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ANÁLISES DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS

As metodologias usadas nas análises físico-químicas e microbiológicas foram realizadas conforme o


Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater da instituição americana Public Health
Association (APHA).

Sólidos

A palavra esgoto tem sido amplamente usada para definir tanto a tubulação condutora
das águas servidas de uma comunidade, como também o próprio líquido que flui por
estas canalizações. Assim sendo, este termo será usado indistintamente, mas com
maior freqüência para definir os despejos provenientes das modalidades do uso e da
origem das águas, tais como:

- uso doméstico, o de utilidades públicas,comercial, industrial, águas de


superfície, águas de infiltração (subsolo).
- Esgoto doméstico – uso doméstico
- Efluentes industriais – provém de águas para fins industriais e adquirem
características próprias em função do processo industrial empregado. Assim
sendo, cada indústria deve ser considerado separadamente.

Matéria Sólida

Das características físicas, o teor de matéria sólida é a maior importância em termos


de dimensionamento e controle de operações das unidades de tratamento. A pesquisa
de matéria sólida é fonte de uma série de operações unitárias de tratamento, ainda
que apresente em média 0,08% do volume dos esgotos a água compõe os restantes
99,92%.
A matéria sólida total em águas residuárias pode ser definida como a matéria que
permanece como resíduo após evaporação a 1030 C. Se este resíduo for calcinado a
5500 C, as substâncias orgânicas se volatilizam e os minerais permanecem sob a
forma de cinza; compõe assim a matéria sólida volátil e a matéria fixa.
O conhecimento da fração de Sólidos Voláteis apresenta particular interesse nos
exames do lodo do esgoto (para se saber sua estabilidade biológica) e nos processos
de lodos ativados e oxidação total para se saber a quantidade de M. O tomando parte
do processo.
A matéria sólida total classifica-se ainda em Matéria em suspensão e dissolvida.
A matéria sólida em suspensão compõe a parte que é retida, quando um volume da
amostra de esgoto é filtrada através de um filtro, num cadinho de Gooch; a fração que
passa pelo filtro compõe a matéria sólida dissolvida, e que está presente em solução
ou sob a forma coloidal.
A matéria sólida (dissolvida ou em suspensão), pode ser de origem orgânica ou
mineral. De maneira geral, a matéria orgânica se volatiliza a temperatura maiores a
5500 C e a calcinação a esta temperatura é utilizada para se fazer a diferenciação
entre sólidos voláteis (volatiliza a 5500 C + 500 C – matéria orgânica) e sólidos fixos
(permanece a 5500 C + 500 C – matéria mineral).

ST – dimensionamento ---- STV – mat. orgânica para o ----- SSV – mat. orgânico p/
classifica em esgoto tratamento biológico formar flocos
biológicos
forte – 1000ppm
médio – 500ppm ------------ SVD – mat. orgânica para microorganismos
fraco – 200ppm |
|
STF – mat. inorgânica removida -------- SSF – removidos em tratamento primário e
em tratamento primário ou terciário
nutrientes para microorganismos \
em tratamento secundário ou SDF – removidos em tratamento
removidos em tratamento terciário terciário
Sólidos Totais

Técnica

Preparo da cápsula de porcelana.

1. Coloque a cápsula vazia na Mufla a 5500 C por 1 hora.


2. Esfrie no dessecador e pese, tome este peso como Po em gramas.
3. Deixe no dessecador até o momento no seu uso.
4. Leve a cápsula para o banho Maria.
5. Transfira para a cápsula 100ml da atmosfera homogeneizada, lavando bem a
proveta que contenha a amostra, de modo a arrastar todos os sólidos em
suspensão.
6. Evapore até secura em banho Maria e a seguir coloque a cápsula com o
resíduo na estufa a 1050 C até secagem completa (1 hora).
7. Retire da estufa, esfrie em dessecador e pese.
8. Tome esse peso como P1 em gramas.

Expressão do Resultado

Sólidos totais em mg/l = (P1 – Pó) . 1000000


V. amostra

Sólidos Totais Fixos (S.T.F.)

Técnica

1. Transfira a cápsula da determinação dos sólidos totais à mufla a (5500 C) por 1


hora.
2. Retire da mufla, esfrie em dessecador e pese.
3. Tome esse peso como P2 em gramas.

Expressão do Resultado

Sólidos Totais Fixos em mg/l = (P2 - P0 ) . 106


V. amostra

Sólidos Totais Voláteis (S.T.V.)

Técnica

1. Determinar Sólidos Totais da amostra (S.T.)


2. Determinar Sólidos Totais Fixos (S.T.F.)

Expressão do Resultado

Sólidos totais voláteis em mg/l = (S.T. – S.T.F.)

Obs: Com os resultados obtidos acima pode-se calcular o percentual de Sólidos Totais
Voláteis e o percentual de cinzas nos Sólidos Totais.
Cálculos

- % de matéria volátil P2 . 100


P1
-
% de cinzas = % de matéria volátil - 100

Sólidos em Suspensão

Técnica

Preparo da Cápsula de Porcelana

1. Lavar a cápsula de porcelana


2. Levar à estufa para secar a 1050 C
3. Adicionar o papel de fibra de vidro à cápsula de porcelana e levar à mufla a 5000 C
por 1 hora.
4. Esfrie um dessecador e pese
5. Anote o peso obtido em gramas (P3 )

Análise

- Transfira 50 ml da amostra de esgoto homogeneizado e filtre através do papel


de fibra de vidro lavando com cuidado o filtro com água destilada e enxágue a
proveta cujas águas de lavagem devem também ser filtradas.
- Coloque papel de fibra de vidro com o material filtrado na cápsula de porcelana
e leve a estufa a 1050 C durante 1 hora.
- Retire a cápsula de porcelana da estufa, esfrie em dessecador e pese. Anote o
peso com P4, , em gramas.

Expressão do Resultado

Sólidos Suspensos em mg/l = (P4 – P3 ) . 1000000


ml da atmosfera

Sólidos Suspensos Fixos (S.S.F.)

Técnica

1 – Transfira a cápsula da determinação de sólidos em suspensão (de peso P4 ) para a


mufla a 5500 C durante 1 hora, até que o resíduo do cadinho tome uma coloração de
cinza branca ou avermelhada.

2 – Retire da mufla, esfrie em dessecador e pese. Anote este peso como P5 em


gramas.

Expressão do Resultado

Sólidos Suspensos em mg/l = (P5 - P3 ) . 1000000


ml da amostra
Sólidos Suspensos Voláteis (S.S.V.)

Técnica

1. Determine a matéria sólida em suspensão (S.S.);


2. Determine a matéria sólida em suspensão (S.S.F.).

Expressão do Resultado

Sólidos Suspensos Voláteis em mg/l = (S.S.) – (S.S.F.)

CLORETOS

Introdução

O cloreto na forma de íon CI é um dos principais ânions encontrados nos esgotos


domésticos.
A concentração de cloretos é maior em esgoto doméstico do que em água bruta,
porque o NaCI é um composto comum na nossa dieta, sendo eliminado através da
urina.
Alguns tipos de indústrias contém altas concentrações de cloretos em seus despejos,
como indústrias de alimentos e abatedouras.
No Brasil a portaria 36 estabelece como VMP, para cloretos 250 mg/l na água tratada
para consumo humano.

Importância da Análise

A determinação de cloretos deve ser realizada em esgotos quando determinamos


DQO e Nitratos, pois estes interferem nestas análises.
Em mananciais, um aumento do teor de cloretos, pode indicar contaminação por
águas residuárias.

Princípio do Método

O método de Mohr, baseia-se na determinação da concentração do íon cloreto através


da titulação com AgNO3 cuja concentração é conhecida, usando-se como indicador o
cromato de potássio.

AgNO3 + NaCI --> AgCI + NaNO3

No ponto final o primeiro excesso de Ag+ reagirá com o indicador ocasionando a


precipitação do cromato de prata vermelho.

2AgNO3 + K2CrO4 ---> Ag2CRO4 + KNO3

Este método requer uma titulação em branco para que se possa corrigir o erro
cometido na detecção do ponto final.
Interferentes

a) H2S ácido sulfúrico também sulfetos (Na2S1 K2S)

----------------------->

2AgNO3 + H2S ---> Ag2S + 2HNO3


sulfeto de prata pp. preto

Eliminação de interferência de sulfetos através H2O2

H2O2 + H2S OH H2SO4 + H2O

No meio alcalino há favorecimento de formação de ácidos e vice-versa. O meio tende


ao equilíbrio, então se está básico, favorece a formação de ácidos para ocorrer
neutralização do meio.

b) pH deve estar entre 6,5 e 10,5

- pH < 6,5 (ácido, excesso de H + )

(CrO4 ) -- ) + H+ ---> (HCRO4) - )

cromato ácido, não atua como indicador

- pH > 10,5 (básico, excesso de OH - )

Ag+ + OH - --> AgOH (solúvel)

AgNO3 + NaOH --> AgOH + NaNO3

c) cor e turbidez

Para cada 100ml de amostra adicionar 3ml de suspensão de Al(OH)3, que promoverá
uma flaculação das suspensões coloridas podendo ser removido por filtração.

Técnica

1. caso a amostra apresente cor e turbidez, adicione 3ml da suspensão de Hidróxido


de Alumínio para cada 100ml de amostra, agite vigorosamente e filtre, recolhendo
o filtrado.
2. transfira 100ml de amostra clarificada para uma cápsula de porcelana de 250ml.
3. goteje 3 a 4 de fenolftaleína e adicione NaOH 0,1N até coloração rósea. Adicione
1ml de H2O2 (peróxido de hidrogênio) a 30% em volume e agite.
4. ajuste o pH da amostra para uma faixa de 6,5 a 10,5, usando para isto NaOH e/ou
H2SO4 0,1N até descoramento).
5. adicione 1 ml do indicador Cromato de Potássio e titule com a solução de AgNO3
0,0141N, até que surja a primeira cor amarelo-tijolo persistente.
6. faça, paralelamente, uma prova em branco (com 100ml de água destilada, realizar
o item 4 e 5).
Expressão do Resultado

ppm CI - : (A – B).5.Fc onde: A = ml AgNO3 gastos na amostra


B = ml AgNO3 gastos no branco
Fc = Fator de correção do AgNO3

DQO – demanda Química do Oxigênio

A DQO corresponde à quantidade de oxigênio necessária para oxidar quimicamente a


fração orgânica de uma amostra que seja oxidável pelo permanganato ou dicromato
de potássio em solução ácida.
A DQO engloba não somente a demanda de oxigênio satisfeita biologicamente (como
a DBO), mas tudo que é susceptível de demandas de oxigênio, em particular os sais
minerais oxidáveis.
A DQO é extensivamente usada para caracterizar a fração orgânica de um esgoto ou
a poluição de águas naturais. Este teste mede a quantidade de oxigênio requerida
para a oxidação química da matéria orgânica existente, em uma amostra, em CO2 e
H2O.
Mat. orgânica + O2 ---> CO2 + H2O

Importância da Análise

É um parâmetro importante como dado comparativo eficiente e rápido no controle de


processos de tratamento para determinação de amostras, que contém produtos
tóxicos ou para indicação de diluições convenientes das amostras para determinar sua
DBO.

