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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE


CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA NATUREZA
CURSO: LICENCIATURA PLENA DE QUÍMICA

Manual Para Análise Fitoquímica de Extratos


Vegetais

Este manual representa uma


compilação de técnicas
publicadas na literatura
elaborado pelo Prof. Dr Delcio
Dias Marques para as análise
fitoquímicas

Rio Branco/AC
2011
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ROTEIRO DE PROPECÇÃO SEQUENCIAL DE CONSTITUINTES


QUÍMICOS DE EXTRATOS HIDRFÍLICO E LIPOFÍLICO DE PLANTAS

1. PREPARAÇÃO DOS EXTRATOS

1.1 Preparação do Material Vegetal


Considerando-se que uma determinada espécie vegetal seja recomendada para
uma investigação fitoquímica; o primeiro passo fundamental é a obtenção dos extratos.
O material a ser analisado deve ser secado, em estufa de circulação de ar 45ºC ou a
temperatura ambiente tendo o cuidado de evitar ao máximo material com
desenvolvimento de fungos ou outros contaminantes. Dois tipos de extratos são
normalmente obtidos: Hidrofílicos utilizando solventes polares como metanol, etanol ou
até mesmo água. Lipofílicos utilizando solventes apolares como éter etílicos, hexano ou
diclometano.
OBS: É importante determinar a quantidade de água perdida durante o processo
de secagem. Procure usar em torno de 2kg de material vegetal, se possível, para a
secagem.

1.2 Preparação do Extrato Hidrofílico (Etanol):


Triturar o material vegetal seco (200 a 500g) em triturador mecânico. Transferir
para um recipiente apropriado onde se deve acrescentar álcool etílico até a completa
submersão do material. Deixar em maceração em recipiente fechado por, no mínimo,
três dias e no máximo sete dias. Ao final do prazo, filtrar o material primeiramente
sobre gaze e depois sobre papel filtro. Concentrar o filtrado em evaporador rotativo e
transferir para um recipiente apropriado e tarado (béquer). Secar em estufa de circulação
de ar (preferencialmente) 45ºC até completa secagem do extrato. Depois de seco, o
extrato deve se pesado para cálculo de rendimento. Manter o extrato em recipiente
âmbar fechado e em sistema de refrigeração.

2. PARAMETROS FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS

2.1 Rendimento do Extrato Hidrofílico


Pesar 50g do material vegetal triturado e transferir para um recipiente apropriado
onde se deve acrescentar álcool etílico até a completa submersão do material. Deixar em
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maceração em recipiente fechado por, no mínimo, três dias e no máximo sete dias. Ao
final do prazo, filtrar o material primeiramente sobre gaze e depois sobre papel filtro.
Concentrar o filtrado em evaporador rotativo para depois, transferir para um frasco
devidamente tarado, que deve ser levado à estufa para completa secagem do extrato.
Calcular o rendimento de extração (Fazer em triplicatas)
OBS: Podemos também calcular o rendimento do extrato a partir a obtenção do mesmo
conforme item 1.2. Neste caso, faz-se apenas um cálculo e não em triplicata.

2.2 Determinação da Perda por Dessecação


Esse ensaio se destina a determinação de substâncias voláteis de qualquer
natureza e a água, presente na amostra vegetal, determinado pelo método gravimétrico.
Inicialmente, secar um cadinho de porcelana vazio durante 60 minutos em estufa
a 105ºC. Resfriar o cadinho em dessecador. Após o esse processo de secar e
resfriamento em dessecador, pesar a amostra (Pa) de 1 a 2g (amostra seca e triturada)
com o cadinho seco e anotar o peso real da amostra com o cadinho (Pu). Colocar o
cadinho com a amostra em estufa a 105ºC por um determinado prazo, geralmente 2
horas. Resfriar em um dessecador até temperatura ambiente e pesar (Ps). Retornar o
cadinho com a amostra para a estufa por um período de uma hora. Resfriar em
dessecador e pesar (Ps). Repetir a operação até peso constante (Ps). (Fazer em
triplicata).

