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Simulador de custos mínimos

e receitas aeroportuárias
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSC
LABORATÓRIO DE TRANSPORTES E LOGÍSTICA – LABTRANS
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIAÇÃO CIVIL

PESQUISAS E ESTUDOS PARA APOIO TÉCNICO À


SECRETARIA DE AVIAÇÃO CIVIL DA PRESIDÊNCIA DA
REPÚBLICA - SAC/PR NO PLANEJAMENTO DO SETOR
AEROPORTUÁRIO BRASILEIRO

OBJETO 2 – ANÁLISE DE INFORMAÇÕES E APOIO NA


ESTRUTURAÇÃO DO PLANEJAMENTO DA SAC/PR

SIMULADOR DE CUSTOS MÍNIMOS E RECEITAS


AEROPORTUÁRIAS

FLORIANÓPOLIS, NOVEMBRO/2016
Versão: 1.3
HISTÓRICO DE VERSÕES
Data Versão Descrição Autor

Tarifas atualizadas: Nova portaria ANAC com valores reajustados para 2016, e com base no
documento tarifário Infraero 2016.
Salários atualizados: com base no CBO 2002 que trata de função por famílias, através da RAIS-
CAGED (fev. 2016-fev. 2015).
Quadro 1 do Simulador foi sumarizado com o objetivo de facilitar a busca do parâmetro e suas
correlações neste relatório.
Atualizada a ocupação estimada de aviação comercial com base no Anuário do Transporte Aéreo
2014.
Correlações de apoio operacional atualizadas.
Custos com utilidades e manutenção atualizados, valores e correlações, conforme descrito neste
17/06/2016 1.1 relatório. LabTrans
Inserido item para usuário escolher se o aeroporto retém ou não a receita da tarifação
“Adicional de Transporte aeroviário - ATAERO.”
As movimentações de cargas foram abertas para maior detalhamento.
Percentual de aviação geral e comercial atualizado através do BIMTRA 2013 por UF.
Correlações entre maior aeronave em operação e efetivo SESCINC e AVSEC, através da classe
RFFS.
Melhorou-se as correlações de quantidades de turno de operação quando selecionado “outros”
no período de funcionamento do aeroporto.
Atualizado o item de prestação de serviços da Estação Prestadora de Serviços de
Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTA).

Atualização da tabela de requisitos mínimos de SESCINC, dos equipamentos mínimos de apoio


(veículos de apoio), de acordo com a Classe RBAC e a Categoria RFFS, e das equipagens mínimas
aos veículos de apoio. – Resolução 279/2013 ANAC; anexo Resolução 328/2016 ANAC.
Revisão da definição do NPCR através do conceito de regularidade e Classe RBAC do aeroporto.
– Resolução 273/2013 ANAC, item 6.3.
Inserção da opção “O aeroporto opera voos regulares? ” (1.2.15). A operação ou não de voos
regulares irá influenciar se a classe do aeroporto para critérios de gestão aeroportuária será
Classe IA ou Classe IB.
Inserção da opção de modificar o índice de dimensionamento do TPS para cálculo de capacidade
01/07/2016 1.2 (aba regulamentos), com material de consulta a três metodologias. Apresentação de níveis de LabTrans
serviço da operação no Quadro 2.
Atualização de custos totais de funcionários por área de atuação (prevendo funcionário
temporário que cobrirá férias).
Estratificação dos percentuais de receita comercial e de hangaragem por faixa de movimentação
no RBAC.
Atualização do layout do Quadro 1 – Período de permanência da aeronave (união dos itens 1.4,
1.5 e 1.6 da versão 1.1).
Atualizações das novas ferramentas e das melhorias do Simulador 1.2 no relatório sumarizado.

Atualização de áreas e nível de serviço por componente para os módulos pré-definidos pela
Infraero.
Atualização de cálculos de receita de navegação aérea (TAT App e TAT Adr) de acordo com o
tipo de EPTA.
25/11/2016 1.3 LabTrans
Mudanças na ordem dos itens de características operacionais (do item 1.2).
Variação dos custos de Utilidades/Manutenção em relação ao incremento de demanda.
Inserção do botão de limpeza dos dados para nova simulação, melhoria na apresentação geral e
inserção dos botões “informação”.
Sumário
Introdução ..........................................................................................................................7
Quadro 1 – O Simulador ...............................................................................................9

Modelo Terminal de Passageiros ............................................................................................ 9


Especificar área do TPS............................................................................................................ 9
Capacidade anual máxima de processamento de passageiros ............................................... 9

Movimentação anual estimada de passageiros (pax/ano).................................................... 10


Composição da frota (mix de aeronaves) .............................................................................. 10
Ocupação estimada das aeronaves de aviação comercial. ................................................... 11
Ocupação estimada das aeronaves de aviação geral. ........................................................... 11
Percentual de voos de aviação geral referentes a voos instrução ........................................ 11
Movimentação estimada de passageiros na hora-pico (no TPS) .......................................... 12
Número de operações simultâneas de voos regulares na hora-pico .................................... 12
Maior aeronave regular opera exclusivamente transporte de carga? .................................. 12
Movimentação anual de cargas estimada ............................................................................. 12
Período de operação aeroporto .......................................................................................... 12
Horário de Abertura. ........................................................................................................... 12
Horário de Fechamento. ..................................................................................................... 13
O aeroporto é internacionalizado? ..................................................................................... 13
O aeroporto opera voos regulares? .................................................................................... 13
Selecionar a Unidade Federativa (UF) do aeroporto da simulação ..................................... 13
Colaboradores ..................................................................................................................... 13
Quantidade de turnos do apoio operacional ...................................................................... 14

Locais onde as aeronaves permanecem no aeroporto além do período gratuito ................ 15


Tempo médio de permanência das aeronaves em cada local além do período gratuito (em
horas) 15

Categoria EPTA ...................................................................................................................... 15


Quantidade de turnos de trabalho de 6 horas ...................................................................... 16
Informe a área total das instalações da EPTA (m²) ............................................................... 16

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 5


Categoria tarifária do aeroporto ........................................................................................... 16
Classe tarifária da EPTA ......................................................................................................... 17
O aeroporto retém a receita ATAERO? ................................................................................. 17
Proporção das receitas comerciais em relação às receitas totais (exceto receitas com
hangaragem) ...................................................................................................................................... 18
Proporção das receitas com hangaragem em relação às receitas totais .............................. 18
Proporção de gastos com utilidades em relação ao custo operacional. ............................... 18
Manutenção de bens e instalações, jardinagem, e outros custos operacionais em relação ao
custo operacional. .............................................................................................................................. 19

Carga nacional (doméstica) ................................................................................................... 20


Carga internacional (importação e exportação).................................................................... 20
Custos mínimos aeroportuários .................................................................................. 21

Encargos Sociais e trabalhistas .............................................................................................. 26

Utilidades .............................................................................................................................. 27
Manutenção .......................................................................................................................... 27

Receitas aeroportuárias .............................................................................................. 29


Considerações Finais.......................................................................................................... 31
Referências ....................................................................................................................... 33
Lista de abreviaturas e siglas .............................................................................................. 37
Lista de tabelas.................................................................................................................. 39
Apêndice – Bases salariais médias ...................................................................................... 41
Anexo Digital – Simulador de custos mínimos e receitas aeroportuárias

6 Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias


Introdução
Este relatório descreve os procedimentos utilizados na definição dos custos e das receitas
que compõem o Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias, produto desenvolvido
pelo Laboratório de Transportes e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina
(LabTrans/UFSC) para apoiar a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC/PR),
atual Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPA) no planejamento do setor aéreo
nacional, com foco na gestão aeroportuária.
Aeroportos são dotados de características próprias determinadas por situação geográfica,
tipos de tráfego aéreo, procedimentos próprios de gestão, entre outros. Para analisar os custos e
as receitas provenientes das suas atividades, faz-se necessário definir parâmetros físicos e
operacionais que diferenciam o aeroporto em análise.
Segundo Young e Wells (2014), a principal meta de um aeroporto consiste em oferecer
acesso ao transporte aéreo para passageiros e cargas, sendo o terminal de passageiros (TPS) o
vínculo entre os componentes do lado ar e os do lado terra. Nesse sentido, o Simulador de Custos
Mínimos e Receitas Aeroportuárias permite ao usuário elaborar diferentes cenários para o TPS e
avaliar os comportamentos dos custos e das receitas de forma ágil.
Valendo-se de dados de entrada relacionados a características diversas de um aeroporto,
a ferramenta desenvolvida é capaz de simular o custo mínimo para sua operação e as receitas
provenientes de suas atividades.
O relatório é composto por três capítulos: descrição sumarizada do simulador (quadro 1),
custos mínimos aeroportuários e receitas aeroportuárias. No primeiro capítulo são apresentados
os parâmetros físicos e operacionais adotados para simulação dos aeroportos regionais,
apresentando diferentes características de área, capacidade de movimentação de passageiros e
mix de aeronaves.
O segundo capítulo trata das referências adotadas para estimar os custos necessários
para manter a estrutura mínima organizacional e as atividades de operacionalização de um
aeroporto. Em vista disso, são demonstrados os procedimentos realizados no levantamento dos
setores e das ocupações, com a finalidade de estimar os custos com salários e os encargos
trabalhistas. Além disso, são expostas as referências adotadas para o custeio das atividades
operacionais, compreendidas em custos com utilidades e custos com manutenção.
Já no terceiro capítulo apresentam-se os procedimentos adotados para estimar as
receitas aeroportuárias, principalmente no que se refere às reguladas – baseadas em legislação –,
além das comerciais, caracterizadas pelo aluguel e arrendamento de áreas, participação nas
receitas de concessionários e receitas com publicidade.
Vale destacar que, para arquitetar e operacionalizar o Simulador de Custos e Receitas
Aeroportuárias, os procedimentos empregados foram baseados em documentos técnicos, na
legislação e regulamentação do setor aéreo nacional, nas propostas de projetos para terminais
aeroportuários regionais e na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), provida pelo Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE), que foram utilizadas para estimar os custos com a estrutura
organizacional de um aeroporto.

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 7


Por fim, com intuito de abordar de maneira mais específica os aspectos supracitados, este
relatório apresenta o referencial técnico-teórico utilizado na formulação do Simulador de Custos
Mínimos e Receitas Aeronáuticas, entregue à SAC/PR, atual MTPA. Segue anexo a este relatório
um CD contendo a ferramenta em Excel do simulador de custos mínimos e receitas
aeroportuárias.

8 Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias


Quadro 1 – O Simulador
O Quadro 1 consiste em campos de dados de entrada da simulação que irão definir as
características do aeroporto e da operação aeroportuária. Ele é disposto em colunas: Item, Dados
de entrada, e Valor sugerido.
A coluna Item representa as características físicas do aeroporto, na qual serão solicitados
os dados de entrada da simulação. O preenchimento dessas características se dará na coluna
Dados de entrada. A coluna Valor Sugerido indica uma opção para o preenchimento da simulação
com base em estudos e metodologias consagradas sobre o tema. Quando um dos modelos pré-
elaborados (MA a MD) for escolhido no item 1.1.1, os itens 1.1.2, 1.1.3, 1.2.6 e 1.2.7 serão
bloqueados e seus valores utilizados serão os valores dispostos na coluna Valor sugerido.
A seguir são explicados todos os Itens do Quadro 1 no arquivo Excel, suas correlações, o
referencial técnico, e detalhes sobre os parâmetros adotados.

Características Físicas

As características físicas do aeroporto a ser simulado são o modelo de terminal, a área do


TPS, e a capacidade anual máxima de processamento de passageiros. Esses inputs vão influenciar
as características de operação do aeroporto, colaborando para, no final da simulação, obter-se os
custos mínimos e as receitas aeroportuárias.

