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de Fortaleza - RA 46
Relatório regional
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC
LABORATÓRIO DE TRANSPORTES E LOGÍSTICA - LABTRANS
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIAÇÃO CIVIL
RELATÓRIO REGIONAL
REGIÃO AEROVIÁRIA 46 – FORTALEZA
FLORIANÓPOLIS, NOVEMBRO/2016
Versão 1.1
HISTÓRICO DE VERSÕES
Data Versão Descrição Autor
Entrega da primeira versão do Relatório Regional – Região
18/08/2016 1.0 LabTrans
Aeroviária 46– Fortaleza
Ajustes de formatação e atualização de informações
11/11/2016 1.1 LabTrans
referenciais sobre atividades realizadas e outros produtos.
Apresentação
O presente trabalho é resultado da cooperação entre a Secretaria de Aviação Civil da
Presidência da República (SAC/PR) – atual Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPA)
– e o Laboratório de Transportes e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina
(LabTrans/UFSC), que atua no desenvolvimento do projeto “Pesquisas e Estudos para Apoio Técnico
à Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República – SAC/PR no Planejamento do Setor
Aeroportuário Brasileiro”.
As análises aqui apresentadas contemplam a Fase 2, intitulada Sistematização de
Informações de Demanda por Serviços Aeroportuários, do Objeto 1 – Apoio ao Planejamento do
Sistema Aeroportuário do País. Essa fase tem como finalidade apoiar a SAC/PR – atual MTPA – na
avaliação dos investimentos propostos pelos operadores aeroportuários ou demais órgãos
envolvidos no planejamento de investimentos em infraestrutura aeroportuária, de forma a
subsidiar a decisão na definição de seus planos de investimentos.
Dessa forma, este relatório analisa a Região Aeroviária (RA) 46 – Fortaleza e está
estruturado em duas seções. A primeira trata da descrição da RA, sendo dividida em três tópicos: a
análise socioeconômica, que por sua vez é subdividida em estadual e por base econômica (micro e
macrorregional); a análise de rotas, que busca evidenciar os voos historicamente observados para
a RA em estudo; e a projeção de demanda de passageiros. A segunda seção traz uma análise
comparativa entre os aeródromos estudados nessa RA. Por fim, as considerações finais fecham o
relatório, gerando as recomendações para a RA. As informações e os resultados são sistematizados
em um Sumário Executivo, no qual os principais estudos realizados são apresentados de forma
sintética.
sumário executivo
região aeroviária de Fortaleza - RA 46
Sumário Executivo
RA 46 – Fortaleza
O objetivo do Relatório Regional de Fortaleza é avaliar essa região de forma comparativa,
mostrando os resultados gerados em termos de área de captação, análise socioeconômica,
análise das rotas e projeção de demanda. Este sumário executivo apresenta os principais
resultados gerados nesse estudo, os quais servem como input para as recomendações de
investimento, considerando uma análise sistêmica da rede de serviços aeroportuários.
Com base na Metodologia de Regionalização (Produto 1), que dividiu o Brasil em 69 Regiões
Aeroviárias (RA), a RA 46 – Fortaleza é composta por nove aeródromos, os quais, exceto o de
Fortaleza, estão contemplados no Programa de Investimentos em Logística (PIL) Regional: Aracati,
Canindé, Crateús, Itapipoca, Jijoca de Jericoacoara, Mossoró, Quixadá e Sobral. O aeródromo de
Fortaleza é o único da RA classificado como Aeródromo Polo Regional (APR)1. A RA 46 é composta
por 175 municípios, número acima da média nacional (81 municípios). A Figura 1 ilustra essa RA.
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Conforme a Metodologia de Regionalização, são considerados como APR todos os aeródromos que
possuíam voos diretos em outubro de 2014 para qualquer capital do Brasil e Campinas.
