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LICENCIATURA EM QUÍMICA

BRUNA LIMA
EDERLEY SANTOS DOS REIS
ELIANA PELUCHI
FRANCISCO MAURI DA SILVA
JOCÉLIA RODRIGUES
KARINE

LOUIS PASTEUR

ARACRUZ – ES
2011
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BRUNA LIMA
EDERLEY SANTOS DOS REIS
ELIANA PELUCHI
FRANCISCO MAURI DA SILVA
JOCÉLIA RODRIGUES
KARINE

LOUIS PASTEUR

Trabalho apresentado à disciplica de História da


Ciência, lecionada pela professora Cynthia T. D.
Fortunato, com o objetivo de obtenção de nota
parcial para o 1º período.

ARACRUZ – ES
2011
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2. PASTEUR O HOMEM...............................................................................................4
3. LUZ POLARIZADA...................................................................................................5
4. PASTEUR E A SIMETRIA DAS MOLECULAS.......................................................6
5. PASTEUR E A RAIVA..............................................................................................8
6. CRISTALOGRAFIA. ................................................................................................9
7. FERMENTAÇÃO E MICROORGANISMOS...........................................................10
8. MOLÉSTIAS CONTAGIOSAS................................................................................11
9. POLÊMICAS E VACINAS......................................................................................12
10. O EXPERIMENTO DE LOUIS PASTEUR............................................................13
11. CURIOSIDADE.....................................................................................................15
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................16
13. REFERÊNCIAS.....................................................................................................17
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1. INTRODUÇÃO

“A imaginação deveria dar asas aos nossos pensamentos, mas nós sempre
precisamos de uma prova experimental decisiva, e no momento de refletir,
interpretar nossas observações e concluir, a imaginação deve ser verificada e
documentada pelos resultados do experimento”, desta forma Louis Pasteur mudou a
nossa vida.
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2. PASTEUR O HOMEM

Louis Pasteur nasceu em Dôle, Jura, na França, a 27 de dezembro de 1822, e


morreu em Villeneuve l'Étang, Seine-et-Oise, França, a 28 de setembro de 1895. Em
1842 obteve o bacharelado em ciências, em Besançon, sendo-lhe atribuída a nota
de "medíocre" em química. Em 1847 apresentou teses de doutoramento em física e
química na Escola Normal Superior, em Paris. É da mesma época a pesquisa em
cristalografia, que o tornou célebre. Em 1848 foi nomeado professor suplente de
química na Universidade de Estrasburgo e, em 1854, deão da faculdade de ciências
de Lille.
Graças às suas pesquisas, sempre coroadas de êxito, Pasteur ascendeu
sistematicamente, sendo diretor do Museu de História Natural de Rouen em 1862,
membro da Academia de Ciências nesse mesmo ano, da Academia de Medicina em
1873 e da Academia Francesa em 1881. O Instituto Pasteur foi inaugurado em 1888,
e logo teria filiais no mundo inteiro, com a difusão dos estudos bioquímicos.
A importância de Pasteur foi enorme para o estudo das origens da vida, com passos
decisivos na análise da estrutura molecular dos corpos. Do ponto de vista teórico,
Pasteur contribuiu notavelmente para responder às indagações sobre o ciclo da vida
e da morte na natureza, ao considerar os fenômenos da fermentação e da
putrefação.
Do ponto de vista prático, sua influência ainda é maior, ao descobrir a ação
transmissora e o campo de propagação dos microorganismos, fundando uma nova
era para a etiologia das moléculas infecciosas. As descobertas de Pasteur
contribuíram para a evolução da medicina preventiva, dos métodos cirúrgicos (com a
prevenção das infecções), das técnicas de obstetrícia, dos métodos de higiene em
geral e das indústrias de bebidas fermentadas.
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3. LUZ POLARIZADA