Modelo Terminal de Passageiros

No campo Dados de entrada são apresentadas cinco alternativas de escolha de modelo de


terminal de passageiros: MA, MB, MC, MD e Personalizado. Os terminais MA a MD são projetos
pré-estabelecidos de aeroportos regionais, desenvolvidos pela SAC/PR e pela Empresa Brasileira
de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Selecionando um desses terminais padrão de
aeroportos regionais, os Itens 1.1.2, 1.1.3, 1.2.6 e 1.2.7 são bloqueados e seus valores mostrados
na coluna Valor sugerido, assim como também são já pré-estabelecidos sugestões de mix de
frotas para cada tipo. No modelo de terminal de passageiros Personalizado, os Itens 1.1.2, 1.1.3,
1.2.6 e 1.2.7 são abertos para preenchimento.

Especificar área do TPS

O campo Dados de entrada é aberto para especificar a área total do TPS. A área total do
TPS (m²) vai influenciar os custos com manutenção e a quantidade de pessoal de apoio no TPS,
como por exemplo o pessoal de limpeza e segurança patrimonial. O Valor sugerido para
Capacidade anual máxima de processamento de passageiros (1.1.3) e Movimentação estimada de
passageiros na hora-pico (1.2.6) também mudam a partir da área total do TPS informada.

Capacidade anual máxima de processamento de passageiros

O campo Dados de entrada é aberto para especificar a Capacidade anual máxima de


processamento de passageiros. O campo Valor sugerido segue a metodologia da Federal Aviation
Administration (FAA) e da Infraero – em seus módulos MA a MD. O Valor sugerido da capacidade
anual máxima de processamento de passageiros precede da movimentação estimada de

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 9


passageiros na hora-pico (1.2.6). A determinação da movimentação de passageiros na hora-pico
como porcentagem do movimento anual é baseada na metodologia da FAA (1988),
esquematizado em Ashford, Mumayiz e Wright (2011, p.429), como na Tabela 1.
Tabela 1 ‒ Determinação da hora-pico pelo fluxo anual de passageiros (metodologia FAA)
Total de passageiros na hora-pico
Total de passageiros anuais
como porcentagem do fluxo anual
Acima de 30 milhões 0,035
20.000.000 a 29.999.999 0,400
10.000.000 a 19.999.999 0,045
1.000.000 a 9.999.999 0,050
500.000 a 999.999 0,080
100.000 a 499.999 0,130
Abaixo de 100.000 0,200
Fonte: Ashford, Mumayiz e Wright (2011). Elaboração: LabTrans/UFSC (2016)

Na aba regulamentos, na parte de nível de serviço para capacidade do terminal, é aberto


um campo para escolher entre os níveis de dimensionamento de m²/passageiro (pax), seguindo
os parâmetros sugeridos pela FAA (1988), por Medeiros (2004), e por Ashford, Mumayiz e Wright
(2011). Está pré-selecionado, na aba regulamentos, o nível de serviço “B – Bom” para operação
doméstica, de 15 m²/pax, de acordo com Medeiros (2004). Esse dimensionamento irá impactar
nos Valores sugeridos de Capacidade anual máxima de processamento de passageiros (1.1.3) e
Movimentação estimada de passageiros na hora-pico (1.2.6). Lembrando que, como estes são
valores sugeridos, os dados de entrada desses campos são preenchíveis e alteráveis pelo usuário.
A partir desses dados serão apresentados o nível de serviço da operação no Quadro 2 do
simulador.

Características Operacionais
Movimentação anual estimada de passageiros (pax/ano)

O campo Dados de entrada é aberto para especificar a movimentação anual de


passageiros estimada. A movimentação anual de passageiros estimada influencia diretamente nas
receitas tarifárias que incidem aos passageiros e indiretamente nas receitas tarifárias sobre
movimentação de aeronaves e nas receitas não aeronáuticas ou comerciais. Os custos
relacionados à movimentação anual de passageiros estimada vão tanto de aspectos diretos, a
exemplo do mínimo de pessoal trabalhando na gestão aeroportuária (Regulamento Brasileiro de
Aviação Civil – RBAC n.o 153/EMD01, ANAC, 2014), como indiretos, quando se leva em conta que
a quantidade de passageiros influencia a quantidade de aeronaves e a maior aeronave de projeto,
que, por sua vez, requer maior efetivo de equipe de pátio, Estação Prestadora de
Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTA), Aviation Security (AVSEC) e Serviço de Prevenção,
Salvamento e Combate a Incêndio (SESCINC).

Composição da frota (mix de aeronaves)

Na opção Utilizar mix de frota sugerido, é possível optar por utilizar um mix de aeronaves
sugerido ou por formar o próprio mix de aeronaves, utilizando o quadro à direita (mix
personalizado). Para a segunda opção, deve-se optar pela opção "Não" e preencher o quadro.

10 Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias


Caso se opte por utilizar o mix de aeronaves sugerido pelo LabTrans/UFSC, deve-se
selecionar a opção "Sim". Pode-se observar o percentual de cada modelo de aeronave na tabela à
direita. Há um mix de aeronaves sugerido para cada modelo de TPS (MA a MD), que foi delineado
de acordo com a respectiva capacidade de processamento de passageiros na hora-pico. No caso
da definição de um modelo de TPS Personalizado, é necessário preencher o mix de aeronaves.
O mix de aeronaves vai, juntamente com a movimentação de passageiros (1.2.1), por
meio da ocupação estimada (1.2.3), auferir a movimentação total de aeronaves no aeroporto.
Essas informações irão direcionar as receitas aeronáuticas do aeroporto, ou seja, de embarque,
pouso, permanência, e navegação aérea.

Ocupação estimada das aeronaves de aviação comercial.

O campo Dados de entrada é aberto para especificar a Ocupação estimada das aeronaves
de aviação comercial, em percentual de ocupação. A escolha vai influenciar, junto com o mix de
aeronaves escolhido no Item Composição de frota (1.2.2), a quantidade anual de movimentos de
aeronaves (Air Transport Movement - ATM) comercial. Esta, por sua vez, origina a receita
aproximada de pouso e permanência e auxílio à navegação aérea. No campo Valor sugerido é
adotada taxa de ocupação média dos voos domésticos e internacionais ‒ 79,9% ‒ observada no
Brasil no ano de 2014 e publicada no Anuário do Transporte Aéreo da Agência Nacional de
Aviação Civil (ANAC, 2015).

Ocupação estimada das aeronaves de aviação geral.

O campo Dados de entrada é aberto para especificar a Ocupação estimada das aeronaves
de aviação geral, em percentual de ocupação. A escolha vai influenciar, junto com o mix de
aeronaves escolhido no item Composição de frota (1.2.2), a quantidade anual de movimentos de
aeronaves (ATM) comercial. Esta, por sua vez, originará a receita aproximada de pouso e
permanência e auxílio à navegação aérea. No campo Valor sugerido, é adotada taxa de ocupação
de 100%. Este dado foi colocado pelo fato de que a movimentação de aeronaves simulada é
calculada a partir da movimentação de passageiros, que é dada pela capacidade do TPS escolhido
e a utilização de sua capacidade adotada e o mix de aeronaves, com suas respectivas capacidades
e taxas de ocupação. Recomenda-se utilizar sempre a taxa de ocupação para aviação geral igual a
100%, porque não há cobrança de taxa de embarque para essa modalidade de aviação.

Percentual de voos de aviação geral referentes a voos instrução

O campo Dados de entrada é aberto para especificar o percentual de voos de aviação


geral que são referentes a voos de instrução. O voo de instrução não é tarifado em operação de
aproximação e pouso. Conforme o Anuário Brasileiro da Aviação Geral, publicado pela Associação
Brasileira de Aviação Geral (ABAG, 2014), cerca de 11% de todos os voos de aviação geral do país
são de instrução, isentos de tarifação aeronáutica. Utilizou-se aqui a premissa de que os voos de
instrução são realizados com o modelo L1P ‒ Avião com um motor pistão, representado, no mix
de aeronaves sugerido, pelo modelo Cessna 172 Skyhawk. Portanto, esse percentual deve ser
inferior ao percentual indicado como mix para a referida aeronave, seja no mix sugerido, seja no
personalizado.

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 11


Movimentação estimada de passageiros na hora-pico (no TPS)

O campo Dados de entrada é aberto para especificar a Movimentação estimada de


passageiros na hora-pico. O Valor sugerido é baseado na área do TPS especificada (1.1.2), com os
parâmetros seguidos pela FAA, na aba regulamentos, por meio do índice de dimensionamento. A
Movimentação estimada de passageiros na hora-pico, junto com o número de operações
simultâneas (1.2.7), influencia as equipes de AVSEC e SESCINC.

Número de operações simultâneas de voos regulares na hora-pico

O campo Dados de entrada é aberto para especificar o Número de operações simultâneas


de voos regulares na hora-pico. O Valor sugerido segue a metodologia e parâmetros da FAA e
Infraero para o cálculo da capacidade de projeto. Esse valor depende da maior aeronave em
operação dentro do mix de aeronaves escolhido e da ocupação estimada no item 1.2.3. A
alteração da maior aeronave operando no aeroporto influencia o Valor sugerido do Número de
operações simultâneas. O Número de operações simultâneas de voos regulares na hora-pico, por
sua vez, influencia a quantidade de pessoal de pátio e AVSEC por turno de trabalho.

Maior aeronave regular opera exclusivamente transporte de carga?

O campo Dados de entrada é aberto para confirmar se a maior aeronave com


regularidade em operação ou prevista para operação, selecionada na Composição da frota ‒ Mix
de aeronaves (campo 1.2.2), é exclusivamente cargueira. Quando a maior aeronave com
regularidade em operação ou prevista para operação em um aeródromo for exclusivamente
cargueira, o Nível de Proteção Contraincêndio Requerido (NPCR) do aeródromo deve ser
calculado normalmente e depois reduzido em um nível. Essa operação vai influenciar o efetivo de
SESCINC, por meio de sua classe Rescue and Fire Fighting Services (RFFS), especificados no NPCR.

Movimentação anual de cargas estimada

O campo Dados de entrada é aberto para especificar a quantidade de cargas


transportada. A movimentação de cargas é sugerida automaticamente para os modelos de TPS
pré-definidos (MA a MD). No caso de um modelo de TPS personalizado, é necessário definir a
quantidade de cargas transportada. Essa escolha vai influenciar a Receita de Armazenagem e
Capatazia do aeroporto simulado.

Período de operação aeroporto

No campo Dados de entrada são apresentadas três alternativas de escolha do período de


operação do aeroporto: HJ, H24 e Outros. O aeroporto de categoria HJ opera com auxílios
somente entre o nascer e o pôr do sol; o de H24 opera continuamente, mesmo não tendo voos
regulares em todas as horas do dia; o classificado como Outros é aquele que não opera como o
H24, porém opera em períodos após o pôr do sol. A escolha do período de operação vai
influenciar as despesas com segurança patrimonial, AVSEC e SESCINC, devido ao fato de que se
refere ao horizonte de turnos de trabalho de profissionais dessas áreas.

Horário de Abertura.

Caso seja escolhida a opção Outros no campo 1.2.10, no campo Dados de entrada é
apresentada alternativa de escolha do horário de abertura do aeroporto. A escolha do horário de

12 Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias


abertura vai influenciar as despesas com segurança patrimonial, AVSEC e SESCINC, devido ao fato
de que se refere ao horizonte de turnos de trabalho de profissionais dessas áreas, necessários no
total de horas de funcionamento diário.

Horário de Fechamento.

Caso seja escolhida a opção Outros no campo 1.2.10, no campo Dados de entrada é
apresentada alternativa de escolha do horário de fechamento do aeroporto. A escolha do horário
de fechamento vai influenciar as despesas com segurança patrimonial, AVSEC e SESCINC, devido
ao fato de que se refere ao horizonte de turnos de trabalho de profissionais dessas áreas,
necessários no total de horas de funcionamento diário.

O aeroporto é internacionalizado?

No campo Dados de entrada são apresentadas as alternativas de escolha da classificação


do aeroporto: internacional ou não. A escolha da classificação do aeroporto vai indicar a categoria
obrigatória de SESCINC, de acordo com Resolução n.o 279 (ANAC, 2013). A escolha também trará
informação auxiliar nos requisitos mínimos de pessoal por turno de operação de AVSEC, segundo
a Instrução de Aviação Civil (IAC) 107-1004A (BRASIL, 2005).

