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ANÁLISES FARMACOPEICAS

DEPARTAMENTO DE PRODUTOS FARMACEUTICOS


FACULDADE DE FARMÁCIA-UFMG

ENSAIOS LIMITE

1 INTRODUÇÃO

Os ensaios limite são realizados em substâncias químicas destinadas à fabricação de produtos


farmacêuticos com a finalidade de verificar se as impurezas presentes estão de acordo com os
limites estabelecidos nos códigos farmacêuticos oficiais. As Farmacopeias são os códigos
farmacêuticos oficiais de cada país, onde se estabelecem a identificação e os padrões de
qualidade das substâncias de uso farmacêutico. Diz-se que um fármaco é “farmacopeico” quando
esse se acha inscrito na Farmacopeia. Há muitos fármacos que não estão incluídos na
Farmacopeia Brasileira. Entretanto, seus padrões de pureza estão incluídos em outras
Farmacopeias e códigos oficiais, tais como “The International Pharmacopeia”, “The United States
Pharmacopeia” (USP), “The National Formulary” (USP-NF), “Britsh Pharmacopeia” (BP) e outras.

Para se verificar se o teor de uma impureza em uma determinada substância está dentro do limite
estabelecido, realiza-se o ensaio por comparação com uma quantidade conhecida da impureza.
Desenvolve-se uma preparação contendo uma quantidade exatamente conhecida da substância
em exame (preparação amostra) e uma preparação contendo uma quantidade exatamente
conhecida da impureza (preparação padrão).

Os ensaios limite mais comuns são os de cloreto, sulfato, ferro, metais pesados e arsênio. Os
ensaios de cloreto e de sulfato baseiam-se na formação de partículas sólidas de sais brancos em
meio aquoso dessas impurezas sendo, portanto, turbidimétricos. Os ensaios de ferro, metais
pesados e arsênio baseiam-se na formação de produtos coloridos sendo, portanto, colorimétricos.

2 DEFINIÇÃO DE ALGUNS TERMOS

Limite: é o teor máximo permitido da impureza em determinada substância química.

ppm (partes por milhão): expressa partes (em peso) da impureza por milhão de partes (também
me peso) da substância ensaiada.

% (porcentagem): expressa partes (em peso) da impureza por cem partes (também em peso) da
substância ensaiada.

3 MATERIAL ESPECÍFICO

Para realização dos ensaios limite de cloreto, sulfato, ferro e metais pesados, usam-se tubos de
comparação iguais, de fundo plano, vidro transparente, com cerca de 70 mL de capacidade e 23
mm de diâmetro interno, marcados em 50 e 25 mL. São designados Tubos de Nessler.

A expressão “tubos iguais” significa tubos tão exatamente iguais quanto possível, quanto ao
diâmetro interno e todos os outros aspectos.

Para realização do ensaio limite de arsênio usa-se material especifico que será oportunamente
descrito.

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ENSAIO LIMITE DE CLORETO

1 GENERALIDADES

O ensaio limite de cloreto fundamenta-se na reação do íon prata com o cloreto, em meio
fortemente ácido, com formação de cloreto de prata sólido, que causa turvação (opalescência) no
meio líquido. O ensaio limite de cloreto é, portanto, um ensaio turbidimétrico.

H+
Ag+(aq) + Cl-(aq) AgCl(s) branco

A presença do cloreto, como impureza, nos fármacos (matéria-prima de produtos farmacêuticos)


tem como principal origem o uso de água não destilada, como solvente, especialmente na
preparação de substâncias inorgânicas e o uso de cloretos em sínteses inorgânicas.

Os sais de sódio, de potássio e de magnésio podem conter cloreto se não forem


convenientemente purificados, pois são obtidos a partir de cloreto de sódio, de potássio e de
magnésio, respectivamente.

Os limites de cloretos nos fármacos são relativamente grandes, pois o cloreto é bem tolerado no
organismo humano.

2 REAGENTES PRINCIPAIS

Ácido clorídrico padrão (HCl 0,01 M): é usado na preparação padrão para fornecer íons cloreto.
Cada mL contém 0,0003546 g de Cl-:

Solução de ácido nítrico SR a 12%: é usada para acidular fortemente as preparações problema e
padrão.

Solução de nitrato de prata SR a 4%: é usada para fornecer os íons prata que reagirão com os
íons cloreto, com formação de AgCl, sólido branco. Deve ser adicionada às preparações problema
e padrão bem diluídas para formação de partículas de AgCl que ficarão totalmente dispersas até o
momento da comparação do ensaio.