A luz pode ser estudada como onda ou como partícula. Essa duplicidade
corresponde ao que os textos didáticos chamam de natureza dual da luz.
Observada do ponto de vista material, a luz é composta de partículas, pendiculares
à direção de propagação. Na luz natural, como a proveniente do Sol, ou artificial,
como a das lâmpadas incandescentes ou fluorescentes, os fótons vibram em todas
as direções, perpendiculares a direção de propagação. Após atravessar certos
meios, chamados de polarizadores, os fótons passam a vibrar em uma única
direção, também perpendicular à direção de propagação. Essas duas direções – a
de vibração e a de propagação – definem um plano de polarização (ou de vibração)
da luz.
Quando a luz é encarada como radiação eletromagnética, admite-se que estão
associados a ela dois vetores – mutuamente perpendiculares entre sie à direção de
propagação. À medida que a luz se propaga, a variação simultânea dos dois vetores
é senoidal. Na luz natural, todas as direções do vetor campo elétrico (e
consequentemente do vetor campo magnético) passa a existir. Fica assim definido
um plano que contém o vetor campo elétrico e a direção de propagação, que é
chamado de plano de polarização.
Convém ter em mente que a melhor expressão é “plano de polarização”, já que
quando se fala em “plano de vibração” está se referindo aos fótons.
Certas substâncias, chamadas de opticamente ativas, são capazes de desviar o
plano de polarização da luz. Essa interessante propriedade só é observada quando
os átomos do composto estão arranjados de tal modo a formar uma molécula cuja
imagem especular não lhe é superponível.
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4. PASTEUR E A SIMÉTRIA DAS MOLECULAS

Retomando a historia que estávamos acompanhando, é preciso esclarecer que os


pesquisadores sabiam que o ácido tartarico e seus sais, os taros, desviam o plano
da luz polarizada para a direita, o que no jargão laboratório é resumido pela
expressão “Possuir poder óptico dextro-rotatorio”. O ácido racêmico e seus sais, os
racematos, não alteram o plano polarização, ou seja, são opticamente inertes.
Pasteur examinou cerca de 19 sais diferentes provenientes do ácido tartárico e
observou que depois que esses sais se cristalizava, era formado o mesmo tipo de
cristal. Porem, uma surpresa o aguardava quando cristalizou a paritr de uma solução
aquosa a 28°C, um dos sais do ácido racêmico, o racemato de sódio e amônio. A
mesma amostra formava, simultaneamente dois tios de cristal, cujas formas não
coincidiam quando superpostas. Apesar de muito parecidas, uma delas correspondia
a imagem da outra no espelho. Além disso, uma das formas era igual à que se
produzia quando Pasteur recristalizava tártaros.
Com muito cuidado, separou os cristais diferentes, utilizando-se de uma pinça. Ao
dissolver em água a forma parecida com aquela que ele conhecia dos tártaros,
obteve uma solução dextro-rotatória, ou dextrógira, como seria esperado pela
semelhança dos cristais. A outra forma cristalina, imagem especular da primeira, ao
ser dissolvida em água, originava soluções levo-rotatórias, ou levógiras.
Acertadamente, Pasteur propôs que é a forma da molécula (que também é a
responsável pela forma do cristal) que determina a sua ação sobre o plano de
polarização. Em linguagem moderna, esse efeito é explicado como se segue. Em
um composto, os átomos constituintes podem se distribuir na mesa sequência, mas
com arranjo espacial, tal que se obtenham duas moléculas cuja única diferença é
que uma é igual a imagem especular da outra.
Estruturas moleculares que satisfazem essa condição são chamadas de
enantioméricas ou dissimétricas (esse é o termo originalmente proposto por
Pasteur).
Atualmente, a designação ácido racêmico para a mistura opticamente inativa dos
enantiômeros do ácido tartárico não é mais usada. Essa expressão foi generalizada
e, por isso, chamamos de racêmico, mistura racêmica, ou racemado, a toda mistura,
em partes iguais (e portanto opticamente inativa), dos enantiômeros dextrógiro e
levógiro de um dado composto.
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Muitas substâncias natuarais importantes são opticamente ativas. É o caso dos


aminoácidos, que fazem parte de proteínas vegetais, como a celulose (que é
um polímero de glicose), e que entram na constituição dos nucleotídeos dos ácidos
nucléicos – o DNA e o RNA – responsáveis pela informação genética.
Com seu trabalho com o ácido racêmico, Pasteur acabou sendo condecorado com a
Legião d Honra em 1853. Destaque-se que, nesse estudo, além do esforço
envolvido, vemos também a manifestação do acaso, pois o reconhecimento da
sociedade e da comunidade cientifica pode ser avaliado pelas distinções recebidas
por Pasteur. Entre elas estão as indicações em 1862 para a Academia de Ciências
de seu país (da qual se tornou secretário permanente, a partir de 1887) e para a
Academia Francesa, em 1874.
Sua significativa obra despertou a admiração mundial. Entre aqueles que
prestigiaram seu grande intelecto está uma figura bastante conhecida da historia do
Brasil, o imperador dom Pedro II. O monarca brasileiro encontrou-se
varias vezes com Pasteur, trocou correspondência e financiou algumas de suas
pesquisas.
Tendo em vista o grande sucesso do desenvolvimento do soro anti-rabico, foi
realizada uma coleta internacional de fundos, para criar uma entidade que desse
continuidade aos estudos de prevenção da doença. Assim em 1888, estabeleceu-se
o Instituto Pasteur, na França, que veio a desenvolver ramificações em vários
países. Sua sede é um centro destacado de investigação em química médica e
bioquímica.
Pasteur faleceu em 28 de setembro de 1895, após sofrer um segundo derrame
cerebral (o primeiro havia sido em outubro de 1868, aos 46 anos).
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5. PASTEUR E A RAIVA

