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º 4 ( N o v a S é r i e ) | 2 0 0 8
Centro de Estudos de Etnologia Portuguesa
Apresentação
A desruralização do país
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Agradeço as sugestões e comentários de Ana Delicado, Meritxell Sucarrat e refree da
Arquivos da Memória a uma versão preliminar deste artigo, que vem na sequência de
uma dissertação de Doutoramento em Antropologia, orientada pelo Prof. Doutor João
Leal e financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (Silva, 2007a).
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O património
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O turismo
4 Para Marta Anico (2004), é justamente por fazer com que a população tenha os
almejados vínculos de identificação com o território, com o passado e com outros
membros da comunidade que a patrimonialização contribui para a legitimação dos
poderes instituídos, que são também quem tem os meios necessários para o efeito.
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O caso de Monsaraz
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mais famílias saíram para Lisboa e depois para França, mais trabalhadores
deixaram o campo para Lisboa e para França, mais trabalhadores deixaram o campo
e foram para a fábrica. Os jovens, acabada a tropa (…), se não conseguiam emprego
na fábrica procuravam Lisboa e a sua cintura industrial. Trabalhar no campo
continuava para eles a ser o menos atraente e o mais baixo dos misteres. A lenta e
progressiva despovoação, contrariada embora pelo foco de fixação da fábrica, era
concomitante com o que se passava nas grandes explorações da freguesia e em áreas
adjacentes (Cutileiro, ob. cit.: 405).
Cerca de 15 anos mais tarde, quando foi revisitada por Francisco Ramos,
a freguesia de Monsaraz possuía menos de 1200 habitantes, dos quais
centena e meia residentes na povoação, facto que o levou a afirmar que
Monsaraz
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5 Quase metade das casas habitualmente vagas na povoação, 43 no interior das muralhas
e 21 no exterior, pertencem a forasteiros nacionais e estrangeiros que as adquiriram para
servir de residência secundária, enquanto as restantes pertencem a pessoas da terra que
moram noutras áreas do país ou noutro local de Monsaraz.
6 Na verdade, o número de pessoas ligadas ao turismo é superior ao apontado, já que este
não inclui os indivíduos que trabalham no sector em Monsaraz e que residem noutras
localidades do concelho, entre elas Telheiro, Outeiro e Reguengos de Monsaraz.
7 Já em 1999, segundo o INE, a superfície agrícola por cultivar na freguesia ascendia a
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A criação de gravuras, fotografias, modelos ou efígies do objecto que são por sua vez
valorizadas e exibidas. É a fase de reprodução mecânica da sacralização que é
responsável maioritariamente por impulsionar o turista para a viagem de descoberta
do objecto verdadeiro. E ele não fica desapontado. Para além das cópias, tem de ver a
Coisa Verdadeira (MacCannell, 1999: 45).
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Notas finais
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BIBLIOGRAFIA
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