O aeroporto opera voos regulares?

O campo Dados de entrada é aberto para selecionar se o aeroporto opera ou não voos
regulares. A tipificação da operação do aeroporto de divide em:
1) doméstico regular ou não regular;
2) internacional regular ou não regular;
3) aviação geral (não regular).
A operação ou não de voos regulares irá influenciar se a classe do aeroporto para critérios
de gestão aeroportuária será Classe-IA ou Classe-IB.

Selecionar a Unidade Federativa (UF) do aeroporto da simulação

No campo Dados de entrada são listadas as UFs para selecionar em que estado o
aeroporto simulado se localiza. O estado de localização do aeroporto é utilizado para definição
dos valores de salário a serem adotados com base no MTE (item 1.2.16). A escolha da UF do
aeroporto também irá indicar o valor sugerido da composição da movimentação de passageiros
(Aviação geral e comercial) ‒ item 1.3, referenciado no Banco de Informações de Movimentação
de Tráfego Aéreo (BIMTRA) (BRASIL, 2013a).

Colaboradores

Este item é referente à simulação dos custos com pessoal no aeroporto. Optou-se, por
orientação da SAC/PR (atual MTPA), por diferenciar os custos de pessoal por ocupação, e ainda,
se necessário, editar esses vencimentos.
No campo UF do aeroporto da simulação, é informado o estado da federação em que o
aeroporto está localizado (selecionado no item 1.2.15), para definição dos valores de salário a
serem adotados, com base no MTE. Em seguida, são informados os encargos trabalhistas no

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 13


aeroporto (33,77% ou 68,17%). O somatório de encargos sociais e trabalhistas chega a 33,77%
para empresas optantes pelo Simples Nacional; para empresas não optantes, os encargos são de
68,17% sobre a remuneração dos colaboradores. Caso o aeroporto tenha faturamento anual
superior a R$ 3.600.000,00, a legislação não permite a adoção do regime de tributação Simples
Nacional.
Há em seguida a opção de utilizar as informações obtidas no Cadastro Brasileiro de
Ocupações e dos valores de remuneração atualizados pela Relação Anual de Informações Sociais
(RAIS) (BRASIL, 2015c). Se optado por “Sim”, a referência será utilizada de acordo com a UF
escolhida. Se “Não”, devem ser informados os valores de remunerações a serem usados nos
cálculos dos custos simulados com pessoal. Para a simulação, os valores para todos os cargos
devem ser inseridos.

Quantidade de turnos do apoio operacional

No campo Dados de entrada são apresentadas as alternativas de escolha da quantidade


de turnos do apoio operacional. Nesse sentido, os cargos de apoio operacional (limpeza,
jardinagem, apoio de operações de pátio etc.) serão considerados em turnos de 6 ou 8 horas, de
acordo com a quantidade de turnos escolhida. Para os cargos de apoio administrativo
(administração, RH e financeiro), é considerado como horário comercial 44 horas semanais. Esse
item irá influenciar no efetivo de apoio administrativo e operacional, e em contrapartida na
despesa com pessoal do TPS.

Composição da movimentação de passageiros

O campo Dados de entrada é aberto para especificar o percentual da movimentação


anual de passageiros distribuída entre: 1.3.1. Aviação comercial doméstico; 1.3.2. Aviação
comercial internacional; 1.3.3. Aviação geral doméstico; 1.3.4. Aviação geral internacional; e 1.3.5.
Conexão. A soma dos percentuais deverá totalizar 100%. Esse percentual, junto com o mix de
frotas (1.2.2), irá influenciar na quantidade de movimento de aeronaves no aeroporto, que, por
sua vez, corrobora para simular a receita de pouso e permanência anual. A partir dos dados do
BIMTRA (BRASIL, 2013a), a relação de movimentação de aeronaves é sugerida conforme a UF
selecionada no item 1.2.15. Essa relação está especificada na coluna Valor sugerido.

Aeronaves que permanecem no pátio além do período


gratuito

O campo Dados de entrada é aberto para especificar o percentual de voos (Aviação


Comercial Doméstica, Comercial Internacional, Geral Doméstica, Geral Internacional) que
permanecem no pátio além do período gratuito (o período gratuito, incluso na taxa de pouso e
permanência, é equivalente a 3 (três) horas). As aeronaves que ficarem além do período gratuito
no pátio irão contribuir para a receita de permanência em área de manobra ou estadia. Na coluna
Valor sugerido, foi adotado que 10% das aeronaves permanecem além do período gratuito. As
especificações do item 1.4 devem seguir a mesma relação selecionada no item 1.3

14 Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias


Locais onde as aeronaves permanecem no aeroporto além do período gratuito

O campo Dados de entrada é aberto para especificar o local onde as aeronaves


permanecem no aeroporto além do período gratuito – em percentual, se na área de manobra ou
na área de estadia. As especificações do item 1.4.1 devem seguir a mesma relação selecionada no
item 1.4, no que diz respeito à caracterização das aeronaves. A soma da caracterização da
aeronave não pode ser maior que 100%. Por exemplo: se 40% das aeronaves de aviação comercial
doméstica que permanecem além do período gratuito ficam na área de manobras, 60% (o
restante das aeronaves) ficam na área de estadia.
Na coluna Valor sugerido, foi adotado que 40% das aeronaves que permanecem além do
período gratuito ficam na área de manobra, e que 60% das aeronaves que permanecem além do
período gratuito ficam na área de estadia. Essa diferenciação é importante, devido às diferentes
tarifações, de acordo com o local de permanência das aeronaves no aeroporto fora do período de
operação.

Tempo médio de permanência das aeronaves em cada local além do período


gratuito (em horas)

O campo Dados de entrada é aberto para especificar o tempo de permanência (horas)


despendido no aeroporto além do período gratuito, se na área de manobras ou na área de
estadia. As especificações do item 1.4.2 devem seguir a mesma relação selecionada no item 1.4.1,
no que diz respeito à caracterização dos locais onde elas permanecem no aeroporto.
Na coluna Valor sugerido foi adotado que: das aeronaves que permanecem além do
período gratuito, a permanência é em média de 3 horas na área de manobra e de 6 horas na área
de estadia. Essa diferenciação é importante devido às diferentes tarifações, de acordo com o local
de permanência das aeronaves no aeroporto fora do período de operação.

EPTA
Categoria EPTA

O campo Dados de entrada é aberto para especificar a categoria de EPTA. No simulador, a


escolha se faz entre EPTA CAT-ESP, EPTA CAT-A, EPTA CAT-A(R), EPTA CAT-B, EPTA CAT-C e EPTA
CAT-M.
As EPTAs de CAT-ESP são capacitadas a prestar os seguintes serviços: Controle de Tráfego
Aéreo (APP e/ou TWR), Serviços de Informação de Voo de Aeródromo (AFIS – do inglês
Aerodrome Flight Information Service), de Alerta, de Telecomunicações Aeronáuticas, de
Meteorologia Aeronáutica e de Informação Aeronáutica, em conformidade com as
regulamentações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) que normatizam o
assunto, dimensionadas em 274,78 m² de área.
As EPTAs de CAT-A são capacitadas a prestar os seguintes serviços: AFIS, de Alerta, de
Telecomunicações Aeronáuticas e de Meteorologia Aeronáutica, em conformidade com as
regulamentações do DECEA que normatizam o assunto, dimensionadas em 227,9 m² de área.

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 15


EPTAs de CAT-A(R) são capacitadas a prestar os seguintes serviços: AFIS reduzida, de
Alerta, de Telecomunicações Aeronáuticas e de Meteorologia Aeronáutica, em conformidade com
as regulamentações do DECEA que normatizam o assunto, dimensionadas em 114,32 m² de área.
EPTAs de CAT-B destinam-se exclusivamente à veiculação de mensagens de Controle de
Pátio, de regularidade de voo e de caráter geral de interesse administrativo das entidades e de
suas respectivas aeronaves. Não há dimensionamento mínimo de área na regulamentação para
esta categoria de EPTA.
EPTAs de CAT-C constituem-se, essencialmente, de auxílios visuais luminosos e/ou auxílios
por rádio à navegação aérea, não vinculados a um AFIS ou Órgão ATC, e são destinados, em sua
maioria, a apoiar a navegação aérea. Não há dimensionamento mínimo de área na
regulamentação para esta categoria de EPTA.
EPTAs de CAT-M destinam-se, exclusivamente, ao apoio às operações de pouso e
decolagem em plataformas marítimas. Mesmo que seja o único recurso de telecomunicações
existente na localidade, não está autorizada a executar os serviços pertinentes às EPTAs de CAT-
ESP ou A. Quando ocorrer a implantação de auxílio rádio à navegação em aérea isolada,
concomitantemente com uma EPTA de CAT-M, serão constituídas no local EPTAs de CAT-C e M,
respectivamente, ainda que pertençam à mesma entidade autorizada. Não há dimensionamento
mínimo de área na regulamentação para esta categoria de EPTA.
O efetivo operacional mínimo de pessoal é previsto pela entidade autorizada em função
do respectivo horário de funcionamento e posições operacionais existentes, respeitando as
normas no IAC 63-10. O tipo de EPTA selecionada influencia no custo da prestação do serviço
decorrente da equipe necessária e do custo da infraestrutura mínima de operação.

Quantidade de turnos de trabalho de 6 horas

O campo Dados de entrada é aberto para especificar a quantidade de turnos de trabalho.


Os turnos de trabalho devem observar o horário de abertura e fechamento do aeroporto
simulado.
De acordo com o tipo de EPTA escolhido, este campo irá influenciar a quantidade total de
funcionários e, por conseguinte, o custo de pessoal alocado na EPTA.

Informe a área total das instalações da EPTA (m²)

O campo Dados de entrada é aberto para especificar a metragem da área de EPTA, caso já
exista EPTA no aeroporto simulado. O campo Valor sugerido é dado como parâmetro em relação
à categoria de EPTA selecionada (1.5.1).

Características tarifárias e financeiras


Categoria tarifária do aeroporto

O campo Dados de entrada é aberto para especificar a categoria tarifária do aeroporto. A


categoria tarifária é determinada através de pré-requisitos de infraestrutura e atualizada
anualmente de acordo com portaria da ANAC. A Categoria Tarifária de um aeroporto baliza as

16 Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias


cobranças das tarifas de embarque, conexão, pouso e permanência, e de armazenagem e
capatazia nos aeroportos brasileiros. Essas classes de subdividem de Classe 1 a Classe 4.
Os valores correspondentes encontram-se na Portaria ANAC n.o 194/SRA, de 29 de janeiro
de 2016. A tabela tarifária se encontra na aba "Regulamentos" do Simulador.