Coleta e Preservação de Amostras

A coleta de amostras é feita em frasco de vidro ou plástico de aproximadamente 200ml


e a análise deve ser feita de imediato ou se preserva por até 7 dias pela adição de
ácido sulfúrico concentrado até pH < 2 em geladeira a 40 C.

Princípio do Método

A metodologia do teste consiste em adicionar uma quantidade conhecida de solução


padronizada de dicromato de potássio, reagente ácido sulfúrico contendo sulfato de
prata e um volume conhecido de amostra em um frasco. A essa mistura é feito refluxo
(evaporação e condensação) por 2 horas.
A maior parte dos tipos de matéria orgânica é destruída nessa mistura.

M.O + CR2O-2 7 + H + Ag + CO2 + H2O + 2Cr+3


calor

O dicromato de potássio remanescente é titulado com sulfato ferroso amoniacal,


usando-se ferroin como indicador. O fim da titulação ocorre quando a sua cor muda
de azul esverdeado para marrom avermelhado.

K2Cr2O7 + (NH4)2Fe(SO4)2 --> K2SO4 + Cr2 (SO4)3 + (NH4)2SO4 + Fe2(SO4)3


Técnica

1. coloque no balão de fundo chato de 250ml de fundo chato 0,4g de sulfato de


mercúrio.
2. adicione 20ml da amostra
3. se necessário uma alíquota diluída a 20 ml com água destilada
4. coloque várias pérolas de vidro
5. adicione lentamente 5,0ml do reagente ácido sulfúrico-sulfato de prata gelado, com
agitação para dissolver o sulfato de mercúrio.
6. alternativamente, coloque em banho maria de gelo
7. adicione 10ml da solução de dicromato de potássio 0,25N e misture
8. conecte o condensador ao frasco e ligue a água de refrigeração
9. adicione o restante da solução 25ml de ácido sulfúrico-sulfato de prata através do
condensador utilizando o bico de papagaio.

OBS: Continuar a agitação enquanto se adiciona a solução de ácido sulfúrico com


sulfato de prata. Misturar completamente a solução antes de iniciar o refluxo para
evitar o aquecimento local na base do frasco, e conseqüentemente, uma possível
reação explosiva do conteúdo.

10. faça um branco com todos os reagentes usando água destilada como amostra
11. refluxe por 2 horas
12. interrompa o refluxo. Deixe o sistema esfriar, lave o condensador com
aproximadamente 50ml de água destilada e adicione água de lavagem à solução
de digestão. O volume final será aproximadamente 200ml.
13. titular o excesso de dicromato de potássio com solução de sulfato ferroso
amoniacal 0,1N usando 5 gotas do indicador ferroin.

Expressão do Resultado

DQO em mg/l = (B – A) . N . fc . 8000


ml da amostra

Onde: A = volume de sulfato ferroso amoniacal gastos com a amostra


B = volume de sulfato ferroso amoniacal gastos com o branco
N = normalidade de sulfato ferroso amoniacal

OBS: No caso de diluir a amostra, multiplicar o resultado pelo fator de diluição.

Interferentes

1. Compostos orgânicos alifáticos (compostos orgânicos hidrocarbonetos de cadeia


aberta) facilmente volatilizados não são oxidados de forma apreciável, devido ao
pouco contato entre os vapores do composto com o agente oxidante. Esses
compostos são oxidados de forma mais eficiente quando se adiciona sulfato de
prata como catalisador.
2. O Ag2SO4 (sulfato de prata) utilizado como catalisador pode reagir com CI - , Br -
I – (haletos), produzindo precipitados que se oxidam apenas parcialmente. As
dificuldades pela presença desses compostos pode ser contornada pela
complexação com sulfato mercúrio (HgSO4). Embora se especifique a quantidade
1g de HgSO4 para cada 50ml de amostra, quantidades menores podem ser
utilizadas, desde que seja mantida a proporção 10:1 de HgSO4:CI - .
3. Quando a concentração de NO2- ultrapassar 2mg N/NO2- /|, adicionar 10mg de
ácido sulfânico para cada mg N/NO2- presente na amostra, o que impedirá a sua
oxidação para NO3- .
4. As espécies inorgânicas redutoras como Fe +2 , Mn +2 , S –2 , ... , são oxidados nas
condições de teste. Quando a amostra possuir altas concentrações destas
espécies, corrige-se o valor da DQO obtida, pela subtração da demanda por esses
compostos.

Oxigênio Dissolvido O.D.

Introdução

A decomposição biológica da matéria orgânica usa oxigênio dissolvido. Níveis


significativamente abaixo dos valores de saturação, freqüentemente ocorrem em
águas superficiais poluídas. Considerando que os peixes e a maioria da vida aquática
sofrem com a falta de oxigênio, a determinação do oxigênio dissolvido é uma das
principais análises em levantamentos de poluição. A taxa de ar fornecida nos
processos de tratamento aeróbio é controlada pelo teste de oxigênio dissolvido para
manter condições aeróbias, a para prever desperdício de potência, devido à excessiva
aeração. Testes de O.D. são usados na determinação da demanda bioquímica de
oxigênio do esgoto ou despejo. Pequenas amostras de esgoto são misturadas com
água para diluição e colocadas em garrafas de DBO para terem o teor de oxigênio
dissolvido determinado a vários intervalos de tempo. A remoção de oxigênio da água
de alimentação de aquecedores é uma prática comum, e o teste de O.D. é o meio de
controle.
A modificação azida do método iodométrico é a técnica química mais comum para
medição de oxigênio dissolvido. O teste-padrão usa garrafas de DBO de 300ml. Os
reagentes químicos usados no teste são: solução de sulfato de manganês, reagentes
álcali-iodeto azida, ácido sulfúrico concentrado, indicador amido e titulante
padronizado tiossulfato de sódio. O primeiro passo é adicionar 2ml de cada um dos
dois primeiros reagentes à garrafa de DBO, tampando-a com cuidado para excluir as
bolhas de ar, e misturar invertendo repetidamente a garrafa. Se nenhum oxigênio está
presente, o íon manganoso reage somente com o íon hidróxido para formar um
precipitado branco de Mn(OH)2. Se o oxigênio está presente, uma parte do MN +4 é
oxidado para uma valência maior (Mn +++), e precipita na forma de um óxido de cor
marrom (Mn(OH)2 O ).

Mn ++ + 2OH -- ---> Mn(OH)2

Mn ++ + 2OH-- + 1/2O2 ---> Mn(OH)2O + H2O

Após agitar e dar tempo suficiente para que todo oxigênio reaja, os precipitadores
químicos decantam, deixando um líquido claro na porção superior. Então, 2ml de ácido
sulfúrico concentrado são adicionados. A garrafa é tampada e o conteúdo misturado,
invertendo-a sucessivamente até que a suspensão seja completamente dissolvida e a
coloração amarelada seja uniforme em toda a garrafa. A reação que se efetua com a
adição de ácido é a apresentada abaixo; o óxido básico mangânico é reduzido para
manganês manganoso, enquanto uma quantidade equivalente de íon iodeto é
convertido a iodo livre. A quantidade de I2 é equivalente ao oxigênio dissolvido na
amostra original.

H2SO4 + Mn(OH)2O ----> Mn(SO4)2 + H2O

Mn(SO4)2 + 2I - ----> Mn ++ + I2
Com as altas concentrações de sólidos em suspensão e a atividade biológica dos
flocos de lodo ativado apresentam alto consumo de oxigênio, a atividade microbiana
deve ser cessada quando da coleta da amostra, e os sólidos em suspensão separados
da solução antes que se faça o teste iodométrico de oxigênio dissolvido. Uma
metodologia comum é usar-se uma solução inibidora de sulfato de cobre e ácido
sulfâmico, para parar a atividade biológica e para flocular os sólidos em suspensão. A
metodologia de coleta recomenda que se adicione 10ml da solução inibidora por litro,
em uma garrafa de boca larga. Para a coleta em um tanque de aeração, a garrafa é
colocada em um suporte especial projetado de tal forma que a garrafa será enchida
por um tubo situado junto ao fundo e extravase cerca de 25% da capacidade da
garrafa. Após ser removida do seu suporte, a amostra é tampada e deixada decantar
até que um sobrenadante claro possa ser sinfonado para uma garrafa de DBO. A
concentração de O.D é, então, medida pelo método iodométrico.

Importância da Análise

O teor de oxigênio dissolvido em águas residuárias depende das atividades físicas,


químicas e biológicas neste meio, sendo assim a análise de oxigênio dissolvido é de
grande importância no monitoramento das condições dos corpos receptores e no
controle de processos de tratamento aeróbio, que deve ser mantido o teor de oxigênio
dissolvido suficiente para garantir a atividade aeróbia sem desperdício de potência.

Princípio do Método

1) MnSO4 + NaOH, Nal, NaN3


Solução alcalina de Iodeto-azida

O sulfato manganoso vai reagir com hidróxido de sódio

MnSO4 + 2NaOH ---> Mn(OH)2 + Na2SO4


floco branco (não existe O2 dissolvido)

Se existir O2 na amostra

Mn(OH)2 + O2 ---> Mn(OH)2 O (óxido básico mangânico)


floco marrom (indica a presença de O2 dissolvido na atmosfera)

2) adicione ácido sulfúrico concentrado (H2SO4)

(H2SO4) + Mn(OH)2 O ---> Mn(SO4)2 + H2O

Mn(SO4)2 + 2Nal ----> MnSO4 + Na2SO4 + I2

I2 proporcional Mn(SO4)2 proporcional Mn(OH)2O proporcional O2

I2 proporcional O2

Titulação

amido
I2 + 2Na2S2O3 --------> 2Nal + Na2S4O6
tiossulfato iodeto de tetrationato
de sódio sódio de sódio
Indicador amido de 5 a 10 gotas, da coloração laranja para amarelo e adicionando-se
amido vai dar cor azul para incolor.

