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EXAME
ÉTICA
PROFISSIONAL
OABNAMEDIDA.COM.BR
SUMÁRIO
1. ATIVIDADE DE ADVOCACIA
1.1. ABRANGÊNCIA E TEMPO
OAB NA MEDIDA | ÉTICA PROFISSIONAL
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Como regra geral, os advogados, sejam públicos ou privados, são obrigados à inscrição na
OAB para o exercício de suas atividades TEMA COBRADO NO XVII EXAME DA OAB/FGV.
O STF, no entanto, decidiu em novembro de 2021, com repercussão geral (tema 1074), que é
inconstitucional a exigência de inscrição do Defensor Público nos quadros da OAB. O principal
fundamento para a decisão é que a capacidade postulatória do defensor decorre diretamente
da própria CF/88, que não exigiu a inscrição na OAB.
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Para fins de comprovação do tempo de exercício de advocacia, o art. 5º do Regulamento
Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB (RGEAOAB) estabelece que é considerado efetivo
exercício da atividade de advocacia a participação anual mínima em cinco atos privativos
previstos no artigo 1º do EAOAB, em causas ou questões distintas TEMA COBRADO NOS
EXAMES VII E XI DA OAB/FGV.
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Em outras palavras, ainda que a advocacia seja realizada de forma privada, ela se reveste de
caráter público e função social porque ultrapassa os interesses das partes litigantes, na medida
em que permite a concretização do interesse da sociedade de se ter decisões justas.
Além de se tratar de serviço público, cujos atos constituem múnus público e possuem função
social, abaixo listamos outras características importantes da advocacia:
• Inviolabilidade: o advogado não pode ser punido pelos atos referentes ao exercício
da sua profissão, garantindo-se a liberdade necessária para sua atuação.
• Exclusividade: a advocacia não pode ser divulgada em conjunto com qualquer outra
atividade, sendo vedada sua mercantilização.
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Sobre a parcialidade, o art. 2º, §2º, do EAOAB dispõe que “no processo judicial, o advogado
contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador,
e seus atos constituem múnus público”. O art. 23 do CEDOAB, por sua vez, estabelece que é
direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem considerar sua própria opinião
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Além disso, de acordo com o art. 4º do Provimento n. 166/2015 do CFOAB, os advogados que
desempenharem a advocacia pro bono estão impedidos de exercer a advocacia remunerada,
em qualquer esfera, para a pessoa natural ou jurídica que utilizou de seus serviços pro bono,
pelo período de 03 (três) anos.
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1.3. ATIVIDADES PRIVATIVAS DA ADVOCACIA
É importante consignar que a redação original do art. 1º, I, do EAOAB, previa como atividade
privativa do advogado a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais.
Entretanto, na ADIN 1.127-8, o STF considerou inconstitucional a expressão “qualquer”, uma vez
que, embora o advogado seja indispensável à administração da Justiça, sua presença pode ser
dispensada em situações excepcionais.
• Nas causas até 20 salários mínimos no Juizado Especial Cível (obs: se houver
recurso precisa de advogado)
• Causas no Juizado Especial Federal (60 salários minimos) (obs: se houver recurso
precisa de advogado)
Importante lembrar que o jus postulandi das partes na Justiça do Trabalho limita-se
às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação
rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do
Tribunal Superior do Trabalho (Súmula n. 425 do TST)
O art. 7º do RGEAOAB, por sua vez, estabelece que a função de diretoria e gerência jurídicas em
qualquer empresa pública, privada ou paraestatal, inclusive em instituições financeiras, é privativa
de advogado, não podendo ser exercida por quem não se encontre inscrito regularmente na OAB
TEMA COBRADO NO IX EXAME DA OAB.
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Da mesma forma, os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de
nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por
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São impedidos de visar atos de pessoas jurídicas os advogados que prestem serviços a
órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta, da unidade federativa
a que se vincule a Junta Comercial, ou a quaisquer repartições administrativas
competentes para o mencionado registro, conforme art. 2º do RGEAOAB.
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1.4. MANDATO
O Mandato é o contrato pelo qual alguém (mandatário) recebe de outrem (mandante) poderes
para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses e não se confunde com a procuração,
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que é considerada o instrumento do mandato, ou seja, o documento que o cliente assina conferindo
os poderes ao advogado.
O mandato se inicia com a assinatura da procuração, sendo que o advogado não deve aceitar
procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por
motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis (art.
14 do CEDOAB), sob pena de configurar infração disciplinar. TEMA COBRADO NO VI EXAME DA
OAB/FGV.
Além disso, a procuração deve ser outorgada ao advogado pessoa física, devendo conter
o nome do advogado, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, endereço
completo e, se o outorgado integrar sociedade de advogados, a procuração também deverá conter
os dados dessa (§§ 2º e 3º do art. 105 do CPC/2015).
A procuração não pode ser outorgada de forma genérica em favor da sociedade de advogados.
Ela deve ser outorgada individualmente ao advogado e indicar a sociedade de que faça parte (§
3º do art. 15 do EAOAB).
Conforme previsto no art. 5º do EAOAB, o advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo
prova do mandato, ou seja, mediante juntada da procuração. Entretanto, se houver urgência, o
advogado pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de 15 (quinze) dias,
prorrogável por igual período.
A procuração para o foro em geral (ad judicia) habilita o advogado a praticar todos os atos
judiciais, em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais, quando será
necessária a outorga de uma procuração com poderes específicos (ad judicia et extra). As
hipóteses em que se exige poderes especiais estão expressamente previstas em lei, como no caso
do oferecimento de representação criminal ou queixa-crime, ou ainda nas hipóteses citadas pelo
art. 105, caput, do CPC/2015, a saber: receber citação, confessar, reconhecer a procedência do
pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação,
firmar compromisso e assinar declaração de hipossufciência econômica.
O § 4º do art. 105 do CPC/2015 estabelece que, salvo disposição expressa em sentido contrário
constante do próprio instrumento, a procuração outorgada na fase de conhecimento é efcaz
para todas as fases do processo, inclusive para o cumprimento de sentença.
Nos termos do art. 18 do CEDOAB, o mandato judicial ou extrajudicial não se extingue pelo
decurso de tempo, salvo se o contrário for consignado no respectivo instrumento TEMA
COBRADO NO XXVI EXAME DA OAB/FGV.
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Entretanto, haverá extinção do mandato nas seguintes situações:
1.5. SUBSTABELECIMENTO
O substabelecimento permite que o advogado transfira a outro profissional os poderes que lhe
foram conferidos pelo cliente.
O substabelecimento pode ser feito com reserva de poderes ou sem reserva de poderes.
Art. 26. O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode cobrar honorários
sem a intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento.
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Já no substabelecimento sem reserva de poderes, o advogado originário transfere de forma
definitiva os poderes que lhe foram concedidos, extinguindo-se o mandato. O substabelecimento
sem reserva de poderes exige o prévio e inequívoco conhecimento do cliente, conforme art. 26 do
CEDOAB TEMA COBRADO NOS EXAMES XIII e XVII DA OAB/FGV.
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A primeira ideia que se deve ter em relação a atuação do advogado é que não existe
qualquer hierarquia entre o advogado e os demais operadores do direito, devendo todos se
respeitarem reciprocamente.
Para garantir a independência profissional, o art. 7º do EAOAB assegura uma série de direitos
aos advogados, conforme abaixo transcrito:
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração,
quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou
militares, ainda que considerados incomunicáveis: o advogado, portanto, tem o direito
de conversar com o seu cliente em qualquer situação, mesmo sem possuir procuração
TEMA COBRADO NO VI EXAME DA OAB/FGV.
A Lei nº 13.869/2019 acrescentou o art. 7º - B ao EAOAB, deixando claro que a violação a essa
prerrogativa do advogado caracteriza crime TEMA COBRADO NO XXXII EXAME DA
OAB/FGV.
Além disso, de forma mais específca, o art. 20 da Lei n. 13.869/2019 passou a considerar
como crime:
É direito do preso comunicar-se pessoal e reservadamente com o seu advogado (art. 8º.2, “d”,
do Pacto de São José da Costa Rica, art. 41 da Lei de Execução Penal, art. 7º, III, do EAOAB e art.
124, III, do ECA). Impedir esse direito, sem justa causa, é crime de abuso de autoridade, previsto
no caput do art. 20.
Para a caracterização desse crime, entretanto, exige-se o dolo específco de prejudicar outrem
ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal (§ 1º
do art. 1º da Lei nº 13.869/2019).
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IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo
ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de
nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB: o advogado
poderá ser preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da profissão, apenas no
caso de crime inafiançável (§ 3º do art. 7º do EAOAB) e desde que haja a presença de
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A Lei nº 13.869/2019 acrescentou o art. 7º - B ao EAOAB, deixando claro que a violação a essa
prerrogativa do advogado caracteriza crime.
V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala
de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela
OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar: a sala de Estado-Maior não se confunde com
a prisão especial, constituindo uma verdadeira sala, destituída de grades, semelhante
à instalada no Comando das Forças Armadas ou de outras instituições militares. Não
havendo sala de Estado-Maior, deve o advogado ser recolhido em prisão domiciliar.
No entanto, após o trânsito em julgado da sentença condenatória, o advogado deverá
ser recolhido à cela comum TEMA COBRADO NOS EXAMES XI, XIV e XXIX DA
OAB/FGV.
VI - ingressar livremente: a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos
cancelos que separam a parte reservada aos magistrados; b) nas salas e dependências de
audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no
caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da
presença de seus titulares; c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição
judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou
informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e
ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; d) em qualquer
assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual
este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais: para garantir a liberdade de
atuação na defesa de seu cliente, o advogado tem livre acesso a prédios públicos, incluindo
as salas de sessões dos tribunais, mesmo na parte reservada aos magistrados. Entretanto,
para participar de reuniões ou assembleias que deva participar o seu cliente, o advogado
pode comparecer sozinho, mas deve possuir procuração com poderes especiais TEMA
COBRADO NOS EXAMES V, X ,XIII e XVII DA OAB/FGV.
