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Farmácia Hospitalar

Central de Abastecimento
Farmacêutico (CAF)
Definições/CAF
◼ CAF, no Brasil, são os almoxarifados dedicados
exclusivamente à armazenagem de produtos
farmacêuticos.

◼ Unidade que tem por finalidade manter e abastecer


de modo dinâmico os estoques e materiais
(medicamentos e produtos afins), em qualidade e
quantidade adequadas, economicamente desejáveis,
no momento tecnicamente oportuno.

◼ Unidade de assistência farmacêutica destinada à


guarda de medicamentos e correlatos, onde são
realizadas atividades quanto à sua correta recepção,
estocagem e distribuição.
Objetivos da CAF

◼ Garantir a correta conservação dos


medicamentos, germicidas e correlatos,
dentro de padrões e normas técnicas
específicas, que venham assegurar a
manutenção das características e
qualidade necessárias à sua correta
utilização.
Atividades operacionais e de planejamento
(CAF)
◼ Receber os materiais acompanhados de documentação fiscal
(nota fiscal, nota de empenho, guia de remessa, etc) e conferi-los,
adotando as normas técnicas de recebimento de produtos
farmacêuticos.

 Aspectos administrativos: documento fiscal, quantidade, prazos


de entrega, preços (unitário e total).

 Verificação das especificações técnicas: especificações dos


produtos; registro sanitário do produto (no do registro no MS);
certificado de análise ou laudo de controle de qualidade (deverá
ser exigido no edital de licitação); responsável técnico;
embalagem (embalagens originais, devidamente identificadas, e
sem apresentar sinais de violação, aderência ao produto, umidade
e inadequação em relação ao conteúdo (*Portaria SVS no 802/98,
de 08/10/98). Rotulagem (*); lote/validade; transporte (verificar se
foi realizado em condições satisfatórias. As transportadoras
devem estar devidamente autorizadas.
Atividades operacionais e de planejamento
(CAF)
◼ Realizar os lançamentos de entrada por meio de sistema
informatizado ou manual e armazenar os produtos em locais
apropriados, de acordo com as norma técnicas.

◼ Receber requisições das unidades assistenciais e da


dispensação, promovendo a separação, distribuição e registro
de saídas.

◼ Realizar atividades relacionadas à gestão de estoques

◼ Conservar os medicamentos em condições seguras,


preservando a qualidade e permitindo o uso do sistema PEPS
(primeiro a entrar, primeiro a sair, considerando o prazo de
validade) para movimentação dos medicamentos.

◼ Realizar levantamentos periódicos dos estoques e elaborar


relatórios gerenciais
Recebimento de produtos
farmacêuticos
No ato do recebimento, cada entrada deve ser
examinada quanto a sua documentação e
fisicamente inspecionada para se verificar suas
condições, rotulagem, tipo e quantidade, validade.

Se for o caso de recebimento de um produto com


mais de um lote de fabricação, ele deve ser
subdividido em quantos lotes forem necessários e
estocados dessa forma.

Os lotes que forem submetidos a amostragem ou os


julgados passíveis de análise, devem ser
conservados em quarentena até decisão do controle
de qualidade.
Estocagem de produtos farmacêuticos
➔Toda e qualquer área destinada a estocagem de produtos
farmacêuticos deve ter condições que permitam preservar suas
condições de uso.

➔Nenhum produto farmacêutico poderá ser estocado antes de ser


oficialmente recebido e nem liberado para a entrega sem a devida
permissão também oficial.

➔Os estoques devem ser inventariados periodicamente e qualquer


discrepância devidamente esclarecida.

➔Os estoques devem ser inspecionados com freqüência para verificar


qualquer degradação visível, especialmente se os produtos ainda
estiverem sob garantia dos seus prazos de validade.

➔A movimentação de pessoas, escadas e veículos internos nas áreas de


estocagem deve ser cuidadosa para evitar avarias e comprometimento
e/ou perdas dos produtos.

