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APPOLINÁRIO
Você pode ter desculpas
ou resultados. A escolha é sua!
A ação é sempre a melhor resposta!
A B ST RAC T
A X
João Appolinário é “poli / onmi”, empresário de sucesso e destacado empreendedor
que, simplesmente, desenvolveu a maior empresa omnichannel do mundo.
Em 2016, ele fez sua estreia na TV, no programa Shark Tank, na Sony, e permanece,
hoje em dia, demonstrando sua habilidade de negociador e empreendedor.
Um dos motivos para entrar no programa foi ajudar a mudar a imagem do empresário
brasileiro:2
“A IMAGEM DO EMPRESARIADO É MUITO
RUIM NO PAÍS. APARECEM NA TV APENAS
CASOS NEGATIVOS, COMO DESVIOS DE RE-
CURSOS DO BNDES. A MAIORIA DOS EMPRE-
SÁRIOS É GERADORA DE EMPREGO, RENDA,
PAGA IMPOSTOS E FOMENTA O EMPREENDE-
DORISMO NO BRASIL”.
5
João Appolinário estreou no mercado como sócio de uma concessionária de
automóveis da sua família.1
Enquanto trabalhava nessa empresa, decidiu abrir um negócio próprio. Ele já havia
escolhido seu futuro. E não seria o de sucessor de uma organização.
6
O seu objetivo, na verdade, era ser empreendedor. No entanto, ainda não sabia no
que investiria seu dinheiro.
Depois de ter ido a Miami, nos Estados Unidos, em 1995, decidiu vender um produto
emagrecedor.
Na época, Appolinário tinha 35 anos. Adquiriu em tal país alguns kits do 7 Days Diet,
que prometia ao consumidor uma perda de peso em uma semana.
Ele acreditava que seria possível vender seu produto por meio da televisão e do 7
telefone, opinião da qual discordavam os consultores.
O empreendedor não deu ouvidos a eles, pois sabia que, devido ao preço do 7 Days
Diet, seria impossível comercializá-lo em uma farmácia.
Para realizar vendas, pensava Appolinário, era preciso tempo para explicar os
benefícios da aquisição.
Mesmo com as opiniões contrárias, o futuro empresário resolveu pôr seu plano em
prática.
Arranjou um sócio famoso, o ex-piloto Emerson Fittipaldi, que acabou sendo também
o garoto-propaganda do produto.
Em três anos, venderam 600 mil kits e tiveram uma receita de R$ 138 milhões.
POLISHOP
Era o ano de 1999 quando Appolinário iniciou as atividades com a Polishop.
Hoje, ela possui uma grande rede para a divulgação e a comercialização dos produtos.
Assim, poderia praticar preços mais acessíveis para grande parte da população.
Mais tarde, a empresa fez parceria com fornecedores para criar produtos exclusivos,
como o grill do George Foreman, ex-lutador de boxe.
Entre as razões para isso, apontam os analistas de finanças está o fato de o sistema
permitir que novos e pequenos empreendedores invistam pouco para começar seus
próprios negócios.
Hoje, a Polishop é muito conhecida pela população brasileira, devido aos comerciais
e aos infocomerciais divulgados na televisão.
O faturamento anual, de mais de R$ 1,5 bilhão por ano, é raro entre empresas com
o mesmo tempo de vida.
10 empresário costuma dizer que o seu forte nunca foi vender produtos.
Shark Tank
Uma startup tenta vender seu peixe para investidores em busca de dinheiro e
orientação dos tubarões para fazer seu negócio decolar.
A diferença é tudo ser transmitido em um reality show na TV. No programa,
empresários podem criticar abertamente os empreendedores – ou comprar uma fatia
de suas organizações na hora.
O reality show é uma versão do programa Dragons’ Den, uma atração britânica e
japonesa.
Atualmente (2020), João Appolinário divide o palco do Shark Tank Brasil com Cristiana
Arcangeli, empresária serial do segmento de moda, beleza e bem-estar; Caito Maia,
dono da Chilli Beans; Camila Farani, um dos maiores nomes em investimento-anjo
do Brasil; e José Carlos Semenzato, empresário há mais de 20 anos no varejo.
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Appolinário faz os investimentos como pessoa física e está constituindo um fundo
para agrupar as participações. Os negócios têm estrutura própria, e o empresário e
sua equipe auxiliam na parte estratégica.2
Goleiro de Aluguel
Getmore
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Sagrado
Padaria gourmet que entrega pães dentro de condomínios em Alphaville. Tem uma
flagship store (loja conceito) e está vendendo franquias. A empresa usa matérias-
primas importadas da França para fazer seus pães.
Flex Interativa
Nutfree
Rio Claro
Poppin
Trata-se de um date app, um aplicativo de namoro com mais de 500 mil usuários. Foi
o primeiro a fazer links entre pessoas e eventos e, assim, aumentar as chances de um
encontro. Agora, trabalha para tornar mais interativa a forma de utilizar o aplicativo.
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Moradigna
Projer
SEGUNDO EPISÓDIO:
TERCEIRO EPISÓDIO:
1 2 3
Appolinário traça o per- João Appolinário dá João Appolinário reve-
fil do empreendedor e seus primeiros passos la seus desafios na
discute as dificuldades para a criação da construção da marca
de ser empresário no Polishop. Polishop.
Brasil.
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Appolinário e a influên- cio em Miami colocou Polishop como uma im-
cia que seu pai teve na Appolinário no caminho portante plataforma de
sua formação como em- de Emerson Fittipaldi e inovação no Brasil, fun-
preendedor. trouxe a oportunidade damentada nos valores
de trazer o 7 Day Diet de qualidade e exclu-
- Das suas primeiras es- para o Brasil. sividade e nos benefí-
tratégias para se colocar cios de saúde, beleza e
no lugar do consumidor -Inicialmente rejeitado tempo.
e fidelizar os clientes por profissionais nacio-
de carros da concessio- nais, o empresário viu - Appolinário revela seus
nária do seu pai à sua no 7 Day Diet mais do erros e acertos e discute
tentativa frustrada de que um produto. Perce- os principais winners da
introduzir carros blinda- beu uma vantagem com marca, como o grill do
dos no Brasil. um valor claro, fundan- George Foreman.
do, assim, a Polishop
com o primeiro de seus
três pilares – saúde
como benefício – e ini-
ciando a sua fama de
grande garimpador de
produtos.
QUARTO EPISÓDIO:
QUINTO EPISÓDIO:
SEXTO EPISÓDIO:
4 5 6
Appolinário revolucio- A integração de marke- As configurações para o
na os canais de venda ting e vendas pelas varejo do futuro.
para criar uma empresa mãos de Appolinário.
verdadeiramente multi-
canal.
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Appolinário criou uma ção bem-sucedida de com a China, preparan-
revolução nos canais de marketing e vendas da do a marca para a próxi-
venda que resultou no Polishop. ma grande batalha:
desenvolvimento do seu o varejo do futuro.
omnichannel. - Das dificuldades de
terceirizar no Brasil à - Neste episódio, Appo-
- Este episódio discute montagem de equipes linário discute o fim do
as estratégias iniciais próprias especializadas, varejo como o enten-
de venda da Appolinário relembra demos e os principais
Polishop com catálogos como os ensinamen- pontos para marcas se
e horários alternativos tos do pai sobre man- prepararem para esse
nas TVs abertas, a de- ter sempre a barriga novo mercado.
cisão polêmica de abrir no balcão facilitaram
lojas físicas quando o a escolha dos profis- - O empresário também
mercado focava no di- sionais certos para que fala sobre como a sua
gital, a criação da TV ele pudesse comandar participação no Shark
Polishop e a integração a Polishop sempre um Tank traz novos negó-
total de todos os canais passo à frente da con- cios para a empresa.
de venda da marca que corrência.
possibilitam sua entra-
da no varejo do futuro.