Interferentes

H2SO4 + 2Nal ----> Na2SO4 + HI


ácido iodídrico

HI + NaNO2 -----> Na2O + NO + H2O + I2

Adicionando mais azida sódica

NaN3 + H2SO4 ----> Na2SO4 + HN3


azida ácida

A azida introduzida no princípio da técnica te, preferência em reagir com o ácido


sulfúrico impedindo que este venha a reagir com o Iodeto de sódio (Nal) e ocorra a
formação de ácido iodídrico.

Coleta da Amostra

Após coletada a amostra através de uma garrafa (garrafa de Hale), efetuar a


transferência para o frasco de DBO através de sifonamento.

Conservação da Amostra

A preservação da amostra é feita adicionando 2ml de sulfato manganoso e 2 ml de


solução de iodeto azida no frasco de DBO.

Técnica

1. Colete a amostra a 50cm de profundidade, evitando o contato com o ar e a


formação de bolhas
2. Adicione 2ml da solução de sulfato de sulfato manganoso através de uma
graduada mergulhando a mesma na amostra. Retire-a vagarosamente
3. A seguir com a mesma técnica e utilizando outra pipeta, adicione 2ml da solução
alcalina de iodeto azida
4. Feche o frasco e agite por inversões sucessivas

Obs.:
a) se formar uma suspensão leitosa, não contém oxigênio dissolvido
b) formando precipitado marrom agitar novamente e deixar decantar por 5
minutos.

5. Coloque 2ml de ácido sulfúrico concentrado, agite novamente até a completa


dissolução do precipitado
6. Pipete exatamente 100ml da amostra, transfira para o erlenmeyer de 250ml
7. Titule com o tissulfato de sódio 0,025N, até o aparecimento de uma coloração
amarelo-palha
8. Adicione o amido indicador 5 a 10 gotas e continue a titulação passando da cor
amarela para azul e finalmente incolor.

Expressão do Resultado
OD = 2. Vg . fc (mg/l) p/ volume de 100ml de amostra.

DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO DBO

A demanda bioquímica de oxigênio (DBO) é o parâmetro mais usado para definir um


esgoto doméstico ou industrial orgânico.
Suas maiores aplicações residem na medição da carga orgânica imposta a uma
estação de tratamento de esgotos e na avaliação da eficiência destas estações. Alem
disso, o teste da DBO é usado para determinar as quantidades relativas de oxigênio
requeridas por efluentes tratados e por águas poluídas. Entretanto, apresenta valor
limitado na medição da demanda real de oxigênio por parte das águas superficiais. A
extrapolação dos resultados desse teste para as demandas reais de oxigênio dos rios
é altamente questionável, pois, em laboratório, não se pode reproduzir as condições
ambientais físicas, químicas e biológicas destes corpos receptores.
A DBO é, por definição, a quantidade de oxigênio utilizada por uma população mista
de microorganismos durante a oxidação aeróbia (da matéria orgânica contida em uma
amostra de esgoto) à temperatura de 200 C. Volumes conhecidos de esgoto, diluídos
com uma água preparada, são colocados em garrafas de DBO com volume de 300ml.
A água de diluição, contendo uma solução tampão de fosfato ( pH 7,2 ), sulfato de
magnésio, cloreto de cálcio e cloreto férrico, é saturado com oxigênio dissolvido. Uma
semeadura de microorganismos será fornecida para oxidar a matéria orgânica se os
microorganismos não estiverem ainda presentes, em quantidade de diluição fornece o
oxigênio dissolvido. A reação primária é o consumo da matéria orgânica e a utilização
do oxigênio dissolvidos pelas bactérias, liberando dióxido de carbono e produzindo um
substancial incremento da população bacteriana. A depleção do oxigênio dissolvido na
garrafa do teste é diretamente relacionada com a quantidade de matéria orgânica
biodegradável. O teste da DBO de uma amostra, onde os microorganismos já se
encontram presentes na amostra, não requerem semeadura e o seu valor é calculado.

oxigênio oxigênio
dissolvido dissolvido
\ células \ células
matéria ________ CO2 + bacteriais _________ CO2 + protozoários
orgânica

bactéria protozoários

mg/DBO = OD inicial (mg/l) – OD final (mg/l)


(s/semeadura) volume da amostra de esgoto (ml)
volume da garrafa de DBO (ml)
• Reação hipotética da Demanda Bioquímica de Oxigênio mostrando as curvas de
demanda carbonácea e da nitrificação.
A demanda bioquímica de oxigênio de um esgoto, na realidade, não é apresentada por
um único valor, pois é dependente do tempo. A curva do gráfico acima mostra que a
DBO aumenta e o oxigênio dissolvido diminui, à medida que as reações biológicas se
efetuam. A demanda de oxigênio carbonácea, evoluiu segundo uma taxa descrescente
com o tempo, pois a atividade biológica diminuiu à medida que o alimento disponível
(matéria orgânica) é consumido.

Importância da Análise

A determinação da DBO é importante para se conhecer o grau de poluição de uma


água residuária, além de ser um dos parâmetros necessários para dimensionar uma
estação de tratamento de esgoto e, a seguir, medir a eficiência do processo.

Reações

microorg.
aeróbios
H3C – CH – CH3 ----------------> CO2 + H2O + NH3
|
NH2

microorg.
anaeróbios
H3C – CH – CH3 – SO4-- -------------------> CO2 + H2O + NH3 + S-2
| O2 combinado
NH2

Preparo de Água de Diluição

Para cada litro de água deionizada e aerada, adicione 1ml de solução de cloreto de
cálcio e 1ml de solução de cloreto férrico.

Obs.: O frasco que guardará a água acima preparada deverá ser antes lavado com
solução sulfocrômica e posteriormente com água corrente e finalmente com água
destilada.
Utilize a água somente depois de decorridos 30 minutos após sua aeração.

Técnica

Após feita a análise de DQO calcular a DBO estimada


DBO estimada 50% da DQO (DQO : 2 = DBO)
Após obter a DBO estimada verificar na tabela os volumes para inoculação da
amostra.
DBO estimada ml de esgoto transferido para
(mg/l) frasco de DBO de 300ml

3000 a 10500 0,2


1200 a 4200 0,5
600 a 2100 1,0
300 a 1050 2,0
120 a 420 5,0
60 a 210 10,0
30 a 105 20,0
12 a 42 50,0
6a 21 100,0

• Transfira os volumes de amostra escolhidos na tabela para os frascos de DBO


• Após transferência dos volumes escolhidos do esgoto para os frascos de DBO,
elevar o volume com água de diluição até transbordamento. Utilizar para esta
operação um sifão.
• Preparar duas séries de frascos contendo os volumes escolhidos.
• Transfira água de diluição para 2 frascos de DBO até transbordamento (branco)
para controle da água de diluições da amostra.
• Fechar os frascos tendo cuidado de não deixar bolhas de ar no interior dos
mesmos. Obtém-se, então, duas séries iguais de diluição da amostra.
• Após, determine a concentração de oxigênio dissolvido ODi de uma das séries de
frascos
• Incube a outra série de frascos por apenas 5 dias a 200C, no escuro.
• Após 5 dias, determine a concentração de oxigênio dissolvido OD5 desta outra
série.

Determinação de OD Inicial

1. Adicione 2ml da solução de sulfato manganoso através de uma pipeta graduada


mergulhando a mesma na amostra. Retire-a vagarosamente.
2. A seguir com a mesma técnica utilizando outra pipeta, adicione 2ml da solução
alcalina de iodeto azida.
3. Feche o frasco e agite por inversões sucessivas.

Obs.:
a) se formar uma suspensão leitosa, não contém oxigênio dissolvido
b) formando precipitado marrom agitar novamente e deixar decantar por 5
minutos

4. Coloque 2ml de ácido sulfúrico concentrado, agite novamente até a completa


dissolução do precipitado.
5. Pipete exatamente 100ml da amostra, transfira para o erlenmeyer de 250ml
6. Titule com o tiossulfato de sódio 0,025N, até o aparecimento de uma coloração
amarelo-palha.
7. Adicione o amido indicador 5 a 10 gotas e continue a titulação passando da cor
amarela para azule finalmente incolor.
Determinação de OD5 a 200 C

Mesmo procedimento da análise de ODi


Pontos de Coleta

Entrada e saída de processos de tratamento

Conservação da Amostra

Preservar um dia (24 horas) a temperatura de 40 C em refrigerador

Classificação dos Rios em Função a DBO

Classe 1 até 3ppm


classe 2 até 5ppm
classe 3 até 10ppm
classe 5 até 5ppm
classe 6 até 10ppm
classe 7 até 5ppm

Expressão de Resultados

OD = 2 . Vg . fc p/ volume de 100ml de amostra

DBO = OD inicial (mg/l) – OD final (mg/l)


volume da amostra de esgoto (ml)
volume da garrafa de DBO (300ml)

Observações:

A variação de O.D. na água de diluição (branco) deve ser inferior a 0,2mg/l

O resultado da DBO é a média dos valores, obtidos com as diluições cuja quantidade
de oxigênio consumido durante a incubação represente 30 a 80% da quantidade inicial
de oxigênio.

% O2 = OD inicial (mg/l) - OD final (mg/l) . 100


OD inicial (mg/l)

No final de 5 dias deve haver no mínimo 1ppm de OD. Caso contrário significa que
houve pouca diluição pois haveria muito material orgânico e grande consumo de
oxigênio.
A variação mínima de OD inicial para OD 5 (OD final) deve ser de 2ppm, pois caso
contrário significa que houve muita diluição e portanto pouco material orgânico.
O Nitrogênio presente na água residual recente se encontra principalmente na forma
de uréia e matéria protéica. Através da atividade bacteriana ocorre a degradação de
matéria protéica em polipeptídeos a seguir em aminoácidos e por fim em amônia ou
compostos amoniacais. A hidrólise de uréia também produz amônia.

Proteínas ---> polipeptídeos ---> aminoácidos ---> NH3 / NH4 +

Uréia ----> hidrólise -----> NH3 / NH4+


A idade de água residuária pode ser indicada pela quantidade relativa de amoníaco
presente, uma vez que em esgotos recentes a concentração de nitrogênio na forma de
nitratos.
Uma vez que o nitrogênio é absolutamente básico para a síntese de proteínas, será
necessário conhecer dados sobre o mesmo para avaliar a tratabilidade das águas
residuais domésticas e industriais mediante processos biológicos.

