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POP DRI – Diretoria da Região do Interior CÓD: POP 01

GDRI-10 – Gerência Leste da DRI EMISSÃO: Agos. 2019.


DDRI-10B – Departamento Técnico Operacional REVISÃO: 00
CDRI-10G – Coordenação De Produção e Controle De Qualidade DATA: 27/08/2019
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DETERMINAÇÃO DE FLUORETO EM AMOSTRAS DE ÁGUA


MÉTODO SPADNS POR ESPECTROFOTOMETRIA

1. Objetivo

Este procedimento tem como objetivo auxiliar na determinação do nível de íons


fluoreto em amostras de água, utilizando-se o método SPADNS.

2. Materiais e Reagentes a serem utilizados


2.1. Materiais e equipamentos
 Espectrofotômetro a 570 nm e percurso ótico de 1 cm ou fotocolorímetro de filtro
com percurso ótico de 1 cm e equipado com filtro amarelo-esverdeado com
transmitância máxima em 550 a 580 nm
 5 Balões volumétricos de 50 mL
 Pipeta de 10 mL
 Pipeta de 5 mL
2.2. Reagentes
 Solução estoque de fluoreto
 Solução padrão de fluoreto
 Solução SPADNS
 Solução de referência
 Solução de arsenito de sódio
3. Campo de aplicação

Essa análise aplica-se a amostras de água em que há a fluoretação de forma


artificial ou naquelas que possam vir a ter o íon flúor. Para fins de potabilidade, o Anexo
XX da Portaria de Consolidação nº 5 determina que o Valor Máximo Permitido (VMP) de
íon fluoreto é de 1,5 mg/L. Essa análise é importante pois níveis elevados de flúor estão
associados a doenças, prejudicando a população que faz uso dessa água.

4. Princípio Básico

O método SPADNS é um método colorimétrico que se baseia na reação entre o


íons fluoreto e laca de zircônio com um corante orgânico, em que é formado um

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complexo ZrF6- que é incolor. Assim, a determinação do nível de fluoreto é através da


descoloração da solução contendo o corante SPADNS. Esse método é utilizado para
determinação de fluoreto em água em um intervalo de 0 à 1,4 mg/L por
espectrofotometria na região do visível.

5. Interferências

Ao se levar em conta os possíveis interferentes na análise de fluoreto pelo método


SPADNS, pode-se considerar a seguinte tabela.

Tabela 1 – Interferentes no método SPADNS para análise de fluoreto


Concentração suficiente
Substância interferente (mg/L) para produzir erro Tipo de erro
de 0,1 mg/L
Alcalinidade (CACO3) 5000 Negativo
Alumínio (Al3+) 0,1 Negativo
Cloreto (Cl-) 7000 Positivo
Remover completamente
Cloro residual -
com arsenito
Ferro (Fe3+) 10 Negativo
Hexametafosfato (NAPO3)6 1,0 Positivo
Fosfato (PO4)- 16 Positivo
Sulfato (SO4)- 200 Positivo
Fonte: adaptada de FUNASA, 2012

Caso a amostra a ser analisada apresente qualquer substância listada acima,


coloração ou seja turva, esta deverá ser previamente destilada. Caso necessário, também
pode-se diluir a amostra.

6. Amostragem

Inicialmente, deve-se rinsar os frascos coletores com a água a ser analisada. A


coleta deverá ser realizada em frascos de polietileno, contudo, em último caso, a mesma

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pode ser feita em frascos de vidro, desde que estes nunca tenham sido utilizados como
recipiente para soluções concentradas de fluoreto.

