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1.

Introdução:

Os epitélios glandulares são responsáveis por formar as glândulas do corpo, são constituídos
por células especializadas em produzir e liberar secreções. Essas secreções podem ser mucosas,
serosas e mistas. As moléculas a serem secretadas, geralmente são armazenadas nas células em
pequenas vesículas, chamadas de grânulos de secreção.

As células epiteliais glandulares podem sintetizar armazenar e secretar: proteínas, lipídios,


carboidratos e enzimas. As secreções produzidas pelas glândulas podem ser exócrinas e
endócrinas, respectivamente. As glândulas exócrinas secretam seus produtos sobre uma
superfície, diretamente ou através de ductos que estejam conectados com superfície do corpo, já
as glândulas endócrinas eliminam seus produtos (hormônios), no tecido conjuntivo, a partir do
qual penetram na corrente sanguínea.

Algumas glândulas têm função endócrina e exócrina, sendo classificadas como anfícrinas.
Todas as glândulas são oriundas do epitélio de revestimento, essa separação acontece durante o
desenvolvimento embrionário.

As glândulas exócrinas, por conterem ductos, mantêm comunicação com seu epitélio de
origem, já as glândulas endócrinas, se aprofundam no epitélio de revestimento e se separam no
tecido conjuntivo, perdendo contato com o meio externo.

Várias combinações de formatos de ductos e porção secretora são encontradas no organismo, a


classificação e a descrição das glândulas exócrinas poderão ser vistas nos capítulos a seguir.

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2.Glândulas exócrinas

As glândulas exócrinas são órgãos que produzem secreções ou substâncias que elaboram para um


sistema de condutos ou canais excretores que se abrem em superfície externa ou interna. As
secreções não são despejadas na corrente sanguínea, mas em outros órgãos, ou para o exterior do
corpo, através de canais.

Em geral as glândulas exócrinas são numerosas e de dimensão reduzida, podem


ser unicelulares ou multicelulares; nos mamíferos, o exemplo mais comum de glândula
unicelular é a célula mucosa, que se acha disseminada entre as células cilíndricas
do epitélio (tecido animal em que as células estão muito juntas umas das outras). Sua secreção é
a mucina, proteína que ao ser hidratado dá origem à substância lubrificante chamada muco. As
glândulas multicelulares subdividem-se em simples e compostas, conforme sua comunicação
com a superfície seja ou não ramificada. Exemplos de glândulas exócrinas são as sudoríparas,
produzem suor, as mamárias que secretam leite.

2.1 Glândulas simples – são denominadas assim as glândulas que possuem apenas um único
ducto não ramificado. Um dos poucos exemplos de glândulas simples que tem uma unidade
secretora distinguível e um ducto facilmente reconhecido é a glândula sudorípara. A porção
secretora não ramificada, mas enovelada da glândula esta situada profundamente na pele que se
abre em um ducto de aproximadamente o mesmo diâmetro que segue um curso mais ou menos
enovelado ate a superfície da pele.

2.2 Glândulas compostas – Possuem um sistema de ductos ramificados provenientes de várias


unidades secretoras e são muito maiores que as glândulas simples. Muitas glândulas compostas
são suficientemente grandes pera serem denominadas órgãos como, por exemplo, o fígado e o
pâncreas que possuem extensos sistemas de ductos ramificados. O sistema de ducto de uma
grande glândula composta pode ser comparado a uma árvore, onde o ducto principal é como um
tronco, os ductos menores se estendem a partir do tronco como ramos que por sua vez, dão
origem a ramos cada vez menores. Estes eventualmente terminam em unidades secretoras, cujos