Tabela 2 – Indicadores econômicos2 da área de captação de até 60 minutos dos aeródromos de Jijoca de Jericoacoara,
Quixadá e Sobral (CE) e Mossoró (RN) (2000 e 2012)
Jijoca de Jericoacoara Mossoró Quixadá Sobral
Itens
2000 2012 2000 2012 2000 2012 2000 2012
PIB (R$
milhões 238,39 1.130,87 1.602,65 7.628,58 476,86 1.883,50 1.237,22 4.307,80
correntes)
População*
(mil 159,97 194,63 420,21 500,24 286,67 331,18 500,16 582,81
habitantes)
PIB per
capita
1,49 5,81 3,81 15,25 1,66 5,69 2,47 7,39
(R$ mil
correntes)
*População de 2012 estimada pelo IBGE.
Fonte: IBGE (2015). Elaboração: LabTrans/UFSC (2015)
O terceiro aspecto avaliado na RA 46 – Fortaleza foi a análise das rotas, que indicou que,
atualmente, as principais ligações aéreas dessa RA são com os municípios de Guarulhos, Recife, Rio
de Janeiro (Galeão), Brasília, Belém e São Luís.
O quarto aspecto, por sua vez, refere-se à projeção de demanda de passageiros, que foi
fornecida pela SAC/PR – atual MTPA. Os dados podem ser visualizados na Tabela 3 (observado) e
na Tabela 4 (projetado), a seguir.
2
Idem à nota anterior.
Aracati CE - - - - - - - - -
Canindé CE - - - - - - - - -
Crateús CE - - - - - - - - -
Fortaleza CE 3.014.19 3.367.83 3.354.51 4.061.60 5.000.52 5.488.95 5.888.02 5.885.43 6.415.64
Itapipoca CE - - - - - - - - -
Jijoca de
CE - - - - - - - - -
Jericoacoara
Mossoró RN 3.369* - - - 1.273* 1.861 - - -
Quixadá CE - - - - - - - - -
Sobral CE - - - - - - - - -
Total Região 3.017.559 3.367.832 3.354.511 4.061.601 5.001.792 5.490.810 5.888.021 5.885.428 6.415.639
3
Os dados foram retirados do Sistema Hórus no dia 4 de dezembro de 2015 e estão sujeitos a
atualização pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), podendo haver modificações futuras.
4
O produto final Metodologia de Regionalização (10/2014), enviado à SAC/PR – atual MTPA – de
forma separada, apresenta toda a metodologia utilizada para se chegar à composição das regiões aeroviárias.
5
A classificação dos aeródromos como APR (Aeródromo Polo Regional) é baseada na metodologia
de regionalização, que define como APR todos os aeródromos com voos regulares para alguma capital de
estado ou para Campinas.
Como pode ser observado na Tabela 5, dos nove aeródromos analisados nesta RA, oito
fazem parte do PIL, e o aeródromo de Fortaleza se enquadra como APR.
6
A ilustração mostra as áreas de captação de até 150 minutos para cada um dos aeródromos. Nas
análises OD e macroeconômica consideram-se as informações das áreas de captação para exposição dos
dados, entretanto, segundo metodologia descrita no relatório Metodologia do Relatório Regional, a faixa de
área de captação utilizada para tais análises nessa RA é de 60 minutos.
A Figura 6, por sua vez, mostra todas as áreas de captação em um só mapa, no qual os tons
mais escuros representam os municípios que se localizam em um número maior de áreas de
captação.
Assim, todos os municípios da RA têm ligação com Teresina (PI), Parnaíba (PI), Juazeiro do
Norte (CE), Campina Grande (PB), Natal (RN) e também contam com acesso rodoviário a Fortaleza
(CE), capital do estado. Teresina e Fortaleza estão a aproximadamente 600 km de distância, com
um tempo médio de oito horas e dez minutos de deslocamento. Natal e Fortaleza estão distantes
em aproximadamente 530 km, com um tempo de deslocamento estimado em seis horas e 45
minutos. A cidade mais distante do grande centro urbano da RA, Fortaleza, é Crateús, que está a
aproximadamente 350 km da capital, com um tempo de deslocamento de cinco horas e 10 minutos.
