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Hidrologia

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04/11 e 30/11 avaliações - rec. 07/12
atendimento: terça, quarta e quinta -13h

Aula 1 - Introdução, Nexo Água, Alimento e Energia e Segurança Hídrica

Hidrologia é a ciência que descreve e prediz a ocorrência e circulação de água na superfície


terrestre na subsuperfície e na atmosfera. Estuda o quanto tem de água, a circulação e a
distribuição de água ao longo dos compartimentos. Quantifica a água disponível na superfície
terrestre, nos rios lagos, na subsuperfície, nos aquíferos, na atmosfera, em vapor ou chuva e nos
oceanos. Procura predizer ou prever a disponibilidade para o futuro. Estuda-se a interação da
água com os diversos materiais na superfície, subsuperfície e na atmosfera.
Envolve diversas áreas (multidisciplinar): meteorologia, geografia, biologia, climatologia,
hidráulica, química,...

Ciclo Hidrológico: apresenta a circulação de água (fluxo) através dos compartimentos terrestres.

A Hidrologia fornece conhecimento para resolver problemas, propõe soluções a problemas


relacionados à água.
Problemas de disponibilidade de água: acontecem, por exemplo, por crescimento populacional,
concentração populacional (distribuição irregular). Diferenças regionais de quantidade de água
➔ No Brasil não se tem uma distribuição regular de população, muitas pessoas vivem na
região com uma bacia menor (bacia do Paraná), e poucas em uma maior (bacia
amazônica), pode-se avaliar então a disponibilidade de águas superficiais. Oferecem
desafios para gerenciamento de águas.

Escassez Hídrica: falta ou indisponibilidade de água devido ao aumento da demanda. Pode ser
ou não a falta física da água, pois pode haver água mas não ser tratada e distribuída ou não ser
acessada.
Escassez Alimentar: pela falta de água não se tem irrigação agrícola, e portanto, há uma
dificuldade de produção de alimentos. Menos disponibilidade de alimentos.
➔ exemplos: irrigação por pivôs centrais, ...
Escassez Energética: quando a falta de água prejudica a geração de energia elétrica.
➔ deve-se ter um bom gerenciamento dos recursos hídricos.

➢ nexo água - alimento - energia


Demanda por Água : usos construtivos e não construtivos. retirada de água é diferente de
consumo de água

Sistemas de Abastecimento Público:


manancial (pode ser superficial-rios, ou subterrâneo-poços...) - captação - estação elevatória de
água bruta (bomba) - adutora de água bruta (tubulação)- estação de tratamento de água
(ETA)- adutora de água tratada - reservatório - rede de distribuição

➢ o engenheiro deve saber quanto e onde pode-se retirar águas

impacto das águas subterrâneas em rios


- aquíferos podem depositar suas águas em rios e com a intervenção humana pode ser
alterada, o rio pode descarregar água em um aquífero...
➔ O que se faz com o um aquífero afeta a vazão de um rio.

➢ o engenheiro deve saber quanto pode retirar de água para não afetar os
rios, ou quanto pode ser bombeado para não prejudicar o ambiente.

- intrusão salina : a água do mar adentra a água dos poços de cidades litorâneas, em vez
de águas subterrâneas se descarregarem no mar. (poluição de águas subterrâneas)

Crise Hídrica:
Seca Meteorológica: ausência completa de precipitação, ocorrência mais baixa de chuva, períodos
abaixo do normal de chuvas.
Seca Hidrológica: pela falta de chuva ocorre a diminuição da vazão de água em rios e a
diminuição do nível de águas subterrâneas.
Seca Socioeconômica: quando a seca meteorológica afeta a economia.

➢ O engenheiro contabiliza períodos de seca e afetamento no futuro.


➢ Engenharia Hídrica

Afeta energia pq a falta de água em rios gera falta energia elétrica pq rios abastecem as usinas
hidrelétricas, quando chega pouca água se tem menos geração de energia.

➢ exemplos de Alocação de Água - para “transportar” água para outras regiões.