3 CUIDADOS ESPECIAIS

As preparações devem estar perfeitamente límpidas e incolores antes da adição da solução de


nitrato de prata SR. Se estiverem turvas serão filtradas e se coloridas serão tratadas de modo a
torná-las incolores.

As preparações devem estar ácidas antes da adição da solução de AgNO3. Se estiverem alcalinas
haverá a formação de Ag2O(s) acinzentado, que interfere na leitura. Além disso, o meio fortemente
ácido impede a interferência de outros ânions tais como HCO3-, CO32-, etc., que formam sais de
prata insolúveis em meio neutro, porém solúveis em meio nítrico.

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2 Ag+ (aq) + 2 OH- Ag2O(s) + H2O

As preparações padrão e problema devem ser guardas as abrigo da luz antes de se fazer a leitura
para se evitar a redução do íon prata a prata metálica, que é cinza e interfere na leitura.

Ag+ (aq) + e- Ag(s)

4 CÁLCULOS

As monografias incluídas nas edições da Farmacopeia Brasileira apresentam os limites das


impurezas que devem ser pesquisadas.

Na Farmacopeia Brasileira, 5ª edição (FB 5) há na parte 5.3.2 orientação geral para desenvolver
as preparações amostra e padrão. É necessário realizar cálculos para determinar o volume de
solução padrão que se deve usar.

Exemplo

Realizar, de acordo com a FB 5 o ensaio limite de cloreto na glicose.

Dados:

- massa de glicose = 2,0 g

- limite de Cl- = 180 ppm

- 1 mL de solução padrão contém 3,546 x 10-4 g de Cl-

- volume de solução padrão = ?

Cálculos:

106 g de glicose podem conter até 180 g de Cl-

2,0 g de glicose X g de Cl-

X = 360 x 10-6 g de Cl-

A massa de 2,0 g de glicose pode conter até 360 x 10-6 g de Cl-. Portanto é necessária uma
preparação contendo essa massa de cloreto para servir de referência. Para isso se utiliza a
solução padrão que contem 3,546 x 10-4 g de cloreto em cada mL:

1 mL de padrão....................................... 3,546 x 10-4 g de Cl-

Y .................................... 360 x 10-6 g de Cl-

Y = 1,02 mL de solução padrão

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5 TÉCNICA GERAL

Preparação amostra Preparação padrão


Amostra Ácido clorídrico padrão (HCl 0,01 M SV),
Água destilada q.s.p. .................30 a 40 mL Água destilada q.s.p. .................30 a 40 mL
Ácido nítrico SR....................................1 mL Ácido nítrico SR....................................1 mL
Nitrato de prata SR...............................1 mL Nitrato de prata SR...............................1 mL
Água destilada q.s.p. ........................50 mL Água destilada q.s.p. ........................50 mL
Homogeneizar
Deixar em repouso, ao abrigo da luz, durante 5 minutos.
A turbidez da preparação amostra não deve ser superior à da padrão.

6 SITUAÇÕES ESPECIAIS

Carbonatos: todos os carbonatos sofrem tratamento prévio com ácido até cessar a efervescência.
Esse tratamento deve ser realizado num béquer, pois o carbonato pode conter substâncias
insolúveis e, nesse caso, elas serão eliminadas através de filtração. A efervescência representa a
decomposição do carbonato com desprendimento de CO2:

CO3-2(aq) + 2 H+ CO2 (g) + H2O

Substâncias insolúveis: as substâncias insolúveis como caolim e trissilicato de magnésio são


fervidas com uma mistura de água e ácido nítrico diluído, esfriadas e filtradas. O ensaio é
realizado no filtrado. O ácido acetilsalicílico é solubilizado a quente em água. A solução é resfriada
e o ácido acetilsalicílico recristalizado é filtrado. O ensaio é realizado no filtrado.

Substâncias solúveis em água e insolúveis em ácido: salicilato de sódio e benzoato de sódio são
muito solúveis em água, mas em presença de ácido formam ácido salicílico e benzóico, que são
insolúveis e se precipitam. Para realizar-se o ensaio, o tratamento prévio, com ácido, deve ser
feito até total precipitação, em seguida filtra-se e trabalha-se com o filtrado.

