividades de aprendizagem
d) O Governo Federal tem instrumentos que visam interferir nos preços dos
produtos agropecuários, sejam agrícolas ou pecuários.
Aula 18 – Características
Alfabetização Digital do setor
agroindustrial “depois da porteira” 3
18.1 Supermercados
Supermercados são grandes lojas, que abrigam uma diversidade
imensa de produtos de todos os tipos e qualidades possíveis. O comum é que
sejam grandes redes, as quais possuem elevada quantidade de capital. É uma
tendência mundial a formação de redes de supermercados, o próprio con-
sumidor faz a exigência de encontrar tudo que precisa em um único local.
18.4 Exportadores
A exportação de produtos agrícolas e pecuários exige grande espe-
cialização e por esse motivo é realizada, principalmente, por grandes empre-
sas que têm suas atividades voltadas apenas para essa área.
O mercado externo é muito mais exigente que o mercado brasileiro.
Se no Brasil o consumidor está criando a ideia de consumir apenas produtos
de alta qualidade, no mercado externo, principalmente o mercado europeu
e dos Estados Unidos, essa cultura já está consolidada em todos os segmen-
18.5 Importadores
As ações dos importadores e dos exportadores se parecem, porém
ocorrem em sentido contrário. Enquanto o exportador busca vender os pro-
dutos nacionais no exterior para obter maior rentabilidade, o importador
procura comprar produtos no exterior e vendê-los no mercado interno para
ter mais lucros.
Os importadores, na maioria das vezes, têm como fim atingir consu-
midores bem definidos, é um publico diferenciado, que baseia seu consumo
não apenas no preço do produto, mas principalmente na qualidade, no sabor
e, muitas vezes, no status.
Isso significa que mesmo que o produto seja mais caro que os pro-
duzidos no Brasil o consumidor pagará por ele sem nenhum problema. É um
mercado de alto nível econômico. Podemos citar como exemplo o mercado
de vinhos. O vinho é um produto agroindustrial. Existem muitas fábricas de
vinhos no Brasil que vendem seus produtos a um preço acessível, porém o
público visado pelos importadores pagará 15 vezes mais numa garrafa de
vinho importado da França, pelo fato de o vinho francês ser de melhor qua-
lidade que o brasileiro.
18.6 Consumidor
Todo e qualquer empreendimento agropecuário tem por fim atin-
gir o consumidor. Ele é o ultima elo nos atos de comercialização e o
principal agente econômico do agronegócio, afinal todos os custos são
pagos em última análise pelo consumidor. A cada dia o setor agropecuá-
rio procura produzir mais produtos e com mais qualidade para ganhar o
consumidor final.
Como a preferência do consumidor final está sempre se aprimoran-
do isso exige que o setor agropecuário acompanhe de perto as tendências de
consumo, para que seus produtos não percam em competitividade.
Resumo
Nesta aula você aprendeu:
1- O papel dos supermercados como formadores de preços.
2- Sobre o papel dos feirantes nos atos de comercialização.
3- Quem são e o que fazem os exportadores e as consequências da sua
atividade no mercado interno.
4- Sobre os importadores e seu público alvo no agronegócio.
5- Que o consumidor é o elo mais importante dentro do comercio.
Referências
ARAÚJO, Massilon J. Fundamentos de Agronegócios. 2 ed. São Paulo, Atlas,
2009.
Atividades de aprendizagem
a) Os produtos agropecuários tem baixo valor agregado, logo não são impor-
tantes para as exportações brasileiras.
b) A maioria dos produtos que são vendidos são frutas, verduras e hortaliças
produzidas na região e muito perecíveis.
Aula 19 – Características
Alfabetização Digital do setor
agroindustrial “depois da porteira” 4
19.1 As agroindústrias
A agroindústria é a unidade empresarial, na qual vai ocorrer todo
o processo de processamento, beneficiamento e transformação dos pro-
dutos agrícolas e pecuários in natura para que se tornem produtos indus-
trializados. As agroindústrias se dividem em dois grupos: os que tratam
com produtos voltados para a alimentação e os que tratam com produtos
não alimentares.
A respeito das agroindústrias voltadas para a produção de alimen-
tos, elas são cercadas de cuidados muito específicos. Afinal elas produzirão
alimentos que serão ingeridos pelas pessoas, alimentos que podem causar
danos para a saúde dos consumidores. As questões referentes à higiene e
controle sanitário dos produtos que serão produzidos é a maior preocupação
desses agroindustriais. Um exemplo de agroindústria voltada para a produ-
ção de alimentos é a indústria de laticínios.
Quanto às agroindústrias que não são voltadas para a produção de
alimentos, sua estrutura e organização interna não diferem muito das de
uma indústria comum. A grande especificidade aqui diz respeito a aquisição
de matéria prima. Temos como exemplo de agroindústrias não alimentares
as que trabalham com a produção de derivados de couro.
Trataremos agora sobre os conceitos de beneficiamento, proces-
samento e transformação. A ideia de beneficiamento está ligada, basi-
camente, a aparência do produto. O beneficiamento não traz nenhuma
alteração ou transformação química ao produto, é apenas um tratamento
que o produto recebe sem alterar as suas características de produto in
natura.
O beneficiamento na maioria dos casos tem por objetivo melho-
rar a apresentação do produto, aumentar o tempo de validade, exter-
minar possíveis pragas remanescentes ou apenas agradar o consumidor.
Entre as operações de beneficiamento podemos citar a lavagem e emba-
lagem dos produtos, muito comum em frutas e hortaliças. Podemos citar
como exemplo de beneficiamento: a lavagem e seleção das folhas de
alface que serão posteriormente ensacadas ou a lavagem e polimento da
batata inglesa.
Resumo
Nesta aula você aprendeu:
1- O que são de fato as agroindústrias e o que elas fazem com os pro-
dutos agropecuários.
2- Que existem fatores que precisam ser estudados antes de se mon-
tar uma agroindústria. Como: tecnologia utilizada, definição de
equipamentos e localização.
Referências
NEVES, Marcos Fava; ZYLBERSZTAJN, Decio e NEVES, Evaristo Marzabal.
Agronegócio do Brasil. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
Aula 20 – Características
Alfabetização Digital do setor
agroindustrial “depois da porteira” 5
20.3 Comercialização
A comercialização de produtos alimentícios necessita de cuidados
especiais. O próprio manuseio dos produtos precisa ser com cuidado. Pre-
cisamos lembrar que esses produtos têm prazos de validade muito bem de-
finidos e o cumprimento desses prazos depende de atividades secundárias.
Resumo
Nesta aula você aprendeu:
1- Sobre a necessidade que a agroindústria tem matérias primas em
grande quantidade qualidade.
2- Que existem insumos secundários a produção da agroindústria, mas
eles são de extrema importância.
3- Como se dá a comercialização dos produtos.
4- Que é preciso que a agroindústria se registre nos órgãos compe-
tentes.
5- O que é logística aplicada ao agronegócio e suas atribuições.
6- Que o governo também atua no agronegócio.
Referências
ARAÚJO, Massilon J. Fundamentos de agronegócios. 2 ed. São Paulo: Atlas,
2009.
Atividades de aprendizagem
1- A respeito do agronegócio é correto afirmar:
a) É o conjunto de todas as operações e transações envolvendo os produtos
agropecuários.
b) É a atividade que diz respeito apenas as questões comerciais dos produtos
agrícolas.
c) É a atividade que diz respeito apenas as questões comercias dos produtos
pecuários.
d) É o conjunto de atividades ligadas apenas a produção agropecuária.