➔ Sistema Cantareira: sistema de reservatórios superficiais interconectados que levam água


para a região metropolitana de SP. Um dos maiores sistemas abastecedores de água do
mundo.
➔ Transposição de Rios - rio São Francisco - oferecimento de água, geração de energia,
plantio ( produção de alimentos)
➔ estudo de caso: redução significativa da vazão de base do rio São Francisco -
diminuição na vazão do rio por conta da falta de chuva e utilização excessiva de água de
um aquífero.

Inundações Urbanas: falta de investimentos de sistemas de drenagem, subdimensionamento ou


falta. Se tem prejuízos.

Aula 2 - Ciclo Hidrológico e Disponibilidade Hídrica

Ciclo Hidrológico é a circulação de água através de diversos compartimentos do planeta Terra,


como a atmosfera, a superfície terrestre, a subsuperfície e os oceanos.
➔ A quantidade de água no ciclo hidrológico não se altera, somente circula, ou seja, o
volume total de água no planeta Terra é constante, a água não sai ou entra para o espaço.

➢ evaporação - condensação - transportação - precipitação - escoamento superficial -


infiltração - utilização vegetal - transpiração - percolação - escoamento de águas
subterrâneas - sublimação - degelo ...

Atmosfera : umidade do solo, biomassa, rios e lagos, oceanos, geleiras, águas subterrâneas.

➢ Ciclo Hidrológico no Brasil

Disponibilidade Hídrica: águas salinas (oceanos) - águas doces (consumo)


no consumo : geleiras - águas subterrâneas - águas superficiais
em águas superficiais : gelo….

Tempo Médio de Residência: é o tempo em que, em média, uma molécula de água permanece em
um reservatório ou compartimento terrestre(águas subterrâneas, águas em rios, vapor, água
biológica, reservatórios artificiais…) antes de ser transferida para outro.
é calculado pela razão entre o volume do reservatório e a vazão de água que deixa o reservatório:


𝑇 𝑟𝑒𝑠
= 𝑄
Aula 3 - Bacia Hidrográfica

É a área que topograficamente contribui para todo o escoamento que passa através de uma única
seção de um rio, contribui para que a água de precipitação escoe para a saída da bacia
(exutório). As bacias são separadas pelo divisor de águas superficiais.
➢ Pela lei que institui a política internacional de recursos hídricos, a unidade básica de
gerenciamento de recursos hídricos é a bacia hidrográfica.

Há a interação água superficial e subterrânea pelas bacias hidrográficas, são hidraulicamente


conectadas, pela carga hidráulica se tem as águas subterrâneas contribuindo no escoamento das
superficiais.

➔ Divisores da Bacia Hidrográfica


Na parte superficial se divide pela topografia (cotas), na parte subterrânea se divide pela
divisão freática. Nem sempre essas divisões coincidem, uma bacia pode contribuir ou
interferir em outra a partir das águas subterrâneas.

➢ As águas da bacia hidrográfica estão sujeitas a interação com o ser humano, e


podem se alterar conforme o seu uso.
- Delimitação a partir de carta topográfica ou de dados de sensoriamento remoto

➔ Caracterização das Bacias Hidrográficas


- Características Morfométricas: é a forma das bacias, a área, a declividade do terreno e
dos cursos d’água, a densidade de drenagem e ordem dos cursos d’água. compara duas
ou mais bacias, transfere dados entre bacias próximas, usa fórmulas empíricas para
regionalização das vazões.
- declividade(m/km) :
𝑦 2−𝑦 1 ∆ℎ
𝐼 = = e
0 𝑥 2−𝑥 1
∆𝐿

𝐿 2
𝐼 0𝑒𝑞
=( 𝐿 1
𝐿 2 𝐿𝑛
)
+ +...+
𝐼 1
𝐼 2
𝐼 𝑛

- coeficiente de compacidade(adimensional) :
𝑃
𝐾 𝑐
= 0, 28
𝐴
- densidade de drenagem :
𝐿
𝐷 𝑑
= 𝐴
- ordem dos cursos d’água (Strahler) : primeira, segunda, terceira, …. ordem
- tempo de concentração(empíricas) :
3
𝐿 0,385
Kirpich: 𝑇 = 57( ) ;
𝑐 ∆ℎ
2
𝐿 0,385
modificada de Kirpich: 𝑇 = 57( ) ;
𝑐 𝐼 𝑒𝑞