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produtos drenam para os locais onde o ducto principal (o “tronco”) se abre em alguma superfície.
Por exemplo, os ductos principais do pâncreas e do fígado transferem suas secreções para o
intestino delgado. Todas as glândulas exócrinas compostas possuem o mesmo plano geral de
organização. Os componentes epiteliais de uma glândula exócrina composta (suas unidades
secretoras e ductos) compreendem seu parênquima (correspondendo a algo despejando dentro)
ao passo que seu tecido conjuntivo de sustentação (e também seus vasos sanguíneos e fibras
nervosas) constituem seu estroma (significando algo com um arranjo para que sobre ele se deite).
Toda glândula esta envolta por uma cápsula resistente constituída por tecido conjuntivo fibroso.
Septo de tecido conjuntivo fibroso, que são contínuos com sua própria capsula fibroso,
sustentam-na internamente e subdividem seu parênquima. Em grandes glândulas compostas
como o fígado, os segmentos de parênquima que estão separados desta maneira constituem lobos
anatomicamente distintos. Entretanto, em glândulas compostas menores, estes segmentos podem
ser vistos apenas a nível microscópico; portanto eles são chamados lóbulos. Os septos
interlobares separam os lobos, ao passo que os septos interlobulares separam os lóbulos. Os
septos fibrosos sustentam os ramos principais do sistema de ducto e convergem na direção do
local onde o ducto principal deixa a glândula. Os ductos interlobulares que se estendem ao longo
dos septos interlobulares fibrosos são, em geral, bastante proeminentes nos cortes. Os ductos
intralobulares, situados no interior dos lóbulos, possuem um lume menor e um revestimento
epitelial mais fino. Além disso, eles estão inseridos em quantidades substancialmente menores de
tecidos conjuntivos. O tecido conjuntivo muito delicado esta situado entre as unidades secretoras
da glândula e constitui o restante do estroma. Eles contem numerosos capilares que suprem as
células secretoras de nutrientes de oxigênio. Os vasos sanguíneos maiores que suprem a glândula
entram nesta ou dela saem por meio de seus septos de tecido conjuntivo fibroso; eles podem ser
facilmente distinguidos dos ductos interlobulares porque são revestidos por células
pavimentosas, ao passo que os ductos são revestidos por células colunares.
Se a unidade ou as unidades secretoras de uma glândula são tubulares, a glândula é chamada
de glândula tubular. Se as unidades secretoras mais arredondadas são chamadas de glândulas
acinares ou alveolares (no passado era feita diferenciação entre ácinos e alvéolos, porém agora,
com a exceção do pâncreas, geralmente todos são chamados de alvéolos). Se a glândula contém
unidades secretoras tubulares e alveolares ou algumas características de uma das duas, elas são
chamadas de túbulo-alveolares.

Fig. 2.2.1/2

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2.3 as glândulas exócrinas quanto à secreção.

Nas glândulas exócrinas, o processo de secreção é estimulado por impulsos nervosos e, também
por certos hormônios. Entretanto, a atividade secretora das glândulas, diferente da atividade dos
músculos esqueléticos, não esta sob controle nervoso voluntario. As pessoas não podem parar
voluntariamente de suar ou de impedir que sua boca se torne seca quando ficam nervosas. O
controle nervoso, que funciona de maneira quase automática pode ser afetada por estados
emocionais, conforme explicado em relação com a medula supra-renal.O controle hormonal da
atividade secretora das glândulas exócrinas é visto, por exemplo, no trato gastrointestinal. A
presença de certos alimentos no estomago faz com que um hormônio apropriado seja secretado
na corrente sanguínea; este logo; instruem certas glândulas mais distintas no trato digestivo a
secreta sucos digestivos, de modo que, quando o conteúdo do trato intestinal chegar ao seu nível
ele será adicionalmente digerido.

Fig.2.1.1

Glândula sudorípara simples enovelada (pele)

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Fig. 2.2.1

Glândula serosa composta (pâncreas)

3. Glândulas endócrinas

Glândulas endócrinas são unidades funcionais formadas de células que secretam hormônios,
localizadas em várias regiões do corpo e que compõem o sistema endócrino. Cada glândula tem
funções específicas que ajudam a manter o organismo interno em condições normais e a
promover a sobrevivência do organismo, são a maior parte das glândulas existentes no corpo.
Consistem em órgãos constituídos por tecidos especializados - semelhantes a pequenas fábricas
de substâncias químicas. Libertam hormonas que são transportadas pela corrente sanguínea
através de todo o corpo, por forma a permitir trocas em vários órgãos. As glândulas endócrinas,
ou glândulas que incluem funções endócrinas, são a pituitária, a tiróide e a paratireoide. O timo,
o pâncreas, as glândulas supra-renais, os ovários e os testículos Durante a gravidez, a placenta
também atua como uma glândula endócrina além de suas outras funções. Estas glândulas não
têm, portanto, um ducto excretor, mas são os próprios vasos sangüíneos que, capitalizando-se
nelas, recolhem as secreções. As glândulas de secreção interna ou endócrinas distinguem-se,

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assim, nitidamente, das glândulas de secreção externa, ditas exócrinas; estas últimas são, na
verdade, dotadas de um ducto excretor e compreendem as glândulas do aparelho digestivo, como
as glândulas salivares, o pâncreas, as glândulas do estômago e do intestino etc.