Substâncias coloridas: são tratadas de modo a torná-las incolores. O permanganato de potássio


solubiliza-se em água dando solução colorida. Para realizar-se o ensaio limite de cloreto, trata-se
a solução com álcool R a quente, esfria-se, filtra-se e trabalha-se com o filtrado incolor.

4 KMnO4 (aq) + 3 CH3CH2OH 4 MnO2 (s) + CH3COOK (aq) + KOH(aq) + 5 H2O

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ENSAIO LIMITE DE SULFATO

1 GENERALIDADES E FUNDAMENTO

O sulfato é impureza bem tolerada pelo organismo humano e, portanto, seu limite nos fármacos é
relativamente grande. Ele provém basicamente do uso de água potável na manipulação dos
fármacos.

O ensaio limite de sulfato baseia-se na reação do sulfato, porventura presente no fármaco, com o
íon Ba2+ em meio fortemente ácido, com formação de sulfato de bário, sólido branco que causa
turvação do meio.

H+
Ba2+ (aq) + SO42- (aq) BaSO4 (s) branco

2 REAGENTES PRINCIPAIS

Ácido sulfúrico padrão (H2SO4 0,005 M): solução padrão que contém o íon sulfato em quantidade
rigorosamente definida. É usado na preparação padrão. Cada 2,5 mL da solução padrão contém
1,2008 x 10-3 g sulfato.

1000 mL ........................ 96,064 g SO4-2 .................................. 1 M

2,5 mL ...................................X ...........................................0,005 M

X = 96,064 x 0,005 x 2,5 / 1000 = 1,2008 x 10-3 g de SO42-

Ácido clorídrico SR (10%): é usado para acidular fortemente as preparações problema e padrão.
Se as preparações não estiverem ácidas haverá, com a adição do cloreto de bário, formação de
partículas sólidas brancas de carbonato de bário, que mascaram o ensaio:

Ba2+(aq) + 2 OH- (aq) Ba(OH)2 (aq)

Ba(OH)2(aq) + CO2 BaCO3(s) branco + H2O

Além disso, o meio fortemente ácido evita a interferência de outros íons como HCO3-, CO32-, PO43-,
etc., que formam sais de bário insolúveis em meio neutro, porém solúveis em meio ácido.

Cloreto de bário SR: fornece os íons bário que reagirão com os íons sulfato produzindo turvação
branca no meio

3 CÁLCULOS

Nas monografias incluídas na FB 5 há os limites das impurezas que devem ser pesquisadas. No
volume 1 da FB 5 há orientações para realização dos ensaios. No item 5.3.2.2 há uma orientação

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geral para desenvolver as preparações amostra e padrão. É necessário realizar cálculos para
determinar o volume de solução padrão que deve ser usado.

Exemplo

Realizar, de acordo com a FB 5, o ensaio limite de sulfato na glicose.

Dados:

- massa de glicose = 2,0 g

- limite de sulfato = 250 ppm

- 2,5 mL de solução de H2SO4 0,005 M = 0,0012008 g de SO42-

Cálculos:

106 g de glicose ..............................250 g de SO42-

2,0 g de glicose ........................ X

X = 4 x 10-4 g de SO42-

A massa de 2,0 g de glicose pode conter até 4 x 10-4 g de SO42-. Nesse caso é necessário obter
uma preparação padrão contendo exatamente 4 x 10-4 g de SO42-, para servir de referência. Para
isso, utiliza-se a solução de H2SO4 0,005 M, que contem 0,0012008 g de SO42 em 2,5 mL:

2,5 mL de H2SO4 0,005 M (SV).......................... 0,0012008 g de SO42-

X’ 4 x 10-4 g de SO42-

X’ = 0,83 mL de solução de H2SO4 0,005 M (SV)

4 TÉCNICA GERAL

Preparação amostra Preparação padrão


Amostra Ácido sulfúrico padrão (H2SO4 0,005 M SV)
Água destilada q.s.p. .................30 a 40 mL Água destilada q.s.p. .................30 a 40 mL

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Ácido clorídrico SR...............................1 mL Ácido clorídrico SR...............................1 mL


Cloreto de bário SR..............................3 mL Cloreto de bário SR..............................3 mL
Água destilada q.s.p. .........................50 mL Água destilada q.s.p. .........................50 mL
Homogeneizar
Deixar em repouso durante 10 minutos.
A turbidez da preparação amostra não deve ser superior à da preparação padrão.