➔A presença de pessoas estranhas aos almoxarifados deve ser


terminantemente proibida nas áreas de estocagem.
Organização e estruturação da CAF

◼ Localização: local de fácil acesso para o recebimento e


distribuição dos produtos, com espaço suficiente para
circulação e movimentação de veículos. Deverá estar distante
das fontes de calor e contaminação.

◼ Identificação externa: identificação visível por meio de nome e


logotipo.

◼ Sinalização interna: letras ou placas indicativas nas estantes e


locais de extintores de incêndio, entre outros.

◼ Condições ambientais: apresentar condições adequadas


quanto à temperatura, ventilação, luminosidade e umidade,
permitindo ainda boa circulação e estar organizado de forma a
permitir fácil limpeza e controle de pragas.
Organização e estruturação da CAF
◼ Instalações: devem existir instalações físicas, elétricas e
sanitárias adequadas; equipamentos e acessórios.

◼ Comunicação:devem existir os meios que permitam a


comunicação ágil e fácil com as unidades fornecedoras e
usuárias (telefone, fax, internet).

◼ Higienização: manutenção constante. Deve estar sempre


limpa, isenta de poeira e outras sujidades. A limpeza, além de
demonstrar aspecto de organização, é uma norma de
segurança, que deve ser rigorosamente seguida.

◼ Equipamentos e acessórios suficientes: dispositivos


necessários à movimentação e estocagem de produtos.

◼ Segurança: segurança apropriada a proteção das pessoas e


dos produtos em estoque.
Organização e estruturação da CAF

◼ Dimensionamento: Não existe padrão estabelecido para


determinar a dimensão adequada da CAF, varia em função:
• atividades desenvolvidas
• quantidade e tipos de produtos a serem estocados
• periodicidade das aquisições
• intervalo de tempo da entrega dos produtos pelos fornecedores
• quantidade de equipamentos, acessórios e recursos humanos
• áreas necessárias à funcionalidade do serviço (área
administrativa, recepção/expedição) e áreas específicas de
estocagem

 No planejamento da área física devem ser considerados o


perfil assistencial do hospital, as características dos
medicamentos e a política de gestão de materiais.
Organização e estruturação da CAF
Dimensionamento

◼ Área mínima de 0,6 m2/leito (Portaria no 1.884/95 do


MS → define as normas para projetos físicos de
estabelecimentos de saúde)

◼ Cavallini e Bisson, 2002:


Hospitais com até 100 leitos: 100 m2
Hospitais com até 200 leitos: 180 m2
Hospitais com até 400 leitos: 350 m2

◼  Dimensão mínima: nunca inferior a 20% da


área total da farmácia
Organização e estruturação da CAF
Dimensionamento

No de Leitos Dimensão da CAF

Até 500 leitos 0,65 m2/leito

500 - 1000 352 m2 + 0,42 m2/leito para cada  de 500


leitos
Superior a 1000 525 m2 + 0,2 m2/leito para cada  de 1000
leitos

Dimensões de GUASH
Ambientes da CAF (Áreas)
◼ Área de Administrativa:
• Destinada às atividades operacionais.
• Deve estar localizada, preferencialmente, na entrada, para
melhor acompanhamento das ações e o fluxo de pessoas e
produtos.

◼ Área de Recepção:
• Destinada ao recebimento e à conferência de produtos
• Obrigatoriamente, deve ficar situada junto à porta principal e
conter normas e procedimentos escritos e fixados na parede.

◼ Área de Expedição: Local destinado à organização,


preparação, conferência e liberação dos produtos.

