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Ciclo Hidrológico: apresenta a circulação de água (fluxo) através dos compartimentos terrestres.
Escassez Hídrica: falta ou indisponibilidade de água devido ao aumento da demanda. Pode ser
ou não a falta física da água, pois pode haver água mas não ser tratada e distribuída ou não ser
acessada.
Escassez Alimentar: pela falta de água não se tem irrigação agrícola, e portanto, há uma
dificuldade de produção de alimentos. Menos disponibilidade de alimentos.
➔ exemplos: irrigação por pivôs centrais, ...
Escassez Energética: quando a falta de água prejudica a geração de energia elétrica.
➔ deve-se ter um bom gerenciamento dos recursos hídricos.
➢ o engenheiro deve saber quanto pode retirar de água para não afetar os
rios, ou quanto pode ser bombeado para não prejudicar o ambiente.
- intrusão salina : a água do mar adentra a água dos poços de cidades litorâneas, em vez
de águas subterrâneas se descarregarem no mar. (poluição de águas subterrâneas)
Crise Hídrica:
Seca Meteorológica: ausência completa de precipitação, ocorrência mais baixa de chuva, períodos
abaixo do normal de chuvas.
Seca Hidrológica: pela falta de chuva ocorre a diminuição da vazão de água em rios e a
diminuição do nível de águas subterrâneas.
Seca Socioeconômica: quando a seca meteorológica afeta a economia.
Afeta energia pq a falta de água em rios gera falta energia elétrica pq rios abastecem as usinas
hidrelétricas, quando chega pouca água se tem menos geração de energia.
Atmosfera : umidade do solo, biomassa, rios e lagos, oceanos, geleiras, águas subterrâneas.
Tempo Médio de Residência: é o tempo em que, em média, uma molécula de água permanece em
um reservatório ou compartimento terrestre(águas subterrâneas, águas em rios, vapor, água
biológica, reservatórios artificiais…) antes de ser transferida para outro.
é calculado pela razão entre o volume do reservatório e a vazão de água que deixa o reservatório:
∀
𝑇 𝑟𝑒𝑠
= 𝑄
Aula 3 - Bacia Hidrográfica
É a área que topograficamente contribui para todo o escoamento que passa através de uma única
seção de um rio, contribui para que a água de precipitação escoe para a saída da bacia
(exutório). As bacias são separadas pelo divisor de águas superficiais.
➢ Pela lei que institui a política internacional de recursos hídricos, a unidade básica de
gerenciamento de recursos hídricos é a bacia hidrográfica.
𝐿 2
𝐼 0𝑒𝑞
=( 𝐿 1
𝐿 2 𝐿𝑛
)
+ +...+
𝐼 1
𝐼 2
𝐼 𝑛
- coeficiente de compacidade(adimensional) :
𝑃
𝐾 𝑐
= 0, 28
𝐴
- densidade de drenagem :
𝐿
𝐷 𝑑
= 𝐴
- ordem dos cursos d’água (Strahler) : primeira, segunda, terceira, …. ordem
- tempo de concentração(empíricas) :
3
𝐿 0,385
Kirpich: 𝑇 = 57( ) ;
𝑐 ∆ℎ
2
𝐿 0,385
modificada de Kirpich: 𝑇 = 57( ) ;
𝑐 𝐼 𝑒𝑞
𝐿 0,79
Watt e Chow: 𝑇 = 7, 68( 0,5 ) ;
𝑐 𝐼 0
0,41
𝐴
Dooge: 𝑇 = 21, 88 0,17
𝑐 𝐼 0
- talvegue (leito)
forma integral:
𝑑 𝑑 𝑑𝐵
𝑑𝑡
∫ ρ𝑑∀ + ∫ ρ𝑉𝑑𝐴 = 0 𝑑𝑡
∫ ρ𝑑∀ + ∫ ρ𝑉𝑑𝐴 = 𝑑𝑡
---> forma
∀𝐶 𝑆𝐶 ∀𝐶 𝑆𝐶
geral
variação do armazenamento + quant. de água que entra e sai = massa da propriedade extensiva
𝑑𝑆 𝐼 𝑂 ∆𝑆
equação do Balanço Hídrico:
𝑑𝑡
= 𝐼 − 𝑂 ---> ∆𝑡
− ∆𝑡
= ∆𝑡
Precipitação é toda forma de água que atinge a superfície terrestre a partir da atmosfera, como a
chuva, o granizo, o orvalho e a neve.