Para participar de reuniões ou assembleias que deva participar o seu cliente, o advogado pode
comparecer sozinho, mas deve possuir procuração com poderes especiais.
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VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no
inciso anterior, independentemente de licença: o advogado não precisa prestar
esclarecimentos ou pedir licença a qualquer autoridade, podendo permanecer em pé
ou sentado, ausentando-se do recinto quando quiser. Esse direito ressalta a liberdade e
a ausência de subordinação do advogado em relação aos demais operadores do direito.
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A Lei n. 14.365/2022 modificou a redação do inciso X do art. 7º do EAOAB, para deixar claro
que a intervenção sumária do advogado, usando a palavra pela ordem, também se aplica
nos processos administrativos, órgãos de deliberação coletiva da administração pública ou
comissões parlamentares de inquérito (CPI).
A Leiº 13.793/2019 alterou o EAOAB e o CPC/2015 para deixar claro que o direito dos advogados de
terem acesso e vista dos autos judiciais inclui os autos eletrônicos, mesmo sem procuração, salvo
quando se tratar de processo sujeito a segredo de justiça, hipótese em que se exigirá procuração.
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XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo
sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos
ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar
apontamentos, em meio físico ou digital TEMA COBRADO NO II EXAME DA OAB/
FGV: o advogado também tem direito de ter acesso aos autos sujeitos a sigilo, mas, neste
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caso, deverá apresentar procuração TEMA COBRADO NOS EXAMES XIX E XXV DA
OAB/FGV. Além disso, a autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos
elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados
nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da
finalidade das diligências (§§ 10 e 11 do art. 7º do EAOAB). A inobservância aos direitos
estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de
autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo implicará
responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que
impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa,
sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz
competente (§ 12 do art. 7 do EAOAB).
Embora não tenha alterado o EAOAB neste aspecto, a nova lei de abuso de autordidade (Lei
nº 13.869/2019), em seu art. 32, passou a prever também como crime a violação ao direito do
advogado previsto no inciso XIV do caput do art. 7º do EAOB. Vejamos:
Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de
investigação preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer
outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa,
assim como impedir a obtenção de cópias, ressalvado o acesso a peças
relativas a diligências em curso, ou que indiquem a realização de diligências
futuras, cujo sigilo seja imprescindível. Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2
(dois) anos, e multa (crime de menor potencial ofensivo).
XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias: se o
processo já tiver sido encerrado, o advogado pode retirá-lo para análise pelo prazo de 10 dias, não
sendo necessário apresentar procuração TEMA COBRADO NO XVI EXAME DA OAB/FGV
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justiça, devendo neste caso o advogado apresentar procuração; 2) quando existissem nos
autos documentos originais de difícil restauração ou ocorresse circunstância relevante
que justificasse a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida
pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a
requerimento da parte interessada; 3) até o encerramento do processo, ao advogado que
deixasse de devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fizesse depois de intimado
TEMA COBRADO NO XVIII EXAME DA OBA/FGV. Ocorre, entretanto, que o § 1º
do art. 7º do EAOAB foi revogado pela Lei n. 14.365/2022, motivo pelo qual as referidas
exceções não devem ser mais aplicadas, salvo em relação à necessidade de apresentação
de procuração aos autos sujeitos a sigilo, hipótese que deve ser apresentada procuração,
conforme interpretação do inciso XIII do art. 7º do EAOAB.
Somente cabe desagravo quando houver ofensa ao advogado no exercício de sua função. Se
houver ofensa de caráter pessoal ou a outra atividade do advogado não cabe desagravo. Além
disso, o advogado não pode dispensar o desagravo público quando o Conselho Seccional
decidir promovê-lo.
De acordo com o art. 18 do RGEAOAB, cabe à diretoria do Conselho Seccional analisar o pedido
de desagravo público. Havendo urgência e notoriedade, a diretoria pode conceder imediatamente
o desagravo, ad referendum do órgão competente do Conselho, conforme definido em regimento
interno.
Não havendo urgência, a Diretoria remeterá o pedido de desagravo ao órgão competente para
instrução e decisão, podendo o relator, solicitar informações da pessoa ou autoridade ofensora,
no prazo de 15 (quinze) dias, sem que isso configure condição para a concessão do desagravo.
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Ocorrendo a ofensa no território da Subseção a que se vincule o inscrito, a sessão de
desagravo pode ser promovida pela diretoria ou conselho da Subseção, com representação do
Conselho Seccional.
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A regra do inciso XX não se aplica ao processo do trabalho, uma vez que a CLT possui regra
própria estampada no parágrafo único do art. 815, que estabelece prazo de espera de 15 minutos.
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de
nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de
todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta
ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração apresentar
razões e quesitos: trata-se de direito acrescido pela Lei n. 13.245/2016, garantindo-
se ao advogado participar de interrogatório ou depoimento em procedimentos de
investigação, permitindo-se ainda ao advogado apresentar razões e quesitos, sob pena
de nulidade absoluta dos elementos probatórios decorrentes.
A Lei n. 14.365/2022 acrescentou também o § 2º-B ao art. 7º do EAOAB, dispondo que o advogado
poderá realizar a sustentação oral no recurso interposto contra a decisão monocrática de relator que
julgar o mérito ou não conhecer dos seguintes recursos ou ações: I - recurso de apelação; II - recurso
ordinário; III - recurso especial; IV - recurso extraordinário; V - embargos de divergência; VI - ação rescisória,
mandado de segurança, reclamação, habeas corpus e outras ações de competência originária
O inciso IX do art. 7º do EAOAB estabelecia que era direito do advogado “sustentar oralmente
as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator,
em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior
for concedido”. Entretanto, no julgamento da ADIN 1.105-7, o STF declarou inconstitucional o
conteúdo desse inciso, estabelecendo que o advogado não tem o direito de fazer sustentação
oral depois do voto do relator, e sim antes (art. 937 do CPC/2015), além do que o direito
à sustentação oral está vinculado a sua previsibilidade recursal, ou seja, o recurso deve
permitir a sustentação oral. A novo § 2º-B do art. 7º do EAOAB, portanto, é uma resposta
à ADIN 1.105-7, garantindo-se, agora, de forma ampla o direito de sustentação oral pelos
advogados contra a decisão monocrática de relator que julgar o mérito ou não conhecer
recursos expressamente elencados.
O § 4º do art. 7º do EAOAB, por sua vez, estabelece que o Poder Judiciário e o Poder Executivo
devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais
permanentes para os advogados, com uso e controle (ADIN 1.127-8) assegurados à OAB TEMA
COBRADO NO XXVI EXAME DA OAB/FGV
É muito importante destacar, ainda, que a Lei n. 14.365/2022 acrescentou novos parágrafos ao art. 7º
do EAOAB, conforme abaixo sintetizado:
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Em muitas situações, principalmente quando há arquivos de memória de HD ou SSD, no
momento do cumprimento do mandado de busca e apreensão, é muito difícil conseguir separar
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quais arquivos interessam a investigação e qual material não é necessário. Por isso, a lei
assegura que, posteriormente, quando se verificar que parte do material não é necessária para
a investigação, deve-se preservar o seu sigilo na cadeia de custódia.
O advogado está proibido de efetuar colaboração premiada contra cliente e ex-cliente, sob
pena de exclusão em processo disciplinar e de responder pelo crime de violação de segredo
profissional (art. 154 do CP).
• Incluiu o § 14, dispondo que cabe, privativamente, ao Conselho Federal da OAB, em processo
disciplinar próprio, dispor, analisar e decidir sobre a prestação efetiva do serviço jurídico
realizado pelo advogado.
• Acrescentou o § 15, estabelecendo que cabe ao Conselho Federal da OAB dispor, analisar e
decidir sobre os honorários advocatícios dos serviços jurídicos realizados pelo advogado,
resguardado o sigilo, nos termos do Capítulo VI do EAOAB, e observado o disposto no inciso
XXXV do caput do art. 5º da Constituição Federal.
• Incluiu o § 16, para dispor que é nulo, em qualquer esfera de responsabilização, o ato praticado
com violação da competência privativa do Conselho Federal da OAB prevista no § 14 deste artigo
Na seara administrativa, a competência para decidir sobre prestação efetiva do serviço jurídico
realizado pelo advogado e os honorários advocatícios é do Conselho Federal da OAB, sendo nula,
portanto, a responsabilização nesses temas pelos Conselhos Seccionais e Subseções.
Ainda em relação aos direitos do advogado, importante lembrar que a Lei nº 13.363/2016 acrescentou
o art. 7-A ao EAOAB, prevendo direitos específicos à advogada gestante, lactante, adotante ou que der à luz:,
conforme esquematizado no quadro abaixo.
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O
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• Preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada
dia, mediante comprovação de sua condição;
• Acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao atendimento das necessidades do bebê;
• Preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada
dia, mediante comprovação de sua condição TEMA COBRADO NO XXXII EXAME DA
OAB/FGV.
• Para a advogada adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a
única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente (período de suspensão
será de 30 (trinta) dias, contado a partir da data do parto ou da concessão da adoção).
Os direitos assegurados à advogada adotante ou que der à luz serão concedidos pelo prazo
previsto no art. 392 do CLT, ou seja, o prazo de 120 dias de licença maternidade.