O arcabouço prático-acadêmico dessa trajetória empresarial / empreendedora, no
melhor trejeito “forever startupeiro”, é apresentado via classtelling pelos professores
Marcelo Pimenta 3 – aulas 1, 3 e 6 – e Dino Gueno 4 – aulas 2, 4 e 5.
1
A U L A 1
- Apoiado na tradição, ele busca seu diferencial para ser a “vaca roxa”,
fazendo da Polishop sinônimo de inovação no varejo de utilidades.
- Ao contrário das empresas que não souberam jogar com as novas regras,
a Polishop esteve sempre um passo à frente, exercitando o marketing 4.0,
inovando com foco na experiência do cliente.
Nesta, o valor não está mais no serviço em si, mas no benefício que ele
oferece.
- E mais que isso, uma série de canais de vendas que se apoiam nas
lojas como vitrines de teste e degustação de produtos, para que o cliente
escolha onde e como quer efetuar a compra, conforme sua conveniên-
cia, sempre com a mesma cultura como suporte.
- Nesta aula, Dino Gueno traz uma reflexão sobre a experiência integra-
da de compras como uma das grandes molas propulsoras do sucesso da
Polishop e sugere oportunidades de melhoria nessa relação para o seu
negócio.
Lovemarks: o futuro
além das marcas,
Kevin Roberts.12
Canais de marketing,
Bert Rosenbloom.14
5
A U L A 5
- Por isso, nesta aula, Dino Gueno apresenta a relevância da integração en-
tre marketing e vendas para gerar diferenciais à empresa e um calendário
de promoção de vendas estruturado, capaz de alinhar essas estratégias e
operações no dia a dia da sua organização.
• O que vem pela frente? Alguns sinais já estão cada vez mais
presentes:
• Os novos meios de pagamento.
• A integração on e off-line.
• A personalização das experiências.
• A loja que é um showroom de experiências unindo todos
os sentidos.
Embora várias de suas ideias tenham sido desacreditadas, nunca desistiu delas, e foi
com essa persistência que fundou a Polishop.
Hoje, ele comanda esse império que corresponde ao maior modelo omnichannel do
mundo e se tornou um dos empresários e investidores-anjos mais admirados.
“
26
AND MORE,
MUCH MORE
THAN THAT, HE
DID IT HIS WAY”...
27
Conteúdos do case
SUMÁRIO Conteúdos das aulas e matérias adicionadas
39 Aprender com o pai... mas levantar voo solo e obter lucro desde o início
118 O que é inside sales: como integrar o marketing a esse método de vendas?
132
29
Vetores futuristas do varejo
• “Naquele momento (anos 80), vendíamos 120, 150 carros por mês.”
•“Então, eu pensei em mudar aquilo. Por quê? O meu foco era o con-
sumidor: como eu gostaria de ser tratado?.”
• “Eu não sabia o nome que se daria para aquilo hoje em dia!”
Carlos Marcos de Oliveira, sócio
35
“
João Appolinário:
• “Eu brinco que foi até mais difícil você ter a opção de não fazer nada
e, na verdade, optar por empreender, por trabalhar, e não escolher uma
vida que aparentemente seria mais fácil, sendo um sucessor do pai ou,
simplesmente, um herdeiro.”
37
38
• “O preço era perfeito, o lançamento foi perfeito, mas não tinha de-
manda. As pessoas não tinham noção da necessidade de um carro blin-
dado como se tem hoje.”
• “Se eu tivesse feito o lançamento igual, dez anos depois, teria sido
um sucesso, mas eu aprendi que estava superempolgado com aquilo,
que era uma característica do empreendedor. De alguma forma, as coi-
sas nem sempre são boas de tentar buscar uma oportunidade, ou seja,
sair da zona de conforto.”
• “Eu não acredito em negócios que você precisa ficar vendendo parti-
cipação para sobreviver. Quando ele é bom, ele é bom de cara.”
•“Se você não tiver uma inteligência fiscal, uma inteligência em tecno-
logia e logística, você não sai do papel.”
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“Tudo que poderia ser inventado já foi criado. Nada de novo poderá ser feito”, disse
Charles Durvel, em 1899, defendendo a extinção do Departamento de Patentes dos
Estados Unidos. Ele achava que, com a máquina a vapor, tudo o que poderia ser
inventado já tinha sido.
Hoje em dia, o homem cria ambientes comerciais, espaços de troca e venda. Foi
evoluindo desde os primeiros mercadores, os bazares no Egito e os mascates, até as
primeiras lojas.
E, como tudo no mundo, o varejo evoluiu rapidamente. Hoje, temos comércio espe-
cializado em muitas temáticas, galerias, lojas físicas, virtuais, marketplace, compras
por rede social etc.
O QUE É Os quatro P do marketing: produto, preço,
prazo e promoção. Ao longo dos anos, novos
ROXA”?
PROMESSA, PROPÓSITO,
PROPAGANDA E PERMISSÃO.
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Os negócios de João Appolinário são “inesquecíveis” como se você visse uma vaca
roxa.
Hoje, o modelo de negócio da Polishop é inovador. Passou por diversos tipos de ne-
gócios até chegar ao omnichannel, forma inovadora de vender e lançar.
No livro A vaca roxa,5 o autor defende que, se você faz sempre o básico na sua car-
reira ou produz algo comum, certamente será visto apenas como mais uma entre
milhares de vacas marrons existentes no mundo corporativo.
Nos últimos 20 anos, A vaca roxa vem revolucionando a forma de fazer marketing.
Nossa linha do tempo começa com Tom Peters (A busca do uau!).
Ele foi precursor em mostrar que o cliente estava cada vez mais exigente. Essa é uma
obra precursora sobre a evolução do cliente.
Continuando, temos Geoffrey Moore, com Dentro do furacão. Ele defende estratégias
de marketing para empresas de ponta. Descobrindo-se como os projetos inovadores
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podem vencer o abismo, ultrapassa-se o vale da morte para que os negócios decolem,
trazendo um método para ganhar o público.
Porém, o tempo passa, e, hoje, as farmácias têm, pelo menos, 15 marcas de anal-
gésicos.
João tinha muitas referências dentro de casa, vendo seu pai empreendedor, que era
um modelo.
DICAS PARA
• saia da zona de conforto;
APERFEIÇOAR • nunca desperdice a possibilidade de viajar;
• invista o seu tempo em conhecimento;
O OLHAR, • cuide de sua saúde;
• observe muito.
O LOOK SET:
A ideia deve ser criativa. É preciso ter singularidade para a diferenciação, a execução
do time e a implementação de equipe na ideia. O modelo de negócio e a capacidade
48 que a empresa tem de capturar valor ao cliente, a questão de capital, a disponibi-
lidade de acesso ao capital e o fator do timing. Ou seja, qual é o tempo ideal do
negócio, a hora certa.
Criou-se o brainstorming, uma dinâmica muito útil, que precisa seguir algumas
regras para ter sucesso no uso dessa ferramenta.
Por exemplo, post its para as ideias (a quantidade importa). Ou seja, o máximo
de ideias possíveis. Seja visualmente ou compartilhada com outros, mantenha o
foco e não faça críticas.
Convém uma forma de criar o seu pensamento para a busca de inovações. Como
funciona?
Você pega um produto para o qual quer ter boas ideias, chama um grupo eclético
e, partir daí, pensa em novas possibilidades por diferentes pontos de vista.
CONHECENDO
MELHOR AS
TÉCNICAS
50
PARA O
BRAINSTORMING19
Para que isso seja possível, é preciso investir em técnicas que estimulem o pensa-
mento estratégico e possibilitem que a gestão encontre soluções eficientes. Nesse
sentido, empresas de todos os tamanhos e segmentos adotam o brainstorming.
O QUE É BRAINSTORMING?
Para entender a história dessa técnica, é preciso conhecer mais sobre o homem
que a criou. Alex Faickney Osborn foi um profissional do ramo de publicidade e
um estudioso do pensamento criativo. Entre seus trabalhos mais famosos, estão
comerciais escritos para marcas como a General Electric e a Chrysler.
