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MEMÓRIA BIOCULTURAL E LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO

CAMPO: DIÁLOGO NECESSÁRIO PARA RESISTÊNCIA E


ESPERANÇA

Marilisa Bialvo Hoffmann 1


Saul Benhur Schirmer 2
Apoio Financeiro: CNPq

RESUMO

O presente trabalho está associado à Licenciatura em Educação do Campo - Ciências da Natureza da


Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) campus Porto Alegre-RS. O curso forma
docentes para atuação no ensino de Ciências no Ensino Fundamental e nas disciplinas de Física,
Química e Biologia do Ensino Médio em escolas da Educação Básica do Campo, tendo sua organização
didático-temporal articulada com as comunidades do campo, entre eles ribeirinhos, quilombolas,
indígenas e agricultores familiares. Neste sentido, promover um diálogo produtivo, respeitando as
características de diferentes povos e culturas é um dos maiores desafios desse curso. Com intuito de
apresentar possibilidades e algumas considerações a partir do trabalho que vem sendo realizado no
âmbito do curso e do projeto de pesquisa “Memória Biocultural como eixo articulador entre a educação
do campo e ensino de ciências: uma investigação no contexto das comunidades tradicionais do Rio
Grande do Sul” trazemos na presente comunicação o conceito de Memória Biocultural, desenvolvido
pelos pesquisadores mexicanos Vitor Toledo e Narciso Barrera-Bassols, e discutimos suas
potencialidades como um eixo articulador e promotor do diálogo entre Educação do Campo e Ciências
da Natureza.

Palavras-chave: Paulo Freire, Memória Biocultural, Dialogicidade, Educação do Campo.

INTRODUÇÃO

A presente comunicação se relaciona ao trabalho realizado junto ao curso de graduação


em Licenciatura em Educação do Campo (EduCampo)- Ciências da Natureza da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) campus Porto Alegre-RS. Esse curso forma docentes
para atuação no ensino de ciências no Ensino Fundamental e nas disciplinas de Física, Química
e Biologia do Ensino Médio em escolas da Educação Básica do Campo. Estruturado de acordo
com a organização didático-temporal da pedagogia da alternância, o curso funciona em tempos-
universidade (TU) e tempo-comunidade (TC), que se alternam entre si, proporcionando que as

1 Faculdade de Educação/ Departamento de ensino e Currículo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul -
UFRGS, marilisa.ufrgs@gmail.com
2 Faculdade de Educação/ Departamento de ensino e Currículo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul -
UFRGS, sschirmer@gmail.com
populações do campo possam frequentar a universidade sem necessariamente precisar
abandonar o mundo do trabalho. No tempo-universidade os licenciandos frequentam aulas
presenciais na universidade e no tempo-comunidade as aulas e acompanhamento dos
professores aos licenciandos se dá no âmbito das comunidades do campo. No caso da
EduCampo UFRGS Porto Alegre, o tempo-comunidade compreende o trabalho com
populações e escolas localizadas na grande região metropolitana onde se mesclam populações
urbanas, rururbanas e rurais.
Nessas comunidades se apresenta um espectro bastante amplo de realidades. No entanto,
como colocam Hoffmann e Schirmer (2019), não é somente o contato com a comunidade que
garante que a realidade seja desvelada. É preciso, que no percurso formativo, sejam pensadas
formas efetivas para que os licenciandos se estimulem a muitas vezes re-ad-mirar aquilo que
talvez já viram muitas vezes. Buscar nas entrelinhas, nas contradições e nas falas significativas
da comunidade aquilo que somente o “ver o outro” mas não “com o outro”, não proporciona.
Dessa maneira, considera-se essencial o diálogo entre Universidade e Comunidades, de
maneira que os conhecimentos de ambos sejam elementos importantes na formação do
educador de Ciências que atuará nestes locais. Concordamos com Lima (2010), quando pontua
que a academia pode não só ensinar ciências e ensinar a ensinar ciências, mas também aprender
a fazer isso por meio do diálogo com o campo, a partir de seus modos peculiares de produzir e
reproduzir a vida e dar sentido a ela. De acordo com a autora, talvez seja esse o desafio mais
difícil a ser enfrentado por exigir um permanente exercício da alteridade, posto que os
conhecimentos trazidos por eles nos apresentam de modo muito diferente daqueles que
aprendemos a fazer, compreender e legitimar como conhecimento válido.
Victor Toledo e Narciso Barrera-Bassols são autores que têm auxiliado a compreender
melhor a relação entre os conhecimentos científicos e populares/tradicionais, bem como a
importância disso na formação do educador do campo. Esses pesquisadores mexicanos que
desenvolveram o conceito de Memória Biocultural e a importância ecológica das sabedorias
tradicionais (TOLEDO & BARRERA-BASSOLS, 2015). O conceito de Memória Biocultural,
central no presente trabalho, traz consigo a importância das sabedorias das comunidades
tradicionais e povos originários como os principais guardiões da biodiversidade e da memória
de nossa espécie. Com seus modos próprios de produção, de trabalho, de manejo da natureza e
da vida, as comunidades tradicionais e por consequência, a agricultura camponesa é, segundo
Toledo e Barrera-Bassols (2015) a principal força social que molda dialeticamente essas
construções bioculturais.
Por comunidades tradicionais, os mesmos autores entendem, no contexto brasileiro,
tratar-se além dos povos indígenas, também outros grupos, como os seringueiros, camponeses,
caboclos, caiçaras, pantaneiros, quilombolas e pescadores artesanais. Em termos legais, o
Decreto 6040/2007, que instituiu a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos
Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT), os povos e comunidades tradicionais são
definidos como "grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que
possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos
naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica,
utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos por tradição”(BRASIL,
2007). Entre os povos e comunidades tradicionais do Brasil 3 estão quilombolas, ciganos, matriz
africana, seringueiros, castanheiros, quebradeiras de coco-de-babaçu, comunidades de fundo de
pasto, faxinalenses, pescadores artesanais, marisqueiras, ribeirinhos, varjeiros, caiçaras,
praieiros, sertanejos, jangadeiros, ciganos, açorianos, campeiros, varzanteiros, pantaneiros,
caatingueiros, entre outros.
Na busca de estabelecer o diálogo com esses povos, é preciso, em primeiro lugar, como
coloca Freire (1983) que estes povos reconquistem o direito à palavra negado durante muito
tempo. Com isso, buscamos em Paulo Freire, a compreensão de que é na dialética e no diálogo
entre o real objetivo e a subjetividade humana que a ação-reflexão se realiza (FREIRE, 1983,
2003).
Diante dessas perspectivas o presente estudo apresenta o conceito de Memória
Biocultural e as potencialidades desse conceito para a promoção do necessário diálogo entre
conhecimentos tradicionais e científicos na constituição de educadores do campo.