Importância da Análise

Controle de efluentes, os despejos são industriais são freqüentemente analisados em


relação a nitrogênio e fósforo, para assegurar quantidades suficiente de nutrientes
para o tratamento biológico, quando a quantidade de nitrogênio é insuficiente, é
necessário que se faça adição do mesmo para haver tratamento de água residuária.

Os Problemas de Poluição, Relacionados com o Nitrogênio

- diminuição do O.D nos rios e lagoas, resultante da oxidação do nitrogênio


amoniacal
- efeito tóxico da amônia nos peixes
- limitação dos nitratos na água potável, para proteger a saúde pública
- como nutrientes causando a eutrofização de lagos e estuários

Coleta e Preservação da Amostra

Elimine o residual de cloro imediatamente após a coleta da amostra. Caso não seja
possível realizar a análise imediatamente, preserve a amostra pela adição de 0,8ml de
H2SO4 concentrado / l de amostra; o pH deverá ficar entre 1,5 – 2,0 e conservar 40C.
Se for usada a preservação por ácido, deve-se neutralizar a amostra com NaOH ou
KOH antes de se prosseguir com a análise.

Princípio do Método

O nitrogênio amoniacal existe em solução aquosa na forma de íon amônio ou amônia


livre, dependendo do pH do meio.

(H+ )
----------->
NH3 + H2O NH4+ + OH-
<-----------
[OH- ]

O procedimento da análise é baseado no deslocamento do equilíbrio para a esquerda


(NH3) através da manutenção de pH 9,5.

A mistura é então destilada, recolhendo-se vapor de amônia livre. O vapor contendo


amônia é coletado em uma solução de ácido bórico e posteriormente titulado com
H2SO4 0,02N.
O indicador da titulação é o indicador misto azul de metileno e vermelho de metila.

- pH ácido ---> violeta (azul)


- pH básico ----> verde

3NH3 + H3BO3 + IND -----> (NH4)3BO3 + IND


| |
violeta verde

Titulação com H2SO4

2 (NH4)3 BO3 + IND + 3H2SO4 ----> 3(NH4)2SO4 + 2H3BO3 + IND


| |
verde violeta

O borato de amônio é equivalente a quantidade do íon presente na amostra, pois ao


titularmos com ácido sulfúrico, ele será convertido a ácido bórico e sulfato de amônio,
adquirindo a solução um pH ácido e a primeira gota de H2SO4 em excesso a solução
ficará com coloração violeta. A quantidade gasta de H2SO4 é proporcional a
quantidade de amônio existente na amostra.

Interferentes

1. Cloro residual, deve ser eliminado pela adição do agente declorador no momento
da coleta.
2. Compostos orgânicos que hidrolisados, liberam amônio. Eleva-se o pH a 9,5 para
evitar tal interferência.
3. Detergentes podem ocasionar formação de espumas, o que é minimizado com a
adição de 50 a 100ml de vaselina líquida isenta de amônia.

Técnica

1. Medir 500ml de amostra (ou volume menor diluído a 500ml) em proveta e transferir
para frasco apropriado. No caso de lodos, colocar no balão uma quantidade do
material úmido equivalente a 1g de lodo seco, e adicionar cerca de 500ml de água
destilada.
2. Efetuar uma prova em branco com 500ml de água destilada e proceder conforme
amostra.
3. Remover Interferentes.
4. Ajustar o pH da amostra para 7,0 com ácido ou hidróxidos diluídos.
5. Adicionar 25ml de solução tampão-borato e ajustar o pH a 9,5 com solução de
hidróxido de sódio 6N. Verificar o pH com peagâmetro e imediatamente transferir a
solução para o balão de destilação, conectando-o ao condensador.
6. Adicionar a um erlenmeyer de boca larga, 50ml de solução absorvente de ácido
bórico a adaptar ao equipamento.
7. Proceder a destilação até completar 250ml.
8. Titular com ácido sulfúrico 0,02N, padronizado.

Expressão de Resultado

N / NH3 = (A – B) . 0,28 . 1000 . fc


Vamostra

A = volume de ácido sulfúrico gasto com a amostra


B = volume de ácido sulfúrico gasto com o branco
Nitrogênio Orgânico

Introdução

Nitrogênio orgânico é definido como aquele que está quimicamente ligado e com nox –
3. O nitrogênio orgânico é encontrado nas moléculas de proteína ou dos aminoácidos
que ainda não foram assimiladas. Há ainda presente nos despejos, N2 que se dissolve
no líquido pela interface com a atmosfera. A determinação do nitrogênio em
compostos orgânicos denomina-se Nitrogênio de Kjeldahl.
Ex: nos esgotos domésticos, proteínas, aminoácidos, polipeptídeos.

Importância da Análise
A importância na determinação do nitrogênio orgânico está na participação deste no
ciclo biológico, já que sua degradação resulta compostos nitrogenados, principalmente
na forma de NH3 e NH4+ , os quais influenciam na comunidade de peixes, na qualidade
de oxigênio dissolvido, na concentração de nitratos da água potável, etc. Outra
importância relacionada é na necessidade da adição de nitrogênio sob a forma de sais
nos tratamentos de águas residuárias.

Coleta e Conservação da Amostra

A maior parte dos resultados confiáveis são obtidos em amostras frescas.


Se não for possível fazer a análise imediatamente, deve-se preservar a amostra
acidificando-a a um pH 1,5 a 2,0 com H2SO4 concentrado e guardar em geladeira a
40C por 7 dias.

Princípio do Método Kjeldahl

A determinação do nitrogênio orgânico é realizada através das etapas de: digestão,


destilação e titulação.

Digestão – a digestão deve ser feita a uma temperatura de 3600C – 3700C. Se a


mesma for inferior, não haverá degradação do nitrogênio que estará presente
principalmente nas formas de proteínas, aminoácidos e polipeptídeos; caso contrário,
haverá perdas do nitrogênio por despreendimento. O sulfato de potássio (K2SO4) é
adicionado a fim de aumentar o ponto de ebulição da solução; a fervura deve ser feita
em meio ácido, utilizando-se de um catalisador químico, o óxido de mercúrio (HgO).

Amostra + H2SO4 + K2SO4 + HgO ----> NH3 + CO2 + H2O + SO3

O ácido sulfúrico excedente (H2SO4) reage com a amônia formando o sulfato de


amônio, conforme reação: 2NH3 + H2SO4 ---> (NH4)2SO4
Obs.: o material fica completamente claro depois de passar por uma fase escura, no
início da digestão.

Destilação – o sulfato de amônio é tratado com NaOH 1:1 em excesso, ocorrendo a


liberação da amônia, conforme a reação:

(NH4)2SO4 + 2NaOH ----> 2NH4OH + Na2SO4

NH4OH ----> NH3 + H2O


A amônia desprendida é então recebida em um erlenmeyer contendo ácido bórico com
indicador, previamente adaptado ao conjunto de destilação.
NH3 + H3BO3 + Ind -----> (NH4)3BO3 + Ind
(coloração violeta) (coloração verde)

Titulação – A quantidade de amônia na amostra é determinada pela quantidade de


ácido bórico consumido. Esse consumo pode ser medido pela titulação inversa da
solução com um ácido padronizado para determinar a quantidade de íon borato
produzido. Na titulação ocorre a seguinte reação:

2(NH4)3BO3 + Ind + 3H2SO4 -----> 2H3BO3 + Ind + 3(NH4)2SO4


(coloração verde) (coloração violeta)

Interferentes

Nitratos
Durante a digestão, concentrações de nitratos maiores que 10ml/l, pode oxidar uma
parcela de NH3 / NH4+4, resultando em uma interferência negativa.
Quando a matéria orgânica apresenta baixo estado de oxidação o nitrato pode ser
reduzido a NH3 / NH4+4, resultando numa interferência positiva.
Os teores de nitritos e nitratos no esgoto doméstico bruto são baixos (apenas traços).

Sais e Sólidos Orgânicos


Em concentrações altas, principalmente de sais, eleva o ponto de ebulição da solução
digestora, a qual pode alcançar uma temperatura em torno de 4000C.

Técnica

1. transfira 250ml de amostra para um recipiente


2. Neutralize a um pH de 7,0, adicione 25ml de solução tampão de borato
3. Elimine toda amônia livre, por ebulição durante 20 a 30 minutos
4. Adicione ao que ficou no balão 50ml da solução digestora, proceda a digestão
5. Esfrie o resíduo, adicione 300ml de água destilada
6. Adicione 50ml de solução de hidróxido/tiossulfato de sódio e conecte o balão ao
condensador
7. Adicione 50ml de solução de ácido bórico em erlenmeyer, adapte ao terminal do
cendensador
8. Recolha cerca de 200ml do destilado e titule com H2SO4 0,02N até ponto de
viragem do indicador
9. Efetue um branco com água destilada

Expressão do Resultado

N / orgânico em mg/l = (A – B) x 280


ml da amostra

A = volume de H2SO4 0,02N gastos com a amostra

B = volume de H2SO4 0,02N gastos com o branco


NITROGÊNIO TOTAL

Introdução

Através desta análise determina-se a quantidade de nitrogênio presente na amostra,


tanto na forma de nitrogênio amoniacal quanto na forma de nitrogênio orgânico. O
método Kjeldahl não inclui o nitrogênio proveniente de nitritos e nitratos.
O nitrogênio total pode ser determinado diretamente pela digestão de toda a amostra e
extração por destilação, do nitrogênio amoniacal que originalmente existia na amostra,
bem como aquela liberada pela digestão do nitrogênio orgânico.

Importância da Análise

Verificação da quantidade de nitrogênio lançado em um corpo receptor.


Assegurar a quantidade suficiente de nutrientes para o tratamento biológico, quando a
quantidade de nitrogênio é insuficiente, é necessário que se faça adição do mesmo
para haver tratamento de água residuária.

Princípio do Método

O nittrogênio da amostra é convertido em sulfato de amônio, sem prévia remoção da


amônia, por digestão com ácido sulfúrico, sulfato de potássio e óxido de mercúrio. O
material digerido é em seguida tratado com tiossulfato de sódio em meio alcalino, e a
amônia resultante é destilada e recolhida em ácido bórico, tendo sua concentração
determinada por titulação.

Digestão

O nitrogênio da amostra é convertido em sulfato de amônio sem prévia remoção da


amônia, por digestão em ácido sulfúrico, sulfato de potássio e óxido de mercúrio.