Classe tarifária da EPTA

O campo Dados de entrada é aberto para especificar a classe tarifária da EPTA. Além da
Categoria de EPTA descrita no item 1.5.1, a qual influi em custos de operação, aqui a classe
tarifária discrimina as receitas unitárias por Classe A a Classe D. Os aeródromos são classificados,
tendo sido observados os critérios de qualidade dos serviços, instalações, auxílios e facilidades
neles disponíveis, para fins específicos de cobrança das Tarifas TAT APP e TAT ADR em:
CLASSE A ‒ aeródromos nos quais são proporcionados os serviços de controle de
aproximação, serviços de controle de aeródromo e as seguintes instalações e/ou auxílios: Radio
Detection and Ranging (RADAR), Instrument Landing System (ILS)/Approach Landing System (ALS),
Very High Frequency Omnidirectional Range (VOR)/ Distance Measuring Equipment (DME), Non-
Directional Beacon (NDB), Precision Approach Path Indicator (PAPI) ou Visual Approach Slope
Indicator (VASIS).
CLASSE B ‒ aeródromos nos quais são proporcionados os serviços de controle de
aproximação, serviços de controle do aeródromo e as seguintes instalações, auxílios e/ou
facilidades: ILS/ALS ou RADAR, VOR/DME, NDB, PAPI ou VASIS.
CLASSE C ‒ os aeródromos nos quais são proporcionados os serviços de controle de
aproximação, serviços de controle de aeródromo e as seguintes instalações, auxílios e/ou
facilidades: VOR/DME ou RADAR, NDB, PAPI ou VASIS.
CLASSE D ‒ os aeródromos nos quais são proporcionados os serviços de controle de
aproximação ou serviços de controle de aeródromo e procedimentos de aproximação Instrument
Flight Rules (IFR).
CLASSE E ‒ os aeródromos nos quais são proporcionados os AFIS e procedimentos de
aproximação IFR.
CLASSE F ‒ os aeródromos nos quais são proporcionados os serviços de controle de
aeródromo ou os AFIS.
Na CLASSE A, o auxílio NDB será considerado facultativo; na CLASSE B, os auxílios ALS e
NDB serão considerados facultativos; e, na CLASSE C, os auxílios DME, NDB, VASIS e PAPI serão
considerados facultativos.
Os valores correspondentes encontram-se na Portaria ANAC n.o 194/SRA, de 29 de janeiro
de 2016. A tabela tarifária se encontra na aba "Regulamentos" do Simulador.

O aeroporto retém a receita ATAERO?

O campo Dados de entrada é aberto para especificar se o aeroporto retém ou não o


Adicional de Tarifa Aeroportuária (ATAERO), criado pela Lei n.o 7.920, de 7 de dezembro de 1989.
O ATAERO destina-se a melhoramentos, reformas, expansão e depreciação de instalações
aeroportuárias, compondo receitas do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC). A Medida

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 17


Provisória (MP) n.o 714, de 1o de março de 2016 (BRASIL, 2016a), extingue o repasse de ATAERO
(35,9% da tarifa), fazendo com que se gere receita extra para o aeroporto. Essa MP entra em vigor
em 1o de janeiro de 2017.

Proporção das receitas comerciais em relação às receitas totais (exceto


receitas com hangaragem)

O campo Dados de entrada é aberto para especificar o percentual de receitas comerciais


do aeroporto em relação às receitas totais. A receita total de aeroportos é composta por receitas
aeronáuticas e receitas não aeronáuticas, ou receitas comerciais, cuja proporção no Brasil é de
80% e 20% respectivamente, em média, segundo McKinsey & Company (2010).
Como solicitado pela SAC/PR, atual MTPA, os 20% sugeridos foram desagregados em
receitas comerciais e receitas de hangaragem, assim tem-se, no campo Valor sugerido, um
percentual de 13% de receitas comerciais.
Outra opção, que é apresentada automaticamente no campo Valor sugerido, é o valor
observado em 2014 entre os aeroportos da Infraero, que foram separados por faixa de
movimentação seguindo as categorias do RBAC n.o 153, segundo a Tabela 2.
Tabela 2 – Distribuição das receitas por Classe – RBAC n.o 153 (%)
% Armazenagem e
% Receitas % Receitas não
Faixa RBAC capatazia para
aeronáuticas aeronáuticas
hangaragem
Classe I Até 200 mil pax 68% 31% 0%
Classe II 200 mil a 1 milhão pax 69% 28% 3%
Classe III 1 a 5 milhões pax 59% 33% 8%
Classe IV Acima 5 milhões pax 54% 36% 10%
Elaboração: LabTrans/UFSC (2016)

Esse percentual influencia as receitas não aeronáuticas, que por sua vez, influenciam as
receitas operacionais e totais do aeroporto simulado.

Proporção das receitas com hangaragem em relação às receitas totais

O campo Dados de entrada é aberto para especificar o percentual de receitas de


hangaragem em relação às receitas totais. O valor especificado como "Arrecadação com
hangaragem" não é contabilizado como parte do percentual definido na célula 1.6.4, referente à
"Proporção das receitas comerciais em relação às receitas totais".
O campo Valor sugerido é indicativo do valor médio observado em 2013 nos aeroportos
da Infraero. Esse percentual influencia as receitas não aeronáuticas, que por sua vez, influenciam
as receitas operacionais e totais do aeroporto simulado.

Proporção de gastos com utilidades em relação ao custo operacional.

O campo Dados de entrada é aberto para especificar o percentual de gastos com


utilidades em relação à folha de pagamento. Estes envolvem a operação do aeroporto,
complementares aos custos com pessoal. Consideram-se como tais: água, energia elétrica,
telefonia, materiais de limpeza, diárias e materiais de consumo.

18 Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias


Utilizou-se como Valor sugerido o observado nos 21 maiores aeroportos do escopo do
programa nacional de aviação regional (SAC/PR, atual MTPA). Empregou-se a média do período
de 2011 a 2014, corrigidos pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), para determinar a
representatividade desse montante: Os gastos com utilidades representam 8% da composição
total dos custos operacionais. Esse campo (item 2.2.1) influencia os custos totais por meio de sua
participação na composição nos custos operacionais.
Considerando-se que a variação dos custos de Utilidades e Manutenção se dá em relação
ao incremento de demanda, adiciona-se 10% ou 13% da receita aeronáutica como proxy de custo
do incremento de demanda. Observou-se, em um conjunto heterogêneo de 34 aeroportos da
Infraero, que a soma dos custos com Utilidade e Manutenção correspondia, em média, a 10% da
receita aeronáutica em aeroportos com receita de até R$ 40 milhões, e 13% da receita
aeronáutica em aeroportos com receita acima desse valor, para o ano de 2014. Esse valor foi o
parâmetro utilizado na ferramenta.

Manutenção de bens e instalações, jardinagem, e outros custos operacionais


em relação ao custo operacional.

O campo Dados de entrada é aberto para especificar percentual de gastos com


manutenção em relação ao custo operacional. Estes são relacionados à manutenção de bens e
instalações, máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, jardinagem, rede elétrica,
informática, veículos e conservação predial.
Foi utilizado como Valor sugerido o observado nos 21 maiores aeroportos do escopo do
programa nacional de aviação regional (SAC/PR, atual MTPA). Empregou-se a média do período
de 2011 a 2014, corrigidos pelo IGP-M, para determinar a representatividade desse montante: Os
custos de manutenção representam 3% da composição total dos custos operacionais. Esse campo
(item 2.2.2) influencia os custos totais por meio de sua participação na composição nos custos
operacionais.
Considerando-se que a variação dos custos de Utilidades e Manutenção se dá em relação
ao incremento de demanda, adiciona-se 10% ou 13% da receita aeronáutica como proxy de custo
do incremento de demanda. Observou-se, em um conjunto heterogêneo de 34 aeroportos da
Infraero, que a soma dos custos com Utilidade e Manutenção correspondia, em média, a 10% da
receita aeronáutica em aeroportos com receita de até R$ 40 milhões, e 13% da receita
aeronáutica em aeroportos com receita acima desse valor, para o ano de 2014. Esse valor foi o
parâmetro utilizado na ferramenta.

Armazenagem e capatazia de carga

O campo Dados de entrada é aberto para especificar qual o percentual, da carga


movimentada no aeroporto (informada no item 1.2.9), é nacional e qual é internacional
(importação e exportação). Vale ressaltar que, se selecionado que o aeroporto não é
internacionalizado no item 1.2.13, é considerado que o aeroporto movimenta 100% de carga
nacional (doméstica), e os campos para preenchimento de armazenagem e capatazia de carga
internacional não serão abertos. De acordo com a média observada entre 2000 e 2015 pela ANAC
(2015), as cargas movimentadas no Brasil se dividem em 58,5% internacional (importação e
exportação) e 41,5% nacional (doméstica).

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 19


Na dúvida de preenchimento, sugere-se utilizar, como parâmetro de referência, 100% de
carga nacional (doméstica) um valor de R$ 0,106/kg, que se refere à tarifa cobrada sobre carga
nacional, na condição "A unitizar" com volume de até 999 kg.

Carga nacional (doméstica)

O campo Dados de entrada é subdividido em: Carga nacional a unitizar (%), Carga nacional
unitizada (%), Courier importação (%) e Courier exportação (%). O somatório dos percentuais
preenchidos deve ser igual a 100%.
Os percentuais preenchidos fornecem a receita de armazenagem e capatazia de carga
nacional (doméstica), de acordo com os parâmetros de cobrança de tarifa, seja por: tipo de carga,
faixa de peso e tempo de armazenagem, os quais são explicitados na aba Regulamentos.
Este campo influencia a receita total do aeroporto por meio do total de receitas de carga
e capatazia.

Carga internacional (importação e exportação)

O campo Dados de entrada é subdividido em: Armazenagem e capatazia de carga


importada (%), Armazenagem e capatazia de carga importada de alto valor agregado (%) e
Armazenagem e capatazia de carga destinada à exportação (%). O somatório dos percentuais
preenchidos deve ser igual a 100%.
Os percentuais preenchidos fornecem a receita de armazenagem e capatazia de carga
internacional (importação e exportação), de acordo com os parâmetros de cobrança de tarifa,
seja por: tipo de carga, faixa de CIF, faixa de peso, e tempo de armazenagem, os quais são
explicitados na aba Regulamentos.
Este campo influencia a receita total do aeroporto por meio do total de receitas de carga
e capatazia.

20 Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias


Custos mínimos aeroportuários
Nesta seção são apresentados os custos inerentes ao simulador de custos mínimos
aeroportuários para a operação de um aeroporto no Brasil: custos com pessoal (para uma
estrutura organizacional mínima, obedecendo a normas e regulamentos) e custos com utilidades
e manutenção.
No que se refere aos custos com a estrutura organizacional, são expostos os setores e as
ocupações que desempenham atividades essenciais para a operação de um aeroporto, com o
objetivo de auferir as bases salariais desses colaboradores, incluindo os encargos sociais e
trabalhistas.
Além disso, são apresentadas as referências de auxílio ao custeamento das atividades de
um aeroporto, compreendidas em gastos com utilidades e com manutenção.

Custos com pessoal

Para a determinação dos custos com pessoal, fez-se necessário estimar o quadro mínimo
de funcionários para a operação de um aeroporto no Brasil. Para tanto, levantaram-se as
atividades aeroportuárias normatizadas, que têm suas estruturas organizacionais estabelecidas
por leis, normas, portarias e resoluções. Em complemento, propuseram-se outros cargos para
atividades de apoio que, embora não normatizadas, são essenciais à operação do aeroporto.
As atividades normatizadas são: SESCINC, Agentes de Proteção da Aviação Civil/Aviation
Security (APAC/AVSEC), EPTA e gestão das atividades aeroportuárias. A legislação que as
estabelece está exposta na Tabela 3.
Tabela 3 – Atividades normatizadas
Atividade aeroportuária Legislação
Gestão das atividades aeroportuárias RBAC n.o 153
SESCINC Resolução ANAC n.o 0279/2013; n.o 0382/2016
APAC/AVSEC IAC 107-1004A (2005)
EPTA ICA 63-10 (BRASIL, 2014)
Elaboração: LabTrans/UFSC (2016)

De acordo com a legislação, as características de um aeroporto são determinantes para


identificar a quantidade de pessoas necessárias a cada atividade. A equipe do SESCINC é definida,
de forma geral, pelo comprimento da maior aeronave em operação regular, segundo a Resolução
n.o 0279 (ANAC, 2013), e a equipe de AVSEC é definida pela capacidade total da maior aeronave
em operação, conforme a IAC 107–1004A (BRASIL, 2005). Além disso, o horário de funcionamento
do aeroporto também representa um fator determinante paras as duas equipes na definição da
quantidade de turnos necessários. Para a gestão das atividades aeroportuárias, o RBAC no 153
(ANAC, 2014) permite ou não o acúmulo de funções, de acordo com a classificação do aeródromo,
determinada pela movimentação anual de passageiros. Para o EPTA, a ICA 63-10 (BRASIL, 2014)
estabelece o mínimo de pessoal requerido de acordo com o tipo de serviço oferecido.
Em relação às atividades não normatizadas, caracterizadas, neste caso, como atividades
de apoio administrativo/operacional, limpeza e segurança patrimonial, tais ocupações consistem