A Memória Biocultural

Conforme Toledo e Barrera-Bassols (2015), a Memória Biocultural dos povos


tradicionais constitui-se na extensa e complexa coleção de sabedorias locais se constituem e
disseminam através, principalmente, da diversidade biológica, diversidade linguística e
diversidade agrícola. Juntas, configuram o complexo biológico-cultural originado

3 Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD, 2017), as Comunidades Tradicionais constituem
aproximadamente 5 milhões de brasileiros e ocupam ¼ do território nacional.
historicamente e que é produto de milhares de anos de interação entre as culturas e os
ambientes naturais.
O termo Memória Biocultural também diz respeito à forma de
disseminação/transmissão das sabedorias tradicionais, permeada por um repertório de símbolos,
conceitos, percepções, que se dão em um conjunto de mentes ou individuais, pautadas,
principalmente, na oralidade. A transmissão destes conhecimentos se faz, portanto, através da
linguagem e não necessariamente, da escrita, sendo muitas vezes um conhecimento ágrafo
(TOLEDO & BARRERA-BASSOLS, 2015). O corpus existente em uma única mente
tradicional expressa um repertório de conhecimentos que se projetam, no mínimo, sobre o
espaço e o tempo. Por exemplo, os conhecimentos de um único agricultor são, em realidade, a
expressão individualizada de uma bagagem cultural que, dependendo da escala, se projeta a
partir da coletividade à qual o agricultor pertence: o núcleo ou unidade familiar, a comunidade
rural, a região e, enfim, o grupo étnico ou cultural.
Diferentemente do conhecimento científico, que se constrói sobre bases compartilhadas
por determinada comunidade epistêmica — teorias que juntamente com os postulados
observáveis e relacionais, produzem um conjunto de proposições fundamentadas e um
raciocínio suficientemente objetivo, os conhecimentos tradicionais se constrói empiricamente
com base nas experiências sociais e nas necessidades locais, formando um complexo
entendimento sobre as estruturas naturais e suas relações. Não raro, muitos desses
conhecimentos encontram suas raízes no mundo mítico e nos rituais que reorganizam tais
mitos. Os seres humanos são parte da natureza e, portanto, compartilham sua existência com
seres vivos não-humanos. O homem não está separado da natureza, da mesma forma que os
seres humanos não estão separados da cultura. Sob essa perspectiva, surge a necessidade de
encontrar equilíbrio entre essa cosmovisão e o mundo real.