O grande feito de Pasteur na área médica foi a criação do soro anti-rabico. Tão
importante é essa realização que ficaram registrados na história a data, o nome e a
idade do primeiro paciente a se submeter à aplicação: 6 de junho de 1885, Joseph
Meister, 9 anos. O menino, que havia sido mordido por um cão portador da doença,
recebeu o soro de Pasteur durante 10 dias seguidos obtendo assim, a cura. Em um
curto espaço de tempo, 350 pacientes, atacados por cães e lobos, receberam o
tratamento, registrando-se apenas uma morte.
Atualmente, sabemos que a raiva é causada por um vírus. Isso impediu que Pasteur
conseguisse observar ao microscópio o agente da doença. Somente no século XX,
com a invenção do microscópio eletrônico, os vírus puderam ser facilmente
observados e fotografados para estudo. Contudo, o notável químico pôde
demonstrar que a inoculação do material extraído do bulbocerebral de cães raivosos
ocasiona transmissão da moléstia para animais sadios. A técnica desenvolvida no
preparo do soro consistia em se conseguir formas enfraquecidas dos agentes
(vírus), conservando-se a seco por duas semanas. Uma posterior suspensão desse
material em meio adequado originava o soro anti-rabico. O reconhecimento mundial
pelo feito tomou a forma da subscrição internacional para levantamento de fundos,
que já mencionamos ao abordar a figura humana de Pasteur, no inicio deste
capitulo. As coletas atingiram 2,5 milhões de francos, com os quais foi criado o
Instituto Pasteur da Paris.
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6. CRISTALOGRAFIA

Suas primeiras pesquisas científicas puras, associando a cristalografia, a química e


a óptica, estabeleceram um paralelismo entre a forma exterior de um cristal, sua
constituição molecular e sua ação sobre a luz polarizada. Estudando os cristais
simétricos e dissimétricos, concluiu que só os produtos da natureza viva são
dissimétricos e são ativos sobre a luz polarizada, o contrário sucedendo com os
produtos minerais. Esses estudos foram a base da estereoquímica.
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7. FERMENTAÇÃO E MICROORGANISMOS

O passo seguinte de Pasteur foi o estudo das fermentações. Ele descobriu que uma
substância não ativa torna-se ativa sob a influência de uma fermentação. Concluiu
que, se toda substância ativa provinha da natureza viva, a fermentação seria o
correlativo da vida.

Na pesquisa prática das fermentações láctica, alcoólica, etc., chegou à conclusão


definitiva de que a fermentação resultava da ação de microorganismos. Negou, a
seguir, que esses microorganismos surgissem espontaneamente nas substâncias
fermentescíveis. Seriam gerados por outros similares que impregnavam o ar.
Protegidas destes, afirmou, as substâncias permanecem inalteradas, por mais
putrescíveis que sejam.

Estudou a seguir a formação do vinagre e a doença dos vinhos. O vinagre seria o


resultado da oxidação do vinho, sob a ação de um fermento, o "Mycoderma aceti". A
doença do vinho seria também devida a um fermento particular para cada caso. A
alteração dos vinhos poderia ser evitada, esquentando-os a uma temperatura de 55
graus. Deu-se a esse processo o nome de "pasteurização".
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8. MOLÉSTIAS CONTAGIOSAS

A partir de 1865, Pasteur dedicou-se ao problema das moléstias contagiosas,


devidas, como as fermentações, à ação dos microorganismos. Chamado a descobrir
a causa da doença do bicho-da-seda, no sul da França, revelou nesse inseto duas
moléstias diversas: a pebrina, contagiosa e hereditária, e a flacidez, devida a certas
condições do habitat do inseto. Sob o protesto dos criadores, Pasteur recomendou a
destruição dos ovos dos insetos doentes.

