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Este artigo foi reproduzido do original entregue pelo autor, sem edições, correções e considerações feitas pelo comitê técnico deste evento.
Outros artigos podem ser adquiridos através da Audio Engineering Society, 60 East 42nd Street, New York, New York 10165-2520, USA,
www.aes.org. Informações sobre a seção brasileira podem ser obtidas em www.aesbrasil.org. Todos os direitos reservados. Não é permitida
a reprodução total ou parcial deste artigo sem autorização expressa da AES Brasil.
___________________________________
Revisão 02 - 05 - 2006
Processamento Digital do
Line Array Selenium SLA1P
RESUMO
Página 1 de 23
SLA1P – PROCESSAMENTO DIGITAL
Página 2 de 23
O manual completo da SLA1P, está A grande revolução que finalmente
disponível no site proporcionou a possibilidade de obter
www.selenium.com.br . um correto alinhamento de um sistema
de reforço sonoro, veio com a utilização
Para executar o alinhamento, foi de sistemas digitais.
utilizada apenas a configuração das
fotos 1 a 3. Serão fornecidas tabelas Com o emprego desta técnica foi
para outras configurações. possível criar um dispositivo que faz o
papel de crossover e todos os demais
Para obtermos uma resposta plana do periféricos necessários para obtenção
Sistema, torna-se necessário uma resposta plana no PA, alem de
equalizarmos cada via e alinhá-las para protegê-lo com limiters e compressores.
que cada centro acústico chegue à frente
da caixa ao mesmo tempo e em fase, de Um processador digital converte o sinal
modo a ocorrer uma soma das pressões analógico em digital, onde sofre o
acústicas, quando montadas em linha. processamento necessário sendo, então,
reconvertido em analógico.
É justamente deste procedimento que
tratamos no presente trabalho. A total possibilidade de manipulação do
sinal, separando-o em bandas de
Para o processamento e amplificação, frequência, aplicando atrasos,
foram utilizados os seguintes equalizações, limites, compressão,
equipamentos: eliminadores de microfonia e muitas
outras funções, fez com que um
Processador: Shure P4800 sistema sonoro pudesse funcionar a
Amplificadores: Hot Sound contento, mesmo que um ou mais de
Via de Sub Woffer: HS4.0SX seus componentes não apresentassem
Via de Low: HS5.0SX uma resposta ideal.
Via Low Mid: HS2.0SX
Via Mid Hig: HS1.5SX No entanto, os processadores digitais
levam um certo tempo para atuar,
Analisador de Espectro, Delay, denominado latência. Neste intervalo, o
Impedância: CLIOwin7 Standard sinal de entrada pode ser corrigido e
Microfone: MIC 01, ambos da manipulado antes de chegar à saída,
Audiomatica, representados no Brasil onde poderia provocar danos ou
pela E.A.M. – Eletro Acústica Mass inconvenientes diversos.
(comercial@eam.com.br).
Veremos, durante o processo de
UM POUCO DE HISTÓRIA alinhamento da SLA1P, o quanto estas
funções de um Processador Digital de
Desde os primórdios da sonorização Áudio são importantes.