Figura 1: O Kosmos, o Corpus e a Práxis na pesquisa com comunidades tradicionais


Fonte: TOLEDO & BARRERA-BASSOLS, 2015.

Em consequência, a verdadeira significação do saber tradicional não é a de um


conhecimento local, mas a do conhecimento universal expressado localmente (POSEY, 1999),
na integração entre o Kosmos (crenças), o Corpus (conhecimentos) e a Práxis (práticas). Neste
sentido, a lógica dos instrumentos que se propõem a investigar os conhecimentos tradicionais
de determinadas comunidades deve considerar estas características importantes, conforme
ilustrado na figura 1.

METODOLOGIA
Buscamos neste trabalho articular características dos egressos do curso de Graduação
em Licenciatura em Educação do Campo - Ciências da Natureza da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (EduCampo/UFRGS) com as potencialidades do conceito de Memória
Biocultural. Visando estabelecer as principais características previstas para os egressos, foi
consultado o Projeto Político do Curso (UFRGS, 2013). Após essa análise e de posse dos
resultados passou-se a analisar na obra “A Memória Biocultural: A importância ecológica das
sabedorias tradicionais” (2015) de Victor Toledo e Narciso Barrera-Bassols como os conceitos
ali presentes, em especial a Memória Biocultural, poderiam contribuir na constituição de
educadores do campo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Da análise do PPC da Licenciatura em Educação do Campo - Ciências da Natureza da
UFRGS constata-se, já no perfil do egresso, duas características fundantes do curso: a formação
por área do conhecimento e a possibilidade de atuação em espaços não escolares.
O egresso estará habilitado para desenvolver projetos pedagógicos interdisciplinares
na área de Ciências da Natureza em espaços educativos escolares e não escolares.
O licenciado em Educação do Campo estará apto para atuar na disciplina de Ciências
nos Anos Finais do Ensino Fundamental e nas disciplinas de Química, Física e
Biologia ou na respectiva área de conhecimento do Ensino Médio, na Modalidade
Educação de Jovens e Adultos e na combinação com a Educação Profissional.
Também poderá participar na elaboração e execução de projetos locais de
desenvolvimento sustentável com base agroecológica, bem como em instituições de
Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER). (UFRGS, 2013)

Quanto formação por área de conhecimento, Caldart (2011) ressalta que a habilitação de
docentes neste formato tem como um dos seus objetivos ampliar as possibilidades de oferta da
Educação Básica no campo, especialmente no que diz respeito ao Ensino Médio. No entanto, a
intencionalidade maior é contribuir com a construção de processos capazes de desencadear
mudanças na lógica de utilização e de produção de conhecimento no campo, desenvolvendo
processos formativos que contribuam com a maior compreensão dos sujeitos do campo da
totalidade dos processos sociais nos quais estão inseridos. Dessa maneira, o resgate da
Memória Biocultural das comunidades tradicionais nas quais a Educação do Campo encontra-
se inserida pode contribuir para uma formação que não vê a realidade de maneira
necessariamente disciplinarizada, mas que parte de uma lógica em que a realidade, complexa,
nos demanda o entendimento de várias áreas de conhecimento para seu desvelamento em sua
totalidade.
Para Toledo e Barrera-Bassols (2015), na mente dos agricultores existe um detalhado
catálogo de conhecimentos sobre a estrutura ou elementos da natureza, as relações que
estabelecem entre si, os processos ou dinâmicas e seu potencial unitário. Neste contexto,
destacamos o que os autores trazem como “Matriz dos conhecimentos tradicionais” (pg. 97),
exemplificando que estes não se restringem aos aspectos estruturais da natureza ou àqueles
relacionados a objetos ou componentes e sua classificação. Ao contrário, o conhecimento
tradicional e, por sua vez, a Memória Biocultural, se refere à dimensões dinâmicas (de padrões
e processos), relacionais (ligadas a relações entre elementos ou eventos naturais) e utilitária dos
recursos naturais e das paisagens. Esses conhecimentos podem ser organizados em escalas, tais
como a cultural, que abrange o saber de uma determinada etnia ou cultura; a regional,
delimitada pelo território histórico e pela natureza culturizada que o rodeia; a comunitária, que
refere ao espaço apropriado por uma comunidade; a doméstica, delimitada pela área de trabalho
de um produtor e sua família; e a individual, restrita ao espaço do próprio indivíduo. Com isso,
queremos exemplificar que a matriz do conhecimento das comunidades tradicionais, conforme
exposto na figura 2, é por si só, um diálogo constante entre diferentes áreas de conhecimento ou
de diferentes campos teóricos de uma mesma área de conhecimento, como no caso, das
Ciências da Natureza.
Figura 2: Matriz dos Conhecimentos Tradicionais
Atronômica Física Biológica Ecogeográfica