𝐿 0,79
Watt e Chow: 𝑇 = 7, 68( 0,5 ) ;
𝑐 𝐼 0
0,41
𝐴
Dooge: 𝑇 = 21, 88 0,17
𝑐 𝐼 0

- talvegue (leito)

Aula 4 - Balanço Hídrico

equação da continuidade ou conservação de massa:


𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡. 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡. 𝑞𝑢𝑒 𝑠𝑎𝑖 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜
∆𝑡
− ∆𝑡
= ∆𝑡

forma integral:

𝑑 𝑑 𝑑𝐵
𝑑𝑡
∫ ρ𝑑∀ + ∫ ρ𝑉𝑑𝐴 = 0 𝑑𝑡
∫ ρ𝑑∀ + ∫ ρ𝑉𝑑𝐴 = 𝑑𝑡
---> forma
∀𝐶 𝑆𝐶 ∀𝐶 𝑆𝐶
geral
variação do armazenamento + quant. de água que entra e sai = massa da propriedade extensiva

𝑑𝑆 𝐼 𝑂 ∆𝑆
equação do Balanço Hídrico:
𝑑𝑡
= 𝐼 − 𝑂 ---> ∆𝑡
− ∆𝑡
= ∆𝑡

- aplicação em bacias hidrográficas, em aquíferos, em zonas não saturadas do solo

➢ diferentes usos do solo afetam a vazão da bacia

Aula 5 - Processo de Formação e tipos de Precipitação

Precipitação é toda forma de água que atinge a superfície terrestre a partir da atmosfera, como a
chuva, o granizo, o orvalho e a neve.
➔ Formação da Precipitação (chuva): o ar se resfria por expansão ou se aquece por
compressão
𝑑𝑝
𝑑𝑧
=− ρ · 𝑔 ---> equação da hidrostática
𝑝
ρ 𝑑𝑎
= 𝑇·𝑅
---> relação entre a pressão do ar e a sua massa específica
𝑑𝑎

- o ar ascende, expande e resfria (razão adiabática seca e úmida)


- os núcleos de condensação são higroscópicos e atraem água
- há a colisão-coalescência em nuvens quentes

relação entre vapor da água e temperatura do ar: a água existente na atmosfera está em sua
maior parte na forma de vapor.
𝑛
Lei de Dalton: 𝑝 = ∑ 𝑝 𝑖
𝑖=1
𝑝 =𝑝 +𝑒 ---> para o ar atmosférico
𝑑𝑎

𝑝 𝑒
então: ρ = (1 − 0, 378 𝑝 )
𝑑𝑎 𝑇·𝑅 𝑑𝑎

17,27𝑇
* 𝑇+237,3
capacidade de saturação de vapor d’água do ar: 𝑒 = 611𝑒 para 𝑇 ≥ 0º𝐶
21,87𝑇
* 𝑇+265,5
𝑒 = 611𝑒 para 𝑇 < 0º𝐶

ponto de orvalho: quando o ar foi resfriado até uma pressão de saturação:


𝑙𝑛(𝑒)−6,415
𝑇 𝑑𝑝
= 0,0999−0,00421·𝑙𝑛(𝑒)

𝑒
umidade relativa do ar: 𝑅𝐻(%) = * (100%)
𝑒

𝑒
massa específica do vapor d’água no ar ou umidade absoluta do ar: ρ =
𝑣 𝑅 𝑣·𝑇

𝑍 𝐴
1
Chuva Precipitável: 𝑊 ≡ ∫ ρ 𝑣(𝑧)𝑑𝑧
ρ 𝑊 0
é a quantidade de vapor de água presente na atmosfera que pode precipitar na forma de chuva