Cálculo

Pa = peso da amostra,
Pu = peso do cadinho contendo a amostra antes da dessecação,
Ps = peso do cadinho contendo a amostra após a dessecação.

2.3 Determinação do Teor de Cinzas Totais


As cinzas totais incluem cinzas fisiológicas e cinzas não fisiológicas.
Pesar cerca de 3 g da amostra pulverizada (Pa). Inicialmente, secar os cadinhos
em mufla a 200ºC por 60 minutos e depois resfriar em dessecador até a temperatura
ambiente (Pu). Usando o cadinho seco e tarado, pesar 3g (anote o valor real da amostra).
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Distribuir a amostra uniformemente no cadinho e incinerar aumentando,


gradativamente, a temperatura até, no máximo, 600 ± 25 ºC, até que todo o carvão seja
eliminado. Um gradiente de temperatura (30 minutos a 200 ºC, 60 minutos a 400 ºC e
90 minutos a 600 ºC) pode ser utilizado. Resfriar em dessecador e pesar (Ps). Voltar a
incinerar até peso constante. Calcular a percentagem em relação ao material triturado e
seco à temperatura ambiente.
Cálculo

Pa = peso da amostra,
Pu = peso do cadinho (tarado).
Ps = peso do cadinho contendo a amostra após a incineração.

2.4 Teor de Cinzas Sulfatadas


Cinzas sulfatadas compreendem o resíduo não volátil à incineração na presença
de ácido sulfúrico, conforme a técnica especificada. Em geral, o ensaio visa a
determinar o teor de constituintes ou impurezas inorgânicas contidos em substâncias
orgânicas. Também se destina à determinação de componentes inorgânicos em misturas
e da quantidade de impurezas contidas em substâncias inorgânicas termolábeis.
Pesar de 1 a 2 g da substância pulverizada. Pesar um cadinho de porcelana,
previamente calcinado e esfriado em dessecador (P1). Adicionar a amostra pesada no
cadinho e em seguida adicionar cerca de 1 mL de ácido sulfúrico. Aquecer brandamente
até carbonização em temperatura não superior a 600ºC ± 50ºC. Esfriar e adicionar
lentamente cerca de 1 mL de ácido sulfúrico para umedecer o resíduo, carbonizar e
incinerar com aquecimento gradativo até 600ºC ± 50ºC. Esfriar, pesar novamente e
incinerar por mais 30 minutos. Repita este procedimento até que a diferença entre duas
pesagens sucessivas seja a menor possível. Calcular a porcentagem de cinzas sulfatadas
em relação à substância sob ensaio. (Fazer em triplicatas)

Cálculo:

em que:
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P1 = Peso do cadinho após a calcinação e esfriamento (tara do cadinho);


P2 = Peso do cadinho com amostra após a calcinação e esfriamento em dessecador;
P3 = Peso da amostra inicial
100 = Fator de porcentagem.

3. PROSPECÇÃO DOS CONSTITUINTES QUÍMICOS DO EXTRATO


HIDROFÍLICO

3.1 Teste para Heterosídios Cianogênicos


Pesar 10g do material vegetal triturado num Erlenmeyer e adicionar 10 mL de
água destilada e 1 mL de H 2SO4 concentrado. Vedar o Erlenmeyer com uma rolha de
cortiça onde deve estar preso uma fita de papel reativo de picrato de sódio sem deixar
entrar em contato com as paredes do Erlenmeyer, nem com a mistura. Aquecer a 50ºC
durante 30 minutos. O aparecimento de cor marrom – avermelhado no papel, indica
reação positiva para ácido cianídrico, ou seja, presença de heterosídios cianogênicos.

3.2 Preparação da Solução-Mãe Aquosa do Extrato Hidrofílico


Preparar uma solução-mãe aquosa com 500 mg do estrato etanólico seco em 100
mL de água destilada. Após a solubilização em sonicador ou utilizando um bastão de
vidro fazer uma filtração simples usando papel de filtro. A solução-mãe aquosa deve ser
guarda em frasco âmbar e em geladeira.

