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JAGUARIBE
2019
JONH MATEUS SALDANHA PEREIRA
JAGUARIBE
2021
RESUMO
Obejtivo geral:
1 INTRODUÇÃO 13
2 REFERENCIAL TEÓRICO 16
3 METODOLOGIA 20
4 RESULTADOS ESPERADOS 21
5 CRONOGRAMA 22
6 REFERÊNCIAS 24
13
Além da sua utilização medicinal, ao longo dos anos, as plantas tornaram-se símbolo
material no âmbito religioso devido ao seu valor sagrado. Nas religiões de matriz africana,
possuem grande relevância para os seus adeptos devido a simbologia presentes em suas
cerimônias religiosas.
Com isso, faz-se necessário intervenções que trabalhem esses paradigmas, além do
exposto no parágrafo anterior, ainda é muito questionado os ataques de terreiros por
demonizar a religião, que por uma sociedade leiga ainda é vedada. No início do século XX, os
praticantes de umbanda e candomblé eram perseguidos pela polícia pelo simples fato de
cultuar e praticar sua fé.
Atualmente, o cenário torna-se a repetir, porém, por civis que invadem, queimam,
destroem objetos oriundos do terreiro e agridem os membros do culto por adorar sua
fé.Contudo, já existem leis que defendem e garantem os direito de liberdade à religiosidade, e
que estabelece de modo que seja válida a segurança desses espaços de devoção a seus ritos.
(trazer a lei de intolerância em nota de rodapé)
Apesar da instituição da Lei 10639/03 ter um pouco mais de dezesseis anos, alguns
autores observam a ausência curricular referente às questões étnico-raciais, diversas formas de
reprodução de preconceito. O racismo é constituído enquanto discurso (pseudo) científico,
político e hegemônico somente a partir do século XVII. Antes disso, o tráfico negreiro e os
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Apesar da lei 10.639 estar em vigor, ainda são escassas ações de combate ao racismo
ao sagrado das religiões de matriz africana nas escolas de ensino básico. Dado exposto, por
meio desta pesquisa busca-se identificar e esclarecer a percepção discente sobre o uso de
plantas medicinais e sua importância para as religiões de matriz africana. Na aplicabilidade
desse conteúdo nos currículos escolares do ensino básico da educação, observam-se diversas
formas de preconceito e desvalorização que permeiam desde a antiguidade até os dias atuais.
1. Introdução ao tema
2. Problemática
3. Justificativa
Justifica a necessidade de uma pesquisa para esclarecer aquele aspecto ainda não
abordado por outras pesquisas;
4. Objetivos Geral: O “que” vai fazer (analisar, avaliar, identificar, etc.) e “onde” vai
fazer; com quem?
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Específicos:
2 REFERENCIAL TEÓRICO
DESCOLONIZAÇÃO DA DIDÁTICA
21
Conforme o autor, esses dois paradigmas das direções são compreensíveis como a
teoria da ciência e do entendimento, que buscam fundamentar-se em diversas contingências,
arrogar e/ou objetar princípios culturais da heterogeneidade e da união.
Ainda de acordo com o autor/a supracitado, para aplicação da área de estudo deve
haver um sistema de lógica de modo que, os educandos sejam portadores do conhecimento, de
forma que, eles tenham um recurso a favor deles, ou seja, o conhecimento prévio. Podendo
assim, utilizar e tornar a botânica como um motivador do ensino de Ciências. Contudo,
segundo Gulliche e Araújo (2005), há um desafio, o modo de como é usado os termos das
palavras na botânica torna desmotivante e não atraente o estudo para os discentes, pois os
mesmos não reconhecem as definições adotadas no uso das palavras. A vista disso, um
método de tornar a botânica cativante é por meio da Etnobotânica.
Em virtude de que as plantas são uma fonte de recursos naturais ao homem. Segundo
Hostettmann (2014), foram catalogadas cerca de 350 mil espécie vegetais no mundo e
somente 10-12% foram explanadas no conceito fitoquímico e farmacológico. Para mais, o
progresso em aquisições Etnobotânica, além de conservar e resgatar o conhecimento oriundo
de uma cultura popular segundo (GALET E IRGANG, 2001), é capaz de contribuir para
conquista de novos fármacos (ALBUQUERQUE et al., 2014).
Quais plantas são estudadas? São espécies próximas ou distantes dos estudantes em
questão? Ausência da discussão das populações negras e indígenas na abordagem da
etnobotânica.
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Uma grande parte das espécies vegetais utilizadas para fins medicinais foram trazidas
para o Brasil no período de escravidão, por meio do tráfico escravista, e substituído por
algumas espécies do Brasil por terem semelhanças morfológicas externas (ALMEIDA, 2011,
p. 44). Esse processo migratório de classificações botânicas se implementou no país, se
fundindo com as plantas nativas e na sua cultura.
“[...] recôncavo baiano afirmam que o guiné (Petiveria alliaceace, L.) da família
Phytolacacceae, tinha como sinônimo popular o nome Amansa-senhor. Este nome,
deve-se ao fato de ser preparada por escravos domésticos sob a forma de chá e
misturada às refeições dos senhores e feitores, causando sonolência e, portanto,
tornando-as mais brandos na convivência diária. Estudos farmacológicos pré-
clínicos mais recentes, conforme a ação da Petiveria alliaceae L. sobre o sistema
nervoso central. [...]” (ALMEIDA, 2011, p. 46).
Diante do exposto, o hábito estimado de plantas medicinais têm uma agregação com
conjunturas de complexidades, podendo ser chamando de “sistema de saúde não oficial”
constatando-se o uso popular deste acervo medicinal (ALMEIDA, 2011, p. 45).