➔ Tipos de Chuva:
- Chuvas Convectivas (ou tormentas): rápida ascensão do ar quente carregado de vapor de
água que sobe para altitudes maiores. São de curta duração e alta intensidade,
geralmente bastante concentradas e bem localizadas.
- Chuvas Orográficas: ocorre pela presença de uma barreira física (como uma montanha),
o ar quente sobe após se encontrar com essa barreira, se resfria em grandes altitudes e se
condensa, chovendo somente em um lado desta barreira.
- Chuvas Frontais: quando uma massa de ar frio se choca com uma massa de ar quente que
estava subindo, um processo mais lento. São de longa duração e baixa intensidade.
➔ Circulação Atmosférica Global (circulação de ar no planeta)
No equador se tem baixa pressão e com maior incidência de raios solares o que torna o ar mais
quente, com maior capacidade de reter vapor de água, portanto se tem grandes volumes de
precipitação.
Nos tópicos se tem os maiores desertos do mundo, são regiões com ausência ou poucas nuvens e com
significativa radiação solar, com alta pressão, possibilitando o deslocamento de ar para o
equador.
Nos polos do planeta se tem uma circulação do ar atmosférico ao contrário dos tópicos, se tem
baixa pressão e pouca incidência solar.

Aula 6 - Instrumentos de Medição de Precipitação

- Unidade de Medida: 1mm de chuva = 1litro de precipitação sobre uma área de 1m²
(“lâmina” de água)

- Altura de Precipitação(𝑃)é a lâmina de água precipitada sobre a superfície do terreno


- Duração do evento de Precipitação (𝑡 𝑑) é o tempo decorrido desde o início da
precipitação até o seu término
- Intensidade de Precipitação (𝑖 = 𝑃/𝑡 𝑑
) é a razão entre a altura de precipitação e o seu
tempo de duração
- Hietograma é a representação gráfica da altura de chuva ao longo do tempo

Pluviômetro Manual (ou convencional)


Pluviógrafo de Balança
Automático com armazenamento sobre uma balança. O recipiente com água se movimenta sobre
a balança que aciona um dispositivo mecânico que possui um braço e uma caneta em sua ponta,
que risca um papel já milimetrado, possibilitando a leitura do registro de chuva.

Pluviômetro de Cubas Basculante


Erros Sistemáticos de Medição: por conta de animais, folhas, vento

Distribuição espacial de instrumentos de medição de precipitação no Brasil: geralmente


convencionais e com uma distribuição irregular

➢ pluviômetro é um instrumento de medição de precipitação pontual

Medição por Sensoriamento Remoto


utilização de sensores para obter informações sobre fenômenos, sem ter contato direto, a partir da
radiação eletromagnética.
- Sensor Passivo não emite radiação própria em um comprimento de onda determinado,
coleta a radiação refletida pela superfície terrestre, que foi emitida pelo sol (fonte de
radiação)

- Sensor Ativo emite uma radiação própria em um comprimento de onda específico, que é
refletida pela superfície terrestre e é capturada pelo próprio sensor

Radar
Instalado em terra em cotas elevadas, que identifica objetos na atmosfera, mais especificamente
hidrometeoros (partículas de água suspensas na atmosfera - vapor, líquida ou sólida). São
sensores ativos, pois detectam objetos por ecos de rádio e determina a sua direção e alcance. Longa
distância e tempo real. Mede a intensidade do sinal refletido pela chuva e depois deve-se
transformar em quantidade de chuva.

Satélite
Fornece medidas de precipitação. Tem um sensor passivo que quantifica a precipitação a partir
da radiação eletromagnética emitida pelas nuvens na atmosfera, onde o sol é a fonte.

Prática: Aquisição e Processamento de dados de Precipitação

➔ Como Obter Dados de Precipitação


Aula 7 - Preenchimento de Falhas em dados de Precipitação e Técnicas de Espacialização de
Precipitação

Preenchimento de Falhas: dados pluviométricos possuem falhas com ausência de dados ou erros
sistemáticos.
O preenchimento pode ser realizado usando dados de pluviômetros ou pluviógrafos próximos à
estação com dados faltantes, ou usando produtos de precipitação de sensoriamento remoto como
radares e satélites.