3.2.1 Testes para Fenóis e Taninos


Marcar dois tubos de ensaio numerados. No primeiro adicionar 5 mL da solução-
mãe aquosa e no segundo 5 mL de água destilada (branco). Posteriormente adicionar 3
gotas de solução alcoólica de FeCl3 (cloreto férrico) a 1% em cada tubo de ensaio.
Agitar e observar qualquer mudança na coloração ou formação de precipitado
abundante, comparar com o teste em branco (água + FeCl3).
Resultados:
- Coloração entre o azul e o vermelho é indicativo de presença de fenóis, quando o teste
em branco for negativo;
- Precipitado de tonalidade azul indica a presença de taninos pirogálicos (taninos
hidrolisáveis);
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- Precipitado de tonalidade verde indica a presença de taninos flobabênicos (taninos


condensados ou catéquicos).

3.2.2 Teste para Saponinas


Retirar da solução-mãe aquosa, uma alíquota de 5 mL e adicionar em um tubo de
ensaio. Em seguida adicionar 15 mL de água destilada e agitar vigorosamente durante 2
minutos com o tubo de ensaio fechado.
Resultados:
Se a camada de espuma permanecer estável por mais de trinta minutos, o resultado é
considerado positivo para saponinas (heterósides saponínicos).

3.2.2.1 Teste de Confirmação de Saponinas


Adicione 2 mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado ao conteúdo do tubo de
ensaio do teste anterior de saponinas. Deixar pelo menos uma hora imerso em banho-
maria. Retirar e deixar esfriar e em seguida neutralizar com NaOH a 6M, usando gota a
gota, até pH neutro.
Resultados:
A presença de precipitado e a não formação de espuma confirma a presença de
saponinas.
Nota: O tratamento hidrolisa as saponinas, precipitando as agliconas, que podem ser
extraídas com clorofórmio (HCCl3) e submetidos ao teste de Liebman – Burchard.

3.2.3 Ácidos Orgânicos


Retirar uma alíquota de 1 mL de solução-mãe aquosa e adicionar a um dos poços
de uma placa escavada ou 2 mL para um tubo de ensaio. Posteriormente, em cada
amostra, adicionar nove (9) gotas do reativo de Pascová A e depois uma (1) gota do
reativo de Pascová B. Usar o dobro no caso de se usar os 2 mL em tubo de ensaio.
Resultados:
Se houver descoloração do reativo, a reação é positiva, para ácidos orgânicos.

3.2.4 Teste para Polissacarídeos


Em um tubo de ensaio adicionar 5 mL de solução-mãe aquosa e em seguida
adicionar duas (2) gotas do reagente lugol.
Resultados:
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O aparecimento de coloração azul indica resultado positivo para polissacarídeos.

3.2.5 Teste para Açúcares Redutores


Retirar uma alíquota de 5 mL da solução-mãe aquosa e adicionar em um tubo de
ensaio. Adicionar 2 mL de reativo FEHLING A e 2 mL de reativo FEHLING B.
Aquecer em banho-maria e deixar em ebulição por cinco minutos.
Resultados:
O aparecimento de um precipitado vermelho tijolo, indica presença de açúcares
redutores.
Nota: caso não haja formação do precipitado, executar a técnica para açúcares não-
redutores

3.2.6 Teste para Açúcares não Redutores


Retirar uma alíquota de 5 mL da solução-mãe aquosa e adicionar a um tubo de
ensaio. Adicionar 1 mL de HCl concentrado e ferver em banho-maria durante 10 min.
Esfriar e neutralizar com solução de NaOH a 20%. Adicionar 2 mL do reativo de
FEHLING A e 2 mL de FEHLING B. Aquecer em banho-maria por 5 min.
Resultado:
O aparecimento de precipitado vermelho indica reação positiva para açúcares não
redutores ou heterosídios.