Já a cidade mais próxima é Canindé, que se encontra a cerca de 110 km de Fortaleza, com um tempo
previsto de deslocamento de uma hora e meia. Sobral está a aproximadamente 230 km de
Fortaleza, com um tempo médio de deslocamento de três horas e 20 minutos. Quixadá está a cerca
de 160 km de Fortaleza, com um tempo de deslocamento de duas horas. Mossoró está a
aproximadamente 240 km de Fortaleza, com um tempo de deslocamento de três horas e dez
minutos. Aracati dista 150 km de Fortaleza, com um tempo de deslocamento estimado em duas
horas. Itapipoca está distante em aproximadamente 140 km de Fortaleza, com um tempo
aproximado de deslocamento de duas horas. Jijoca de Jericoacoara está a 300 km de Fortaleza, com
um tempo médio de deslocamento de quatro horas e 30 minutos. Ressalta-se ainda a distância
entre Jijoca de Jericoacoara e Sobral de cerca de 170 km, aproximadamente duas horas e 45
minutos e entre Jijoca de Jericoacoara e Paranaíba de cerca de 210 km, sendo por volta de três
horas e 10 minutos de viagem. Mais detalhes sobre infraestrutura de vias de acesso aos aeródromos
serão apresentados na Fase 5 deste projeto.
A terceira variável destacada, de voos regulares, também é relevante no que diz respeito à
escolha do passageiro. Nessa variável, não se pode deixar de considerar a influência que a RA 46
exerce sobre a RA 44 – Juazeiro do Norte, a RA 45 – Natal e a RA 47 – Teresina, devido ao seu
elevado número de voos regulares. Em alguns casos, passageiros podem preferir um deslocamento
Observa-se que Fortaleza se destaca tanto no número total de viagens dentro da área de
captação de 60 minutos quanto na área de captação exclusiva, a qual não é compartilhada com
nenhum outro aeródromo da RA. Ao mesmo tempo, com exceção de Crateús e Jijoca de
Jericoacoara, todos os aeródromos da RA apresentaram uma diminuição de viagens estimadas na
comparação entre o número total de municípios da área de captação de 60 minutos e o número de
municípios exclusivos, o que indica que há uma elevada sobreposição, indo ao encontro da análise
da área de captação de até 150 minutos.
Outras informações relevantes da pesquisa OD referem-se aos diferentes fluxos estimados
pelos habitantes de determinado município ao utilizarem o modal aéreo como meio de transporte.
Nesse caso, quando analisados em conjunto, os 175 municípios da RA 46 – Fortaleza têm como
principal origem ou destino as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Recife.
Análise Socioeconômica
Este tópico tem como objetivo fazer uma análise socioeconômica da RA 46 – Fortaleza. Para
tanto, encontra-se dividido em duas partes: a primeira diz respeito à análise estadual, mostrando a
estrutura social e econômica do estado em análise, e comparando-a com a do Brasil; e a segunda
parte traz uma análise socioeconômica da área de captação dos aeródromos, dividida em duas
frentes: macrorregional, que busca evidenciar indicadores socioeconômicos para cada área de
captação; e microrregional, que identifica de forma mais qualitativa importantes instituições
geradoras de demanda de transporte aeroviário. Salienta-se que essa segunda análise leva em
consideração a área de captação dos aeródromos sem considerar a sobreposição que uma área de
captação exerce sobre outra. Nesses termos, os dados somados das áreas de captação são
superiores à somatória da região, uma vez que alguns municípios aparecem na área de captação de
mais de um aeródromo. O levantamento dessas informações permite identificar fatores geradores
de demanda por serviço aeroportuário. Os tópicos a seguir mostram a análise socioeconômica
estadual e das áreas de captação.
O estado do Ceará respondeu por 0,65% das exportações brasileiras em 2014, no valor total
de US$ 1,5 bilhão. Por outro lado, as importações alcançaram US$ 3 bilhões, o que representa
1,31% das importações brasileiras. Desse modo, verifica-se que a balança comercial estadual
encontra-se deficitária, com o valor de US$ 1,5 bilhão. A comparação com o ano 2000, conforme
apresenta a Tabela 8, mostra que o estado reduziu sua participação nas exportações e aumentou
sua participação nas importações brasileiras.