com cornetas até os dias de hoje, com
os sistemas multi-vias, muito se investiu Começamos nossa análise pelas
em periféricos para obtenção de alta respostas acústicas das vias do Line
fidelidade na resposta dos sistemas. Selenium. São elas:
Página 3 de 23
Todas as quatro vias do sistema tem 50.0
E.A.M-Eletro Acústica Mass Sinusoidal 9-3-2006 11.37.08
CLIO
180.0
40.0 108.0
Processamento de PA’s II. CH B Ohm Resolution 1/24 Octave 1/3 Octave Delay [ms] 0.000 Dist Rise [dB] 30.00
dBSPL Deg
EAM - Eletro Acústica Mass LogChirp - Frequency Response
120.0 180.0
110.0 108.0 CLIO
dBSPL Deg
110.0 108.0
100.0 36.0
100.0 36.0
90.0 -36.0
90.0 -36.0
80.0 -108.0
80.0 -108.0
70.0 -180.0
20 100 1k 10k Hz 20k
CH A dBSPL 1/3 Octave 48kHz 65K Rectangular Start 0.00ms Stop 1365.31ms FreqLO 0.73Hz Length 1365.31ms
70.0 -180.0
20 100 1k 10k Hz 20k
Fig. 1 – Resposta em freqüência da via SW. CH A dBSPL 1/3 Octave 48kHz 65K Rectangular Start 0.00ms Stop 1365.31ms FreqLO 0.73Hz Length 1365.31ms
Página 4 de 23
EAM - Eletro Acústica Mass Sinusoidal EAM - Eletro Acústica Mass Sinusoidal
50.0 180.0 25.0 180.0
CLIO CLIO
CH B Ohm Resolution 1/24 Octave 1/3 Octave Delay [ms] 0.000 Dist Rise [dB] 30.00 CH B Ohm Resolution 1/24 Octave 1/3 Octave Delay [ms] 0.000 Dist Rise [dB] 30.00
Fig. 4 – Curva de impedância da via Low. Fig. 6 – Curva de Impedância da via Low
Mid.
Na Fig. 4, a curva de impedância da via
low, com dois picos característicos das A Fig. 6 mostra a curva de impedância
caixas bass reflex e Band Pass de quarta da via Low Mid. Temos um pico em
ordem. O maior pico de impedância 137 Hz com 11,7 Ohms e a menor
ficou em 138Hz com 18,8 Ohms, impedância em 344 Hz com 3,69 Ohms.
acontecendo a menor impedância em
254Hz, com 4,4 Ohms. A VIA MID HIG:
CLIO
180.0
dos drives na corneta, foram
dBSPL Deg desenvolvidos também os guias de
110.0 108.0
onda, em alumínio, de modo que os
drives, desalinhados na vertical, chegam
100.0 36.0
dBSPL Deg
70.0 -180.0
20 100 1k 10k Hz 20k 120.0 108.0
CH A dBSPL 1/3 Octave 48kHz 65K Rectangular Start 0.00ms Stop 1365.31ms FreqLO 0.73Hz Length 1365.31ms
Mid.
100.0 -36.0
CH A dBSPL 1/3 Octave 48kHz 65K Rectangular Start 0.00ms Stop 1365.31ms FreqLO 0.73Hz Length 1365.31ms
Página 5 de 23
25.0
EAM - Eletro Acústica Mass Sinusoidal
CLIO
180.0 Devemos ressaltar que o tempo de
Ohm Deg
retardo que nos interessa é aquele
20.0 108.0
existente na freqüência de transição de
15.0 36.0
uma via adjacente com outra.
10.0 -36.0
Primeiro Passo Para Criar o
5.0 -108.0
Processamento Digital da SLA1P e
SLA1P-SW1:
0.0 -180.0
10 100 1k 10k Hz 20k
Ax: 873.0265 Hz Ay: 5.4048 Ohm Bx: 3579.2360 Hz By: 3.5445 Ohm Dx: 2706.2100 Hz Dy: -1.8603 Ohm
CH B Ohm Resolution 1/24 Octave 1/3 Octave Delay [ms] 0.000 Dist Rise [dB] 30.00
Analisar as faixas úteis de cada via e a
escolha de um modelo para as
Fig. 8 – Curva de Impedância da via Mid
Hig. freqüências de corte.
Página 6 de 23
composto de filtros Passa Baixas (LPF), 120.0
E.A.M-Eletro Acústica Mass LogChirp - Frequency Response 2-3-2006 16.24.49
CLIO
180.0
as elas. Como já dissemos, as vias CH A dBSPL 1/3 Octave 48kHz 65K Rectangular Start 0.00ms Stop 1365.31ms FreqLO 0.73Hz Length 1365.31ms
Página 7 de 23
freqüência da SLA1P-W1. Com o uso
Modelando a Resposta da Via SW de crossover e filtros paramétricos, a
resposta foi ajustada ao modelo.