Por fim, conforme mencionado acima, não podemos esquecer que a Lei nº 13.869/2019 (nova lei de
abuso de autoridade) acrescentou o art. 7º - B ao EAOAB, in verbis:
‘Art. 7º-B - Constitui crime violar direito ou prerrogativa de advogado previstos nos
incisos II, III, IV e V do caput do art. 7º desta Lei
A Lei n. 14.365/2022 alterou o art. 7º-B do EAOAB, para elevar a pena no caso de violação de
prerrogativa do advogado para detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa
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O art. 3º, “j”, da antiga lei de abuso de autoridade (Lei n. 4.898/65, revogada pela Lei nº 13.869/2019) já
previa como crime qualquer atentado aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional,
o que, em tese, abrangeria todos os direitos dos advogado previstos no art. 7º do EAOAB.
A nova Lei de Abuso de Autoridade reduziu o alcance do art. 3º, “j”, da Lei n. 4.898/65, especificando que
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apenas a violação aos incisos II, III, IV e V do caput do art. 7º do EAOAB é que serão considerados crimes,
nos termos do art. 7º-B do EAOAB. TEMA COBRADO NO XXXII EXAME DA OAB/FGV
Apesar dessa nova previsão no Estatuto da OAB, deve-se lembrar que a violação ao direito previsto
no inciso XIV do caput do art. 7º do EAOAB (direito de acesso aos autos) caracteriza crime de abuso de
autoridade, de acordo com previsão expressa do art. 32 Lei nº 13.869/2019, mas que não foi repetida no
novo art. 7º-B do Estatuto, conforme mencionado anteriormente.
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3. INSCRIÇÃO NA OAB
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Para exercer a advocacia, o bacharel em direito deve estar regulamente inscrito nos quadros
da OAB, exigindo-se, para tanto, o preenchimento dos requisitos previstos no art. 8 do EAOAB:
I - capacidade civil;
VI - idoneidade moral;
Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por crime
infamante, salvo reabilitação judicial. Além disso, a inidoneidade moral, suscitada por qualquer
pessoa, deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos
de todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos do
processo disciplinar. TEMA COBRADO NO XXVII EXAME DA OAB/FGV.
Assim, se o advogado atuar em até 5 causas no ano em outro Estado não precisará
da inscrição suplementar, mas, se ultrapassar esse limite, a inscrição suplementar
é obrigatória TEMA COBRADO NO XIX EXAME DA OAB/FGV.
O advogado que tiver sua inscrição cancelada poderá posteriormente solicitar nova inscrição,
sem necessidade de ser aprovado novamente no Exame da Ordem, mas perderá o número
antigo de inscrição.
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Causas: I - se o advogado assim o requerer Causas: I - se o advogado assim o requerer,
(não precisa de motivação); II - sofrer penalidade por motivo justificado; II - passar a exercer,
de exclusão; III - falecer; IV - passar a exercer, em em caráter temporário, atividade incompatível
caráter definitivo, atividade incompatível com a com o exercício da advocacia; III - sofrer
advocacia; V - perder qualquer um dos requisitos doença mental considerada curável.
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O advogado estrangeiro pode atuar no Brasil, mesmo sem a inscrição na OAB, desde que
obtenha autorização do Conselho Seccional pelo prazo de 3 anos (renovável a cada período de
3 anos), mas apenas para os atos de consultoria/assessoria do direito estrangeiro referente
ao seu país de origem, sendo vedadas a postulação judicial e/ou assessoria jurídica em direito
brasileiro, mesmo que esses atos sejam realizados em conjunto com o advogado brasileiro
(Provimento n. 91/2000 do CFOAB).
Lucca, advogado italiano, pode atuar como advogado no Brasil, mesmo sem inscrição na OAB,
desde que obtenha autorização do Conselho Seccional do local onde exercerá sua atividade e
desde que os seus atos sejam referentes à consultoria/assessoria do direito italiano. Não poderá,
entretanto, atuar na justiça brasileira mesmo que em conjunto com advogados brasileiros.
Como exceção à regra geral, o advogado de nacionalidade portuguesa poderá ter sua
inscrição na OAB deferida, podendo exercer a advocacia no Brasil, sem necessidade
de prestar a prova da OAB e sem revalidar seu diploma, desde que seja observada a
reciprocidade de tratamento (Provimento n. 129/2008 CFOAB).
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5. ESTAGIÁRIO
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O estágio profissional de advocacia pode ser oferecido pela instituição de ensino superior
autorizada e credenciada, em convênio com a OAB, complementando-se a carga horária do estágio
curricular supervisionado com atividades práticas típicas de advogado e de estudo do Estatuto e
do Código de Ética e Disciplina, observado o tempo conjunto mínimo de 300 (trezentas) horas,
distribuído em dois ou mais anos (art. 27 do RGEAOAB) TEMA COBRADO NO VII EXAME DA
OAB/FGV.
O estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, realizado nos últimos anos do
curso jurídico, pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino superior pelos Conselhos
da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo
obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina.
É possível que o estágio profissional de advocacia também seja realizado integralmente fora da
instituição de ensino. Nesse caso, o estágio deve compreender as atividades fixadas em convênio
entre o escritório de advocacia ou entidade que receba o estagiário e a OAB (art. 30 do RGEAOAB).
Cada Conselho Seccional mantém uma Comissão de Estágio e Exame de Ordem, a quem
incumbe coordenar, fiscalizar e executar as atividades decorrentes do estágio profissional (art. 31
do RGEAOAB).
A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu curso
jurídico TEMA COBRADO NO XXXIII EXAME DA OAB/FGV. e, para ser deferida, o estagiário deve
preencher os seguintes requisitos: a) capacidade civil, b) título de eleitor e quitação do serviço
militar, se brasileiro, c) não exercer atividade incompatível com a advocacia; d) idoneidade moral
e e) prestar compromisso perante o conselho.
Houve também o acréscimo do § 6º, estabelecendo que, se houver concessão, pela parte
contratante ou conveniada, de equipamentos, sistemas e materiais ou reembolso de despesas de
infraestrutura ou instalação, todos destinados a viabilizar a realização da atividade de estágio
em teletrabalho, essa informação deverá constar, expressamente, do convênio de estágio e do
termo de estágio.
27
O EAOAB passou a prever, portanto, a possibilidade de que o estágio de advocacia
seja feito no regime de teletrabalho, sem que isso, por si só, caracterize vínculo
de emprego. Além disso, se houver necessidade de equipamentos específicos ou
infraestrutura para a realização do estágio em teletrabalho, essa informação deverá
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Outro tema importante para a prova da OAB diz respeito quais são os atos jurídicos que o
estagiário pode praticar.
II – obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos
em curso ou findos;
Além disso, para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente,
quando receber autorização ou substabelecimento do advogado (art. 29, § 2º, do RGEAOAB).
TEMA COBRADO NO XXXV EXAME DA OAB/FGV:
28
O estagiário que praticar ato excedente de sua habilitação cometerá infração disciplinar
punível com censura, conforme art. 34, XXIX, c/c art. 36, I, do EAOAB.
Por fim, registra-se que o aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a
advocacia pode frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para
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fins de aprendizagem, mas é vedada a inscrição na OAB TEMA COBRADO NO XVIII EXAMEDA
OAB/FGV.
29
6
De acordo com § 3º do art.16 do EAOAB, é proibido o registro, nos cartórios de registro civil de
pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a
atividade de advocacia.
30
• A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um
advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das
razões que motivaram tal concentração. TEMA COBRADO NO XXXI EXAME DA OAB/
FGV.
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• Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais
de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de
advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial
do respectivo Conselho Seccional TEMA COBRADO NOS EXAMES VII E XXVI DA OAB/FGV.
O EAOAB proíbe apenas que o advogado integre mais de uma sociedade de advogados, com
sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional, não proibindo a
participação de advogados em sociedades sediadas em áreas territoriais de seccionais diversas
TEMA COBRADO NO IV EXAME DA OAB/FGV.
Sobre a responsabilidade dos advogados, o art. 40 do RGEAOAB dispõe: “Os advogados sócios
e os associados respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados diretamente ao
cliente, nas hipóteses de dolo ou culpa e por ação ou omissão, no exercício dos atos privativos
da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer”.
31
Importante registrar que, de acordo com o art. 17-A do EAOB, acrescido pela Lei n. 13.465/2022,
o advogado poderá associar-se a uma ou mais sociedades de advogados ou sociedades
unipessoais de advocacia, sem que estejam presentes os requisitos legais de vínculo empregatício,
para prestação de serviços e participação nos resultados, na forma do Regulamento Geral e de
Provimentos do Conselho Federal da OAB.
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Trata-se da figura do advogado associado, profissional que atua no escritório de advocacia, não
é sócio nem empregado, mas que tem participação nos resultados do escritório.
O art. 17-B do EAOAB, também acrescido pela Lei n. 14.365/2022, passou a dispor que no
contrato de associação, que poderá ser de caráter geral ou restringir-se a determinada causa ou
trabalho e que deverá ser registrado no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver
sede a sociedade de advogados que dele tomar parte, o advogado sócio e associado estipularão
livremente os critérios para a partilha dos resultados dela decorrentes, devendo o contrato
conter, no mínimo:
I - qualificação das partes, com referência expressa à inscrição no Conselho Seccional da OAB
competente;
III - forma de repartição dos riscos e das receitas entre as partes, vedada a atribuição da
totalidade dos riscos ou das receitas exclusivamente a uma delas;
Importante destacar ainda que, havendo uma relação legítima entre a sociedade e o advogado
associado, o contrato deve ser averbado no registro da sociedade de advogados.
Havendo fraude na relação jurídica estabelecida com o advogado associado, que, na verdade
preenche os requisitos da relação de emprego e, por isso deveria ser um advogado empregado,
não será permitida a averbação do contrato de associação., conforme previsto no § 11 ao art.
15 do EAOAB, acrescido pela Lei n. 14.365/2022
32
7
O advogado, além de atuar como profissional autônomo, pode também ser empregado, hipótese
em que terá alguns direitos específicos previstos pela Lei n. 8.906/94 (EAOAB).