5 SITUAÇÕES ESPECIAIS

Para o ensaio limite de sulfato aplica-se o que foi dito em ensaio limite de cloreto, nos casos que
se seguem: carbonatos (ou bicarbonatos), substâncias insolúveis, substâncias solúveis em água e
insolúveis em meio ácido e substâncias coloridas.

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ENSAIO LIMITE DE FERRO

1 GENERALIDADES

O ensaio limite de ferro é um ensaio colorimétrico no qual se compara a intensidade de cor


desenvolvida na preparação problema com a desenvolvida na preparação padrão.

O ferro aparece como contaminante de substâncias químicas devido à preparação e


acondicionamento das mesmas em vasilhame que apresenta esse metal em sua constituição.

Com o ensaio limite de ferro tem-se como objetivo principal evitar problemas de ordem técnica em
medicamentos, como, por exemplo: aparecimento de precipitados em injetáveis (sais férricos se
hidrolisam em solução), e de manchas em comprimidos (sais férricos e ferrosos hidratados são
coloridos).

Fe3+ + 3 H2O Fe(OH)3 (s) + 3 H+

2 FUNDAMENTO

O ensaio é baseado na formação de um complexo colorido, pela reação de Fe2+ com o ácido
tioglicólico, em solução tamponada com citrato de amônio. Os íons férricos são reduzidos a
ferrosos pelo próprio ácido tioglicólico.

2 Fe3+ + 2 HS-CH2-COOH 2 Fe2+ + HOOC-CH2-S-S-CH2-COOH + 2 H+

H
O
O S
2+ C
Fe + 2 HS-CH2-COOH Fe CH2 + 2 H+
H2 C
C
S O
O
H
púrpura

3 FUNÇÃO DOS REAGENTES

Solução padrão de ferro: fornecer íons férricos, numa quantidade exatamente igual ao máximo
permitido, no peso da substância analisada.

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Demonstração de que 1 mL de solução padrão (100 ppm de Fe) equivale a 100 x 10-6 g de
ferro.

Solução padrão de ferro (100 ppm) (FB 5)

FeNH4SO4.12 H2O - 0,8634 g + H2SO4SR - 5 mL + H2O destilada qsp 1000 mL

482,18 g de FeNH4SO4.12 H2O..............................55,85 g de Fe

0,8634 g de FeNH4SO4.12 H2O...................................... X

X = 0,100 g de Fe

0,100 g de Fe......................................................... 1000 mL

X.................................................................... ..1 mL

X = 100 x 10-6 g de Fe

Ácido cítrico diluído: formar um tampão com o hidróxido de amônio, mantendo o pH ideal da
reação (alcalino entre 7,0 e 9,0).

Ácido tioglicólico R: reduzir o Fe3+ a Fe2+ e reagir com este formando o composto colorido em meio
alcalino.

Hidróxido de Amônio: fornecer o pH ideal da reação.

4 TÉCNICA GERAL

Preparação amostra Preparação padrão


Amostra Solução padrão de ferro 10 ppm
Água destilada q.s.p. ................. ...... 40 mL Água destilada q.s.p. ................. ...... 40 mL
Ácido cítrico SR....................................2 mL Ácido cítrico SR....................................2 mL
Ácido tioglicólico R..........................2 gotas Ácido tioglicólico R..........................2 gotas
Homogeneizar
Hidróxido de amônio q.s.p. ...........alcalinizar Hidróxido de amônio q.s.p. ...........alcalinizar
Água destilada q.s.p. .........................50 mL Água destilada q.s.p. .........................50 mL
Homogeneizar
Deixar em repouso durante 5 minutos.
A cor roxa da preparação amostra não deve ser mais intensa que a da preparação padrão.

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ENSAIO LIMITE DE METAIS PESADOS

1 GENERALIDADES

O ensaio limite de metais pesados (MP) é realizado em matérias primas para produtos
farmacêuticos para verificar se as impurezas metálicas que são coloridas pelo íon sulfeto estão
dentro do limite registrado na Farmacopeia Brasileira ou em outro código farmacêutico. Os
principais cátions que reagem com íon sulfeto dando produtos coloridos de branco a preto em
meio fracamente ácido são os de chumbo, arsênio, zinco, cádmio, mercúrio, antimônio, bismuto,
prata, cobre e molibdênio.