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 21


no complemento da estrutura organizacional mínima. Foram determinadas por um estudo
preliminar, desenvolvido pela SAC/PR, atual MTPA, a partir da área necessária do TPS. A Tabela 4
apresenta um resumo da estrutura organizacional mínima para a manutenção das atividades
aeroportuárias.
Tabela 4 – Atividades não normatizadas e atividades normatizadas em um aeroporto
Atividades não
Atividades normatizadas
normatizadas
Gestão SESCINC AVSEC EPTA Apoio - TPS
Executivo
Chefe de equipe de Supervisor (1 para Gerente Pessoal de apoio
Responsável - Gestor
serviço cada duas equipes) operacional ADM/FIN/RH
do aeródromo
APAC controle de
Gestor de segurança Bombeiro Operador Controlador de Jardinagem
acesso de
operacional CCI¹ tráfego aéreo interna/externa
passageiros
Vigilante de Operador de
Gestor de operações Bombeiro
controle de acesso terminal da AFTN Limpeza interna
aeroportuárias Motorista CCI¹
de passageiros ou do AMHS
Gestor de APAC controle de Operador de
Bombeiro Operador
manutenção do acesso de Estação Limpeza externa
CRS²
aeroporto funcionários Aeronáutica
Gestor de resposta à APAC/Vigilante Operador de Sala
Bombeiro
emergência controle de acesso de Informações Segurança Patrimonial
Motorista CRS²
aeroportuária externo (veículos) Aeronáuticas (AIS)
Vigilante de
Bombeiro Auxiliar Técnico
- controle de acesso Fiscal de pátio
Chefe equipe meteorologista
geral
Técnico em
Bombeiro
- - manutenção / -
Motorista CACE³
equipamentos
¹ Carro contraincêndio de aeródromo (CCI)
² Carro de resgate e salvamento (CRS)
³ Carro de apoio ao chefe de equipe (CACE)
Fonte: Resolução n.o 279 (ANAC, 2013); IAC 107-1004A (BRASIL, 2005); RBAC no 153 (ANAC, 2014);
ICA 63-10 (BRASIL, 2014). Elaboração: LabTrans/UFSC (2016)

Formulada a estrutura organizacional, agrupou-se as atividades de acordo com a


Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) de 2002, do MTE, a fim de se estimarem os custos
com pessoal de um aeroporto.
Segundo o MTE (BRASIL, 2015a), a CBO 2002 retrata a realidade das profissões do
mercado de trabalho brasileiro, sendo atualizada constantemente conforme seu dinamismo, de
forma que apresenta os dados de modo fidedigno. Atualmente, a CBO 2002 é utilizada pelo MTE
na elaboração da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (CAGED), no cruzamento de dados do Seguro-Desemprego e na formulação de
políticas públicas de geração de emprego e renda.
A CBO 2002 é enumerativa e descritiva. Nela, são codificadas e identificadas as ocupações
do mercado de trabalho. A classificação divide-se em: Grandes Grupos, Subgrupos Principais,
Subgrupos e Grupos de Base ou Famílias. É no nível Famílias que se pode obter maior abrangência
de funções para pesquisa de remuneração no mercado de trabalho brasileiro – são 596 Famílias
de ocupações cadastradas (BRASIL, 2015a).
Em relação à descrição dos dados obtidos, procurou-se extrair aqueles referentes aos
salários médios mensais de cada ocupação, discriminados por estados brasileiros. A série
compreende o período de março de 2015 até março de 2016.

22 Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias


Foram identificadas, na estrutura organizacional, distribuída entre as áreas de Gestão e
Apoio – TPS, SESCINC, AVSEC e EPTA –, as funções essenciais à operação de um aeroporto que
atendem à legislação vigente. Estas foram, então, enquadradas à CBO 2002. A Tabela 5 apresenta
as atividades do setor de gestão, regulamentadas pelo RBAC n.o 153.
Tabela 5 – Atividades relacionadas à gestão do aeroporto
CBO 2002
Setores Ocupação no aeroporto
Código Família
Executivo Responsável - Gestor do
1226 Diretores¹
aeródromo
Gestor de segurança operacional 1416 Gerentes²
Gestão Gestor de operações aeroportuárias 1416 Gerentes²
Gestor de manutenção do aeroporto 1416 Gerentes²
Gestor de resposta à emergência
1416 Gerentes²
aeroportuária
¹ Diretores de Produção e Operações de Serviços de Armazenamento, Transporte e Comunicação
² Gerentes de Operações de Serviços em Empresa de Transporte, de Comunicação e de Logística (Armazenagem e
Distribuição)
Fonte: Caged (BRASIL, [2016b]). Elaboração: LabTrans/UFSC (2016)

Essa categorização foi realizada com base na descrição de atividades das famílias de
Diretores e Gerentes, identificados enumerativamente pelos códigos 1226 e 1416,
respectivamente. De acordo com a descrição das atividades desempenhadas pela família de
Diretores, sua atividade permeia a execução de metas operacionais e de planejamento
operacional. Além disso, estes são representantes legais da empresa, entre outras atividades. A
família dos Gerentes possui responsabilidades sobre as atividades de administração de equipes,
controle operacional e técnico, entre outras.
Especificamente para a área de gestão, foi aplicado um tratamento nos dados referentes
à atividade do Executivo Responsável, uma vez que, em alguns estados brasileiros, a remuneração
cadastrada na CBO 2002 para esse profissional é inferior à dos Gestores. Dessa forma, aplicou-se
acréscimo de 118% sobre o salário médio dos gestores, fator encontrado pela diferença salarial
média nacional entre as duas famílias.
As ocupações do SESCINC, definidas na legislação, foram identificadas na CBO 2002,
especificamente na Família Bombeiros e Salva-vidas, apresentadas na Tabela 6.
Tabela 6 – Cargos relacionados ao SESCINC
CBO 2002
Setores Ocupação no aeroporto
Código Família
Chefe de equipe de serviço 5171 Bombeiros e Salva-Vidas
Bombeiro de Aeródromo 5171 Bombeiros e Salva-Vidas
Bombeiro Motorista CCI 5171 Bombeiros e Salva-Vidas
SESCINC Bombeiro de Aeródromo resgatista 5171 Bombeiros e Salva-Vidas
Bombeiro Motorista CRS 5171 Bombeiros e Salva-Vidas
Bombeiro Líder equipe de resgate 5171 Bombeiros e Salva-Vidas
Bombeiro Motorista CACE
Fonte: Caged (BRASIL, [2016b]). Elaboração: LabTrans/UFSC (2016)

O SESCINC contempla as ocupações desempenhadas por Chefe de Equipe de Serviço,


Bombeiro Operador CCI, Bombeiro Motorista CCI, Bombeiro Operador CRS, Bombeiro Motorista

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 23


CRS e Bombeiro Auxiliar Chefe. O enquadramento dessas funções à CBO 2002 foi realizado
descrevendo-se as atividades da família de Bombeiros e Salva-Vidas que correspondem ao código
5171. Entre as suas competências, encontra-se a prevenção de situações de risco e salvamentos,
ou seja, proteção de pessoas e patrimônios contra incêndios, explosões etc.
As atividades da AVSEC são observadas na Tabela 7, além de sua respectiva classificação
pela CBO 2002.
Tabela 7 – Cargos relacionados aos setores de APAC/AVSEC
CBO 2002
Setores Ocupação no aeroporto
Código Família
Supervisor (um para cada duas equipes) 3425 Técnicos em Transportes Aeroviários
APAC controle de acesso dos passageiros 3425 Técnicos em Transportes Aeroviários
Vigilante controle de acesso dos
5173 Vigilantes e Guardas de Segurança
passageiros
AVSEC
APAC controle de acesso de funcionários 3425 Técnicos em Transportes Aeroviários
APAC/Vigilante de controle de acesso
5173 Vigilantes e Guardas de Segurança
externo (veículos)
Vigilante de controle de acesso geral 5173 Vigilantes e Guardas de Segurança
Fonte: Caged (BRASIL, [2016b]) Elaboração: LabTrans/UFSC (2016)

O setor de APAC/AVSEC contempla seis ocupações, distribuídas em duas famílias:


Técnicos em Transporte Aeroviários e Vigilantes e Guardas de Segurança, identificados pelos
códigos 3425 e 5173, respectivamente.
A família de Técnicos em Transporte Aeroviários é responsável por elaborar e
implementar programas de segurança de voo e plano de emergência aeronáutica, controle do
trafego aéreo no solo e no ar, entre outras atividades de fiscalização do sistema de aviação civil.
Já a função da família de Vigilantes e Guardas de Segurança é vigiar as dependências e áreas
públicas e privadas com finalidade de prevenir, controlar e combater delitos, como porte ilícito de
arma e munições.
A Tabela 8 apresenta as atividades regulamentadas pela EPTA, previstas na legislação ICA
63-10 (BRASIL, 2014), e o respectivo código da CBO 2002.
Tabela 8 – Cargos relacionados à EPTA
CBO 2002
Setores Ocupação no aeroporto
Código Família
Gerente operacional 1416 Gerentes¹
Controlador de tráfego aéreo 3425 Técnicos em Transportes Aeroviários
Operador de terminal da AFTN² ou do
3425 Técnicos em Transportes Aeroviários
AMHS³
EPTA Operador de Estação Aeronáutica 3425 Técnicos em Transportes Aeroviários
Operador de Sala de Informações
3425 Técnicos em Transportes Aeroviários
Aeronáuticas (AIS)
Técnico meteorologista 3425 Técnicos em Transportes Aeroviários
Técnico de manutenção de equipamentos 3425 Técnicos em Transportes Aeroviários
¹ Gerentes de Operações de Serviços em Empresa de Transporte, de Comunicação e de Logística (Armazenagem e
Distribuição)
² Rede de Telecomunicações Fixas Aeronáuticas (AFTN)
³ Sistema de Tratamento de Mensagens (ATS) – Serviço de Tráfego Aéreo – (AMHS)
Fonte: Caged (BRASIL, [2016b]). Elaboração: LabTrans/UFSC (2016)

24 Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias


Este setor abarca as ocupações de gerente operacional, controlador de tráfego aéreo,
operador de terminal da AFTN ou do AMHS, operador de estação aeronáutica, operador de sala
de informações aeronáuticas, técnico meteorologista e técnico de manutenção equipamentos.
A área Apoio do TPS é o setor cujas atividades não são normatizadas. No entanto, elas são
fundamentais para a manutenção da atividade aeroportuária e caracterizadas pelas funções
expostas na Tabela 9.
Tabela 9 – Atividades relacionadas ao apoio do TPS
CBO 2002
Setores Ocupação no aeroporto
Código Família
Pessoal de apoio ADM/FIN/RH 2524 Profissionais de Recursos Humanos
Trabalhadores Operacionais de Conservação de
Jardinagem interna/externa 9922
Vias Permanentes³
Trabalhadores nos Serviços de Manutenção de
Limpeza interna 5143
Apoio - TPS Edificações
Trabalhadores nos Serviços de Manutenção de
Limpeza externa 5143
Edificações
Segurança Patrimonial 5173 Vigilantes e Guardas de Segurança
Fiscal de pátio 3425 Técnicos em Transportes Aeroviários
³ Exceto trilhos.
Fonte: Caged (BRASIL, [2016b]). Elaboração: LabTrans/UFSC (2016)