Amostra + H2SO4 + K2SO4 + HgO → NH3 + CO2 + H2O + SO3


Ácido sulfato óxido amônia gás água anidro
Sulfúrico potássio mercúrio carbônico sulfúrico

2NH3 + H2SO4 → (NH4)2SO4


amônia ácido sulfato
sulfúrico amônio

Destilação

Com resíduo da digestão devidamente diluído e com solução de hidróxido de


sódio/tiossulfato de sódio o destilado é recolhido por uma solução de ácido Bórico
(H3BO3).
(NH4)2SO4 + 2NaOH → 2NH3 + H2O + Na2SO4
sulfato hidróxido amônia água sulfato
amônio de sódio de sódio

Na2S2O3 Romper o complexo mercúrio/amoniacal


A amônia desprendida é recebida em frasco contendo ácido bórico com indicador
misto.
NH3 + H3BO3 + Ind. → (NH4)3BO3 + Ind.
amônio ácido borato de
bórico amônio
Titulação

O destilado que em contato com a solução de ácido bórico mais o indicador é


transformado em borato de amônio que é então titulado com ácido sulfúrico. (H2SO4
0,02N)

2(NH4)3BO3 + 3H2SO4 → 2H3BO3 + Ind. + 3(NH4)2SO4


borato ácido ácido sulfato
de amônio sulfúrico bórico de amônio

Coleta e Preservação da Amostra

• Coleta convencional
• Armazenar no máximo sete dias com ácido sulfúrico mantendo o pH entre 1,5 e
2,0.

Interferentes

Sais e sólidos orgânicos: Podem elevar a temperatura aumentando a temperatura de


digestão perdendo a amostra (nitrogênio).

Nitratos: Durante e digestão a amônia e íon amônio podem se oxidar para nitratos
resultando em uma interferência negativa. Quando a matéria orgânica apresenta baixo
estado de oxidação, nitrato pode ser reduzido a amônio, resultando uma interferência
positiva.

Técnica

1. Tome 250ml de amostra e coloque em balão Kjedahl


2. Adicione ao balão 50ml da solução digestora e prossiga a digestão
3. Esfrie o resíduo e adicione 300ml de água destilada
4. Adicione 50ml da solução de hidróxido de sódio/tiossulfato de sódio e proceda a
digestão/destilação
5. Coloque 50ml da solução de ácido bórico em erlemeyer e adapte ao terminal do
condensador
6. Recolha cerca de 200ml do destilador e titule com ácido sulfúrico 0,02N
7. Efetuar um branco com água destilada

Expressão de Resultados:

N/total em mg/l = (A – B) x 280 x fc.


Vol. amostra

A = volume de ácido sulfúrico gasto com a amostra


B = volume de ácido sulfúrico gasto com o branco.
NITRITOS

Introdução

Esta determinação nos fornece a quantidade de nitrogênio que foi parcialmente


oxidado. Os nitritos correspondem a um estado de oxidação que antecede aos
nitratos; não sendo estáveis podem ser reduzidos, produzindo amônia ou oxidatos
produzindo nitratos.

Importância da Análise

O nitrito reage com a hemoglobina, que é responsável pelo transporte de oxigênio,


transformando em metahemoglobina, a qual não transporta oxigênio, podendo causar
asfixia. No caso de ingestão de nitratos este se transforma em nitritos reagindo da
mesma forma, os nitritos reagindo com as aminas produzem nitroaminas que são
compostos cancerígenos. Em mananciais recomenda-se manter um teor de 1mg/l de
nitritos.

Princípio do Método

a) Sulfanilamida

NH2 CIN = N cloreto de p-benzeno


| | sulfanilamida diazônico
| |
| |
| + HCI + NaNO2 → | + NaCI + H2O
| |
| |
SO2NH2 SO2NH2
sal de diazônio

A sulfanilamida reage com o nitrito formando o sal de diazônio.

Reação de Acoplamento

b) NED – dihidrocloreto

CIN = N NH – CH2 – CH2 – NH2


| |
| |
| + | . 2HCI →
| |
| |
| |
SO2NH2 sal diozônio

→ SO2NH2 -------------------------- N = N --------------------- NH – CH2 – CH2 – NH2


cor púrpura

-------------------- NEDp – sulfonamida


diazônio
O NED – dihidrocloreto reage com o sal de diazônio e forma o NEDp – sulfonamida de
diazônio (cor púrpura) e a proporção da coloração é proporcional a quantidade de
nitritos.
A determinação de nitritos é feita pela comparação colorimétrica produzida pelo
tratamento da amostra e dos padrões com sulfanilamida e NED – dihidrocloreto. A
sulfanilamida em presença púrpura, cuja intensidade da coloração é proporcional a
concentração de nitritos.

Coleta e Preservação da Amostra

Coleta convencional
Podem ser preservadas por até 24 horas e armazenar em refrigerador a 40C.

Interferentes

Materiais em suspensão e cor: interferem e são removidos pela adição de hodróxido


de alumínio.
Oxidantes e redutores: em geral interferem.
Cloro residual e tricloreto de nitrogênio: interferem embora seja pouco provável
coexistirem (nitrito, cloro residual e tricloreto de nitrogênio).

Técnica

1. remova suspensão e cor da amostra pela adição de 2ml de suspensão de Al(OH)3


para cada 100ml de amostra.
2. neutraliza a amostra a um pH 7,0 utilizando NaOH ou H2SO4 em gotas.
3. transfira 50ml da amostra clorificada e neutralizada para tubo Nessler.
4. transfira para o tubo Nessler volumes apropriados de solução padrão de uso e
avolume com água destilada.
5. adicione 1ml da solução de sulfanilamida.
6. agite por inversão e deixe em repouso por 2 a 8 minutos para que se efetue a
diazotação.
7. adicione em seguida 1ml da solução NED – dihidrocloreto e misture
imediatamente.
8. aguarde 10 minutos (mas não mais que 2 horas) e leve a amostra e padrões ao
espectrofotômetro e efetue a leitura com  = 543nm.
9. efetue uma prova em branco, para ajustar o espectrofotômetro.
10. construa uma curva %T . concentração em mg/l de N/NO2.

Tubos Nessler de 50ml

Branco 1 ml 2 ml 3 ml 4 ml
| | | | |

1 2 3 4 5

| | |
0,01 0,02 0,03
ppm ppm ppm
Tubo 1
1ml 0,0005 mg N/NO
50ml 0,0005 mg N/NO2-
1000ml X X = 0,01 ppm

Tubo 2
1ml 0,0005 mg N/NO2-
2ml X X = 0,001 mg N/NO2-
50ml 0,001 mg N/NO2-
1000ml X X = 0,02 ppm

Tubo 3
1ml 0,0005 mg N/NO2-
3ml X X = 0,0015 mg N/NO2-
50ml 0,0015 mg N/NO2-
1000ml X X = 0,03 ppm

Ajuste do Espectrofotômetro

• ligar o aparelho e deixar em aquecimento por 30 minutos.


• Ajustar o comprimento de onda em (= 543 nm).
• Ajustar o (0) zero, colocando o ponteiro em transmitância (0) zero sem tubo no
aparelho e com a tampa fechada.
• Encher o tubo com água destilada e ajustar a transmitância em 100%.
• Ajustar a transmitância em 100% com o branco.

Roteiro para Determinação da Curva Padrão por Regressão Linear:

n C (mg/l %T A = (log xi . yi xi2 yi2


xi 100 / % T)
yi


Onde: n = número do tubo Função da Curva: A = a + bC . C = A – a
b

Onde: A = Absorbância da amostra


aeb = coeficiente da reta
C = Concentração da amostra
b = xi . yi – (xi . yi/n) =
xi2 – [(xi)2 / n]
a = (yi/n) – (b . xi/n) =
r2 = [(xi . yi) – (xi . yi/n)]-2 . 100 = ............. %
[xi – (xi)2/n] . [yi2 – (yi)2/n]
2

Recomenda-se não adotar curvas com linearidade inferior a 99,5


NITRATOS

Introdução

Os nitratos são produtos finais da oxidação dos compostos nitrogenados e, por serem
excelentes nutrientes, podem ser utilizados pelas algas ou outras plantas,
determinando o crescimento excessivo desses organismos.
No esgoto bruto o teor de nitratos é relativamente baixo e, originam-se de águas
superficiais, águas potáveis ou águas provenientes de lençóis freáticos que, por
infiltração, incorporam-se ao sistema de esgoto. Os nitratos presentes no esgoto bruto
ocasionam a oxidação do H2S, obtida através da recirculação da água dos tanques de
aeração.
O nitrato é determinado pela comparação de cores da amostra e de padrões
produzidas pela ação do ácido fenoldissulfônico em meio fortemente alcalino.

Importância da Análise

Evitar o lançamento de águas residuárias em um corpo receptor contendo nitratos,


pois podem causar a eutrofização do corpo receptor.

Princípio do Método

a) Preparo do Ácido Fenoldissulfônico

OH OH
| |
| -------- + H2SO4 -----------➔ ---------- | ---------SO3H
| ácido sulfúrico |
| |
| |

Fenol SO3H
ácido fenoldissulfônico

Fenol reage com o ácido sulfúrico formando ácido fenoldissulfônico

OH OH
| |
| -------- + SO3H -----------➔ O2N ------ | --------- NO2
| |
| + NO-2 | +SO4+2 + H2O
| |

SO3H NO2
ácido fenoldissulfônico ácido picrico

O ácido fenoldissulfônico reage com os nitratos e forma o ácido picrico.


OH ONH4
| |
O2N | -------- NO2 O2N ------ | --------- NO2
| |
| + NH4OH | + H2O
| |

NO2 NO2
ácido picrico picrato de amônio

O ácido picrico em solução alcalina forma o picrato de amônio (coloração amarela).


Os nitratos reagem com o ácido fenoldissulfônico formando um composto que em
solução alcalina adquire coloração amarela e determina-se a concentração da solução
a 410nm em um espectrofotômetro. A concentração de picrato de amônio é
proporcional a concentração de nitratos existentes na amostra.

Coleta e Preservação da Amostra

Coleta convencional. Podem ser preservadas por até 24 horas adicionando ácido
sulfúrico com pH 2,0 e armazenar em refrigerador a 40C.

Interferentes

Cor e Turbidez: interferem na transmitância da luz alterando o resultado (elimina-se


pela adição de hidróxido de alumínio).
NO-2- : em concentrações superiores a 0,2 mg/l são oxidados por permanganato de
potássio e determinados como nitratos, a concentração de nitritos é determinada em
alíquota separada e deduzida do valor encontrado em nitratos.
Cloretos: a interferência de cloretos é minimizada precipitando-os com sulfato de
prata, reduzindo sua concentração para valores inferiores a 10 mg/l.