110.0
E.A.M-Eletro Acústica Mass LogChirp - Frequency Response 10-4-2006 09.53.52
CLIO
180.0 Compare o gráfico da Fig. 10 com a
dBSPL Deg
Fig. 11, para verificar as mudanças
100.0 108.0
ocorridas.
90.0 36.0
0.0060
antes do processamento.
0.0040
0.0020
-0.0040
somente até 100Hz, conforme o modelo CH A dBSPL 1/3 Octave 48kHz 65K Rectangular Start 0.00ms Stop 1365.31ms FreqLO 0.73Hz Length 1365.31ms
120.0
E.A.M-Eletro Acústica Mass LogChirp - Frequency Response 10-4-2006 12.01.04
CLIO
180.0 Se considerarmos a distância do
dBSPL Deg
microfone e a latência no processador,
110.0 108.0
poderemos determinar o centro acústico
100.0 36.0
absoluto dos transdutores. Mas, para o
fim desejado, basta uma medida
90.0 -36.0
relativa. Assim sendo, seguiremos
80.0 -108.0
exatamente o mesmo procedimento para
os demais centros acústicos.
70.0 -180.0
20 100 1k 10k Hz 20k
Ax: 60.0390 Hz Ay: 99.1711 dBSPL
CH A dBSPL 1/3 Octave 48kHz 65K Rectangular Start 0.00ms Stop 1365.31ms FreqLO 0.73Hz Length 1365.31ms
Página 8 de 23
Modelando a Resposta da via LOW Na Fig. 15, nos mesmos moldes da
resposta de graves, a medida do centro
120.0
E.A.M-Eletro Acústica Mass LogChirp - Frequency Response 19-4-2006 17.35.41
CLIO
180.0 acústico da Via Low.
dBSPL Deg
110.0 108.0
Modelando a Resposta da Via Low
100.0 36.0
Mid
EAM - Eletro Acústica Mass LogChirp - Frequency Response
90.0 -36.0 120.0 180.0
CLIO
dBSPL Deg
90.0 -36.0
dBSPL Deg
Fig. 16 – Vermelho e Verde: BPF 200 – 1kHz,
110.0 108.0
24dB/8ª L-R; Preto: Curva de resposta em
freqüência da via Low Mid antes do
100.0 36.0 processamento.
dBSPL Deg
80.0 -108.0
110.0 108.0
70.0 -180.0
20 100 1k 10k Hz 20k 100.0 36.0
CH A dBSPL 1/3 Octave 48kHz 65K Rectangular Start 0.00ms Stop 1365.31ms FreqLO 0.73Hz Length 1365.31ms
0.0060
antes e depois da modelagem da via
0.0040
Low Mid e o centro acústico medido
0.0020 após o processamento.
0.00
-0.0020
-0.0040
-0.0060
-0.0080
-0.0100
1.5 4.7 8.0 11 14 18 21 24 27 ms 31 34
Ax: 6.3665 ms Ay: -0.0002 Pa Az: 2.1901 m
CH A dBSPL 1/3 Octave 48kHz 65K Rectangular Start 0.00ms Stop 1365.31ms FreqLO 0.73Hz Length 1365.31ms
Página 9 de 23
EAM - Eletro Acústica Mass LogChirp - Impulse Response EAM - Eletro Acústica Mass LogChirp - Impulse Response
0.100 2.0
CLIO CLIO
Pa Pa
0.080 1.6
0.060 1.2
0.040 0.80
0.020 0.40
0.00 0.00
-0.020 -0.40
-0.040 -0.80
-0.060 -1.2
-0.080 -1.6
-0.100 -2.0
4.7 5.5 6.3 7.1 8.0 8.8 9.6 10 11 ms 12 13 4.7 5.1 5.4 5.8 6.1 6.5 6.9 7.2 7.6 ms 8.0 8.3
Ax: 5.5819 ms Ay: 0.0045 Pa Az: 1.9202 m Ax: 6.3123 ms Ay: -0.0030 Pa Az: 2.1714 m
CH A dBSPL 1/3 Octave 48kHz 65K Rectangular Start 0.00ms Stop 1365.31ms FreqLO 0.73Hz Length 1365.31ms CH A dBSPL 1/3 Octave 48kHz 65K Rectangular Start 0.00ms Stop 1365.31ms FreqLO 0.73Hz Length 1365.31ms
Fig. 18 – Medida do centro acústico da via Fig. 21 – Medida do centro acústico da via
Low Mid, após o processamento digital. Mid Hig, após o processamento digital.