Como observado, tais funções auxiliam as atividades operacionais de um aeroporto,


sendo observadas atividades relacionadas com a área administrativa, financeira, de recursos
humanos, de jardinagem, de limpeza, de segurança patrimonial e de fiscais de pátio. O
enquadramento à CBO 2002 apontou algumas famílias de funções correspondentes, das quais
foram identificadas cinco: Profissionais de Recursos Humanos, Trabalhadores Operacionais de
Conservação de Vias Permanentes, Trabalhadores nos Serviços de Manutenção de Edificações,
Vigilantes e Guardas de Segurança e Técnicos em Transportes Aeroviários.
Segundo o MTE (BRASIL, 2015b), as atividades relacionadas à família de Profissionais de
Recursos Humanos desempenham funções administrativas relacionadas à estrutura de
funcionários, como plano de cargos e salários, ações de treinamento e desenvolvimento, além de
recrutamento e seleção. Os Trabalhadores Operacionais de Conservação de Vias Permanentes
desempenham atividades direcionadas à manutenção e conservação de vias em geral, seguindo
normas de higiene e qualidade, segurança, e proteção ao meio ambiente.
No que se refere ao grupo de Família dos Trabalhadores nos Serviços de Manutenção de
Edificações, suas atividades estão relacionadas à conservação de vidros e fachadas, além da
limpeza de recintos e acessórios. A família representada pelos Vigilantes e Guardas de Segurança
vigiam as dependências públicas e privadas com a finalidade de prevenir, controlar e combater
delitos. Por fim, a família enquadrada no setor de Apoio do TPS é a de Técnicos em Transportes
Aeroviários. De acordo com o MTE (BRASIL, 2015b), suas atividades estão relacionadas ao tráfego
aéreo, em solo.
O enquadramento dessas funções à CBO 2002 foi realizado por meio da descrição de
atividades das famílias de Gerentes e Técnicos em transporte Aeroviários, identificados pelos
códigos 1416 e 3425, respectivamente. A descrição das atividades desempenhadas pela família de
Gerentes inclui o planejamento das atividades operacionais, administração de equipes e recursos
materiais e financeiros, o controle do processo operacional e a avaliação de resultados. Já os
Técnicos em Transportes Aeroviários desempenham a função de elaborar e implementar

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 25


programas de segurança de voo, plano de emergência aeronáutica e controle do trafego aéreo no
solo e no ar.

Encargos Sociais e trabalhistas

Para o cálculo dos custos com colaboradores, além do custo com salários, é necessário
determinar quais as incidências sociais e trabalhistas que serão consideradas sobre os valores das
remunerações pagas. Esse custo depende também do enquadramento tributário da empresa, ou
seja, optante pelo regimento do Simples Nacional, do Lucro Presumido ou do Lucro Real, em que
diferentes alíquotas incidem sobre a remuneração.
A premissa do simulador de custos aeroportuários é que todos os funcionários da
estrutura mínima organizacional sejam mensalistas, isto é, tenham o salário ajustado de forma
mensal, independentemente de o mês ter 28 ou 31 dias. Sua remuneração, portanto, será
idêntica em todos os meses do ano. Dessa forma, não é previsto nessa ferramenta o Descanso
Semanal Remunerado (DSR) do colaborador.
Os encargos dos dois grupos podem ser observados na Tabela 10.
Tabela 10 – Encargos sociais e trabalhistas
Empresa optante pelo Simples Empresa não optante pelo
Encargos sociais e trabalhistas
Nacional (comércio/indústria) Simples Nacional
Encargos trabalhistas
13o salário 8,33% 8,33%
Férias 11,11% 11,11%
Encargos sociais
Contribuição à Previdência Social (INSS) - 20,00%
Risco de Acidente do Trabalho (RAT) - 3,00%
Salário Educação - 2,50%
Serviço Nacional de Aprendizagem
Comercial (SENAC) / Serviço Social do - 1,50%
Comércio (SESC)
Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (SENAI) / Serviço Social da - 1%
Indústria (SESI)
Serviço Brasileiro de Apoio de Micro e
- 0,60%
Pequenas Empresas (SEBRAE)
Instituto Nacional de Colonização e
- 0,20%
Reforma Agrária (INCRA)
Fundo de Garantia por Tempo de
8,00% 8,00%
Serviço (FGTS)
FGTS/Provisão de Multa para Rescisão 4,00% 4,00%
Previdenciário s/13o e férias 2,33% 7,93%
Somatório dos encargos 33,77% 68,17%
Fonte: Caixa Econômica Federal (2015). Elaboração: LabTrans/UFSC (2016)

O somatório de encargos sociais e trabalhistas chega a 33,77% para empresas optantes


pelo Simples Nacional e, para empresas não optantes, a 68,17% da remuneração dos
colaboradores.
Vale ressaltar que a legislação trabalhista protege, por meio de normas, todo
trabalhador que executa atividades em ambientes insalubres e/ou perigosos: este possui direito a

26 Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias


adicionais de insalubridade e/ou periculosidade, respectivamente. Embora o simulador não
considere esses adicionais, o campo destinado ao somatório de encargos sociais é editável, de
forma a permitir que o usuário atualize valores, caso seja pertinente à sua simulação.

Custos com utilidades e manutenção

Os custos com utilidades e manutenção são dispêndios relacionados à operação do


aeroporto; complementares ao custo com pessoal, irão compor os custos operacionais do
aeroporto. A estimativa dos gastos com utilidades e de manutenção foi desenvolvida calcada nos
dados observados nos 21 maiores aeroportos do Programa Nacional de Aviação Regional (PNAR),
no período entre 2011 a 2014.

Utilidades

Observou-se, no período de estudo, que os custos com utilidades representam,


aproximadamente, 8% da composição total do custo operacional no aeroporto. Na Tabela 11 são
representados os itens considerados como utilidades e que foram utilizados para determinar a
representatividade desse montante sobre o custo com pessoal.
Tabela 11 – Gastos com utilidades
Item Participação (%)
Água
Energia elétrica
Telefonia
Materiais de limpeza 8% dos custos operacionais
Diárias
Materiais de consumo
Outros
Elaboração: LabTrans/UFSC (2016)

Ressalta-se que, para ajustes no cálculo de custos com utilidades, caso seja necessário e
de interesse do usuário, essa participação pode ser alterada no simulador, já que esse campo é
editável.

Manutenção

Nesta subseção são apresentados os custos relacionados com manutenção de bens e


instalações, máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, jardinagem, rede elétrica,
informática, veículos, conservação predial.
Para esses custos, também foram utilizados como parâmetros as condições observadas no
nos 21 maiores aeroportos do PNAR, no período de 2011 a 2014. Os custos de manutenção
representam 3 % da composição total dos custos operacionais. São geralmente distribuídos em
oito tipos de custos, como pode ser observado na Tabela 12.

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 27


Tabela 12 – Gastos com manutenção
Item
Bens e instalações
Máquinas e equipamentos
Móveis e utensílios
Jardinagem
Rede elétrica
Informática
Veículos
Conservação predial
Elaboração: LabTrans/UFSC (2015)

No simulador, para ajuste no cálculo dos custos com manutenção, o valor pode ser
alterado pelo usuário, já que o campo do referido custo é editável. Desse modo, podem ser
consideradas particularidades da região onde o aeroporto em análise se localiza.

28 Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias


Receitas aeroportuárias
Semelhante ao processo de formação de uma estrutura de custos mínimos, a estimação
de receitas aeroportuárias é sustentada principalmente pelas receitas reguladas – baseadas em
legislação –, além de receitas comerciais, caracterizadas pelo aluguel e arrendamento de áreas,
pela participação nas receitas de concessionários e pelas receitas com publicidade. As tarifas
aeroportuárias são regulamentadas pela ANAC por meio de portarias, e seus valores podem ser
observados, de forma consolidada, no documento Tarifário Infraero (INFRAERO, 2016a), que
apresenta as tarifas cobradas em todos os aeroportos, inclusive os administrados pela própria
Empresa. A Tabela 13 apresenta as tarifas aeronáuticas regulamentadas.
Tabela 13 – Tarifas reguladas
Objeto da tarifa Tarifa/taxa
Taxa de pouso e decolagem
Aviação comercial Taxa de permanência de aeronaves
Taxa de embarque e taxa de conexão
Taxa de pouso + embarque
Aviação geral
Taxa de permanência de aeronaves
Navegação aérea Serviço de EPTA
Fonte: Infraero (2016a). Elaboração: LabTrans/UFSC (2016)

A categoria tarifária de cada unidade aeroportuária é definida pela ANAC com base em
uma análise individualizada aos aeroportos. A arrecadação pela taxa de pouso e decolagem e pela
taxa de permanência é influenciada pelo Maximum Take-Off Weight (MTOW) – o peso máximo de
decolagem da aeronave –, enquanto que a obtida com as taxas de embarque e de conexão é
impactada pela movimentação de passageiros. A categoria tarifária e o valor de cada tarifa são
demonstrados no documento Tarifário Infraero (INFRAERO, 2016a), que é baseado na Portaria
n.o 194/SRA da ANAC (2016).
Em relação à aviação geral, as duas receitas regulamentadas – taxas de pouso e embarque
e taxa de permanência de aeronaves – possuem parâmetros que determinam seu valor absoluto
em função da categoria da aeronave e da categoria tarifária do aeroporto. Por fim, as receitas
provenientes dos serviços de navegação aérea possuem como parâmetro determinante a classe
tarifária da EPTA.
No entanto, ressalta-se que, para a aplicação do simulador, foi considerado a opção se o
aeroporto recolhe ou não o ATAERO. Este, criado pela lei n.o 7.920, de 7 de dezembro de 1989,
destina-se a melhoramentos, reformas, expansão e depreciação de instalações aeroportuárias,
compondo receitas do FNAC. A MP n.o 714, de 1o de março de 2016 (BRASIL, 2016a), extingue o
repasse de ATAERO (35,9% da tarifa), fazendo com que se gere receita extra para o aeroporto.
Essa MP entra em vigor em 1o de janeiro de 2017. Assim, o aeroporto poderá reter a receita
ATAERO a partir desta data. A Tabela 14 apresenta as principais tarifas incluídas no simulador de
receitas, com ou sem valor ATAERO.

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 29


Tabela 14 – Principais tarifas aeroportuárias
Categoria tarifária 1 2 3 4

Com Com Com Com


Especificação Tarifa Tarifa Tarifa Tarifa
ATAERO ATAERO ATAERO ATAERO
Embarque doméstico
20,37 27,68 16,01 21,76 13,26 18,02 9,17 12,46
(R$/pax)
Embarque internacional
96,18 109,13 80,13 90,92 64,11 72,74 32,06 36,38
(R$/pax)
Conexão doméstica e
8,47 - 6,65 - 5,44 - 3,63 -
internacional (R$/pax)
Pouso doméstico
6,38 8,67 5,25 7,13 3,97 5,4 1,86 2,53
(R$/MTOW)
Pouso internacional
17,01 23,12 15,44 20,98 13,26 18,02 6,61 8,98
(R$/MTOW)
Permanência em áreas de
manobra - doméstico 1,258 1,7099 1,027 1,3958 0,796 1,0818 0,372 0,506
(R$/MTOW/hora)
Permanência em áreas de
manobra internacional 3,389 4,6061 3,094 4,2047 2,645 3,5941 1,322 1,7971
(R$/MTOW/hora)
Permanência em área de
estadia - doméstico 0,27 0,3664 0,218 0,2967 0,167 0,2268 0,077 0,1046
(R$/MTOW/hora)
Permanência em área de
estadia internacional 0,693 0,9422 0,629 0,8548 0,539 0,7328 0,27 0,3664
(R$/MTOW/hora)
Fonte: Infraero (2016a). Elaboração: LabTrans/UFSC (2016)

De acordo com McKinsey & Company (2010), em estudo do setor de transporte aéreo
brasileiro, as receitas totais de um aeroporto no Brasil são, em geral, compostas por 80% de
receitas aeronáuticas e 20% de receitas comerciais, não aeronáuticas.
As receitas com hangaragem foram levantadas separadamente por solicitação da SAC/PR,
atual MTPA, com a utilização de um parâmetro que tem por base as demonstrações de resultado
de exercício (DRE) dos aeroportos da Infraero do ano de 2013. As receitas de hangaragem, que se
incluem nas receitas não aeronáuticas, representam 7% das receitas totais. Assim, a divisão
sugerida das receitas a serem inseridas no simulador, com relação às receitas totais, se dá na
seguinte proporção: 80% de receitas aeronáuticas, 13% de receitas comerciais e 7% de receitas de
hangaragem.
Para a atividade aeroportuária referente à carga e à capatazia, são abertos campos de
preenchimento de acordo com a natureza da carga, tipo de carga, valor CIF, tempo de
permanência e peso. Por meio desses parâmetros abertos, que irão permitir uma simulação mais
fidedigna da movimentação de carga no aeroporto, se apresenta uma receita de armazenagem e
capatazia mais adequada e próxima à realidade do aeroporto simulado. Na dúvida de
preenchimento, sugere-se utilizar como parâmetro de referência, 100% de carga Nacional
(doméstica) um valor de R$ 0,106/kg, que se refere à tarifa cobrada sobre Carga Nacional na
condição "A unitizar", com volume de até 999 kg.