Mas, afinal, por que adotar essa técnica e não outra que busque o mesmo
fim? Bem, a primeira vantagem é o efeito positivo que ela tem na produtividade
das equipes.
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QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS E AS REGRAS DO BRAINSTORMING?
Para garantir o bom andamento da reunião, é importante ter como princípio fun-
damental a ausência de julgamento. Ou seja, todas as ideias devem ser vistas
como iguais, mesmo as que soarem absurdas ou sem sentido. Caso contrário, um
bom insight pode ser ignorado devido a má apresentação.
Para começar, tome medidas para garantir que todos cheguem preparados à reu-
nião. Para isso, é fundamental que os participantes sejam comunicados com
antecedência sobre o caráter do brainstorming, ou seja, com qual tipo de proble-
ma será preciso lidar durante a sessão. Assim, eles podem realizar pesquisas e
leituras que vão alimentar a criatividade.
Depois, é essencial garantir que o ambiente da reunião seja agradável. Isso signi-
fica encontrar um espaço bem iluminado, arejado, confortável e, principalmente,
sem ruídos ou outras formas de distração. É preciso, também, que os participan-
tes cheguem sem tensões, a fim de entregar o melhor de si.
APRESENTE O PROBLEMA
Moderar a discussão com equilíbrio significa dar espaço para que todos
contribuam e para que as ideias sejam propostas aos poucos, de forma que cada
participante consiga acrescentar novas informações ao que é dito por outro.
Pensando nisso, não deixe que uma pessoa exponha tudo o que pensa de uma
vez só. Desse modo, a conversa permanece dinâmica e favorece o surgimento de
projetos que possam funcionar na prática.
Por último, tome nota de absolutamente tudo o que for considerado — até da-
54 quelas ideias que pareceram absurdas —, a fim de avaliar as implicações de cada
uma depois e fazer uma espécie de peneira.
Se preferir, peça que outro participante faça esse registro, enquanto você se
preocupa em manter o debate produtivo e dentro do foco.
• “Eu sempre fui muito ativo em esportes. E sempre alguma coisa liga-
da a motor, sempre ligada à adrenalina. Fiz ralis de moto, motocross.
Fiz o Atacama de moto. Tive a emoção de estar indo a lugares para
serem desbravados.”
57
Nelson Alvarenga, sócio-fundador
e presidente da Ellus e da InBrands:
• “O Gary Smith, que era o preparador físico e mental dele, tinha esse
produto nos Estados Unidos, o 7 Day Diet. Acabei conhecendo o produ-
to e o Gary, e ele me disse que era sponsor do produto no país.”
60 produtos que eram vendidos pela televisão ou por venda direta a distân-
cia. Mas, mesmo assim, eu acreditei muito no produto.”
“
João Appolinário:
• “O produto era uma reeducação alimentar. Ele não era mais um pro-
duto. Tinha um benefício claro, que trabalhava na redução de peso
rápido, sem dificuldade e mudando seus hábitos alimentares.”
• “É uma crença minha até hoje: produto tem preço; beneficio tem
valor.”
• “Tinha uma barreira muito grande sobre tudo o que era vendido pela
televisão: não era verdadeiro!”
• “O produto tem uma vida: ele nasce, cresce e morre. Então, era pre-
ciso ter o segundo, o terceiro, o quarto produto com um novo desafio.
Era preciso ter o mesmo impacto!”
MARKETING 4.0:
ONDE O FÍSICO
E O DIGITAL
64
SE INTEGRAM
E O CLIENTE TEM
MAIS VOZ DO
QUE NUNCA.
“As grandes estratégias consistem em uma configuração singular de muitas ativida-
des de reforço que dificultam a imitação pura e simples”, disse Philip Kotler.
Nos últimos anos, digitalizamos a nossa vida. Todos nós, de certa forma, fomos pro-
fundamente impactados pela tecnologia, alterando nossos hábitos, mudando o nosso
comportamento e, consequentemente, alterando o fluxo de informação e o desafio de
atender.
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A era digital transformou o marketing, criando uma integração sem precedentes dos
canais, uma explosão no conteúdo digital.
Além da clareza de posicionamento do João, ele nos ensinou a ser exemplo de foco
na experiência do cliente. Isso porque, desde o começo, se diferenciou por essa
imersão neste, vendendo benefícios, com destaque no mercado brasileiro, o que
repercute até hoje.
E, se a concorrência pela preferência do consumidor já era acirrada naquela época,
em tempos de marketing 4.0 tornou-se exponencial.
Se nunca antes houve tanta oferta e variedade de produtos e serviços, se tudo está ao
alcance da mão do consumidor, que pode acessar praticamente qualquer produto de
qualquer empresa usando o celular, a concorrência está por todos os lados.
No fim das contas, você não pode limitar sua concorrência àqueles que têm o mesmo
produto ou serviço ou a mesma solução para vender.
Na era digital, todos competem entre si. Todos competem pelos consumidores e têm
atenção nos concorrentes.
Ao não ser linear, a Polishop pode experimentar sua própria forma de concretizar sua
expansão e seu crescimento sem seguir as regras do varejo tradicional. Isso garante
que o importante é a operação ser bem executada.
As lojas físicas ainda não existiam, e o diferencial de produtos já estava presente nos
infomerciais, promovendo a identificação com as pessoas.
O marketing 4.0 nada mais é do que uma adequação à realidade dos consumidores
muito mais informados, conectados em comunidades e questionadores. Eles produ-
zem e compartilham informações, participando e criando produtos junto com solu-
ções e sendo muito mais disputáveis.
Isso se reflete em grandes mudanças impulsionadas pelo efeito Google, pelo efeito
Redes Sociais e pelo efeito Serviço.
68
EFEITO GOOGLE:
Nesse cenário, todo negócio local compete com uma empresa global. Essa é a
realidade da Polishop.
EFEITO REDE SOCIAL:
EFEITO SERVIÇOS:
PRAÇA PROMOÇÃO
Comunidade Cocriação (cliente
(a tecnologia permite participam da criação
as pessoas se agruparem, de novos produtos,
organizando-se em volta aumentando a proposta
de plataformas de negócios de valor).
em que consumidores
partilham).
JORNADA
DO CONSUMIDOR
NO MARKETING 4.0
AWARE: lembrança da marca.
72
ASK: busca por informações.
ADVOCATE:
estágio em que clientes satisfeitos
defendem sua marca.
“
74 João Appolinário:
78
ano, que não deu certo, mas no outro ano testamos de
novo de uma forma diferente, com um público-chave
diferente, em época diferente, e deu certo. Nós temos
liberdade comercial para fazer isso.”
• “Eu posso lançar na televisão primeiro sem ter que distribuir nas mi-
nhas lojas. Ou seja, eu faço um teste de aderência antes em um canal
de venda.”
• “Em pouco tempo, a Polishop já foi reconhecida como uma das me-
lhores plataformas de vendas! Como? Mostrando os benefícios do pro-
duto em pessoas de verdade, com pessoas de verdade.”
A LÓGICA
DOMINANTE
DE SERVIÇO3
80
O valor está na experiência do cliente. João Appolinário soube perceber essa mudan-
ça, posicionar os seus negócios. A Polishop não entrega só produto. Ela entrega valor.
Tudo é serviço em uma sociedade em que o tempo é cada vez mais escasso.
Podemos considerar que todo benefício se dá com o uso do produto, e não no produto
em si. Essa mudança de paradigma foi descrita pela primeira vez, em 2004, por dois
pesquisadores: Stephen Vargo e Robert Lusch.
Evoluindo essa constatação, hoje isso é chamado de nova lógica dominante de ser-
viço.
O benefício está na utilização, que gera valor. Se você não utiliza bem o produto, ele
não vai entregar aquilo que imagina.
A lógica dominante dos bens que era feita principalmente na troca de produtos passa
a ser realizada pela troca de experiências.
Desse modo, reafirma-se nas características físicas dos produtos, os quais muitas
vezes podem não valer tanto assim. No entanto, o serviço gerado é o que o consumi-
dor está buscando.