- Método da Ponderação Regional:


Quando se tem um dado faltante em determinado local, e tem-se estações próximas/ vizinhas,
pode-se pressupor que a precipitação é semelhante.
1 𝑃 𝑥
𝑃 𝑥
𝑃 𝑥
𝑃 = ( 𝑃 + 𝑃 + 𝑃 3) , onde 𝑃é a média da
𝑥 3 𝑃 1 𝑃 2 𝑃
1 2 3

precipitação
É recomendado que as estações próximas tenham, no mínimo, 10 anos de dados. Esse método só
deve ser usado para preenchimento de falhas mensal e anual.

- Método da Regressão Linear:


É usada a hipótese de que há uma relação linear entre os dados pluviométricos da estação com
falhas e os dados de alguma estação próxima
𝑃 𝑥
= 𝑎𝑃 1
+𝑏

∑(𝑥 𝑖−𝑥)(𝑦 𝑖−𝑦)


onde 𝑎= e 𝑏 =𝑦− 𝑎 ·𝑥
2
∑(𝑥 𝑖−𝑥)

Assim, se ajusta uma reta aos pares de dados pluviométricos de uma estação com fala e outra sem.
Esse método só deve ser usado para preenchimento de falhas mensal e anual.

- Método da Regressão Linear Múltipla:


É usada a hipótese de que há uma regressão linear entre os dados pluviométricos da estação com
falhas e os dados de duas ou mais estações próximas
𝑃 𝑥
= 𝑎𝑃 1
+ 𝑏𝑃 2
+ 𝑐𝑃 3
+ 𝑑...

➔ Análise da Consistência dos Dados


Para ver se pode-se utilizar estações vizinhas para preenchimento de falhas
- Método da Dupla-Massa:
Cria-se um gráfico de dispersão dos valores acumulados de precipitação (mensal ou anual) entre
duas estações próximas. Depois se identifica a ocorrência de mudanças no comportamento da
precipitação ao longo do tempo.
Essas mudanças podem indicar alterações de condições climáticas ou condições físicas do local,
mudança de observador ou devido a erros sistemáticos.
Pode-se corrigir os valores mais antigos para a situação atual ou corrigir os mais recentes para a
condição antiga.

➔ Precipitação Média sobre uma Bacia Hidrográfica:


𝑛
1
𝑃= 𝑛
∑ 𝑃 𝑖
𝑖=1
Mapa de Isoietas: Contém curvas de igual precipitação. É constituído a partir de uma grade (ou
malha) regular de valores de precipitação. Se entende o comportamento das precipitações.
Pode-se interpolar os valores de precipitação em uma grade e calcular a média:
1
𝑃 𝑖
= 2
(𝑃 𝑖−1
+ 𝑃 )
𝑖+1
𝑛
∑ 𝑎 𝑖
=𝐴
𝑖=1
𝑛
1
𝑃= 𝐴
∑ 𝑎 𝑖𝑃 𝑖
𝑖=1

Polígonos de Thiessen: Não tem uma base física, mas é um método fácil e rápido. Delimita-se
polígonos, a partir da união por retas as estações que fazem o registro pluviométrico e do traçado
de outras retas para delimitar segmentos médios entre duas estações. Assim se tem um valor da
precipitação para cada ponto da região.
𝑛
1
𝑃= 𝐴
∑ 𝑎 𝑖𝑃 𝑖
𝑖=1
𝑛
∑ 𝑎 𝑖
=𝐴
𝑖=1

Interpolação Ponderada pelo inverso da Distância: A partir dos dados se tem a estimativa de
chuva em outros pontos onde não há medição. Está implementada em diversos softwares.
𝑝(𝑥, 𝑦) = 𝐹 1(𝑃 1, 𝑃 2,..., 𝑃 )
𝑔
𝑛
∑𝑤 𝑔
𝑃 𝑔
𝑔=1
𝑝(𝑥, 𝑦) = 𝑛
1
∑ 𝑐
𝑔=1 𝑑(𝑢,𝑣)
1
𝑤 𝑔
= 𝑐
𝑑(𝑢,𝑣)
1
2
𝑑(𝑢, 𝑣) = [(𝑥 𝑢
− 𝑥 𝑣)² + (𝑦 𝑢
− 𝑦 𝑣)²]

Método da Krigagem e da Co-Krigagem: encontra-se um comprimento de correlação de


precipitação ao longo da bacia hidrográfica. Estão implementados em diversos softwares.