◼ Área de Quarentena → Quarentena é o período de tempo,


durante o qual os medicamentos são retidos com proibição de
seu emprego.
Ambientes da CAF (Áreas)

◼ Armazenagem/Estocagem
• Medicamentos (em geral)
• Medicamentos psicotrópicos
• Medicamentos termolábeis → 20 e 24°C
(Aparelhos de ar-condicionado)
• Medicamentos imunobiológicos (vacinas e soros)
• Materiais médico-hospitalares
• Substâncias inflamáveis
• Soluções de grande volume
• Matérias primas
Condições de armazenamento
◼  A OMS define como condições normais de
armazenamento as correspondentes a locais secos e bem
ventilados, temperatura entre 15 e 25°C ou até 30°C em
algumas zonas climáticas → Instalação de ar-condicionado
na CAF

◼ Terminologia relacionada à conservação de medicamentos


adotada na Farmacopéia Brasileira 4a edição e no
Regulamento Técnico de Medicamentos Genéricos:
• em congelador: temperatura entre 0°C e -20°C
• em refrigerador: temperatura entre 2°C e 8°C
• local fresco: ambiente cuja temperatura permanece entre 8°C
e 15°C
• temperatura ambiente: ambiente entre 15°C e 30°C
• local quente: ambiente cuja temperatura permanece entre
30°C e 40°C
• calor excessivo: indica temperatura acima de 40°C
Aspectos estruturais construtivos
◼  INSTALAÇÕES FÍSICAS
◼ Piso: deve ser plano (para facilitar a limpeza), e
suficientemente resistente, para suportar o peso dos produtos e
a movimentação de equipamentos. A espessura do piso deve
estar de acordo com as especificações técnicas (em torno de
12 a 16cm)

◼ Paredes: cor clara, pintura lavável, isenta de infiltrações e


umidade.

◼ Portas: preferencialmente esmaltadas ou de alumínio, com


dispositivo de segurança automático.

◼ Teto: telhas térmicas, de lã ou fibra de vidro. Deve-se evitar


telhas de amianto porque absorvem muito calor.
Aspectos estruturais construtivos
◼  INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
 Sabe-se que a maioria dos incêndios é provocada por
curto-circuitos. A manutenção permanente das instalações
elétricas deve ser prioridade dos responsáveis pelo setor.

◼ Alguns cuidados devem ser observados:


• Desligar todos os equipamentos, exceto os da rede de frio,
diariamente, antes da saída do trabalho.
• Evitar sobrecarga de energia, com o uso de extensões
elétricas
• Usar um equipamento por tomada, não fazendo uso de
adaptadores.
• Solicitar contrato de manutenção elétrica ou realizar vistorias
periódicas nas instalações.
Aspectos estruturais construtivos

◼  INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

◼ Devem ser apropriadas e sem comunicação direta


com as áreas de estocagem.
Equipamentos e acessórios de armazenagem

◼ Aparelhos de ar-condicionado: utilizados para o controle


adequado da temperatura no local de armazenagem daqueles
medicamentos que necessitam de condições especiais de
conservação. A quantidade de aparelhos necessários e a
definição de sua potência deverão ser calculadas conforme
dimensão do local onde estão instalados.

◼ Armários de aço com chave: para o armazenamento dos


medicamentos sujeitos a controle especial (Portaria SVS/MS no
344/98), no caso de centrais de abastecimento de pequeno e
médio porte.

◼ Carrinho para transporte de medicamentos.

◼ Cestas e Gaveteiros (Bins) de “marfinite”: utilizados para


estocagem de produtos leves. São práticos, ajustáveis, de
diversos tamanhos e cores e ocupam pouco espaço.
Equipamentos e acessórios de armazenagem
◼ Empilhadeiras: veículos manuais ou elétricos, destinados ao
transporte de produtos. Usados em armazenamento vertical, de
grandes quantidades, em centrais de armazenamento de
grande porte.

◼ Exaustores eólicos: acessórios utilizados em áreas quentes,


porque ajudam na renovação do ar circulante, melhorando a
ventilação, sem consumo de energia elétrica.