Ou seja, o design de serviço, a forma como você pede e acompanha o carro, o serviço
do motorista, é isso que gera uma experiência positiva ou não.
Ela defende que o serviço é a base das trocas das organizações, dos mercados e da
sociedade.
Essa lógica postula que o serviço é a base das trocas. A sua proposta é que as orga-
nizações, os mercados e a sociedade estão fundamentalmente preocupados com a
troca de serviços, que envolvem as aplicações de competências (conhecimentos e
habilidades) para o benefício de uma parte.
Isso significa dizer que o serviço é trocado por serviço. Todas as empresas são de
serviço. Todas as economias e todas as sociedades são baseadas em serviço.
Não é somente o foco, mas a forma de interação entre empresas e clientes, que
passa a ser mais dinâmica e customizada. A visão do marketing centrada no serviço
é centrada no cliente e orientada ao mercado.
A cocriação passa a ser a forma como o valor é definido nessa nova lógica, de manei-
ra que as empresas bem-sucedidas mudaram suas estratégicas do “fazer e vender”
para o “sentir e responder”. Repare que começamos a falar de sentimentos e de
cocriação!
Evoluímos ao longo dos anos de uma perspectiva focada em produtos – a lógica do-
minante do produto (GD-logic, ou goods dominant logic), que estava embasada nas
qualidades tangíveis dos produtos.
O valor não está na peça; está no uso que se faz dela. Isso é a lógica dominante de
serviço.
Para isso, mostra-se muito importante entender o que é valor, e o design de serviço
atende muito bem nessa empreitada. O design de serviço é uma abordagem que utili-
za o design para projetar serviços, pensados a partir das necessidades das pessoas de
maneira holística, considerando os diversos atores envolvidos para a entrega de valor.
Além disso, a SDL possibilita que o entendimento do que é serviço fique ainda mais
amplo. A partir dessa abordagem, mesmo empresas que vendem produtos estão, na
verdade, oferecendo serviços. Com essa nova visão, cresce o alcance de atuação do
design de serviço.
No livro This is service design doing, lançado em 2018, há uma contribuição do
brasileiro Maurício Manhães, que discorre sobre a relação entre o design de serviço
e a SDL, a qual ele classificou como um perfect match!
Temos poucos textos escritos em português sobre a SDL. Para irmos um pouco além
do que já se publicou no Brasil, vamos fazer o link com outra abordagem bastante
em alta por aqui: o “sucesso do cliente” ou, mais comumente: customer success.
Tal mentalidade objetiva construir uma lealdade atitudinal dos clientes. Dessa ma-
neira, eles devem ficar mais tempo com a empresa, comprar mais e indicar – ou,
ainda, advogar por ela.
O customer success vem ganhando força tanto pelos resultados que gera quanto
pela aplicabilidade em diferentes tipos de negócios, inclusive os considerados tradi-
cionais. Isso porque, se você tem clientes, faz sentido pensar no sucesso deles, no
resultado que desejam obter ao interagir com a sua empresa, independentemente
se o seu negócio é fundamentado em um SaaS ou se é de base tecnológica.
89
• “Existe operação de helicóptero que você faz por conta e risco do pilo-
to. Por exemplo: para pousar em uma fazenda, é o piloto quem assume
o risco da operação.”
E mais que isso: uma série de canais de vendas que se apoiam nas lojas como
vitrines de teste e degustação de produtos, para que o cliente escolha onde e como
quer efetuar a compra, conforme sua conveniência, sempre com a mesma cultura
como suporte.
Imagine levar a mesma sinergia para as lojas físicas. Era praticamente um parque de
diversão de inovação, onde você podia testar tudo, pensando na melhor experiência
para todos. Assim, à medida que a experiência era agradável, ela contribuía para uma
melhor performance de venda e resultados.
Tudo começa com televendas na Polishop, por meio do call center. Depois, acrescenta-
se o e-commerce. A seguir, a companhia vai para o campo físico, com as lojas. Todos
conversam entre si, em sinergia, para o consumidor comprar da maneira que ele
quiser, com os mesmos preço, forma de pagamento e entrega.
Lojas em shoppings tendem a ter custos de operação mais elevados, com escalas mais
complexas e registro de fluxo muito afetado pela capacidade do centro comercial de
atrair visitantes.
Muitos clientes usam a loja como espaço de experimentação para assegurar que o
produto, visto no comercial de TV, é verdadeiro e corresponde às suas expectativas.
LOVEMARKS: AS MARCAS 97
QUE AMAMOS
O conceito foi criado por Kevin Roberts, 12
CEO mundial da Saatchi & Saatchi, uma
das maiores agências de propaganda do mundo, elaborado durante 20 anos.
Em seu livro Lovemarks, Roberts explica três pilares que sustentam essas marcas e
que nos conectam além da razão. Assim, nos tornamos fãs de empresas como Apple,
Coca-Cola, Starbucks e Harley Davidson.
- Intimidade (ligada à conexão de respeito com os clientes, o que gera uma lealdade
além da razão).
As marcas mais amadas são altamente lucrativas. Gerar conexão emocional com os
consumidores é um grande diferencial estratégico, o que incrementa valor e aumenta
o lucro.
COMO CRIAR
UMA LOVEMARK?
Não existe empresa com clientes apaixonados sem um quadro fortemente apaixona-
do e inspirado.
Uma lovemark começa a ser construída de dentro para fora, com forte propósito, um
ambiente de confiança, em que o líder a estende. Ele ensina as pessoas a confiar
umas nas outras, com desafios, clareza de objetivos individuais e coletivos, orientação
para resultado, reconhecimento e forte senso de pertencimento.
MELHORAR
A EXPERIÊNCIA
DO CLIENTE21
Você já deixou de comprar um produto porque foi mal atendido na loja? Já parou
de frequentar um restaurante por causa do garçom? Já abandonou um carrinho de
compras porque o site era lento ou difícil de navegar? Quando a experiência do
cliente com uma marca não é boa, os impactos podem ser bem prejudiciais.
É por isso que a preocupação com a customer experience é tão importante. Mas ela
passa por muito mais pontos do que os citados anteriormente.
A ERA DA EXPERIÊNCIA
E O FOCO NO CLIENTE
Você já deve ter ouvido falar que estamos vivendo a era da experiência. O que isso
quer dizer exatamente? Quer dizer que, nos dias atuais, a experiência e a relação
100 que o cliente tem com uma marca são tão importantes quanto o serviço ou o produ-
to que ela oferece.
Pense na profusão de marcas que tentam impressioná-lo o dia inteiro. Seja nas redes
sociais, na TV e nos outdoors, seja nos panfletos de rua ou diretamente em pontos
de venda. São inúmeras marcas que disputam entre si um minuto da sua atenção.
Muitas vezes, a que vai ser mais marcante para você não é aquela que oferece o
melhor produto ou o mais bonito.
São eles:
1. MARKETING DE CONTEÚDO
A estratégia de marketing de conteúdo da sua empresa não deve ter como foco ape-
nas gerar e atrair leads. Através do conteúdo gerado pelo seu time, é possível facilitar
a jornada de compra do seu cliente e permitir que ele tenha uma boa experiência 101
com a sua marca.
Por mais simples e fácil que seja criar uma pesquisa de mercado, existem algumas
dicas e técnicas necessárias de conhecer antes de criar o seu primeiro questionário.
Existem diversas soluções de mobilidade que você pode pensar para a sua empresa.
Tudo vai depender do segmento e do tamanho do seu negócio.
Além disso, pense nas soluções de comunicação mobile para a sua empresa, como os
chatbots, Facebook Messenger ou o recém-lançado WhatsApp Business.
Esses são apenas alguns exemplos simples de soluções mobile que podem ser apli-
cados para melhorar a experiência do cliente.
102 Mas a verdade é que existe uma infinidade de soluções que passam por geolocali-
zação, notificações push, integrações com wearables, como smartwatches, e muitas
outras possibilidades.