Prática: Preenchimento de Dados Pluviométricos

➔ Preenchimento de falhas pela regressão linear simples e pela regressão linear múltipla

Aula 8 - Precipitações Intensas

A Precipitação Intensa tem curta duração e alta densidade, geralmente se tem chuvas do tipo
convectivas.
Quando ocorrem em ambientes urbanos geralmente causam inundações urbanas, trazendo
prejuízos econômicos, de energia, de transporte, de água ou esgoto, e ainda causar mortes.

Obras de Infraestrutura de Contenção de Inundações Urbanas: dimensionamento da rede de


microdrenagem e da macrodrenagem urbana, através de cálculos e da estimativa do escoamento
superficial.

𝑛
Frequência Obsoluta e Relativa: 𝑃𝑟𝑜𝑏 = 𝑓𝑟𝑒𝑞

Período de Retorno: é o tempo médio em que a precipitação, com uma duração específica ocorre
1
ou é superado historicamente, é o inverso da probabilidade. 𝑇 =
𝑟 𝑃𝑟𝑜𝑏
- Estacionaridade: é a frequência de precipitação observada no passado é usada para
inferir sobre a probabilidade de ocorrência no futuro. A precipitação de longo prazo é
considerada estacionária.

Quanto mais sério o risco da obra hidráulica maior o período de retorno, pois ao se adotar um
período maior dimensiona-se a obra para uma chuva menos frequente, mais rara, além de
acarretar em maior custo na obra.

Risco: é a probabilidade de uma obra ou estrutura hidráulica falhar ou trabalhar em sua


capacidade máxima de dimensionamento.
1 𝑛
- Probabilidade Complementar: 𝑃𝑟𝑜𝑏' = (1 − )
𝑇𝑟
1 𝑛
- Probabilidade de Falha em “n” anos (risco): 𝑅 = 1 − (1 − )
𝑇𝑟

Equações IDF - intensidade, duração e frequência: a intensidade das chuvas está relacionada com
a duração e frequência de ocorrência.

𝑎
𝐾𝑇 𝑟
𝑖= 𝑐 conforme se aumenta a duração da chuva a sua intensidade
(𝑡 𝑑
+𝑏)
diminui
se aumentar o período de retorno, aumenta-se a intensidade da chuva

- no banco de dados Pluvio se tem várias equações IDF para se obter os parâmetros K, a, b e c

➔ Distribuição Temporal de Precipitação:

- Método dos Blocos Alternados: deve ser utilizado quando se tem apenas dados diários e
não por minutos. Se utiliza o tempo de concentração da bacia hidrográfica e se obtém a
intensidade de chuva, com essa intensidade se calcula a chuva de projeto: 𝑃 = 𝑖 · 𝑡 𝑑.
Após isso, se faz a discretização da precipitação.
Esse método pressupõe que o valor mais alto de ∆𝑃vai ficar no centro dos blocos, com o
resto dos valores sendo distribuídos para baixo e para cima com o 0 no início, alternando
os valores ao longo dos blocos. Este método não tem princípio físico e pressupõe uma curva
gaussiana.

- Método de Huff: classifica-se as precipitações conforme o quartil de duração e verifica-se


as maiores intensidades de precipitações. Pressupõe utilização de curvas que relacionam a
porcentagem acumulada de precipitação e a porcentagem acumulada da duração da
tormenta.
A escolha dos quartis se dá a partir do tempo de duração da precipitação e depois
adota-se a probabilidade de ocorrência de precipitação.