➔ Formação da Precipitação (chuva): o ar se resfria por expansão ou se aquece por
compressão
𝑑𝑝
𝑑𝑧
=− ρ · 𝑔 ---> equação da hidrostática
𝑝
ρ 𝑑𝑎
= 𝑇·𝑅
---> relação entre a pressão do ar e a sua massa específica
𝑑𝑎
relação entre vapor da água e temperatura do ar: a água existente na atmosfera está em sua
maior parte na forma de vapor.
𝑛
Lei de Dalton: 𝑝 = ∑ 𝑝 𝑖
𝑖=1
𝑝 =𝑝 +𝑒 ---> para o ar atmosférico
𝑑𝑎
𝑝 𝑒
então: ρ = (1 − 0, 378 𝑝 )
𝑑𝑎 𝑇·𝑅 𝑑𝑎
17,27𝑇
* 𝑇+237,3
capacidade de saturação de vapor d’água do ar: 𝑒 = 611𝑒 para 𝑇 ≥ 0º𝐶
21,87𝑇
* 𝑇+265,5
𝑒 = 611𝑒 para 𝑇 < 0º𝐶
𝑒
umidade relativa do ar: 𝑅𝐻(%) = * (100%)
𝑒
𝑒
massa específica do vapor d’água no ar ou umidade absoluta do ar: ρ =
𝑣 𝑅 𝑣·𝑇
𝑍 𝐴
1
Chuva Precipitável: 𝑊 ≡ ∫ ρ 𝑣(𝑧)𝑑𝑧
ρ 𝑊 0
é a quantidade de vapor de água presente na atmosfera que pode precipitar na forma de chuva
➔ Tipos de Chuva:
- Chuvas Convectivas (ou tormentas): rápida ascensão do ar quente carregado de vapor de
água que sobe para altitudes maiores. São de curta duração e alta intensidade,
geralmente bastante concentradas e bem localizadas.
- Chuvas Orográficas: ocorre pela presença de uma barreira física (como uma montanha),
o ar quente sobe após se encontrar com essa barreira, se resfria em grandes altitudes e se
condensa, chovendo somente em um lado desta barreira.
- Chuvas Frontais: quando uma massa de ar frio se choca com uma massa de ar quente que
estava subindo, um processo mais lento. São de longa duração e baixa intensidade.
➔ Circulação Atmosférica Global (circulação de ar no planeta)
No equador se tem baixa pressão e com maior incidência de raios solares o que torna o ar mais
quente, com maior capacidade de reter vapor de água, portanto se tem grandes volumes de
precipitação.
Nos tópicos se tem os maiores desertos do mundo, são regiões com ausência ou poucas nuvens e com
significativa radiação solar, com alta pressão, possibilitando o deslocamento de ar para o
equador.
Nos polos do planeta se tem uma circulação do ar atmosférico ao contrário dos tópicos, se tem
baixa pressão e pouca incidência solar.
- Unidade de Medida: 1mm de chuva = 1litro de precipitação sobre uma área de 1m²
(“lâmina” de água)
- Sensor Ativo emite uma radiação própria em um comprimento de onda específico, que é
refletida pela superfície terrestre e é capturada pelo próprio sensor
Radar
Instalado em terra em cotas elevadas, que identifica objetos na atmosfera, mais especificamente
hidrometeoros (partículas de água suspensas na atmosfera - vapor, líquida ou sólida). São
sensores ativos, pois detectam objetos por ecos de rádio e determina a sua direção e alcance. Longa
distância e tempo real. Mede a intensidade do sinal refletido pela chuva e depois deve-se
transformar em quantidade de chuva.