Tabela 8 – Exportação, importação e balança comercial do Ceará e do Brasil (2000 e 2014)
2000 2014 CE/BR (%)
Itens
CE BR CE BR 2000 2014
Exportações (US$ milhões) 495 55.119 1.471 225.101 0,90 0,65
Importações (US$ milhões) 718 55.851 3.002 229.140 1,29 1,31
Balança comercial (US$ milhões) -223 -732 -1.531 -4.039 - -
Fonte: AliceWeb (2015). Elaboração: LabTrans/UFSC (2015)
A partir da Figura 9, observa-se que não houve crescimento real do PIB estadual ao longo
do período analisado. Entretanto, no período de 2006 a 2011, foi registrado um crescimento
elevado e contínuo e queda em 2012.
Nota: Os valores do PIB foram deflacionados a preços de 2012 pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna
(IGP-DI) da Base de Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEADATA).
Figura 9 – Evolução do PIB do estado do Ceará e sua participação em relação ao Brasil (2000-2012)
Fonte: IBGE (2015). Elaboração: LabTrans/UFSC (2015)
A Tabela 9 apresenta a composição do produto (VA bruto) dos grandes setores econômicos
do estado do Ceará e sua comparação com a composição do produto dos grandes setores
econômicos do Brasil entre os anos 2000 e 2012. Destaca-se a forte queda de participação da
agropecuária na formação do produto estadual a partir do ano de 2009. Já a participação da
indústria flutuou em torno de 23% em diferentes anos do período em análise, mas sempre abaixo
do percentual de participação observado para a média do Brasil. Ao mesmo tempo, o percentual
de participação do setor de serviços sempre foi elevado, em torno de 70%, acima da média da
economia brasileira (67%).
Em suma, tem-se um estado com uma alta participação do setor de serviços na geração do
VA, com um baixo PIB per capita, baixas participações das atividades industriais e agropecuárias,
apesar de um quarto da população residir na zona rural, contra 15,6% do observado para o país.
Em resumo, os dados acima reunidos mostram que o estado do Ceará concentrou, no ano
de 2012, um expressivo contingente populacional (4,4% da população brasileira), mas apresentou
um baixo PIB per capita (menos da metade da média nacional), apesar do elevado crescimento do
PIB no período de 2006 a 2010. A análise da estrutura econômica mostrou que o estado apresentou,
em 2012, baixas participações no PIB brasileiro em setores importantes, como comércio exterior,
produção agropecuária e produção industrial. Com isso, a maior parte da economia estadual teve
por base os setores terciários, em geral de baixa produtividade.
7
Deve-se ressalvar que os dados econômicos e demográficos associados à área de captação dos
aeródromos são referentes aos municípios como um todo, apesar de os tempos de deslocamento terem sido
calculados a partir das áreas urbanas dos distritos-sede.
8
A metodologia de cálculo dos indicadores de VA e PIB engloba variáveis diferentes, por isso a soma
dos VAs Agropecuária, Indústria e Serviços não é igual ao PIB. Mais detalhes sobre esse assunto podem ser
consultados no relatório Metodologia do Relatório Regional.
9
A metodologia de cálculo dos indicadores de VA e PIB engloba variáveis diferentes, por isso a soma
dos VAs Agropecuária, Indústria e Serviços não é igual ao PIB. Mais detalhes sobre esse assunto podem ser
consultados no relatório Metodologia do Relatório Regional.