- Método das Relações de Duração de Precipitação: utiliza-se coeficientes


(desagregadores) para discretizar a precipitação em escalas sub-diárias.
𝑙𝑛 𝑑
1,5𝑙𝑛( 7,3
)
𝑡' /𝑡 e 𝐶(𝑑) = 𝑒
𝑑 𝑑

Aula 9 - Introdução à Dinâmica da Água no Solo

Infiltração: é o fenômeno de penetração/entrada de água na subsuperfície a partir da superfície


do terreno. A água se infiltra pela força gravitacional e pela sucção (ou pressão negativa).

A chuva que toca a superfície terrestre pode, além de escoar superficialmente, se


infiltrar e estar disponível para a vegetação na zona de raízes (ou zona não
saturada) ou continuar para o nível freático carregando as águas subterrâneas dos
aquíferos (na zona saturada).

Inundações Urbanas: A urbanização aumenta a impermeabilização do solo e esta reduz a


infiltração de água no sol, aumentando o escoamento superficial. O aumento do escoamento
superficial pode aumentar a frequência e a magnitude das inundações urbanas.

Recarga Artificial de Aquíferos: Construção de poços de injeção de água, as águas de rios podem
ser injetadas nos poços. Construção de bacias superficiais de armazenamento de água, o
escoamento superficial pode ser direcionado e armazenado para as bacias superficiais.

Pavimentos Permeáveis: São dispositivos que permitem que a água da chuva se infiltre e evite
inundações urbanas, diminuindo o escoamento superficial. Geralmente é composto por uma
camada de revestimento, camada de assentamento, e camada de base e/ou sub-base.

Evapotranspiração: Cobertura vegetal, que proporciona melhor temperatura e melhora a umidade


atmosférica.

Composição do Solo: parte porosa (ar e água) e parte sólida (minerais e material orgânico)
Aula 10 - Propriedades do Solo

Textura do Solo: Avalia o tamanho das partículas que compõem um determinado solo, com
argilas de menor tamanho, siltes com partículas pequenas, áreas com maiores tamanhos e
cascalhos com as maiores partículas.
Ensaio: NBR 7181/2016: Solo - Análise Granulométrica e
NBR 6457/2016 - Coleta de Amostra Deformada de Solo
- Coeficiente de Uniformidade:
𝑑 𝑓
𝐶 𝑢
= 𝑑 𝑖

Porosidade: É a medida dos espaços vazios presentes no solo. A porosidade de argilas são
maiores, enquanto a de rochas são menores. A porosidade depende do tamanho dos grãos
minerais e do arranjo geométrico no terreno.
∀𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜𝑠 ρ
𝑛= ∀𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎
𝑜𝑢 𝑛 = (1 − ρ𝑔𝑟ã𝑜𝑠
)

- Tipos de Porosidade: primária e secundária

Rendimento Específico e Retenção Específica: Devem ser determinados a partir de uma amostra
indeformada
- O Rendimento Específico é a água que é drenada pela gravidade em determinada
amostra.
∀𝑑𝑟𝑒
𝑆 𝑦
= ∀

- A Retenção Específica é o volume de água que fica retido sem escoar pela gravidade.

∀𝑟𝑒𝑡
𝑆 𝑟
= ∀

- Porosidade Total do Solo:


𝑛 = (𝑆 𝑟
+ 𝑆 𝑦)
Permeabilidade Intrínseca: É a propriedade do solo que permite transmitir água. A
permeabilidade intrínseca das argilas é baixa , já a das areias é alta.

Condutividade Hidráulica: Está relacionada com a permeabilidade. É uma propriedade do solo e


do fluido que escoa. As argilas têm menor condutividade enquanto cascalhos tem maior.
ρ𝑔 𝑔
𝐾 =𝑘 µ
𝑜𝑢 𝐾 = 𝑘 ν
- Isotropia: está relacionada à direção da condutividade hidráulica.
Homogêneo-Isotrópico; Homogêneo-Anisotrópico; Heterogêneo-Isotrópico; Heterogêneo-Anisotrópico.