Satélite
Fornece medidas de precipitação. Tem um sensor passivo que quantifica a precipitação a partir
da radiação eletromagnética emitida pelas nuvens na atmosfera, onde o sol é a fonte.
Preenchimento de Falhas: dados pluviométricos possuem falhas com ausência de dados ou erros
sistemáticos.
O preenchimento pode ser realizado usando dados de pluviômetros ou pluviógrafos próximos à
estação com dados faltantes, ou usando produtos de precipitação de sensoriamento remoto como
radares e satélites.
precipitação
É recomendado que as estações próximas tenham, no mínimo, 10 anos de dados. Esse método só
deve ser usado para preenchimento de falhas mensal e anual.
Assim, se ajusta uma reta aos pares de dados pluviométricos de uma estação com fala e outra sem.
Esse método só deve ser usado para preenchimento de falhas mensal e anual.
Polígonos de Thiessen: Não tem uma base física, mas é um método fácil e rápido. Delimita-se
polígonos, a partir da união por retas as estações que fazem o registro pluviométrico e do traçado
de outras retas para delimitar segmentos médios entre duas estações. Assim se tem um valor da
precipitação para cada ponto da região.
𝑛
1
𝑃= 𝐴
∑ 𝑎 𝑖𝑃 𝑖
𝑖=1
𝑛
∑ 𝑎 𝑖
=𝐴
𝑖=1
Interpolação Ponderada pelo inverso da Distância: A partir dos dados se tem a estimativa de
chuva em outros pontos onde não há medição. Está implementada em diversos softwares.
𝑝(𝑥, 𝑦) = 𝐹 1(𝑃 1, 𝑃 2,..., 𝑃 )
𝑔
𝑛
∑𝑤 𝑔
𝑃 𝑔
𝑔=1
𝑝(𝑥, 𝑦) = 𝑛
1
∑ 𝑐
𝑔=1 𝑑(𝑢,𝑣)
1
𝑤 𝑔
= 𝑐
𝑑(𝑢,𝑣)
1
2
𝑑(𝑢, 𝑣) = [(𝑥 𝑢
− 𝑥 𝑣)² + (𝑦 𝑢
− 𝑦 𝑣)²]
➔ Preenchimento de falhas pela regressão linear simples e pela regressão linear múltipla
A Precipitação Intensa tem curta duração e alta densidade, geralmente se tem chuvas do tipo
convectivas.
Quando ocorrem em ambientes urbanos geralmente causam inundações urbanas, trazendo
prejuízos econômicos, de energia, de transporte, de água ou esgoto, e ainda causar mortes.
𝑛
Frequência Obsoluta e Relativa: 𝑃𝑟𝑜𝑏 = 𝑓𝑟𝑒𝑞
Período de Retorno: é o tempo médio em que a precipitação, com uma duração específica ocorre
1
ou é superado historicamente, é o inverso da probabilidade. 𝑇 =
𝑟 𝑃𝑟𝑜𝑏
- Estacionaridade: é a frequência de precipitação observada no passado é usada para
inferir sobre a probabilidade de ocorrência no futuro. A precipitação de longo prazo é
considerada estacionária.
Quanto mais sério o risco da obra hidráulica maior o período de retorno, pois ao se adotar um
período maior dimensiona-se a obra para uma chuva menos frequente, mais rara, além de
acarretar em maior custo na obra.
Equações IDF - intensidade, duração e frequência: a intensidade das chuvas está relacionada com
a duração e frequência de ocorrência.