Tabela 15 – Pessoal ocupado por setores na área de captação de até 60 minutos dos aeródromos de Jijoca de
Jericoacoara, Quixadá e Sobral (CE) e Mossoró (RN) (2000 e 2013)
Pessoal Jijoca de
Mossoró Quixadá Sobral
Ocupado (mil Jericoacoara
trabalhadores) 2000 2013 2000 2013 2000 2013 2000 2013
Pessoal
Ocupado na 0,22 0,71 5,46 8,22 0,38 0,75 0,38 0,76
Agropecuária
Pessoal
Ocupado na 0,69 2,22 8,06 14,97 0,7 2,17 14,44 26,72
Indústria
Pessoal
Ocupado nos 2,67 12,68 24,08 65,25 10,65 24,23 20,11 50,34
Serviços
Total Pessoal
3,57 15,61 37,6 88,45 11,73 27,15 34,92 77,81
Ocupado
Fonte: RAIS 2000 e 2013 (BRASIL, 2015a). Elaboração: LabTrans/UFSC (2015)
Tabela 17 – Número de estabelecimentos por setores e por porte na área de captação de até 60 minutos dos
aeródromos de de Jijoca de Jericoacoara, Quixadá e Sobral (CE) e Mossoró (RN) (2000 e 2013)
Jijoca de
Mossoró Quixadá Sobral
Estabelecimentos Jericoacoara
2000 2013 2000 2013 2000 2013 2000 2013
Agropecuária 9 82 133 238 62 81 29 38
Indústria 31 109 439 722 101 151 200 321
Pequeno 31 105 424 695 100 148 193 308
Médio 0 4 13 24 1 2 5 11
Grande 0 0 2 3 0 1 2 2
Serviços e Comércio 101 669 2.442 6.576 702 1.531 1.557 3.564
Ainda de acordo com a Tabela 16 e com a Tabela 17, é possível identificar que o número de
estabelecimentos na indústria (extrativa e de transformação), nas áreas de captação dos nove
aeródromos, é composto, majoritariamente, por estabelecimentos de pequeno porte (entre 87,8%
a 98,6%). A presença de estabelecimentos desse porte é muito frequente no setor de serviços e
outras atividades relacionadas, superando 96,1% nas áreas de captação dos aeródromos. Deve-se
destacar, do mesmo modo, a existência de estabelecimentos no setor de serviços e outros, que
registrou a maior quantidade de estabelecimentos de médio e grande porte nas áreas de captação
de Fortaleza, Mossoró e Sobral. As áreas de captação de Fortaleza, Mossoró e Itapipoca apresentam
a maior quantidade de estabelecimentos industriais de médio e grande porte.
Figura 10 – Rotas aéreas praticadas pela RA 46 – Fortaleza (2000, 2005, 2010 e 2013)
Fonte: Hotran (ANAC, 2014). Elaboração: LabTrans/UFSC (2015)
Ao analisar os fluxos aéreos da RA 46, nota-se que os aeródromos que apresentaram rotas
de origem ou destino foram os de Fortaleza, Mossoró e Sobral. O aeródromo localizado em
Fortaleza foi o de maior movimentação aérea no último ano observado, sendo Guarulhos, Recife,
Rio de Janeiro (Galeão), Brasília, Belém e São Luís suas rotas de maior fluxo. Ademais, o aeródromo
de Fortaleza apresenta voos com destino ou origem nas cidades de Salvador, Natal, Teresina,
Campinas, Juazeiro do Norte, Manaus, Confins e João Pessoa. Nota-se ainda que foram registrados
em Fortaleza voos internacionais no último ano observado, com rotas para Portugal, Itália e Cabo
Verde. Para o ano de 2015, foram totalizadas 16 rotas nacionais sendo que a nova configuração
apresenta novos voos com destino ou origem em São Gonçalo do Amarante, João Pessoa, Belém,
Goiânia e Confins.
Os aeródromos de Mossoró e Sobral não apresentaram movimentação aérea para o ano de
2015. Além disso, os aeródromos de Crateús e Jijoca de Jericoacoara não apresentaram números
significativos de voos durante os anos observados. Os aeródromos de Canindé e de Itapipoca
encontram-se em fase de planejamento e, portanto, estão fora de operação.
Quando a análise de rotas é comparada à pesquisa OD, observa-se que os principais
municípios origens e destinos não foram contemplados pelas rotas aéreas registradas na RA em
2013, exceto São Paulo, que foi contemplado pela rota Fortaleza-Campinas. A configuração de rotas
para 2015 continua contemplando todos os principais municípios origens e destinos, sendo eles:
São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Recife.