São indicados alguns sulfetos de metais pesados com suas respectivas cores:

ZnS (s) branco Bi2S3 (s) marrom escuro

CdS (s) amarelo PbS (s) preto

HgS (s) marrom

A presença do MP nas substâncias químicas (fármacos) tem como origem a preparação e


acondicionamento das substâncias.

Os MP são muito tóxicos ao organismo, por isso, seus limites, nas diversas substâncias, são
muito pequenos.

As preparações problema e padrão devem estar perfeitamente límpidas e incolores antes da


adição da solução de ácido sulfídrico SR ou da tioacetamida. Se estiverem turvas deverão ser
filtradas e se coloridas deverão ser tratadas de modo a torná-las incolores.

2 FUNDAMENTO DO ENSAIO

O ensaio fundamenta-se na reação do MPx+ com o ion sulfeto, proveniente da hidrólise da


tioacetamida, em meio fracamente ácido, dando um composto (sulfeto de MP) colorido.

S O
CH3 C NH2 + H2O CH3 C NH2 + H2S
tioacetamida
pH 3,5
2 MPx+ + x H2S MP2Sx + 2x H+
colorido
S O
x+ pH 3,5
2 MP + x CH3 C NH2 + x H2O MP2Sx + x CH3 C NH2 + 2x H+
colorido

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3 REAGENTES PRINCIPAIS

Solução estoque de nitrato de chumbo (100 ppm): contém 159,8 mg de nitrato de chumbo em
1000 mL.

Solução padrão de chumbo: é preparada no dia do uso diluindo-se a solução estoque de nitrato de
chumbo na proporção de 1 para 10. Contém 10 μg de Pb por mL. Para preservar o meio ambiente
deve preparar-se a solução padrão na proporção de 1 mL da solução estoque para 10 mL de
solução.

Ácido acético diluído: é usado para ajustar o pH, quando necessário.

Hidróxido de amônio: é usado para ajustar o pH, quando necessário.

Papel indicador

Solução tampão de acetato pH 3,5 - mantém o pH ideal para realização do ensaio.

Tioacetamida SR - fornece íons sulfeto que irão reagir com os MP.

Preparo de tioacetamida SR: dissolver 4 g de tioacetamida em água e completar o volume para


100 mL.

Preparo de tioacetamida ST (solução teste)- medir 0,2 mL e adicionar a 1 mL da mistura de 14


mL de hidróxido de sódio M, 5 mL de água e 20 mL de glicerina. Aquecer em banho-maria, por 20
segundos, resfriar e utilizar imediatamente.

4 Demonstração de que 1 mL de solução padrão de chumbo contem 1 x 10-5 g de Pb2+.

Concentração de chumbo na solução estoque (conforme FB 5):

331,32 g de Pb(NO3)2 ................................................. 207,21g de Pb2+

0,1589 g de Pb(NO3)2 .................................................... X

X = 0,1 g Pb2+/ 1000 mL da solução

Concentração de chumbo na solução padrão

Para preparar a solução padrão, deve-se pipetar 10 mL de solução estoque e diluir para 100 mL
(FB 5).

0,1 g de Pb2+ ................................................. 1000 mL de solução estoque

Y ................................................ . ... 10 mL de solução estoque

Y = 1 x 10-3 g de Pb2+

10-3 g de Pb2+ ............................................. 100 mL de solução padrão

Z .............................................................. 1 mL de solução padrão

Z = 1 x 10-5 g de Pb2+
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5 CÁLCULOS

Na FB 5 há uma orientação geral para desenvolver as preparações amostra e padrão para


realização do ensaio limite de MP - método 5.3.2.3. É necessário realizar cálculos para determinar
o volume de solução padrão que se deve usar.

Exemplo:

Realizar o ensaio limite de MP no cloridrato de procaína.

Dados:

- massa de cloridrato de procaína: 0,5 g

- limite: 20 ppm

- 1 mL de solução padrão de chumbo contém 1 x 10-5 g de Pb2+.

- volume de solução padrão de chumbo: ?

Cálculos:

106 g de cloridrato de procaína..................................... 20 g de MP

0,5 g de cloridrato de procaína....................................... X

X = 1 x 10-5 g MP

A massa de 0,5 g de cloridrato de procaína pode conter até 1 x 10-5 g de MP. É necessário obter
uma preparação padrão contendo exatamente 1 x 10-5 g de MP, para servir de referência. Nesse
caso, usa-se, na preparação padrão, 1,0 mL de solução padrão, que contém 1 x 10-5 g de MP.