3. PESQUISA DE SATISFAÇÃO
Às vezes, a experiência do cliente com uma marca não é muito boa, mas nada tão
desagradável a ponto de motivá-lo a procurar um canal de atendimento para registrar
a reclamação. Nesse caso, não é ótimo quando aparecem aquelas estrelinhas para
você avaliar a marca ou quando recebe um e-mail pedindo que conte como foi o
atendimento?
Mas é claro que não basta apenas pedir que o cliente dê uma nota e não fazer
103
nada com aquilo. É preciso acompanhar os índices de satisfação, procurar saber o
que aconteceu sempre que as notas caírem e estar pronto para agir e melhorar a
pontuação quando for necessário.
4. CULTURA DE DADOS
Monitore de perto, por exemplo, quantos atendimentos são feitos em cada um dos
canais de atendimento. Em qual deles o tempo de resposta é mais rápido? Em qual
deles os clientes têm mais soluções atendidas? Quanto tempo seu cliente passa no
site? Quantas páginas, em média, ele visita a cada sessão? E no Facebook? Os usuá-
rios interagem com a página? Essas interações são positivas ou negativas?
Todos esses dados, muito fáceis de obter, são informações importantes para você mo-
nitorar a experiência do cliente. E existem muitos outros que podem ser analisados
em uma estratégia de customer experience aliada a uma cultura orientada por dados.
5. USER EXPERIENCE
Ao ter contato com as suas plataformas digitais, também é preciso garantir que o seu
usuário tenha a melhor experiência possível. Ele precisa encontrar as informações
que procura, tem que conseguir navegar corretamente e sem precisar de ajuda, gas-
tando o menor tempo possível e procurando o botão ou a página que quer encontrar.
Tudo isso com um layout agradável e alinhado com a identidade visual da marca.
Hoje, a user experience (UX) é uma área profissional específica. Ela requer diferentes
conhecimentos técnicos para ser aplicada. Por isso, se você quiser proporcionar uma
104 experiência realmente sensacional para os seus clientes nas suas plataformas
digitais, não deixe de investir nesse segmento.
6. AUTOMAÇÃO
Destaca-se que só faz sentido falar em automação, claro, quando ela for melhorar a
experiência do cliente. E, para este objetivo, existem diversas formas de utilização.
Pense em formas de automatizar processos que vão dar agilidade para o seu cliente.
Existem situações em que ele poderia resolver uma compra ou um atendimento sozi-
nho, de forma automatizada, sem precisar de interação humana?
Qualquer estratégia de customer experience passa por uma equipe de suporte e aten-
dimento bem treinada e por diferentes canais de atendimento.
É fundamental que o seu cliente encontre uma forma de comunicação que lhe agra-
de, seja por escrito, seja por voz ou presencial. Mais do que isso, ele precisa receber
o mesmo nível de atendimento, independentemente do tipo de canal que escolher.
Se o seu produto for B2B, avalie se não é o caso de investir em uma equipe de
customer success. O profissional dessa área pode melhorar a experiência do cliente
durante a utilização do seu produto e ainda aumentar as vendas das soluções
oferecidas.
106
“
João Appolinário:
• “Você estar à frente e dar o ritmo do seu negócio: isso foi o ensina-
mento básico, e eu achava aquilo uma bobagem. As grandes corpora-
ções... Como elas estavam vivendo? Como era isso? E, no fim, você vê
que, independentemente de a pessoa ser dona ou não, é preciso ditar
o ritmo.”
• “Minha primeira ação foi trazer o call center para dentro, mas não
com atendentes, com estagiárias recém-formadas ou cursando Nutri-
ção. As pessoas eram atendidas por nutricionistas. Às vezes, ligavam
pessoas desesperadas de madrugada, querendo atacar a geladeira. E
essas nutricionistas davam o suporte correto e já faziam a venda. Era
quase uma consulta por telefone.”
109
Entender para atender é uma das mais simples e assertivas definições de marketing.
Esses são os principais papéis de cada equipe. Porém, na prática, podem ocorrer
O marketing se queixa de que consegue gerar as oportunidades, mas que elas não
são convertidas pela equipe de vendas.
Trabalhando de forma isolada, muitas vezes os responsáveis pelos setores não têm
envolvimento uns com os outros, o que prejudica muito o planejamento e a execução
das estratégias.
MAIOR CONHECIMENTO
115
SOBRE O PÚBLICO
GERAÇÃO DE LEADS
MAIS QUALIFICADOS
Um importante fator que envolve ambas as equipes é a qualificação dos leads. Lem-
bra-se de quando falamos sobre os conflitos que são gerados? Então, se a qualifica-
ção for ineficiente, ambos os times serão prejudicados.
Por isso, a integração entre marketing e vendas pode ajudar bastante na geração de
leads mais qualificados, ao entender suas necessidades e fornecendo os conteúdos
mais adequados e no momento certo.
CRIAÇÃO DE METAS
É muito importante para manter toda a equipe engajada. A definição das metas deve
ser um trabalho bem preciso.
Por fim, não podemos nos esquecer da otimização das estratégias em toda a jornada
de compra. Essa jornada é o caminho que todo consumidor deve percorrer, desde os
primeiros contatos até a fidelização.
ESTABELEÇA UM SLA
O SLA deve ficar disponível para qualquer um que deseje conferir o documento,
permitindo-se o compartilhamento dos dados.
117
O QUE É INSIDE
SALES: COMO
INTEGRAR O
118
MARKETING
A ESSE MÉTODO
DE VENDAS? 22
Um estudo descobriu que as inside sales representaram cerca de 29% das vendas
realizadas no mundo todo, em 2017. Interessante sem dúvida.
Mas o que é inside sales?
Inside sales é um modelo, uma técnica ou, ainda melhor, uma metodologia de ven-
das, na qual um vendedor não sai do escritório para contatar ou prospectar clientes.
Esse tipo de venda pode ser realizado para comercialização de produtos ou serviços e
é bastante dominante nas empresas com negócios B2B, bem como em serviços rela-
cionados à tecnologia, como o SaaS. Entretanto, uma variedade de organizações B2C
119
também está adotando esse método de vendas, o que simplifica diversas etapas
desse processo.
Como veremos nos próximos tópicos, a popularização das ações de inbound marke-
ting, que priorizam a captura e a gestão de leads, foi o passo definitivo para a expan-
são das inside sales. Isso porque possibilitam que empresas criem seus bancos de
leads de maneira escalável.
O QUE É INSIDE SALES?
120
A técnica de inside sales exige que seus vendedores criem estratégias para converter
clientes por canais como:
Pode parecer que inside sales está relacionado a um tipo de telemarketing, mas não
é!
TELE - INSIDE
MARKETING X SALES 121
RENT SOLD
Venda empurrada Venda consultiva
Não estamos aqui com a intenção de propor que o outside sales não oferece benefí-
cios, mas que é uma proposta diferente.
COMO O MARKETING
CONTRIBUI PARA ESSA
METODOLOGIA DE VENDAS?
Em inside sales, temos como figura primeira o lead.
Lead é o contato que ainda não recebeu uma abordagem comercial da sua empresa.
123
Posteriormente, quando o contato comercial foi realizado, o lead passa a ser chama-
do de prospect.
Uma equipe de inside sales, por sua vez, só sobrevive com o constante abastecimen-
to de seus bancos de dados, com leads.
Por meio das ações de geração de leads, propostas dentro de uma estratégia de
inbound, o departamento de marketing abastece o de vendas com contatos, que
podem se tornar oportunidades.
Para que você compreenda melhor toda essa relação entre o que é inside sales e
inbound marketing, geração, nutrição e qualificação de leads, vamos usar um exem-
plo dividido em diversas etapas.
1. GERAÇÃO DE LEAD
Imagine que você tenha uma empresa que vende um software de gestão financeira
para pequenas empresas e queira implementar inside sales como estratégia de ven-
das. Para isso, decide investir em inbound marketing.
Nesse caso, o primeiro passo é a captação de leads. Para isso você pode começar
criando uma planilha “para todo negócio acompanhar o fluxo de caixa”.
