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Imagens

Respeitadas as singularidades,
as imagens que "lemos" fazem parte de um contexto
que não é necessariamente o nosso,
trata-se de um conceito social e coletivo
onde prevalece o consenso comum
da sociedade ou grupo que tenha mais "força".
A imagem, mais especificamente a fotografia, roteiriza
os fatos, retém as cenas.

Desta forma, os dados oferecidos pela imagem


podem levar a uma compreensão e leitura muito mais
rápida do que as produzidas somente pelo texto.
A imagem é vista e percebida por um sujeito
(observador) que a recorta e a constitui novamente em
sua mente, agregando seus valores, emoções e cultura
ao mesmo.
Possui um caráter de elemento de registro e
expressão.
Através do qual o observador ou idealizador demonstra
(representa) visualmente seu pensamento ou
lembrança.
A maneira como apresentamos e o local onde for
inserida influencia a leitura que temos da imagem.

Uma mesma imagem apresentada em um livro


romântico terá outro significado se apresentada em
uma seção de esportes de um jornal ou no noticiário
político.
As imagens podem ser usadas para representar
os signos visuais e expressar seus significados.
Fotografia como
testemunho da verdade
Desde o seu surgimento e ao longo de sua
trajetória, até os nossos dias, a fotografia
tem sido aceita e utilizada como prova
definitiva, “testemunho da verdade” do
fato ou dos fatos. Graças a sua natureza
de registrar aspectos (selecionados do
real), tal como estes de fato se parecem.
Durante sua história a imagem fotográfica foi um
poderoso instrumento de manipulação da
opinião pública.

E tal manipulação tem sido possível justamente


em função da mencionada credibilidade que as
imagens têm junto à massa, para quem, seus
conteúdos são aceitos e assimilados como a
expressão da verdade. Comprova isso a larga
utilização da fotografia para a veiculação da
propaganda política, dos preconceitos raciais e
religiosos, entre outros usos dirigidos.
Assim como as demais fontes de
informação históricas, as fotografias não
podem ser aceitas imediatamente como
espelhos fiéis dos fatos.
Assim como os demais documentos elas
são plenas de ambigüidades, portadoras
de significados não explícitos e de
omissões pensadas, calculadas, que
aguardam pela competente decifração.
1989. Um jovem na China fica parado em frente
aos tanques durante um protesto pelas reformas
democráticas.
A fotografia tem uma realidade própria que
não corresponde necessariamente à
realidade que envolveu o assunto, objeto
do registro, no contexto da vida passada.
Trata-se da realidade do documento, da
representação: uma segunda realidade,
construída, codificada, sedutora em sua
montagem, em sua estética, de forma
alguma ingênua, inocente, mas que é,
todavia, o elo material do tempo e espaço
representado, pista decisiva para
desvendarmos o passado.
1963. Tich Quang Dug, o monge budista no Vietnã do Sul, Coloca fogo
em si mesmo até a morte em protesto ao regime de tortura do governo
contra os monges. Ele não emitiu um som ou fez qualquer movimento
enquanto estava sendo queimado.
Contudo, a imagem fotográfica é fixa, congelada na sua
condição documental. Não raro nos defrontamos com
imagens que a história oficial, a imprensa, ou grupos
interessados se encarregaram de atribuir um
determinado significado com o propósito de criarem
realidades e verdades. Cabe aos historiadores e
especialistas no estudo de imagens, a tarefa de
desmontagem de construções ideológicas
materializadas em testemunhos fotográficos. Decifrar a
realidade interior das representações fotográficas, seus
significados ocultos, suas tramas, realidades e ficções,
as fina­lidades para as quais foram produzidas é a tarefa
fundamental a ser empreendida.
Mulher palestina que barra o exército israelense
quando este desmantelava assentamentos ilegais na
Cisjordânea. Fotógrafo Oded Balility
1987. Na Coréia Do Sul uma mãe se desculpa e
pede por perdão para seu filho preso por participar
de um protesto. O protesto era contra a
manipulação dos eleições gerais.
O assunto, tal como se acha representado
na imagem fotográfica, resulta de uma
sucessão de escolhas; é fruto de um
somatório de seleções de diferentes
naturezas idealizadas e conduzidas pelo
fotógrafo seleções essas que ocorrem
mais ou menos concomitantemente e que
interagem entre si, determinando o caráter
da representação. Tais opções sejam
isoladamente, sejam no seu conjunto,
obedecem à concepção e conformam à
construção da imagem.
1992. Na Somália, mãe segura o corpo do filho
que morreu de fome.
1996 – Crianças chocadas pela guerra civil em
angola
1994. Homem torturado por soldados só por ser
suspeito de ter falado com rebeldes Tutsi
1982. Refugiados palestinos assassinados em
Beirute, Líbano
1980. Uma criança em Uganda pronta pra morrer
de fome nas mãos de uma missionária.
1973. Segundos antes do presidente eleito do
Chile Salvador Allende ser morto durante o golpe.
1972. Depois dos planos sul vietnamitas, uma
bomba foi lançada na cidade
1968. O chefe da polícia do vietnã do sul atira num
jovem que ele suspeita ser um soldade vietkong.
1966. Soldados americanos arrastando um
soldado vietkong morto.
1962. Um soldado atingido por um atirador
segurando no padre em seus últimos momentos
 Esta foto ganhou o prémio Prémio Pulitzer em 1994. Foi tirada por Kevin Carter, em Março de 1993, no sul do Sudão. O som do
choramingar macio de uma criança sudanesa, perto da vila de Ayod atraiu Carter. A menina havia parado para descansar ao
esforçar-se para chegar á um centro de alimentação, onde um abutre tinha aterrado próximo. Ele disse que esperou
aproximadamente 20 minutos, esperando que o abutre espalha-se suas asas. Não fêz. Carter tirou a fotografia e perseguiu o
abutre para afastá-lo.
 Em Julho de 1994, dois meses depois de receber o prémio Pulitzer, suicidou-se devido a uma depressão. Na carta de suicidio
podia ler-se:
 "Estou deprimido… Sem telefone… Sem dinheiro para a renda... Sem dinheiro para ajudar as crianças… Sem dinheiro para as
dívidas… Dinheiro!!!… Sou perseguido pela viva lembrança de assassinatos, cadáveres, raiva e dor… Pelas crianças feridas ou
famintas… Pelos homens malucos com o dedo no gatilho, muitas vezes policias, carrascos… Se eu tiver sorte, vou me juntar ao
Ken…"
1965. Uma mãe e suas crianças tentando
atravessar o rio no Vietnã Do Sul numa tentativa
de fugir das bombas americanas.
A realidade da fotografia não corresponde
(necessariamente) a verdade histórica,
apenas ao registro expressivo da
aparência ... A realidade da fotografia
reside nas múltiplas interpretações, nas
diferentes "leituras" que cada receptor
dela faz num dado momento
Boris Kossoy
Oliviero Toscani
Programas de edição de imagem trouxeram uma
revolução na área editorial e porque não dizer na área
artística. Hoje em dia você pode fazer praticamente
tudo com eles. A criatividade beira ao ilimitado. O mais
conhecido e difundido é o Adobe Photoshop.
História do photoshop