6 TÉCNICA GERAL

Preparação amostra Preparação padrão Preparação controle


amostra solução padrão de chumbo (10 amostra + solução padrão de
ppm Pb) chumbo (10 ppm Pb)
Água q.s.p. ....................25 mL Água q.s.p. ....................25 mL Água q.s.p. ....................25 mL
Ajustar o pH entre 3,0 e 4,0 Ajustar o pH entre 3,0 e 4,0 Ajustar o pH entre 3,0 e 4,0
com ácido acético M ou com ácido acético M ou com ácido acético M ou
hidróxido de amônio 6 M hidróxido de amônio 6 M hidróxido de amônio 6 M
Água q.s.p. ....................40 mL Água q.s.p. ....................40 mL Água q.s.p. ....................40 mL
Homogeneizar Homogeneizar Homogeneizar
Tampão acetato pH 3,5....2 mL Tampão acetato pH 3,5....2 mL Tampão acetato pH 3,5....2 mL
Tioacetamida ST...........1,2 mL Tioacetamida ST...........1,2 mL Tioacetamida ST...........1,2 mL
Água q.s.p. 50 mL Água q.s.p. 50 mL Água q.s.p. 50 mL
Homogeneizar Homogeneizar Homogeneizar
Deixar em repouso por 2 Deixar em repouso por 2 Deixar em repouso por 2
minutos minutos minutos
A coloração desenvolvida na preparação amostra não dever ser mais intensa do que na padrão.
O teste somente é válido se a intensidade da coloração desenvolvida na preparação controle for
igual ou superior àquela da padrão.

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7 SITUAÇÕES ESPECIAIS

Carbonatos: todos os carbonatos são tratados previamente com ácido até cessar a efervescência,
pois o ensaio é realizado em pH fracamente ácido e se não eliminar a efervescência no início do
trabalho, ela se realizará durante o ensaio e dificultará o estabelecimento do pH desejado.

Substâncias coloridas: a monografia, normalmente, já descreve o tratamento prévio que se deve


realizar, para descolorir a substância, antes de passar para a parte geral.

Substâncias solúveis em água e insolúveis em ácido: salicilato de sódio e benzoato de sódio são
muito solúveis em água, mas em presença de ácido formam ácido salicílico e benzóico, que são
insolúveis e se precipitam. Para realizar-se o ensaio, o tratamento prévio, com ácido, deve ser
feito até total precipitação, em seguida filtra-se e trabalha-se com o filtrado.

Substâncias orgânicas: são dissolvidas em solventes orgânicos (Método II), incineradas com ácido
sulfúrico (Método III, para substâncias que não produzem preparações límpidas e incolores sob as
condições do ensaio ou que, devido à sua natureza complexa, interferem com a precipitação de
metais pelo íon sulfeto ou para óleos fixos e voláteis) ou digeridas com ácido nítrico (Método IV).

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I NORMAS PARA UTILIZAÇÃO DO MATERIAL DE LABORATÓRIO

1. Limpeza: lavar todo o material com água destilada


2. Preparo: etiquetar o material de uso comum, ambientar pipetas, buretas e béqueres.

II ALGUNS USOS DE MATERIAL DE LABORATÓRIO

a) Pipeta
1. Para medidas de precisão: solução padrão, solução problema e soluções volumétricas;
2. Nunca pipetar direto do vidro ou do balão volumétrico. Transferir a solução para um béquer
e, então, pipetar;
3. Nunca fazer duas medidas. Escolher, portanto, a pipeta adequada para realizar a medida
de uma só vez;
4. Pipetas existentes no laboratório: volumétricas (1, 2, 5, 10, 15, 20, 25, 50 e 100 mL) e
graduadas (1, 2, 5, 10, 20 e 25 mL)
b) Bureta
1. Para titulações e medidas de precisão de substâncias voláteis ou corrosivas ou para
medidas que não há medidas adequadas;
2. Nunca se esquecer de retirar a bolha de ar da bureta.
c) Balão volumétrico
1. Para preparo de soluções, completar o volume e homogeneizar;
2. Balões volumétricos existentes no laboratório: 10, 25, 50, 100, 250, 500, 1000 e 2000 mL.
d) Provetas
1. Para medidas que não exigem rigor.
e) Béquer
1. Para medidas muito grosseiras;
2. Como continente.
f) Bastão de vidro
1. Promover triturações;
2. Homogeneizações de misturas líquidas;
3. Transferência de líquidos.
g) Funil
1. Transferência de líquidos;
2. Suporte de material filtrante.
h) Tubo de Nessler
1. Como continente na realização de ensaio limite.
i) Erlenmeyer
1. Em titulação como continente.