Para ter acesso a essa planilha, o usuário deve acessar uma página disponibilizada
por você (também chamada de landing page) e preencher alguns dados, como:
124
2. NUTRIÇÃO DO LEAD
Com o lead em mãos, sua equipe de marketing deve criar uma estratégia, de acordo
com o perfil, para mantê-lo em contato com a sua empresa.
Tudo isso pode ser feito, por exemplo, por meio de e-mails marketing.
3. QUALIFICAÇÃO DO LEAD
Após algum tempo de nutrição, sua equipe de marketing vai entendendo se esse
é um lead qualificado. Ou seja, se ele tem realmente potencial para adquirir seu
produto.
Caso o lead seja qualificado para vendas, ou seja, um structured query language
(SQL), ele deve ser encaminhado para a equipe de vendas.
4. CONTATO COMERCIAL
E PROSPECÇÃO
Nesse momento, o lead entra em seu software de customer relationship management
(CRM). Em seguida, sua equipe deve dar início às ações de inside sales.
AUTOMAÇÃO DE MARKETING
E INSIDE SALES
O que apresentamos anteriormente foi um breve resumo de um esquema de vendas
que envolve o inbound marketing, para ajudar você a compreender todo o processo
de maneira geral. Assim, entende-se melhor o que é inside sales.
Como você deve estar imaginando, o processo de vendas, que deveria ser facilitado 125
por não envolver encontros presenciais, vai gerar um grande trabalho!
• Cria os fluxos de automação de e-mail, de acordo com cada perfil de cliente, para
nutrição.
• Será capaz de pontuar os leads, de acordo com o relacionamento que ele apresen-
tar com e-mails e ações de marketing.
“
João Appolinário:
• “Uma história que aconteceu comigo há dez anos: eu fui para o li-
toral do Nordeste ficar quatro dias de férias na praia, sem fazer nada
mesmo.”
“
João Appolinário:
• “Eu vejo que, em um período não muito longo, o varejo vai entrar em
choque. Se o varejo não tiver a sua marca própria, produtos exclusivos,
ele passará por problemas, ficando um ponto só de apoio para as indús-
trias. Ou seja, cada vez mais terá menos relevância.”
“
João Appolinário:
• “Quando surgiu o convite do Shark Tank, foi quase que uma extensão
do que já acontecia na Polishop na prática.”
• “Empresário não é aquele que tem dinheiro e cuja empresa deu certo.
Muitas vezes, o empresário é aquele que ainda não tem dinheiro, mas
que, com uma boa mentoria, ele vai conseguir, pois tem uma boa ideia
e acredita no seu sonho.”
VETORES
FUTURISTAS
DO VAREJO3
132
Um dos grandes diferenciais de João Appolinário é sua busca constante por inovação
e atenção às necessidades do mercado. Afinal, ele sabe que uma história de sucesso
não garante o futuro de ninguém. Ainda mais em um segmento que vem passando
por tantas transformações como o varejo.
O que vem pela frente? Alguns sinais já estão cada vez mais presentes, como os
novos meios de pagamento, a integração on-line e off-line, a personalização das
experiências e a loja, que é um showroom de experiências, unindo todos os sentidos.
PANORAMA DO VAREJO HOJE
O varejo é uma das práticas mais antigas que conhecemos. O ser humano está acos-
tumado a negociar as suas mercadorias, passando pela evolução mercantilista até
chegar às formas modernas.
O mercado de varejo brasileiro é enorme. É ele que gera o maior número de empregos
formais no país. E aquelas lojas que estão se inovando estão crescendo.
• Altamente informado.
• Socialmente conectado.
• Sensível a preço.
• Autopromoção.
• Gratificação instantânea.
• Segurança digital.
As mudanças estão pautadas em dois principais pilares. Um é a mudança de hábito
das pessoas. O outro são as novas características e necessidades de consumo.
Tal fato faz com que precisemos de produtos mais inovadores. Isso acontece o tempo
todo.
Algumas tecnologias são importantes, como os botões (dash bottons), que foram
criados pela Amazon para facilitar a vida do consumidor. Ou seja, não existe mais
carrinho de compra.
Para você poder fazer a reposição das mercadorias, você só precisa apertar o botão.
Foi lançado em 2014 e hoje já tem milhões de usuários, mas não é algo que se
consolidou.
134 própria Polishop adotam. Elas permitem que as pessoas experimentem os produtos.
Outra tendência é a exploração dos sentidos (visão, olfato, paladar, tato, audição).
Paladar Tato
(lojas (Polishop).
de alimentos).
O modo de pagamento também está mudando, com o QR code, os cartões de aproxi-
mação e as carteiras eletrônicas.
Uma forma com que muitas empresas vêm inovando diz respeito ao showroom. A
loja tem todos os produtos, mas você não leva nada! Você recebe em casa depois de
alguns dias. A logística já está toda no e-commerce.
O sucesso do cliente vem do pós-venda. É sempre depois que faz toda a diferença e
que vai fazer com que o consumidor se transforme no cliente. O cliente é para toda
a vida.
135
MULTICANAL
OU OMNICHANNEL:
ENTENDA
A DIFERENÇA23
Embora sejam conceitos semelhantes, multicanal e omnichannel trazem abordagens
distintas em relação ao consumidor. Descubra as diferenças.
Embora os dois conceitos se concentrem no uso de vários canais para fidelizar clien-
tes e atrair novos consumidores, eles são bem diferentes na prática.
Se sua empresa já passou desse nível e utiliza diversos canais de interação com o
consumidor, é hora de se aprofundar mais na diferença entre omnichannel e multi-
canal.
QUAIS AS DIFERENÇAS
ENTRE ESSES DOIS
CONCEITOS?
À primeira vista, parece que o objetivo de cada abordagem é interagir com os con- 137
sumidores por meio de uma variedade de canais diferentes. Mas, como citamos no
início do texto, o omnichannel coloca o cliente no centro dos negócios para garantir
uma experiência unificada e consistente em todos os pontos de contato.
Mas, se esse cliente passa a utilizar as redes sociais para interagir com a empresa,
se ela não tiver esses dois canais integrados, a marca vai precisar criar uma nova
relação com o consumidor por não ter um histórico dos atendimentos via telefone.
A seguir, citamos três diferenças entre o omnichannel e o multicanal que a sua em-
presa deve saber.
1. FOCOS DIFERENTES
138
2. CONSISTÊNCIA × ENGAJAMENTO
Quando todos os pontos de contato da empresa estão integrados, ela utiliza os dados
e o histórico do usuário para saber em qual canal ele tem maior dificuldade para con-
seguir atendimento. Com isso em mãos, a companhia elimina os esforços e garante
qualidade ao cliente.
Mas isso não acontece na multicanalidade. Embora a empresa tenha diversos pontos
de contato (e-mail, redes sociais, telefone, bots), a falta de uma solução que integre
todos esses canais faz com que o cliente tenha que recomeçar a interação sempre
que precisar da instituição.
139
OS BENEFÍCIOS DO MULTICANAL
E DO OMNICHANNEL
Quem já atua com a multicanalidade pode começar a perceber que conectar todos os
pontos de contato deve ser o próximo objetivo de investimento. Mas o que a empresa
pode considerar é que, na multicanalidade, há a desconexão entre canais e entre as
estratégias. Isso porque, graças à falta de integração entre os diversos canais, cada
um deles pode utilizar uma estratégia diferente do outro.
Ou seja, vai ser mais difícil a troca de dados entre todos esses pontos de contatos
porque não conversam entre si.
Vale lembrar que, se sua empresa já possui uma estratégia omnichannel, cada intera-
ção com o consumidor vai mostrar em qual estágio exato da jornada ele está.
Outro benefício é que, em um ambiente multicanal, o contact center só poderá medir
seu desempenho em termos de eficácia (o que se mostra ótimo) avaliando se cada
atendimento foi concluído com uma solução.