30 Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias


Considerações Finais
O Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeronáuticas, entregue à SAC/PR (atual MTPA)
pelo LabTrans/UFSC, permite, valendo-se de características operacionais de um aeroporto,
determinar sua estrutura organizacional mínima, os valores de seus custos mínimos, relacionados
a essa estrutura, os custos com utilidades e manutenção de suas atividades e as prováveis receitas
aeroportuárias.
Tornaram-se imprescindíveis à elaboração da ferramenta a pesquisa e aplicação de
diferentes fontes técnicas, caracterizadas como pilares de sustentação do simulador e oriundas da
necessidade de formular uma estrutura organizacional mínima para estimar os custos com
colaboradores e, também, as receitas provenientes das tarifas aeroportuárias regulamentadas
pela ANAC.
Ressalta-se que os procedimentos empregados para idealizar o simulador foram baseados
em documentos técnicos e na legislação e regulamentação do setor aéreo nacional. Além disso, as
premissas adotadas e referências disponibilizadas no simulador são passíveis de adequações e de
atualização pelo próprio usuário, visto que, durante seu uso, é possível inserir dados relativos a
características específicas de um aeroporto.
O Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias permite ao usuário elaborar
diferentes cenários de demanda e portes de infraestrutura aeroportuária e, assim, avaliar e
confrontar os comportamentos dos custos e das receitas. Também oferece dinamismo à
simulação e possibilita verificar a viabilidade de um aeroporto, auxiliando a SAC/PR, atual MTPA,
nas tomadas de decisão e no planejamento estratégico do setor aéreo brasileiro.

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 31


Referências
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armazenagem e de capatazia importada ou a ser exportada, conforme disposto na Resolução n.
350, de 19 de dezembro de 2014. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF,
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implantação, operação e manutenção do Serviço de Prevenção, Salvamento e Combate a Incêndio
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16 jan. 2013. Seção 1, p. 11. Disponível em:
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Infraestrutura Aeroportuária. Anteprojeto para Terminal de Passageiros Regional: Modelo 0.
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______. Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC/PR); Empresa Brasileira de


Infraestrutura Aeroportuária. Anteprojeto para Terminal de Passageiros Regional: Modelo 1.
Brasília: Secretaria de Aviação Civil/Infraero, Vol. 1, 2013c.

______. Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC/PR); Empresa Brasileira de


Infraestrutura Aeroportuária. Anteprojeto para Terminal de Passageiros Regional: Modelo 2.
Brasília: Secretaria de Aviação Civil/Infraero, Vol. 1, 2013d.

______. Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC/PR); Empresa Brasileira de


Infraestrutura Aeroportuária. Anteprojeto para Terminal de Passageiros Regional: Modelo 3.
Brasília: Secretaria de Aviação Civil/Infraero, Vol. 1, 2013e.

______. Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC/PR). Aviação Regional:


Conectando o Brasil. Brasília: Secretaria de Aviação Civil, 2015d. Disponível em:
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CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Planilha de Encargos. 2015. Disponível em:


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EMPRESA BRASILEIRA DE INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA (INFRAERO). Tarifas


Aeroportuárias. 2016a. Disponível em: <http://www.infraero.gov.br/images/stories/Tarifas/2016
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<http://www.infraero.gov.br/images/stories/Tarifas/2016/Tabela2_3_Internacional_Port9719Jan
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34 Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias


FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION (FAA). Planning and Design Guidelines for Airport Terminal
Facilities. Advisory Circular No 150/5360-13, Washington, DC, abril, 1988.

MCKINSEY & COMPANY. Estudo do Setor de Transporte Aéreo do Brasil. Relatório Consolidado.
Rio de Janeiro: Mckinsey & Company, 2010.

MEDEIROS, A. G. M. Um Método para Dimensionamento de Terminais de Passageiros em


Aeroportos Brasileiros. Tese de Mestrado, ITA, São José dos Campos, 2004.

YOUNG, S. WELLS, A. Aeroportos: Planejamento e Gestão. Tradução: Ronald Saraiva de Menezes;


revisão técnica: Kétnes Ermelinda de Guimarães Lopes. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014.

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 35


Lista de abreviaturas e siglas
AFIS Aerodrome Flight Information Service
AFTN Rede de Telecomunicações Fixas Aeronáuticas
ANAC Agência Nacional de Aviação Civil
APAC Agentes de Proteção da Aviação Civil
ATAERO Adicional sobre Tarifas Aeronáuticas
AVSEC Aviation Security
BIMTRA Banco de Informações de Movimentação de Tráfego Aéreo
CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
CBO Classificação Brasileira de Ocupações
CCI Carro de Combate a Incêndio
CRS Carro de Resgate e Salvamento
DECEA Departamento de Controle do Espaço Aéreo
DRE Demonstrações de resultado de exercício
DSR Descanso Semanal Remunerado
EPTA Estações Prestadoras de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego
Aéreo
FNAC Fundo Nacional de Aviação Civil
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IAC Instrução de Aviação Civil
ICA Instrução do Comando da Aeronáutica
IFR Instrument Flight Rules
IGP-M Índice Geral de Preços do Mercado
Infraero Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
LabTrans Laboratório de Transportes e Logística
MP Medida Provisória
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
MTOW Maximum Take-Off Weight
MTPA Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil
NPCR Nível de Proteção Contraincêndio Requerido
PNAR Programa Nacional de Aviação Regional
RAIS Relação Anual de Informações Sociais

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 37


RAT Risco de Acidente do Trabalho
RFFS Rescue and Fire Fighting Services
RBAC Regulamento Brasileiro de Aviação Civil
SAC/PR Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República
SESCINC Seção de Salvamento e
TPS Terminal de Passageiros
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina

38 Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias


Lista de tabelas
Tabela 1 ‒ Determinação da hora-pico pelo fluxo anual de passageiros (metodologia FAA) ......... 10
Tabela 2 – Distribuição das receitas por Classe – RBAC n.o 153 (%) ................................................ 18
Tabela 3 – Atividades normatizadas ................................................................................................ 21
Tabela 4 – Atividades não normatizadas e atividades normatizadas em um aeroporto ................. 22
Tabela 5 – Atividades relacionadas à gestão do aeroporto ............................................................. 23
Tabela 6 – Cargos relacionados ao SESCINC .................................................................................... 23
Tabela 7 – Cargos relacionados aos setores de APAC/AVSEC .......................................................... 24
Tabela 8 – Cargos relacionados à EPTA ............................................................................................ 24
Tabela 9 – Atividades relacionadas ao apoio do TPS ....................................................................... 25
Tabela 10 – Encargos sociais e trabalhistas ..................................................................................... 26
Tabela 11 – Gastos com utilidades ................................................................................................... 27
Tabela 12 – Gastos com manutenção .............................................................................................. 28
Tabela 13 – Tarifas reguladas ........................................................................................................... 29
Tabela 14 – Principais tarifas aeroportuárias................................................................................... 30

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 39


Apêndice – Bases salariais médias
Tabela A1 – Salários base em reais para a Região Sul
Salários Base (R$) – Região Sul
Família CBO Cargo
SC PR RS
1226 Executivo responsável - Gestor do aeródromo 6.992 6.969 6.192
1416 Gestor de segurança operacional 3.207 3.197 2.840
1416 Gestor de operações aeroportuárias 3.207 3.197 2.840
1416 Gestor de manutenção do aeroporto 3.207 3.197 2.840
1416 Gestor de resposta à emergência aeroportuária 3.207 3.197 2.840
2524 Pessoal de apoio ADM/FIN/RH 2.537 2.794 2.692
9922 Jardinagem interna/externa 1.119 1.187 1.007
5143 Limpeza interna 1.034 1.002 907
5143 Limpeza externa 1.034 1.002 907
5173 Segurança patrimonial 1.464 1.493 1.183
3425 Fiscal de pátio 1.527 1.658 1.372
5171 Chefe de equipe de serviço 1.521 1.946 1.908
5171 Bombeiro operador CCI 1.521 1.946 1.908
5171 Bombeiro motorista CCI 1.521 1.946 1.908
5171 Bombeiro operador CRS 1.521 1.946 1.908
5171 Bombeiro motorista CRS 1.521 1.946 1.908
5171 Bombeiro auxiliar do chefe de equipe 1.521 1.946 1.908
5171 Bombeiro motorista CACE 1.521 1.946 1.908
3425 Supervisor (1 para cada duas equipes) 1.527 1.658 1.372
3425 APAC de controle de acesso dos passageiros 1.527 1.658 1.372
5173 Vigilante de controle de acesso dos passageiros 1.464 1.493 1.183
3425 APAC de controle de acesso funcionários 1.527 1.658 1.372
5173 APAC/Vigilante de controle de acesso externo (veículos) 1.464 1.493 1.183
5173 Vigilante de controle de acesso geral 1.464 1.493 1.183
1416 Gerente operacional 3.207 3.197 2.840
3425 Controlador de tráfego aéreo 1.527 1.658 1.372
3425 Operador de terminal da AFTN ou do AMHS 1.527 1.658 1.372
3425 Operador de Estação Aeronáutica 1.527 1.658 1.372
3425 Operador de Sala de Informações Aeronáuticas (AIS) 1.527 1.658 1.372
3425 Técnico meteorologista 1.527 1.658 1.372
3425 Técnico em manutenção equipamentos 1.527 1.658 1.372
Fonte: Brasil ([2016b]). Elaboração: LabTrans/UFSC (2016)

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 41


Tabela A2 – Salários base em reais para a Região Sudeste
Família Salários Base (R$) – Região Sudeste
Cargo
CBO SP MG RJ ES
1226 Executivo responsável - Gestor do aeródromo 9.910 6.464 10.624 7.329
1416 Gestor de segurança operacional 4.546 2.965 4.873 3.362
1416 Gestor de operações aeroportuárias 4.546 2.965 4.873 3.362
1416 Gestor de manutenção do aeroporto 4.546 2.965 4.873 3.362
1416 Gestor de resposta à emergência aeroportuária 4.546 2.965 4.873 3.362
2524 Pessoal de apoio ADM/FIN/RH 3.297 2.728 3.405 2.911
9922 Jardinagem interna/externa 1.173 1.104 1.089 1.000
5143 Limpeza interna 1.025 903 1.019 1.014
5143 Limpeza externa 1.025 903 1.019 1.014
5173 Segurança patrimonial 1.359 1.336 1.325 1.143
3425 Fiscal de pátio 1.773 1.567 1.592 1.244
5171 Chefe de equipe de serviço 1.711 1.399 1.263 1.484
5171 Bombeiro operador CCI 1.711 1.399 1.263 1.484
5171 Bombeiro motorista CCI 1.711 1.399 1.263 1.484
5171 Bombeiro operador CRS 1.711 1.399 1.263 1.484
5171 Bombeiro motorista CRS 1.711 1.399 1.263 1.484
5171 Bombeiro auxiliar do chefe de equipe 1.711 1.399 1.263 1.484
5171 Bombeiro motorista CACE 1.711 1.399 1.263 1.484
3425 Supervisor (1 para cada duas equipes) 1.773 1.567 1.592 1.244
3425 APAC de controle de acesso dos passageiros 1.773 1.567 1.592 1.244
5173 Vigilante de controle de acesso dos passageiros 1.359 1.336 1.325 1.143
3425 APAC de controle de acesso funcionários 1.773 1.567 1.592 1.244
APAC/Vigilante de controle de acesso externo
5173 1.359 1.336 1.325 1.143
(veículos)
5173 Vigilante de controle de acesso geral 1.359 1.336 1.325 1.143
1416 Gerente operacional 4.546 2.965 4.873 3.362
3425 Controlador de tráfego aéreo 1.773 1.567 1.592 1.244
3425 Operador de terminal da AFTN ou do AMHS 1.773 1.567 1.592 1.244
3425 Operador de Estação Aeronáutica 1.773 1.567 1.592 1.244
Operador de Sala de Informações Aeronáuticas
3425 1.773 1.567 1.592 1.244
(AIS)
3425 Técnico meteorologista 1.773 1.567 1.592 1.244
3425 Técnico em manutenção equipamentos 1.773 1.567 1.592 1.244
Fonte: Brasil ([2016b]). Elaboração: LabTrans/UFSC (2016)