3.2.7 Teste para Proteínas e Aminoácidos


Transferir uma alíquota de 3 mL de solução-mãe aquosa para um tubo de ensaio.
Acrescentar 0,5 mL de solução aquosa de Nihidrina a 1%. Em seguida aquecer até a
ebulição.
Resultados:
O aparecimento de coloração violeta persistente indica reação positiva para proteínas e
aminoácidos.

3.3 Preparação da Solução-Mãe Metanólica do Extrato Hidrofílico


Preparar uma solução-mãe metanólica com 500 mg do estrato etanólico seco em
100 mL de metanol. Após a solubilização em sonicador ou utilizando um bastão de
vidro fazer uma filtração simples usando papel de filtro.
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3.3.1 Teste para Glicosídeos Cardíotônicos


Retirar uma alíquota de 2 mL de solução-mãe metanólica e adicionar em um
tubo de ensaio. Adicionar 3 gotas do reativo Keede A e 3 gotas do reativo de Keede B.
Resultados:
Coloração azul ou violeta indica reação positiva para glicosídeos cardíacos.

3.3.1.1 Teste de Confirmação para Glicosídeos Cardíotônicos


Em um tubo de ensaio adicionar 2 mL de solução-mãe metanólica. Em seguida
adicionar 3 gotas de solução recentemente preparada de Nitroprussiato de Sódio a 5% e
3 gotas de solução de hidróxido de sódio 2N.
Resultado:
Coloração roxa intensa indica reação positiva para glicosídeos cardíacos.

3.3.2 Teste para a Classe Geral dos Flavonoides


Em um tubo de ensaio adicionar 10 mL de solução-mãe metanólica. Em seguida
adicionar 5 gotas de HCl concentrado e raspas de Magnésio.
Resultado:
O surgimento de uma coloração rósea na solução indica reação positiva de flavonoides
em geral.

3.3.3 Teste para Catequinas


Transferir 3 mL da solução-mãe metanólica para um tubo de ensaio. Adicionar 1
mL da solução aquosa de vanilina a 1% e 1 mL de HCl concentrado.
Resultado:
O aparecimento de cor vermelha indica presença de catequinas.

3.3.3.1 Teste de confirmação de Catequinas


Embeber um palito de fósforo na solução-mãe metanólica (extrato seco +
metanol ), evapore até secar, e umedeça em HCl concentrado. Seque ao calor de uma
chama forte, evitando sua carbonização.
Resultado:
O aparecimento de cor vermelha indica presença de catequinas.

3.3.4 Teste para Derivados Benzoquinonas, Naftoquinonas e Fenantraquinonas


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Transferir uma alíquota de 3 mL da solução-mãe metanólica para um tubo de


ensaio. Acrescentar 2 gotas de Na2CO3 a 25%, 2 gotas de formaldeído a 4% e 2 gotas de
orto-dinitrobenzeno a 5%. Aquecer a mistura em banho-maria.
Resultado:
Coloração violeta indica reação positiva para derivados benzoquinonas, naftoquinonas e
fenantraquinonas.

3.3.5 Teste para Sesquiterpenolactonas e outras Lactonas


Colocar uma alíquota de 3 mL da solução-mãe metanólica em um tubo de
ensaio. Adicionar ao tubo de ensaio doze gotas de solução alcoólica de cloridrato de
hidroxilamina a 10% e duas gotas de solução metanólica de KOH a 10%. Aquecer
suavemente em banho-maria por 2 minutos. Em seguida esfriar e acidificar com solução
de HCl a 1N. Depois de acidificar adicionar uma gota de FeCl3 a 1%.
Resultado:
O aparecimento de coloração violeta indica reação positiva para sesquiterpenolactonas e
outras lactonas.