Por exemplo, se um cliente liga para o seu contact center, sua solução é capaz de
mostrar em qual jornada o consumidor se encontra? Ele já tentou contato em outro
canal antes de buscar atendimento por telefone?
Um dos motivos para esse ruído é que talvez a estrutura do seu contact center não
entregue o que você precisa: sinergia entre os canais, histórico de atendimento e
funcionalidades que fomentem o relacionamento com o cliente e impulsione os seus
negócios. Nesse caso, uma solução de omnichannel pode atender a tais necessida-
des e trazer mais agilidade aos seus negócios.
1
É preciso pensar em uma infraestrutura
ou em uma solução na nuvem no modelo
as a service, para integrar todos
os canais com maior disponibilidade
e segurança.
FLEXIBILIDADE
2
O omnichannel é sobre pessoas, e não so-
bre os seus produtos. Não adianta inves-
tir nesta abordagem esperando imediato
aumento de vendas em um determinado
canal. Trata-se da construção de um re-
lacionamento que irá mostrar os frutos lá
na frente.
141
Mas, de fato, ter flexibilidade para adaptar e integrar novos canais vai determinar se
sua empresa permanecerá competitiva no mercado.
OMNICHANNEL:
CONHEÇA A
ESTRATÉGIA
DO FUTURO
142 DO VAREJO24
Poucos segmentos de mercado são tão disputados quanto o varejo. Mesmo atenden-
do diariamente um imenso número de consumidores, é importante considerar que,
nesse mercado, um produto pode ser comprado em diversos lugares.
Assim, entrar numa guerra de preços, apesar de ser necessário na maioria das
vezes, não é a única saída para se destacar entre os concorrentes. Cada vez mais, a
experiência de compra conta pontos valiosos na conquista dos clientes.
Hoje, o consumidor continua sua busca pelos melhores preços e produtos, mas a
forma de fazer isso é bem diferente. Tudo acontece on-line.
143
Mas o termo “multicanal” não se refere apenas a integrar on-line e off-line, e sim a
explorar as várias oportunidades que surgem a partir do mundo digital.
Os seus clientes usam todos esses canais para pesquisar, recomendar e trocar expe-
riências sobre o que comprar e onde fazer isso. É aí que a estratégia omnichannel
entra para otimizar sua presença em todos esses ambientes, fortalecer a marca e
aumentar as vendas.
CINCO BENEFÍCIOS
DO OMNICHANNEL PARA
A SUA EMPRESA
Usar e otimizar vários canais de marketing é uma tarefa e tanto, pois exige muito
planejamento, treinamento profissional e acompanhamento de resultados das lojas
virtuais.
Será que vale mesmo a pena fazer todo esse esforço? Sim, por vários motivos.
Quando se trata de estratégias digitais, tudo pode ser medido e otimizado para dar
resultados melhores no futuro. Isso porque toda ação que alguém toma em um dos
seus canais digitais gera dados.
Por coletá-los e entender o que indicam sobre o seu público ideal, você poderá criar
uma experiência customizada de marketing e vendas.
Primeiro, criar uma imagem forte de marca, que vem da adoção do omnichannel.
Além disso, usar a tecnologia é sempre uma boa forma de reduzir o ciclo de venda,
estimular o consumo e fidelizar o público.
Todos esses detalhes têm influência direta na margem de lucro, tanto com a
possibilidade de cobrar mais caro por um serviço de qualidade quanto de diminuir o
custo de marketing de cada item.
3. COMUNICAÇÃO INTEGRADA
4. MELHORIA NA EXPERIÊNCIA
DE COMPRA
146 são combinados para se adaptar exatamente à jornada do cliente que faz toda a
diferença.
5. DIMINUIÇÃO DE CUSTOS
Os custos não vão subir com a adoção de novas maneiras de vender? Não
necessariamente.
Pelo contrário, usar uma estratégia multicanal pode ajudar a reduzir custos. Tal fato
faz sentido se você pensar no custo por oportunidade perdida que a sua operação
enfrenta sem o omnichannel e que deve ser diminuído drasticamente com ele.
Todo cliente em potencial que entra no seu site ou na sua loja física e sai sem levar
nada significa deixar dinheiro ir embora. Boa parte disso talvez se deva à falta de uma
experiência integrada de compra, que leve em conta os hábitos dos consumidores.
POR QUE O OMNICHANNEL
É O FUTURO DO VAREJO?
Não faltam motivos para afirmar que o omnichannel representa o futuro do varejo,
por mais que essa afirmação pareça forte demais a princípio. Estamos na era do
imediatismo, e adotar uma estratégia multicanal é a forma perfeita de lidar com essa
urgência por parte do consumidor.
Em outras palavras, isso quer dizer que o comportamento de compra das pessoas
converge cada vez mais para a integração do mundo on-line com o off-line. As mar-
cas que entendem isso conseguem criar mais oportunidades de venda e fidelização.
De acordo com a consultoria Provokers, 96% dos consumidores fazem uma busca
na internet antes de comprar algum produto numa loja física. Isso indica o quanto
operações off-line de varejo podem se beneficiar de estratégias digitais.
147
Por outro lado, 93% tentam ver se é possível comprar on-line para não precisar ir
até uma loja física, e 72% já compraram on-line de uma loja que nunca visitaram
pessoalmente.
Esses dados comprovam uma verdade simples: a jornada de compra do cliente mo-
derno é multicanal, e o comportamento das pessoas varia bastante.
Por isso, a ideia de usar o omnichannel não está em fazer as pessoas comprarem pela
internet. O propósito é se adequar aos vários canais que as pessoas já usam e facilitar
a compra em qualquer um deles.
CONHEÇA AS QUATRO
PRINCIPAIS TENDÊNCIAS
DE OMNICHANNEL PARA
FICAR DE OLHO
O omnichannel está em plena evolução. As mudanças ocorrem, sobretudo, pelas
novas informações que surgem sobre o comportamento do consumidor e pelas inova-
ções tecnológicas constantes.
Veja agora quatro das maiores tendências em que vale a pena ficar de olho para
1. UX DESIGN
Seria impossível trabalhar bem com canais digitais sem dar atenção ao UX design, ou
seja, a forma como se projeta a experiência do usuário no seu site. Segundo a mesma
pesquisa da Provokers, os clientes importam-se com customização da experiência e
com a qualidade dos sites mobile que acessam.
Logo, esses dois elementos precisam estar no topo da sua lista de prioridades quan-
do se trata de UX.
2. BUSCA INTELIGENTE
As mudanças no Google são constantes e cada vez maiores. O que um dia se limitou
a ranquear por palavras-chave hoje se traduz como uma missão bem mais complexa,
que precisa satisfazer a os parâmetros da busca inteligente. Busca por voz, cards de
localização e reviews de outros clientes são alguns dos fatores que você deve levar
em conta para conseguir tráfego orgânico qualificado e conquistar mais clientes.
3. ASSISTENTES DE VOZ
A busca por voz é tão importante que merece um tópico separado. Sim, o mundo das
buscas caminha para um cenário mais falado e menos digitado.
O principal talvez não seja a tecnologia em si, mas o modo como os usuários dos
assistentes de voz encaram a sua relação com as marcas. Eles as veem como parte 149
de suas experiências diárias e são mais receptivos a ações relevantes por parte delas.
4. REALIDADE AUMENTADA
E VIRTUAL
A realidade virtual é a promessa de uma experiência totalmente imersiva de marke-
ting orientada a conteúdo. Para o propósito do omnichannel, é o cenário perfeito:
integrar mundo físico e digital enquanto cria uma experiência de compra melhor para
os clientes.
Todo empresário de sucesso tem em sua carreira um momento em que tomou uma
decisão ousada que mudou totalmente a sua vida. E com João Appolinário, fundador
e CEO da Polishop, não foi diferente. Ele conta tudo sobre a sua trajetória de sucesso
em Inovar é questionar o que já existe.
152
para o consumidor.”
• “Eu queria oferecer benefícios e uma experiência de compra que não
estivesse atrelada unicamente ao preço.”