Ax = 5.58ms. Ax = 6.31ms.
dBSPL Deg
Após termos equalizado todas as vias
110.0 108.0
do sistema e medido os centros
100.0 36.0
acústicos, podemos ver o resultado da
superposição acústica delas.
90.0 -36.0
110.0 108.0
70.0 -180.0
20 100 1k 10k Hz 20k
CH A dBSPL 1/3 Octave 48kHz 65K Rectangular Start 0.00ms Stop 1365.31ms FreqLO 0.73Hz Length 1365.31ms
100.0 36.0
70.0 -180.0
20 100 1k 10k Hz 20k
E.A.M-Eletro Acústica Mass LogChirp - Frequency Response 19-4-2006 15.02.57
CH A dBSPL 1/3 Octave 48kHz 65K Rectangular Start 0.00ms Stop 1365.31ms FreqLO 0.73Hz Length 1365.31ms
120.0 180.0
CLIO
dBSPL Deg
110.0 108.0
Fig. 22 – Resposta Full do sistema SLA1P
antes da correção dos centros acústicos e fase
100.0 36.0
entre vias.
Página 10 de 23
VIA DELAY DIFERENÇA Veja o gráfico abaixo:
ms ms
Sub Woofer 6.03 0.33 E.A.M-Eletro Acústica Mass LogChirp - Frequency Response 19-4-2006 17.26.12
120.0 180.0
CLIO
Low 6.35 0
dBSPL Deg
dBSPL Deg
110.0 108.0
A conclusão é que existe uma rotação
de fase acústica de 180 graus na via
100.0 36.0 Sub.
90.0 -36.0
Foi então invertida a fase da via Sub
80.0 -108.0
Woofer no processador e obteve-se a
resposta abaixo:
70.0 -180.0
20 100 1k 10k Hz 20k
CH A dBSPL 1/3 Octave 48kHz 65K Rectangular Start 0.00ms Stop 1365.31ms FreqLO 0.73Hz Length 1365.31ms
E.A.M-Eletro Acústica Mass LogChirp - Frequency Response 19-4-2006 15.13.35
120.0 180.0
CLIO
110.0 108.0
depois da correção do atraso entre vias.
100.0 36.0
Ax: 51.0888 Hz Ay: 97.2746 dBSPL Bx: 15327.8700 Hz By: 97.3754 dBSPL Dx: 15276.7800 Hz Dy: 0.1008 dBSPL
fase entre as vias Low e Low Mid. CH A dBSPL 1/3 Octave 48kHz 65K Rectangular Start 0.00ms Stop 1365.31ms FreqLO 0.73Hz Length 1365.31ms
Página 11 de 23
25.0
E.A.M-Eletro Acústica Mass FFT - Live Transfer Function 24-4-2006 08.48.57
CLIO
100.0 Estes vales serão tão mais
dB %
pronunciados, quanto mais coincidentes
15.0 50.0
estiverem as curvas acústicas com os
5.0 0.0
modelos elétricos além, é claro, de os
centros acústicos e as fases estarem
-5.0 -50.0 adequadamente corrigidas.
