Autor: MOREIRA, Roberto C. Coautores: ALMEIDA, Claudia Regina L.; DANTAS, Luana Karla S.; MACHADO, Petter Djeison W. Orientadora: BAUMGARTEN, Maria da Graça Zepka www.Leoquim.furg.br Introdução
A QUÍMICA ANALÍTICA ENVOLVE:
Separação, identificação e determinação das quantidades dos componentes (analitos) de uma amostra. É IMPORTANTE: O conhecimento das concentrações dos constituintes da água, solo, ar ou biota permitindo a avaliação dos níveis de conformidade legal da qualidade de cada ambiente. A área escolhida por dois grupos da disciplina para realização de amostragens das águas foram as margens da Orla da Av. Comendador Henrique Pancada (Rio Grande/RS), local utilizado para a pesca artesanal e de potencial turístico. Pontos Amostrados Pontos Amostrados
Cano registrado conforme Licença de Operação nº 1952/2019
e Relatório de Vistoria- Fiscalização nº 90-2022. Coleta diretamente no afluente de um emissário pluvial. Metodologia A turma foi dividida em 2 grupos Cada grupo escolheu áreas na Orla, próximas mas com diferentes características para amostrar
Um optou por realizar a coleta
ás margens da Orla, nas águas superficiais próximas a um ponto de lançamento de efluente industrial (PONTO 1)
Outro realizou a coleta na
saída de um emissário oficial de escoamento pluvial da região (PONTO 2) Metodologia Coleta de água; Medição da temperatura do ar e da água e fixação do oxigênio; No Laboratório de Ensino em Oceanografia Química (Leoquim), foram analisados o Oxigênio dissolvido, o pH, a cor, a turbidez e DBO5. Após filtração das amostras de água, foram separadas e congeladas alíquotas para posterior análise de nutrientes dissolvidos nitrogenados (amônio e nitrito) e fosfato. Análise e Discussão Tabela 1 – Qualidade das águas dos locais amostrados na margem da Orla da Av. Henrique Pancada (RG/RS). Obs.: Em vermelho, não conformidades legais ou ambientais/ecológicas. Limite legal Limite legal Variáveis Ponto 1: Ponto 2: CONAMA, nº 357 (2005); CONAMA, nº357 (2005); Data: 30/06/2023 Ambiente Emissário pluvial Água salobra Classe 2 Água doce Classe 2
32° 2'44.89"S 32° 2'44.10"S
Latitude e longitude 52°8'11.54"W 52° 8'8.72"W Temperatura (ar e 17 15 água C̊ ) - - 16 20 Salinidade 17,9 0,3 >0,5 - pH 7,4 7,01 6,5 a 8,5 6a9 Turbidez (NTU) 5,6 12,7 < 100 < 100 Cor (mg/L de Pt-Co) 3,8 101 < 75 < 75 Oxigênio (mg/L) 11,85 4,6 >4 >5 Sem imite legal, ideal Saturação de oxigênio (%) 134% 51,1% Sem limite legal 100% ±5% Sem limite legal, usar o DBO5 (mg/L) 4,95 48,6 <5 de água doce Nitrogênio amoniacal (amônio) (mg/L de N- 0,85 3,5 < 0,07 <3,7 para águas pH <7,5 NH4+) Nitrito (mg/L de N-NO2-) 0,02 0,05 < 0,2 <1 P Total= <0,186 Fosfato Como P total: < 0,05 0,13 1,34 Polifosfato (formas de (mg/L de P-PO43-) (fósforo total) fosfato): <0,093 Análise e Discussão Água ambiental: Níveis consideráveis de DBO representam a taxa Parâmetros em respiratória dos conformidade com a organismos legislação, com exceção decompositores. do valor de amônio e fosfato evidenciando alta concentração matéria orgânica. Coluna Sedimentar: Aparente excesso de matéria orgânica biodegradável depositada e em decomposição.
A condição ambiental sugere aporte antrópico de matéria
orgânica; Mesmo com a entrada da água marinha oligotrófica (17,9 - salinidade) diluindo o ambiente. Apresenta concentrações de nitrogenados e fosfatados que extrapolaram os limites estipulados pela legislação. Análise e Discussão Baixa saturação de oxigênio dissolvido, altos valores de DBO, de amônio e de fósforo, como alto valor da cor. Resíduo com aspecto visualmente gorduroso. Excesso de matéria orgânica biodegradável depositada na coluna Os resultados sugerem: sedimentar e em decomposição. Ligações clandestinas de efluentes na rede pluvial local. Análise e Discussão O diagnóstico evidenciou: Necessidade de mais intensa fiscalização dos aportes clandestinos na Orla por parte dos órgãos ambientais;
Necessidade de ações de monitoramento em mais amplos espaço-temporais das
qualidades das águas;
Importante contribuição da química analítica como ferramenta de trabalho
para uma gestão eficiente de ambientes aquáticos, auxiliando na identificação das possíveis causas e dos efeitos que as diferentes fontes de contaminação podem gerar nos corpos hídricos, otimizando ações de controle e monitoramento. Recomendações Avaliação nas margens, dos níveis de bactérias fecais, óleos e graxas, somados aos parâmetros focados no presente trabalho. Amostragens otimizadas devem contemplar também o regime de vazante na Orla. Amostragem na valeta supostamente clandestina identificada com gorduras e investigação de origem. Investigação das origens da contaminação do efluente pluvial, relacionando com um mapeamento atualizado da presença ou não da rede de coleta de esgotos em todas as adjacências da orla. Agradecimentos Monitor Clayton Ono Profª Maria da Graça TAE Edi Morales Referências
1. BRASIL, Resolução CONAMA n°357, de 17 de março de 2005. Classificação de águas, doces,
salobras e salinas do Território Nacional. Publicado no D.O.U.
2. RIO GRANDE DO SUL. SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE E INFRAESTRUTURA. SISTEMA ONLINE
DE LICENCIAMENTO. Licença de Operação nº 1952/2019.
3. RIO GRANDE DO SUL. SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE E INFRAESTRUTURA. SISTEMA ONLINE
DE LICENCIAMENTO. Relatório de Vistoria-Fiscalização nº 90-2022. OBRIGADO!