𝑎
𝐾𝑇 𝑟
𝑖= 𝑐 conforme se aumenta a duração da chuva a sua intensidade
(𝑡 𝑑
+𝑏)
diminui
se aumentar o período de retorno, aumenta-se a intensidade da chuva
- no banco de dados Pluvio se tem várias equações IDF para se obter os parâmetros K, a, b e c
- Método dos Blocos Alternados: deve ser utilizado quando se tem apenas dados diários e
não por minutos. Se utiliza o tempo de concentração da bacia hidrográfica e se obtém a
intensidade de chuva, com essa intensidade se calcula a chuva de projeto: 𝑃 = 𝑖 · 𝑡 𝑑.
Após isso, se faz a discretização da precipitação.
Esse método pressupõe que o valor mais alto de ∆𝑃vai ficar no centro dos blocos, com o
resto dos valores sendo distribuídos para baixo e para cima com o 0 no início, alternando
os valores ao longo dos blocos. Este método não tem princípio físico e pressupõe uma curva
gaussiana.
Recarga Artificial de Aquíferos: Construção de poços de injeção de água, as águas de rios podem
ser injetadas nos poços. Construção de bacias superficiais de armazenamento de água, o
escoamento superficial pode ser direcionado e armazenado para as bacias superficiais.
Pavimentos Permeáveis: São dispositivos que permitem que a água da chuva se infiltre e evite
inundações urbanas, diminuindo o escoamento superficial. Geralmente é composto por uma
camada de revestimento, camada de assentamento, e camada de base e/ou sub-base.
Composição do Solo: parte porosa (ar e água) e parte sólida (minerais e material orgânico)
Aula 10 - Propriedades do Solo
Textura do Solo: Avalia o tamanho das partículas que compõem um determinado solo, com
argilas de menor tamanho, siltes com partículas pequenas, áreas com maiores tamanhos e
cascalhos com as maiores partículas.
Ensaio: NBR 7181/2016: Solo - Análise Granulométrica e
NBR 6457/2016 - Coleta de Amostra Deformada de Solo
- Coeficiente de Uniformidade:
𝑑 𝑓
𝐶 𝑢
= 𝑑 𝑖
Porosidade: É a medida dos espaços vazios presentes no solo. A porosidade de argilas são
maiores, enquanto a de rochas são menores. A porosidade depende do tamanho dos grãos
minerais e do arranjo geométrico no terreno.
∀𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜𝑠 ρ
𝑛= ∀𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎
𝑜𝑢 𝑛 = (1 − ρ𝑔𝑟ã𝑜𝑠
)
Rendimento Específico e Retenção Específica: Devem ser determinados a partir de uma amostra
indeformada
- O Rendimento Específico é a água que é drenada pela gravidade em determinada
amostra.
∀𝑑𝑟𝑒
𝑆 𝑦
= ∀
- A Retenção Específica é o volume de água que fica retido sem escoar pela gravidade.
∀𝑟𝑒𝑡
𝑆 𝑟
= ∀
Capilaridade: Acontece por conta da tensão superficial da água, é a elevação da água em, por
exemplo, um tubo, formando uma cunha.
2
𝐹 𝑔
= ρ𝑔 · π𝑟 · ℎ 𝑐
𝐹 𝑐
= σ · 𝑐𝑜𝑠(δ) · ρ𝑔 · 2π𝑟
2σ·𝑐𝑜𝑠(δ)
𝐹 𝑔
= 𝐹 𝑐
−−−> ℎ 𝑐
= 𝑟·γ
∀𝑤
Umidade ou Conteúdo de Água no Solo: volume de água em relação ao volume de solo. θ = ∀
∀𝑤
Saturação (total): é o volume máximo de água que o solo pode conter. θ = 𝑛
θ−θ
Saturação Efetiva: preenchimento do solo com água descontando o que já se tem. 𝑆 𝑒
= θ 𝑠−θ
𝑟
Prova 1
O potencial mátrico é mais negativo a medida que o solo perde umidade (maior em
módulo)
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑀á𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
Ψ = γ
- Diâmetro Equivalente do Poro: areias mais grossas e cascalhos tem maiores diâmetros e
liberam água com maior facilidade. É a representação da quantidade de poros que
permanecem cheios de água durante a análise da curva.