3.1 Os hormônios

A função central do Sistema Hormonal é regular e controlar o emprego dos alimentos, inclusive a
digestão de alimentos sólidos, a ingestão e uso de Oxigênio e o metabolismo e equilíbrio dos
carboidratos, gorduras, proteínas, sais minerais e água. Estas funções resultam no
desenvolvimento do corpo, manutenção da vitalidade e capacidade de reprodução e manutenção
da espécie. Os sistemas de comunicação hormonais ampliam os sistemas de comunicação
nervosos dentro do organismo.

Os hormônios são moléculas químicas (peptídeos, proteínas ou esteróides) produzidas em uma


parte do corpo que então viajam para fazer efeito em outra parte. Deste modo uma célula pode
afetar outras células distantes. O sistema endócrino é um sistema refinado de verificações e
equilíbrios em forma de circuitos realimentados que facilitam o funcionamento normal de todos
os sistemas do organismo. Os hormônios podem ser produzidos e ter uma ação local, ou podem
ser produzidos em uma glândula endócrina e ter efeito em um local distante. As glândulas são
unidades funcionais formadas de células que segregam hormônios, localizadas em várias regiões
do corpo e que compõem o sistema endócrino. Cada glândula tem funções específicas que
ajudam a manter o organismo interno em condições normais e a promover a sobrevivência do
organismo.

3.2 Principais glândulas endócrinas

Principais glândulas e os hormônios secretados por elas, assim como sua estrutura química,
efeitos e estímulos no organismo.

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3.2.1 Figura demonstrativa das principais glândulas endócrinas.

Tabela 3.2.1

Glândula Hormônio Estrutura Química


Hipófise  Oxitocina Peptídeo
(Lobo posterior)

Lobo posterior Antidiurético Peptídeo


Lobo anterior Somatotrofina Proteína
Lobo anterior Prolactina Proteína
Lobo anterior Folículo estimulante Proteína
Lobo anterior Luteinizante Proteína

Lobo anterior Tireotrofina Proteína

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Lobo anterior Adrenocorticotrófico Proteína

Tireóide Triiodotironina Aminoácidos

Tireóide Calcitonina Peptídeo

Paratireóides Paratormônio Peptídeo

Pâncreas Insulina Proteína

Pâncreas Glucagon Proteína

Pâncreas Somatostatina Peptídeo

Adrenal  Epinefrina Catecolamina


(medula)

Adrenal  Norepinefrina Catecolamina


(medula)

córtex Glicocorticóides Esteróides

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córtex Mineralocorticóides Esteróides
Testículos Andrógenos Esteróides

Ovários Estrógenos Esteróides


(folículo)
Corpo amarelo Progesterona e estrógenos Esteróides
Pineal Melatonina Catecolamina

4. Classificação quanto ao revestimento.

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4.1 Glândulas Unicelulares
As glândulas unicelulares incluem as células em forma de taça das mucosas intestinais e
pulmonares, bem como as células produtoras de mucina que se encontram noutras partes do
corpo. As glândulas unicelulares provavelmente excedem em número as glândulas
pluricelulares e são as menos comum dos dois tipos de glândulas.

4.1.1 Célula Caliciforme- As células caliciformes são células produtoras de muco e podem
fazer parte de um epitélio superficial, como por exemplo, nos epitélios que revestem o
intestino e a via respiratória, e sua secreção é lançada no meio externo.

Fig. 4.1.1
de célula caliciforme

4.2 Glândulas Multicelulares


As glândulas multicelulares têm em comuns três elementos estruturais: um epitélio, uma unidade
secretora e um tecido conjuntivo de suporte que envolve a unidade excretora e possui enervação
e vasos sanguíneos. Muitas vezes o tecido conjuntivo forma uma cápsula fibrosa que limita a
glândula ou a divide em lobos. As glândulas multicelulares podem ser divididas em dois grupos
com base na estrutura dos seus ductos. As glândulas multicelulares segregarem os seus produtos
de diferentes maneiras, também podem classificadas funcionalmente segundo o seu
comportamento secretor.
4.2.1 Glândulas salivares: Glândula Parótida - É a maior glândula salivar. Localiza-se
anteriormente à orelha e atrás do ramo da mandíbula, sendo intimamente associada aos
ramos periféricos do nervo facial.

