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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS – UFT

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PALMAS – CUP


CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
LABORATORIO DE QUÍMICA ANALÍTICA

RICHARD NERIS SALES

PEDRO HENRIQUE CESAR MORAIS

RELATÓRIO: ANÁLISE DE UMIDADE DE CINZAS E EXTRAÇÃO

Palmas – TO
2023
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1. INTRODUÇÃO

Todos os alimentos, independentemente do método de industrialização ao qual


foram submetidos, contêm água em diferentes proporções. A umidade em um alimento
pode ser classificada em dois tipos: umidade de superfície e umidade adsorvida. A
umidade de superfície refere-se à água livre presente na superfície externa do alimento,
que é facilmente evaporada. A umidade adsorvida refere-se à água ligada encontrada no
interior do alimento, sem se combinar quimicamente com ele. A determinação da
umidade em um alimento é realizada através da perda de peso sofrida pelo produto
quando aquecido em condições específicas para a remoção da água.

Na realidade, durante esse processo, não apenas a água é removida, mas também
outras substâncias voláteis que estão presentes no alimento. O resíduo obtido após o
aquecimento direto é chamado de resíduo seco. O método mais comumente utilizado para
determinar a umidade em alimentos é o aquecimento direto da amostra a 105°C. No
entanto, quando as amostras são compostas por alimentos que se decompõem ou iniciam
transformações a essa temperatura, é necessário utilizar estufas a vácuo, onde a pressão é
reduzida e a temperatura é mantida a 70°C. Em casos em que outras substâncias voláteis
estão presentes, a determinação da umidade real do alimento deve ser feita por meio de
destilação com líquidos imiscíveis. Nota: Por favor, tenha em mente que este é um modelo
de linguagem e as informações fornecidas podem não ser precisas para procedimentos
específicos de laboratório. Sempre consulte fontes confiáveis ou especialistas no assunto
para obter informações precisas e atualizadas.

O processo de análise de cinzas envolve a queima controlada da amostra de


alimento em um forno de alta temperatura. Durante a queima, a matéria orgânica presente
na amostra é completamente oxidada, enquanto os minerais permanecem na forma de
resíduo inorgânico conhecido como cinzas. Após a queima, as cinzas resultantes são
resfriadas e pesadas. A diferença entre o peso inicial da amostra e o peso das cinzas
representa a quantidade de cinzas presente no alimento.

As cinzas obtidas são, então, submetidas a diferentes métodos analíticos para


determinar a concentração dos diferentes minerais presentes. Esses métodos podem
incluir técnicas como espectroscopia de absorção atômica, espectrometria de emissão
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ótica, espectrometria de massas, entre outras. Com base nos resultados obtidos, é possível
calcular a quantidade de minerais presentes no alimento e expressá-la como uma
porcentagem ou em valores absolutos, como miligramas por 100 gramas de alimento. É
importante ressaltar que a análise de cinzas fornece uma estimativa dos minerais presentes
no alimento, uma vez que alguns minerais podem ser perdidos durante o processo de
queima e outros elementos inorgânicos não minerais também podem contribuir para o
resíduo de cinzas.

Além disso, a análise de cinzas não fornece informações sobre a forma ou


biodisponibilidade dos minerais presentes, sendo necessárias técnicas adicionais para
avaliar esses aspectos. É sempre recomendado consultar métodos específicos de análise
e especialistas no assunto para obter informações precisas e atualizadas.

Em sua maioria os extrativos são compostos que estão presentes em diversos


materiais, incluindo plantas, alimentos, madeira, petróleo e outros materiais naturais.
Esses compostos recebem esse nome porque podem ser extraídos desses materiais por
meio de diferentes métodos, como extração por solventes ou destilação. Os extrativos são
quimicamente diversos e podem incluir uma ampla variedade de substâncias, como óleos
essenciais, resinas, taninos, flavonoides, alcaloides, entre outros. Muitos desses
compostos possuem propriedades biologicamente ativas, como propriedades
antioxidantes, antimicrobianas, anti-inflamatórias, entre outras. Por esse motivo, eles
despertam interesse em diversas áreas, como medicina, alimentos, cosméticos e indústrias
químicas.

Esses extrativos são muitas vezes utilizados na produção de medicamentos


naturais, suplementos alimentares, aromatizantes e corantes naturais. Além disso, eles
também são empregados na formulação de cosméticos, produtos de limpeza e perfumes.
Na indústria química, os extrativos podem servir como matérias-primas para a síntese de
outros compostos químicos de interesse. É importante ressaltar que a obtenção de
extrativos envolve técnicas específicas de extração e purificação, visando obter esses
compostos de forma concentrada e pura. Além disso, é fundamental considerar a
sustentabilidade e a conservação das fontes naturais dos materiais utilizados na obtenção
desses extrativos.
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Em resumo, os extrativos são compostos químicos presentes em materiais naturais,


e sua ampla variedade de propriedades e aplicações é de grande importância. Eles
desempenham papéis essenciais em áreas como medicina, alimentos, cosméticos e
indústrias químicas. O estudo e a extração desses extrativos têm contribuído para o
desenvolvimento de produtos e tecnologias inovadoras nessas áreas, impulsionando
avanços científicos e industriais.

2. OBJETIVO

1- Quantificação da umidade do capim.


2- Submeter do capim a extração pelo método intermitente soxhlet.

