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Até então, não havia uma ideia consolidada que associasse a imagem à
transmissão de informações. A fotografia viria a mudar radicalmente essa
realidade; entretanto, isso demoraria ainda algumas décadas.
Roger Fenton, fotógrafo oficial do Museu Britânico, foi convidado pelo editor
Thomas Agnew a fotografar os acontecimentos dessa guerra. Gravuras feitas
a partir dessas imagens, posteriormente, foram publicadas no The Illustrated
London News e no Il Fotografo.
Foto: James Robertson.
Roger Fenton na Guerra da Crimeia
“As fotos da Guerra da Crimeia realizadas por Roger Fenton possuem, de fato,
um condicionalismo que ultrapassa o dos limites definidos pelas tecnologias.
Sendo uma expedição encomendada pelo empresário Thomas Agnew, com a
primeira cobertura ‘fotojornalística’ de guerra nasce a censura prévia ao
fotojornalismo. Daí serem imagens que nada revelam da dureza dos combates.
Em vez disso, mostram a ‘falsa guerra’, os soldados bem instalados, longe da
frente. É ainda a guerra vestida com a sua auréola de heroismo e de epopeia,
como tradicionalmente era representada pela pintura.” (p. 34);
❑A descoberta definitiva, por parte dos editores das publicações ilustradas, de que os
leitores também queriam ser observadores visuais; a fotografia passa a ser vista como uma
força atuante e capaz de persuadir devido ao seu “realismo”, à verossimilhança;
❑ A aquisição da idéia de que era preciso estar perto do acontecimento quando este
tivesse lugar;
❑ A emergência da noção de que a fotografia possuía uma carga dramática
superior à da pintura e que era nisto que residia o poder do novo medium; essa
carga dramática ser-lhe-ia principalmente outorgada pelo fato de a câmera
“registrar” o que é focado no visor; assim, o observador tende a intuir que se
estivesse lá veria a cena da mesma maneira;