A equação de Kozeny-Carman determina a condutividade hidráulica usando a porosidade e o


diâmetro representativo do material:
2
ρ𝑔 𝑛
3 (𝑑 50
)
𝐾 =( µ
)( 2 )( 180
)
(1−𝑛)

Potencial Mátrico e Umidade do Solo

Potencial Mátrico: É a energia entre o solo e a água. Corresponde às forças de adsorção e de


capilaridade e são responsáveis pela retenção de água nos poros.
- Força de Adsorção é a força eletrostática entre a água e a superfície dos grãos minerais,
assim, uma parte da água fica retida no solo por conta da atração elétrica entre a água e
a superfície do grão.
- Força de Capilaridade acontece por conta da tensão superficial da água.
𝑃
ψ = 𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑚á𝑡𝑟𝑖𝑐𝑜 (𝑚) = − γ

Tensão Superficial: Força que atua por unidade de distância


σ ℎ2𝑜 = 0, 0756 𝑁/𝑚 ---> Tensão a 0ºC

Capilaridade: Acontece por conta da tensão superficial da água, é a elevação da água em, por
exemplo, um tubo, formando uma cunha.
2
𝐹 𝑔
= ρ𝑔 · π𝑟 · ℎ 𝑐
𝐹 𝑐
= σ · 𝑐𝑜𝑠(δ) · ρ𝑔 · 2π𝑟
2σ·𝑐𝑜𝑠(δ)
𝐹 𝑔
= 𝐹 𝑐
−−−> ℎ 𝑐
= 𝑟·γ

O diâmetro representativo é usado para calcular a capilaridade, a altura capilar aumenta


conforme o tamanho dos grãos diminui.
- Zona ou Franja Capilar: É formada pela capilaridade, é a elevação da água na interface
entre a zona saturada e a zona não saturada do solo.
- A partir do nível freático a pressão da água é maior do que a pressão atmosférica

Umidade e Potencial Mátrico: influencia na infiltração de água no solo e na sua redistribuição.


- Saturação: potencial mátrico é 0
- Capacidade de Campo (retenção específica): potencial mátrico é -0,033 MPa
- Ponto de Murcha: potencial mátrico é -1,5 MPa
Conforme o solo perde água (aumenta a umidade) o potencial mátrico (em módulo) aumenta.

∀𝑤
Umidade ou Conteúdo de Água no Solo: volume de água em relação ao volume de solo. θ = ∀
∀𝑤
Saturação (total): é o volume máximo de água que o solo pode conter. θ = 𝑛
θ−θ
Saturação Efetiva: preenchimento do solo com água descontando o que já se tem. 𝑆 𝑒
= θ 𝑠−θ
𝑟

Instrumentos de Medição de Umidade no Solo


Método Gravimétrico - NBR 6457/1986
Tensiômetros
Método do Umidímetro tipo Speedy
Método da Resistividade Elétrica
Método Time-Domain Reflectometry (TDR)
Frequency-Domain Reflectometry (FDR)
Sensoriamento Remoto

Prova 1

Aula 11 - Curva de Retenção de Água no Solo

O potencial mátrico é mais negativo a medida que o solo perde umidade (maior em
módulo)
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑀á𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
Ψ = γ

Curva de Retenção - relação conteúdo de água x potencial mátrico


- Tensão de Entrada de Ar é a região na qual pequenas variações de potencial mátrico
causam grandes variações de conteúdo de água ou umidade. A amostra de solo começa a
liberar água para poucas variações de potencial mátrico.

- Força de Absorção - Forças Capilares

- Condutividade Hidráulica: conforme a umidade aumenta a condutividade aumenta

O formato da curva de retenção varia em função da textura do solo


2σ·𝑐𝑜𝑠δ
ℎ 𝑐
= 𝑟·γ

- Diâmetro Equivalente do Poro: areias mais grossas e cascalhos tem maiores diâmetros e
liberam água com maior facilidade. É a representação da quantidade de poros que
permanecem cheios de água durante a análise da curva.

Ensaio Laboratorial com Câmara de Richards


aplicação de pressão em amostras de solo saturadas

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