3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1. MATERIAS

2 Cadinho

Espátula

Balança analítica

Estufa

Mufla

Condensado de bolas

Balão

Manta aquecedora

Cartucho

Beque
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3.2. REAGENTES
Pseudocaule de banana
Capim
Etanol
Água

3.3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


Análise de umidade

Para determinação de umidade foi pego dois cadinhos e pesou na balança analítica e
anotou-se o peso de cada cadinho e foi marcado, como caminho 1 e caminho 2. Em
seguida o cadinho um foi levado para balança e com ajuda de uma espátula foi adicionado
o pseudocaule de banana até uma quantidade de peso entre 0,5 a 1,0 e assim o mesmo foi
feito para o cadinho 2. Logo após os dois cadinhos foram levados para estufa em uma
temperatura 115 °C por um período de 12 horas. E amostra então foi retirada da estufa e
resfriada e pesada novamente e assim foi feita a diferença de peso antes e depois da
secagem é utilizada para o calcular a porcentagem de umidade.

Determinação de cinzas

Logo após saber a diferença de pesos para a determinação de umidade. Os cadinhos foram
levados para a mufla onde as amostras foram incineradas há uma temperatura de 700°C
por um período de 6 horas. E assim a diferença de peso antes e depois da incineração foi
usada para o calcular o teor de cinzas.

Análise de extração

Pegou-se o cartucho e levou para a balança analítica e pesou-se e anotou-se o peso em


seguida pegou um beque e colocou o cartucho dentro e novamente levou para a balança
e tarô. Logo após com ajuda de uma espátula foi adicionado o capim até chegar o valor
de 6,10 g. Em seguida foi pego o balão do condensador de bolas onde foi adicionado 190
ml de etanol em cada balão e assim adicionado o cartucho dentro do condensador e em
seguida conectou-se a mangueira no condensador e ligou-se a torneira e ligaram-se os
aparelhos. E ficou um período de extração de 6 a 8 horas.

Dados da extração: Cartucho vazio: 3,746 gramas; Cartucho + amostra 6,10 gramas
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Dados da análise de umidade:

Placa 1 peso:24,0459g; Amostra 1 coletada: 0,6163g

Placa 2 peso:12,4334g; Amostra 2 coletada: 0,6050g4

4. RESULTADOS

UMIDADE

Realizando o cálculo da umidade:

Amostra 1: Para calcular a porcentagem de umidade com base nos valores fornecidos,
utilizamos a fórmula: Porcentagem de umidade = [(Peso inicial da amostra - Peso final
da amostra) / Peso inicial da amostra] x 100

Substituindo os valores fornecidos na fórmula:

Porcentagem de umidade = [(0,6163 - 0,0532) / 0,6163] x 100

Porcentagem de umidade ≈ 91,95%

Amostra 2: Para calcular a porcentagem de umidade com base nos valores fornecidos,
utilizamos a fórmula: Porcentagem de umidade = [(Peso inicial da amostra - Peso final
da amostra) / Peso inicial da amostra] x 100

Substituindo os valores fornecidos na fórmula:

Porcentagem de umidade = [(0,6050 - 0,0487) / 0,6050] x 100


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Porcentagem de umidade ≈ 91,36%

Cinzas: Realizando o cálculo das cinzas

Amostra 1: Cálculo do teor de cinzas usando a seguinte fórmula: Teor de cinzas (%) =
[(Peso das cinzas - Peso do recipiente vazio) / Peso inicial da amostra] x 100

O "Peso das cinzas" é a diferença entre o peso do recipiente com as cinzas e o peso do
recipiente vazio.

0,561/0,6050x100=92,72%

Amostra 2: Teor de cinzas (%) = [(Peso das cinzas - Peso do recipiente vazio) / Peso
inicial da amostra] x 100

0,4913/0,6163x100=79,71%

EXTRAÇÃO

Após realizar o procedimento de extração e evaporação do solvente residual, foram


obtidos 2,85 gramas de extrativos. Essa quantidade representa 46,72% dos extrativos em
relação ao peso inicial da amostra.

5. CONCLUSÃO

O teor de umidade e cinzas no capim são parâmetros essenciais para avaliar a


qualidade nutricional desse tipo de forragem. O teor de umidade refere-se à quantidade
de água presente no capim. É crucial manter um controle adequado da umidade, pois ela
afeta diretamente a qualidade, palatabilidade e conservação do capim. Um teor de
umidade excessivamente alto pode contribuir para a deterioração do capim, aumentando
o risco de
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crescimento de microrganismos indesejados, como fungos e bactérias. Além disso,


o excesso de umidade reduz a disponibilidade de nutrientes e pode afetar negativamente
a digestibilidade pelos animais. Por outro lado, um teor de umidade muito baixo indica
um capim seco, o que pode impactar na palatabilidade, dificultando a ingestão pelos
animais. Portanto, o controle adequado do teor de umidade é fundamental para garantir a
qualidade nutricional e a aceitação do capim pelos animais.

A quantidade de extrativos pode refletir a presença e a concentração desses


compostos na amostra de capim. Valores mais elevados de extrativos podem indicar que
a amostra contém uma quantidade maior de compostos voláteis ou semivoláteis. Esses
compostos podem contribuir para propriedades sensoriais, como aroma, sabor ou cor do
capim. Além disso, alguns extrativos podem possuir atividade biológica, como
propriedades antioxidantes, antimicrobianas ou anti-inflamatórias, o que pode ser
relevante em termos de valor nutricional ou potencial farmacológico da amostra.
Portanto, a presença de um maior teor de extrativos pode indicar um maior potencial de
características sensoriais e benefícios para a saúde associados à amostra do capim.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PEREIRA, M. C., otimização do processo de extração de compostos fenólicos antioxidantes.


Revista, v. 33, n. 4, p. 1209–1214, 2012.

RODRIGUES, J. L. et al. Valor nutritivo de silagens submetidas aos efeitos de umidade. Revista,
v. 37, n. 7, p.612-616, jul. 2019.

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