Técnica
1. Reduza a cor e turbidez pela adição de 3ml de suspensão de Al(OH)3 a 150ml de
amostra e posterior filtração.
2. Se a amostra apresentar concentrado de CI- > que 10 mg/l, acrescentar 1ml de
solução de Ag2SO4 para cada mg de CI-, remova o precipitado por centrifugação
ou filtração, coagulando o cloreto de prata por aquecimento se necessário.
3. Se a amostra apresentar um teor de N/NO-2 (nitritos) superior a 0,2mg/l, converta
para nitrato adicionando para cada 100ml de amostra clarificada 1 ml de H2SO4
1N. A seguir, adicione KMnO4 0,1N, gota a gota, até coloração rósea persistente.
O teor de nitritos deverá ser subtraído do resultado encontrado para nitrato.
4. Neutralize os 100ml de amostra clarificada para pH 7,0 aproximadamente.
5. Transfira todo o volume para uma cápsula de porcelana e evapore até secura em
banho-maria.
6. Adicione sobre o resíduo da evaporação 2ml de ácido fenoldissulfônico, atrite as
paredes com bastão de vidro, para misturar bem o resíduo com o reagente.
7. Adicione 10ml ou 20ml de água destilada e, com agitação lenta, 6 a 7ml de NH4OH
concentrado.
8. Transfira todo o volume frio para o tubo Nessler de 100ml filtrando se necessário e
avolume com água destilada. Misturar por inversão.
9. Transfira para cubeta procedendo a leitura de %T no espectrofotômetro a  =
410nm.
10. Efetue uma prova em branco, tratando 100ml de água destilada seguindo os itens
5 a 9.
Preparo dos Padrões

Solução Estoque

Concentração da solução estoque 1ml = 0,10 mg N/NO-3

HNO3 (nitrato de potássio) peso molecular = 101g


Volume da Solução: 1000ml

1ml 0,1mg N/NO-3

1000ml X X = 100mg N/NO-3


X = 0,1g N/NO-3

KNO3 1N (nitrogênio)
101g 14g
Y 0,1g Y = 0,7214 KNO3 e avolumar p/ 1000ml

Solução de Uso

Concentração da solução de uso 1ml = 0,01mg N/NO-3 .


Volume da Solução: 500ml

C1 . V1 = C2 . V2
Estoque sol. Uso

0,1 . V1 = 0,1 . 500ml V1 = 50ml da solução estoque

Tomar 50ml da solução estoque e avolumar para 500ml.

Tubos Nessler de 50ml

Branco 5 ml 10 ml 20 ml Amostra
| | | | |

1 2 3 4 5

| | |
1 2 4
ppm ppm ppm

Tubo 1

1 ml 0,01 mg N/NO-3
5 ml X X = 0,05 mg N/NO-3

50 ml 0,05 mg N/NO-3
1000ml X X = 1 ppm
Tubo 2

1 ml 0,01 mg N/NO-3
10 ml X X = 0,1 mg N/NO-3

50 ml 0,1 mg N/NO-3
1000 ml X X = 2 ppm

Tubo 3

1 ml 0,01 mg N/NO-3
20 ml X X = 0,2 mg N/NO-3

50 ml 0,2 mg N/NO-3
1000ml X X = 4 ppm

Curva de Calibração

- Adicione volumes apropriados da solução padrão de uso de nitratos e dilua a 50ml


em tubos Nessler.
- Transfira para cápsulas de porcelana e evapore em banho maria até a secagem.
- Após secagem adicione 2ml de ácido fenoldissulfâmico e proceda a dissolução do
meio com auxílio de um bastão de vidro.
- Adicione de 10 a 20ml de água destilada e com agitação lenta adicione 6 a 7 ml de
hidróxido de amônio concentrado (ou até coloração amarela).
- Transfira todo o volume frio para o tubo Nessler de 50ml e filtrando se necessário e
dilua a
até marca misturando por inversão.
- Transfira para cubeta e proceda a leitura em porcentagem de transmitância no
espetrofotômetro a  = 410nm.
- Realize uma prova em branco

Ajuste ao Espectrofotômetro

- ligar o aparelho e deixar em aquecimento por 30 minutos


- ajustar o comprimento de onda em (  = 410nm).
- ajustar o (0) zero, colocando o ponteiro em transmitância (0) zero sem tubo no
aparelho e com tampa fechada.
- encher o tubo com água destilada e ajustar a transmitância em 100%.
- ajustar a transmitância em 100% com o branco.
Roteiro para Determinação da Curva Padrão por Regressão Linear

n C (mg/l %T A = (log xi . yi xi2 yi2


xi 100 / % T)
yi

 =======
Onde: n = número do tubo Função da Curva: A = a + bC . C = A – a
b

Onde: A = Absorbância da amostra


aeb = coeficiente da reta
C = Concentração da amostra
b = xi . yi – (xi . yi/n)
xi2 – [(xi)2 / n]
a = (yi/n) – (b . xi/n)
r2 = [(xi . yi) – (xi . yi/n)]-2 . 100 = ............. %
[xi2 – (xi)2/n] . [yi2 – (yi)2/n]

Recomenda-se não adotar curvas com linearidade inferior a 99,5

FOSFATO

O fósforo é essencial para o crescimento de algas e outros organismos biológicos.


No processo respiratório o ácido fosfórico é essencial, tomando parte também na
formação dos ácidos nucléicos , importante para o metabolismo (vida das células).
A principal preocupação no tratamento biológico é assegurar fósforo suficientes para o
crescimento microbiano. Embora os esgotos sanitários tenham excesso de fósforo,
alguns despejos industriais podem ser deficientes em nutrientes, sendo necessário a
sua adição.
Fósforo – nutriente, geralmente ocorre nos despejos em concentrações superiores a
0,2 mg/l.
No controle da poluição pelo fósforo, a principal preocupação é a super fertilização das
águas superficiais, resultando em crescimento nocivo de algas e plantas aquáticas –
EUTROFIZAÇÃO.
As formas mais freqüentes que se encontra o fósforo em soluções aquosas são o
ortofosfato, polifosfatos e fosfato orgânico.
O fósforo encontrado nos efluentes pode se apresentar de 3 formas:
- ORTOFOSFATOS (H3PO4, H2PO-4, HPO—4, PO#4)
- POLIFOSFATOS ( Na(PO4)6) – componente principar de detergentes.
- FOSFATOS ORGÂNICOS (fosfoglicosídeos, ATP, ácidos nucléicos)

Os ortofosfatos, por exemplo, PO#4 , HPO—4 , H2PO-4 E h3po4 . Os polifosfatos incluem


as moléculas com 2 ou mais átomos de fósforo, átomos de oxigênio e em alguns
casos, átomos de hidrogênio combinados em uma molécula complexa. Os polifosfatos
através de hidrólise ácida voltam a ostofosfatos. Esta hidrólise é bastante lenta, de
maneira geral.
Fosfato orgânico através da digestão biológica volta a ortofosfato.
ORTOFOSFATO ---------------------------------------→ ESTÁVEL
POLIFOSFATO -----------hidrólise----------------→ ORTOFOSFATO
FOSFATO ORGÂNICO ------digestão biológica--→ ORTOFOSFATO
No tratamento primário e secundário removem apenas cerca de 30% do fósforo,
tornando-se necessário, ás vezes, tratamento terciário (químico).

Ostofosfatos – fertilizantes
Polifosfatos – remover incrustações em caldeiras
Fosfato orgânico – matéria orgânica

O conteúdo de fósforo em uma amostra inclui as espécies orto, poli e orgânico. A


liberação de matéria orgânica combinada com fosfato requer digestão com ácido
perclórico, sulfúrico ou nítrico, dependendo do tipo de amostra.
Seguindo a digestão, um dos métodos colorimétricos pode ser usado para medir o
ortofosfato liberado.

Análise
POLIFOSFATO ---hidrólise ácida--→ ORTOFOSFATO
FOSFATO ORGÂNICO ----oxidante forte--→ ORTOFOSFATO
ORTOFOSFATO determinado diretamente

Princípio do Método

A análise de fosfatos envolve 2 etapas:

1) Conversão das formar de fósforo existentes na amostra para ortofosfato


solúvel.
2) Determinação colotimétrica do ortofosfato dissolvido, através da formação de
complexo azul de molibdênio.

O método consiste em se fazer reagir molibdato de amônio em meio ácido com


ortofosfatos presentes na atmosfera, originando o ácido fosfomolíbdico. A adição
posterior de cloreto estanoso reduz o ácido formado para o complexo azul de
molibdênio. A intensidade da coloração será proporcional à concentração de fosfatos.

1a Etapa

a) Para converter polifosfatos em ortofosfatos solúveis, utiliza-se a hidrólise ácida


preliminar, que consiste em ferver uma amostra acidificada durante 90min.
b) Para transformar fosfato orgânico em ortofosfato solúvel, realiza-se a disgestão
preliminar que consiste em aquecer a amostra. Existem 3 métodos:

- Ácido perclórico (HCIO4) – é a mais energética e se aplica especialmente para Iodo.


- H2SO4 / HNO3 – é indicada na maioria dos casos.
- Persulfato de potássio (K2S2O8) – é o mais simples que se emprega, quando se sabe
que sua eficiência é comparável a dos processos mais energéticos (água).

Sem tratamento preliminar – ORTOFOSFATO


Hidrólise ácida – POLIFOSFATO + ORTOFOSFATO
Digestão ácida – FOSFATO ORGÂNICO + POLIFOSFATO + ORTOFOSFATO

2a Etapa
O método consiste em reagir o ortofosfato com o molibdato de amônio em meio ácido,
formando o ácido fosfomolibdico (a). Este ácido é reduzido pelo cloreto estanoso para
um complexo de cor intensa denominado azul de molibdênio (b). A intensidade de cor
deste composto é proporcional à concentração de ortofosfatos.
O fósforo na forma a ser determinada é previamente convertido em ortofosfato solúvel
por processo apropriado e este é determinado colorimetricamente pela ação do cloreto
estanoso. O ortofosfato solúvel na presença de molibdato de amônio forma ácido
fosfomolíbdico e este é reduzido pelo cloreto estanoso para um complexo azul de
molibdênio. A intensidade da coloração é determinada pela leitura de % transmitância
 = 690nm.