3.3.5.1 Teste de Confirmação para Sesquiterpenolactonas e outras Lactonas


Aplicar através de um tubo capilar, sobre uma folha de papel filtro, um spot de
modo a formar uma pequena mancha. Utilizar a técnica a seguir para revelação.
Pulverizar com a solução pulverizadora I, secar brevemente em temperatura ambiente, e
em seguida, pulverizar com a solução pulverizadora II.
Resultado:
O aparecimento de coloração violeta indica reação positiva.

3.4 Preparação da Solução-Mãe Clorofórmica do Extrato Hidrofílico


Preparar uma solução-mãe clorofórmica com 250 mg do estrato etanólico seco
em 50 mL de clorofórmio. Após a solubilização em sonicador ou utilizando um bastão
de vidro fazer uma filtração simples usando papel de filtro.

3.4.1 Teste para Esteróides e Triterpenóides (Lieberman – Burchard)


Retirar da solução-mãe clorofórmica 30 mL e em seguida filtrar em carvão
ativado. Secar a solução de clorofórmio com sulfato de sódio anidro (Na 2SO4) e filtre
em funil contendo algodão com uma pequena camada do sulfato de sódio anidro.
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Transferir 10 mL do filtrado para um tubo de ensaio completamente seco. Adicionar 1


mL de anidrido acético e agitar suavemente, em seguida, adicionar cuidadosamente, 3
gotas de H2SO4 concentrado. Torne a agitar suavemente.
Resultados:
- Coloração azul evanescente seguida de verde persistente é indicativo da presença de
esteróides livres;
- Coloração parda até vermelha indica triterpenóides pentacíclicos livres.
Nota: cuidado, pode ocorrer projeção da solução durante a agitação.

3.4.2 Teste para Azulenos


Retirar uma alíquota de 2 mL da solução-mãe clorofórmica a adicionar em um
tubo de ensaio. Concentrar em banho-maria até 0,5 mL e, em seguida, adicionar 2,5 mL
de solução de p-dimetilaminobenzaldeido. Aquecer em banho-maria durante 5 minutos.
Após esfriar, acrescentar 10 mL de éter de petróleo. Podendo ser observadas duas fases
distintas.
Resultado:
Quando há presença de pró-azulenos, a fase aquosa adquire coloração azul, porém,
quando estes estão em pequena quantidade, a coloração observada é esverdeada

3.4.2.1 Teste de Confirmação par Azulenos


Durante o desenvolvimento do perfil cromatográfico, borrifar a amostra eluida
com a solução de p-dimetilaminobenzaldeído, abandonar sob a luz durante 5 min, em
seguida, observe.
Resultado:
O surgimento de uma mancha azul-claro indica reação positiva para pró-azulenos

3.4.3 Teste para Carotenóides


Transferir uma alíquota de 3 mL de solução-mãe clorofórmica para um tubo de
ensaio. Adicionar 2 mL de clorofórmio saturado com tricloreto de antimônio
Resultado:
O aparecimento de coloração azul indica reação positiva.
Nota: Pode substituir o clorofórmio saturado com o tricloreto de antimônio por gotas de
ácido de trifluoracético. O aparecimento de coloração azul indica reação positiva.
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3.5 Ensaios Realizados a Partir do Extrato Seco Hidrofílico

3.5.1 Teste para Antraquinonas


Dissolver 25 mg dos extratos etanólico secos em 5 mL de tolueno. Adicionar 2
mL de solução de NH4OH a 10%. Agitar suavemente.
Resultado:
O aparecimento de coloração rósea, vermelha ou violeta na fase aquosa, indica reação
positiva para antraquinonas.

3.5.1.1 Teste de Confirmação de Antrtaquinonas


Ferver durante 15min 25mg do extrato etanólico seco em 10mL de solução
aquosa de H2SO4 a 10%. Filtrar o líquido ainda quente. Transferir o filtrado para um
funil de decantação, adicionar mais 10mL de água destilada, e extrair duas vezes com
10mL de Tolueno. Reunir os extratos toluênicos, e concentrar até 3mL, adicionar a este
3mL de solução de NH4OH a 10%.
Resultado:
O aparecimento de coloração rósea, vermelha ou violeta na fase aquosa, indica reação
positiva para antraquinonas.

