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O fotojornalismo utiliza da base da fotografia como um veículo que ajuda a observar,

informar, analisar e opinar. Ou seja, é uma imagem que é capaz de captar nossa realidade
para trazer fatos. Já que, nossa mente é movida melhor pelo meio visual, então as fotos
possuem mais impacto.

- INFORMAÇÃO
- OBSERVAÇÃO
- OPINIÃO
- ANÁLISE

Como é uma forma mais impactante, o fotojornalismo vem também para captar, expor,
denunciar e opinar. Além disso, traz uma maior credibilidade à informação textual.

Como qualquer trabalho você adquire alguns instintos que acaba sendo realizado
automaticamente depois da prática. No fotojornalismo vale ressaltar a rapidez de reflexos e
curiosidade do profissional.

OBS: também recorre a fotografia e textos.

- Surgimento da fotografia com Daguerre em 1839


- 1842 - possível data da utilização da fotografia como meio de comunicação -
incêndio em Hamburgo - foto de Carl Stelzner

O fotojornalismo foi muito utilizado na guerra e foi também de grande ajuda para registrar
esses momentos históricos. Em meados do séc XIX, houve uma certa evolução na
fotografia (“realismo” fotográfico), como prova, testemunho e verdade.

A imprensa já com o trabalho como meio de comunicação tem interesse pela guerra

Roger Fenton (1819 - 1869): é uma figura importante pois é conhecido como o primeiro
fotógrafo de guerra e o fotógrafo mais célebre e influente da Inglaterra durante a década de
1850. Em 1853, foi nomeado o primeiro fotógrafo oficial do Museu Britânico e em 1854
alcançou reconhecimento pelas suas fotografias da Guerra da Crimeia. Em 1855 ao longo
da década foi se destacando por fotografar todos os gêneros da fotografia.

Por mais que a guerra fosse um acontecimento importante, a fotografia ainda não tinha
desenvolvimento suficiente para registrar momentos da ação, então tinha a ausência de
imagens impactantes.

Mathew Brady (1822 - 1896): reconhecido como um dos mais celebrados fotógrafos
americanos do século XIX, mais conhecido pelos seus retratos de celebridades e pela
documentação da Guerra Civil Americana.

O'Sullivan com 22 anos se junta à equipe de fotógrafos da Guerra Civil de Brady, mas se
separaram quando Gardner deixou Brady. Construiu sua reputação em imagens que
transmitiam o poder destrutivo da guerra moderna.
Inovações
Depois de um tempo, o retrato cruel da guerra foi exposto ao mundo e o interesse dos
leitores pelas notícias factuais se tornaram eminentes para as observações visuais. Com
uma certa velocidade na publicação.

“Se a foto não está boa o suficiente, é porque você não está próximo o suficiente”. Essa era
a percepção, que era preciso estar próximo ao acontecimento para transmitir a carga
dramática atribuída à fotografia com a estética do horror da guerra.

Assim como tudo está em constante evolução, o fotojornalismo não se faz diferente. As
invenções e inovações sempre estão presentes. Com o passar do tempo houve o
desenvolvimento de novos processos técnicos e invenções, como: lentes mais claras,
emulsões sensíveis e películas flexíveis - 1884 - kodak.

Com isso vem a consolidação do halftone ou meio-tom, que é outro termo que também
pode ser referido. É uma técnica que simula imagens de tons contínuos através do uso de
pontos, variando em tamanho ou espaçamento.

A utilização do fotojornalismo como novo meio (muito provavelmente como meio de


comunicação em massa, já que com a velocidade e veracidade das imagens dava-se para
fazer uma grande matéria com grande credibilidade). Com a crescente da fotografia se fez
organizações de equipes, transformando o fotojornalismo em profissão.

Desse modo, o fotojornalismo começa a se propagar, a fotografia ganha espaço nas


publicações, trazendo o visual para as notícias. New York Times, 1914 (jornal diário
estadunidense).

No século XX houve uma pré revolução no fotojornalismo. Difusão de novas tecnologias;


aumento da consciência política e novas ideologias; valorização de uma fotografia moderna,
independente e pura.