Depois de 1868, Pasteur sofreu uma paralisia do lado esquerdo, mas continuou suas
pesquisas. De 1877 em diante estuda as doenças infecciosas dos animais
superiores. Descobre a causa da doença dos carneiros, a bactéria carbunculosa, já
anteriormente isolada por Davaine. Enquanto pesquisa o carbúnculo, descobre o
vibrião sŽptico, causador de uma septicemia grangenosa nos animais.
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9. POLÊMICAS E VACINAS

Os últimos anos de pesquisa são os mais importantes na atuação científica de


Pasteur. Descobriu a origem dos furúnculos e da osteomielite na bactéria hoje
denominada "estafilococo", e a causa da infecção puerperal na bactéria hoje
denominada "estreptococo".

Pasteur sustentou polêmicas memoráveis com os membros da Academia de


Medicina ao declarar taxativamente que as doenças contagiosas eram causadas por
agentes exteriores, recomendando medidas profiláticas especiais.

Depois de 1879, descobriu duas importantes vacinas preventivas: contra o cólera


das galinhas, pela inoculação de micróbios de virulência atenuada, e contra a raiva.
Esta última, doença do sistema nervoso, apresenta, quando transmitida ao homem,
um período de incubação, durante o qual se pode aplicar a vacina. Foi sua maior
contribuição para a evolução da medicina preventiva.
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10. O EXPERIMENTO DE LOUIS PASTEUR

Adepto da teoria biogênica, Louis Pasteur em 1861, através de um experimento,


conseguiu demonstrar conclusivamente a impossibilidade da geração espontânea da
vida (hipótese tão defendida pelos abiogenistas), ou seja, a origem da vida somente
é possível a partir da matéria viva, de um ser vivo preexistente.

No experimento, Pasteur adicionou um caldo nutritivo a um balão de vidro com


gargalo alongado. Em seguida aqueceu o gargalo, imprimindo a esse um formato de
tubo curvo (pescoço de cisne). Após a modelagem prosseguiu com a fervura do
caldo, submetendo-o a uma temperatura até o estado estéril (ausência de micro-
organismo), porém permitindo que o caldo tivesse contato com o ar.

Depois da fervura, deixando o balão em repouso por muito tempo, percebeu que o
líquido permanecia estéril. Isso foi possível devido a dois fatores:

O primeiro foi consequente ao empecilho físico, causado pela sinuosidade do


gargalo. O segundo ocasionado pela adesão de partículas de impureza e micro-
organismos às gotículas de água formadas na superfície interna do gargalo durante
a condensação do vapor, emitido pelo aquecimento e resfriado quando em repouso.

Depois de alguns dias, ao verificar a não contaminação, Pasteur quebrou o gargalo,


expondo o caldo inerte aos micro-organismos suspensos no ar, favorecendo
condições adequadas para a proliferação de germes.

Esse cientista além de contribuir para o fim do equívoco abiogenista, também


desenvolveu, a partir da aplicação do aquecimento e resfriamento simultâneo, a
técnica de pasteurização largamente utilizada para conservação dos alimentos.
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Em síntese, Louis Pasteur enfatizava a importância de práticas higiênicas como:


ferver ou filtrar a água, lavar e armazenar adequadamente os alimentos, evitando a
contaminação por bactérias patogênicas.
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11. CURIOSIDADE

O Instituto Pasteur foi fundado em 1888 pelo próprio Louis Pasteur. Atualmente, este
instituto é um dos mais famosos centros de pesquisas da atualidade.
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12. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todos nos temos um pouco de sábio e um pouco de gênio.


Não somos qualquer um.
Corre em nossas almas, um cientista, um filosofo, um político.
Todos somos idênticos em tudo, só nos diferenciamos no querer e nas
determinações prioritárias de nossas vidas. Devemos buscar soluções e respostas
para nossas questões pessoais e elaborar soluções para nossos problemas do
cotidiano.
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REFERÊNCIAS

www.cdcc.usp.br/ciencia/artigos/art_31/EraUmaVez.html

www.todabiologia.com/pesquisadores/louis_pasteur.htm

educacao.uol.com.br/biografias/louis-pasteur.jhtm

VANIN, José Atílio. Alquimistas e químicos: o passado, o presente e o futuro. 2


ed. São Paulo: Moderna, 2005. 117 p.
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