42 Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias


Tabela A3 – Salários base em reais para a Região Centro-Oeste e Distrito Federal
Salários Base (R$) – Região Centro-Oeste e Distrito
Família Federal
Cargo
CBO
GO MT MS DF
1226 Executivo Responsável - Gestor do aeródromo 6.343 5.295 6.075 7.917
1416 Gestor de segurança operacional 2.909 2.429 2.787 3.631
1416 Gestor de operações aeroportuárias 2.909 2.429 2.787 3.631
1416 Gestor de manutenção do aeroporto 2.909 2.429 2.787 3.631
1416 Gestor de resposta à emergência aeroportuária 2.909 2.429 2.787 3.631
2524 Pessoal de apoio ADM/FIN/RH 2.330 2.661 2.642 2.883
9922 Jardinagem interna/externa 1.058 1.111 1.006 1.212
5143 Limpeza interna 921 922 913 963
5143 Limpeza externa 921 922 913 963
5173 Segurança patrimonial 1.211 1.105 1.176 1.754
3425 Fiscal de pátio 1.531 1.712 1.710 1.913
5171 Chefe de equipe de serviço 1.086 1.221 1.188 1.932
5171 Bombeiro operador CCI 1.086 1.221 1.188 1.932
5171 Bombeiro motorista CCI 1.086 1.221 1.188 1.932
5171 Bombeiro operador CRS 1.086 1.221 1.188 1.932
5171 Bombeiro motorista CRS 1.086 1.221 1.188 1.932
5171 Bombeiro auxiliar do chefe de equipe 1.086 1.221 1.188 1.932
5171 Bombeiro motorista CACE 1.086 1.221 1.188 1.932
3425 Supervisor (1 para cada duas equipes) 1.531 1.712 1.710 1.913
3425 APAC de controle de acesso dos passageiros 1.531 1.712 1.710 1.913
5173 Vigilante de controle de acesso dos passageiros 1.211 1.105 1.176 1.754
3425 APAC de controle de acesso funcionários 1.531 1.712 1.710 1.913
APAC/Vigilante de controle de acesso externo
5173 1.211 1.105 1.176 1.754
(veículos)
5173 Vigilante de controle de acesso geral 1.211 1.105 1.176 1.754
1416 Gerente operacional 2.909 2.429 2.787 3.631
3425 Controlador de tráfego aéreo 1.531 1.712 1.710 1.913
3425 Operador de terminal da AFTN ou do AMHS 1.531 1.712 1.710 1.913
3425 Operador de Estação Aeronáutica 1.531 1.712 1.710 1.913
3425 Operador de Sala de Informações Aeronáuticas (AIS) 1.531 1.712 1.710 1.913
3425 Técnico meteorologista 1.531 1.712 1.710 1.913
3425 Técnico em manutenção equipamentos 1.531 1.712 1.710 1.913
Fonte: Brasil ([2016b]). Elaboração: LabTrans/UFSC (2016)

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 43


Tabela A4 – Salários base em reais para a Região Norte
Família Salários Base (R$) – Região Norte
Cargo
CBO AC AM AP PA RO RR TO
Executivo responsável -
1226 4.202 8.636 7.083 6.043 3.855 3.880 6.259
Gestor do aeródromo
Gestor de segurança
1416 1.928 3.961 3.249 2.772 1.768 1.780 2.871
operacional
Gestor de operações
1416 1.928 3.961 3.249 2.772 1.768 1.780 2.871
aeroportuárias
Gestor de manutenção
1416 1.928 3.961 3.249 2.772 1.768 1.780 2.871
do aeroporto
Gestor de resposta à
1416 emergência 1.928 3.961 3.249 2.772 1.768 1.780 2.871
aeroportuária
Pessoal de apoio
2524 2.060 2.627 2.076 2.638 1.786 1.749 2.288
ADM/FIN/RH
Jardinagem
9922 1.056 1.071 1.016 1.182 1.000 895 1.168
interna/externa
5143 Limpeza interna 877 905 889 935 933 900 867
5143 Limpeza externa 877 905 889 935 933 900 867
5173 Segurança patrimonial 1.004 1.044 1.317 1.150 1.061 1.136 910
3425 Fiscal de pátio 1.509 1.376 1.361 1.347 1.070 1.337 1.609
Chefe de equipe de
5171 1.035 1.234 845 1.239 2.292 1.300 1.060
serviço
5171 Bombeiro operador CCI 1.035 1.234 845 1.239 2.292 1.300 1.060
5171 Bombeiro motorista CCI 1.035 1.234 845 1.239 2.292 1.300 1.060
Bombeiro operador
5171 1.035 1.234 845 1.239 2.292 1.300 1.060
CRS
Bombeiro motorista
5171 1.035 1.234 845 1.239 2.292 1.300 1.060
CRS
Bombeiro auxiliar do
5171 1.035 1.234 845 1.239 2.292 1.300 1.060
chefe de equipe
Bombeiro motorista
5171 1.035 1.234 845 1.239 2.292 1.300 1.060
CACE
Supervisor (1 para cada
3425 1.509 1.376 1.361 1.347 1.070 1.337 1.609
duas equipes)
APAC de controle de
3425 1.509 1.376 1.361 1.347 1.070 1.337 1.609
acesso dos passageiros
Vigilante de controle de
5173 1.004 1.044 1.317 1.150 1.061 1.136 910
acesso dos passageiros
APAC de controle de
3425 1.509 1.376 1.361 1.347 1.070 1.337 1.609
acesso funcionários
APAC/Vigilante de
5173 controle de acesso 1.004 1.044 1.317 1.150 1.061 1.136 910
externo (veículos)
Vigilante de controle de
5173 1.004 1.044 1.317 1.150 1.061 1.136 910
acesso geral
1416 Gerente operacional 1.928 3.961 3.249 2.772 1.768 1.780 2.871
Controlador de tráfego
3425 1.509 1.376 1.361 1.347 1.070 1.337 1.609
aéreo
Operador de terminal
3425 1.509 1.376 1.361 1.347 1.070 1.337 1.609
da AFTN ou do AMHS
Continua

44 Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias


Família Salários Base (R$) – Região Norte
Cargo
CBO AC AM AP PA RO RR TO
Operador de Estação
3425 1.509 1.376 1.361 1.347 1.070 1.337 1.609
Aeronáutica
Operador de Sala de
3425 Informações 1.509 1.376 1.361 1.347 1.070 1.337 1.609
Aeronáuticas (AIS)
3425 Técnico meteorologista 1.509 1.376 1.361 1.347 1.070 1.337 1.609
Técnico em
3425 manutenção 1.509 1.376 1.361 1.347 1.070 1.337 1.609
equipamentos
Fonte: Brasil ([2016b]). Elaboração: LabTrans/UFSC (2016)

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias 45


Tabela A5 – Salários base em reais para a Região Nordeste
Família Salários Base (R$) – Região Nordeste
Cargo
CBO AL BA CE MA PB PE PI RN SE
Executivo responsável - Gestor
1226 6.326 7.248 6.677 6.545 6.204 8.174 5.474 5.257 6.656
do aeródromo
Gestor de segurança
1416 2.902 3.325 3.063 3.002 2.846 3.750 2.511 2.412 3.053
operacional
Gestor de operações
1416 2.902 3.325 3.063 3.002 2.846 3.750 2.511 2.412 3.053
aeroportuárias
Gestor de manutenção do
1416 2.902 3.325 3.063 3.002 2.846 3.750 2.511 2.412 3.053
aeroporto
Gestor de resposta à
1416 2.902 3.325 3.063 3.002 2.846 3.750 2.511 2.412 3.053
emergência aeroportuária
2524 Pessoal de apoio ADM/FIN/RH 1.807 2.557 2.304 2.258 1.896 2.408 2.163 2.092 1.815
9922 Jardinagem interna/externa 933 1.002 1.092 1.116 878 964 871 891 874
5143 Limpeza interna 875 866 859 876 827 887 866 845 849
5143 Limpeza externa 875 866 859 876 827 887 866 845 849
5173 Segurança patrimonial 885 953 1.045 1.081 832 966 1.037 1.129 864
3425 Fiscal de pátio 1.186 1.291 1.243 1.395 1.274 1.226 1.212 2.194 1.162
5171 Chefe de equipe de serviço 930 1.272 1.151 1.244 733 1.316 958 1.191 740
5171 Bombeiro operador CCI 930 1.272 1.151 1.244 733 1.316 958 1.191 740
5171 Bombeiro motorista CCI 930 1.272 1.151 1.244 733 1.316 958 1.191 740
5171 Bombeiro operador CRS 930 1.272 1.151 1.244 733 1.316 958 1.191 740
5171 Bombeiro motorista CRS 930 1.272 1.151 1.244 733 1.316 958 1.191 740
Bombeiro auxiliar do chefe de
5171 930 1.272 1.151 1.244 733 1.316 958 1.191 740
equipe
5171 Bombeiro motorista CACE 930 1.272 1.151 1.244 733 1.316 958 1.191 740
Supervisor (1 para cada duas
3425 1.186 1.291 1.243 1.395 1.274 1.226 1.212 2.194 1.162
equipes)
APAC de controle de acesso
3425 1.186 1.291 1.243 1.395 1.274 1.226 1.212 2.194 1.162
dos passageiros
Vigilante de controle de acesso
5173 885 953 1.045 1.081 832 966 1.037 1.129 864
dos passageiros
APAC de controle de acesso
3425 1.186 1.291 1.243 1.395 1.274 1.226 1.212 2.194 1.162
funcionários
APAC/Vigilante de controle de
5173 885 953 1.045 1.081 832 966 1.037 1.129 864
acesso externo (veículos)
Vigilante de controle de acesso
5173 885 953 1.045 1.081 832 966 1.037 1.129 864
geral
1416 Gerente operacional 2.902 3.325 3.063 3.002 2.846 3.750 2.511 2.412 3.053
3425 Controlador de tráfego aéreo 1.186 1.291 1.243 1.395 1.274 1.226 1.212 2.194 1.162
Operador de terminal da AFTN
3425 1.186 1.291 1.243 1.395 1.274 1.226 1.212 2.194 1.162
ou do AMHS
Operador de Estação
3425 1.186 1.291 1.243 1.395 1.274 1.226 1.212 2.194 1.162
Aeronáutica
Operador de Sala de
3425 1.186 1.291 1.243 1.395 1.274 1.226 1.212 2.194 1.162
Informações Aeronáuticas (AIS)
3425 Técnico meteorologista 1.186 1.291 1.243 1.395 1.274 1.226 1.212 2.194 1.162
Técnico em manutenção
3425 1.186 1.291 1.243 1.395 1.274 1.226 1.212 2.194 1.162
equipamentos
Fonte: Brasil ([2016b]). Elaboração: LabTrans/UFSC (2016)

46 Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias


Anexo Digital – Simulador de custos
mínimos e receitas aeroportuárias

Simulador de Custos Mínimos e Receitas Aeroportuárias

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