-15.0 -100.0
-25.0 -150.0
20 100 1k 10k Hz 20k
CH A/B dBSPL 48kHz 16384 2.93Hz Rectangular 1/3 Octave
CLIO
180.0
da ordem de 800 Watts cada. Também
dBSPL Deg a excursão do cone do alto-falante de 12
110.0 108.0
polegadas não toleraria os
100.0 36.0
deslocamentos necessários.
Página 12 de 23
EAM - Eletro Acústica Mass LogChirp - Frequency Response EAM - Eletro Acústica Mass LogChirp - Impulse Response
120.0 180.0 0.0100
CLIO CLIO
Pa
dBSPL Deg 0.0080
0.0040
0.0020
100.0 36.0
0.00
-0.0020
90.0 -36.0
-0.0040
-0.0060
80.0 -108.0
-0.0080
-0.0100
0.00 4.4 8.8 13 18 22 27 31 35 ms 40 44
70.0 -180.0
Ax: 6.3871 ms Ay: -0.0001 Pa Az: 2.1972 m
20 100 1k 10k Hz 20k
CH A dBSPL 1/3 Octave 48kHz 65K Rectangular Start 0.00ms Stop 1365.31ms FreqLO 0.73Hz Length 1365.31ms CH A dBSPL 1/3 Octave 48kHz 65K Rectangular Start 0.00ms Stop 1365.31ms FreqLO 0.73Hz Length 1365.31ms
Fig. 28– Vermelho LPF 200Hz, 24dB/8ª L-R; Fig. 30 – Centro acústico da via Low, com
Preto: Curva de resposta em freqüência da crossover em três vias. AX = 6.38ms.
via Low, antes do processamento.
Conforme a Fig. 30, o centro acústico
Na Fig. 28, temos a resposta da via da via Low praticamente não se alterou,
Low, com seu respectivo modelo, antes continuando próximo de 6.35ms. Após
do processamento para uma faixa mais a modelagem, temos a resposta
estendida de graves. completa:
CLIO
180.0
110.0 108.0
dBSPL Deg
110.0 108.0
90.0 -36.0
CH A dBSPL 1/3 Octave 48kHz 65K Rectangular Start 0.00ms Stop 1365.31ms FreqLO 0.73Hz Length 1365.31ms
80.0 -108.0
Fig. 29 – Resposta da via Low ajustada para A inversão de fase elétrica na via Low
três vias. permanece, uma vez que as condições
físicas dos alto-transdutores não
O centro acústico foi novamente mudaram.
medido, para verificar se ocorreu
mudança em relação ao sistema em 120.0
E.A.M-Eletro Acústica Mass LogChirp - Frequency Response 24-4-2006 08.20.20
CLIO
180.0
90.0 -36.0
80.0 -108.0
70.0 -180.0
20 100 1k 10k Hz 20k
CH A dBSPL 1/3 Octave 48kHz 65K Rectangular Start 0.00ms Stop 1365.31ms FreqLO 0.73Hz Length 1365.31ms
Página 13 de 23
Para conferir se as curvas individuais dentro de limites aceitáveis. Também,
estavam corretas, invertemos a via Low um maior nível de SPL é conseguido,
Mid, obtendo a Fig. 32. Os vales em com segurança, com a mesma potência
200 e 1000Hz, indicam o acerto do elétrica instalada.
ajuste.
E.A.M-Eletro Acústica Mass FFT - Live Transfer Function 24-4-2006 08.30.59
25.0 100.0
CLIO
dB %
15.0 50.0
5.0 0.0
-5.0 -50.0
-15.0 -100.0
-25.0 -150.0
20 100 1k 10k Hz 20k
CH A/B dBSPL 48kHz 16384 2.93Hz Rectangular 1/3 Octave
Limiter
Página 14 de 23
Tabela de Cortes, Ganhos e Delay a 4 vias
Programação do Crossover
VIA POLARID. HPF Hz - SHAPE LPF Hz - SHAPE *GANHO DELAY ms
1 – SW - 40 BUT 24 98 L-R24 0.0 0.333
2 – LOW - 112 BUT 24 279 L-R24 9.0 0.0
3 – LMID + 206 L-R 24 861 L-R 24 4.0 0.771
4 – MHIG + 801 L-R24 18k BUT 24 -1.5 0.042
• *O ganho depende da quantidade de caixas agrupadas. A tabela acima recomenda o ganho para
uma SLA1P-W1 e uma SLA1P. Ver tabela de agrupamento abaixo, para ajuste de ganho por
via.