No início da década de 1990 , o Photoshop era


um interessante editor de imagens , famoso por
sua característica de suavização de serrilhado
(bordas suaves em uma seleção ou imagem) e
por suas capacidades de colar por trás de uma
imagem , de flutuar e duplicar uma imagem e
de salvar caminhos e canais alfa em um arquivo
. E ele vinha em quatro disquetes!
 primeira aparição
do Photoshop
entre 1989 e
1990. Como
podem ver quase
não tem uma
equipe grande.
 Agora a equipe
está crescendo e
vejam quase 3
anos até uma
nova
versão ser
lançada(1990-
1993), a primeira
foi de 1989/1990
 Começando a
ficar bonito , 2
anos depois
da versão 2.0
(1990-1993) ai
está a versão 3.0
do Photo
Shop (1993-
1995),
 Agora sim
começando a ficar
bom, e como
podem notar a
equipe tem quase
5 vezes mais do
que o Photo Shop
versão 1.0 essa
versão foi de
1995 - 1996
 acho que
a maioria
começou
com ele
não é
verdade?
versão
1996 -
1998
 Sem
muitas
mudanças
apareceu
Photo
Shop 6.0
 o Photo Shop
mudar de nome,
aonde passou a
se chamar Photo
Shop CS 1
(versão 8.0)
 Photo Shop CS2
(Versão 9.0)
 Photo Shop CS3
(Versão 10.0)
 Photo Shop CS4
(Versão 11.0)
 Photo Shop CS5
(Versão 12.0)
Raramente uma imagem (segmento
editorial, promocional, vídeo) hoje em
dia não fica sem a manipulação do
photoshop.
Verdadeiros milagres acontecem
E a verdade?
As falhas também acontecem...

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