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Sendo a Etnobotânica uma campo vasto de saberes que tratam de uma cultura de nossa
ancestralidade, podendo ser abordado dentro da educação, quanto ao seu espaço geográfico,
suas áreas na pesquisas contra enfermidades, os recurso que ela oferece à medicina, e até
mesmo o quanto ao plantio de tais ervas. Além disso, existem diferentes meios de trabalhar a
Etnobotânica, a sua importância no ensino, é devido ela ser interdisciplinar oferecendo
formação de relações no âmbito social e cultural.
As plantas e as religiões de matriz africana, elas têm uma dinâmica natural, no qual se
destaca a expressão “sem folha, não a orixá”, esse termo é utilizado pelos próprios praticantes,
as ervas são representadas pelos orixás de acordo com sua natureza e o elemento que ele
pertence e/ou rege. Essa relação etnobotânica, desde os primórdios com as plantas, faz-se
presente como identidade cultural aos partidários de Umbanda e Candomblé.
É oportuno ressaltar que segundo Barros (2009), toda casa tem sua ciência, ou seja,
dentro de determinados terreiros,a planta permuta, isto é, ela pode mudar de acordo com a
situação em outra casa, existindo determinados terreiros que podem exercer a folha para
algumas destinações. Além disso, dentro de outras casas essa mesma planta pode ser
pertencente a outro orixá e/ou para patologia ou de enfermidades, decorrente de ser dor
material/física ou espiritual. No entanto, vale reforçar que quaisquer casas fazem uso em suas
cerimônias estipuladas espécies de plantas. Conforme Oliveira e Oliveira (2007, p. 82; 95)
O candomblé faz-se muito o uso das plantas em seus preceitos e rituais, quando por
exemplo um filho de santo é recolhido no ilê asé para se preparar e bolar com o santo (receber
o seu orixá). Durante esse período de reclusão todo banho tomado é de ervas, essas ervas são
maceradas e rezadas por meio de cânticos ritualísticos, para que assim sejam consagradas para
o banho santo, esse mesmo é preparado pelo babalaô ( pai de santo). Durante os ritos, as
plantas também são utilizadas como ornamentais no salão, de modo a energizar com as forças
da natureza o ambiente como uma interação entre o orixá e o meio.
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Cada orixá rege um elemento na natureza, Olorum ( Deus) pai dos Orixás deu um
domínio da terra e um elemento para cada um de seus filhos (PRANDI, 1995). Olorum deu
ao seu filho Ossain o domínio das plantas, o mesmo, é conhecido como o orixá das ervas
medicinas, pois ele tem o conhecimento de todos os segredos de cada planta e suas
propriedades de cura, em todo ritual antes de serem utilizadas quaisquer plantas, é pedido a
permissão a Ossain para que se possa usar aquela planta e suas propriedades que extraídas
morfologicamente e/ou fisiologicamente.
É essencial o uso das plantas, pois a utilização constante pelos adeptos em sua práxis
certifica que é indispensável cultuar sagrado sem folha. Segundo Oliveira e Oliveira (2007,
p.81)
Contudo, para cada situação acima citada, o líder religioso, no caso o sacerdote, ele
consulta os guias espirituais (entidades mentoras), qual planta e parte dela deve ser utilizada
para determinada situação. Os guias, são manifestados no pai de Santo ou no filho da casa
para que essa ciência do saber possa ser perpetuada de geração para geração pelos filhos.
30
O colonialismo trata-se numa ótica mais vasta de grupos sociais que se sobrepõe aos
demais, em relação à identidade, cultura, comportamento e outros fatores, que deixam a
margem a identidade de um povo, ficando esta dominada/colonizada em decorrência de suas
classes ou sociedade dominantes, que por muitas das vezes em decorrência das suas condutas
à, a ascendência de racialização, transparecendo uma descriminação social e mediantes as
outras esferas sociais.
3 METODOLOGIA
etc.).
32
realidade/fenômeno investigada(o).
Entrevista
Observação
Questionário
Análise documental
Tipos de Entrevista:
Questionário:
Observação:
* Descrever o fato;
sobre ele).
Formas de Registro:
Vídeo
Fotografia
Gravador
Papel e lápis
(Diário de campo)
A princípio o projeto será submetido ao comitê de ética, já que a pesquisa está focada
no público da educação básica, sendo exatamente no 2º ano do ensino médio. Após a
aprovação do trabalho, a etapa seguinte será a construção de um questionário diagnóstico, que
tem por objetivo realizar um levantamento acerca do conhecimento prévio dos alunos a
respeito do assunto em questão.
7 REFERÊNCIAS
ALEXIADES, N.N. Select guidelines for ethnobotanical research: a field manual. New York,
The New York Botanical Garden Press, 1996.
ALMEIDA, M. Z. Plantas medicinais / Mara Zélia de Almeida. -3.ed.-Salvador:
EDUFBA,2011.221p.
BARRERA, A. La Etnobotânica. Pp. 19-25. In: A. Barrera (Ed.) La Etnobotânica: três
puntos de vista e uma perspectiva. Xalapa, Instituto de Investigacion sobre Recursos Bióticos,
1979.
BRASIL. Lei n° 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Diário Oficial da União, Brasília, 10 jan.
2003.
HOSTETTMANN, K. Medicinal plants in the XXI century. New Challenges. In: OLIVEIRA,
A. P.; ROCHA, L. M.; SANTOS, M. G. (Org.) III Simpósio Flora das Restingas
Fluminenses: potencial econômico e conservação, 2014.
QUEIROZ, Maria Isaura Pereira. Identidade cultural, identidade nacional no Brasil. Tempo
Social, São Paulo (SP), v.1, n.1, p. 18-31, 1989.
LOVEJOY, P.E. Kola in the history of West Africa. Cahiers d’études africaines, v. 20,n. 77,
p. 97-134, 1980.
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