A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a
independência profissional inerentes à advocacia. Além disso, o advogado empregado não está
obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da
relação de emprego.
• De acordo com a nova redação do caput do art. 20 do EAOAB, alterado pela Lei n.
14.365/2022, a jornada de trabalho do advogado empregado, quando prestar serviço
para empresas, não poderá exceder a duração diária de 8 (oito) horas contínuas e a
de 40 (quarenta) horas semanais, excluindo, portanto, a diferença que existia entre
advogado empregado com e sem dedicação exclusiva. Além disso, considera-se como
período de trabalho o tempo em que o advogado estiver à disposição do empregador,
aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em atividades externas, sendo-
lhe reembolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e alimentação
TEMA COBRADO NO XXV EXAME DA OAB/FGV.
• Horário noturno das 20h às 5h, com adicional de 25% (§ 3º do art. 20 do EAOAB).
Digno de nota, ainda, que o advogado não é obrigado a prestar serviços de interesse pessoal de seu
empregador e, se o fizer, será de forma desvinculada do emprego TEMA COBRADO NO VI EXAME DA
OAB/FGV.
33
Além disso, de acordo com o art. 14 do RGEAOAB, os honorários de sucumbência, por decorrerem
precipuamente do exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego, não integram o salário
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ou a remuneração, não podendo, assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários
TEMA COBRADO NO XXVII EXAME DA OAB/FGV.
Destaca-se, ainda, que nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este
representada, os honorários de sucumbência são devidos ao advogado empregado (caput”do art.
21 do EAOAB).
Isso significa, por exemplo, que, se o advogado for empregado de uma empresa, ele terá direito
a receber exclusivamente os honorários advocatícios sucumbenciais dos processos em que atuar
representando a empresa.
O parágrafo único do art. 21 do EAOAB, por sua vez, dispõe que os honorários de sucumbência,
percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados são partilhados entre ele e a
empregadora, na forma estabelecida em acordo.
Nesse caso, se o advogado for empregado de uma sociedade de advogados e atuar por meio
dela, deverá repartir com a sociedade empregadora os honorários sucumbenciais, conforme
estabelecido em acordo entra as partes.
34
8
Ao mesmo tempo que deve manter independência em qualquer circunstância, sem receio
de desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em impopularidade, o
advogado deve atuar de forma ética, que o torne merecedor de respeito e que contribua para o
prestígio da classe e da advocacia.
Art. 32. O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com
dolo ou culpa.
Sobre a lisura da conduta do advogado, o Código de Ética e Disciplina traz várias disposições
importantes, conforme doravante estudado.
O art. 2º do CEDOAB elenca diversos deveres que o advogado deve observar no exercício de
sua profissão, vejamos:
IX - pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos direitos
individuais, coletivos e difusos;
XIII - ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados.
Além de ser um direito do advogado, a sua atuação com liberdade também pode ser considerada
um dever, já que o advogado que não atua de acordo com suas convicções, macula sua atividade,
prejudicando o seu cliente.
Nesse aspecto, o advogado, ainda que vinculado ao cliente ou constituinte, mediante relação
empregatícia ou por contrato de prestação permanente de serviços, ou como integrante de
departamento jurídico, ou de órgão de assessoria jurídica, público ou privado, deve sempre zelar
pela sua liberdade e independência.
O Código de Ética e Disciplina da OAB dedica o seu capítulo III para tratar da relação do advogado
com o seu cliente.
36
Em termos gerais, o advogado deve estabelecer com o seu cliente uma relação de confiança
recíproca, sendo que, faltando elementos de confiança entre as partes, é recomendável que o
advogado externe ao cliente sua impressão e, não se resolvendo as dúvidas existentes, promova,
em seguida, o substabelecimento do mandato ou a ele renuncie. Em outras palavras, não deve o
advogado continuar patrocinando causa de cliente que com ele não possua relação de confiança.
OAB NA MEDIDA | ÉTICA PROFISSIONAL
Entretanto, o fato de o cliente outorgar um mandato ao advogado, não lhe retira a sua liberdade
e independência de atuação, devendo atuar de acordo com suas convicções para melhor atender
aos interesses de seu cliente, conforme art. 11 do CEDOAB:
Art. 11. O advogado, no exercício do mandato, atua como patrono da parte, cumprindo-
lhe, por isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se
subordinar a intenções contrárias do cliente, mas, antes, procurando esclarecê-lo
quanto à estratégia traçada TEMA COBRADO NO XXI EXAME DA OAB/FGV.
O art. 12 do CEDOAB, por sua vez, estabelece que a conclusão ou desistência da causa, tenha
havido, ou não, extinção do mandato, obriga o advogado a devolver ao cliente bens, valores e
documentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu poder, bem como a prestar-
lhe contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de esclarecimentos complementares que se
mostrem pertinentes e necessários. O advogado, entretanto, tem direito a ficar com a parcela dos
honorários paga pelos serviços até então prestados.
Como forma de manter a ética profissional e o bom relacionamento entre os advogados, o art. 14
do CEDOAB dispõe que o advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído,
sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas
judiciais urgentes e inadiáveis TEMA COBRADO NOS EXAMES XII, XVIII, XXIII e XXVIII DA OAB/
FGV.
Uma questão bastante polêmica e muitas vezes criticada pela sociedade diz respeito aos
advogados que defendem conhecidos criminosos, que cometeram infrações graves, como no caso
de assassinos em série e estupradores.
Sobre o tema, o art. 23 do CEDOAB dispõe que é direito e dever do advogado assumir a defesa
criminal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado. Não há causa criminal indigna
de defesa, cumprindo ao advogado agir, como defensor, no sentido de que a todos seja concedido
tratamento condizente com a dignidade da pessoa humana, sob a égide das garantias constitucionais.
Em outras palavras, não cabe ao advogado fazer juízo de valor sobre a culpa ou inocência do
seu cliente, devendo tomar todas as medidas adequadas para garantir um julgamento condigno
com o ordenamento jurídico.
37
Ainda como forma de manter a liberdade e independência do advogado, o CEDOAB, em
seu art. 24, dispõe que advogado não se sujeita à imposição do cliente que pretenda ver
com ele atuando outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de outro
profissional para com ele trabalhar no processo. Desse modo, ao receber uma procuração, o
advogado não é obrigado aceitar que outro profissional atue ou interfira no curso do processo
OAB NA MEDIDA | ÉTICA PROFISSIONAL
Digno de nota, por fim, que o advogado é proibido de atuar no mesmo processo,
simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente, conforme art. 25 do
CEDOAB. TEMA COBRADO NOS EXAMES IX E XXI DA OAB/FGV.
O advogado, portanto, não pode revelar fatos e dados obtidos do seu cliente ou em razão de
funções desempenhadas na Ordem dos Advogados do Brasil (art. 35 do CEDOAB), mantendo-se
o sigilo inclusive quando o advogado atuar no exercício das funções de mediador, conciliador e
árbitro (§ 2º do art. 36 do CEDOAB).
Ainda que o cliente acabe não contratando o advogado ou ainda que o cliente autorize a quebra
do sigilo, o advogado deve manter o sigilo profissional TEMA COBRADO NO EXAMES XXX
DA OAB/FGV
O sigilo profissional decorre da lei (matéria de ordem pública), devendo ser respeitado
independentemente de pedido expresso do cliente. Além disso, as comunicações feitas entre
advogado e cliente (carta, telefonemas, e-mail, etc.) presumem-se confidenciais, não podendo ser
violadas, conforme § 1º do art. 36 do CEDOAB TEMA COBRADO NO XIV EXAME DA OAB/FGV.
Apesar de não haver impedimento para que o advogado atue contra clientes antigos, deverá
observar os preceitos éticos com relação às informações sigilosas que lhe tenham sido confiadas,
conforme disposto no art. 21 do CEDOAB: “O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra
ex-cliente ou ex-empregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo profissional”
TEMA COBRADO NOS EXAMES IX E XXII DA OAB/FGV.
Como forma de garantir o sigilo profissional, o art. 7º, XIX, do EAOAB e o art. 38 do CEDOAB
asseguram, ainda, ao advogado o direito de não depor, em processo ou procedimento judicial,
administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional
TEMA COBRADO NO VI EXAME DA OAB/FGV.
8.5. PUBLICIDADE
38
Art. 39. A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e
deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela
ou mercantilização da profissão.
Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com
OAB NA MEDIDA | ÉTICA PROFISSIONAL
Levando-se em consideração que a advocacia não pode assumir feição empresarial e que
não pode ser instrumento de mera captação de clientela, a publicidade profissional do advogado
deve ter caráter meramente informativo primando pela discrição e sobriedade, não podendo
configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão, conforme art. 39 do CEDOAB
TEMA COBRADO NO XIII EXAME DA OAB/FGV.
O advogado, entretanto, não poderá incluir nos cartões fotografias pessoais ou de terceiros
nem fazer menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer
órgão ou instituição, salvo o de professor universitário TEMA COBRADO NOS EXAMES XVII,
XXI e XXXIII DA OAB/FGV.
Além disso, para evitar a mercantilização da advocacia, o Código de Ética e Disciplina veda
que a publicidade seja veiculada em rádio, cinema, televisão, outdoors, painéis luminosos ou
formas assemelhadas de publicidade, inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em
qualquer espaço público, bem como a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou
39
formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela, conforme art. 40 do
CEDOAB. TEMA COBRADO NO XXV EXAME DA OAB/FGV.
para fins de identificação dos escritórios de advocacia, a utilização de placas, painéis luminosos
e inscrições em suas fachadas (parágrafo único do art. 40 do CEDOAB).
O art. 40, VI, do CEDOAB, por sua vez, veda ainda a publicidade por meio de panfleto se houver
finalidade de captação de clientela.
O CEDOAB (art. 45) permite a divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre
matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação fique adstrita a
clientes e a interessados do meio jurídico. TEMA COBRADO NO XII EXAME DA OAB/
FGV.