III EXERCÍCIOS

Os dados necessários à resolução dos problemas encontram-se nas Farmacopéias (II, III, IV
e/ou V) ou no próprio texto. É importante que você encontre os dados e que não apenas os
usem.

1- Dê os fundamentos químicos (equações) dos ensaios limite de cloreto, sulfato, ferro e metais
pesados.

2- Explique as afirmativas abaixo, dando as equações químicas correspondentes (quando for o


caso):
O ensaio limite de cloreto deve ser realizado em meio ácido.

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FACULDADE DE FARMÁCIA-UFMG

No ensaio limite de cloreto devem-se aguardar cinco minutos antes de se fazer a leitura,
deixando-se as preparações ao abrigo da luz.
3- Calcule:
a) peso de cloreto de sódio para se realizar o ensaio limite de ferro usando 0,5 mL de solução
padrão contendo 20 ppm de Fe. R= 5 g
b) volume de solução padrão de metais pesados para se realizar o ensaio limite no cloreto de
sódio, sendo usados 20 mL de solução de cloreto de sódio a 20% p/V. R=2,0 mL

5- Faça o esquema de trabalho que você seguiria se fosse realizar as práticas referentes ao
exercício 4.

6- Localize na F. Bras. III a monografia do sulfato de magnésio e calcule o volume de solução


padrão de chumbo que deve ser usado para se realizar o ensaio limite considerando-se os dados
da monografia. R= 1,0 mL

7- Usando os dados encontrados nas farmacopeias deduza:


1,0 mL de sol. pa de metais pesados contem 10 µg de Pb
1,0 mL de sol. pa de sulfato contem 480 µg de sulfato
1,0 mL de sol. pa de cloreto contem 354,6 µg de cloreto
1,0 mL de sol. pa de ferro contem 10 µg de ferro

8- Para se fazer o ensaio limite de metais pesados em uma substância foram usados 20,0 mL de
solução da substância a 10% e 10,0 mL de solução padrão. Qual é o limite de metais pesados
para essa substância? R= 5 ppm

9- O limite de ferro no óxido de zinco é de 250 ppm. Fez-se o ensaio limite de ferro colocando-se
na preparação padrão 1,0 mL da solução padrão (100 ppm) e na preparação problema 0,4 g de
óxido de zinco. Faça os cálculos e informe se o ensaio foi realizado corretamente.

10- A solução padrão de sulfato contem 480 µg de sulfato por mililitro.


a) Que volume de ácido sulfúrico R (conc. 96% p/p; dens. 1,84 g/mL) deve ser usado na
preparação de 500 mL de solução padrão? R= 0,14 mL

11- Qual é a massa de subacetato de chumbo necessária para se preparar 500 mL de solução
estoque de chumbo, usada no ensaio limite de metais pesados? R= 65 mg

12- Monte o esquema do ensaio limite de metais pesados no glicerol usando 20 mL de uma
solução a 20% p/p de glicerol.

13- Realizou-se o ensaio limite de sulfato em determinada substância. Na preparação problema


foram adicionados 20,0 mL de uma solução a 5% p/V da substância e na preparação padrão 2,0
mL de uma solução preparada pela diluição de 1,0 mL de solução de ácido sulfúrico (conc. 96%
p/p; dens. 1,84 g/mL) para 1000 mL. Qual é o limite de sulfato na substância? R= %

14- Prepararam-se 2,0 L de solução de ácido sulfúrico diluindo-se 0,6 mL de ácido sulfúrico R
(conc. 96% p/p; dens. 1,84 g/mL) com água destilada.
a) Calcule a molaridade da solução preparada. R=0,0054
b) Calcule o peso de sulfato existente em 1,0 mL da solução. R=0,52 mg
c) Se o ensaio limite de sulfato foi realizado na amostra A usando-se 25,0 mL da solução da
amostra A a 10% p/V e 2,0 mL da solução de ácido sulfúrico preparada como descrito acima, qual
é o limite de sulfato na amostra A? R=415 ppm

15- Responda, detalhadamente, e dê as equações químicas pertinentes (quando for o caso):


Por que as soluções de ácido sulfídrico (tioacetamida TS) devem ser de preparo recente para
serem usadas no ensaio de metais pesados? (1 equação)

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16) Qual é a data de aprovação da Parte I da Quarta Edição da Farmacopéia Brasileira?