7. Preparo das soluções


7.1. Solução estoque de fluoreto – Fluoreto de sódio a 100 µg de F-/mL (0,2 g/L)
Dissolva 5,5 mg de fluoreto de sódio anidro (NaF) em água destilada e leve
a um volume de 25 mL. Cada mL de solução conterá 100 µg de F -.
7.1.1. Soluções padrões para curva de calibração

Para o preparo das soluções para construção da curva de calibração, recomenda-se


a escolha de, ao menos 5 pontos dos descritos na tabela a seguir:
Tabela 2 – Preparação de 50 mL das soluções da curva de
calibração
mL de solução
Concentração estoque de mL de água
(mg/L) fluoreto (100 destilada
µg/mL de F-)

0,00 0,00 50,00

0,30 6,7 43,3

0,60 3,3 46,67

0,90 2,2 47,8

1,20 1,7 48,3

1,40 1,4 48,6

7.2. Solução SPADNS

Dissolva 958 mg de SPADNS em água destilada e diluía para 500 mL


(solução A). Em seguida, dissolva 133 mg de cloreto de zircônio octahidratado,
ZrOCl2 . 8H2O em cerca de 25 mL de água destilada. Após isso, adicione 350 mL de
ácido clorídrico (HCl) concentrado e dilua para 500 mL com água destilada
(Solução B). Em seguida, misture volumes iguais das duas soluções, obtendo-se

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uma solução SPADNS estável por 2 anos. A solução A é estável indefinidamente,


caso protegida de luz solar direta.

7.3. Solução de referência

Adicione 10 mL da solução SPADNS a 100 mL de água destilada. Em


separado, dilua 7 mL de ácido clorídrico concentrado com água destilada e
acrescente à solução SPADNS diluída. Esta solução poderá ser substituída por um
dos padrões de fluoreto.

7.4. Solução de arsenito de sódio

Dissolva 10 mg de arsenito de sódio (NaAsO 2) e dilua para 2 mL de água


destilada.

8. Procedimento de análise
8.1. Primeiramente deve-se preparar padrões de fluoreto na faixa de 0 a 1,40 mg/L
(seguir sugestão do item 7.1.1.), através da diluição da solução padrão de fluoreto
com água destilada, para um volume final de 50 mL;
8.2. Em seguida, pipete 10 mL do reagente misto de zircônio ácido-SPADNS em cada
padrão e misture bem;
8.3. Prepare um branco contendo 50 mL de água destilada e 10 mL do reagente misto
de zircônio-SPADNS
8.4. Ajuste o espectrofotômetro para 570 nm e ajuste ao zero de absorção com a
solução de referência;
8.5. Imediatamente após, faça a leitura da absorção do branco e de cada um dos
padrões;
8.6. Anote os dados para determinação da equação da curva de calibração;
8.7. Caso a amostra apresente cloro residual, adicione 1 gota de solução de arsenito
de sódio para cada 0,1 mg de cloro residual e misture;
8.8. À 50 mL da amostra, adicione 10 mL do reagente SPADNS;
8.9. Realiza a leitura da absorção e correlacione com a curva de calibração com intuito
de determinar a concentração de fluoreto na amostra;

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NOTA: Caso a solução fique totalmente incolor, deve-se realizar uma diluição da amostra
e repetir o procedimento de análise, pois este é um indicativo de elevadas concentrações
de íons fluoreto.

NOTA: É importante que a temperatura da amostra seja a mesma que a dos padrões
utilizados na curva de calibração.

9. Cálculos

A equação da curva de calibração deverá ser obtida através de cálculos manuais,


ou com o auxílio do Microsoft Excel. A determinação da concentração, em mg/L, de
fluoreto é realizada através da equação a seguir:

mg A B
de Fluoreto= x , onde:
L mL da amostra C

A = µg de fluoreto determinado pela curva traçada


B = Volume final da diluição (apenas quando cabível)
C = alíquota tomada da diluição (apenas quando cabível)

10. Referências Bibliográficas

BRASIL. FUNASA. Manual de fluoretação da água para consumo humano. Brasília:


FUNASA, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Do controle e da vigilância da qualidade da água para
consumo humano e seu padrão de potabilidade (Origem: PRT MS/GM 2.914/2011).
Anexo XX da Portaria de Consolidação n. 5, de 03 de outubro de 2017. Disponível
em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0005_03_10_2017.html#A
NEXOXX>. Acesso em: 14 agosto. 2019.

PIRES, L.D.; et al. Determinação do índice de fluoreto em águas de abastecimento público


na cidade de Juiz de Fora. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 7, n. 1 e n. 2, jan-
mar/abr-jun, 2002.

Elaborado por: Equipe Técnica da CDRI-10G Coord. Prod. e Controle de Qualidade – CDRI-10G

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