Fig. 4.2.1

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Glândula salivar

4.2. Glândulas submandibulares - A segunda em tamanho. Situada na porção posterior do


assoalho da boca, dobra-se contra a face medial da mandíbula apresentando um ducto
excretor que se abra na boca, abaixo da língua, através de um pequeno orifício lateral ao
frênulo lingual.

4.3. Glândulas sublinguais: A glândula sublingual, em forma de amêndoa, é a menor dos três
pares de glândulas salivares maiores, e estando situada no assoalho da boca, entre a porção
lateral da língua e os dentes. Sua secreção é eliminada para o meio bucal mediante um
número variável de pequenos ductos que se abrem numa elevação da prega sublingual.

Fig. 4.2.32
Glândulas sublingual (1) e submandibular (2).

4.4 Glândulas Sudoríparas Écrinas


Estas glândulas sudoríparas, as mais abundantes e distribuídas por todo o corpo, são constituídas
por um glomérulo secretor localizado na hipoderme e por um canal excretor que atravessa a
derme e a epiderme de modo a desaguar as suas secreções na superfície através de um pequeno
poro, imperceptível a olho nu. As células glandulares que formam o glomérulo secretor estão

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intercaladas com células mioepiteliais, cuja contração, provocada por vários estímulos, favorece
a expulsão do suor para o exterior. O produto da secreção destas glândulas é um líquido aquoso
transparente, de gosto salgado e sem odor.
4.5 Glândulas Sudoríparas Apócrinas
Estas glândulas são semelhantes às anteriores, mas são um pouco mais volumosas. Além disso,
como o seu tubo excretor não consegue atingir os poros específicos da superfície cutânea têm
que desaguar num folículo piloso. Estas glândulas apenas existem em algumas zonas do corpo,
nas axilas, na região genital, à volta do umbigo, à volta dos mamilos e nas orelhas. A secreção
produzida por estas glândulas é muito diferente do suor elaborado pelas glândulas écrinas, já que
é menos abundante, leitoso ou opalescente e tem um odor mais intenso.

Fig. 4.4/5

4.6 Glândula Mamária - As glândulas mamárias são glândulas exócrinas cuja função
primordial é a produção de leite para nutrir o recém-nascido. Estas estruturas são exclusivas
dos mamíferos, e possuem uma estrutura de ramificação mais complexa do que a das demais
glândulas da pele. Ambos os sexos as possuem, embora nos machos, seu desenvolvimento
cesse antes mesmo da puberdade. Elas apresentam diversas características básicas em comum
com as glândulas apócrinas e sebáceas: estruturas de distribuição no corpo e composição
química da secreção. A evolução das glândulas mamárias pode ter ocorrido com a formação
de um novo tipo de glândula da pele, a qual continha propriedades de glândulas apócrinas e
de sebáceas; embora se pareçam com os outros dois tipos de glândulas, as mamárias não
podem ser completamente equivalentes a qualquer uma das duas.

Fig 4.6.1

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4.7 Glândulas Sebáceas: As glândulas sebáceas produzem a oleosidade ou o sebo da pele.
Mais numerosas e maiores na face, couro cabeludo e porção superior do tronco, não existem
nas palmas das mãos e sola dos pés. Estas glândulas eliminam sua secreção no folículo pilo-
sebácea. As glândulas sebáceas podem geralmente ser encontradas em áreas cobertas por
pêlos onde elas estão conectadas aos folículos pilosos para depositar sebo nos pêlos, e levá-lo
até a superfície da pele através do ducto do pêlo.

Fig. 4.7.1

4.8.Hipófise: Que pode ser chamada também de glândula pituitária é uma glândula situada na
sela túrcica (uma cavidade óssea localizada na base do cérebro), que se liga ao hipotálamo
através do pedículo hipofisário ou infundíbulo. A hipófise é uma glândula que produz numerosos
e importantes hormônios, por isso antigamente era reconhecida como glândula-mestra do sistema
nervoso. Grande parte das funções dessa glândula são reguladas pelo hipotálamo. É
fisiologicamente divisível em duas partes: o lobo anterior (adenoipófise) e o lobo posterior
(neuroipófise). A adenoipófise possui origem de células epiteliais, enquanto neuroipófise possui
origem nervosa.
Fig.4.8.1