3.5.2 Teste para Alcaloides


Dissolveu-se 25 mg de extrato etanólico seco em 5 mL de HCl a 5%. Por
filtração simples, separar quatro porções de 1 mL em tubos de ensaio e adicionaram-se
gotas de reativo de Bouchardat, de reativo de Dragendorff e reativo de Mayer.
Resultados:
Na presença de alcaloides ocorre:
a) Reativo de Bouchardat: precipitado laranja avermelhado
b) Reativo de Dragendorff: precipitado vermelho tijolo
c) Reativo de Mayer: precipitado branco

3.5.3 Teste para Purinas


Numa cápsula de porcelana, juntar 5 mg do extrato etanólico seco, 3 gotas de
solução de HCl 6N e duas gotas de H 2O2 concentrado (30%). Evaporar em banho-maria
Deve ocorrer à formação de um resíduo corado de vermelho. Juntar 3 gotas de solução
de NH4OH 6N.
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Resultado:
O surgimento de coloração violeta indica reação positiva para purinas.

3.5.4 Teste para Derivados de Cumarinas


Dissolver 5 mg do extrato eatanólico seco em 5 mL de éter etílico. Concentrar
em banho-maria até 0,5mL. Em papel filtro, aplicar gotas da solução etérea, de modo a
formar duas manchas de aproximadamente 1cm de diâmetro cada. A uma destas
manchas, juntar 1 gota de solução de NaOH a 1N. Cobrir a metade da mancha com
papel escuro, e expor a outra metade a luz ultravioleta. Descubra e compare.
Resultado:
Fluorescência azul na parte exposta da mancha a luz UV indica reação positiva.
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Grupos Fitoquímicos Solução Solução Solução Solução


Aquosa Metanólica Clorofór- Etanolica
mica
Heterosídios Cianogênicos

Fenóis
Taninos pirogálicos (taninos
hidrolisáveis)
Taninos flobabênicos (taninos
condensados ou catéquicos).
Saponinas
Ácidos Orgânicos
Polissacarideos
Açúcares Redutores
Açúcares não-redutores
Proteínas e Aminoácidos

Glicosídeos Cardíotônicos
Flavonoides
Catequinas
Benzoquinonas, Naftoquinonas e
Fenantraquinonas
Sesquiterpenolactonas e outras
Lactonas

Esteroides e Triterpenóides
Azulenos
Carotenoides

Antraquinonas
Alcaloides
Purinas
Cumarinas
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PREPARAÇÃO DE REAGENTES

1.1 Reativo de Keede para Glicosídios cardiacos

Solução A: dissolver 2g de 3,5-dinitrobenzoico em 50 mL de metanol


Solução B: dissolver 5,7g de hidróxido de potássio em 100 mL de metanol
No momento do ensaio, adicionar 2 gotas da solução A e 2 gotas da solução B.

1.2 Reativo de Wagner Bouchardat para alcaloides

Dissolver 4g de iodeto de potássio e 2g de iodo ressublinado em até 100 mL de


água destilada.

1.3 Reativo de Dragendorff modificado por Kraut para alcaloides

Solução A: dissolver 8g de subnitrato de bismuto (BiONO 3.H2O) em 20 mL de


ácido acético.
Solução B: dissolver 27,2g de iodeto de potássio em 50 mL de água destilada
Adicionar aos poucos a solução A sobre a solução B.

1.3.1 Reagente de Dragendoff para alcaloides


Em banho de gelo, dissolver 5g de carbonato de bismuto em 50 ml de água,
adicionando cuidadosamente 12 mL de ácido clorídrico concentrado; e posteriormente
acrescentar gradativamente 25g de iodeto de potássio; após completa dissolução,
completar o volume para 100 ml com água destilada.