◼ Termômetros: instrumentos usado para medição de


temperatura ambiente nas áreas de estocagem, e adoção de
possíveis medidas de controle. São indicados os termômetros
que registram temperaturas máximas e mínimas.
Equipamentos e acessórios de armazenagem

◼ Higrômetros: usados para medição da umidade


◼ Equipamentos de informática
◼ Máquinas de calcular
◼ Móveis de escritório: em quantidade e modelos
adequados ao serviço
◼ Extintor de incêndio
◼ Escadas
Equipamentos e acessórios de armazenagem

◼ Equipamentos Frigoríficos
⚫ Refrigerador → entre 4ºC e 8ºC (2ºC e 8ºC )
⚫ Freezer → Não superior a -10ºC
⚫ Câmara Fria → entre 8°C e 15°C

◼ Controle dos Equipamentos Frigoríficos


⚫ Termógrafos → Câmaras Frias
⚫ Termômetros de máxima e mínima → Freezers;
Refrigeradores
Organização da área física (Layout)

◼ É a disposição racional do espaço físico disponível dos diversos


elementos e recursos utilizados no serviço de armazenamento
(produtos, equipamentos, acessórios, mobiliários e pessoal), de
forma adequada, possibilitando melhor fluxo e utilização das
áreas disponíveis, para melhoria das condições de trabalho e
garantia da qualidade dos produtos estocados.

◼ Cada atividade deverá possuir um fluxograma, passível de


alterações conforme a evolução da tecnologia e dos processos.
Formas de estocagem de produtos
farmacêuticos

◼ Estrados/Pallets: São plataformas horizontais de tamanhos


variados, de fácil manuseio, utilizadas na movimentação e
estocagem de produtos de grandes volumes.
 Dimensões: recomenda-se o padrão internacional (1,10 X
1,10m), mantendo determinada altura do solo para evitar ação
de umidade, acúmulo de poeira e sujidades. Sugere-se que a
distância mínima do solo seja de 30cm.

 Tipos: Podem ser de madeira, fibra, alumínio e borracha,


sendo mais utilizados os de madeira (porém, esse tipo absorve
muita umidade e poeira). Atualmente, vêm sendo utilizados os
de borracha, pela fácil limpeza, manuseio e diversidade de
cores, proporcionando, ainda, um layout diferente às áreas de
estocagem.
Formas de estocagem de produtos
farmacêuticos
◼ Prateleiras
 Armações fabricadas com estruturas de aço ou de madeira em
unidades padronizadas. As estruturas metálicas possuem uma
série de vantagens adicionais em relação à madeira: são
imunes à ação de insetos e roedores, suportam maior peso, são
mais fáceis de serem montadas ou desmontadas e têm grande
durabilidade.

 Constituem o meio de estocagem mais simples e econômico


para produtos leves e de estoques reduzidos.

 As estantes devem ser arrumadas de costas entre si, mantidas


a uma certa distância das paredes e do teto, evitando a
formação de zonas de calor, facilitando uma boa circulação de
ar.
Formas de estocagem de produtos
farmacêuticos

◼ Porta- pallets:
 Destinam-se ao armazenamento de caixas
maiores ou caixas padronizadas, apresentam a
vantagem de permitir modificações na altura e
largura das divisões.

 São estruturas reforçadas, destinadas a suportar


cargas a serem estocadas nos vários níveis, com
bom aproveitamento do espaço vertical.
Formas de estocagem de produtos
farmacêuticos
◼ Empilhamento:
 É o arranjo que permite o aproveitamento máximo do espaço
vertical, respeitando as orientações dos fabricantes sobre o
número máximo de camadas de empilhamento. Em regra, as
pilhas não devem ultrapassar uma altura de 1,5 metro, para
evitar desabamentos e alterações nas embalagens, por
compressão.

 As caixas devem ser empilhadas até um número de camadas


determinado e com amarração adequada (posições alternadas
das caixas, que dificultam, na horizontalidade, os seus
movimentos laterais.