27(NH4)2MoO4 + 2 Na3PO4 + 27 H2SO4 → (H2PMo7O7)6 + Na2MoO4 + 27(NH4)2SO4 +


20 H2O

H2PO4(Mo2O7)6 + SnCI2 -→ Complexo Azul de Molibdênio ( = 690 nm)

1 . Hidrólise Ácida
a) a 100ml de amostra adicionar 3 gotas de fenolftaleína; se resultar coloração rósea,
adicionar solução de ácidos gota a gota até desaparecer a coloração, e acrescentar
1ml em excesso.
f) ferver a mistura por 90 minutos, adicionando água destilada para manter o volume
entre 25 e 50ml.
c) esfriar, neutralizar com solução de NaOH 6N até coloração rósea e completar o
volume com água destilada em balão volumétrico.
Solução concentrada de ácidos: adicionar, lentamente, 300ml de ácido sulfúrico
concentrado p.a, a 600ml de água destilada, esfriar, adicionar 4 ml de ácido nítrico
concentrado p.a, e completar o volume a 1000ml com água destilada.

2. Digestão com Perssulfato:


a) Coloque 50ml de amostra em erlenmeyer, adicione 1 gota de fenilftaleína. Se a
solução se colorir, descolori-la com solução de ácido sulfúrico gota a gota, Adicione
1ml de excesso da solução de ácido sulfúrico.
b) Acrescente 15 ml de perssulfato de potássio a 5 % (K2S2O8) e ferva a mistura por
30 a 40 minutos, mantendo em volume final de 25-50ml com água destilada.
c) Resfrie, adicione 20ml de água destilada, 1 gota de fenolftaleína e solução NaOH
6N até coloração rósea ligeira.
d) Transfira para balão volumétrico de 100ml e complete o volume com água destilada.
Solução de ácido sulfúrico: adicionar lentamente 300ml de H2SO4 concentrado p.a., a
aproximadamente 600ml de água destilada e complete a 1000ml.

Interferentes

Interferência positiva é causada por sílica e arsenito, apenas se a amostra for


aquecida.
Interferências negativas são causadas por arsenito, fluoretos, tório, bismuto, sulfetos,
tiossulfatos, tiocianatos ou excesso de molibdato.
Ferro causa coloração azul, mas esta interferência não é significativa se a
concentração de ferro (ferroso) for menor que 100ppm.
A interferência do sulfeto pode ser eliminada por adição de excesso de água de bromo
ou solução saturada de permanganato de potássio à amostra.
Técnica

1 Ajuste do Espectrofotômetro

- ligar o aparelho e deixar em aquecimento por 30 minutos.


- ajustar o comprimento de onda em (  = 690nm).
- ajustar o (0) zero, colocando o ponteiro em transmitância (0) zero sem tubo no
aparelho e com a tampa fechada.
- encher o tubo com água destilada e ajustar a transmitância em 100%.
- ajustar a transmitância em 100% com o branco.

2 Processamento da Amostra

Selecionar o volume de amostra em função da concentração de fósforo esperada


segundo a tabela 01 abaixo:

mg P/l Volume da Amostra (ml)


0,2 – 1,5 100
1,5 – 3,0 50
3,0 – 6,0 25
6,0 – 15 10
15 – 30 5

Tabela 01 – Diluições das amostras.

1) Transferir a amostra para erlenmeyer de 125 ml.


2) Fazer paralelamente uma prova em branco.
3) Adicionar à amostra 1ml de ácido sulfúrico concentrado, p.a., e 5ml de ácido
nítrico concentrado, p.a.
4) Colocar os frascos na chapa de aquecimento dentro de uma capela.
5) Deixar digerir até redução do volume para 1 ml e clarificação total da amostra.
NOTA: Caso persistir a coloração ou turbidez, adicionar mais 5 ml de ácido nítrico
concentrado e/ou peróxido de hidrogênio e retornar à digestão.
6) Resfriar a temperatura ambiente.
7) Adicionar aproximadamente 20 ml de água destilada e uma gota da solução
indicadora de fenolftaleína.
8) Adicionar hidróxido de sódio 6 N até o aparecimento da coloração rósea.
9) Descorar a solução com gotas da solução de ácido forte.
10) Transferir quantitativamente para tubo Nessler ou balão volumétrico de 100 ml,
adicionando água destilada até volume final de aproximadamente 80 ml (não
completar o volume).
11) Adicionar a cada tubo Nessler ou balão volumétrico (branco e amostra) 4 ml de
solução de molibdato de amônio e agitar vigorosamente.
12) Adicionar 10 gotas da solução de cloreto estanoso e agitar novamente.
13) Aguardar 10 minutos, porém não mais que 12 minutos.
14) Determinar a transmitância ou absorbância em  = 690 nm, usando cubeta de
1 cm de caminho ótico.
15) Com o valor da absorbância utilizar a equação da reta obtida com os padrões e
determinar a concentração de fósforo total em mg/l P.
Construção da Curva Padrão

NOTA: A curva de calibração vale para um determinado aparelho e deve ser feita
nova curva cada vez que forem preparados ou utilizados novos reagentes ou for
feita alguma alteração no aparelho.

Preparar padrões com a solução-uso de fósforo. 1 ml = 0,025 mg P .


1) Preparar os padrões de fósforo total utilizando os volumes da solução-estoque
relacionados conforme tabela 02 abaixo. Avolumando a seguir para 100 ml com
água destilada.

mg/lP ml de solução-uso / 100ml


Branco -
0,05 2
0,15 6
0,25 10
0,35 14
0,45 18
0,55 22
Tabela 02 – Preparo de soluções-padrão para leitura espectrofotométrica.

2)Transferir o branco e padrões para erlenmeyer de 125 ml e prosseguir a partir do


item 3 da técnica.
3)Com o valor da absorbância referente a cada padrão, determinar a equação da
reta pelo método da regressão linear – anexo 2.

Expressão de Resultados

1) preencher roteiro para determinação da curva padrão por regressão linear.


2) Calcular a concentração da amostra em mg/l de P, utilizando a equação da reta
obtida na curva de calibração com padrões.

Roteiro para Determinação da Curva Padrão por Regressão Linear

n C (mg/l %T A = (log xi . yi xi2 yi2


xi 100 / % T)
=== =====
yi


Onde: n = número do tubo Função da Curva: A = a + bC . C = A – a
b

Onde: A = Absorbância da amostra


aeb = coeficiente da reta
C = Concentração da amostra
b = xi . yi – (xi . yi/n)
xi2 – [(xi)2 / n]
a = (yi/n) – (b . xi/n)
r2 = [(xi . yi) – (xi . yi/n)]_2 . 100 = ............. %
[xi2 – (xi)2/n] . [yi2 – (yi)2/n]

Recomenda-se não adotar curvas com linearidade inferior a 99,5 % .


SOLUÇÕES

1 CLORETOS

1.1 Cloreto de Sódio 0,0141N – padrão

Dissolva 0,824g de Cloreto de Sódio p.a (NaCI) seco a 1400 C., em água destilada até
1000 ml.

1.2 Nitrato de Prata 0,0141N – Solução padronizada

Dissolva 2,385g de Nitrato de Prata (AgNO3) em água até 1000ml. Coloque em frasco
âmbar.

Padronização

a – coloque 50ml de água destilada em cápsula de porcelana


b – junte 10ml de solução padrão de NaCI 0,0141N
c – adicione 4 gotas de fenolftaleína
d – utilize solução de Hidróxido de Sódio (NaOH) ou de Ácido Sulfúrico (H2SO4) para
que o pH esteja entre 6,5 a 10,5.
e – adicione 1ml do indicador cromato de potássio.
f – titule com solução de Nitrato de Prata (AgNO3) 0,0141N.

fc = 10
Vg

1.3 Cromato de Potássio


Dissolva 50g de Cromato de Potássio (K2CrO4) em pequena quantidade de água
destilada.
Adicione solução de Nitrato de Prata (AgNO3) até que se forme um precipitado
vermelho persistente. Deixe descansar por 12hs, filtre e dilua a 1000ml.

1.4 Suspensão de Hidróxido de Alumínio Al(OH)3

Dissolva 125g de K2Al2 (SO4)4 . 24 H2O ou (NH4)2 Al2(SO4)4 . 24 H2O em 1000ml de


água destilada
Aqueça a 600C e lentamente adicione com agitação, 55ml de Hidróxido de Amônio
(NH4OH) concentrado. Depois de repousar por 1 hora, passe a mistura para um vidro
de boca larga, lave o precipitado com água destilada por várias vezes.

2 DQO

2.1 Ácido Sulfúrico (H2SO4) / Sulfato de Prata (Ag2SO4)

Adicionar 10g de Sulfato de Prata p.a (Ag2SO4) a 1,0l de Ácido Sulfúrico (H2SO4)
concentrado. A dissolução leva 1 dia – armazenar em geladeira.

2.2 Dicromato de Potássio (K2Cr2O7) 0,25N padrão


Dissolver 12,259g de Dicromato de Potássio p.a (K2Cr2O7), previamente seco a 1030C
por 2 hrs, em água destilada e elevar o volume para 1000ml.

2.3 Sulfato Ferroso Amoniacal (NH4)2 Fe(SO4)2 0,10N – Solução Padronizada Diária.

Dissolver 39,2g de Sulfato Ferroso Amoniacal Hexahidratado p.a Fe(NH4)2(SO4)2 .


6H2O em água destilada, adicionar 5ml de H2SO4 p.a concentrado, esfriar e diluir a
1000ml.

Padronização Diária

Num erlenmeyer colocar 100ml água destilada (H2O). Adicionar lentamente pelas
paredes do erlenmeyer 10ml de Ácido Sulfúrico (H2SO4) e 10ml de solução de
Dicromato de Potássio (K2Cr2O7) 0,25N, padrão. Titular com a solução do Sulfato
Ferroso Amoniacal usando 2 a e gotas do indicador ferroin.

N1V1 = N2V2

N = 0,25 x 10 .
mlFe(NH4)2(SO4)2

Indicador Ferroin

Dissolver 1,485g de 1,10 – fenantrolina monohidratada juntamente com 0,695g de


Sulfato Ferroso Heptahidratado FeSO4 . 7H2O destilada e diluir a 100ml.

DETERMINAÇÃO DE OD (Método Winkler modificado pela Azida Sódica)

3.1 Solução de Sulfato Manganoso

Dissolva 480g de MnSO4 . 4H2O, ou 400g MnSO4 . 2H2O ou 364g de MnSO4 . H2O em
água destilada, filtre e avolume para 1000ml.