O CEDOAB passou a permitir a publicidade feita pela internet ou outros meios eletrônicos,
estabelecendo que a telefonia e a internet podem ser utilizadas como veículo de publicidade,
inclusive para o envio de mensagens a destinatários certos, desde que estas não impliquem o
oferecimento de serviços ou representem forma de captação de clientela (art. 46 do CEDOAB).
Importante destacar que o CFOAB editou o Provimento n. 205/2021 para tratar da publicidade
do advogado na internet e nas redes sociais.
Por outro lado, veda-se expressamente a ostentação de bens relativos ao exercício ou não da
profissão, como uso de veículos, viagens, hospedagens e bens de consumo, menção à promessa
de resultados ou a utilização de casos concretos para oferta de atuação profissional, assim como
oferecimento de serviços ou publicidade que represente captação de clientela.
Da mesma forma, quando convidado para manifestação pública, por qualquer modo e forma,
OAB NA MEDIDA | ÉTICA PROFISSIONAL
visando ao esclarecimento de tema jurídico de interesse geral, deve o advogado evitar insinuações
com o sentido de promoção pessoal ou profissional, bem como o debate de caráter sensacionalista
(art. 43, parágrafo único, do CEDOAB).
Art. 41. As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos
que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem promover, dessa forma,
captação de clientela. TEMA COBRADO NO XXXI EXAME DA OAB/FGV.
I - responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios decomunicação
social; TEMA COBRADO NO XXXIII EXAME DA OAB/FGV.
Parágrafo único. Quando convidado para manifestação pública, por qualquer modo e forma,
visando ao esclarecimento de tema jurídico de interesse geral, deve o advogado evitar
insinuações com o sentido de promoção pessoal ou profissional, bem como o debate de caráter
sensacionalista.
Art. 44. Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de que
se utilizar, o advogado fará constar seu nome ou o da sociedade de advogados, o número ou os
números de inscrição na OAB.
Art. 45. São admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de eventos ou publicações de
caráter científico ou cultural, assim como a divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico,
sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação fique adstrita a
clientes e a interessados do meio jurídico.
41
Art. 46. A publicidade veiculada pela internet ou por outros meios eletrônicos deverá observar as
diretrizes estabelecidas neste capítulo.
Parágrafo único. A telefonia e a internet podem ser utilizadas como veículo de publicidade,
OAB NA MEDIDA | ÉTICA PROFISSIONAL
inclusive para o envio de mensagens a destinatários certos, desde que estas não impliquem o
oferecimento de serviços ou representem forma de captação declientela.
Art. 47. As normas sobre publicidade profissional constantes deste capítulo poderão ser
complementadas por outras que o Conselho Federal aprovar, observadas as diretrizes do
presente Código.
42
9
A Lei n. 14.365/2022 acrescentou o § 8º ao art. 22 do EAOAB, para prever que são considerados
também honorários convencionados aqueles decorrentes da indicação de cliente entre
advogados ou sociedade de advogados. Desse modo, se um advogado indicar um cliente
para outro advogado e, em razão disso, ganhar uma comissão, esse valor será considerado
honorários convencionados
43
Os honorários devem ser fixados com moderação, evitando-se não apenas os valores
muito altos como também os valores muitos baixos, para não representar aviltamento
da advocacia e captação ilegal de clientela. Para tanto, os honorários devem ser fixados
respeitando-se o limite mínimo da Tabela de Honorários Advocatícios, que deve ser
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estabelecida pelos Conselhos Seccionais, bem como com base nos critérios previstos no
art. 49 CEDOAB TEMA COBRADO NO XI EXAME DA OAB/FGV.
Importante lembrar ainda que a fixação de honorários irrisórios é infração disciplinar punível
com censura (art. 36, II e III, do EAOAB).
De acordo com § 1º do art. 22 do EAOAB, o advogado, quando indicado para patrocinar causa de
juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria Pública no local da prestação
de serviço, tem direito aos honorários fixados pelo juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho
Seccional da OAB, e pagos pelo Estado TEMA COBRADO NO XXIV EXAME DA OAB/FGV.
• Honorários de sucumbência: são aqueles devidos pela parte vencida para pagar as
despesas do advogado da parte vencedora. De acordo com o CPC/2015, serão fixados
44
entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação,
do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor
atualizado da causa. No caso de substabelecimento, a verba correspondente aos
honorários da sucumbência será repartida entre o substabelecente e o substabelecido,
proporcionalmente à atuação de cada um no processo ou conforme haja sido entre
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• O novo CPC dispõe que é obrigatória majoração dos honorários fixados na sentença
quando houver interposição de recurso, observado o limite máximo de 20% estabelecido no
§ 2º do art. 85 do CPC/2015.
Além disso, se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de
expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos
diretamente, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já
os pagou (art. 22, § 4º, do EAOAB). TEMA COBRADO NO XX EXAME DA OAB/FGV.
A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que os estipular
são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência, recuperação judicial,
concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial, conforme art. 24 do EAOAB
45
Havendo mais de um advogado atuando no processo, eventual divergência entre os advogados
sobre o montante que cada um deve receber a título de honorários pode ser levada ao Tribunal
de Ética e Disciplina, que poderá atuar como mediador na partilha de honorários, contribuindo
no sentido de que a distribuição se faça proporcionalmente à atuação de cada um no processo
OAB NA MEDIDA | ÉTICA PROFISSIONAL
Antes, o § 3º do art. 24 do EAOAB estabelecia que seria nula qualquer disposição, cláusula,
regulamento ou convenção individual ou coletiva que retirasse do advogado o direito ao
recebimento dos honorários de sucumbência. Ocorre, entretanto, que esse dispositivo foi
declarado inconstitucional (ADIN 1.194-4), tendo em vista a necessidade de preservação
da liberdade contratual quanto à destinação dos honorários de sucumbência fixados
judicialmente. Sendo assim, para tratar do assunto, a Lei n. 14.365/2022 passou a
dispor que eventual renúncia aos honorários somente será considerada após o protocolo
de petição que revogue os poderes que lhe foram outorgados ou que noticie a renúncia
a eles, e os honorários serão devidos proporcionalmente ao trabalho realizado nos
processos.
A Lei n. 14.365/2022 também incluiu o § 5º ao art. 24 do EAOAB , para deixar claro que, salvo
renúncia expressa do advogado aos honorários pactuados na hipótese de encerramento da relação
contratual com o cliente, o advogado mantém o direito aos honorários proporcionais ao trabalho
realizado nos processos judiciais e administrativos em que tenha atuado, nos exatos termos
do contrato celebrado, inclusive em relação aos eventos de sucesso que porventura venham a
ocorrer após o encerramento da relação contratual.
O Código de Ética e Disciplina (art. 50) permite ainda a estipulação da denominada cláusula
quota litis, considerada aquela que estipula participação do advogado sobre o ganho da demanda.
Nesse caso, os honorários devem ser necessariamente representados por pecúnia e, quando
acrescidos dos honorários da sucumbência, não podem ser superiores às vantagens advindas a
favor do cliente. TEMA COBRADO NO XXXII EXAME DA OAB/FGV
Quando o objeto do serviço jurídico versar sobre prestações vencidas e vincendas, os honorários
advocatícios poderão incidir sobre o valor de umas e outras, atendidos os requisitos da moderação
OAB NA MEDIDA | ÉTICA PROFISSIONAL
e da razoabilidade.
A execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos autos da ação em que tenha
atuado o advogado, se assim lhe convier. Em outras palavras, não há necessidade de um novo
processo para que o advogado possa executar os honorários devidos.
Digno de nota, ainda, que, de acordo com o art. 25 do EAOAB, o prazo prescricional
para que o advogado ajuíze a ação de cobrança dos honorários advocatícios é de 5 anos,
contados: TEMA COBRADO NOS EXAMES IV, VIII, XII, XIII, XXV e XXXIf DA OAB/FGV:
IV - da desistência ou transação;
O art. 25-A do EAOAB, por sua vez, estabelece que também prescreve em cinco anos a ação de prestação
de contas pelas quantias recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de terceiros por conta dele.
Entretanto, podem ser levados a protesto o cheque ou a nota promissória emitidos pelo cliente
em favor do advogado, depois de frustrada a tentativa de recebimento amigável (art. 52 do
CEDOAB).
Destaca-se, ainda, que nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este
representada, os honorários de sucumbência são devidos ao advogado empregado (“caput”do art.
47
21 do EAOAB).
Isso significa, por exemplo, que, se o advogado for empregado de uma empresa, ele terá direito
a receber exclusivamente os honorários advocatícios sucumbenciais dos processos em que atuar
representando a empresa.
OAB NA MEDIDA | ÉTICA PROFISSIONAL
O parágrafo único do art. 21 do EAOAB, por sua vez, dispõe que os honorários de sucumbência,
percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados são partilhados entre ele e a
empregadora, na forma estabelecida em acordo.
Nesse caso, se o advogado for empregado de uma sociedade de advogados e atuar por meio
dela, deverá repartir com a sociedade empregadora os honorários sucumbenciais, conforme
estabelecido em acordo entra as partes.
Além disso, de acordo com o art. 14 do RGEAOAB, os honorários de sucumbência, por decorrerem
precipuamente do exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego, não integram o salário
ou a remuneração, não podendo, assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários
TEMA COBRADO NO XXVII EXAME DA OAB/FGV.
Muito importante destacar, ainda, que a Lei n. 14.365/2022 acrescentou o art. 24-A ao EAOAB,
para tratar especificamente das hipóteses em que há bloqueio universal do patrimônio do cliente
do advogado.
§ 1º O pedido de desbloqueio de bens será feito em autos apartados, que permanecerão em sigilo,
mediante a apresentação do respectivo contrato.