17) Verifique na F. Bras. V (Generalidades) o que significam os seguintes termos:


- normas para medicamentos e suas preparações;
- facilmente solúvel;
- água quente;
- medir exatamente;
- leve turvação;
- fortemente ácido;
- reagentes;
- indicadores;
- soluções reagente;
- soluções indicadoras;
- soluções volumétricas;
- ensaios e doseamentos;
- dessecação até peso constante.

18) Localize na F. Bras. V o item “Ensaios-limite para impurezas inorgânicas” e responda:


- O que são ensaios-limite?
- Como são expressos os limites das impurezas?
- O que são tubos de Nessler?
- Como podemos verificar, na prática, que os tubos de Nessler são iguais em relação ao diâmetro
interno?
- O que é ensaio turbidimétrico?
- Como é feita a comparação de turbidez nos ensaios turbidimétricos?
- O que é ensaio colorimétrico?
- Como é feita a comparação de coloração nos ensaios colorimétricos?

19) Qual é a especificação do ácido fosfórico R? (consultar a F. Bras IV) O que significa R?

Qual é a concentração do ácido fosfórico SR? (consultar a F. Bras IV) O que significa SR?

Como se prepara e padroniza o ácido sulfúrico M SV? do ácido fosfórico R? (consultar a F. Bras
IV) O que significa SV?

Procurar na F. Bras. III o peso atômico do ferro.

20) Considere uma substância A, de fórmula RCOO-Na+, solúvel em água, mas cujo ácido
correspondente seja insolúvel em água.
a) Que problema você pode prever para a realização do ensaio limite de cloreto na
substância A?
b) Sugira uma maneira de realizar o ensaio.

21) Mediram-se 20,0 mL de solução de iodo 0,05 M e titulou-se com tiossulfato de sódio 0,1M
(fc=0,9783) gastando-se 20,9 mL. Usou-se amido SI como indicador.
a) Escreva as equações químicas.
b) Calcular o fc da solução de iodo.
c) Quantos miliequivalentes de iodo existem em 20,0 mL da solução de iodo?
Respostas:
6b)1,022; 6c)0,000511;

22) Faça os cálculos para preparar 5 litros de ácido nítrico 0,1 M a partir do ácido nítrico R que
contem 67 a 69% de HNO3 e apresenta densidade de 1,403.
Resposta:
33,0 mL de HNO3R;

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23) Diga como proceder (cálculos, tratamento-prévio e esquema) para realizar o ensaio limite de
sulfato no ácido acetilsalicílico. (técnica do ensaio pela F. Bras. IV e monografia da F. Bras. III).

24) Calcule o limite de cloreto no ácido aminossalicílico (F. Bras. III): “500 mg de amostra não
apresenta mais cloreto do que o correspondente a 0,3 mL de ácido clorídrico 0,02 N”.
Resposta:
0,0425%.

25) Em relação às Soluções Reagentes da F. Bras. V:


a) Qual é a molaridade do HCl SR?
b) Qual é a molaridade do HCl diluído?
c) Qual é a molaridade do HNO3 SR?
d) Qual é a molaridade do NaOH SR?

26) Uma solução de ácido clorídrico M foi padronizada segundo à técnica descrita na parte XII.3.
Soluções Volumétricas da F. Bras. IV. Dados: peso de carbonato de sódio anidro 1,4567 g,
volume de ácido clorídrico (média de três titulações): 32,5 mL.
a) Escreva o fundamento químico.
b) Deduza a equivalência: “cada 52,99 mg de carbonato de sódio anidro equivale a 1 ml de ácido
clorídrico M”.
c) Calcule a molaridade real da solução de HCl padronizada.
d) Calcule o fator de correção da solução de HCl padronizada.
Respostas:
a)0,8458M; b)0,8458.

BIBLIOGRAFIA

BECKET, A. H. & STENLAKE, J. B. Practical Pharmaceutical Chemistry. London: The Athlone


Press, 1975. v.1. 270 p.

FARMACOPEIA dos Estados Unidos do Brasil, 5. ed., 2011.

PEREIRA et. al. Acta Amaz. v. 39, n. 4, 2009.

THE UNITED States Pharmacopeia.

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