• “Eu queria produtos que agregassem valor às pessoas e resolvessem pro-
blemas do dia a dia delas e que, muitas vezes, elas nem imaginavam que
existiam.”
Appolinário explica que o objetivo do seu livro é fazer com que o leitor questione o
que parece óbvio e trazer soluções para o dia a dia das pessoas.
• “O objetivo é fazer com que você possa absorver uma nova maneira de
provocar os acontecimentos, questionar o que já existe, desenvolver um
pensamento crítico e ser um observador que traz soluções ao dia a dia das
pessoas.”
• “Para mim, inovar é questionar o que já existe.”
Otimismo e realidade sempre se misturam. Assim, cabe a você equilibrar cada um
deles para conseguir tomar as decisões certas, seguir em frente e não desistir dos
seus objetivos! O registro de histórias “verdadeiras” de líderes empresariais e empre-
endedores de sucesso são importantes alavancas para os que lhes sucederão!
TÍTULO:
Inovar é questionar o que já existe
AUTOR:
João Appolinário
SELO:
Buzz Editora
ISBN: 978-65-80435-28-9
153
FORMATO: 16 x 23
LANÇAMENTO: Novembro/2019
PÁGINAS: 192
O “TUBARÃO”
JOÃO APPOLINÁRIO
CRIARÁ UM FUNDO
PARA INVESTIR
EM STARTUPS E ESTÁ
154
SE PREPARANDO
PARA CONSTRUIR CASAS
DE LUXO COM A MARCA
CONNECTED HOUSE26
O empresário João Appolinário, um dos jurados do programa Shark Tank, é um dos
principais varejistas do Brasil. Fundador e CEO da Polishop, ele comanda uma ope-
ração com mais de 300 lojas, 3.500 funcionários e 140 horas diárias de exposição
na TV.
O empresário tinha tudo para focar apenas na expansão de sua rede. Mas a “brin-
cadeira” de comprar participações em startups no programa de televisão acabou
ficando séria, e ele criará um fundo para investir em companhias em estágios iniciais
e também entrará no ramo de construção de casas de luxo com a marca Connected
House.
E nesse fundo, cujo nome ainda está sendo definido, há uma enorme variedade de
negócios. São startups como a Kuba, que produz fones de áudio; Getmore, plata-
forma de cashback; Flex Interativa, de realidade aumentada; e até um aplicativo de
namoro, o Poppin, com 500 mil usuários.
155
Ao todo, são 12 companhias que estão no portfólio de Appolinário, e seu apetite de
tubarão não ficará restrito às empresas que aparecem no programa de televisão.
“Vou olhar todas as start ups que tenham um viés de inovação. Isso tem a ver comi-
go, com a minha marca João Appolinário”, diz ele.
GESTÃO PROFISSIONAL
Até pegar gosto pelos investimentos em startups, Appolinário penou. Na primeira
temporada do Shark Tank, ele não tinha estrutura para cuidar de suas participações
nas empresas.
156 O empresário fazia tudo ao mesmo tempo. “Quase fiquei louco”, diz. Hoje, já gravou
a quarta temporada. E o negócio foi para outro patamar quando resolveu montar uma
estrutura própria para cuidar das startups.
Ica, que foi sócio da Arsenal Investimentos, butique de mergers and acquisitions
(M & A), até se juntar a Appolinário, explica a estratégia adotada em todas as
startups investidas.
Marcella Dias, a fundadora do salão com preços mais acessíveis, foi ao programa em
busca de R$ 600 mil por 30% do negócio.
O empresário ofereceu R$ 1 milhão por 40% do negócio e perguntou o que ela faria
com o dinheiro.
Ela era dona de dois salões e afirmou que abriria novas unidades. “O João entrou
na empresa em outubro de 2018, e, até o fim de 2019, teremos dez unidades”, diz
Marcella.
O plano, entretanto, é muito mais ambicioso. “Estamos nos estruturando para que a
empresa vire a maior rede da América Latina. Deveremos ter 120 salões em até sete
anos”, diz a empreendedora”.
Além de ser um novo negócio, ele tem sinergia com uma das marcas da Polishop,
a de produtos de beleza Be Emotion. As sinergias, aliás, são aproveitadas em todas
as pontas.
157
Uma das empresas do portfólio de Appolinário é o aplicativo Goleiro de Aluguel, uma
espécie de Uber de goleiros para quem busca um jogador para ficar no gol durante
as “peladas” de fim de semana. O serviço custa R$ 30 a hora.
Ica ressalta que uma das vantagens aos empreendedores que recebem investimento
do grupo é o acesso a serviços e a profissionais que eles não teriam, caso Appolinário
não estivesse no negócio.
• “Há muita gente bacana, com potencial, e não tem uma mentoria. É as-
sim que eu olho aquelas pessoas. O que elas precisam é de mentoria. Mui-
to mais do que o dinheiro, elas precisam do chamado smart money”, diz ele.
EMPREENDEDORISMO
Durante muitos anos, Appolinário foi um personagem avesso aos holofotes. Quase
não dava entrevista e pouco aparecia na mídia. Ele explica que, nessa época, ainda
estava construindo a Polishop e precisava de tempo para poder mostrar resultado.
“Tenho uma história diferente das de muitos empreendedores. Não sou aquele cara
que foi engraxate e que construiu tudo a partir do nada”, diz. Appolinário fala de seu
pai com idolatria e conta que teve a opção de não fazer nada, de viver de renda, de
ficar na casa de praia, de aproveitar a fazenda.
Mas não foi isso o que escolheu. “Meu pai tinha concessionárias, fazia carrocerias
158 para caminhão e foi um dos precursores de consórcio no Brasil. O empreendedorismo
sempre fez parte de mim.”
“Poucos empreendedores têm. Eu tive um mentor, que foi o meu pai. E não foi só o
dinheiro que ele me deu. Foi mostrar que precisava ter uma boa estrutura fiscal, uma
boa estrutura contábil, um sistema de TI. Quando fui convidado para este programa,
resolvi me doar um pouco.”
“Como empreendedor, o que para mim é óbvio, para outro, que é pequeno, pode ser
um bicho de sete cabeças. Eu dou oportunidade para gente que realmente queira; e
eu, como investidor, também busco resultado. Olha só que negociação ganha-ganha!
Eu tenho resultado, e a pessoa só vai ter resultado porque eu também vou ter”, diz
Appolinário.
“NÃO MEÇO PALAVRAS,
NÃO DESPERDIÇO TEMPO
COM O QUE NÃO FUNCIONA
E SOU UM CARA INSACIÁVEL
POR MUDANÇAS E INOVAÇÃO.”
JOÃO APPOLINÁRIO
159
2
GAZZONI, Marina. Onde estão os tubarões? Conheça as 12 empresas que João Appolinário,
dono da Polishop, investiu no Shark Tank. Blog Seu Dinheiro. Artigo publicado em junho/2019
e pesquisado em janeiro/2020 em https://www.seudinheiro.com/2019/sem-categoria/onde-
estao-os-tubaroes-conheca-as-12-empresas-que-joao-appolinario-dono-da-polishop-investiu-
-no-shark-tank/
160 3
Marcelo Pimenta é jornalista, empreendedor, profissional de marketing, empresário, escritor.
É coautor do livro Tendências na Comunicação (1999). Escreve toda segunda-feira no Blog
do Empreendedor – Estadão PME. Representa o Brasil na rede acadêmica internacional Netex-
plo, que identifica tendências de inovação digital.
4
Dino Gueno é consultor de marketing de varejo, empresário e professor. Acumula mais de 16
anos de experiência em planejamento de vendas e comunicação, é professor de comportamento
do consumidor na pós-graduação da ESPM e escreveu o livro A loja que vende: manual para ser
imbatível no seu negócio.
5
GODIN, Seth. A vaca roxa. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
6
SERAFIM, Luiz Eduardo. O poder da inovação: como alavancar a inovação na sua empresa.
São Paulo: Saraiva, 2012.
7
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