Aracati CE - - - - - - - - -
Canindé CE - - - - - - - - -
Crateús CE - - - - - - - - -
Fortaleza CE 3.014.19 3.367.83 3.354.51 4.061.60 5.000.52 5.488.95 5.888.02 5.885.43 6.415.64
Itapipoca CE - - - - - - - - -
Jijoca de
CE - - - - - - - - -
Jericoacoara
Mossoró RN 3.369* - - - 1.273* 1.861 - - -
Quixadá CE - - - - - - - - -
Sobral CE - - - - - - - - -
Total Região 3.017.559 3.367.832 3.354.511 4.061.601 5.001.792 5.490.810 5.888.021 5.885.428 6.415.639
Fonte: Dados fornecidos pela SAC/PR (atual MTPA). Elaboração: LabTrans/UFSC (2015)
10
Os dados foram retirados do Sistema Hórus no dia 4 de dezembro de 2015 e estão sujeitos a
atualização pela ANAC, podendo haver modificações futuras.
40.000
35.000
30.000
Passageiros
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
2006
2010
2014
2020
2025
2030
2035
Figura 12 – Movimentação de passageiros no aeródromo de Aracati (CE)
Fonte: Dados fornecidos pela ANAC e pela SAC/PR (atual MTPA). Elaboração: LabTrans/UFSC (2015)
Observado Projetado
70.000
60.000
50.000
Passageiros
40.000
30.000
20.000
10.000
0
2035
2006
2010
2014
2020
2025
2030
Observado Projetado
25.000
20.000
Passageiros
15.000
10.000
5.000
0
2006
2010
2014
2020
2025
2030
2035
25.000.000
20.000.000
Passageiros
15.000.000
10.000.000
5.000.000
0
2006
2010
2014
2020
2025
2030
2035
Figura 15 – Movimentação de passageiros no aeródromo de Fortaleza (CE)
Fonte: Dados fornecidos pela ANAC e pela SAC/PR (atual MTPA). Elaboração: LabTrans/UFSC (2015)
Observado Projetado
120.000
100.000
80.000
Passageiros
60.000
40.000
20.000
0
2006
2010
2014
2020
2025
2030
2035
Observado Projetado
14.000
12.000
10.000
Passageiros
8.000
6.000
4.000
2.000
0
2006
2010
2014
2020
2025
2030
2035
300.000
250.000
200.000
Passageiros
150.000
100.000
50.000
0
2006
2010
2014
2020
2025
2030
2035
Figura 18 – Movimentação de passageiros no aeródromo de Mossoró (RN)
Fonte: Dados fornecidos pela ANAC e pela SAC/PR (atual MTPA). Elaboração: LabTrans/UFSC (2015)
Observado Projetado
35.000
30.000
25.000
Passageiros
20.000
15.000
10.000
5.000
0
2030
2006
2010
2014
2020
2025
2035
Observado Projetado
700.000
600.000
500.000
Passageiros
400.000
300.000
200.000
100.000
0
2020
2006
2010
2014
2025
2030
2035
20.000
15.000
Passageiros
10.000
5.000
0
2006 2010 2014 2020 2025 2030 2035
Aracati - Observado Aracati - Projetado
Canindé - Observado Canindé - Projetado
Crateús - Observado Crateús - Projetado
Fortaleza - Observado Fortaleza - Projetado
Itapipoca - Observado Itapipoca - Projetado
Jijoca de Jericoacoara - Observado Jijoca de Jericoacoara - Projetado
Mossoró - Observado Mossoró - Projetado
Quixadá - Observado Quixadá - Projetado
Sobral - Observado Sobral - Projetado
Figura 21 – Movimentação total de passageiros na RA 46 – Fortaleza
Fonte: Dados fornecidos pela ANAC e pela SAC/PR (atual MTPA). Elaboração: LabTrans/UFSC (2015)
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). 2015a.
Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/rais/>. Acesso em: 17 jul. 2015.
SISTEMA DE ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES DE COMÉRCIO EXTERIOR VIA WEB (ALICEWEB). 2015.
Disponível em: <http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br#>. Acesso em: 3 abr. 2015.