§ 4º Nos demais casos, o advogado poderá optar pela adjudicação do próprio bem ou por
sua venda em hasta pública para satisfação dos honorários devidos, nos termos do art. 879 e
seguintes da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
48
§ 5º O valor excedente deverá ser depositado em conta vinculada ao processo judicial.
O novo art. 24-A do EAOAB estabelece, portanto, que, havendo bloqueio judicial do patrimônio
do cliente, até 20% desse patrimônio deve ser liberado para fins de recebimento de honorários e
reembolso de gastos com a defesa, salvo as causas relacionadas aos crimes previstos na Lei de
OAB NA MEDIDA | ÉTICA PROFISSIONAL
Drogas, e observando-se o disposto no parágrafo único do art. 243 da Constituição Federal, que
estabelece todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá
a fundo especial com destinação específica, na forma da lei.
Por fim, muito importante destacar ainda que a Lei n. 14.635/2022 acrescentou o parágrafo
único ao art. 26 da EAOAB, excepcionando a regra de que o advogado, substabelecido com reserva
de poderes não pode cobrar honorários diretamente do cliente. Com efeito, de acordo com o novo
parágrafo único, essa regra não se aplica, se o advogado substabelecido, com reservas de poderes,
possuir contrato celebrado com o cliente.
Desse modo, com a alteração do EAOAB, o advogado substabelecido com reserva de poderes
poderá cobrar os honorários do cliente, sem a intervenção do advogado que substabeleceu, se
tiver contrato diretamente com o cliente.
49
10
Existem situações expressamente previstas no EAOAB que importam proibição total ou parcial para
o exercício da advocacia, sendo denominadas, respectivamente, de incompatibilidade e impedimento.
10.1. INCOMPATIBILIDADE
Com efeito, seja pela importância do cargo, que facilitaria a captação de clientela, seja pela
possiblidade de conflito de interesse no exercício cumulativo de funções, o art. 28 do EAOAB elenca
algumas hipóteses em que haverá proibição total do exercício da advocacia, a saber:
I - Chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais:
Presidente da República, Governadores, Prefeitos e seus vices, bem como os membros das Mesas
do Poder Legislativo não podem exercer advocacia TEMA COBRADO NOS EXAMES XIV e XVII DA
OAB/FGV.
Ser membro do Poder Legislativo é causa de impedimento (art. 30, II, do EAOAB), mas,
a partir do momento em que o parlamentar passa a ser membro da Mesa da Casa, haverá
incompatibilidade TEMA COBRADO NOS EXAMES IV e VIII DA OAB/FGV.
federal; polícias civis; polícias militares e corpos de bombeiros militares) estão proibidos de
exercer a advocacia. A incompatibilidade atinge os policias, e os demais cargos da polícia, como
investigadores, carcereiros, peritos, etc.
Os atos de advogado que exerce atividade incompatível são considerados nulos. Além
disso, a incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe
de exercê-lo temporariamente (§ 1º do art. 28 do EAOAB), como no caso de juiz que pede
licença para tratar de assuntos particulares. Nesse caso, como a licença é temporária,
permanece o juiz afastado da magistratura totalmente proibido de exercer a advocacia
TEMA COBRADO NO XV EXAME DA OAB/FGV.
51
10.2. IMPEDIMENTO
Os docentes dos cursos jurídicos não são abrangidos pelo inciso I, ou seja, os professores de direito das
Universidades Públicas não estão impedidos de advogar contra a Pessoa Jurídica que os remunera. A
título de exemplo, um professor de direito da USP não está impedido de advogar contra o Estado de
São Paulo. Importante frisar ainda que a exceção abrange apenas os docentes dos cursos jurídicos, de
modo que os professores de outras áreas, como um advogado professor de física, estão abrangidos
pelo impedimento TEMA COBRADO NOS EXAMES IV, VIII e XIII DA OAB/FGV.
Além disso, de acordo com o art. 29 do EAOAB, os Procuradores Gerais, Advogados Gerais,
Defensores Gerais e dirigentes de órgãos jurídicos da Administração Pública direta, indireta e
fundacional também possuem limitação no exercício da advocacia, uma vez que são exclusivamente
legitimados para o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da
investidura TEMA COBRADO NO III EXAME DA OAB/FGV.
52
11
O Advogado que descumprir preceitos éticos pode cometer infração disciplinar. Nesse caso,
estará sujeito às sanções disciplinares expressamente previstas no EAOAB, a saber:
Vejamos agora os casos em que cada uma das sanções deve ser aplicada.
A censura é aplicável quando o advogado cometer infrações mais leves, definidas nos incisos I
a XVI e XXIX do art. 34 do EAOAB, quando houver violação a preceito do Código de Ética e Disciplina
ou quando houver violação a preceito do EAOAB, e para a infração não se tenha estabelecido
sanção mais grave.
I - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício
aos não inscritos, proibidos ou impedidos TEMA COBRADO NO III EXAME DA OAB/FGV;
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Advogado que mantém em seu escritório advogado não inscrito na OAB ou que esteja exercendo
atividade enquanto impedido.
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II - manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei;
Sociedade com nome fantasia, sociedade de advogado que também exerce atividade
empresarial e sociedade que mantenha como sócio pessoa que não é advogado.
Advogado que contrata um terceiro para ir atrás de clientes, como no caso de advogado trabalhista
que contrata um terceiro para ir até as empresas oferecer serviços do advogado contratante.
Advogado que faz captação ilícita de cliente por meio de publicidade ilícita.
V - assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que
não tenha feito, ou em que não tenha colaborado;
Advogado que ingressa com ação para favorecer advogado impedido, sem ter elaborado ou
participado da elaboração da peça.
Advogado que faz pretensão de aviso prévio proporcional de 250 dias, quando se sabe que o
limite máximo estabelecido pela lei é de 90 dias (Lei n. 12.506/2011). Não haverá, entretanto,
infração disciplinar se o advogado fundamentar seu pedido com base na inconstitucionalidade
do artigo que limita o aviso prévio.
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O sigilo profissional não é absoluto, podendo ceder em face de circunstâncias excepcionais que
configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que
envolvam defesa própria (art. 37 do CEDOAB). Nessas circunstâncias, o advogado que quebrar
o sigilo não praticará infração disciplinar TEMA COBRADO NOS EXAMES V e XIII DA
OAB NA MEDIDA | ÉTICA PROFISSIONAL
OAB/FGV.
Advogado ajuíza reclamação trabalhista e, sem autorização do seu cliente, estabelece contato com
o dono da empresa reclamada, para tentativa de acordo, sem a ciência do advogado da empresa.
Advogado que, por negligência, perde o prazo processual para interpor recurso, ou deixa de
comparecer, sem qualquer justificativa, à audiência de instrução.
XI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação
da renúncia TEMA COBRADO NO III EXAME DA OAB/FGV;
Advogado que deixa propositalmente de dar andamento ao processo, ou deixa de atuar no feito
em observar o prazo de 10 dias da renúncia.
XII - recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em
virtude de impossibilidade da Defensoria Pública: Desse modo, a recusa que caracteriza
a infração disciplinar é aquela feita sem justo motivo quando não houver assistência
da Defensoria Pública. TEMA COBRADO NOS EXAMES II e XVI DA OAB/FGV)
Advogado se dispõe a prestar assistência jurídica aos necessitados mediante convênio da OAB
e o Estado e, quando nomeado em razão da impossibilidade da Defensoria Pública, deixa de
prestar o auxílio sem prestar qualquer motivo.
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relativas a causas pendentes TEMA COBRADO NO EXAMES V e X DA OAB/FGV.
O advogado que atua sem discrição, indo à imprensa habitualmente tratar de causa específica
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Advogado que, sem autorização do cliente, alega na contestação que parte contrária ou terceiro
cometeu algum crime. Observe-se que, ainda que o fato seja verdadeiro, haverá a infração
disciplinar se o advogado fizer a alegação sem a autorização por escrito do cliente.
Advogado notificado pelo Tribunal de Ética e Disciplina a prestar esclarecimento e não cumpre
a providência no prazo determinado.
Estagiário que que faz, isoladamente, postulação a órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais,
ou realiza atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas, sem a participação de advogado.
É muito importante recordar que a censura pode ser convertida em advertência, quando
houver, entre outras, as seguintes circunstâncias atenuantes (art. 40 do EAOAB):
A advertência será comunicada ao advogado por meio de ofício reservado, sem registro nos
seus assentamentos.
A sanção de suspensão é aplicável nos casos de infrações mais graves definidas nos incisos
XVII a XXV do art. 34, ou quando houver reincidência da prática de infração disciplinar.
XVII - prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou
destinado a fraudá-la;
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Advogado que pede dinheiro para o cliente com o objetivo de tentar subornar agente público.
Ainda que o dinheiro não seja entregue pelo cliente, a infração terá sido com a solicitação de
sua entrega.
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Em abril de 2020, o STF (RE 647885 - repercussão geral) decidiu que é inconstitucinoal
a suspensão realizada por conselho de fiscalização profissional do exercício laboral
de seus inscritos por inadimplência de anuidades, pois a medida consiste em sanção
política em matéria tributária. Desse modo, o advogado não poderá ser mais suspenso
se não pagar a anuidade.
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De acordo como parágrafo único do art. 34, inclui-se na conduta incompatível: a) prática
reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei; b) incontinência pública e escandalosa; c)
embriaguez ou toxicomania habituais TEMA COBRADO NO IV EXAME DA OAB/FGV.
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Como regra geral, a pena de suspensão será fixada entre 30 dias e 12 meses, sendo o prazo
fixado de acordo com os antecedentes profissionais do inscrito, as atenuantes, o grau de culpa por
ele revelada, as circunstâncias e as consequências da infração.
Além disso, havendo causa agravante, a sanção da suspensão também poderá ser cumulada
com multa (art. 40, parágrafo único, do EAOAB).