Programação do Crossover
VIA POLARID. HPF Hz - SHAPE LPF Hz - SHAPE GANHO DELAY ms
1 – SW NC NC NC NC NC
2 – LOW - 50 BUT 24 254 L-R24 9.0 0.0
3 – LMID + 206 L-R 24 861 L-R 24 4.0 0.771
4 – MHIG + 801 L-R24 18k BUT 24 -1.5 0.042
• *O ganho depende da quantidade de caixas agrupadas. A tabela acima recomenda o ganho para
uma SLA1P. Ver tabela de agrupamento abaixo, para ajuste de ganho por via.
• NC – Não conectado
Página 15 de 23
Engº Acir (Selenium) em visita à E.A.M. Durante Show Orquestra de Violas
O Line ainda no piso, antes da elevação. Stand da Selenium na Expo Music 2005.
Página 16 de 23
APÊNDICE A
Página 17 de 23
também para a máxima potência, sem problema é o custo e poucos podem
saturação nos periféricos intermediários, deles dispor.
no caso o equalizador mais o
processador. O inverso, isto é, níveis De todo modo, os procedimentos
muito baixos devem também ser práticos “no barracão” aqui descritos
evitados, para que a relação sinal / ruído costumam levar a excelentes resultados
seja adequada. em campo.
Esta é uma questão de natureza prática. A escolha dos filtros do tipo Linkwitz-
Se o microfone foi colocado a 2 metros Riley para obtenção de uma resposta
de distância da caixa, rente a piso, é de plana no sistema, deve-se a três motivos
se esperar que ele capte todas as vias de principais:
uma caixa, com pequenas diferenças. • A soma das respostas acústicas
entre vias adjacentes é igual ao
Isto é muito verdadeiro quando se mede nível de cada uma delas.
uma caixa com a geometria da SLA1P, • As fases são coincidentes nas
que praticamente gera o som das freqüências de transição.
diversas vias no eixo central da caixa. • O filtro L-R permite uma
cobertura mais adequada fora
É possível que em outro sistema, isto do eixo da caixa, mantendo a
não ocorra. O que temos feito com atenuação em uma razão
sucesso, é posicionar o microfone na constante.
direção das duas vias mais agudas da
caixa em teste, de modo que fique As Topologias dos filtros de
apontando para o meio destas. Veja no Crossover, no processador.
artigo “Processamento de PA’s II”,
disponível em www.eam.com.br, Como se observa nas tabela de
downloads, quando fizemos o processamentos, há uma discrepância
alinhamento do conjunto PAS3, que o em relação ao que dissemos acima. Os
microfone foi colocado entre as vias filtros adotados no processador não
Mid High e High. seguem esta filosofia. O motivo é
muito simples: utilizaremos sempre o
Obviamente, o sinal acústico das filtro que mais aproximar a curva
demais vias percorrerá um caminho acústica do modelo. Isto facilita em
maior até o microfone. Isto deveria muito a obtenção da coincidência com
induzir a erro na leitura do delay. Na os modelos, reduzindo a quantidade de
prática, em função do comprimento de filtros paramétricos de correção de vales
onda maior nas demais vias, esta e picos na resposta.
diferença não foi significativa.