3.2 Solução Alcalina de Iodeto – Azida

Dissolva 500g de NaOH (ou 700g de KOH) e 135g de Nal (ou 150g de Kl) em água
destilada e avolume para 1000ml. A esta solução adicione 10g de azida sódica (NaN3)
dissolvida em 40ml de água destilada.

3.3 Solução Padrão Estoque de K2Cr2O7 0,1N

Dissolva exatamente 4,904g de K2Cr2O7, previamente seco a 1400C durante 1 hora –


ou 1050C por 2 horas – em água destilada; a seguir avolume para 1000ml. Guarde em
frasco âmbar.

3.4 Solução Padrão de uso de K2Cr2O7 0,025N.

Transfira 250ml de solução estoque K2Cr2O7 0,1N para balão volumétrico de 1000ml,
avolumando a seguir. Guarde em frasco âmbar.

3.5 Solução Estoque de Na2S2O3 0,1N.


Dissolva 24,820g de Na2S2O3 . 5H2O em água destilada, avolumando a seguir para
1000ml. Preserve a solução adicionando 5ml de clorofórmio.

3.6 Solução de uso de Na2S2O3 0,025N.

Transfira 250ml da solução estoque Na2S2O3 0,1N para balão volumétrico de 1000ml e
avolume a seguir. Preserve a solução com 5ml de clorofórmio.

3.7 Solução Indicadora de Amido

a – em um grau de porcelana adicione 5 a 6g de amido em uma pequena quantidade


de água destilada até formar uma pasta.
b – introduza esta pasta em um Becker contendo 1 litro de água fervendo, agitando
sempre.
c – deixe ferver por alguns minutos e a seguir sedimentar durante uma noite.
d – sifone o líquido sobrenadante para um frasco rotulado e preserve a solução
adicionando 1ml de talueno ou clorofórmio.

3.8 Padronização do Na2S3O3 0,025N

a – dissolva aproximadamente 2g de Kl em 100ml de água destilada contida em


erlenmeyer de 250ml.
b – adicione 10ml de solução de H2SO4 10%
c – acrescente exatamente 20ml de solução padrão de K2Cr2O7 0,025N.
d – deixe o frasco no escuro por alguns minutos
e – dilua aproximadamente 200ml com água destilada
f – titule o iodo liberado com a solução de Na2S3O3 até a coloração amarelo-palha
g – junte 5 gotas de solução indicadora

4 DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO

4.1 Solução Tampão de Fosfatos

Dissolver 8,5g de Fosfato Monobásico de Potássio p.a, KH2PO4 ; 21,75g de Fosfato


Dibásico de potássio p.a, K2HPO4 ; 33,4g de Fosfato Dibásico de sódio heptahidratado
p.a, Na2HPO4 . 7H2O; e 17g de Cloreto de Amônio p.a, NH4CI, em 500ml de água
destilada e diluir a 1000ml. O pH da solução deve ser 7,2, sem ajustes.

4.2 Solução de Sulfato de Magnésio

Dissolver 22,5g de MgSO4 . 7H2O p.a em água destilada e diluir a 1000ml

4.3 Solução de Cloreto de Cálcio

Dissolver 27,5g de CaCI2 anidro p.a, em água destilada e diluir a 1000ml.

4.4 Solução Cloreto Férrico

Dissolver 0,25g de FeCI3 . 6H2O p.a em água destilada e diluir a 1000ml.

4.5 Solução NaOH aproximadamente 1N.

Dissolver 40g de NaOH p.a em água destilada e diluir a 1000ml.


4.6 Solução H2SO4 aproximadamente 1N.

Diluir 28ml de H2SO4 p.a concentrado, densidade 1,8, 96 – 98%, a 1000ml com água
destilada.

5 SOLUÇÃO DE NITRITOS N/NO2

5.1 Solução Estoque de Nitritos

Dissolva exatamente 0, 2643g de NaNO2 (Nitrito de sódio p.a) em água destilada e


dilua para 1000ml. Preserva-la com 1 ml de clorofórmio.

1ml = 0,05mg N

5.2 Solução de uso de Nitritos

Diluir 10ml da solução estoque de nitrito para 1000ml em balão volumétrico.

1ml = 0,0005mg N = 0,00162mg NO-2

5.3 Solução de Sulfanilamida (C6H8N2O2S)

Dissolva 5g de sulfanilamida em uma mistura de 50ml de HCI concentrado e cerca de


300ml de água destilada. Avolume a seguir para 500ml. Esta solução é estável por
vários meses.

5.4 Solução de NED dihidrocloreto

Dissolva 0,5g de N(1 – naftil) – etilenodiamino dihidrocloreto em 500ml de água


destilada. Armazene em frasco âmbar. Refaça a solução mensalmente ou
imediatamente quando se desenvolver uma forte coloração marrom.

6 SOLUÇÀO PARA DETERMINAÇÀO DE NITROGÊNIO AMONIACAL (N/NH3)

6.1 Tampão de Borato

Adicionar 88ml de solução de NaOH 0,1N a 500ml de solução de borato de sódio


0,025M (5,0g de Na2B4O7 p.a ou 9,5g Na2B4O7 . 10H2O p.a, diluídos a 1000ml com
água destilada), e diluir a 1000ml com água destilada.

6.2 NaOH 6N

Dissolver 240g de NaOH p.a em 1000ml de água destilada

6.3 Solução Indicadora de Vermelho de Metila a 0,2%

Dissolver 0,2g de vermelho de metila em 100ml de álcool etílico ou isopropílico 95%.

6.4 Solução Indicadora de Azul de Metileno 0,2%

Dissolver 0,2g de azul de metileno em 100ml de álcool isopropílico 95%.

6.5 Indicador Misto


Para cada 2 volumes de solução de 0,2% de vermelho de metila tome 1 volume de
solução 0,2% de azul de metileno. Renove mensalmente esta solução.

6.6 Solução de Ácido Bórico

Dissolver 20g de ácido bórico, H3BO3 p.a, em água destilada. Adicione 10ml do
indicador misto e complete a 1 litro. Renove mensalmente esta solução.

6.7 Solução Padronizada H2SO4 0,02N.

7 SOLUÇÕES PARA DETERMINAÇÃO DE NITROGÊNIO ORGÂNICO

7.1 Solução digestora

a – H2SO4 1:5 (10ml H2SO4 concentrado em 50ml H2O destilado)

b – óxido vermelho de mercúrio (dissolva 8g de óxido vermelho de mercúrio em 50ml


de H2SO4 1:4 (preparado como no item a).

c – dissolva 267g K2SO4 em 1200ml H2O destilada e adicione 400ml de H2SO4


concentrado. Junte 50ml da solução de óxido vermelho de mercúrio (preparada como
no item b) e avolume para 200ml.

7.2 Solução de hidróxido / tiossulfato de sódio

Dissolva 500g de NaOH e 25g Na2S2O3 . 5 H2O em H2O destilada e avolume para
1000ml

7.3 Solução indicadora de H3BO3 (ver soluções para N/NH3)

7.4 Solução de H2SO4 0,02N (ver soluções para alcalinidade)

8 SOLUÇÕES PARA NITRATOS

8.1 Solução Padrão

Dissolva 4,4g de sulfato de prata p.a em água destilada e avolume para 1000ml.

8.2 Ácido fenoldussulfâmico

Dissolva 25g de fenol p.a (C6H5OH) em 150ml de ácido sulfúrico concentrado p.a.
Adicione cuidadosamente 75ml de ácido sulfúrico fumegante ( 15% de SO3 livre),
homogeneizar e aquecer em banho Maria por 2 (duas) horas.

8.3 Solução Padrão de N/NO3 (estoque)

Dissolva 0,7218g de nitrato de potássio p.a (KNO3 seco em estufa a 1050C por 2 horas
em água destilada e avolume para 1000ml, preserve com 2ml de clorofórmio. Esta
solução é estável por 6 (seis) meses.

1 ml = 0,10mg N/NO3-
8.4 Solução Padrão de uso

Dilua 50ml da solução padrão estoque para 500ml com água destilada.

1ml = 0,01mg N/NO-3

8.5 Hidróxido de Amino concentrado p.a NH4OH

8.6 Hidróxido de Sódio 6N.

9 SOLUÇÒES PARA NITROGÊNIO TOTAL

9.1 Solução tampão de Borato

Adicionar 88ml de solução de Hidróxido de sódio 0,1N a 500ml de solução de Borato


de sódio 0,025M e diluir para 1000ml de água destilada.

9.2 Solução de Borato de Sódio 0,025M

Pesar 5g de Na2B4O7 (Borato anidro) ou 9,5g de Na2B4O7 (decahidratado) p.a., diluir a


1000ml com água destilada.

9.3 Hidróxido de Sódio 6N

Dissolver 240g de NaOH p.a em 1000ml de água destilada.

9.4 Indicador Misto

Para cada 2 volumes da solução de vermelho de metila tome 1 volume da solução de


azul de metileno, renove mensalmente esta solução.

9.5 Solução de Ácido Bórico

Dissolver 20g de ácido bórico p.a em água destilada. Adicione 10ml do indicador misto
e complete a 1000ml, renove a solução mensalmente.

9.6 Solução padronizada de ácido sulfúrico 0,02N

Transfira 100ml de água destilada para um erlenmeyer de 250ml, adicione 3 a 4 gotas


do indicador metilorange, agite, adicione 10 ml da solução de Na2CO3 (carbonato de
sódio) 0,02N, prepare a bureta com ácido sulfúrico 0,02N, titule a solução de
carbonato de sódio até o ponto de viragem do indicador de amarelo para alaranjado.
Anote o volume gasto e calcule o fator de correção do ácido.

9.7 Solução de hidróxido de sódio / Tiossulfato de sódio

Dissolva 500g de NaOH e 25g de Na2S2O3 . 5H2O (Tiossulfato pentahidratado) em


água destilada e complete para 1000ml.

9.8 Solução Digestora

a – ácido sulfúrico
Diluir 10ml de ácido sulfúrico em 50ml de água destilada.
b – Óxido vermelho de mercúrio
Dissolva 8g de óxido vermelho de mercúrio em 50ml de ácido sulfúrico 1/5.

c – Sulfato de potássio
Dissolva 267g de sulfato de potássio em 1200ml de água destilada e adicione 400ml
de ácido sulfúrico concentrado e junte 50ml da solução de óxido vermelho de mercúrio
(preparada no item b) e avolume para 2000ml.

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