• Nas hipóteses dos incisos XXI e XXIII do art. 34, a suspensão perdura até que
satisfaça integralmente a dívida, inclusive com correção monetária.
• Na hipótese do inciso XXIV do art. 34, a suspensão perdura até que preste novas
provas de habilitação.
A sanção de exclusão é aplicável nos casos de infrações gravíssimas, definidas nos incisos
XXVI a XXVIII do art. 34 do EAOAB, ou no caso de aplicação, por três vezes, de suspensão, não
importando a infração cometida. O advogado excluído terá sua inscrição cancela, podendo voltar a
advogar apenas se for reabilitado TEMA COBRADO NO XXVIII EXAME DA OAB/FGV;
XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB TEMA
59
COBRADO NO XIV EXAME DA OAB/FGV;
A Lei nº 14.365/22 incluiu o § 6º-I ao art. 7º do EAOAB, dispondo expressamente que é vedado
ao advogado efetuar colaboração premiada contra quem seja ou tenha sido seu cliente, e a
inobservância disso importará em processo disciplinar, que poderá culminar com a aplicação do
disposto no inciso III do caput do art. 35 desta Lei (exclusão), sem prejuízo das penas previstas
no art. 154 do Código Penal (crime de violação de segredo profissional).
Muito importante registrar que, para a aplicação da sanção disciplinar de exclusão, é necessária
a manifestação favorável de dois terços dos membros do Conselho Seccional competente (art. 38,
parágrafo único do EAOAB).
Por fim, é importante destacar que, de acordo com 42 do EAOAB, fica impedido de exercer o
mandato o profissional a quem forem aplicadas as sanções disciplinares de suspensão ou exclusão.
11.4. REABILITAÇÃO
De acordo com o artigo 41, do EAOAB, é permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção
disciplinar requerer, um ano após seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas efetivas de
bom comportamento.
O EAOAB estabelece que a reabilitação deverá ser apreciada a pedido do interessado, quando
apresentar provas de bom comportamento, após um ano do cumprimento efetivo da sanção.
Art. 73 do EAOAB
§ 1º Tem legitimidade para requerer a revisão o advogado punido com a sanção disciplinar.
A revisão do processo disciplinar, portanto, é cabível quando houver erro de julgamento ou por
condenação baseada em falsa prova e pode ser pedida a qualquer tempo, desde que haja o trânsito
em julgado da decisão condenatória.
11.6. PRESCRIÇÃO
O § 2º do art. 43 do EAOAB, por sua vez, estabelece que a prescrição será interrompida: I - pela
instauração de processo disciplinar ou pela notificação válida feita diretamente ao representado e
II - pela decisão condenatória recorrível de qualquer órgão julgador da OAB TEMA COBRADO
NO EXAME XV DA OAB/FGV.
Além disso, aplica-se a prescrição a todo processo disciplinar paralisado por mais de três anos,
pendente de despacho ou julgamento (prescrição intercorrente), devendo ser arquivado de ofício,
ou a requerimento da parte interessada, sem prejuízo de serem apuradas as responsabilidades
pela paralisação.
PRESCRIÇÃO DA PRESCRIÇÃO
PRETENSÃO PUNITIVA INTERCORRENTE
Prazo de cinco anos, contados da data da Aplica-se a todo processo disciplinar paralisado por
constatação oficial do fato mais de três anos, pendente de despacho ou julgamento
TEMA COBRADO NOS EXAMES XXV E XXXII DA
OAB/FGV
61
12
12. ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
OAB NA MEDIDA | ÉTICA PROFISSIONAL
A Ordem dos Advogados do Brasil possui forma federativa e natureza jurídica especial (sui
generis), uma vez que desenvolve serviço público, mas não está subordinada (não há vínculo
hierárquico nem funcional) à Administração Pública, já que deve desempenhar suas atribuições
com total independência.
Nos termos do art. 44 do EAOAB, a Ordem dos Advogados do Brasil promove, com exclusividade,
a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa
do Brasil.
Por se tratar de pessoa jurídica sui generis, destacamos algumas características da OAB:
• Por constituir serviço público, goza de imunidade tributária total em relação a seus
bens, rendas e serviços (§ 5º do art. 45).
• Os atos conclusivos dos órgãos da OAB, salvo quando reservados ou de administração
interna, são públicos, ou seja, devem ser publicados na imprensa oficial ou afixados no
fórum, na íntegra ou em resumo (§ 6º do art. 45).
• Não recebe orçamento público, sendo mantida apenas com contribuições, preços
de serviços, e multas dos advogados inscritos. Constitui título executivo extrajudicial a
certidão passada pela diretoria do Conselho competente, relativa a crédito previsto devido
pelo advogado à OAB (art. 46 do EAOAB).
• O pagamento da contribuição anual à OAB isenta os inscritos nos seus quadros do
pagamento obrigatório da contribuição sindical (art. 47 do EAOAB).
A OAB é organizada de forma federativa e possui os seguintes órgãos:
• Conselho Federal;
• Conselhos Seccionais;
• Subseções,
Conforme disposto no art. 50 do EAOAB, os Presidentes dos Conselhos da OAB e das Subseções
podem requisitar cópias de peças de autos e documentos a qualquer tribunal, magistrado, cartório
e órgão da Administração Pública direta, indireta e fundacional. Além disso, no julgamento da ADIN
1127, o STF, dando interpretação conforme a constituição, definiu que as requisições expedidas pelos
presidentes dos Conselhos e das Subseções da OAB dependem de motivação, compatibilização com
as finalidades da lei e atendimento dos custos da requisição, não dispondo de tal prerrogativa nos
casos de documentos sigilosos TEMA COBRADO NO XIX EXAME DA OAB/FGV.
62
Vejamos agora cada um dos órgãos da OAB.
O Conselho Federal, dotado de personalidade jurídica própria, com sede na capital da República,
é o órgão supremo da OAB e é composto por:
O Conselho Federal é formado pelos seguintes órgãos: Conselho Pleno, Órgão Especial do
Conselho Pleno, Primeira, Segunda e Terceira Câmaras, Diretoria e Presidente.
A votação nos órgãos do Conselho Federal ocorre por delegação, ou seja, cada delegação,
formada por três membros, é responsável por um voto. Havendo divergência dentro de cada
delegação, prevalece o voto da maioria (2 membros). A única exceção é a eleição de membros
da Diretoria, em que cada conselheiro vota individualmente.
63
As principais atribuições do Conselho Federal estão previstas no art. 54 do EAOAB, a saber:
O Conselho Federal não pode alterar o EAOAB, já que se trata de lei federal, cuja alteração
depende de votação do Congresso Nacional.
Para editar o RGEAOAB, o CEDOAB e os Provimentos, e para intervir nos Conselhos Seccionais,
é necessário o quórum qualificado de 2/3.
VII - intervir nos Conselhos Seccionais, onde e quando constatar grave violação desta
lei ou do regulamento geral;
A intervenção depende de prévia aprovação por 2/3 (dois terços) das delegações, garantido
o amplo direito de defesa do Conselho Seccional respectivo, nomeando-se diretoria provisória
para o prazo que se fixar.
X - dispor sobre a identificação dos inscritos na OAB e sobre os respectivos símbolos privativos;
XII - homologar ou mandar suprir relatório anual, o balanço e as contas dos Conselhos Seccionais;
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O Conselho Federal elabora a lista sêxtupla que será encaminhada para o STJ, TST e Tribunais
Federais com abrangência interestadual, como no caso do TRT da 11 Região, que abrange os
Estados do Amazonas e de Roraima. Os Conselhos Seccionais, por sua vez, elaboram as listas
sêxtuplas que serão encaminhadas para os Tribunais de Justiça e para o Tribunais Federais de
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abrangência estadual, como no caso do TRT 9 Região, que abrange apenas o Estado do Paraná.
O Presidente do Conselho Federal tem legitimidade para propor ADI, mediante prévio juízo de
admissibilidade da Diretoria e com autorização do Conselho Pleno. No entanto, em caso de
urgência, a Diretoria pode autorizar a propositura da ADI, que posteriormente será referendada
pelo Conselho (art. 82 do RGEAOAB)
XVI - autorizar, pela maioria absoluta das delegações, a oneração ou alienação de seus
bens imóveis;
Destaca-se que o art. 46 do RGEAOAB prevê ainda como competência do Conselho Federal a
criação de novos Conselhos Seccionais por meio de resolução TEMA COBRADO NO IX EXAME
DA OAB/FGV.
II – a partir de 3.000 (três mil) inscritos, mais um membro por grupo completo de 3.000
(três mil) inscritos, até o total de 80 (oitenta) membros.
Os ex-presidentes do Conselho Seccional e o Presidente do Instituto dos Advogados local são membros
honorários, somente com direito a voz nas sessões do Conselho (art. 56, § 1º e § 2º, do EAOAB).
Além disso, nos termos do § 3º do art. 56 do EAOAB, quando presentes às sessões do Conselho
Seccional, o Presidente do Conselho Federal, os Conselheiros Federais integrantes da respectiva
delegação, o Presidente da Caixa de Assistência dos Advogados e os Presidentes das Subseções,
eles também terão direito a voz na sessão TEMA COBRADO NO XXV EXAME DA OAB/FGV.
III - julgar, em grau de recurso, as questões decididas por seu Presidente, por sua
diretoria, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, pelas diretorias das Subseções e da Caixa
de Assistência dos Advogados;
X - participar da elaboração dos concursos públicos, em todas as suas fases, nos casos
66
previstos na Constituição e nas leis, no âmbito do seu território;
• O advogado candidato deve ter notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de
dez anos de efetiva atividade profissional (art. 94 da CF/88).
Complementando o inciso XV, o § 6º do art. 58 dispõe que o Conselho Seccional, mediante o voto
de dois terços de seus membros, pode intervir nas Subseções, onde constatar grave violação
desta lei ou do regimento interno daquele. TEMA COBRADO NO XXII EXAME DA OAB/FGV.