Alfred Stieglitz: (1864 - 1946) foi um fotógrafo americano, sendo o primeiro a ter suas fotos
expostas em um museu, sua principal obra foi “O terminal”

Paul Strand: (1890 - 1976) foi um fotógrafo e cineasta americano que juntamente com Alfred
ajudou a estabelecer a fotografia como forma de arte. Ajudou a fundar a Photo League
(uma cooperativa de fotógrafos que acabam se unindo por uma série de causas sociais).
Primeira revolução no fotojornalismo: informação fotovisual, adaptação das empresas e a
técnica avança. Conhecido como fotojornalismo moderno.

A matéria era articulada não somente com textos longos que podem até ser considerados
cansativos, mas agora a relação entre escrita e foto era apenas uma. Já que nenhum
elemento ficaria sozinho. O texto conversa com a imagem trazendo mais significado para
ela e a fotografia traz o elemento visual para complementar o texto. Uma nova forma de se
contar história.

Eric Salomon: foi um dos pioneiros da reportagem fotográfica, utilizava câmeras pequenas
com objetivas luminosas, isso ajudava já que não precisaria de tripé pelo peso e pelo pouco
tempo de exposição. Também era célebre. E foi deportado no decorrer da Segunda Guerra
Mundial.

Fotojornalismo no Brasil
Revista Cruzeiro (1928 - 1975): foi uma das que mais se sobressaía das revistas ilustrativas
da história da imprensa brasileira. Com a decadência da cadeia após a morte de
Chateaubriand, em 1968, o semanário perdeu muito de seu brilho na década de 1970, até
fechar definitivamente em 1985. Graficamente, O Cruzeiro era a opção mais sofisticada no
jornalismo brasileiro de então. Sua boa impressão somava-se ao uso de um papel de
qualidade superior e ao grande uso de fotografias, tornando-a muito atraente ao público de
classe média. Chegou com grandes números.

Jean Manzon: foi responsável por colocar a revista cruzeiro em cenário internacional. Tinha
uma concepção de uma nova maneira de fazer fotoreportagem.

José Medeiros: foi contratado pela revista O Cruzeiro, dando início a um trabalho que o fez
se destacar e viajar pelo mundo.

Evandro Teixeira: em 1963 entrou no Jornal do Brasil, onde virou uma figura mítica do
fotojornalismo brasileiro, ganhando destaque por ser muito versátil em suas obras.

Sebastião Salgado: fotojornalista independente, suas fotos eram vendidas para seu
sustento. Foi encarregado de uma série de fotos sobre os primeiros 100 dias de governo de
Ronald e outros acontecimentos. Suas vendas de fotos para jornais de todo o mundo
permite que ele financie seu primeiro projeto pessoal: “uma viagem à África”.

Alguns Prêmios
- Prêmio Esso: programa de reconhecimento de mérito dos profissionais de imprensa
do Brasil.
- Prêmio Pulitzer: é um prêmio estadunidense outorgado a pessoas que realizam
trabalhos de excelência na área do jornalismo, literatura e composição musical.
- World Press Photo: Incentiva diversos relatos do mundo que apresentam histórias
com diferentes perspectivas
Agências
Elas são as empresas de informação que intermedeiam os acontecimentos e os meios de
comunicação social. São de extrema importância, pois ajudam no circuito das informações
onde não se tem correspondentes. Fases da notícia: recolha, seleção e tratamento final;
para distribuir depois essa informação.

Surgimento das Revistas


exemplos: VU, LIFE, TIME…

Robert Capa: : "Se a tua fotografia não é boa, é porque tu não estava suficientemente
perto!". Procurava fotografar sempre próximo da ação para trazer o humanismo e o
sentimento. Foi de extrema importância mostrando como que a proximidade do homem e do
acontecimento precisava acontecer, já que desse modo, mesmo arriscando sua própria
vida, era passada a realidade do jeito que ela era. Ironicamente, aos 40 anos de idade,
Capa morreu na Guerra da Indochina ao pisar em uma mina terrestre.

Magnus Photos: a agência de fotojornalismo mais importante do século XX. Magnum é uma
comunidade de pensamento, uma qualidade humana compartilhada, uma curiosidade sobre
o que está acontecendo no mundo, um respeito pelo que está acontecendo e um desejo de
transcrevê-lo visualmente.

Henri Bresson: é centrado no real, mas com um olhar fotográfico vago, sutil e até
metafórico. Na sua essência encontra-se uma brilhante seleção dos locais onde o fotógrafo
se posiciona, uma atenção extrema ao enquadramento e à composição, bem como,
evidentemente, a concentração em torno do momento da exposição, visando o "instante
decisivo" (Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração).

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