 As pilhas devem ser feitas em sistema de amarração,


mantendo-se distanciamento entre elas e entre as paredes,
para uma boa circulação de ar.
Sistema de localização de materiais
 Um sistema de localização de materiais tem como objetivo
dispor dos meios necessários à perfeita identificação e
localização dos materiais sob a responsabilidade da CAF.
Deve ser utilizada uma codificação normalmente
alfanumérica, representativa de cada local de estocagem

◼ Critérios de localização:
◼ Sistema de Estocagem Fixo: neste sistema é determinado o
número de áreas de estocagem para um tipo de material →
somente um material desse tipo poderá ser estocado nos locais
marcados (estocagem de medicamentos sólidos de uso oral,
líquidos e semi-sólidos).

◼ Sistema de Estocagem Livre: neste sistema não existem


locais fixo de estocagem. Os materiais ocupam no momento da
entrega os espaços vazios disponíveis dentro da área de
armazenagem (utilizado principalmente para medicamentos
parenterais de grande volume e alguns parenterais de pequeno
volume de alto consumo) ➔ ➔ Deverá existir um rigoroso
método de controle sobre o endereçamento.
Ordenação dos estoques
◼ Grupo farmacológico
◼ Ordem alfabética (nome genérico)
◼ Forma farmacêutica
◼ Laboratório
◼ Combinação dos anteriores

 “para fins terapêuticos e de catalogação, os medicamentos


obrigatoriamente devem ser classificados por grupo
farmacológico” (Cavallini & Bisson, 2002).

”O sistema de ordenação mais recomendado na CAF é por


forma farmacêutica e seqüência do fármaco dentro de cada
grupo”
Vantagens da organização dos
estoques
◼ Facilita a realização de inventários
◼ Possibilita melhor aproveitamento dos espaços
◼ Facilita o controle de lotes e validades
◼ Evita a deteriorização dos estoques
◼ Reduz perdas e furtos (reduz custos)
◼ Possibilita conhecer a quantidade necessária para
um determinado período
◼ Evita compras desnecessárias
◼ Assegura o suprimento de materiais, evitando
atrasos
◼ Assegura a qualidade e conservação dos materiais
Procedimentos operacionais para estocagem
◼ Estocar os produtos (por nome genérico, lote e validade), de
forma que permita fácil identificação. Os medicamentos com
data de validade mais próximas devem ficar à frente.

◼ A liberação dos produtos para entrega deve obedecer a ordem


cronológica de seus lotes de fabricação, ou seja, expedição dos
lotes mais antigos antes dos mais novos.

◼ Os produtos devem ser estocados nas prateleiras em ordem


alfabética, no sentido da esquerda para direita.

◼ Os produtos com mais de um lote de fabricação devem


subdivididos em quantos lotes forem necessários e estocados
dessa forma.
Procedimentos operacionais para estocagem
◼ Os produtos devem ser estocados mantendo-se uma certa
distância entre eles visando a permitir a limpeza, evidenciar os
itens em estoque e facilitar a circulação de ar.

◼ Os produtos devem estar de 30-50cm afastados das paredes (a


literatura também refere 80cm e 1 metro); e 50cm do teto para
evitar a transmissão de calor, umidade e contaminação por
fungos.

◼ A estocagem nunca deve ser efetuada diretamente em contato


com o solo e nem em lugar que receba diretamente a luz solar.

◼ Os medicamentos sujeitos a controle especial devem ser


armazenados conforme a legislação vigente.
Procedimentos operacionais para estocagem

◼ Estocar os medicamentos de acordo com as condições de


conservação recomendadas pelo fabricante. Em caso de não
haver recomendação específica, os produtos deverão ser
estocados em temperatura ambiente (15°C e 30°C).

◼ As caixas de medicamentos não deverão ficar próximas de


condicionadores de ar, estufas, sobre geladeiras ou freezers.

◼ Embalagens parcialmente utilizadas devem ser novamente


fechadas de modo a prevenir perdas, desvios e/ou
contaminação, indicando a eventual quantidade que falta no
lado externo da embalagem.
Procedimentos operacionais para estocagem

◼ Não armazenar produtos diferentes no mesmo estrado ou


prateleira, para evitar possíveis trocas no momento da
expedição.