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4.9. Tireóide: Termo derivado da palavra grega "escudo", devido ao seu formato, é uma das
maiores glândulas endócrinas do corpo. Ela é uma estrutura de dois lobos localizada no pescoço
(em frente à traquéia) e produz hormônios, que regulam a taxa do metabolismo e afetam o
aumento e a taxa funcional de muitos outros sistemas do corpo. A tireóide é um órgão muito
vascularizado, rica em capilares sanguíneos e linfáticos.
Fig. 4.9.1

4.10.Glândula Paratireoide: As glândulas paratiróides ou glândulas paratireoides são dois pares


de glândulas endócrinas que se situam atrás ou embebidas na glândula tiroide. Elas produzem
paratormona/paratormônio, principal regulação da concentração de cálcio no sangue.

Fig.4.10.1
Glândulas paratireódes

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4.11.Glândula Adrenal: Nos mamíferos, a glândula suprarrenal ou adrenal é uma glândula
endócrina com formato triangular, envolvida por uma cápsula fibrosa e localizada acima do rim.
A sua principal função é estimular a conversão de proteínas e de gorduras em glicose, ao mesmo
tempo em que diminuem a captação de glicose pelas células, aumentando, assim, a utilização de
gorduras, e consiste na síntese e libertação de hormonas corticosteroides e de catecolaminas,
como o cortisol e a adrenalina.

Fig.4.11.1
Glandula adrenal (rins)

4.12.Pâncreas: O pâncreas é uma glândula do sistema digestivo e endócrino de animais


vertebrados. Ele é tanto exócrino (secretando suco pancreático, que contém enzimas
digestivas) quanto endócrino (produzindo muitos hormônios importantes, como insulina,
glucagon e somatostatina). O pâncreas endócrino é composto de aglomerações de células
especiais denominadas ilhotas de Langerhans. O "cansaço" crônico destas células leva ao
aparecimento da diabetes no pâncreas.
Fig.4.12.1
Glândula pâncreas

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4.13.Glândula Gástrica: Glândulas do estômago, a superfície da túnica mucosa é uma camada de
células epiteliais simples cilíndricas não ciliadas denominadas células mucosas da
superfície. As células epiteliais também se estendem profundamente nas pregas e formam
colunas de células secretoras chamadas glândulas gástricas, que revestem estreitos canais
denominados fovéolas (fossas) gástricas. As secreções das glândulas gástricas fluem para os
fovéolas gástricas e depois para o lúmen do estômago. As glândulas gástricas possuem três
tipos de células de glândulas exócrinas que secretam seus produtos do lúmen do estômago:
células mucosas do colo, células principais (zimogênicas) e células parietais (oxínticas). As
secreções das células mucosas principais e parietais são coletivamente denominadas suco
gástrico.
Fig.4.13.1

5.Classificação quanto a secreção.

De acordo com o modo pelo qual os produtos de secreção deixam a célula, as glândulas podem
ser classificadas em holócrinas, apócrinas e merócrinas.

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5.1 Holócrina

Neste tipo de glândula, a célula inteira morre e destaca-se constituindo a própria secreção da
glândula.

Fig.5.1.1

Glândula sebácea

5.2 Apócrina

O conceito de secreção apócrina foi desenvolvido quando o recurso do microscópio eletrônico


ainda não estava disponível. Achava-se que determinadas glândulas perdiam parte do seu
citoplasma durante a secreção. Estas glândulas seriam denominadas apócrinas. Contudo, o ME
provou que esta perda de citoplasma é mínima. A conclusão é que estas glândulas apócrinas
seriam realmente glândulas merócrinas. Entretanto, em muitos livros aquele conceito ainda pode
ser encontrado. A secreção é uma microscópica parte do citoplasma são eliminados para o meio
externo. Ex: glândulas sudoríparas de certas partes do corpo, glândula mamária na fase de
lactação.

Fig.5.2.1

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5.3 Merócina

As secreções elaboradas pelas células secretoras são eliminadas para o meio externo por um
processo de exocitose, não havendo perda de material citoplasmático.
Ex: ácinos serosos do pâncreas e células caliciformes, encontradas em todo o intestino e na
traquéia.