Atmosfera Litosfera Hidrosfera

Estrutural Tipos de Tipos de Unidades de Tipos de água Plantas, Unidades de


astros climas, Relevo, animais, vegetação e
ventos, rochas fungos, paisagem
nuvens micróbios

Relacional Vários Vários Vários Vários Vários Vários

Dinâmico Movimentos e Movimentos Erosão de Movimento Ciclos de Sucessão


ciclos solares, de ventos, solos e outros da água vida ecológica
estelares, nuvens
lunares

Utilitário Vários Vários Vários Vários Vários Vários


Fonte: TOLEDO & BARRERA-BASSOLS, 2015.

Sendo assim, o resgate da Memória Biocultural revela um grande potencial na proposição


do diálogo com as comunidades. Para além de simples catalogação ou identificação,
compreender a complexidade desses conhecimentos e a forma como estes e suas relações se
manifestam.
Em relação a necessária atuação em espaços educativos escolares e não escolares. É
uma característica do perfil do egresso destas licenciaturas a atuação na gestão de processos
educativos em escolas de educação básica e também na gestão de processos educativos
comunitários (MOLINA, 2015). O conhecimento tradicional, intrinsecamente ligado ao uso e
manejo dos ecossistemas locais e combinações de paisagens e suas biodiversidades, faz parte
da cultura local e é no interior das comunidades, nas diferentes formas de organização das
mesmas que esse conhecimento se mantém vivo. Com isso, é fundamental que os estudantes
das licenciaturas em Educação do Campo, além de estarem efetivamente inseridos nessas
comunidades, compreendam como os saberes relacionados à etnia ou cultura, limitado pelas
questões territoriais e comunitárias se manifestam.

Nesse sentido, Toledo e Barrera-Bassols (2015) colocam a importância de se considerar


a existência de uma racionalidade diferente do racionalismo científico, o que leva à necessidade
de uma outra perspectiva epistemológica. Para os autores os conhecimentos tradicionais estão
sempre em conexão com a prática e a crença. A prática que permite a satisfação material e a
crença que conduz a uma satisfação espiritual e conduz a prática. Portanto, para compreender
essas realidades é preciso que uma aproximação com essas perspectivas o que só é possível
diante da presença e trocas de experiências junto às comunidades. Nesse sentido, o percurso
formativo da licenciatura em Educação do Campo da UFRGS é organizado para que desde o
início do curso seja estimulado o contato com os diferentes espaços que compreendem a ação
do educador do campo. Isso se dá, em grande parte, na realização dos Tempos-Comunidade,
em que o licenciando retorna ao seu local de origem (ou outra comunidade) para a realização
dos projetos propostos e articulados às disciplinas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante das relações estabelecidas, constatamos que a Memória Biocultural, conceito que
ainda aparece timidamente na pesquisa em Educação em Ciências no Brasil, apresenta
potencialidades expressivas de articulação curricular na formação de professores de Ciências,
em especial no contexto das Licenciaturas em Educação do Campo. Devido às características
inerentes a essa formação, que pressupõe em sua essência, o diálogo com os diferentes saberes
das comunidades e dos movimentos sociais populares do campo, se mostra imprescindível que
outros regimes de conhecimento sejam considerados tanto na formulação dos projetos de curso,
quanto nas práticas pedagógicas realizadas nessas licenciaturas.
Forma apontadas algumas possibilidades a partir das principais características do perfil
dos egressos do Curso de Licenciatura em Educação do Campo - Ciências da Natureza , que
certamente merecem ser aprofundadas, em especial, com foco em análise de práticas que já
consideram estes contextos de comunidades tradicionais e assim, apontam caminhos para a
inserção deste tipo de diálogo na área de formação de professores de Ciências da Natureza.

Diante disso, a Memória Biocultural, para além de um eixo articulador entre a Educação
do Campo/Ensino de Ciências e conhecimento tradicionais, se torna um importante marco na
construção do diálogo que só ocorre quando assegurado o direito à palavra aos povos
tradicionais. Nesse sentido, a Memória Biocultural, associada ao trabalho com a Educação do
Campo traz uma perspectiva de resistência e esperança nessa tarefa urgente de reconhecer e
recuperar os saberes dos povos na busca de construir um futuro a partir dessa consciência
histórica e não negando-a.

REFERÊNCIAS
BRASIL.  Decreto nº 6.040, de 7 de fevereiro de 2007. Institui a Política Nacional de
Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6040.htm, acesso em
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CALDART, R. S. Licenciatura em Educação do Campo e projeto formativo: qual o lugar da
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