1.4 Reativo de Mayer para alcaloides

Solução A: dissolver 1,36g de cloreto de mercurico (HgCl2) em 60 mL de água


destilada
Solução B: dissolver 5g de iodeto de potássio em 20 mL de água destilada
As solução A e B dever ser misturadas e diluídas para 100 mL de solução final
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1.5 Reativo de Pascová para ácidos orgânicos

Solução A: dissolver 0,075g de verde de bromocresol mais 0,25g de azul de


bromofenol em etanol até completar 100 mL de solução
Solução B: dissolver 0,25g de permanganato de potássio (KMnO4) mais 0,25g
de carbonato de sódio (Na2CO3) em água destilada até completar 100 mL de solução
No momento de uso para os testes usar 9 partes da solução A para 1 parte da
solução B. A mistura só é estável entre 5 a 10 minutos.

1.6 Reativo de Fehling para açúcares redutores

Solução A: dissolver 34,65g de sulfato de cobre (CuSO4) em água destilada e


completar o volume para 500 mL
Solução B: dissolver 173g de tartarato de sódio e potássio (KNaC4H4O6.4H2O)
e 125g de permanganato de potássio (KMnO4) em água destilada e diluir para 500 mL
de solução.
Utilizar na proporção de 2 mL da solução A par 2 mL da solução B
1.7 Reagente Lugol

Dissolver 10g de iodeto de potassio e 5g de iodo ressubllinado em 50 mL de


água destilada e completar o volume para 100 mL.

1.8 Papel reativo de picrato de sódio par heterosídeo cianogênico

Dissolver 1g de ácido pícrico (C6H3N3O3) em 100 mL de água destilada; juntar


de pois 10g de carbonato de sódio.
No momento do teste, molhar o papel de filtro nessa solução e deixar secar à
temperatura ambiente. A solução tem validade por 4 messes.

1.9 Solução pulverizadora de cloridrato de hidroxilamina para sesquiterpeno-


lactonas
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Solução A: dissolver 20g de cloridrato de hidroxilamina (NH2OH.HCl) em


50mL de água destilada, completar o volume para 200mL com álcool etílico. Esta
solução deve ser conservada em lugar fresco.
Solução B: dissolver 50g de hidróxido de potássio (KOH) em água destilada
(pequeno volume) e completar com etanol até 500mL.
Misturar 1 volume da solução A com 2 volumes de solução B. Filtrar o
precipitado formado de cloreto de potássio (KCl) (aguardar a formação do sal). Esta
solução deve ser guardada em refrigerador, nestas condições se mantém estável por
duas semanas.

1.10 Solução pulverizadora de cloreto férrico

Dissolver 10g de Cloreto Férrico FeCl3 em 20mL de solução de Ácido


Clorídrico (HCl) a 36% (concentrado), adicionar em seguida 200mL de éter etílico
(agitar no momento da pulverização). Esta solução é bastante estável, desde que o
frasco esteja bem vedado.

1.11 Solução pulverizadora de anisaldeido

Misturar 0,5mL de Anisaldeído a 10ml de ácido acético glacial. Em outro


recipiente, adicionar a 85mL de metanol, 5mL de H2SO4 concentrado. Misturar as
duas soluções.

1.12 Solução pulverizadora de vanilina

Solução A: Dissolver 1g de vanilina em etanol e completar o volume para


100mL.
Solução B: Diluir 10mL de H2SO4 em etanol e elevar o volume até 100mL
Obs.: No momento da aplicação sobre a placa cromatográfica, retirar uma
alíquota de cada solução obedecendo a proporção de 1:1.

1.13 Solução de amido a 1%


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Misturar 0,25g de amido com 5 ml de água fria; adicionar 20 ml de água


destilada fervente; aquecer em fogareiro, agitando até obtenção de goma translúcida

1.13 Reagente de Liebermann-Burchard para triterpenos

Dissolver 0,1 mL de ácido sulfúrico concentrado em 5 mL de anidrido acético.

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