Fig.5.3.1

Glândula sudorípara (* porção secretora; seta = ducto; « = tecido conjuntivo pele macaco)

6. Classificação quanto ao tipo de secreção produzida.

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6.1.Mucosas

Produzem uma secreção glicoprotéica viscosa: o muco, que não se cora pelo HE. Ex: glândula
sublingual, que é mista, predominantemente mucosa. Caracteriza-se por apresentar núcleo
achatado deslocado para a base e citoplasma basófilo.

Fig. 6.1.1

Glândula sublingual (« = ácinos mucosos; * = ducto excretor (epitélio cúbico simples)

6.2 Serosas

Secretam enzimas em suas secreções aquosas, tipo serosas. Límpida, se cora em vermelho pelo
HE. Ex: ácinos serosos do pâncreas, glândula parótida e glândula submandibular (estas últimas,
mistas, de células acinares predominantemente serosas). Caracteriza-se por apresentar núcleo
esférico e citoplasma acidófilo.

Fig. 6.2.1

Parótida (* = ducto excretor; «= ácinos serosos; ð= tecido conjuntivo)

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6.3.Mistas

As células serosas associam-se às células mucosas onde se organizam excentricamente,


formando semi- luas.

Secretam os dois tipos de secreção mencionados acima, pois possuem os dois tipos de ácinos
(mucoso e seroso) ou porque possuem um terceiro tipo, que contém componente mucoso e
componente seroso (capacete de Gianuzzi). Ex: fígado, glândula submandibular (com
predomínio de ácinos serosos) e glândula sublingual (com predomínio de ácinos mucosos).

Fig.6.3.1.

Glândula submandibular (ð = células serosa formando semi-luas; * = ácinos mistos; « = ácinos


serosos; ¬ = tecido).

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CONCLUSÃO

 As glândulas são sempre formadas a partir de epitélios de revestimento cujas células proliferam
e invadem os tecidos conjuntivo subjacentes, após o que sofrem diferenciação adicional.
As glândulas exócrinas mantêm sua conexão com o epitélio do qual se originaram. Esta conexão
toma a forma de ductos tubulares formados por células epiteliais e através destes ductos as
secreções são eliminadas, alcançando a superfície do corpo ou uma cavidade. Nas glândulas
endócrinas a conexão com o epitélio foi obstruída durante o desenvolvimento. Estas glândulas,
portanto, não têm ductos e suas secreções são lançadas no sangue e transportadas para o seu local
de ação pela circulação sanguínea.
  A organização celular da porção secretora representa um segundo critério para classificação das
glândulas. Dependendo da forma de sua porção secretora, as glândulas simples podem ser
tubulares (cuja porção secretora tem formato de um tubo), tubulares enoveladas, tubulares
ramificadas ou acinosas (cuja porção secretora é esférica ou arredondada). As glândulas
compostas podem ser tubulares, acinosas ou túbulo-acinosas.
  Alguns órgãos têm funções tanto endócrinas com exócrinas e um só tipo de célula pode
funcionar de ambas as maneiras – por exemplo, no fígado, onde células secretam bile através de
um sistema de ductos também secretam produtos na circulação sanguínea.Em outros órgãos,
algumas células são especializadas em secreção exócrina e outras em secreção endócrina; no
pâncreas, por exemplo, as células acinosas secretam enzimas digestivas na cavidade intestinal,
enquanto as células das ilhotas secretam insulina e glucagon no sangue.
  De acordo com o modo pelo qual os produtos de secreção deixam a célula, as glândulas podem
ser classificadas em merócrinas, holócrinas ou apócrinas. Nas glândulas merócrinas (por
exemplo, o pâncreas) a secreção é liberada pela célula por meio de exocitose (processo pelo qual
uma célula liberta substâncias para o fluido extracelular), sem perda de outro material celular.
Nas glândulas holócrinas (por exemplo, as glândulas sebáceas) o produto da secreção é
eliminado juntamente com toda a célula, processo que envolve a destruição das células repletas

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de secreção. Um tipo intermediário é o apócrino, encontrado na glândula mamária, em que o
produto da secreção é descarregado junto com porções do citoplasma apical.
 O tecido glandular é primordial no funcionamento do corpo humano, pois, é responsável pela
produção de secreções que podem estar relacionadas com a regulação térmica, como as glândulas
sudoríparas, podem também produzir hormônios, como as mais diversas glândulas endócrinas,
que são essenciais na regulação e controle da digestão, no metabolismo dos carboidratos,
gorduras, proteínas e sais minerais. As glândulas de um modo geral contribuem para o equilíbrio
de todos os sistemas do corpo.

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