O art. 105 do RGEAOAB, por sua vez, prevê ainda como atribuições do Conselho Seccional:
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b) ação civil pública, para defesa de interesses difusos de caráter geral e coletivos e
individuais homogêneos;
12.4. SUBSEÇÕES
A Subseção pode ser criada pelo Conselho Seccional, que fixa sua área territorial e seus limites
de competência e autonomia. A área territorial da Subseção pode abranger um ou mais municípios,
ou parte de município, inclusive da capital do Estado, contando com um mínimo de quinze advogados,
nela profissionalmente domiciliados (§ 2º do art. 60 do EAOAB). TEMA COBRADO NO XXVI EXAME
DA OAB/FGV.
A Subseção não possui personalidade jurídica própria, mas é parte autônoma do Conselho
Seccional, sendo administrada por uma diretoria, com atribuições e composição equivalentes às
da diretoria do Conselho Seccional (§ 2º do art. 60 do EAOAB).
Além disso, a subseção deve contar com no mínimo 15 advogados, nela profissionalmente
domiciliados, e, para ser criada depende de voto de 2/3 dos membros do Conselho Seccional.
Havendo mais de cem advogados, a Subseção pode ser integrada, também, por um Conselho em
número de membros fixado pelo Conselho Seccional (§ 3º do art. 60 do EAOAB).
68
As principais atribuições das Subseções são:
prerrogativas do advogado;
Importante destacar ainda que, de acordo com o art. 119 do RGEAOAB, os conflitos de
competência entre Subseções e entre estas e o Conselho Seccional são por este decididos, com
recurso voluntário ao Conselho Federal TEMA COBRADO NO XIX EXAME DA OAB/FGV.
Para manter sua estrutura, cabe à Caixa de Assistência dos Advogados a metade da receita das
anuidades recebidas pelo Conselho Seccional, considerado o valor resultante após as deduções
regulamentares obrigatórias
O Conselho Seccional, por sua vez, mediante voto de dois terços de seus membros, pode
intervir na Caixa de Assistência dos Advogados, no caso de descumprimento de suas finalidades,
designando diretoria provisória, enquanto durar a intervenção TEMA COBRADO NO XXVIII
EXAME DA OAB/FGV;
De acordo com o art. 145 do RGEAOAB, a Conferência Nacional da Advocacia Brasileira é órgão
consultivo máximo do Conselho Federal, reunindo-se trienalmente, no segundo ano do mandato,
tendo por objetivo o estudo e o debate das questões e problemas que digam respeito às finalidades
da OAB e ao congraçamento da advocacia.
Já as Conferências da Advocacia dos Estados e do Distrito Federal são órgãos consultivos dos 69
Conselhos Seccionais, e também ocorrem trienalmente, no segundo ano do mandato
Importante destacar ainda que os Conselheiros e Presidentes dos órgãos da OAB presentes,
os advogados e estagiários inscritos na Conferência são considerados membros efetivos das
Conferências e todos com direito a voto (art. 146 do RGEAOAB)
III – exercer as competências que lhe sejam conferidas pelo Regimento Interno da
Seccional ou por este Código para a instauração, instrução e julgamento de processos
ético-disciplinares;
A eleição dos membros de todos os órgãos da OAB será realizada na segunda quinzena do mês
de novembro, do último ano do mandato, mediante cédula única e votação direta dos advogados
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regularmente inscritos. O voto é obrigatório para todos os advogados inscritos na OAB (quem não
votar pode pagar multa de 20% sobre a anuidade, conforme art. 134 do RGEAOAB) e consideram-
se eleitos os candidatos integrantes da chapa que obtiver a maioria dos votos válidos (art. 63 do
EAOAB). TEMA COBRADO NO XXX EXAME DA OAB/FGV.
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Para se candidatar à eleição, o candidato deve comprovar situação regular junto à OAB,
não ocupar cargo exonerável ad nutum, não ter sido condenado por infração disciplinar, salvo
reabilitação, e exercer efetivamente a profissão há mais de 3 (três) anos, nas eleições para os
cargos de Conselheiro Seccional e das Subseções, quando houver, e há mais de 5 (cinco) anos,
nas eleições para os demais cargos, conforme § 2º do art. 63 do EAOAB, recentemente alterado
pela Lei nº 13.875/19. . TEMA COBRADO NOS EXAMES XXXI E XXXV EXAME DA OAB/FGV)
De acordo com o art. 66 do EAOAB, o mandato é extinto automaticamente, antes do seu término, quando:
III - o titular faltar, sem motivo justificado, a três reuniões ordinárias consecutivas de cada
órgão deliberativo do conselho ou da diretoria da Subseção ou da Caixa de Assistência
dos Advogados, não podendo ser reconduzido no mesmo período de mandato.
Extinto o mandato, nas hipóteses acima citadas, cabe ao Conselho Seccional escolher o
substituto, caso não haja suplente.
71
O patrimônio do Conselho Federal, do Conselho Seccional, da Caixa de Assistência dos
Advogados e da Subseção é constituído de bens móveis e imóveis e outros bens e valores que
tenham adquirido ou venham a adquirir (art. 47 do RGEAOAB).
Compete à Diretoria de cada órgão decidir pela aquisição de qualquer bem e dispor sobre os
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72
13
Para que as sanções disciplinares sejam aplicadas ao advogado infrator, deve ser instaurado
prévio processo disciplinar, conforme a seguir estudado.
Para os demais processos na OAB que não sejam disciplinares, aplicam-se subsidiariamente,
salvo disposição em contrário, as regras do procedimento administrativo comum e da legislação
processual civil, nesta ordem.
73
Como regra geral, a instrução do processo disciplinar não ocorre no Tribunal de Ética e
Disciplina e sim no Conselho Seccional ou na Subseção, quando esta dispuser de Conselho.
Após a instrução, o processo será remetido ao tribunal de Ética, que proferirá decisão.
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Exceções:
O Tribunal de Ética e Disciplina do Conselho onde o acusado tenha inscrição principal pode
suspendê-lo preventivamente, em caso de repercussão prejudicial à dignidade da advocacia,
depois de ouvi-lo em sessão especial para a qual deve ser notificado a comparecer, salvo se não
atender à notificação. Neste caso, o processo disciplinar deve ser concluído no prazo máximo
de noventa dias.
Se o representado não apresentar defesa prévia ele será considerado revel, mas o efeito da
revelia é a nomeação de defensor dativo, não havendo presunção de veracidade dos fatos
alegados na representação.
• Instrução: oferecida a defesa prévia, que deve ser acompanhada dos documentos
que possam instruí-la e do rol de testemunhas, até o limite de 5 (cinco), será
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• Sigilo (art. 71 do EAOAB): o processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término,
só tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade
judiciária competente. Após o julgamento, haverá publicidade da decisão TEMA
COBRADO NOS EXAMES XI, XXIII e XXXI DA OAB/FGV.
Observe-se, ainda, que os artigos 47-A e 58-A do CEDOAB passaram a permitir a possibilidade
de assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o advogado e também com
estagiário. TEMA COBRADO NO XXXV EXAME DA OAB/FGV.
75
O TAC representa a possibilidade de o advogado se comprometer a cessar a prática de uma
conduta ou não mais praticá-la para que o processo disciplinar não precise ser julgado, podendo
ser celebrado em situações que envolvam publicidade irregular e infrações sujeitas à censura,
desde que o fato não tenha gerado repercussão negativa à advocacia. TEMA COBRADO NO
XXXIV EXAME DA OAB/FGV.
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Art. 47-A do CEDOAB - Será admitida a celebração de termo de ajustamento de conduta no âmbito
dos Conselhos Seccionais e do Conselho Federal para fazer cessar a publicidade irregular praticada por
advogados e estagiários.
Parágrafo único. O termo previsto neste artigo será regulamentado mediante edição de
provimento do Conselho Federal, que estabelecerá seus requisitos e condições.
Art. 58-A do CEDOAB - Nos casos de infração ético-disciplinar punível com censura, será
admissível a celebração de termo de ajustamento de conduta, se o fato apurado não
tiver gerado repercussão negativa à advocacia.
13.2. RECURSOS
O EAOAB (arts. 75 e 76), partindo da simplicidade processual, previu um único recurso geral e
inominado para provocar manifestação do Conselho Federal ou do Conselho Seccional, conforme
quadro abaixo ilustrativo:
76
Além do recurso inominado previsto no EAOAB, há outros recursos específicos que também
podem ser citados, a saber:
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À exceção dos embargos de declaração, os recursos são dirigidos ao órgão julgador superior
competente, embora interpostos perante a autoridade ou órgão que proferiu a decisão recorrida.
É muito importante destacar que, de acordo com o art. 77 do EAOAB, todos os recursos têm
efeito suspensivo, exceto quando tratarem de eleições (arts. 63 e seguintes), de suspensão
preventiva decidida pelo Tribunal de Ética e Disciplina, e de cancelamento da inscrição obtida
com falsa prova TEMA COBRADO NO XXV EXAME DA OAB/FGV.
EXCEÇÕES AO EFEITO
SUSPENSIVO DOS RECURSOS
Cancelamento da
Suspensão preventiva
Tratarem de eleições inscrição obtida com
do TED
falsa prova
77
BIBLIOGRAFIA
OAB NA MEDIDA | ÉTICA PROFISSIONAL
• LÔBO, Paulo Luiz Netto. Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB. 11ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2017.
• NALINI, José Renato. Ética Geral profissional. 12ª Ed. São Paulo: RT, 2014.
• VIEIRA, Hélio; CERNOV, Zênia. Estatuto da OAB, Regulamento Geral e Código de Ética
– Interpretados artigos por artigos. São Paulo: LTr, 2016.
78
Alteração Legislativa Atenção Exemplo