◼ Manter próximos à área de expedição os produtos de grande


volume e rotatividade.

◼ Materiais passíveis de quebras (ampolas e frascos de vidros


devem ser guardados em local menos exposto a acidentes).

◼ No caso do armazenamento ser efetuado em prateleira, o


produto de menor peso deverá ser colocado na parte superior
da prateleira; o de maior movimento deverá ficar mais à mão,
evitando o uso de escadas.
Procedimentos operacionais para estocagem

◼ O manuseio inadequado dos medicamentos pode afetar a sua


estabilidade. Por isso não se deve arremessar caixas, arrastar
ou colocar muito peso sobre elas.

◼ Manter em local seguro os medicamentos de alto custo, com


um controle rigoroso, devido ao volume de recursos financeiros
envolvidos em sua aquisição. Recomenda-se a conferência
diária por amostragem.

◼ Os estoques devem ser inspecionados com freqüência para


verificar se houve alteração ou degradação visível. Os produtos
rejeitados pela inspeção, suspeitos ou passíveis de análise
devem ser armazenados na área de quarentena.
Procedimentos operacionais para estocagem
◼ Manter em local separado os produtos inflamáveis, sob
condições especiais (área sinalizada, instalações apropriadas,
equipamentos de prevenção contra incêndio, normas e
procedimentos escritos, afixados no local), tendo em vista os
riscos potenciais que esses produtos podem causar
(ocupacionais e coletivos).
 Alguns inflamáveis em pequenas quantidades, se em
áreas bem ventiladas, e dispondo de equipamentos de proteção
contra incêndio, podem ser mantidos na CAF.

◼ Manter os medicamentos termolábeis em áreas específicas,


por serem produtos sensíveis à temperatura em torno de 20°C
+/- 2°C. O local de armazenagem desses medicamentos exige
controle de temperatura, através de termômetros, com registro
diário.
Procedimentos operacionais para estocagem

◼ Conservar os produtos imunológicos (soros e


vacinas) em um sistema chamado “rede de frio”, em
condições adequadas de refrigeração, desde o
laboratório produtor até a destinação final do
produto.

◼ As áreas de armazenagem devem ser livres de pó,


lixo, roedores, aves, insetos e quaisquer animais
(colocar telas finas nas janelas e cobogós).
Referências Bibliográficas
◼ BRASIL. Ministério da Saúde. CEME (Central de
Medicamentos). Boas práticas para estocagem de
medicamentos. Brasília, 1990. 22p.

◼ BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação de Controle de


Infecção Hospitalar. Guia básico para a farmácia hospitalar.
Brasília, 1994. 175p

◼ BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.


Assistência farmacêutica na atenção básica: instruções
técnicas para a sua organização. Brasília: Ministério da
Saúde, 2001, 113p.

◼ CAVALLINI, ME, BISSON, MP. Farmácia hospitalar: um enfoque


em sistemas de saúde. São Paulo: Manole, 2002, 218p
Referências Bibliográficas
◼ GOMES, M.J.M., REIS, A.M.M. (coordenadores). Ciências
farmacêuticas: uma abordagem em farmácia hospitalar.
São Paulo: Atheneu, 2000, p. 365-385

◼ GIRÓN AGUILAR, N., D’ALESSIO, R. Guía para el desarrollo


de servicios farmacéuticos hospitalarios: logística del suministro
de medicamentos. In: Serie medicamentos esenciales y
tecnologia, División de Desarrollo de Sistemas y Servicios de
Salud/ Organización Panamericana de la Salud/Organización
Mundial de la Salud, 1997, v. 5.2, 36p.

◼ MAIA NETO, J.F (coordenador). Farmácia Hospitalar e suas


interfaces com a saúde. São Paulo: RX, 2005, p.71-79.

◼ MARIN, N. et al . Assistência farmacêutica para gerentes


municipais. Rio de Janeiro: OPAS/OMS, 2003, p.197-237.

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