Desde que o resultado seja uma curva
Também, os microfones de medição do tipo Linkwitz-Riley, o objetivo foi
comumente utilizados (eletreto) perdem alcançado, não importando se para isto
a sensibilidade para sons mais agudos foram utilizados filtros Butterworth,
em função da distância. Para um Bessel ou outros. Também, a razão de
melhor desempenho do sistema, os atenuação poderá ser outra que não
microfones capacitivos com diafragma 24dB/8ª, desde que não imponha ao
maiores seriam mais adequados. O
Página 18 de 23
transdutor freqüências e potências alem O delay de vias permite atraso muito
do especificado pelo fabricante. menor, especificamente para alinhar
uma via em relação às outras na mesma
Nos processadores modernos, estão caixa. Geralmente, o valor utilizado
disponíveis taxas de atenuação taxas de fica abaixo de 5ms.
atenuação de até 48dB/8ª, que poderão
ser utilizados em casos de respostas Ao ajustar o atraso de uma torre delay,
acústicas mais rebeldes. Tanto quanto na entrada do processador, os atrasos
possível, evite o uso de taxas de internos da caixa não devem ser
atenuação de 12dB/8ª, pois estas alterados.
permitem uma transposição muito
grande entre vias adjacentes. Seria um
recurso extremo para conseguir modelar
a curva acústica sobre a elétrica. Como
as redes de segunda ordem giram a fase
em 180 graus, uma inversão na via
respectiva será necessária, para retornar
a fase ao original.
Delay de Via.
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APÊNDICE B
O artigo a seguir foi escrito por Marcelo Barros - Físico - Setor de Pesquisa e de Novos
Produtos, da Hot Sound. email: Marcelo@hotsound.com.br .
Os Autores agradecem a contribuição prestada.
O que distingue o crossover Linkwitz-Riley dos outros é o seu padrão de radiação, que produz
uma superposição perfeita das contribuições de dois transdutores no ponto de crossover
(cruzamento). Stanley P. Lipshitz cunhou o termo lobing error para descrever esta característica
de crossover.
A definição deriva do exame dos gráficos polares das saídas acústicas, no ponto de cruzamento,
do padrão de radiação combinado dos dois transdutores (figuras 1 e 2). Se a soma acústica não
está perfeita, a figura forma um lóbulo fora do eixo, dependente da freqüência, com severo
peaking na amplitude.
Por simplicidade, está sendo considerado um sistema de 2 vias. Os dois transdutores estão
montados ao longo do centro vertical da caixa e não há nenhum deslocamento lateral (um
transdutor em cima do outro). Qualquer atraso no tempo entre transdutores foi previamente
corrigido.
A figura mostrada é um corte lateral do gráfico polar, assim todos os ângulos serão verticais.
Figura 1A Figura 1B
É só o deslocamento vertical que nos interessa agora. Todos os tipos de crossover populares
(Butterworth, etc.) são bem comportados ao longo do plano que passa pelo eixo horizontal
principal.
Ao longo deste eixo principal, pode-se escutar as freqüências da região de crossover sem
nenhum problema. É quando você se abaixa ou se eleva sobre o eixo principal que os problemas
surgem.
Este é o ponto crucial da contribuição de Siegfried Linkwitz no projeto de crossovers. Apesar de
ser difícil de acreditar, ele foi a primeira pessoa que se preocupou em analisar o que acontece
com as freqüências da região de crossover, fora deste eixo principal com transdutores não-
coincidentes (não-coaxiais). E isso foi em 1976!
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A figura 1A representa uma visão lateral do padrão de radiação acústico combinado dos dois
transdutores que emitem uma mesma freqüência. O padrão mostrado é para o crossover
Butterworth de 18 dB/oitava (do tipo passa-tudo portanto) com cruzamento em 1700 Hz e
falantes montados com um espaçamento de 18 cm, aproximadamente.
Podemos ver uma série de peakings e nodos de cancelamento. A figura 1A nos diz que, se a
magnitude de um tom de 1700Hz for 0 dB (um ponto de referência nominal) no eixo principal,
quando você abaixar a cabeça, esse tom aumentará em volume e um reforço de 3dB é alcançado
apenas 15 graus abaixo desse eixo principal. Por outro lado, elevar a cabeça sobre o eixo
principal causará uma redução em magnitude e em 15 graus alcançará o cancelamento total. Há
outro eixo de cancelamento total localizado 49 graus abaixo do eixo principal. A figura 1B
exibe a resposta em freqüência desses três eixos, destacados para referência.
Os nodos de cancelamento não são devidos ao crossover e sim do desalinhamento vertical dos
transdutores (não-coincidentes). A escolha do tipo de crossover controla somente onde os nodos
de cancelamento ocorrerão e não se eles ocorrerão. De fato, os nodos de cancelamento são
inevitáveis (a não ser que os falantes sejam coaxiais) e apenas nos resta garantir que eles não
estarão sobre a região de interesse.
O fato dos falantes não serem coaxiais significa que, qualquer desvio vertical do eixo principal
resultará em efeitos sutis. Porém, diferenças muito significativas no espaço percorrido entre os 2
falantes para o ouvinte causará estragos maiores. Esta diferença em distância percorrida é
efetivamente um atraso de fase entre os falantes e essa é a causa dos nodos de cancelamento –
quanto maior a distância entre os falantes, mais nodos se formarão. Em forte contraste para esse
exemplo está a próxima figura:
Figura 2
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Figura 3
A banda toca e... imagine na hora de um solo de saxofone: o músico sustenta uma nota firme
cuja fundamental está sobre 1700Hz! O que acontece então? As pessoas do centro, sobre o eixo
principal ouvem o solo bem equilibrado com a base da música; mas àquelas localizadas pouco
acima não vão entender nada, pois cadê a nota??? E as pessoas localizadas logo abaixo das
primeiras, as que estão sobre o eixo de peaking, receberão +3dB em relação ao centro da
audiência? Provavelmente estarão de ouvidos tapados, recebendo o dobro da potência!
A figura 4 mostra uma situação idêntica mas com o crossover Linkwitz-Riley.
Figura 4
Agora toda a platéia ouve o solo com uniformidade. O alinhamento proporcionou um ângulo de
cobertura com simetria de rotação, onde o som é perfeitamente equilibrado e ainda por cima,
mas amplo que o anterior!
Agora consideremos um sistema real. Não de 2 vias, mas de 4 vias (o normal!). Não há apenas
uma caixa acústica, há dezesseis, vinte, trinta e duas...! A separação entre transdutores não é
mais de 18cm (quase impossível), mas 50cm, ou mais! Tente imaginar isso!
A separação adicional entre falantes significará um maior número de picos e cancelamentos,
resultando em um padrão de radiação de multi-lóbulo. Cada freqüência de cruzamento terá seu
próprio jogo de padrões complexos (com peaking e nas adjacências deste, toldos e vales!) e cada
caixa acústica contribui com mais padrões, e assim por diante...
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Usando um crossover Linkwitz-Riley não se resolverão todos estes problemas automaticamente.
Mas você poderá fazer com que todos os (poucos) lóbulos se encaixem dentro uns dos outros e
assim obtendo uma cobertura uniforme e com simetria de rotação com relação ao eixo principal.
Tudo isso parece sugerir que ele seja realmente o crossover perfeito. Mas não é bem assim. O
(único) problema envolve o que é conhecido como fase linear. Um crossover com alinhamento
Linkwitz-Riley não é do tipo fase linear. Isso significa que o atraso de fase é uma função da
freqüência (o group delay não é uma constante). Ou, no domínio do tempo, o atraso temporal do
filtro depende da freqüência. Mas existe um atenuante: a curva de group delay é uma curva
a essencialmente suave. Seria este um problema? Isso seria audível? Parece que a resposta é
não!
Temos notícia de algumas pesquisas neste sentido, mas sempre com respostas negativas. Ou
seja, desde que a curva de group delay seja suave, não existe comprometimento audível.
Bibliografia
S. H. Linkwitz “Active Crossover Networks for Noncoincident Drivers,” J. Audio Eng. Soc., vol.
24, pp. 2-8 (Jan/Feb 1976).
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